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Legislagdo CRONICA LEGISLAGAO DE 1993 (IIT) Indicago dos principais diplomas e sua breve andlise Pelo Dr. Ernesto de Oliveira I Neste ntimero da Revista vamos tratar dos diplomas publica- dos no ultimo quadrimestre de 1993, seguindo, como sempre, a ordem alfabética que sempre temos seguido. Assim: I 1) A primeira rubrica que nos aparece é a respeitante a Acidentes de Trabalho e sobre ela temos para referir 0 Decreto-Lei n.°304/93, de 1 de Setembro, que deu nova redacgao ao artigo 65.°do Decreto n.°360/71, de 21 de Agosto, e determinou que o disposto no n.°2 do artigo 5.°do dito diploma, com a redac¢ao que foi dada pelo artigo 1.°do Decreto-Lei n.°459/79, de 23 de Novembro, é aplicdvel 4s pensdes por incapacidade permanente igual ou superior a 30% ou por morte fixadas anteriormente a 1 de Outubro de 1979. 360 ERNESTO DE OLIVEIRA 2) O segundo diz respeito & Afixagdo de Precos pelos servi- gos praticados nas garagens, postos de gasolina e oficinas de repa- ragdes, € 0 diploma a citar € a Portaria n.°797/93, de 6 de Setembro. 3) O terceiro interessa & Aposentagdo de Funciondrios e Agentes da Administragao Publica. O diploma que interessa focar & a Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, a qual, além de aprovar 0 Orgamento do Estado para 1994, deu nova redac¢o (no artigo 7.°) aos artigos 13.°(Regularizagao e pagamento de quotas) € 47.°(Remuneragao mensal) do Estatuto da Aposenta¢ao, aprovado pelo Decreto-Lei n.°498/72, de 9 de Dezembro. 4) Temos referido sempre os diplomas respeitantes a Arbitragem Voluntaria. Por isso nao poderfamos praticar omissdo relativamente a Portaria n.°1235/93, de 2 de Dezembro, que aditou a lista de entidades autorizadas a realizar arbitragens voluntarias institucionalizadas a varias entidades. 5) Sobre Arrendamento damos conta de 3 diplomas: A) A Portaria n.°1103-A/93, de 30 de Outubro (suplemento), que fixou em 1,0675 0 coeficiente de actualizacao das rendas dos contratos em regime de renda livre, condicionada, para comércio, inddstria ou para exercicio de profissdes liberais, para vigorar no ano civil de 1994. B) A Portaria n.°1103-B/93, de 31 de Outubro (suplemento), que fixou os factores de correcgao extraordindria das rendas refe- ridas no artigo 11.°da Lei n.°46/85, de 20 de Setembro, actualiza- dos, nos termos do n.°1 do artigo 12.°da mesma lei, pela aplicagao do coeficiente 1,0675, fixado pela Portaria n.°1103-A/93, de 31 de Outubro, fixou os factores acumulados a que se referem os ns. 3 € 4 do artigo 12.°da referida Lei n.°46/85, e resultantes da correccao extraordindria nos nove primeiros anos — 1986 a 1994 e ainda os factores a aplicar no ano civil de 1994, nos termos do n.°4 do artigo 12.°da citada Lei n.°46/85, os quais podem ser aplicados a partir de Janeiro de 1994. CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (III) 361 C) A Portaria n.°1103-C/93, de 31 de Outubro (suplemento), que fixou, para 0 ano de 1994, os valores unitérios por metro qua- drado do prego de construgo a que se refere o n.°1 do artigo 7.°do Decreto-Lei n.°13/86, de 23 de Janeiro, em vigor por forga do artigo 10.°do Decreto-Lei n.°321-B/90, de 15 de Outubro. 6) Nos tltimos 4 meses de 1993 foram Publicados os seguin- tes Assentos: A) O Assento do S.T.J. n.°7/93, de 29 de Setembro, publi- cado no D.R. de 23 de Dezembro, que fixou a seguinte doutrina: — «A Caixa Geral de Depdsitos nao esta isenta de emolumentos Por actos de registo predial, nem dos respectivos Preparos no Ambito do Cédigo do Registo Predial de 1984». B) O Assento do S.T.J. n.°8/93, de 29 de Setembro, publi- cado no D.R. de 24 de Novembro, que fixou a seguinte doutrina: — «A notificagao a que se refere 0 n.°2 do artigo 882.°do Cédigo de Processo Civil deve incluir a indicagdo do dia, hora e local da venda por arrematacdo em hasta publica e tem de Tepetir-se caso haja adiamento ou realizagao de segunda ou terceira pragas». C) O Assento do S.T.J. 0.29/93, de 10 de Novembro, publi- cado no D.R. de 18 de Dezembro, que fixou a seguinte doutrina: — «O artigo 51.°, n.°1, do Cédigo de Processo Civil, com a redac- ¢ao dada pelo Decreto-Lei n.°242/85, de 9 de Julho, é de aplicagao imediata, mesmo em execugées pendentes». 7) Matéria que suscitou alguma polémica foi a do chamado Audiovisual. Embora quase s6 a titulo documental, deixamos aqui a noticia da publicagao do Decreto-Lei n.