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ounv2o1s aso Presidéncia da Republica Casa Civi Subchefia para Assuntos Juri DECRETO N° 96.044, DE 18 DE MAIO DE 1988. Aprova o Regulamento para o Transporte Rodovidrio de Produtos Perigosos e dé outras providéncias. © PRESIDENTE DA REPUBLICA , no uso das atribuigdes que Ihe confere o art. 81, item Ill, da Constituigao, e considerando o disposto na Lei n° 7.092, de 19 de abril de 1983, e no Decreto-ei n° 2.063, de 6 de outubro de 1983, DECRETA: Art. 1° Fica aprovado o Regulamento para o Transporte Rodovidrio de Produtos Perigosos que com este baixa, assinado pelo Ministro de Estado dos Transportes. Art, 2° 0 transporte rodovidrio de produtos perigosos realizado pelas Forgas Atmadas obedecerd & legislagao especifica Art, 3° O Ministro de Estado dos Transportes expediré, mediante portaria, os atos complementares © as modificagdes de cardter técnico que se fagam necessarios para a permanente atualizagao do regulamento e obtengdo de niveis adequados de seguranga nesse tipo de transporte de carga Art. 4° O art, 103, e seu § 1°, do requlamento baixado com o Decreto n° 62.127, de 16 de janeiro de 1968, continua a vigorar com a redagao dada pelo Decreto n° 88.621, de 6 de outubro de 1983, Art. 5* Este decreto entra em vigor na data de sua publicagao. Art. 6° Revogam-se as disposigdes em contrario. Brasilia, 18 de maio de 1988; 167° da Independéncia e 100° da Repiblica. JOSE SARNEY José Reinaldo Cameiro Tavares Este texto néo substitui 0 publicado no D.O.U. 19 5.1988 REGULAMENTO PARA O TRANSPORTE RODOVIARIO DE PRODUTOS PERIGOSOS CAPITULO | DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° O transporte, por via piiblica, de produto que seja perigoso ou represente risco para a sade de pessoas, para a seguranga publica ou para o meio ambiente, fica submetido as regras € procedimentos estabelecidos neste Regulamento, sem prejuizo do disposto em legislagao e disciplina peculiar a cada produto. § 1° Para os efeitos deste Regulamento 6 produto perigoso 0 relacionado em Portaria do Ministro dos Transportes. § 2° No transporte de produto explosive e de substancia radicativa serdo observadas, também, as normas. icas do Ministério do Exército e da Comisso Nacional de Energia Nuclear, respectivamente. CAPITULO II DAS CONDIGOES DO TRANSPORTE htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim ww ounv2o1s aso Segao | Dos Veiculos e dos Equipamentos Art, 2° Durante as operacées de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminacao os veiculos ¢ equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverdo portar rétulos de risco e painéis de seguranga especificos, de acordo com as NBR-7500 ¢ NBR- 8286. Pardgrafo-inico. Apés as operagées de limpeza e completa descontaminagao dos velculos equipamentos, os rotulos de risco e paingis de seguranga serdo retirados, Art, 3° Os veiculos utiizados no transporte de produto perigoso deverdo portar 0 conjunto de equipamentos para situagdes de emergéncia indicado por Norma Brasileira ou, na inexisténcia desta, o recomendado pelo fabricante do produto. Art. 4° Os veiculos e equipamentos (como tanques e contéineres) destinados ao transporte de produto perigoso a granel deverdo ser fabricados de acordo com as Normas Brasileiras ou, na inexisténcia destas, com norma internacional aceita. § 1° O Instituto Nacional de Metrologia, Normalizagao e Qualidade Industrial - INMETRO, ou entidade, por ele credenciada, atestara a adequagao dos veiculos e equipamentos ao transporte de produto perigoso, nos termos dos seus regulamentos técnicos. § 2° Sem prejuizo das vistorias periédicas previstas na legislacdo de transito, os veiculos e equipamentos de que trata este artigo serdo vistoriados, em periodicidade nao superior a trés anos, pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada, de acordo com instrugdes © cronologia estabelecidos pelo proprio INMETRO, observados os prazos e rotinas recomendadas pelas normas de fabricagao ou inspegdo, fazendo-se as devidas anotagdes no “Certificado de Capacitagao para 0 Transporte de Produtos Perigosos a Granel " de que trata 0 item | do art. 22. § 3° Os veiculos e equipamentos referidos no pardgrafo anterior, quando acidentados ou avariados, deverdo ser vistoriados e testados pelo INMETRO ou entidade pelo mesmo credenciada, antes de retomarem & atividade. Art. 5° Para o transporte de produto perigoso a granel os veiculos deverdo estar equipados com tacégrafo, ficando 0s discos utilizados @ disposigao do expedidor, do contratante, do