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sions Gastronomia, restaurantes e comportamento do consumidor NODES BOy. OX! ‘Th geminata ir center de pt eda ites Made Pade use rsa tie SED ‘Siero aa Lies sa Sumario Asradcinets Coltradrs Pro Apes a etgo brasia rate 1 Aconstrugo social do gosto Diane Seymour 2 Opsladarpe-modero: comer fora aera indiviguaizads Donald Sion 3 onto ecxpac: comer fora nos dis de hoje Davi al 4 Covina chigue: o impacto da moda na alimentagso Jane Pinksten 5 Ochoquedo nove: uma socolgia da muse casi Ray. Wend wi 2 3 a” Fischle, C. (199). thoi: Le Gat, lo Cui Pars Eaton Cull arb wn. Flandin, M:Monyanar and “Tomlin, M. (988). Do cstinct class preferences for fs ‘xs? Bich Fon! or Tour! 10) ‘Te Guadin Warde, A 1997), Cn ad aud Taste, London: Sage Warde, A Martens, Land Olsen, W (199), Co a the problem o variety eultral omnivore Anton ara dining oat. Sclogy 33 (1), 15 Univesity ress Wilkes, (1990. Bours Wes ere Bo Ed) Hound Mem Wood, RC. 1985) The Sasseny of the Mal. Finbar “Edinburgh University Pros Wood, R19) "Od win et, Mahar and Che, caPiTuLo 9 O paladar pds-moderno: comer fora na era individualizada Donald Sioan 1 uma pressuposicio popular dequeo esto expres peas roupasque uso, pelt misia que ouvimos e obviamente pelos restaurantes que feqientamos re fete a nossa personaidade. Ete capi To aveliase so 0 que realmente acon tece, Somos livres para formar uma identdade propria, que exibimos por hosso comportamento de consumidor, produto do meio socal? Possmodernismo Hog, otermo ps moernism é bastante wsada tanto no discus aca <émico quanto fora dele, e sua aphicago parece limited. Apes da afirmagio ecorrente de quew term, na verdad, €despeovi des. nificado, que & um falso constructo erpetuada por ineectais qe lesprezam o ponto de vista de outros, patece veo comentiro sabre pos moderisme nos ajuda eslareceranaturezadosdesenvovimnen ‘oscuilurais contemperincos Featherstone, 1981, 1) A tare de definir pés-modernismo como fendmeno socal identitiesvel inertompida pela implica inerente do prefivo ps" Featherstone (1991, p. 7) observa: °O problema com o tem. [pis ‘modernism... gira em tomo da questo de quando um terme defn «do em opesicio a outro temo estabeleido,o dele & derivado, pass ‘exprimir algo substancalmente diferente” Acompreenso do terme, a0 que pans, pode decote pens. da ‘opacidae de identifica aspectos da soiedade conemporne com. pletamente diferentes do que acontecey antes da observa den sessos de mudangs socal, ‘A eza moderna costuma ser Menticada como periodo em que ‘corre a industrializagio em massa, acompanhada dos sistemas de pein do govern feral ede nfrentrutura social. No mile doc ‘enti sciogico sobre ea moderna, enconta-se uma anise de erargas sca basendas em canes edo seu papel o apoio sins Aiud ndustrias. Na verdad conforme cbserva Beck (1852p 10), oss acco das toss de moderidade a7 que nos costumers ‘apenas considera as estraturas sciais dentro do contexto de ett fas industrisis As teorassocolgicas de moceridade enftizamn homogencidade e sugerem que os mevelos de constraio social 530 pliciveisuniversalmente Em contraposiio,os comentarios sobre pa "emismo ritam proposigdes univeralmenteaplicives sare a Ainimice da sociedad contemporineae sobre questies como clase sexo, poder favores, em verde “narrativas locas (Calhoun et a, G 202, p. 41), que revelam a naturezasupostamentedesestatieida ‘tive da vida atl Nocentanto, esa observa, por 3, net larece s¢ 0 péemoderistasfzeram mais do que comentaeforenas evidentes de comportamento nas itimasases da ra moderna, em vez {de sabeloerem ums tora secolgica nova sigaicativamente de ferent Em seu ratio tet, Rik Soity— Toa « New Maly Soe ade de Rsco em Diego a uma Nova Moveridade, Beck 1992) oer ‘sa natureza mutive da sociedade capitalist do inl do séulo mx No nile dws ese ets sua aimativa de que as ierarquas soci a- ‘icons que refetin