°350/93, de 7 de Outubro, que veio regular a actividade cinematografica, no seu conjunto, eo apoio a produgdo audiovisual e a sua comercializagio e difusio, bem como as relacdes entre o cinema e os restantes meios de difu- so audiovisuais, revogando: a) A Lei n.°7/71, de 7 de Dezembro, com excepgao das bases XLVII a XLIX; b) O Decreto-Lei n.°257/75, de 26 de Maio; c) O Decreto Regulamentar n.°28/80, de 31 de Julho; d) O Decreto-Lei n.°22/84, de 14 de Janeiro; 362 ERNESTO DE OLIVEIRA e) O Decreto-Lei n.°279/85, de 19 de Julho; f) O artigo 10.°, ns. 2 e 3, do Decreto-Lei n.°39/88, de 6 de Fevereiro; g) Demais legis- lagao complementar. 8) Os Beneficios Fiscais foram contemplados na Lei Orgamental para 1994. Na verdade, a Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, que aprovou o Orcamento do Estado para 1994, deu nova redac¢do (no artigo 34.°) aos artigos 19.°(Fundos de investi- mento), 21.°(Fundos de poupanca-reforma), 27.°(Sociedades de investimento), 40.°(Contas poupanga-emigrante e outras), 44.°(Deficientes), 49.°-A (Grandes projectos de investimento), 52.°(Prédios urbanos construfdos, ampliados, melhorados ou adquiridos destinados a habitacao), 46.°(Acordos e relagées de cooperagao), deu redacgo (no artigo 35.°) ao artigo 38.°(Contas poupanga-habitagao e poupanga-condominio) do mesmo Estatuto e ao artigo 11.°(Beneficios fiscais e parafiscais) do Decreto-Lei n.°382/89, de 6 de Novembro. 9) Em quase todos os paises que vém sendo flagelados pelo tréfico e consumo de estupefacientes tm sido tomadas medidas legais para combater 0 chamado Branqueamento de Capitais. Entre nés foi o Decreto-Lei n.° 313/93, de 15 de Setembro, que ini- ciou esse combate transpondo para a ordem jurfdica interna a Directiva n.° 91/308/CEE, do Conselho, de 10 de Junho, relativa & prevengao da utilizagdo do sistema financeiro para efeitos de bran- queamento de capitais. 10) A matéria dos Cambios e seu comércio tem um alto sig- nificado econémico e algum juridico. Por isso nao ser4 de todo irrelevante dar noticia do Aviso n.°6/93, de 1-10-1993, publicado no DR. (II serie) de 15-10-1993, que determinou, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 1993, 0 seguinte: 1 — A compra e venda de moeda estrangeira a que se refere 0 n.°I do artigo 5.°do Decreto- Lei n.°13/90, de 8 de Janeiro, compreende as seguintes operagées: 1.1 — Compra e venda a vista de moeda estrangeira contra escu- dos ou de moeda estrangeira contra moeda estrangeira; 1.2 — Compra e venda a prazo de moeda estrangeira contra escudos ou de moeda estrangeira contra moeda estrangeira; 1.3 — A contrata- CRONICA DE LEGISLAGAO 1993 (II) 363 ¢ao de «swaps» de moedas; 1.4 — A compra e venda de opcées cambi: 1.5 — A compra e venda de futuros cambiais: 1.6 — Compra e venda de notas ou moedas metdlicas estrangeiras e de cheques de viagem. 2 — As entidades autorizadas a exercer 0 comércio de cambios podem negociar livremente com os clientes ou entre si as taxas de cdmbio e as comissdes a aplicar nas opera- ges referidas no numero anterior. 3 — O Banco de Portugal esta- belecera e divulgaré diariamente, a titulo informativo, taxas de cambio 4 vista, contra escudos, para um conjunto limitado de moe- das ou unidades de conta, que reflectirao as cotagdes praticadas no mercado. Estas cotacdes denominam-se cambios oficiais. 4 — A composi¢ao do conjunto das moedas oficialmente cotadas é deter- minada pelo Banco de Portugal, tendo em conta a dimensao dos respectivos mercados, a sua importancia na cgdes externas do Pais, a sua convertibilidade e outros aspectos que possam ser considerados relevantes para 0 efeito. 5 — As entidades que exer- gam 0 comércio de cambios devem afixar de forma visivel, em todos os balcées, informacdo actualizada relativa as taxas de cam- bio praticadas por essas nstituigdes, bem como as comiss Outros encargos que incidam sobre as operagdes cambiais. 6 — As entidades que exercam 0 comércio de cambios devem prestar ao Banco de Portugal, de acordo com as instrugdes que por ele thes forem transmitidas os elementos informativos respeitantes as ope- rages cambiais realizadas. 11) A organica e o funcionamento do Centro de Estudos Judicidrios foram modificados pelo Decreto-Lei .°395/93, de 24 de Novembro, que veio dar nova redacgio aos artigos 13.°, 15.°, 16.°, 18.°, 26.°, 28.°, 29.°, 30.°, 31.9, 32.°, 34.°, 35.°, 36., 37.°, 39.9, 40.°, 45.°, 46.°, 47.°, 48.°, 49.°, 50.°, 51.°, 52.°, 55.°e 60.°do Decreto-Lei n.°374-A/79, de 10 de Setembro, com a redaccio que Ihes foi dada pelos Decretos-Leis ns. 264-A/81, de 3 de Setembro, e 146-A/84, de 9 de Maio. 12) A Comercializagaéo de Livros elaborados pelos servicos ptiblicos tem constituido desde h4 muitos anos um monopélio das chamadas «livrarias do Estado». Convém, assim, ficar-se a saber que 0 Decreto-Lei n.