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no mundo de hoje PONTOS-CHAVE DE ETICA SEXUAL Na sociedade atual, em que os individuos séo mani- pulados pela propaganda, 0 sexo se tornou simples artigo de consumo; isto foi criando cada vez mais uma perda de sentido dos valores mais auténticos. A Declaracdo Persona humana, “sobre alguns pontos de ética sexual”, elaborada pela Sagrada Congregacao para a Doutrina da Fé, foi aprovada por Paulo VI aos 7 de novembro e oficialmente promulgada aos 29 de dezembro de 1975, tendo sido publicada dia 15 de janeiro deste ano. Pretendemos refletir sumariamente sobre al- guns pontoschave desse Documento, esperando que sirvam de pistas para um posterior estudo e para a acao pastoral PROBLEMATICA DA SEXUALIDADE © primeiro “ponto-chave” da Declaracio Per- sona Humana ¢ a atual problemdtica da sexuali- dade ea resposta da Igreja em cumprimento de sua misao profética. A Declaracdo faz refletir sobre'a atual proble- mitica da sexualidade, assim como 0 adequado co nhecimento dessa problemdtica faz compreender a Declaracio. 1 — A Declaracdo reconhece a importancia da semualidade no processo de personatizacdo de ca- da ser humano — homem ou mulher —, proceso que abrange a pessoa inteira ¢ se realiza durante a vida toda. F sempre como seres sexuados, com as caracteristicas e influéncias de sua masculini- dade ou feminilidade, que 0 homem e a mulher atuam. As ciéncias puseram isto em evidéncia, Infelizmente se divulgam informacoes sobre o sexo, desligadas da educacdo. Este conhecimento da sexualidade encontrou acolhida por uma hu- manidade hoje desperta para a libertacdo, e desen- cadeou uma busca de liberdade sexual; esta, quan- do radical, rejeita todas as normas, e se numa comunidade politica falta a liberdade, 0 sexo tor- hase o primeiro lugar de afirmagao da procurada liberdade pessoal e social. Este conhecimento en- controu acolhida numa sociedade de consumo, em ‘que 0s consumidores sio manipulados pela pro- Paganda e por toda trama da organizagao de tal sociedade; e, nesta, 0 sexo ficou sendo artigo de consumo e instrumento de manipulagio. Tudo isto foi criando uma perda de sentido dos valores auténticos, gerando & confuséo entre © povo cristo e mesmo naqueles que deveriam orienté-o. io esquecamos, porém, que a sexualidade, abrangendo o homem inteiro ¢ a vida toda, se tornou o campo propicio para manifestar a ambi- gilidade estrutural do homem. E as causas desta confusio de valores encontram-se principalmente na desvalorizacao da pessoa humana, dentro da sociedade, no dominio do homem sobre 0 ho- mem. De fato, em todos os tempos, a ética sexual é wm reflexo da ética social 2— A Igreja, em cumprimento de sua mis- sio profética, quis dar uma resposta a esta pro- blematica, ¢ @ Declaracdo é uma espécie de sinal de alerta: “O homem tem no coracdo uma lei inscrita pelo proprio Deus; a sua dignidade esta em obedecerhe, e por ela é que sera julgado” (PH, 2; cf. Gaudium et spes, 16; Rm 2,145), ‘A Igreja, anunciando 0 Evangelho, ‘proclama @ Boanova da salvacdo realizada por Cristo, mas a ser atuada e vivida em todos os tempos, para libertar © homem da escravidéo do pecado (Rm 5,1221; ef. GI 5,1), de maneira a ndo mais buscar “as obras da carne” (Gl 5,1928) ¢ sim “o fruto do espirito” (G1. 