eapoiavam as divises do mercado detrabalho {ns esto perdendo importa, Ele aim Naqula epoca [Sond do 1950), 8 undede istive de expres compatnadas david, rei pel mercado models peo satus que Max Weber eunis ro concede lass social comacou a ‘romper. Sus vere elementos (cma canis mains que de perdom do cporuncades espacicas demercadoefeinca da radio 2 ds estos pré-captaits, conseénca dos tntes do comicad ‘as barra a oblate, ber come reas de cnt) 808 paves se eset (8c, 1982p.) A comsideracto de Bec sobre as consegiénlas dessa mudanca mervada na eseutura da sociedade eta centrada no concito de oer flexi que, segundo ee, equer que desenvolvamos os ‘as prprias bogeafias sem an lgnca do content de classe tradico- al (chamada maderidade industria, Esse proceso, conhecio como nstuatsgo, estima a renga de gue algiinidade socal dacorre de conguista pessoal eda realizacio de ambiges, 0 que, por su Vez, amen a probublidade de crises indviduallzadas Alm dso. individualizagio rez ascaracteristias stables a infltncia de grupos de classe social qe costumavam tr ares pollens. As nova aliansss pitas pasaram ase hasearno asso, fem vez de terem uma ampla base de clase sci Isso resulta cm “ean ides temporisias” idem p. 100) das que, pelo interes em camps ‘has ecauhs tunis costrnam aparecer na midi. Osos contitos sd grapos permanente, segundo Beck (1982p. 10), surgem das nos ss “caracorisicaatebuidas, questo “raga cord pele, gene cni ‘dade, homossensaidade incapacidaes cael. Os grupos forma os com bose ness caractersticssatebuidas busca atualmente a har invlaecis polities pa nase na sneompaibiidade de desig de de grapo com aorientago comempordnes para. eliza. ‘Zygmunt Bouman 2001), um dos comentaista do pr moderis- -momaisproliicose nokives, que, vedade, enaiz 0 posivl im do sistema taseadoem classes antes de Beck, discon lngament 30- bre as consequéncis da madanca Sokal para individu le far wma reflec sore até que pont as atoridentidades, 0 long da era mo- deena, foram esaboeckas por uma estratura aminstrativa que no & estionada, Segundo o alo, fol a aciagho dessa estar perpetuago pla aceitach, que nos capac a ati sgfcado Se nossa esclhas de vida. Alem disso os signifiadas da via que obt- ‘vemos pla formagio diggs com fendnena cultural que, loge dleserem efémero, era na verdsde considers eters, io franh igualmentevalorizads,ajadando, assim, a manter as hieranquiasso- clas, Bauman também destacs a visio, quase sempre express pelos qu poder ser consderadassocdloges da atualiade, de que ae ‘abide da conjutura social eo sigiiendos da vida que ela mpi foram preservados pla hegemnia idelgiea de uma classe socal, Os litres observardo que esa visio da dinimica de sociedad fi ape rmorada pr Pere Bourdieu (consular Capitulo 1). ‘© rompimenta de Bouman com o sistema soil vigente © ee mento mas obviamente contrverso dasa tee, surge coma sua afi magio de que ess vsSo de ongaizacio da sociedad ea sa conse ‘qe infgnca nas escola da vida ¢ na formagio da Wentidade estos trmandreundants. Em seu gat, ele w8osugimento de tama socedide na ual os indiviosenfentam insegurangye ol ‘mento em potencial quando opera sem falaridade com os Unites fa condigesrconais, Bauman (22, 42) fim Propon que soiiads,nabiatautcontteso@ atomortgem ccupem ra ooriasciclgica da ps moderidadeougarcantal ue orto da madera tori soil raserou pa clogras de o- ‘lade, ope nema come Cassa au comunidad), cociazaio @ Na vogue Bouman tem de sociedade, a desconstrusioparente ‘de conjunturas estabeecias, que tnham o poder de dtae normas ‘omportamentas,obriga-os a Buscar uma ltemativa, Ess alterat- ‘nos chega na forma de wma fai de habitats elativamente atin ‘mos, que abondanos © aceitamos ou rtamos por tenatvae a0, formecennos um “prio ce automontagenn”, Nossa Hterdade de scesao a habitats dierent , portant, nossa capaidade de determi> rar noses padroes de automontagem sto imiadas, isso que