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| FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO AUTISMO Disciplina: Transtornos Desintegrativos e Invasivos da Infancia Modalidade de Curso Capacitagao Profissional E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizaco. 9 Av Santa Helena, 140 Novo Cruzeto- patinga MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 dretorisatacudadeeouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 1 de 19 TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFANCIA (TD!) © transtorno desintegrativo da infancia (TDI) foi inicialmente descrito por Theodore Heller, um educador austriaco, em 1908. Heller relatou 0 caso de seis criangas que, apés um desenvolvimento aparentemente normal nos quatro primeiros anos de vida, apresentaram uma grave perda das habilidades de interacao social e comunicagao. Segundo o Manual Diagnéstico e Estatistico de Disturbios Mentais (DSM-IV- TR) 2002, 0 transtomo desintegrativo da infancia é também conhecido como Sindrome de Heller, Deméncia Infantil ou Psicose Desintegrativa. A atual Politica Nacional de Educagao Especial na Perspectiva da Educagdo Inclusiva usa a terminologia transtorno desintegrativo da infancia (psicoses) ao se referir ao publico alvo do Atendimento Educacional Especializado. Para fins deste estudo, queremos fazer uma ressalva a respeito do texto que vocés encontrarao a seguir. Sem desmerecer a cientificidade do DSM-IV-TR, acreditamos que as caracteristicas apresentadas para o transtorno desintegrativo da infancia refletem uma viséo mais pragmatica ¢ imediatista através de sinais e sintomas, nao levando em conta a forma como 0 sujeito vive sua condig&o. E, portanto, uma classificagéo que merece ser estudada com cautela para que nao se tome mais um rétulo, empobrecendo a perspectiva do sujeito, impossibilitando a leitura do professor sobre o aluno que se apresenta com esse diagnéstico na escola Ratificando mais uma vez a importancia do DSM, porém tendo em vista a necessidade de ampliarmos sua viséo, traremos a seguir um pequeno aporte da visao psicanalitica a respeito da psicose. Essa escolha diz respeito ao fato de que a Psicandlise traz pontuais contribuigdes a respeito dos aspectos psiquicos envolvidos no diagnéstico desses transtornos, bem como oferece questionamentos que poderdo nos auxiliar para uma visdo abrangente da psicose na escola. Vale lemorar E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 2 de 19 ainda que, para a Psicandlise, a psicose infantil é uma estrutura diferente do autismo e dos demais transtornos globais do desenvolvimento tratados neste mddulo. AVISAO DO DSW-IV-TR A principal caracteristica do transtorno desintegrativo da infancia (TDI) & surgir apés um perfodo de dois anos de desenvolvimento normal e aparecer antes dos dez anos de idade. © TD! ¢ acompanhado de uma regressao das aquisicdes ja adquiridas nas seguintes areas Linguagem expressiva ou receptiva; Habilidades sociais ou comportamento adaptativo; Controle esfincteriano; Jogos ou habilidades motoras De acordo com Marcelli; Cohen (2009), no transtorno desintegrativo da infancia, a perda das aquisigdes afeta particularmente a comunicagdo e a linguagem. © DSM-IV-TR enfatiza ainda que os individuos com esse transtorno exibem os déficits sociais, comunicativos e de comportamento observados no Transtorno Autista. Quanto a prevaléncia, 0 TDI é um quadro muito raro e especifico de psicose @ nao se refere a todas as psicoses. O inicio do quadro se da por volta dos trés ou quatro anos e os principais indicios de instalacdo do transtorno incluem 0 aumento da irritabilidade e ansiedade, bem como a perda da fala e do interesse pelo ambiente. ALGUMAS REFLEXOES DA PSICANALISE PARA O ENTENDIMENTO DA PSICOSE INFANTIL E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. 