°406/93, de 14 de Dezembro, pés termo 364 ERNESTO DE OLIVEIRA a esse monopélio, revogando o n.°2 do artigo 8.°e os ns. 2 e 3 do artigo 9.°do Decreto-Lei n.°333/81, de 7 de Dezembro, que aprova os actuais Estatutos da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 13) Sobre 0 Comércio e a defesa da Concorréncia ha para noticiar os seguintes diplomas: A) O Decreto-Lei n.°370/93, de 29 de Outubro, que veio proibir praticas individuais restritivas de comércio. O diploma tem em vista, além de outros fins, a defesa da con- corréncia. Os seus 4 artigos principais tém como epigrafes, res- pectivamente «Aplicagao de precos ou de condigdes de venda dis- criminat6rios», Tabelas de pregos e condigdes de venda», « Venda com prejuizo» e «Recusa de venda de bens ou de prestagao de ser- vigos».. B) O Decreto-Lei n.°369/93, de 29 de Outubro, que veio determinar que a fixagdo de pregos de venda para livros, jornais, revistas e outras publicagdes, por parte dos seus editores, nao cons- titui pratica proibida para efeitos de aplicagao da legislagdo sobre defesa da concorréncia, excepto se se tratar de manuais escolares € de livros auxiliares utilizdveis nos varios anos de escolaridade. C) O Decreto-Lei n.°371/93, de 29 de Outubro, que aprovou o regime geral da defesa e promogao da concorréncia, revogando: a) O Decreto-Lei n.°422/83, de 3 de Dezembro, ¢ legislacao complementar: b) O Decreto-Lei n.°428/88, de 19 de Novembro; ) O Despacho Normativo n.°59/87. de 9 de Julho; d) As normas que atribuam competéncia em matéria de defesa da concorréncia a outros érgios que nao os previstos nos artigos 12.°e 13°. 14) Nenhum profissional do Direito ignora a burocracia que & necessério vencer em matéria de Constituigdo de Sociedades. No numero anterior da Revista referimos a tal propésito o Decreto-Lei 1.°267/93, de 31 de Julho. Cabe agora citar a Portaria n.°942/93, de 27 de Setembro, que contém as seguintes determinagées: |) Pela pratica dos actos relativas 4 promogao e dinamizagao da cons- tituigdo de sociedades comerciais € demais entidades sujeitas a CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (It) 365 fegisto comercial, nos termos do Decreto-Lei n.°267/93, de 31 de Julho, é devido um emolumento no valor de 13 500$, 0 qual seré dividido entre 0 cartério notarial e a conservatéria do registo comercial, na proporgao de 10 000$ para o primeiro e 3500$ para a segunda. 2) Pela utilizagdo do servico de telec6pia sao devidos os emolumentos previstos na Portaria n.°366/90, de 12 de Mai ) As despesas de correio devidas pela pratica dos actos referidos no n.°1) sdo igualmente cobradas pelo notario, sendo o Tespectivo montante enviado ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas, na Ppropor¢ao devida. 15) Sobre a Contribuigdo Autdrquica chamamos a dos leitores para 0 artigo 43.°da Lei n.°75/9 que nessa disposi¢ao a Assembleia da Repub gos 10.°(Inicio da sujeigao a imposto) e 12.°(Isengao), do Cédigo da Contribuigao Autarquica. 16) Nao tem nossa pratica dar noticia de leis organicas de direcgdes-gerais. Mas, por motivos que nos parecem aceitaveis, abrimos aqui uma excepcao para o Decreto-Lei n.°408/93, de 14 de Dezembro, que aprovou a Lei Organica da Direcgdo-Geral das Contribuigées e Impostos, dando nova redacgio aos artigos 4.°, 9.°e 10.°do Decreto-Lei n.°187/90, de 7 de Junho, ao artigo 52.°do Decreto Regulamentar n.°42/83, de 20 de Maio e ao artigo 2.°do Decreto-Lei n.°434/91, de 8 de Novembro, revogando: 1) Os arti- gos 1.°, 15.°, 17.°a 26.°, 28.°, 29.°, 37.°e 39.°a 45.°do Decreto-Lei n.°363/78, de 28 de Novembro; 2) Os artigos 1.°a 30.°, 32.°, 37.°, 38.°, 40.°, 43.°, 44.°, 46,°, 47.°, as alfneas a) eb) don.°l do artigo 48.°, 0 artigo 49.°, as alineas b) ed) do artigo 50.°e os artigos 51.°, 54.°a 66.°, 69.°, 70.°, 77.°a 79.°, 82.°, 89.°, 95.°, 98.°a 109.°e 111.2a 114.°do Decreto Regulamentar n.°42/83, de 20 de Maio; 3) Os arti- gos 1.°a 12.°, 0 n.°2 do artigo 13.°e os artigos 14.°a 32.°e 41.°a 51.°do Decreto Regulamentar n.°54/80, de 30 de Setembro; 4) O Decreto Regulamentar n.°16/85, de 28 de Fevereiro; 5) O Decreto Regulamentar n.°41/87, de 2 de Julho; 6) O Decreto-Lei n.°6/88, de 15 de Janeiro; 7) O Decreto Regulamentar n.°40/88, de 18 de Novembro; 8) O Decreto Regulamentar n.°26/89, de 18 de Agosto; 366 ERNESTO DE OLIVEIRA 9) O Decreto Regulamentar n.°1/90, de 10 de Janeiro; 10) O Decreto Regulamentar n.