forma ase da cesigaldade na vida contemporines Noo amu esi bol” (bide, p. 40, qe posibilitam o acess a habitats eaumen- tam nossa fans de escolhs lists na vida eg, por sa Yer, prop ‘sam oportnidades de dexenvolvernossasilenidades pessoais © Posicio social, depende do nosso conhecimento sobre os tacos ‘omportamentasexgidos em cada habitat. Deve fcr claro que nem Beck aem Bums elao propendo que © pemodernisin signi osurgimento de uma sociedade deme tratizada em que 38 mudancas as fonts de sts soil eas conse ‘Gentes desigualdades decorrentes da domvnagio cultural de deter ‘minados grapos teaham sido solcionadas, A desigualdade ainda é lsivel eles firmam, mas est cada ver mas baseada em fatoes que iferem de clase social CConsumismo pés-moderno e auto-dentidade CConforme observa Warde (199), os pares de consumo no conic tem taiconalmente um foco de atenglo paras secloges a no ser fem rdacio&indistia manutatureira og maelas soci, coma de pendéncaquimica ou fome.Contudo, a mor parte dis pesquisa x doligjcasconcenzaseatualmente na vise dsinegragio das div sie de lasses socioeondmicas ema nossa restate partiipag et hibitatsculturaisallernativos relacionados comonosso comportamenlo de consumo. Em esncia, noesosauto-kentdads atualmente se for- _mam cexpressam-se menes por nossasocupacSes poses na erat ua declasese mais pela compreenstoeestao do valor simbico as mereadoras e dos servigos? ‘Um ponto de partida interessante para ese elemento da dscussio observaro sts vsivelmentemutivel do consuior. Pare haver "um consenso de que no mundo desenvuvido estamos vivendo em "so- edad deconsumo", quer esse ermo se compreendido quer io, 0 reflow disso ¢ que otermo “consmisor” nko splice mals omen 8 que compram prouts no coméri vara, mas amb 3 etantes do misus, atins detest, 9 pile eeprti # pico ‘eet, a estacaros unveils, 8 popugtostndda plo ese toros soca at masa a conve ©» puso sends pla ota (Abecrarbi ta, 195,51). (0 que cats implica pelo scope da apicao do term & que 08 fomecedones de qualquer tipo de servigo sea no coméri se nos se torespablices, deveriam adolar uma condata explicit de “orentago paraocllent" Iso poderia ser feito para indica que statis ou, con forme sugerom Abercrombie et a (199), “autordade” do consi dor aumentou [Nessa anslse da literatura sobre teria da cultura do cons- rmidor pés-modemo, Featherstone (1991) kentficafemas comple- Stanton cma a iis mentares 0 crescente significado do valor simbélico de bens @ ser vigos esetizasio david coidians eo ssngimento da cultura do stl devia Em relago a0 primer doses ema, a pid expansio em excl te procio capitalist, que vem ocorrendo dewe a década de 1950, ez que o consumo se tornasse o principal elemento da atividade de {ver so pode sigifcaro alvorecer de uma cultura democeatizada, ‘unlit ou, ao los de um abservador mais pic, ser fate de ma manipslago em massa de consumidores pr part de sofisticadas rganlaagbes capitalists. B Sbvio que esas duns vies alternativas ‘do tem de se exclu mtuamente.Fatherston (199 anaisa a8 con exci do crescimento em esala da atvidade de consumo, ncus ‘ese ste sgfca mudansas mais profs na stutira ena organ ‘agho da socedoe.Fetherstone se vale da trabalho de Boor, ue aso a semiticn na tenttiva de compreendero significado simbs- ‘eo de mercadorlas moderas e experiéncis de consurn. De acordo som pensamento ps-modemista;Baudelad (Poster, 2001) prope {gue a8 metanarativs, que sugerem una estrutra para a socedade {que no colo em contexts histricos de evolugio continua, no S40 tas elovante. Fm ver dso, ele afrma que estamos operando em ‘umanundo “viral” ou “hiper ea” ibm) em que nosso sentido de reaidade decorre de imagens geradas pela mia, As imagens (ou ig- nos) qe emanam de meradorias e que a elas eassciam, mals fe- ‘qenemente geradas por propagandas fornecem nosso context de ‘operas, Conforme firms Baudrillard (2001, p13) "Propaganda 1 ‘sociedad