9 Av Santa Helena, 140 - Novo Cruzelo-patinga MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 dretorisatacudadeeouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 3 de 19 Para compreendermos a psicose infantil pelo viés da psicanalise, é preciso que primeiramente falemos sobre como um sujeito se constitui, bem como as falhas que poderdo ocorrer nessa trajetéria, caso ocorram impasses na constituigao. Na visao psicanalitica, 0 sujeito se constitui, ou seja, nao esta ali desde o inicio. Por isso se afirmar que 0 bebé 6 um —bolo de carne ou, para usar a definicdo de Lajonquiére (2003), um acimulo de partes: um monte de came, unhas @ cabelos, que para vir a se constituir como sujeito precisa de um outro primordial (geralmente a mde) que oferecerd a crianca um lugar de existéncia. Para que um bebé se constitua como sujeito, 6 preciso que a mae ou quem exerca essa fungéo delimite a geogratia do corpo da crianga numa espécie de mapeamento corporal através da fala, dos toques, dos carinhos. Um exemplo disso 60 deleite que a crianga sente quando a mae durante as trocas ,por exemplo, bei aperta, abraca esse sujeitinho contornando cada segmento do seu corpo através de um —banho de palavras. E durante esse encontro que um organismo que é inicialmente biolégico passaré a existir e ocupar um lugar na familia, Esse € 0 momento inicial de constituigéio do sujeito, chamado tempo de alienagao, um tempo que € fundamental para que o bebé se constitua, sendo tomado pelo desejo materno. Diz-se que a alienagéo 6 uma das operacdes de causagao do sujeito. © outro momento fundante do sujeito é o tempo da separacao (LAZNIK-PENOT, 1997). Se a alienacéo é necessaria para que 0 sujeito possa advir, é preciso, também, que se opere a separacdo para que a crianga possa se afastar do ago macigo que a liga & mae, podendo viver como um sujeito separado dela. A separacdo é operada pela fungao patema. ‘A fungaio paterna 6 exercida pelo pai ou por outra pessoa que ocupe esse lugar, as vezes um tio, av6, ou até mesmo alguém que no tenha uma ligagao direta com a familia, porém € alguém que a mae admira e tem como referéncia para si E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 4 de 19 enquanto figura representativa da lei. E importante mencionar que a fungao paterna 6 simbélica, ou seja, na falta de uma pessoa que a realize, essa poderd ser exercida, por exemplo, pelo ator da novela da oito por quem a mée nutre certa admiragao. Ela tomara as falas desse personagem e transformar em lei os seus ditos toda a vez que se ditigir ao filho. Com a entrada do pai na relaco, o bebé sai da posicao de Unico objeto de desejo da mae que em fungao disso passa a realizar as atividades anteriormente ‘exercidas, retomando sua vida. Esse geralmente é 0 momento em que a mae retorna ao trabalho, vai para a academia de gindstica, volta a se enfeitar para o marido, etc. E um importante momento tanto para a mae quanto para o bebé. E quando essa separagao nao acontece e a mae toma essa crianga para si impedindo que 0 bebé também busque outras pessoas e experiéncias além daquelas proporcionadas por ela? Podemos dizer que o pai (simbélico) nao conseguiu entrar nessa relacao, operando a separagao; dizemos que falhou a fungao paterna. Nesse caso, mae e filho formardo uma célula, permanecerao fusionados e um quadro de psicose poderé se instalar. Para tanto, na psicose, falha a funcao paterna, essa que porta a lei e interdita 0 vinculo mae-bebé, langando o sujeito para a vida. A crianga psicética fica entdo capturada aos desejos da mae, nao conseguindo dela se separar. Tal situacdo fara com que a crianga tenha grandes dificuldades de ocupar o lugar de sujeito na vida. Para ilustrarmos um dos efeitos da nao instalacdo dessa fungao, traremos a seguir um exemplo que reflete as falhas nesse processo quando observado na escola. Leticia, com diagnéstico de psicose e aluna de uma escola publica, nao conseguia permanecer em sala com seus colegas. Fugia para 0 parquinho e ficava correndo entre os brinquedos. Gostava muito de ficar na sala da recepgdo da escola E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina S de 19 até o dia em que encontrou o filho da diretora que trabalhava na secretaria. Esse, ao vé-la fora da sala, falou em alto e bom tom que ela retornasse imediatamente para junto de seus colegas e que aquele era o momento de estar estudando. O rapaz a partir desse dia ocupou simbolicamente para Leticia o lugar paterno, aquele que a interditava toda vez que ela ultrapassa as regras da escola. Leticia fez outras investidas e muitas fugas se sucederam, porém, a professora lembrava-ihe que o {ilho da diretora havia dito que ela nao poderia sair da sala a hora que quisesse. Aos poucos ela foi se organizando e saindo menos da sala de aula. Nao se sabe por que Leticia tomou a