destinatério e das autoridades com jurisdigao sobre as vias, durante trés meses, salvo no caso de acidente, hipétese em que serdo conservados por um ano, Segao Il Da Carga e Seu Acondicionamento Art. 6° © produto perigoso fracionado devera ser acondicionado de forma a suportar os riscos de carregamento, transporte, descarregamento e transbordo, sendo o expedidor responsavel pela adequagaio do acondicionamento segundo especificagées do fabricante § 1° No caso de produto importado, o importador serd o responsdvel pela observancia ao que preceitua este artigo, cabendo-the adotar as providéncias necessdrias junto ao fomecedor estrangeiro, § 2° No transporte de produto perigoso fracionado, também as embalagens extemas deverdo estar rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo com a correspondente classificagao e 0 tipo de risco. Pardgrafo_tiniee_Entond: pabibiidad a " ancia_d htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim am ounv2o1s aso Art, 72 E proibido o transporte, no mesmo veiculo ou contéiner, de produto perigoso com outro tipo de mercadoria, ou com outro produto perigoso, salvo se houver compatibilidade entre os diferentes produtos transportados. (Redaco dada pelo Decreto n° 4.097, de 2002 § 12 Consideram-se incompativeis, para fins de transporte conjunto, produtos que, postos em contato entre si, apresentem alteragdes das caracteristicas fisicas ou quimicas originais de qualquer deles, gerando risco de provocar explosdo, desprendimento de chama ou calor, formacao de compostos, misturas, vapores ou gases petigosos. (Incluido pelo Decreto n® 4.097, de 2002) § 22 E proibido o transporte de produtos perigosos, com risco de contaminagao, juntamente com alimentos, medicaments ou objetos destinados a uso humano ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas ao mesmo fim, (Incluido pelo Decreto n® 4,097, de 2002) § 3° E proibido o transporte de animais juntamente com qualquer produto perigoso. (Incluido pelo Decreto ne 4.097, de 2002 § 42 Para aplicagdo das proibiges de carregamento comum, previstas neste artigo, néo serdo considerados os produtos colocados em pequenos cofres de carga distintos, desde que estes assegurem a impossibilidade de danos a pessoas, mercadorias ou ao meio ambiente. (Incluido pelo Decreto n° 4.097, de 2002) Art, 8° E vedado transportar produtos para uso humano ou animal em tanques de carga destinados ao transporte de produtos perigosos a granel Segao Ill Do Itinerario Art. 9° O veiculo que transportar produto perigoso devera evitar o uso de vias em dreas densamente povoadas ou de protecdo de mananciais, reservatérios de 4gua ou reservas florestais @ ecolégicas, ou em que delas sejam préximas. Art. 10. O expedidor informard anualmente ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagem - DNER os fluxos de transporte de produtos perigosos que embarcar com regularidade, especificando: classe do produto e quantidade transportadas; II = pontos de origem e destino, § 1° As informagdes ficardo a disposi¢ao dos érgaos e entidades do meio ambiente, da defesa civil e das autoridades com jurisdi¢ao sobre as vias . § 2° Com base nas informagdes de que trata este artigo, o Ministério dos Transportes, com a colaboragao do DNER e de drgaos e entidades piiblicas e privadas, determinard os critérios técnicos de selegao dos produtos para os quais solicitaré informagdes adicionais, como freqiiéncia de embarques, formas de acondicionamento itineratio, incluindo as principais vias percorridas. Art. 11. As autoridades com jurisdigao sobre as vias poderdo determinar restrigdes ao seu uso, a0 longo de toda a sua extensao ou parte dela, sinalizando os trechos restritos © assegurando percurso altemativo, assim como estabelecer locais e periodos com restrigao para estacionamento, parada, carga e descarga Art. 12. Caso a origem ou 0 destino de produto perigoso exigir 0 uso de via restrita, tal fato deverd ser comprovado pelo transportador perante a autoridade com jurisdigao sobre a mesma, sempre que solicitado. Art. 13. 