5,2223). A Palavra de Deus € com- preendida na Tradicao viva da Igreja (Dei Ver bum, 8) € seu intérprete auténtico é 0 Magistério, ‘que esté a servico desta mesma Palavra (D.V., 10). A Palavra de Deus, que a Igreja anuncia, € digi ida a0 homem dentro da prdpria experi¢ncia historica e 0 leva a compreender plenamente 0 sentido de sua existéncia, para realizé-lo segundo © desfgnio do Deus Criador e Salvador. Por isso, exige que 0 homem se autocompreenda como ser humano, compreendendo o significado de sua es- trutura existencial, impresso pelo préprio Criador (Rm 21415) Nesta perspectiva, a estrutura ou “natureza humana” mediatiza a’ Revelacdo. O cardeal Mau- rice Roy, baseado no pensamento de Paulo VI, expresso no discurso feito na ONU, afirmou: “Com esta ‘natureza’ os homens e os povos tém todos um denominador comum, um ‘bem comum dos homens’, que ndo é uma ¢tiqueta, mas uma reali- dade fundamental ¢ existencial, um conjunto de postulados de experiéncias, antigos e modernos, que nao se discutem, mesmo quando fazem parte de sistemas antagénicos, porque os homens en- ) VIDA PASTORAL — 17 contram ali aquela parte inalienavel deles mes- mos, que os congrega a todos, o humano no ho- mem” (Maurice Roy, Documento comemorativo do 10" aniversario da Enc. Pacem in terris, Sedoc 6, 1, 62, col. 47) A coreflexéo humana dentro da experiéncia histérica — 0 que inclui o papel das ciéncias — vai sempre fazendo uma leitura atualizada da estrutura existencial do homem ou natureza hu- mana, descobrindo as exigéncias humanizantes de cada tempo para a realizacio do préprio sentido da existéncia. Mas porque a Revelagdo requer a mediacao da “natureza humana” bem compreen- @ida em cada periodo da histéria, para atingir 0 homem real ¢ histérico, a Palavra de Deus pode Criticar falsas concepedes do homem, que se opdem. a0 sentido pleno da existéncia manifesto por Deus na Revelacdo. Por isso, a moral se aplica a buscar as exigéncias da resposta do homem a0 desfgnio do Deus Criador e Salvador, tendo por ios a Revelagdo e a estrutura existencial ou iatureza” do homem, sempre fundamentalmente a mesma, mas que é re-interpretada pela razio humana a medida em que os conhecimentos do homem progridem. Sao, pois, critérios objetivos, aptos para critiear 0 quadro’ de valores de cada época. Valeria a pena aprofundar as reflexes do car- deal Maurice Roy sobre “natureza”, no Documento citado: faria compreender melhor a éo-existéncia do permanente e do evotutivo nos valores morais. Com estes critérios, a moral pode fazerse profecia, assim como a Igreja'toda pode e deve exercer seu minus profético quanto & vida moral. Pelo a Jeste modo que a Igreja ha de situar-se perante a atual problemitica da sexualidade. SENTIDO DA SEXUALIDADE © segundo “ponto-chave” da Declaracdo € 0 sentido da sexualidade, A Declaragio, citando a Constituigdo pastoral Gaudiur et spes (n. 51), recorda que a sexual: dade ¢ 0 poder gerador do homem “superam de modo admiravel 0 que se encontra nos graus infe- riores da vida”, e que os atos proprios da vida conjugal, para se ordenarem segundo a dignidade humana, dependem de critérios objetivos (n. 5). Embora a sexualidade nfo se reduza A vida matrimonial, mas se estenda a vida inteira de to- do ser humano, e o matriménio nao se restrinja vida sexual, mas seja uma “comunidade de vida © amor conjugal” (G.S. 48), a ética sexual estd sempre ligada a critérios objetivos, que se podem. verbalizar como sentido da sexualidade: a sexua- lidade precisa realizar o sentido que nela existe objetivamente, conforme 0 proprio designio do Deus Criador ¢ Salvador. Hoje se ressalta, com razéo, que a sexuali- dade humana tem um sentido personalista, en- quanto é algo a ser integrado na totalidade da pessoa, através de um longo processo de amadu- Tecimento no amor, de acordo com o desenvol- vimento biolégico, psicolégico ¢ espiritual da pes- soa, e por meio do didlogo existencial entre os dois sexos. Néo se pode deixar na sombra outra dimenstio deste sentido da sexualidade: a fecun didade, Esta encontra sua expresséo especifica