figura do filho da diretora como o representante da lei, 0 que sabemos 6 que as vezes essas criangas elegem um personagem passam a té-lo como referéncia. Nesse caso, um feliz encontro aconteceu entre Leticia 0 filho da diretora. Este conseguiu ocupar o lugar da lei, ‘exercendo a fungo patema: aquele que diz —néo e organiza, de certa forma, a vida escolar de Leticia. TRANSTORNOS INVASIVOS SEM OUTRA ESPECIFICACAO Esses transtornos surgem apds um periodo de desenvolvimento normal. ocorrendo regresséo em habilidades j4 adquiridas pela crianga, bem como o aparecimento de signos autistas. Essa regressao acontece especialmente na comunicagao e na linguagem (COHEN; MARCELLI, 2009). Para uma melhor compreenséo dos transtornos, traremos os critérios, diagnésticos do DSM-IV-TR (2002) Esta categoria deve ser usada quando existe um prejuizo severo e invasivo no desenvolvimento da interacao social reciproca ou de habilidades de comunicacao verbal ou ndo-verbal, ou quando comportamento, interesses ¢ atividades estereotipados esto presentes, mas nao sao satisfeitos os critérios para um Transtorno Invasive do Desenvolvimento especifico, Esquizotrenia, Transtorno da Personalidade Esquizotipica ou Transtono da Personalidade Esquiva. Esta categoria inclui, por ex., "Autismo Atipico" — apresentagées que ndo satisfazem os E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 6 de 19 critéios para Transtomo Autista em vista da idade tardia de seu inicio, apresentagdes com sintomatologia atipica, sintomatologia subliminar ou todas acima Como vimos, para o fechamento de um diagnéstico de Transtornos Invasivos sem outra especificagao, devem ser excluidas as hipéteses de autismo, sindrome de Asperger, sindrome de Rett e transtorno desintegrativo da infancia (psicose), além de outros transtornos que foram citados aci AS VICISSITUDES NA INCLUSAO DE ALUNOS COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO Nesta unidade discorreremos acerca das vicissitudes, ou seja, os caminhos que a inclusao dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento poderé tomar, enriquecendo o texto com exemplos do cotidiano da escola. A Politica Nacional de Educagaéo Especial na Perspectiva da Educacao Inclusiva 6 clara quando afirma que esses alunos, assim como os alunos com deficiéncia e altas habilidades/superdotacao, devem estar incluidos no sistema regular de ensino, recebendo o atendimento educacional especializado (AEE) no contra turno do ensino comum. Diante disso, propomo-nos a realizar algumas reflexes que possam contribuir com o trabalho dos professores na escola, tanto dos profissionais que realizam 0 AEE quanto dos professores do ensino regular que recebem esses alunos. Como vimos nas unidades anteriores, esses transtornos dificultam o estabelecimento das relagdes sociais e a insergao desses sujeitos na vida. Sendo assim, esses sujeitos se apresentam de forma singular no universo escolar, com uma forma propria de estar no mundo. As singularidades desses sujeitos, muitas vezes, podem angustiar 0 professor, podendo, no inicio, leva-lo a crer que nao E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 7 de 19 sabera trabalhar com esses alunos ou mesmo que esses sujeitos nao se beneficiarao da escola. As representagdes acerca desses alunos sdo, em sua maioria, depreciativas, enfatizando 0 que eles supostamente nao fazem. Cavalcanti; Rocha (2001, p.26) revelam as representagdes mais propagadas acerca do autismo: A figura sombria de uma crianga de costas sob uma redoma de vidro (...), assim ‘como os pequenos desenhos de criangas tapando os olhos e os ouvidos com as mos (...), as criangas so descritas como sujeitos que nao falam nao se comunicam, no brincam, nao estabelecem relagdes com as pessoas, isoladas em ‘seus mundos enigméticos e despovoados. E not que essas representagdes estéo associadas a idéia de impossibilidade, enfatizando 0 que 0 sujeito com autismo supostamente ndo pode, No consegue, ndo faz. As autoras citam, ainda, metéforas utilizadas por diversos autores ao se referirem a esses alunos: —Fortalezas Vazias, —Carapacas, —Conchas ou —Tomadas Desligadas. Todas essas representagées reforcam a idéia de déficit. Com relacdo aos sujeitos psicéticos, evidentemente a realidade ndo é diferente. Yafiez (2001, p.193) apresenta as frequentes queixas com relacéo & crianga psicética: —_parece estar desligada’, _fica colada na gente’, _ no brinca, desmonta e destréi todos os brinquedos’, _ndo obedece as ordens'(...) A fim de refletimos sobre essas representagdes de impossibilidade, € interessante pensarmos acerca da interrogagao de Teresa Campello apresentada por Cavalcanti; Rocha (2001, p.39): —O que essas criancas tam? Vocés sé falam 0 que clas ndo téml. De fato, da-se énfase ao que psicdticos © autistas nao conseguem realizar. Evidentemente que isso ird influenciar 0 processo de ensino, uma vez que diante dessas incapacidades 0 professor acaba desacreditando da capacidade de aprendizagem desses alunos. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 8 de 19 Jetusalinsky (2001) discorre acerca da antecipagao do fracasso, quando os pais tém um filho com uma patologia organica. Sabe-se que a suposicéo de sujeito é determinante para que esse sujeito possa advir. Assim, segundo o autor: © que se espera, o que se imagina do futuro de uma crianga, 6 posto em jogo em cada uma das demandas que Ihe so supostas e que Ihe sao dirigidas. Por isso, as mesmas podem ser silenciadas quando se supde que o bebé ¢ incapaz de produzi-las ou a elas responder. E assim, tal incapacidade pode acabar se ‘cumprindo no bebé- mesmo que nao haja nada da patologia organica que assim determine — por efeito das expectativas engendradas desde o imaginério parental (p.39). A partir das afirmagbes de Jerusalinskyi, é possivel pensar essa questao no contexto educacional. A incapacidade de aprender pode acabar se cumprindo no aluno, assim como no bebé, se 0 professor nao conseguir supor naquele sujeito, independentemente de sua singularidade, alguém capaz de aprender. Assim, se 0 professor antecipar o fracasso, 0 aluno poderd responder colando-se imagem daquele que nao aprende, a fim de assegurar esse lugar no qual é reconhecido pelo professor. E bom ressaltar que os alunos com transtornos globais do desenvolvimento desenvolvem a capacidade de aprendizagem. Kupfer; Petri (2000) ressaltam que as criangas com autismo ¢ psicose possuem —ilhas de inteligéncial preservadas. A essas ilhas de inteligéncia é preciso dar sentido, para que néo desaparecam nem virem estereotipias. Segundo as autoras, a escola é fundamental para o crescimento ou para a conservagéo das capacidades cognitivas que essas criangas j4 adquiriram. E possivel irmos mais além e pensar que a instituigao escolar poder ter valor terapéutico para esses sujeitos. Assim, de acordo com Kupfer (2001, p.91), a escola oferece mais do que uma oportunidade de aprender: E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 9 de 19 Como altemativa ao Outro desregrado, a escola entendida como discurso social, oferece A crianca uma ordenacdo, oferece as leis que regem as relacdes entre os humanos, que regem 0 simbélico, para delas a crianga tomar o que puder. Aposta-se com isso no poder subjetivante dos diferentes discursos que sao postos em circula¢ao no interior do campo social (..). E precisamente por produzir efeitos subjetivantes, oferecendo leis, ordenacao, que ir a escola tem valor terapéutico para criangas com impasses subjetivos. Portanto, a escola desempenha um papel importante na vida dessas criangas, podendo contribuir para a retomada da estruturacao perdida pelo sujeito. ‘Além disso, segundo Kupter (2001), a escola oferece um lugar social. Toda crianga vai a escola, de forma que o significante crianga esta ligado ao significante ‘escola. Na escola o aluno recebe, conforme a autora, o —carimbo de crianga. Essa designagao de lugar social é importante para essas criangas com dificuldades em estabelecer laco social. Jerusalinsky (2004, p.150) também ressalta a importancia do significante escola para essas criangas: (.) aescola néo é socialmente um depésito como o hospital psiquidtrico, ‘a escola é um lugar para entrar e sair, 6 um lugar de transite, Além do mais, do ponto de vista da representagdo social, a escola 6 uma Instituigo normal da sociedade, por onde circula, em certa proporcao, a normalidade social, Portanto alguém que frequenta a escola se sente geralmente mais E assim que muitos de nossos psicéticos piberes ou adolescentes reclamam que Teconhecido socialmente do aquele que nao frequenta. querem ir A escola como seus irmaos, precisamente porque isso funcionaria