0 itinerario deverd ser programado de forma a evitar a presenga de veiculo transportando produto perigoso em vias de grande fluxo de transito, nos horérios de maior intensidade de tréfego. ‘Segao IV Do Estacionamento Art. 14. © veiculo transportando produto perigoso 6 podera estacionar para descanso ou pemoite em reas previamente determinadas pelas autoridades competentes e, na inexisténcia de tais areas, devera evitar 0 pin plate gvbecvi_Oadecrelalarigns 406044 nom an ounv2o1s aso estacionamento em zonas residenciais, logradouros piiblicos ou locals de facil acesso ao pilblico, areas densamente povoadas ou de grande concentragao de pessoas ou veiculos. § 1° Quando, por motivo de emergéncia, parada técnica, falha mecanica ou acidente, o veiculo parar em local nao autorizado, deverd permanecer sinalizado e sob a vigilancia de seu condutor ou de autoridade local, salvo se a sua auséncia for imprescindivel para a comunicacao do fato, pedido de socorro ou atendimento meédico. § 2° Somente em caso de emergéncia o velculo poderd estacionar ou parar nos acostamento das rodovias, ‘Sedo V Do Pessoal Envolvido na Operagao do Transporte Art. 15. © condutor de veiculo utilizado no transporte de produto perigoso, além das qualificagées e habilitagdes previstas na legislacdo de transito, deverd receber treinamento especifico, segundo programa a ser aprovado pelo Conselho Nacional de Transito (CONTRAN), por proposta do Ministério dos Transportes. ‘Art. 16. O transportador, antes de mobilizar o veiculo, deverd inspecioné-lo, assegurando-se suas pPerfeitas condipées para o transporte para 0 qual é destinado e com especial atengao para o tanque, carroceria & demais dispositivos que possam afetar a segunda da carga transportada. Art. 17. © condutor, durante a viagem, € 0 responsavel pela guarda, conservagéo e bom uso dos equipamentos e acessérios do veiculo inclusive os exigidos em fungao da natureza especifica dos produtos transportados. Pardgrafo tinico. © condutor deverd examinar, regularmente @ em local adequado, as condigdes gerais do veiculo, verificando, inclusive, a existéncia de vazamento, o grau de aquecimento e as demais condigdes dos pneus do conjunto transportador. Art. 18. O condutor interrompera a viagem e entraré em contato com a transportadora, autoridades ou a entidade cujo telefone esteja listado no Envelope para o Transporte, quando ocorreram alteragdes nas condigdes de partida, capazes de colocar em risco a seguranga de vidas, de bens ou do meio ambiente. ‘Art. 19. © condutor nao participard das operagdes de carregamento, descarregamento e transbordo da carga, salvo se devidamente orientado e autorizado pelo expedidor ou pelo destinatério, e com a anuéncia do transportador. Art. 20. Todo o pessoal envolvido nas operagées de carregamento, descarregamento e transbordo de produto perigoso usard traje e equipamento de protecao individual, conforme normas e instrugdes baixadas pelo Ministério do Trabalho, Pardgrafo unico. Durante o transporte o condutor do veiculo usara 0 traje minimo obrigatério, ficando desobrigado do uso de equipamentos de protegao individual Art. 21, Todo 0 pessoal envolvido na operagdo de transbordo de produto perigoso a granel recebera treinamento especifico. Segao VI Da Documentagao Art. 22. Sem prejuizo do disposto na legistacdo fiscal, de transporte, de transito ¢ relativa ao produto transportado, os veiculos que estejam transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, s6 poderdo circular pelas vias puiblicas portando os seguintes documentos: | - Certificado de Capacitagao para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel do veiculo © dos equipamentos, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada; Il -Documento Fiscal do produto transportado, contendo as seguintes informagées: a) ntimero e nome apropriado para embarque; htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim am ounv2o1s aso b) classe e, quando for 0 caso, subclasse a qual 0 produto pertence; c) declarapo assinada pelo expedidor de que o produto esta adequadamente acondicionado para suportar 0s riscos normais de carregamento, descarregamento e transporte, conforme a regulamentagao em vigor; Ill = Ficha de Emergéncia e Envelope para 0 Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR- 7503, NBR-7504 E NBR-8285, preenchidos conforme instrugdes fomecidos pelo fabricante ou importador do produto transportado, contendo: a) orientagao do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de emergéncia, acidente ou avaria; ¢ b) telefone de emergéncia da corporagéo de bombeiros e dos érgaos de policiamento do transite, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerérro. § 1° E admitido 0 Certificado Intemacional de Capacidade dos Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel. § 2° 0 Cettificado de Capacitagao para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderd a validade quando 0 veiculo ou 0 equipamento: a) tiver suas caracteristicas alteradas; b) ndo obtiver aprovagao em vistoria ou inspecdo; ©) nao for submetido a