na geracio dos filhos; porém, ¢ uma forea criadora que ultrapassa a ordem biolégica, abrangendo ou- tros niveis, como o psicoldgico’ e o espiritual. A “fecundidade” est4 presente onde quer que © ser humano — sexuado — atua em resposta 20 designio do Deus Criador e Salvador, e — nesta Tesposta — ocupa lugar importante a reciproca colaboracao de homens e mulheres em todos os setores da comunidade humana e da comunidade ceclesial. Evidentemente, a fecundidade, em qualquer nivel, ha de expressar-se numa perspectiva perso- nalista: € uma dimensao do sentido personalista da sexualidade, mas que andou um tanto esqueci- da nos tltimos tempos. OFICINA METALURGICA DE ARTESANATO SACRO Especializada em consertos ¢ reformas de objetos sacros Linhas modernas_ de: sacrério — castigals — ostensorios © célices. Douraglo, prateagdo ete. Sugestées © devenhos atuallzados, com 0 critério espirito da lgreja, segundo ax orlentagdes do Coneilo Vaticano I. Luis Carrara Rua Rodrigues dos Santos, 831 — Fone 93-7299 FUNDIGAO. ARTISTICA PAULISTANA Especialidade om carrilhoes, toque celetranico © reformas ae Sinos para lgrejas, capelas, fazendas, navios, ‘campanérios FERNANDO LUCAS ANGELI Av. lrai, 1787 — Indiandpolis ‘04082 SAO PAULO — Tel.: 61-7806 Convento ‘Sto. Anténio do Pari — SAO PAULO 18 — VIDA PASTORAL } ft 1 — Relagdes sexuais pré-matrimoniais A sexualidade — porque tem sentido persona. lista — se manifesta nos relacionamentos das pessoas, as quais sendo sexuais, tornam os rela Cionamentos humanos impregnados de masculini- dade ¢ feminilidade. Sabemos que a reciprocidade do masculino e do feminino, na convivéncia hu- mana, faz parte do processo de integracio da sexualidade na pessoa para que chegue a uma opgdo madura, seja pelo matriménio seja pelo celibate. Entretanto, até aqui falamos do que se pode denominar “relagées sexuadas”, ou seja, relacio- namento de convivéncia entre os dois sexos. Outra coisa é a’ relagdo sexual, que — de si — exprime uma origindria e total doacdo entre um homem e uma mulher que se amam. Por isso, 0 seu lugar especifico é matriménio, que, para 0s cristdos, & sacramento de-amor com que Cristo ama a Igreja E neste encontro intimo de amor esta em jogo ainda toda a forca da fecundidade, também de or- dem biologica, e isto aumenta a exigéncia de um lar apto para acolher e educar os frutos do amor. Com muito acerto, pois, a Declaracio se opde as relagdes sexuais prématrimoniais (n. 7) Os tedlogos moralistas vinham ressaltando a concepcao personalista da sexualidade e do matri monio € apontando o matriménio como o lugar especifico desta expressao de amor. Alguns nao deixaram de mostrar que, apesar disto, nao se pode colocar no mesmo nivel relacdes sexuais descomprometidas ou relagdes sexuais sem amor maduro, ¢ relagdes sexuais, com amor maduro, por parte de noivos seriamente comprometidos, mas sem condicdes para realizarem logo’ 0 casa: mento. Estes moralistas néo aceitam as relagbes prématrimoniais, porém aconselham a compreen- so para com aqueles que ao menos agem com seriedade, comprometidamente, neste campo. ‘A doutrina que se encontra na Declaracio sem divida, a proposta evangélica a ser assu: mida com muita seriedade na pastoral, que parti r4 sempre da realidade concreta das_pessoas ¢ ajudaré a ir progredindo em diregio da proposta evangélica. 