°10/92, de 4 de Maio. 17) As discussdes a volta da Delimitagao de Sectores, ocor- ridas h4 alguns anos entre as forgas politicas, esto com certeza na lembranga dos leitores. Convém, portanto, salientar que o Decreto- Lei n.°372/93, de 29 de Outubro, deu nova redacgao ao artigo 4.°da Lei n.°46/77, de 8 de Julho, com a redacgio dada pelo Decreto-Lei n.°449/88, de 10 de Dezembro. 18) O Desemprego também nao tem grande carga de jurisdi- cidade mas, em todo 0 caso, damos noticia do Decreto-Lei n.°418/93, de 24 de Dezembro, que _modificou os artigos 3.°, 5.°, 10°, 13.°, 16., 17.2, 20.°, 25.°, 26.°, 29.°, 30.°, 32.°. 36.°, 37.°, 412. 42.9, 442, 45.9, 47°. 50.°, 51.9, 52.°. 54°, 5.°, 56.°, do Decreto-Lei n.°79-A/89, de 13 de Margo, que define e regulamenta a protecgao da eventualidade do desemprego dos beneficiarios do regime geral de seguranga social dos trabalhadores por conta de outrem, desig- nadamente através da atribuigio de subsidio de desemprego e de subsidio social de desemprego, e aditou ao mesmo diploma os arti- gos 25.°-A, 26.°-A, 28.°-A, 41.°-A e 54.°-A. 19) O Direito de Asilo suscitou nos profissionais da politica — e nao sé —uma acesa discussio. Mas as ideias do Governo pre- valeceram, como se pode ver da Lei n.°70/93, de 29 de Setembro, que aprovou 0 respectivo regime, revogando; 1) A Lei n.°38/80, de 1 de Agosto; 2) O Decreto-Let n.°415/83, de 24 de Novembro; 3) O Decreto Regulamentar n.°15/81, de 9 de Abril. 20) O Didrio da Republica foi mais uma vez remodelado. Na verdade, o Decreto-Lei n.°391/93, de 23 de Novembro, determinou que a 3.* série do jornal oficial passe a compreender a parte Ae a parte B, devendo ser publicados, pela ordem e sob a numeracao a seguir indicada, os seguintes actos: |) Na parte A: 1. Concursos piblicos; 2, Despachos, éditos, avisos e declaragées; 3. Diversos; 2) Na parte B: 4. Empresas — Registo Comercial. CRONICA DE LEGISLAGAO 1993 (III) 367 21) Sobre os Emolumentos do Registo Predial haveria que citar um Assento do Supremo Tribunal de Justiga. Acontece, porém, que o mesmo jé figura atrds a Propésito dos Assentos e por isso remetemos os leitores para esta rubrica. 22) As Empreitadas de Obras Puiblicas — matéria de grande complexidade e que da origem a significativos pleitos judiciais — tinham o seu regime contido no Decreto-Lei n.°235/86, de 18 de Agosto, e no Decreto-Lei n.°320/90, de 15 de Outubro. Convém saber que tal regime passou a ser tegulado pelo Decreto-Lei n.°405/93, de 10 de Dezembro, que Frevogou os anteriormente cita- dos. 23) As Execucdes Fiscais foram objecto de um diploma de alguma importancia: 0 Decreto-Lei n.°419/93, de 28 de Dezembro, que reestruturou os Tribunais Tributarios de 1.* Instancia de Lisboa e do Porto e criou secretarias administrativas de execugées fiscais. Ficou ainda alterado 0 artigo 26.°do Decreto-Lei n.°374/84, de 29 de Novembro, que regulamentou o Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n°129/84, de 27 de Abril. 24) O Financiamento dos Partidos Politicos e das Campanhas Eleitorais ficou com um novo regime com a entrada em vigor da Lei n.°72/93, de 30 de Novembro (rectificada no D.R. de 31 de Dezembro). Com ela ficaram revogados: 1) Os artigos 9.°, 20.°e 22.°do Decreto-Lei n.°595/74, de 7 de Novembro: 2) O artigo 49.°, a alinea d) do n.°1 do artigo 50.°do Estatuto dos Beneficios Fiscais, anexo ao Decreto-Lei n.°215/89, de | de Julho; 3) Os ns. 1, 2 e 3 do artigo 63.°da Lei n.°77/88, de | de Julho; 4) Os artigos 66.°, 67.°, 68 e 69.°, 131.°, 132.°e 133.°do Decreto-Lei n.°319-A/76, de 3 de Maio, quanto ao artigo 68.°na versio dada pela Lei n.°143/85, de 26 de Novembro; 5) Os artigos 75.°, 76.°, 77°, 78.°, 143.°, 144.°, 145.°, 146.°, 147.°e 148.°da Lei n.°14/79, de 16 de Maio; 6) Os artigos 75.°, 76.°, 77.°, 78.°, 143.°, 144.°e 145.°do Decreto-Lei n.°267/80, de 8 de Agosto; 7) Os artigos 69, 70, 71.°, 72.°, 127.9, 128.°e 129.°do Decreto-Lei n.°318-C/76, de 368 ERNESTO DE OLIVEIRA 30 de Abril; 8) Os artigos 62.°, 63.°, 64.°, 65°, 119, 120.°e 121.°do Decreto-Lei n.°701-B/76, de 29 de Setembro. 25) Em matéria de Fun¢do Publica temos para citar apenas 0 Decreto-Lei n.°413/93, de 23 de Dezembro, que reforgou as Garantias de Isengdo da Administragao Publica. 26) Sobre os Funciondrios de Justica damos conta do Decreto-Lei n.°364/93, de 22 de Outubro, que veio dar nova redac- Go aos artigos 3.°, 6.°, 72,82, 9°, 10.9, 11.°, 12.°, 13.%, 14°, 15.°, 21.2, 23.2, 24.°, 33.°, 34.°, 35.°, 36.°, 39.°, 40.°, 43.°, 46.°, 48.°, 50°, 55.°, 56.°, 57.°58.°, 59.°, 60.°, 62.