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8 1 Sirens ese aN ¢ independen- na. em que nm pais, ao torpar penden te da metrépole, se constituiu mum imperio monirquico absolutista endo numa replica presidencialista. regime politics que, por ba- sear-se en cargos eletives, é considerado mais democrdtico. Esse mesmo homem, mais tarde, voltaria para Portugal para defender 0 trono portugués contra wn suposto usurpador — assim. D. Pedro 1 imperador do Brasil, se toro D. Pedro {V, rei de Portugal... Que independéncia entéio foi essa? 0 império brasileiro, do posto de vista social. politico © econdmico, no era muito diferente do Brasil colonial: a economia permanecett essencialmente agréria, 0 trabalho eseravo continuon ém vigor por mais de meio século, a estrutura Jatifundidria no sofreu alteragio, ram nas a economia € 08 negédios permanes mnios de uma pequena elite branca, nfio houve verdadeira democratizacio das relagbes de poder ¢ exploracio. 0 mesmo se pode dizer da passages do regime mondrquica para 0 repu- blicano. A proclamagio da repitblica em 1889 foi na verdade wn golpe militar praticado pela alta efipula do exéreito, ¢ ao um movimento social a favor da democratizagio da sociedade — mito pelo contrrio. todos os levantes populares em favor da repiblica tinham sido, até entdo. dnramente reprimidos. como ocor- ren com a Confederagio do Equador em Pernambuco (1824). com w Guerra dos Farra- pos no Rio Grande do Sul (1835-1845) e a Cabanagem no Paré (1835-1841). Mais re- centémente. a coisa se repetiu: 0 processo de wansicéo da ditacwa militar para wn regime niais liberal, em 1984, foi todo tramado e posto em prdtica nas altas esferas politicas do pais. tendo se aproyeitado inelusive de um meca- nismo de controle da vida politica, 0 Colégio Eleitoral. inventade pelo regime autoritério. Nao deve causar estranheza, portanto. que o pritneiro vice-presidente do regime “demoerd- tivo”, ¢ que acabou se tornando o presidente de faio, tenha sido José Sartiey, que apoiou a ditadura militar desde seu primeiro momento ¢ obteve amplos beneficias com ela. Menos estranho aida é que de 1994 a 2002 tenha ocupado a vice-presidéncia da reptblica wm outro politico, Marco Maciel. que nao tardon cm aderir ao regime autoritério com Iépida subserviéncia. ‘Talvez possamos ver nisso tudo algumas das explicagées para as U@s grandes caractoris cas da sociedade brasileira, praticamente inalteradas desde a época colonial: auterita~ rismo, oligarquismo ¢ elitism — politicamen- & jan Bue te autoritéria, economicamente oligdnquica culturalmente elitista, E como escreve Marilena Chaui (2000: 89): Conservando as marcus da sociedade colo- nial escravista. ou. aquilo que alguns estu- dliosos designam como “cultura senhorial”, a sociedade brasileira 6 uiareada pela estru- tira bierdrquica do espago social que deter mina a forma de oma sociedade fortemente verticalizada em todos os seus aspectos: nela as relagées Socials e intersubjetivas pre realizadas como relagio entre wm super rior, que manda. ¢ 12 inferior, que, obedece. A ausdneia da participagio popular naqueles momentos histériens révela 0 abismo que seun~ pre existin entre a imensa miaioria do povo € a pequena elite dominante, abismo que se per penta até hoje no pais qne apresenta alguns dos mais graves indices de injustica social de todo o planeta, ao lado de uma economia clas- sificada entre as quinze maiors do mando, Essa pesada heranga colonial, evidentemente, também tem seus efeitos sobre a definigio da norma-padrao brasileira € dos demais proble- mas que euvolvem & Lingua portugnesa © Lo- das as outras muitas Hinguas faladas no