de massa qe, com a apd de um signo arbitaeo esse rico, nd eceptividae, mobilizaaconsciéniaerecosttatse em ‘um proceso simples como coetvo" ‘Eanossa“ecepivdade” profaso ed apresentacto demercado- Fas imagens qu eatiula deseo: Rus com vitrinas loadas ere Zentes, a exicio de iguaras eta as cena de vestimentasemidas| le fst stimula wma salvagio mgs" (idem, p39. "No mucleo do segundo tema identifcado por Featherstone (860, ‘st uma indigo de que, na sociedad p-moetna, nossos goto, referécia ecaolhas de consumo so stulment, mai dog ate, ‘nfluenciados por onsieracde esis, Featherstone estuda a ane "pela qual nossa vida cotidiana x tora cada ver mas etetizada Os fundamentos des tendénca foram dermabaos pelos flare urbence «da meade do sculo xx que buscavam, por sa conduta pesos, as. formar sua via em obras de arte No Reino Unido esa abondagen oh ‘exerplifeada pela via de Oscar Wide, “do qua ace recordaros(.) muito mas pelo que foi do que pelo que escreveu Eagleton, 181, vi Taveras paltras de Lod Ilingwort,personagem da pa de Wilde A Worn of No importa, reetam as ambi pessoal do ‘or “Um homem que consegue domina ums mesa de ania londrina consegedominaro mundo. Ofna petence ao at 80 0s nul lads qoe vo ditarasrgras” (Ruse, 1985p. 62). ‘Mais tarde, ma dca de 1960, estetzago da vida eoiiana fot ‘timulada anda mas peo surgimenta da arte pop, cup mar expoen- ‘efoi Andy Wathol Seu suceso em desir nies abeecidas do gue constitu arte at cto ponto pela crag deabras que se concent am em mereadorias de consumo acesvese comin como ata de ‘Sopa Campbell em cones da cultura popu como Matilyn Monroe, ‘simula massas ase entregarem aim crtésnesttico,passtemp que antes era privigo da elite cultural. Pode-s observer iano ca prte de uma tendénca mais ampla que ino 8 autoridade dos que antes tinham dieto exclusive de determina o que tinhe eo que 40 Ln significado cultural, Para alguns, to fo interpreta como una _guranga. Dzem que um elemento importantisima do consume des ‘omunidage concentra-se nos espagos saa em que seus metros expeesam os estos de vide adotados, nomalmente bars e cubes oturnot Fis loess no so simplesmente cents de canst les snfluenciam os fequentadores por meio de um proceso de socialza so cultural, trmando-se, partanto, o Krum em que sprndem 38 nor ‘may cultured comunidadee, pelo qual afrmam asia patcpagt. “Lugs de Peackock (2000) destacam outro grupo socal expect ara 0 qual as normas de consumo socal fomaramseetabeecidas, Influcniandoappecon do estilo de vide dos ses assolados, = auto es esuaram o comportamenta presen em determinados cubes gue stendem pratcamente apenas pessoas que eto envi com pretuio de pas teatas da parte oeste de Londres. les observaram ‘um comportamento amplamente hedonistic, ainda que requintado, que no seria considera active em muitocirulos, mas que nesses smblentes era francamente etimulados, Coneliram qu @compor tamento dsuntvo eroquntado desas pessoas da comunidade art ‘uso para indie assoragio no grupo, para perpetuating ‘pana propia uma forma de conort eseguranca [Nesses dois exemplos hs uma indicagio de que a énfase no estilo se padres de consumo realmente tem efits democraizantc, ois ela pode ocular divsoes que estveram em primeir plano, coma agi las com base em classes, mponco uma nova gama deconvengGes eu ‘raas. Fass convenes repousam nacompreenso ena demonsiraclo deestilo, ‘Seva hom analisr ne ee tipo de democratizagio seestonde para lem de grapes de minoriasespeiias. Mort (1986) coment até gue ona cresceneimportinci do eto de vida no Reino Unie stava ietamentsigado se pots de cote de imposto do goverso Thar na dlécada de 180, Ele observa que havia uma percepyio generalizada ‘entreos adversries do governo de que o corte dos impostos, qu est- ‘mloisum consamn exces fo esponsivel pelo sugimento desi temas de valors superficial ransitros dentro ds quis pape do ‘stl de vida torre cea ‘Oger predurk