para eles como um signo de reconhecimento de serem capazes de circular, numa corta proporeao, pela norma social. E cefetivamente isso acaba tendo um efeito terapéutice (..) E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG (31) 3822-2194. (1) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pégina 10de19 O fato de os alunos com psicose ou autismo frequentarem a escola produz efeitos terapéuticos e subjetivantes para a crianga com Transtornos Globais do Desenvolvimento, evidenciando a importancia da escolarizagao. Em face a isso, ¢ importante que o professor invista na capacidade de aprender desses alunos, langando um olhar que os retire da solidéo em que muitos se encontram. A fala de uma professora da rede piblica de Santa Maria-RS, que trabalha ‘com alunos autistas e psictticos, demonstra 0 quanto podemos nos surpreender com esses sujeitos: —O Mauricio chegou, eu lembro que ele era o que tinha mais caracteristicas, porque o Vagner conversa contigo, se relaciona, Mas com 0 Mauricio eu me surpreendia quando eu dava ordens para ele e ele atendia. Ver que ele progrediu de certa maneira e isso me surpreende bastante. Me surpreendia, porque eu ndo esperava, como ele nao tem linguagem oral, fala, tu imaginas que ele nao vai te entender, também. Sé que ele demonstrou que ele me entende. Ele faz as coisas que eu peco. E isso é bem interessante, Até quando a gente trabalha com jogos, que ele consegue fazer a atividade que tu imaginas que ele nao vai conseguir. Nesse sentido eu me surpreendi”. O depoimento dessa protessora evidencia que 0 professor que trabalha com esses alunos deve estar disposto a reconhecer e valorizar a singularidade e uma forma de aprender néo padronizada. O exemplo da professora Hellen citado na Unidade B, que trabalhou com todos os alunos do lado de fora da sala de aula até que Matheus conseguisse entrar, ilustra bem essa questo. Colli et al discorrem acerca da importancia de o professor investir nesses alunos, desejando que eles aprendam: A escolatizagao destas criancas precisa estar lastreada no desejo do professor, pois este, ao apontar seu desejo para o aprendizado da crianca, supde nela um sujeito também desejante e, portanto, capaz de aprender. Desta disposicao da subjetividade 6 que poderao surgir as curiosidades que abriréo acesso ao sujeito em aprendizagem. (Coll et al, 1997, p. 40). E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pégina 11 de19 Com base nos pressupostos teéricos apresentados neste médulo. passaremos agora a ‘efletir sobre atividades pedagégicas que podem ser desenvolvidas no AEE. Evidentemente, essas reflexdes ndo se configuram como receitas, mas, sim, como sugestées baseadas em estudos tedricos, vivéncias das autoras e de outros professores. Assim, a partir dos exemplos citados aqui, muitos outros poderao surgir, uma vez que cada aluno é singular e tem interesses que the so peculiares. Um primeiro ponto que pode ser pensado no trabalho com esses alunos diz respeito as estereotipias. O professor precisa estar atento as manifestagdes estereotipadas desses sujeitos, buscando dar significado a elas. Por exemplo: na sala de aula, a professora passava 0 contetido no quadro e os alunos copiavam 10 autista, levanta-se, vai até 0 quadro e bate 0 apagador insistentemente no quadro. A professora olha para ele e diz’ —Quer apagar Mauricio? Nao dé para apagar ainda, agora é hora de copiar. Ouvindo isso o aluno retorna para sua classe. Esse —bater no quadro poderia ter sido considerado uma estereotipia tipica do autismo, no entanto a professora deu um significado Aquele ato @ isso fez toda a diferenca, pois ao invés de permanecer batendo o apagador, Mauricio retornou a sua classe. Na mesma escola citada anteriormente, Ant6nio, um aluno autista, caminha pela sala de aula e pela escola, colocando todo tipo de papel na boca, chegando. por vezes, a engoli-lo. O que fazer diante dessa situagéo? Como dar sentido a isso? Aqui poderiamos pensar em uma atividade pedagégica que utilizasse o papel, objeto de interesse de Anténio. Que tal propormos uma atividade com papel maché? Por coincidéncia, 0 termo papel maché vem do francés —papier maché que significa papel mastigado. © papel maché 6 uma espécie de massa de modelar com a qual podemos fazer diversas esculturas. Para fazer 0 papel maché, utilizamos