vistoria ou inspegao nas épocas estipuladas; ¢ 2) acidentado, nao for submetido a nova vistoria apés sua recuperacéo. § 3° As vistorias e inspegdes serdo objeto de laudo técnico e registradas no Certificado de Capacitago previsto no item | deste artigo. § 4° O Certificado de Capacitagdo para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel nao exime o transportador da responsabilidade por danos causados pelo veiculo, equipamento ou produto perigoso, assim como a declaragao de que trata a alinea "c " do item I! deste artigo nao isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com imprudéncia, impericia ou negligéncia, ‘Segao VII Do Servigo De Acompanhamento Técnico Especializado Art. 23. O transporte rodovidrio de produto perigoso que, em fungo das caracteristicas do caso, seja considerado como oferecendo riscos por demais elevado, seré tratado como caso especial, devendo seu itinerdrio e sua execugao serem planejados e programados previamente, com partticipagao do expedidor, do contratante do transporte, do transportador, do destinatario, do fabricante ou importador do produto, das autoridades com jurisdigao sobre as vias a serem utilizadas e do competente érgdo do meio ambiente, podendo ser exigido acompanhamento técnico especializado (art. 50, |) § 1° 0 acompanhamento técnico especializado dispora de viaturas préprias, tripuladas por elementos devidamente treinados e equipados para agdes de controle de emergéncia e sera promovido, preferencialmente, pelo fabricante ou 0 importador do produto, o qual, em qualquer hipétese, fomecerd orientagao e consultoria técnica para o servigo. § 2° As viaturas de que trata 0 paragrafo precedente deverdo portar, durante o acompanhamento, os documentos mencionados no item III do art. 22 e os equipamentos para situagdes de emergéncia a que se refere oar. 3° CAPITULO III DOS PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGENCIA, ACIDENTE OU AVARIA Art, 24, Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilizagao de vefculo transportando produto perigoso, 0 condutor adotara as medidas indicadas na Ficha de Emergéncia e no Envelope para o psi planate gov becvi_Oadecrelalartigns 06044 nom si ounv2o1s aso Transporte correspondentes a cada produto transportado, dando ciéncia @ autoridade de transito mais préxima, pelo meio disponivel mais rapido, detalhando a ocorréncia, o local, as classes e quantidades dos materiais transportados. Art. 25. Em razéo da natureza, extensdo e caracteristicas da emergéncia, a autoridade que atender ao caso determinara ao expedidor ou ao fabricante do produto a presenga de técnicos ou pessoal especializado. Art. 26. O contrato de transporte dever designar quem suportard as despesas decorrentes da assisténcia de que trata 0 artigo anterior. Paragrafo Unico. No siléncio do contrato 0 6nus sera suportado pelo transportador. Art. 27. Em caso de emergéncia, acidente ou avaria, o fabricante, 0 transportador, o expedidor e 0 destinatério do produto perigoso darao 0 apoio e prestardo esclarecimentos que thes forem solicitados pelas autoridades piblicas. Art. 28. As operagées de transbordo em condigées de emergéncia deveréo ser executadas em conformidade com a orientagao do expedidor ou fabricante do produto, e se possivel, com a presenca de autoridade publica § 1° Quando 0 transbordo for executado em via ptiblica deverdo ser adotadas as medidas de resguardo ao transito. § 2° Quem atuar nessas operagdes deverd utilizar os equipamentos de manuseio e de protegao individual recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto. § 3° No caso de transbordo de produtos a granel o responsdvel pela operagao deverd ter recebido treinamento especifico CAPITULO IV DOS DEVERES, OBRIGAGOES E RESPONSABILIDADES Segao | Do Fabricante e do Importador Art. 29. © fabricante de equipamento destinado ao transporte de produto perigoso responde penal & civilmente por sua qualidade e adequagao ao fim a que se destina, Paragrafo Unico. Para os fins do disposto no art. 22, item |, cumpre ao fabricante fomecer ao INMETRO as informagées relativas ao inicio da fabricagao e destinacao especifica dos equipamentos. Art. 30. O fabricante de produto perigoso fomecera ao expedidor: | - informagées relativas aos cuidados a serem tomados no transporte e manuseio do produto, assim como as necessarias ao preenchimento da Ficha de Emergéncia; © Il especificagdes para o acondicionamento do produto e, quando for o caso, a relaco do conjunto de equipamentos a que se refere o art. 3° Art, 31, No caso de importagao, o importador