uma"socedade algae doce" estima ogo esostaso par pare de ensuidoO cut ac dana [ea dovanda ‘econiivelpor mercado ear ma ova iliac de barat os Mor, 16, 2.2) Nm diss, com ecos de alguns comentiros piemodernsas, Mort firma sue o govemo promoveexpliitamentea visio de que 0 ‘rescimento do consumisme levava 8 libertagio dos les da saxcie- dae taseada em classes “A retin do mercado, qe eguiparava 3 Iiberdade de gasar dinero com liberdadespotcas e ultras mais ‘mpl, or entfcada coma parte mais mportante dessevocbulé ig poco” Gbider, p. 5) Apes das alemagies dos expontes da pola da épeca, 6 it i enantio, encontrar evidéndasempirins que apoiem a visto de ‘queo-onsumiano,easia expresio no exile devia, raz emanc go. Ocrescimento tanto da consientizacio do estilo quanto da ap tia poitica no indica por si 6. eiminacio ds limites de cle, ‘Comer fora [Nesta part da capt, leitores seria pordoadosseperguntasem como ese comentrio se elacona com o gost gastrondmica com 0 ‘comportamento do consumidor no actor de restaurant Bem, hi pou ‘os locals em queo nteresiad em estilo se destaca mais do 6 noe resfaurantes As evidences indicam que os spaces de hosptalidade comers ncindo nstaurantcs, so importantes cenos para ei ‘to de ethos de vida e para oaprendizado das convengdesdessescst- lon Seri posse angumentar que os restaurantes, eo compostamento ‘dos cansumidores que els ajdama preserva, so simbolos da nossa rmudanga para uma socidade pas moderna em que a busca de estilo de via é wma preocupacio genealizad Urry (1995) arma que o pape social do espaco, € nessa circu ‘inci abvitmenteaplcaemos nossas observagbes as pops acai dle restaurantes ma questi sobre a qual aparecem pouces comen- larios. Esa omiss2o continua ele, ¢ importante, uma vez que 26 35| smucdangas ocorsidas no uso do espaco nos times anos efletem a _srutragio esondmica que cracteriza © ps-modernisma, Urey faz tgumascbservagiesespetins sobre a muta do us0 do espa60 © sali com o ps-medernismo. Em prime lugar, efor fo ‘observadoanterioemente nest epitul,howve um vse escent cultura esttica em gue as consderages visas ho importantes. 0 stor afirma que a aruitotura eo desige de interiors So atvalmente menos representatives da hegemonia cultural ed storia morale ‘mais movidos por um desep de reltire/ou inlvenca 0 apo ettico popular Alm disso, nossa preocupao com consideraien enti torna- formando-osnoaivoprefrdo deconsumidoresnestradicnalitas(ve, por exemple, Holloway & Knenfsey, 2000. © mercado direto do protutor consul uma interessante sta ‘io dos processos mas amplos que esto tentando exporar agus {nuroducio en um crescent mimeo de cents urbanas do Reino Uni fo os Estados Unidos comprova a receptive dis suas mercado ase busca das consumiores urban por nowas experienc cl drag. O capital cultural culiniro ~ uma subesplie da fGemula generalizaa de ouies~ est em expose pronto para ser cons mio nto sé nesse mercado, como em mis restates urbsnos [Ness espace, mbm at 2 prin relaconada da onivoridade cl tural, representa pla iter oferta de degustagio por parte dos ven dors Em sua explrasosocioligica do hibite da dase média urbana becomer fora, Warde tal (19) classifeam esa iia deonivridade cultural como endémica ent grupos soci especies notadamente Soe meneame ss novas asses més ver também Warde de Martens, 2000), O apg mento desses autores é que a poten sobrecarge de cultura conten porineséacausi da grande aiedade do consunior com tants pro datos no merdo, df eons umaenidade pessoal Das marcas “questo no mercado, qual comin ely quem e150 Aonivordade cultural €, portant, uma estratigia de enentamento” boscada na _maximizaco da informagio:acerteza que vedo flo desaber que as escolhas que fazemar so 3 mais be informadas posivels. Ea ua suimada na tase de Bourdieu de que 0 gosto €usado para marear a ‘SstingSoente grupos ois, Warde eta (1989) sugerizam que a pro- Iieragio de simboloseultristorna