°, 66.°, 68.°, 69.°, 71.°, 73.°, 74.°75.°, 78.9, 82.°, 84.°, 85.°, 86.°, 91.°, 96.°, 97.°, 99.°, 100.°, 105.°, 107.°, 108.°, 109.°, 130.°, 179.°, 181.°e 182.°-A do Decreto- Lei n.°376/87, de 11 de Dezembro, com as alteragoes introduzidas pelos Decretos-Leis n. 167/89, de 23 de Maio, 270/90, de 3 de Setembro, e 378/91, de 9 de Outubro, aditou ao mesmo diploma os artigos 49.°-A e 71.°-A. ¢ substituiu 0 mapa I anexo ao Decreto-Lei n.°167/89, de 23 de Maio. 27) No que respeita a /mpostos temos para referir em pri- meiro lugar 0 Imposto Automével j4 que a Lei n°75/93, j4 referida atrds, deu nova redacgio (no artigo 41.°) aos artigos 19, 4.9, 5.°e 8.°do Decreto-Lei n.°40/93, de 18 de Fevereiro. 28) Vem depois 0 Imposto Municipal de Sisa sobre o qual foram publicados 2 diplomas: A) O Decreto-Lei n.°303/93, de | de Setembro, que deu nova redacgdo aos artigos 105.°e 127.°do respectivo Cédigo; B) A citada Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, que alterou a redacgio do n.°22.°do artigo 11.°, ao n.°2.°do § unico do artigo 33.°também do respectivo Cédigo. 28) A propésito do Imposto Municipal sobre Veiculos ha para referir a jd citada Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, que (no artigo 44.°) aumentou em 6%, com arredondamento para as cente- CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (II1) 369 nas de escudos imediatamente superior, os valores do imposto constantes das tabelas I a IV do Regulamento do Imposto Municipal sobre Vefculos, aprovado pelo Decreto-Lei n.°143/78, de 12 de Junho, com as alteragées que lhe foram introduzidas pos- teriormente. 29) Também acerca do Imposto sobre 0 Rendimento das Pessoas Colectivas temos que falar na mesma Lei n.°71/93, jd que (no artigo 4.°) modificou os artigos 32.°, 33.°, 42.°, 44.°e 59.°do tespectivo Cédigo, aditou ao mesmo Cédigo os artigos 59.°-A e 60.°-A. e deu nova redacgao aos artigos 5.°e 10.°do Decreto-Lei n.°442-B/88, de 30 de Novembro, que 0 aprovou. 30) Acerca do Imposto sobre 0 Rendimento das Pessoas Singulares ha para referir os seguintes diplomas: A) A Lei n.°71/93, de 26 de Novembro (suplemento), que aprovou © orgamento suplementar ao Orgamento do Estado para 1993 e deu nova redacgo (no artigo 3.°) ao artigo 55.°do respec- tivo Codigo; B) A jacitada Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, que, na parte que nos interessa, determinou o seguinte: 1) Deu nova redacgao (no artigo 22.°) aos artigos 3.°(Rendimentos ca categoria B), 6.°(Rendimentos da categoria E), 10.°(Rendimentos da categoria G), 17.°(Rendimentos obtidos em Portugal), 25.°(Rendimentos do trabalho dependente: dedugGes), 26.°(Rendimentos do trabalho independente: dedugdes), 40.°Dedugées), 51.°(Pensdes), 54.°(Dedugao de perdas), 55.°(Abatimentos ao rendimento liquido total), 58.°(Dispensa de apresentagao de declaracao), 60.°(Prazo de entrega das declaragées), 71.°(taxas gerais), 74.°(taxas liberaté- tias), 80.°(Dedugoes 4 colecta), 85.°(Revoga¢ao), 93.°(Retencao na fonte — remuneragdes nao fixas), 94.°(Retengao sobre rendi- mentos de outras categorias) do respectivo Cédigo; 2) Aditou a lista a que se refere o n.°2 do artigo 3.°do mesmo Cédigo, com a redacgao constante do Decreto-Lei n.°206/90, de 26 de Junho, o seguinte item: «1507 — Assistentes sociais»; 3) Deu nova redac- ¢4o (no artigo 25.°) ao artigo 3.°-A (Regime transitério do enqua- 370 ERNESTO DE OLIVEIRA dramento dos agentes desportivos) do Decreto-Lei n.°442-A/88, de 30 de Novembro, com a redacg4o que lhe foi conferida pelo n.°2 do artigo 28.°da Lei n.°2/92, de 9 de Margo. 31) Sobre o Imposto do Selo temos para citar: A) A Lei n.°71/93, de 26 de Novembro, que deu nova redac- Gao (no artigo 10.°) aos artigos 50, 54, 94, 99 e 120-A da Tabela Geral do referido imposto; B) A Lei n.°75/93, de 20 de Dezembro, que determinou (no artigo 31.°) que todas as taxas da Tabela Geral do Imposto do Selo expressas em importancias fixas, com excepgao das constantes do n.°1 do artigo 101 da mesma Tabela, fossem aumentadas em 6% com arredondamento para a unidade de escudos imediatamente superior, e deu nova redacgio ao citado artigo 101 da mesma Tabela. 32) O Imposto sobre as Sucessées e Doagées foi objecto do Decreto-Lei n.°303/93, de | de Setembro, que alterou os artigos 105.°e 127.°do Cédigo do Imposto Municipal de Sisa e do Imposto sobre as Sucessdes e Doagées, bem como os artigos 309.°, 310.°, 311.9, 327.°, 346.°e 347.°do Cédigo de Processo Tributdrio, cujos artigos 113.°, 114.°e 0 n.°6 do artigo 326.°revogou. 