do produto perigoso assume, em territério brasileiro, os deveres, obrigagdes e responsabilidade do fabricante. SECAO II Do Contratante, do Expedidor e do Destinatario Art. 32. O Contratante do transporte deverd exigir do transportador 0 uso de veiculo e equipamento em boas condigdes operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, antes de cada viagem, avaliar as condigdes de seguranga Art, 33, Quando o transportador ndo 0s possuir, deverd o contratante fornecer os equipamentos htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim on ounv2o1s aso hecessérios s situagdes de emergéncia, acidente ou avaria, com as devidas instrugdes do expedidor para sua utilizagao, Art, 34. © expedidor & responsével pelo acondicionamento do produto a ser transportado, de acordo com as especificagées do fabricante Art. 35. No carregamento de produtos perigosos 0 expedidor adotaré todas as precaugées rolativas & preservacao dos mesmos, especialmente quanto a compatibilidade entre si (art. 7°) Art. 36. O expedidor exigiré do transportador 0 emprego dos rétulos de isco e painéis de seguranga correspondentes aos produtos a serem transportados, conforme disposto no art. 2°. Pardgrafo Unico. O expedidor entregard ao transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bern assim os rétulos de risco e os painéis de seguranga para uso nos veiculos, informando ao condutor as caracteristicas dos produtos a serem transportados. Att. 37. So de responsabilidade: do expedidor, as operagées de carga; Il - do destinatario, as operagées de descarga; § 1° Ao expedidor © a0 destinatario cumpre orientar © treinar 0 pessoal empregado nas atividades referidas neste artigo. § 2° Nas operagées de carga e descarga, cuidados especiais serao adotados, especialmente quanto a amarragao da carga, a fim de evitar danos, avarias ou acidentes SEGAO IIL Do Transportador Art. 38. Constituem deveres e obrigagdes do transportador: dar adequada manutengao e utilizagao aos veiculos e equipamentos; Il - fazer vistoriar as condigdes de funcionamento e seguranga do veiculo e equipamento, de acordo com a natureza da carga a ser transportada, na periodicidade regulamentar, lll - fazer acompanhar, para ressalva das responsabilidades pelo transporte, as operagdes executadas pelo expedidor ou destinatério de carga, descarga e transbordo, adotando as cautelas necessérias para prevenir Tiscos a satide e integridade fisica de seus prepostos e ao meio ambiente; IV = transportar produtos a granel de acordo com 0 especificado no "Certificado de Capacitagao para 0 Transporte de Produtos Perigosos a Granel " (art. 22, 1); V - requerer 0 Certificado de Capacitagao para 0 Transporte de Produtos Perigosos a Granel ", quando for © caso, e exigir do expedidor os documentos de que tratam os itens Il e Ill do art. 22; VI - providenciar para que 0 veiculo porte o conjunto de equipamentos necessérios as situagdes de emergéncia, acidente ou avaria (art. 35), assegurando-se do seu bom funcionamento; VII - instruir 0 pessoal envolvido na operagao de transporte quanto a correta utilizagdo dos equipamentos necessérios as situagdes de emergéncia, acidente ou avaria, conforme as instrugdes do expedidor, Vill - zelar pela adequada qualificacao profissional do pessoal envolvido na operagao de transporte, proporcionandodthe treinamento especifico, exames de satide periédicos e condigdes de trabalho conforme preceitos de higiene, medicina e seguranga do trabalho; IX + fomecer a seus prepostos os trajes e equipamentos de seguranga no trabalho, de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do Trabalho, zelando para que sejam utilizados nas operagées de transporte, carga, descarga e transbordo; htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim ™ ounv2o1s aso X - providenciar a comreta utilizagao, nos veiculos © equipamentos, dos rétulos de risco e paingis de seguranga adequados aos produtos transportados; XI. - realizar as operagées de transbordo observando os procedimentos e utilizando os equipamentos recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto; Xl - assegurar-se de que 0 servigo de acompanhamento técnico especializado preenche os requisitos deste Regulamento e das instrugdes especificas existentes (art. 23); XII - dar orientagao quanto @ correta estivagem da carga do veiculo, sempre que, por acordo com o expedidor, seja co-responsavel pelas operagdes de carregamento e descarregamento Paragrafo Unico. Se o transportador receber a carga largada ou for impedido, pelo expedidor ou destinatério, de