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Dirceu Lindoso FORMACAO ae ‘ormacdo de Alagoas Boreal, de Dirceu Lindoso, vem a lume pela Editora Catavento. Obra de importancia cientifica nos campos da historiografia, da antropologia e da sociologia, aplicadas aos estudos da formacao de Alagoas Pars Borealis, nome ‘com que a ciéncia historiogrética flamengo- colonial designava a regiao entre as terras, baixas do vale do Una ao vale de Santo Anténio Grande. E a parte menos conhecida da formacéo e criagéo de Alagoas, por isso mesmo deve se constituir numa das mais importantes fontes de pesquisa para aqueles que estao interessados em temas alagoanos. Ed ‘U0 dicts, Catavento vee (©2000 Direeu Lindoso CONSELMO EDITORIAL ‘Sheila Diab Malu! (Doutere em Ares) Lemuel Dourado Sobrinho [Doutor em Secclogio) Douglas Apreto Tenorio [Daulor am Hieterio) Elio de Gusmao Vergora (Dovtor om Edvcagde) Roberto Sarmento Limo (Bouter em Literatura} COORDENAGAO EDITORIAL eda Maria de Almeida PROGRAMACAO VISUAL Flavio Coro Simone Covoleonte ‘cap Tage Amerat indoso, Direau Formocto de Alagoat Boreal /Dircu Lindoso ‘Mocsie: Eciz6es Cotoverta, 2000 204 ISBN 85.87311-45-X CDD_981 Emin arcade cena pes ea stim deh Cima nonstop ao ce “Sanne gee 0 Fdighes Cotoento to ua Valo Oren, 382. Prt Verde {Sato anaia on Ponte Carial ~ Uri Ca 57 095 170 Maces A Broil Tow (82) 327 6680 ‘mal edicocecetoverto@svne comb Impress no Broil Ao velho e inclito historiador Manoel Balthasar Pereira Diégues Junior, ‘0 primeino que disse ser o lagamar da Barra Grande ‘ primeiro sitio de exploragao e colonizagdo dos descobridores da Parte Boreal das Alagoas Sumario Prologo para qualquer, 1 Parte Primeira Alagoas Pars Borealis Parte Segunda A Dialética africana do ser negro, 73 Parte Terceira Negros algados e negros paps-méis: a formagao do proto-eampesinato Papa-Mel na Alagoas Boreal, 103, Parte Quarta {A formagio docampesinato por indios-conscritos tapuia- keariri na Pars Borealis, 133 Parte Quinta (© uso consuetudinario do despique matrimonial na Sociedade camponesa da Alagoas Boreal, 157 Parte Sexta 'A violéncia senhorial como fator de estruturagio social, 167 Parte Sétima © proto-artesanato no campesinato formative na Pars Borealis, 185 Prélogo para qualquer Estes sete ensaios podem um dia se comporem em livro ~ um livro futuro, talvez. Compé-lo me distraiu, porque o imaginei sendo livro j, um espécie de idearium porto-calvense, que patria minha antiga, porque em terra antiga sua nasti,Falo do Porto Calvo histério, do Porto Calvo centro de colonizagio. Livro, ou quaselivro, ew 0 compus de uma sentada, sem vexames e sem descanso, sem ostentar uma copiosa bibliografia, que em certos casos ‘aisatrapalha queexplca. Estes ensaos io uma profunda ¢ sincera reflexio sobre a pars borealis de Alagoas, feta a ‘meu modo e jelto da easa em que moro diante do lagamar do Gamela, na cidadezinh pravira em que nasci. E por coincidéneia sio sete ensaios como o foram os 7 Ensayos de Interpretacion de la Realidad Peruana de José Carios Maridtepui, mas sinceramente 0 método de Maristegui nfo, interfere nos sete ensaios que compus, porque asrealidades que ele interpreta e as em que ineido minhas reflexdes diferem. Sou mais antropélogo que ee, porque Maritegui nio se libertou inteiramente do historicismo em que se ‘educou politicamente. Ele & mais filsofo politico que eu, ‘mas um filésofo politio de inerivel eriatvidade. Minha admiragio por Maridtegui vai por outro lado: € um cespléndido ensaista, o que raros marxstas foram. 6 um admirivel ensaista, como ele foi, esereve palavras de confissio como estas: “Mi pensamiento y mi vida constituyen tna sola cosa, un tinico processo”. Soeserevem coisa igual os que, como © peruano Maritegui, tiveram muitas vezes de mudar o rumo da vida quando se deparavam com 0 paredio dogmético de seus companheiros de filosofa. Mariitegui foi um defensor da comunidade indigena, porque pereebeu nessa comunidade © germe de um socialismo agrério peruano. Os Formagso de Alagoas Boreal descendentes da II Internacional, de sombria meméri esperaram que Mariétegui morresse para acusi-lo, como fez 0 hoje esquecido Miroshevsky em 1942, num artigo da revista Dialtica, de “populista” ‘A documentagio sobre nossa historia é parca. Um tabelido insano queimou os arquivos de Porto Calvo sob sua guarda, Poueo se sabe hoje o que foi documentalmente a histéria de Porto Calvo. A historia da pars borealis. €

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