papel picado, cola branca e Agua. A técnica desse papel para modelagem consiste no seguinte: - picar 0 papel, pode ser jornal, em pedagos pequenos, deixando de molho na égua E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pégina 12 de19 por algumas horas. Se a crianca nao consegue ainda picar o papel com tesoura, ela podera rasgé-lo em pequenos pedacos; - Triturar bem os pedagos de papel e, quando estiver bem triturado, espremer até tirar toda a agua; - Por fim, colocar em um recipiente o papel triturado e acrescentar cola branca até transforma-lo em uma massa adequada para a modelagem. Se adicionarmos um pouco de detergente liquido, a massa ficaré mais facil de ser trabalhada. Com essa técnica simples, a crianga terd o prazer de manipular e produzir a massa. A modelagem 6 0 segundo passo da atividade. Basta, entdo, usar a criatividade e buscar com a crianga formas a serem esculpidas. Essa atividade pode ser realizada tanto na sala de recursos multfuncionais quanto na sala de aula regular com toda a turma, Quem sabe outras atividades com papel surjam, como a dobradura, por ‘exemplo? Um segundo ponto sobre o qual podemos refletir no trabalho com os alunos com transtomnos globais do desenvolvimento diz respeito a resisténcia a alterages na rotina. O professor pode usar 0 didlogo como ferramenta quando alguma alterago for feita, explicando desde o inicio que algo no ambiente mudaré ou que sofreu alteragdes. E preciso que o professor dé sentido a mudanga, ouca e compreenda a angustia de seu aluno. ‘A escuta atenta e a compreenséo da angiistia do aluno por parte do professor podem ser exemplificadas através do relato de atividade realizado com uma aluna psicotica na sala de recursos. Transcorridos aproximadamente dois meses do ano letivo, os alunos da sala de recursos tiveram que mudar de sala, em fungao de questdes organizacionais da escola. Valquiria néo gostou da troca e comegou a repetir durante a aula: —Vamos 14 no outro colégio, —Nés vamos voltar l4 (colégio significava sala de aula) Nenhuma explicagéo conseguiu diminuir a angistia de Valquiria, tampouco as E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 13 de19 atividades apresentadas pela professora atrairam sua atengdo. Essa troca repentina pareceu desestruturar a aluna. A fim de resolver o impasse, sugeriu-se que ela escrevesse um bilhete para a diretora da escola, pedindo para que os alunos (além de Valquiria havia outros alunos) pudessem voltar para a antiga sala. Valquiria concordou. Assim, junto com a professora, Valquiria escreveu e assinou o bilhete abaixo: Quando a professora iniciou a escrita do bilhete dizendo em voz alta: —gostariamos de trocar de sala com a professora Heloisal, Valquiria complementou; —e colocar a mesa no lugar, A mesa havia sido trocada de lugar pela professora que agora estava na antiga sala. O bilhete foi deixado sobre a mesa da diretora. Apés, foi explicado a Valquiria que a resposta viria somente na semana seguinte, pois a diretora nao se encontrava na escola. Na semana seguinte a diretora respondeu: E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG (31) 3822-2194. (1) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 14 de19 E assim foi feito! Apés a leitura da resposta da diretora, Valquiria concordou com a troca para a sala mais proxima da sua antiga sala. A angistia da aluna diminuiu e neste dia foi possivel desenvolvermos atividades em nossa nova sala, agora um espago dedicado a escuta das demandas de Valquiria e dos demais alunos que por lé passarem. Outro exemplo vivido na sala de recursos com a aluna Valquiria e seu colega Vilian reflete a importancia da escrita enquanto uma ferramenta que podera ser usada para permitir que alunos com dificuldades na sua constituicéo psiquica possam comegar a esbogar um lugar de sujeitos. Para iniciar a aula, a protessora pedia aos alunos que assinassem uma lista de presengas. Abaixo segue uma lista, em que a aluna Valquiria escrevia seu nome’ as letras —V e —N que aparecem no desenho. Como Vilian pegava a caneta ¢ fazia riscos, Valquiria o orientava: —ndo risca, faz 0 nome, —nao risca, escreve. Nesse dia, 0 aluno esbogou o —N, conforme aparece na lista. E expressamente proibida a reprodugao total ou parcial, sem autorizagao. 