pais. Nas nossas relacdes lingiiisticas € ficil detec tar a mesma aguda verticalizagio apontada por Chaui nas demais formas de interagio social no Brasil. A idéia mesma, amplameote difandida e aceita, de que o Brasil é uma naggo monolingie (wma “unidade na diversidade”) também se enquadsa comodamente mam projeto de negar, pura e sit plesmente, a existéncia daquilo que nao. perten- ce &s elites, num processo irleoldgico cle oculta- imento ¢ apagauento dos conllitos sociais prov cados pela realidade das iniimetas situacdes passadas e presentes de multilingiiisme, Todos esses feiniémenos caracteristicos da nos- sa formagao histérica e social oferecem wn quadro explicative para a nftida situagio de conflito lingiiistico que se verifica eritre nés no aque diz vespeito & lingwa das camadas privile- gindas da populagio — de wn Jado, temos a norma-padrao lusitanizante. ideal de lingua abstrato, usado como verdadeiro instruniento de repressio e policiamento dos tisos lingitisti- cos: do outro, temos as diversas variedades prestigiadas, usos reais da lingua por parte das classes sociais urbanas com escolaridade superior completa’. : Essa esquizofrenin aparece nitidamente, por pz, wt dn pe le len dé Noe ‘nga Portuguesa. idealizadi ¢ apresemtata por sm erat Prine a Sahemos que’ o portugues brasileira falado {inclusive esti suas variedacles prestigiadas) preserva. em suas grandes linkas, tragos gra- mnaticais (fonéticos, mofossintaticos, lesieais) cavacteristicos do chamado portugnes eldssi= ca, designagao que 05 historiadores da lingua aplicam ao periodo compreendico entre o» séculos XVI ¢ XVII. Em Portugal, no entan- Pasquale Cipro “Aqui no Brasil. muitas vezes @ professor diz ao alunos “Ni & possel comecar & frase fom 6 praname me’ E, seo aluno eseveve na redactr ‘Me disseraun que... leva unis hronca do professor; qne no explion a0 aluno de onde vem essa bistéxia, [] O gue scomtece & que a lingua pornugwesa ‘ofieal, isto 6 f pormugués de Por sie seeita o prouomie ate inicio da ftase. {..] E importante Jembrar que @ toss forma dle usar 08 promoines, nto comogo da frase. est oficial nents ervada, No coriiano, coin os aaniges. ua vide didria, podemos falar fi nossa mancira, Mas numa prove de portugués. mmm vestibular. num concurs, dlevernns fecrever -pronome sexmpre depois do verke, Console-se. Sho cofsts da nossa Tingna portuguesa...” (resto dy pn ganna disponteel no site enw eecudteracconbrveloescola! Faguaportuguesa). 1A histGria da liuyun portuguesa costuma str dividide nos segnintes periodos: 1) portugués areateo: ilo século XIl a0 inicio do XVE-2) portugués cliissica: do Tinal do séeulo XVT aw inieio dla NVUL 3} portuaneés naderno: do infeio Up século XVIIL aos clas cle hoje. Essa divisio, uo entanto. 56 se apliea ao povtugués ene rnpen, embora isso Ro fique evidente nos matade Foldgicos que ofererem cssns chassificngies, AMinal. « parie de momento en qe ama lings étransplantada vo. em meades do séeulo XVII. ocorreu. uma grande transformagin social: a ascensdo da Frurgresia’. Como € normal em situagbes his- téricas semelhantes. a nova classe social de prestigio também impés a sua maneira de falar as demais classes, transformando-se em mo- delo de comportamento. Ora. justamente na Kingua falada pelos membros dessa classe so- cial estavam ocorvendo determinadas nmudan- gas lingiifsticas que viriam a caracterizar 0 por tugués moderne, falado até hoje env Portugal — tn dos aspectos inais suentes desse poe tugués europeu moderno é a reduefio extrema (e eventual colapso) das vogais étonas, que serve ce traco de distincdo imediata entre por- ingneses e brasileivos: wna palavra