este tipo de diferencia entre ruposcada ver mas ii. A compesidade dos gos 10 grande {gue nio conseguimos compreender devidamenteo pope! das mer ‘Sori no trabalho de entisdade de outros grips cn Em ver di 50,0 gosto 6 usado como mara de reconacinent: “ocr cultural exer ses principal eeto por me da sua capacidade desliiiar € fortalecerredes soca” bem, p 128).0gostosevlton para ent, pra defini a assoiagi a grupos eno para marcardistngdes eco nhesemos nosos pos pelo que comm onde comem econseuims| nos sentir em casa toda vez que entrames em um restaurant sen ros que ete €o no gar comensliade agul comer igualdode as membrosda nova tbo, conan na nossa capaci de econ cer eign cultura compartiades ~ um port seguro, como um a tidota 8 confusdo oxilnte que nos hombardeia quando tents comproender ou digrme com quem cme te dic quem endo nas entcinhas dessa anise, a onivoridade comeca ase parecer com ma cunpuso, um tanstoro alimentar expen da classe médi:compulsso de comer tudo para esta abeto a tudo, de masigr tad esperandogquecos “melhores pedacos” passim consti lum nove woot = ou melhor, um reflex melhor emis piso de quem co raion Conforme anise de Hanner? (1950) sobre a sesiiidade ‘osmopoit,podemos ver os nora clas como miquinss dese sutoconstruir com base no gosto: enivoridade como incorporaco dos ‘lmentos cultures 56 depois de trmos processado tudo ss, podere- os ter aces a esses lugares, a esses prates, que diz o que que- "temos que els digam. A gate & sr visto comenda de maneira ers ‘a: ignora lens de significa social pode ser vergonfoso opr por stens que revelam vulgsidade, sar eradamente os marcadoes pre- ‘endidos,intrpretar sinais de maneira errada” Warde et al, 19%, p. 119), Odes, segundo Hannerz, até one ve conseguir pra mace eu terra sca? O gue wos vai comer & 6 que permanece ‘dest gradve demi aopaladar~-a0 nosso code nosson pare French, 1995) Por causa da ansldadecausida por falta dereconhcimento € or ms interpretaio, ss uma questio que oeree dup asco 0 de Sent um gosto rum na boca © de fear marcado entre seus gua ‘como uma pesson de mau gosto. Administra essascomplinghes um problema que nfo tem fim, obviamente por cuss da dewalorizaio {ou reavalagio de estatgias) eda migragto dos génerosalimenticios ‘loca limentacbo no sentido scendente, descendent lateral do ‘endo sxial (wrt). Os onivors cultures compidon a pro ‘cura ad gue poe comer comer ~ a0 consti biografas, estos de vidaeentdades de merdo culturalmente lege Prtantoe ‘quanto em determinado sent Midas Dekkers (200, p. 253) exten certo quando dizque “as pesoas que cozinham muito tém mals pest iodo que ax prmoss que comen muito”, para esse grupo comer fora €°uma experincia que munca acaba” (Warde &e Martens, 188.120 fonte (poten de prestigio clini e cultural, (© interminsvel festival de onivordade cultural éfacltado ~ 6 & ke mesmo necesiro— pelo papel de “imensacoznha” quea cidade sdesempenka sobre 0 gual Miles (1983) excreve um Leal de abun cia, de “iversidadee ae mudangaconstante"-osmorgstrd urban. ‘Obviamente,ndo vamos nas esquecer da pobreza dafome, da ease das defies a problemas de alimentaio dena cidade: Abu ‘lnci,entetant, funciona como nif, fazendo das ras da cidade Cote mma cane nh um cterno banquet, um parabo para 0 consumidor: muitas ope, rns experiencia serem absorvidas.O sentido de onvono cura aul itera, comer a cidade alimentada por uma derenga que manca Term relaconalos disponiildade,varedadeaabundinc de alimentos est na sua dlsponblidade ena sua constantediversdade. O Puladar nunca pode se cansar das repetiches que marcaram comida Industrilizadsa masifieagi fez queasabricasprdzssem semprea ‘mesma cos, Esetip de abundancia alimenta ocompo mas no al, (ou plo menos 0 que se diz. O alimentoindustaizade, como nau tetra modernist, ui da fo considered uma nesposta aos problemas soca, as atualmente parece que az apenas noves probleas vas Indigeties