9 Av Santa Helena, 140 - Novo Cruzelo-patinga MG & (3622-2194 - (31) 97339-8505 @Fasouza 1 dretorisatacudadeeouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 15 de19 Numa manha, quando a professora entrou na sala apés buscar o material pata iniciar o trabalho, Valquitia que escrevia no quadro disse: —Olha o que eu fiz! Havia um —Y e um —Q escritos no quadro. Quando a professora admirada olhou para ela, esta falou: —Nao conta pra ninguéml. Em outra oportunidade a mesma aluna ao escrever alguns rabiscos no quadro falou em voz alta: —Tais, eu estou aqui! Segue outro exemplo interessante que mostra como o registro do simbdlico 6 falho nessas criangas e quanto nés, professores, podemos contribuir para que uma ampliagao dessa funcao aconteca, a fim de que os alunos saiam um pouco do ‘campo do real que thes 6 peculiar. Tal ampliagao tera importante papel no momento da aprendizagem da escrita ou da matematica quando eles precisam imaginar, hipotetizar situagdes para que essa aprendizagem acontega. E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizacao. © Ax Santa Helena, 140 - Novo Cruzeo-patinge- MG (31) 3822-2194. (1) 97339-8505 @Fasouza 1 ciretorectacusadesouzacombr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pégina 16 de 19 Em uma produgo de uma maquete da cidade, varias caixas de alimentos foram utilizadas para simbolizar casas e outras construgdes. Assim uma caixa transformou-se em igreja, outra em prefeitura, uma bandeja transformou-se em praca, etc. Valquitia colou uma caixa de caldo de galinha na maquete. A professora perguntou: —o que é isso? A essa pergunta Valquiria respondeu: —E uma caixa de aldo de galinha, nao té vendo? Na semana seguinte, a professora propés que os alunos relembrassem o que produziram na maquete. Valquiria lembrou de tudo: da prefeitura, da igreja, da praca, do banco. Quando a professora perguntou sobre a caixa do caldo de galinha ela responde: —E uma caixa de caldo de galinha, eu ja te disse! Valquiria suspirou impacientemente como quem diz: quantas vezes vou ter que falar 0 ébvio? Todos esses exemplos e muitos outros podem ser desenvolvidos no AEE na sala de recursos. O tema da atividade poder variar de acordo com os interesses do aluno. Poderemos desenvolver, por exemplo, atividades com misica, escrita, argila, papel marché como no caso do Anténio. Materiais como a massa de modelar ou atgila permitem unificar a fragmentacao da imagem corporal dos alunos com problemas no desenvolvimento. Bonecas de pano que podem ser cortadas e recosturadas também proporcionam essa unificagao. Linha e barbante usados nas brincadeiras ajudam a —amarrarll e simbolizar esse corpo que parece nao se adequar ao ambiente. Vimos até aqui que o professor do AEE poderé proporcionar momentos para que o aluno possa, através do brincar, retomar a fungéo simbdlica que ficou adormecida em fungao das dificuldades encontradas pelo sujeito para se constituir. O professor do AEE deve trabalhar em conjunto com 0 professor do ensino regular para que juntos possam estabelecer estratégias de ensino e atividades que iréo 20 encontro do desejo de seus alunos. O professor que estiver disposto a trabalhar de uma forma diferente, levando em consideragao que cada sujeito tem sua forma peculiar de estar no mundo, com certeza aprenderé muito, E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. Ax. Santa Helena, TM0 - Nove Cruzeiro -Ipatinga-MG & (21) 3822-2194 - (31) 97339-8505 1 diretoriaataculdadesouza.combr | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 17 de19 Para finalizar, sugerimos a leitura de duas reportagens, disponiveis nos links abaixo, que relatam o trabalho da professora Hellen, citada anteriormente. Essa professora se mostrou disponivel para um trabalho diferenciado que pudesse atender as especificidades de Matheus, seu aluno. http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/inclusao_matheus_aprende_escrever htm! mh ‘html ‘Sugestoes de filmes que trazem a tematica dos Transtornos Globais do Desenvolvimento: > © Enigma das Cartas. do diretor Michael Lessac (1993); > Cédigo para o Inferno, do diretor Harold Becker (1998); > Rain Man, do diretor Barry Levinson (1988). Click e Assista EUEKC8MOc REFERENCIAS ALBERTI, S. Autismo e esquizotrenia na clinica da esquize. Rio de Janeiro: Marca d’Agua , 1999, ‘ARAGAO, R. O. 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