33) Quanto ao Imposto sobre o Valor Acrescentado damos conta dos seguintes diplomas: A) O Despacho Normativo n.°342/93, D.R. de 30 de Outubro, que regulou o processo dos reembolsos solicitados pelos sujeitos passivos através da declaracdo periddica prevista no artigo 40.°do Cédigo do IVA, B) A Lei n.°71/93, de 26 de Novembro, modificou (no artigo 9.°) os artigos 39.°e 46.°do Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado. CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (III) 371 34) Em matéria de Inconstitucionalidades (mas s6 as decla- radas com forga obrigatéria geral) damos noticia dos seguintes acérdaos so Tribunal Constitucional: A) O Ac n.°394/93, de 16 de Junho, publicado no D.R. de 29 de Setembro, que declarou a inconstitucionalidade, com forga obri- gatéria geral, da norma do n.°4 do artigo 9.°do Decreto-Lei n.°498/88, de 30 de Dezembro, na medida em que restringe 0 acesso dos interessados, em caso de recurso, a parte das actas em que se definam os factores de apreciagdo aplicdveis a todos os can- didatos e, bem assim, aquela em que sao directamente apreciados, por violagao das normas conjugadas dos n.* | e 2 do artigo 268.° da Constituigao da Reptiblica Portuguésa, e ressalva, por razdes de equidade e de seguranga juridica, os efeitos entretanto produzidos pela referida norma e, bem assim, os que ela venha a produzir até a data da publicacao do presente acérddo no Didrio da Repiblica, com excepgao dos casos ainda susceptiveis de impugnagio judicial ou que dela se encontre pendentes em tal data, de harmonia com 0 preceituado no n.°4 do artigo 282.°da Constituigao da Repdblica Portuguesa; B) O Ac. n.°430/93, de 7 de Julho, publicado no D.R. de 22 de Outubro, que decidiu nao declarar a inconstitucionalidade das normas constantes dos artigos 30.°, n.°l, e 33.°, ns. 1, 2 e 3, do Decreto-Lei n.°280/89, de 23 de Agosto, e declarar a inconstituci- onalidade, com forga obrigatéria geral, das normas constantes da Portaria n.°1003/89, de 20 de Novembro; C) O Ac. n.°429/93, de 7-7-1993, publicado no D.R. de 7-10-1993, que declarou, com forga obrigatoria geral, a inconstitu- cionalidade consequencial das Normas da Organizagio e Funcionamento das Comissdes de Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forgas Armadas, aprovadas pelo des- pacho conjunto do Chefe do Estado-Maior-General das Forgas Armadas e dos Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Forga Aérea de 3 de Fevereiro de 1982, publicado no Diario da Repiiblica, 2.* série, n.°45, de 24 de Fevereiro de 1982, e das Normas Provisérias da Organizag4o e Funcionamento das 372 ERNESTO DE OLIVEIRA Comissdes de Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forcas Armadas, aprovadas por despacho conjunto do Chefe do Estado-Maior-General das Forgas Armadas e dos Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Forga Aérea de 20 de Novembro de 1979, publicado no Didrio da Repiblica, 2.* série, n.°274, de 27 de Novembro de 1979, na redacgao dada pelo despacho conjunto das mesmas entidades de 18 de Marco de 1980, bem como declara, com forga obrigatéria geral, a inconstituciona- lidade das tltimas Normas referidas, na sua redac¢ao inicial, por violagdo do principio da reserva do acto legislativo; D) O Ac. n.°748/93, de 23 de Novembro, publicado no D.R. de 23 de Dezembro:, que declarou a inconstitucionalidade, com forga obrigatéria geral, das normas constantes da alinea c) do artigo 3.°do Decreto-Lei n.°319-A/86, de 3 de Maio (Lei Eleitoral do Presidente da Reptblica), da alinea c) do n.°1 do artigo 2.°da Lei n.°14/79, de 16 de Maio (Lei Eleitoral para a Assembleia da Reptblica), da alfnea c) do artigo 2.°do Decreto-Lei n.°267/80, de 8 de Agosto (Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa Regional dos Acores), € da alinea c) do artigo 3.°do Decreto-Lei n.°701-B/76, de 29 de Setembro (Lei Eleitoral dos Orgios das Autarquias Locais), na parte em que estabelecem a incapacidade eleitoral activa dos definitivamente condenados a pena de prisao por crime doloso (ou por crime doloso infamante) enquanto nao hajam expiado a res- pectiva pena, e da norma constante do n.°I do artigo 29.°da Lei n.°69/78, de 3 de Novembro (Lei do Recenseamento Eleitoral). 35) A Informdtica constitui um procedimento cada vez mais importante e dai que tudo o que lhe diga respeito tenha interesse para ser conhecido dos leitores. Por isso parece-nos util que se fique a conhecer os seguintes diplomas: A) O Decreto Regulamentar n.