Obvisments, a mesmic ainda tem um haga de destage, ‘mais otadamente em as fads onde, por sua magnitude la equvalea| ‘ert dup abundincia, Por meio do legada ondata de prepa de al mento oso as prxtuzem syperabundinca ehiperrgolriade sob ‘manta da MeDonaldizacio (Ritzer, 193. Esse proto, pr sua Vez, ero consumids fords ~» MeCorpr “Os american persguem 3 undinca. A impossibilidade de realizar osonbo édeblada pla rans forma da qualidadecm quantidade ed ideniicagiodedisponis dade com dencpiidade"(ONeil 199, p M9). “Tudo a gue we conse ue comer” nunca deve ser ul que spd comer quando vox! & um nivor eno un MeCorpo. ‘Abundsncia como quantidade © disponibiidade como dese- jbiidade no englobum toda a Kemula da distin, achatando 0 gos to para conferiehe um elements previsivel Conta sundincia de varidade, a deseiildade da esassez— ou, pelo me 10s a visio de umn ipo de escaser de elite queo capita cultural exge ‘Se MeDonal’s representa a democratizaco do gost, o eu oposto deve ser encontrado no paraiso da sal de jantar da clase alla 04 no cardipio des “melhor” restaurantes Tomar 9 rao disponivel eat ‘mesma seletivamente abundant, marca ese tipo de prodiia © sm rato to, Bi renem es sumo clinisios como otro lado da moeda da super MeRefeigo do drte-trough nprevablidade em ver de prevsblidade, diferenca fem ver de mesmice: modalidadesgmeas da abundancia que tabs Tham para prozie suas propriasgeografiosclinrias wrbanas — g& ‘mens que prim na da outa para exis e fosse posse defi Ins prs lteridade aboot ‘Conn part do estilo de vida das cidade, os intermedi culls ‘is importantes assumem um papel de dstague. No moo desse gr po formador de gosto, ox chefs acupam o alco principal a plavra palo” aplic-e muito bem a esse go por caus da pronimidade en tre cornha © desempenho tetra “Em certo seid, o restaurant € ‘um prognéstico da industria de entretenimento contempordinen”| (Finkelstein, 198, p. 218) ~embora muitos cels desprezem a nova Imagem que esa proissdo assum (ao mesmo tempo em que cost imam irs vantagem dela). Alem disso, a imagem dos hel amasase| dos seus patos veiculada ela mia tbs pr um conhesimen’ to “poeudoprossinal” entre os consumidores que, na Ansa de ober ‘antagens dese comhecment, critica qualqver comida sevida pe Joe restaurantes que no combine com as poro-imagens maquiadas © provdsidas pla mia de alimentos ator 194) Os consumers ‘querem apenas ~ em geral conseuem —o conhecimentosaitizado ‘dos alimentos, ou so, purgado das realidades(geralmente suas) dos processos de produsioedistrbuigio (Conk rang, 196) Eisos das ‘mapas da alimentag atual na cidade: 0 trade pela asinatura de chefs famasos eo tagado pela dstncia percorsia pelos ingredientes. Comendo “outros” espacos ‘Obviamente, maps dos posts gastrondmicoe da cidade dos hibits de alimentaco oietados elo sts poe er rags de incontsvei ‘manciras. Meso a sua disposiio espacial rfete a danga do capital cov ee mht cultural clio; a5 forgas terri do desenvolvimento urbana s80 transformadas em zonas de gosto de forma to precisa quanto os ma pts da clase social dos distros esdenciais da cidade, Os chamados Tris nics server de exemplo para este roceeo.O estabeleck mento de comunidades de imigrants ms cides resulta frente smente na formacio de agrupamentos;guctos ergs, Lite Tales © CChinatowns. Ess ditritos marcam simullaneamente 0 deseo de fx iliardade em uma cidade estanha eas priicasdeexclusto que man- ‘tm grupos socsconfinades. © equlrio entre a cncentragio es pontinen ea fonda depende de cada content erejuer uma sida Feturahistrica para explica esse process. Um ponto est ar: aas- simulagio nem sempre édesejiel ener sempre posivel Youn, 20) ‘Como forma dereformulacio dos eto pritica de designar re ies urbanastransformos-se em uma note! etatégia de remodel ‘lo das cidades Jayne, 2000. Nessecas,estames preoeupados com os

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