como de- liberar, por exemplo, é promunciada, em Por- lugal, como “dlibrar”, isto é com metade das de sex terzitério original para onrr, cla cessis de variagéo © amelsiga que se veulizent enn cire- Gee diferentes da vaviagau € mrdanga, que oeorven no réivitério origins, cevido & nova reatidade ecaldgica. ét- nica, enlural e social em que passa a ser falada. Assim. © portugués eurapen moderno que comega a ser falado em Portugal uo inicio do século XVIU 6 radicalmente dlistinte de. partugués ht __"Cuna excelente wnilise dessa simmagi hist linglifstiea se énicontra no texto de Emilio G, Pagotto, “Noma ¢ condescendéucia: eifacia e paveza” na vevisra Lingua ¢ Justrumentos Lingiifetions. 2: 49-68 (1998). spor ppro~ 2 Does 8 A Ninus nea 1as # Afvobs BRN silabas que apresenita sua proudneia no portu- wués brasileino, Eases uansformagies fonéti- cas. evidentemente, tiveram efeito na sintaxe ¢ ha morfologia, aumentando 2 distancia entre a Tingua dos porrugueses ¢ a dos hrasileiros. Assim. nfo devemos perguntar por que os brasileiros falam de modo tao diferente dos portugueses, mas sim comtréxio: por que, erm tio breve espage de tempo, os portugiteses abandonaram seu idioma classico ¢ passaram a empregar novas formas lingitisticas? A: res~ posta se encontra, como ja vimos, na histéria da sociedade portuguesa. Outra pergunta que poderiamas fazer, entio, & por que a norma padrio lingitstica brasileira no se bascia no portugués cldssien, que tem mais a ver com ela, € se inspira, ao contério, uo portugués moderno, que € a lingua dos portugueses? A resposta se encontra no j& menciouado projeto enropeizante da nossa elite — sua Ansia de se afastar de tudo o que viesse do “vulgo” de se aproximar ao maximo do ideal enropen Jevon ela a ueger sua propria lingua meterna ¢a buscar uma identidade lingiiistica do outro lado do Atl@atico, A parandia da cclecagio pronominal ¢ wm sixtoma nitido dessa esquuizotrenia graumatical dos brasileiros mais letrados, que nega saa lingua materna para teutar se expressar numa lingua cue nao thes pertence. Passadla sua fase romantica inicial, 0 Smpeto de nacionalismo elitista no que diz vespeito & Imgua acabou veicido pelo projeto europeiza- dor maior da oligarquia. sohremdo com a ascensdo intelectual do Parnasianismo, mar- cado pelo preciosismo sintatico e lexical. uma vez qne nessa escola litersria, mais que nunca. qualquer clemento “popular” deveria ser evi- tado ao maximo. O apogeu dessa fase de culto a uma nora lusitanizante se coneretiza, fisicamente inclu- sive, ua criagdo da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1896, que teve entre seus fundadlores varios dos mais destacados repre- sentantes da escola parnasiana entre nds. Como toda instimigéo de seu g@nero, imitagSo do modelo aristocrético-feudal da Academia Fran- cesa (findada em 1635, no apogen do regime que seria deposto pela Revolugdo em 1789). a ABL perpetua até hoje aqtiele espirito de “de~ fesa” da “lingua” (isto é, da norma-padrio tradicional lusitanizada) contra toda “corrup- ¢40” provocada pelo (ab)uso do idioma por parte do “vulgo”. Basta ver o titulo da repor- tagem publieada uo Jornal do Brasil de. 1°/ 12/2002: “A imortal defesa da lingua”. 