°27/93, de 3 de Setembro, que regulamentou o funcionamento das bases de dados sobre pessoas colectivas e entidades equiparadas; CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (III) 373 B) A Portaria n.°1306/93, de 27 de Dezembro, que modificou a Portaria n.°1089/90, de 30 de Outubro, que estabelecera que nas conservatérias dos registos predial e comercial alguns impressos e modelos passassem a ser alterados por meios informaticos. 36) O Regime Juridico das Infracgdes Fiscais nado Aduaneiras tem sido regulado pelo Decreto-Lei n°20-A/90, de 15 de Janeiro. Como € notéria a necessidade de conhecer tudo que no campo legislativo se vai passando em tal dominio, é essencial conhecer 0 Decreto-Lei n.°394/93, de 24 de Novembro, que deu nova redacgo aos artigos 5.°, 9.°, 10.°, 11.°, 12.9, 18.°, 20.°, 21.°, 22.°, 23.°, 24.°, 25.°, 26.°, 27.°, 28., 29.°, 31.°, 32.°, 33.°, 34.9, 35., 36.°, 37.°, 38.°, 46.°, 47.°, 50.°, 51.°, 54.°e 56.°do referido Regime, adito mesmo diploma o artigo 7.°-A (Responsabilidade civil subsididria dos administradores, gerentes e outras pessoas que exergam fungdes de administragao em pessoas colectivas e entes equiparados), determinou que o capitulo II passe a iniciar-se no artigo 9.°e revogou-lhe 0 artigo 4.°. 37) A Injungdo — figura juridica que na data da saida deste nimero da Revista sera j4 conhecida dos leitores — foi criada pelo Decreto-Lei n.°404/93, de 10 de Dezembro. Dado que o texto do diploma nao é muito extenso e que a matéria nele tratada é muito importante, passamos a transcrevé-lo: «Artigo 1.°(Injungao) — Para os fins de aplicagdo do presente diploma, considera-se injungao a providéncia destinada a conferir forga executiva ao requerimento destinado a obter 0 cumprimento efectivo de obrigagdes pecunidrias decorrentes de contrato cujo valor nado exceda metade do valor da algada do tribunal de 1.” ins- tancia. — Artigo 2.°(Tribunal competente para apresentac¢ao do pedido de injungio). 1—O pedido de injungao é apresentado na secretaria do tribunal que seria competente para a acg4o declarativa com 0 mesmo objecto. 2 — Havendo mais de um secretédrio judi- cial, o pedido a que alude o nimero anterior é averbado por escala iniciada pelo secretdrio do 1.°juizo. — Artigo 3.°(Forma do reque- rimento) — No requerimento de injungao, deve o requerente expor os factos que fundamentam a sua pretensdo, juntar os documentos comprovativos, se os houver, concluindo pelo pedido da prestagao 374 ERNESTO DE OLIVEIRA a efectuar, sendo aplicdvel, com as necessdrias adaptagoes, 0 dis- posto no artigo 793.°do Cédigo de Processo Civil. — Artigo 4.°(Notificagio da injung’o) — Recebido o pedido, o secretario judicial do tribunal notifica o requerido, por carta registada com aviso de recepgdo, remetendo cépia da pretenséo e dos documen- tos juntos, devendo indicar, de forma inteligivel, o objecto do pedido e demais elementos tteis 4 compreensio do mesmo, refe- rindo, ainda, expressamente, o ultimo dia do prazo para a oposi¢ao. — Artigo 5.°(Aposicao da formula executéria) — Na falta de opo- sigdo, ou em caso de desisténcia da mesma, o secretério judicial do tribunal apde a seguinte formula executéria no requerimento de injungiio: «Execute-se.» — Artigo 6.°(Oposigao do requerido). 1 — O requerido pode opor-se 4 pretensio no prazo de sete dias a contar da notificagéo. 2 — Sendo deduzida oposigao, ou frus- trando-se a notificagao por via postal, o secretério judicial do tri- bunal apresentard os autos a distribuigao, sendo conclusos ao juiz, o qual, se o estado do processo o permitir, designard, desde logo, 0 dia para julgamento, observando-se a tramitagao estabelecida para © processo sumarissimo. — Artigo 7.°(Recusa da aposicao da fér- mula executéria e reclamagéo) — A aposigao da formula executd- ria s6 poderd ser recusada quando o pedido nao se adeqtie as fina- lidades constantes do artigo 1.°e nas situagGes em que a secretaria, nos termos da lei do processo, € licito nado receber a petigao, cabendo da recusa reclamacio para o juiz presidente do tribunal ou do respectivo juizo cfivel. — Artigo 8.°(Restituigéo de documen- tos) — Os documentos so restituidos as partes, mediante solicita- Gao destas e desde que se mostrem desnecessarios 4 resolugao do litfgio. Artigo 9.°(Custas) — 1 — O processo de injun¢ao pressu- pe o pagamento de uma taxa de justiga através de estampilha apropriada. 2 — Se, por haver oposi¢4o, o processo prosseguir nos termos do artigo 6.°, o valor da estampilha a que se refere o nimero anterior seré imputado nas custas devidas a final. — Artigo 10.