2 — Homossexualismo © homossexualismo ¢ algo muito complexo, ‘que precisa ser considerado de’ muitos pontos de vista: do bioldgico, do psicolégico, do sociolégico etc, Sem diivida, “Deus criou 0 homem (isto é, a humanidade) & sua imagem... masculino e femi- nino os criou” (Gn 1,27). Por causas miiltiplas e em graus diversificados, nem todo ser humano é inteiramente masculino ou inteiramente feminino. E dentre estes, alguns possuem uma tendéncia homossexual superficial ¢ outros a possuem bas: tante radicada. A Declaragao considera © comportamento se- xual fora dos caminhos comuns. Ao mesmo tempo afirma a necessidade de compreensio pastoral pa- ra com aqueles que ndo conseguem superar a. tendéncia homossexual. Jamais, porém, a pastoral poderia favorecer a transformaco do homosse- xualismo em “moda” a ser promovida. Doutra Parte, existe uma responsabilidade eclesial de > AS BEM-AVENTURANCAS Bernhard Haering, CSSR livro induz @ meditacao sobre o cha- mado pessoal de cada religioso, para viver as Bem-aventurancas, bem como & anélise do aspecto social das mes- mas, pois s6 assim pode 0 religioso i tuir sua missao de ser a luz do mundo e 0 sal da terra. Paginas 126 - Cr$ 15,00 VOS SEREIS MEU POVO Inés Broshuis Poucas vezes se tem oportunidade de abrir um livro cujo objetivo primeiro se- ja introduzir o leitor na Biblia e que o faz a partir de fatos do dia-a-dia e den- tro de um espirito latico-catequético to pragmatic, como VOS SEREIS MEU POVO. A autora foi verdadeiramente fe- liz. Partindo da indagacdo “que livro € este?”, ela conduz o leitor por um caminho ‘de aprendizado facil, porém profundo, de tudo aquilo que diz res- peito ao LIVRO DOS LIVROS. Quer fazer sentir e viver o espirito cristéo, a par- tir do texto biblico. Paginas 72 - Cr$ 10,00 RENOVAR-SE NO ESPIRITO P. R. Régamey Muito se tem falado das influéncias que ‘0 mundo de hoje exerce sobre os reli- giosos, obrigando-os a continuas toma- das de posigao diante dos acontecimen- tos. O A. desenvolve o assunto, conside- rando as exigéncias constantes que Deus tem para com os religiosos. E géncias que sao peculiares a cada épo- ca e forcam uma renovagao espiritual, porquanto sem ela as melhores formas de atualizagéo néo terao éxito, mesmo quando se trate de obras externas de apostolado. RENOVAR-SE NO ESPIRITO coloca e explica o significado dessa atualizagao, sugerindo maneiras que au- m no caminho da RENOVAGAO re- ligiosa, a despeito das mudangas do mundo’e, ainda, com absoluta conscién- cia dessas mudancas. Paginas 332 - Cr$ 35,00 Pedidos: “EDIGOES PAULINAS” VIDA PASTORAL — 19 afrontar a realidade, com muito respeito pelas pessoas, levando a todos a ajuda de que pre- cisam para a descoberta do sentido personalista da sexualidade (n, 8). Nos grandes centros, seria necessdrio criar uma acdo pastoral adequada jun- to aos homossexuais, 3 — Masturbacdo A masturbacdo ou autoerotismo possui_ tam. bém muitas causas, principalmente de ordem psi colégica Nao realiza o sentido personalista da se- xualidade, por excluir a parceira ou 0 parceiro, gue poderia fazer do ato sexual uma expressdo do amor interpessoal, assim como nio realiza a dimensio de fecundidade. Portanto, objetivamen: te, nao corresponde ao sentido que 0 Criador colo- cou na propria sexualidade. Sabemos, porém, que no processo de desenvolvimento da pessoa, & mui: to freqiiente a masturbagao no perfodo da ado- lescéncia, podendo ainda haver fixagdo do auto- ‘erotismo, que entéo perdura na idade adulta, € mesmo poderé aparecer como uma regressio. Tudo isto obriga a um estudo acurado do que acontece e de suas causas: ndo se pode isolar & masturbacéo do todo da pessoa em processo. ‘A masturbacao é, antes, uma expressao do que se passa com a pessoa toda, Sua avaliaca0 moral, nos casos concretos, deve partir da realidade de alguém que voluntariamente assume ou nao quer assumir 0 seu desenvolvimento,.a saida de uma vida egocéntrica para uma vida de abertura re ponsabilidade. Pastoralmente, a ajuda que se pode oferecer a pessoa que se masturba, é a