0 mais us De ahsurdo no uso da palavra “defesa” @ que se trata de wma tentativa de defender a lingua contra os suposios “ataques” de sews préprios falantes natives. como se cada Drasileiro no tivesse 0 direito de falar sua Lingua materna do modo que melhor Ihe parecer, como bent qquiser ow como conseguir diante das eoergbes do contexto de interagdo verbal... A Acadentia Brasileira de Letras quer preservar ad immortalitatem wma atitude eutranhadamente elitista diante dos fatos lingiiisticos. uma vez que seus 40 membros (quase tors allieios aos desdobramentos da pesquisa e da teorizagio cientifien acerca da lingua ¢ de sen ¢nsino) se autoproclamam eapazes de tomar decisoes ¢ decretar escolhas cm detrimento das opgbes lingitisticas dos outros 175 nithdes de Salantes da lingua majoritaria do Brasil, inclusive dos mais letrados . yolta a se acender a No inicio do século : polinica em torno da “liugua brasileira’. novamente encampada por un nioyinesito eatético-literdrio, 0 Modernisino. Assivy como no periodo romantic. a defesa do “brasiled sera feita em grande parte por pessoas desvinculadas da pescquisa lingiiistiea sistemd- fica eda pratica docente ¢ bes niais interes: sadas em questies de vanguardismne estético. de definigio de uma identidade nacional, de aproveitamento do folelore (sobretuto 0 fol- clore de vaiz indigena e africana) ete. A defesa da “Imgua brasileira”. mais ma v perma- neceré circunserita as esferas da intelectual dade e sem praticamente nenlimne influancia na vida dos cidadios comuns ¢ dos poucos qque tinham acesso & escola que. como ja se mencionou, sé se preocupaya em iuculcar mua norma lingiiistica conservadora, ensinada com 0 mesmos procedimentos filolégivos e com a meana didaticn com que se ensinon, duraute séeulos, a lingua latina no Ocidente: 0 portu- eués era analisado, dissecado ¢ “reconstituide” como se fosse uina Tingua morta, preservada apenas em textos “clagsicos”, examinados fra- se por frase — procedimentos dicliticos que. infelizmente, ainda perduram em muitas esco- las brasileiras em pleno séenlo XXL. Esse reduzido acesso & escola explica por que 6 conhecimento/uso da “norma culta®. isto & da norma-padréo (rotulada, no nosso imagi« nério nacional, om 6 proprio nome da Iingua: “portugnés”). ndo se propagou de maneira intensa © extensa por nossa sociedude. Além de soar como uma “lingua estrangeira” para 4 maioria dos. brasileires (¢ mais ainda para os brasileiros orhundos das classes sociais desfavo- Des bs on A Sow recidas). esse padrée sempre esteve intima- mente associado com a escrita mals monitorada, usada para fins estetizantes ¢ retdricos. Como 0 acesso & eserita se faz pri mordialmente na escolarizagio formal. +6 aque~ Ie contingente minimo de brasileiros que po- dia freqiientar a sala de aula entrava em. con- tato com essa norma cultuacla. Nossa sociedade, por isso: desde sempre tem. se caracterizado por exibir uma cultura muito mais centrada nas préticas orais do+ce nas préticas livveseas que giram em torno dos géneros textuais eseritos mais prestigiados. 0 Brasil apresenta alguns los mais clevados indices mundiais de analfabetismo ple- no ¢ funcional, além de indices baixissinos de. escolavizactio formal", Até hoje, mesmo entre as classes abastadas. o hdbito de conyprar (e ler!) livros 6 extremamente restrito. * Segundo reportage da Folha de S, Paulo de 17/5/2008 (caderno Folhateen). “o Brasil ainda ter pelo menos 16 milides de anallabetos. o que representa 13.6% das pessoas com 15 anos ou mais, lém disso. dle cada em akmos due entrun na escola, +1 ado terminam a 8" série”, Baseanclo-se erm dados do governo federal. 