°(Formulérios) | — O modelo e os valores da estampilha refe- rida no artigo anterior sao definidos mediante portaria do Ministro da Justiga. 2 — A apresentag4o do pedido de injungdo poderd ser efectuada através de formuldrio de modelo a aprovar por despacho do Ministro da Justicga. — Artigo 11.°(Destino das receitas) — As receitas provenientes da utilizagao de estampilhas no processo de CRONICA DE LEGISLACAO 1993 (III) 375 injungao reverterao para o Cofre Geral dos Tribunais. - Artigo 12.°(Entrada em vigor) — O presente diploma entra em vigor no dia | de Janeiro de 1994». 38) Temos referido aqui todos os diplomas respeitantes as Inspecgdes Periddicas Obrigatérias de Veiculos e portanto nao poderiamos omitir: A) A Portaria n.°1223/93, de 23 de Novembro, que estabele- ceu 0 calendério para tais inspeccdes; B) A Portaria n.°1098/93, de 30 de Outubro, que revogou a alinea f) do n.°1.°do Portaria n.°267/93, de 11 de Margo, que sujei tou a inspecgao periddica obrigatéria os seguintes vefculo: a) Veiculos automéveis pesados; b) Reboques e semi-reboques com peso bruto superior a 3500 kg (com excepgao dos reboques agricolas); c) Veiculos ligeiros de transporte piiblico de passagei- ros; d) Ambulancias; e) Veiculos utilizados no transporte escol J) Veiculos de aluguer sem condutor; g) Veiculos ligeiros de ins trugdo; h) Veiculos ligeiros de mercadorias: i) Veiculos ligeiros de passageiros. — Fixa os prazos a que ficam sujeita a referida ins- pecgdo e regula 0 processo respectivo. 39) Sobre Letras de Cambio deveriamos referir aqui o Assento do S.T.J. n.°9/93. Como, porém, ele ja foi citado atrés, na rubrica Assentos, para ali remetemos 0s leitores. 40) O Licenciamento de Obras Particulares também tem sido cuidadosamente tratado por nds tendo em vista a sua impor- tancia juridica em paralelo com a sua importancia econémica. Por assim ser damos aqui conta de um despacho publicado na 2.* série do Didrio da Repiblica. Trata-se do Despacho n.°28/93, de 21 de Setembro, publicado no jornal oficial de 13 de Outubro, que veio esclarecer que as obras de construcao civil relativas a muros, veda- gdes, remodelacées no interior das edificagdes em sem alteragao do volume ou da respectiva tipologia, abertura de vaos, alteragées de interiores e jazigos nao estao sujeitas 4 prévia autorizagéo da 376 ERNESTO DE OLIVEIRA Comissdo de Coordenagao da Regiao de Lisboa e Vale do tejo, pre- vista no artigo 2.°do Decreto Regulamentar n.°9/83, de 18 de Margo. Mas para além deste hd ainda que conhecer o Decreto- Lein.°351/93, de 7 de Outubro, que estabeleceu que as licengas de loteamento, de obras de urbanizacao e de construgao, devidamente tituladas, designadamente por alvards, emitidas anteriormente data da entrada em vigor do plano regional de ordenamento do ter- ritério ficam sujeitas a confirmagao da respectiva compatibilidade com as regras de uso, ocupagio e transformagao do solo constan- tes de plano regional de ordenamento do territotio. 41) Oconhecimento da legislagdo sobre Mapas de quadro de Pessoal tem inegavel interesse para os leitores, designadamente dos que trabalham no foro laboral. Interessar-lhes-4, assim, saber da publicagdo do Decreto-Lei n.° 332/93, de 25 de Setembro, que aprovou o novo regime legal dos referidos mapas, revogando o Decreto-Lei n.° 380/80, de 17 de Setembro, o Decreto-Lei n.° 337/85, de 21 de Agosto, e os artigos 27.°, 28.° e 29.° do Decreto-Lei n.° 491/85, de 26 de Novembro. 42) A compra e venda de Moeda foi disciplinada pelo Aviso n.°6/93, de | de Outubro, publicado no D.R. (II série) de 15 de Outubro, do qual fizémos o seguinte resumo: Determina, com efei- tos a partir de | de Janeiro de 1993, o seguinte: 1 — A compra e venda de moeda estrangeira a que se refere o n.°I do artigo 5.°do Decreto-Lei n.°13/90, de 8 de Janeiro, compreende as seguintes operagdes: 1.1 — Compra e venda 4 vista de moeda estrangeira contra escudos ou de moeda estrangeira contra moeda estrangeira; 1.2 — Compra e venda a prazo de moeda estrangeira contra escu- dos ou de moeda estrangeira contra moeda estrangeira; 1.3 — A contratagao de «swaps» de moedas; 1.4 — A compra e venda de opgdes cambiais; 1.5 — A compra e venda de futuros cambiais; 1.6 — Compra e venda de notas ou moedas metilicas estrangeiras e de cheques de viagem. 2 — As entidades autorizadas a exercer 0 comércio de cambios podem negociar livremente com os clientes ou entre si as taxas de cambio e as comissées a aplicar nas opera- goes referidas no némero anterior. 3 — O Banco de Portugal esta-

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