de levé-la a uma educacdo integral na fé, a superar a situagdo geral que tem por consegiiéncia a masturbacéo. PECADO E ATOS PECAMINOSOS © terceiro “pontochave” da Declaracao & a relagdo entre pecado ¢ atos pecaminosos. A Declaracao (n. 10) observa que existem atos gravemente pecaminosos mesmo na esfera da se- NOVO METODO PARA O CONTROLE DA NATALIDADE Dr. John Billings Este livro trata com amplitude e profun- didade o assunto “planejamento fami- liar”, em todos os seus aspectos: pla- nejamento de toda a gravidez, harmoni fisica e mental do matriménio, casais in- fecundos, ciclos irregulares, controle na- tural da natalidade. © livro é acompanhado de envelopes, contendo resumo do método de ovula- 0, e instrugdes para utilizagao do gré- fico e dos selos coloridos. Paginas 128 - Cr$ 60,00 Pedidos: “EDICOES PAULINAS” 20 — VIDA PASTORAL xualidade e chama a atencdo sobre o problema do pecado graye considerado apenas como opcio fundamental. Atualmente, a’ opcio fundamental ua escolha do sentido radical da. existéncia € tida ou como abertura profunda do ser humana para Deus e 0 préximo, ou como fechamento ra- dical, ruptura que abrange o intimo da pessoa com relacéo a Deus ¢ ao préximo. No primeiro caso, a opcdo fundamental é positiva; no segundo, € negativa. A opcdo fundamental negativa, sem duivida, é “o pecado”; por isso, pecado grave. En- tretanto, os afos sdo meios para chegar a essa opedo, ou sinais da mesma; por isso, sao atos pecaminosos. Se ordinariamente a opcao fundamental ¢ fruto de um processo de muitos atos que aca bam efetivando uma deciséo fundamental negati- va, existem atos cujo contetido nao pode coexistir com uma opeao-pecado (assim, a verdadeira cari dade afasta o pecado e determina uma opcao fundamental positiva) e existem atos cujo contet- do — grave — nao pode coexistir com uma opcao fundamental positiva (assim, o édio profundo pro- duz a ruptura radical com Deus e com os irmaos;, qualquer outro ato subjetivamente grave, também muda em negativa a op¢ao fundamental, criando uma ruptura radical com Deus) SENTIDO DA CASTIDADE O quarto “ponto-chave” da Declaracao é 0 sen: tido da castidade. A castidade é “uma virtude que marca toda a personalidade no seu comportamento, tanto in- terior como exterior’, lemos na Declaracao (n. 11). Podemos acrescentar: é a virtude que produz. a integracao da sexualidade no amor, de acordo com as diversas etapas do desenvolvimento da pessoa, e faz viver este amor integrador, no esta- do de vida que cada um escolheu. ‘A castidade nunca é repressao da sexualidade, mas atitude dinamica de construcdo da pessoa — que é sexuada — no processo de maturaedo para @ opeao realizadora de um estado de vida e para a vivéncia do amor dentro desse estado de vida. Evidentemente, nisto entra também uma as- eética, A Declaragdo Persona Humana, diziamos no inicio, é um sinal de alerta. Se 0 sexo nao é tabu, também a liberdade sexual néo é bandeira. # pr iso, pois, continuar o estudo dos pontos conside- rados pela Declaragao para se chegar a uma me- Ihor compreensao da moral e a uma maior eficién- cia na pastoral. Nao se esqueca o necessério did- logo entre ciéncia e moral, entre realidade e mo- ral, entre Palavra de Deus'e moral. Doutra parte, no tomemos a ética sexual separada da ética social, a qual deve sempre despertar-nos para as causas da manipulagdo do sexo € da confusio de valores falsos com os verdadeiros. Hoje, a maior escraviddo nao vern daquilo que € imposto pela forca fisica, mas daquilo que a sociedade oferece, ‘Mons. José Maria Fructuoso Braga Professor de Teologia Moral na Fac. N. Sra. da Assun¢ao — Sao Paulo

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