0 te to de reportagem (assinade por Lucima Constantino) prossegue:"30 de cada cen estudantes do eusiny funda meutal esto acima da idade para a série que cursam. © 21.7% repetem. cle ano. Cursar a nniversidade € quase un soulo: #5 6.1% da popnlagie de 25 a 64 anos tink nivel superior completo em 1999." Além disso. num pais com distribuigdo de renda {e de edneagiio formal) to desequilibrada, a nonma-paddo representa um bem cultural vir tnalmente inacessivel & imensa maioria da po- pulagio, deixada & margem da escola e da cul- twa livresca, Na anilise do lingtiista noruegués- ameticano Einar Haugen (2001 [1966]: 114) © dominio da lingua-padrio teré natural- mente wn valor mais alto se ele permitir & pessoa ingressar no coneilio dos poderosos. Do contrazio, o estimulo para aprendé-la, exeeto talvez passivamente, pode ser amuuito baixo. Se © status social for fixado par outros exitérios, & compreensivel que tangcorram séeulos sem que uur popnlagio a adote. Ora, 0s critérios que fixam o status social no Brasil so extremamente rigidos. quase infle- , € a mobilidade social 6 muito restrita, a comegar da prdpria cor da pele do cidadio: os negros brasileiros, se fossem considerados como tm pais independente, constiteiriam uma das stages mais pobres do mundo, com niveis de desenvolvimento lmmano inferior ao de muitos paises miseraveis da Africa. O destino de moitas camadas sociais de hrasileiros se aprosima de um quase-fatalismo: @ altissima a probabilidade de pessoas nascidas ém clas- ses sociuis pobres ou miserdiveis pecmanece- venue 8 9 96 rem por toda a exis(@neia dentro: dessas cama- das desfavorevidas. A histéria da educacdo no Brasil é mais um tor que éxplica por que é tao restrita a apro- priagdo da norma-padrao por cada yez, mais cidadios. Mesmo as oligarquias nacionais. de- moraram a ter nm acesso féeil ¢ ample & cultura letrada mais elitizada. Basia lembrar de ensino que a primeira institnigae brosileiry superior, a Faculdade de Direito de Sao Paulo, foi criada somente em 1827. nam contraste agudlo com a América de colonizayio expa- hola, que j4 em 1538 contava coma Univer- sidade de Santo Domingo. em 1551 com a Universidade Si0 Marcos no Peru e, dois anos mais tarde, a do México. No términio do perio- do colouial, tinha 23 universidades enr funci- onaménto nas autigas possessbes espanholas. Outro fato que merece destacue: somente enn 1808, data de fundagio da Impressio Régia no Rio de Janeiro, tem inicio a indéstria gr fica uo pais, depois de séculos de proibigéo explicita, por parte do govern de Portugal, de se imprimir 0 que qner que fosse na vol: éeulo & nia. Ainda assim, levard quase un 5 meio para se transformar muna verdadeira indistria editorial, E {cil deduzir que duran- te trés séculos havia muito pouco material escrito para ser lido, além de muito ponca gente capaz de Ter, No decorrer do séeulo XX, apesar da tentative (amplamente frustrada) da escola ¢ de outras instituigdes de incutir ¢ proservar um padréo de Ifngua extremamente lusitanizado. fica ni- tido ¢ evidente que a lingua que realmente serve de instrumento de interacao social dos brasileiros. inclusive dos que perience as camadas médias ¢ altas da populagdo, @ Iin- gua que de fato pode ser classificada de ma- Jerna, 6 um portugués brasileiro inuito dife- rente do portugnés falado em Portugal e, mais ainda. da norma-padrio tradicional. E um portagués brasileiro vivo ¢ dinfimico que par- icipa, interfere, influi na construcéo e consti- tuigdo da nossa sociedade, eada vez mais com- plexa e multifacetada. Esse portugués brasi- lero — jd com esta designagio téenica — 6 yue sera objeto, a partir da década de 1970. da pesquisa cientifica sistemética suscitada pela acolhida nos nossos meios, universitarios das teorias ¢ metodologias da ciéncia lingiifstica moderna. Uma das maiores contribuigies da pesqnisa cientilica foi, sem. ditvida. revelar w grande disténeia que existe entre a norma- padriio, que povea o imaginério nacional como cepresentagto idealizada de wna lingua “cer Nv NA

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