acompanhar carga e descarga, ficaré desonerado da responsabilidade por acidente ou avaria decorrentes do mau acondicionamento da carga. Art. 39. Quando o transporte for realizado por transportador comercial auténomo, os deveres e obrigagdes a que se referem os itens VI a IX do artigo anterior constituem responsabilidade de quem o tiver contratado, Art, 40. © transportador é solidariamente responsavel com 0 expedidor na hipétese de receber, para transporte, produtos cuja embalagem apresente sinais de violagdo, deterioragao, mau estado de conservagao ou de qualquer forma infrinja 0 preceituado neste Regulamento e demais normas ou instrugdes aplicaveis. CAPITULO V DA FISCALIZAGAO Art, 41. A fiscalizagao para a observancia deste Regulamento e de suas instrugdes complementares incumbe ao Ministério dos Transportes, sem prejuizo da competéncia das autoridades com jurisdigao sobre a via por onde transite o veiculo transportador. Paragrafo Unico. A fiscalizagao compreendera: a) exame dos documentos de porte obrigatério (art. 22); b) adequago dos rétulos de risco @ painéis de seguranga (art. 2°), bem assim dos rétulos ¢ etiquetas das embalagens (art. 6°, § 2°), ao produto especificado no Documento Fiscal; & ©) verificagdo da existéncia de vazamento no equipamento de transporte de carga a granel e, em se tratando de carga fracionada, sua arrumagao e estado de conservagao das embalagens. Art, 42. Ao ter conhecimento de veioulo trafegando em desacordo com o que preceitua este Regulamento, a autoridade com jurisdigao sobre a via devera reté-lo imediatamente, liberando-o 86 apés sanada a infracao, podendo, se necessério, determinar: |-a remogao do veiculo para local seguro, podendo autorizar 0 seu deslocamento para local onde possa ser cortigida a imegularidade; Il «0 descarregamento e a transferéncia dos produtos pra outro veiculo ou para local seguro; lil - a eliminagao da periculosidade da carga ou a sua destruigo, sob a orientago do fabricante ou do importador do produto , quando possivel, com a presenca do representante da seguradora. § 1° As providéncias de que trata este artigo serdo adotadas em fungo do grau natureza do risco, mediante avaliagao técnica e, sempre que possivel, acompanhamento do fabricante ou importador do produto, contratante, expedidor, transportador, representante da Defesa Civil e de érgao do meio ambiente. § 2 Enquanto retido, 0 veiculo permaneceré sob a guarda da autoridade, sem prejuizo da responsabilidade do transportador pelos fatos que deram origem a retencao. CAPITULO VI DAS INFRACOES E PENALIDADES htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim ant ounv2o1s aso Art, 43. A inobservancia das disposigdes deste Regulamento e instrugdes complementares referentes a0 transporte de produto perigoso sujeita o infrator a | -multa até o valor maximo de cem Obrigagées do Tesouro Nacional - OTN; II = cancelamento do registro de que trata a Lei n® 7.092, de 19 de abril de 1983 § 1° A aplicagdo da multa compete a autoridade com jurisdigao sobre a via onde a infrago foi cometida. § 2° Ao infrator passivel de multa é assegurada defesa, previamente ao recolhimento desta, perante a autoridade com jurisdigao sobre a via, no prazo de trinta dias, contados da tada da autuagao. § 3° Da decisdo que aplicar a penalidade de multa, cabe recurso com efeito suspensivo, a ser interposto ha instancia superior do érgao autuante, no prazo de trinta dias, contados da data em que o infrator for notificado, observados os procedimentos peculiares a cada érgao. § 4° A aplicagao da penalidade de cancelamento no Registro Nacional dos Transportadores Rodovigrios - RTB compete ao Ministro dos Transportes, mediante proposta justificada do DNER ou da autoridade com jurisdigao sobre a via. § 5° O infrator serd notificado do envio da proposta de que trata o paragrafo anterior, bem assim dos seus fundamentos, podendo apresentar defesa perante 0 Ministério dos Transportes no prazo de trinta dias. § 6° Da deciséo que aplicar a penalidade de cancelamento de registro no RTB cabe pedido de reconsideragdo a ser interposto no prazo de trinta dias, contados da data da nolificagao do infrator. § 7° Para 0 efeito da averbagdo no registro do infrator, as autoridades com jurisdigao sobre as vias ‘comunicarao ao DNER as penalidades aplicadas em suas respectivas jurisdigdes. Art. 44. As infragdes punidas com multa classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em trés grupos: | -Primeiro Grupo - as que seréo punidas com mutta de valor equivalente a 100 OTN; II - Segundo Grupo - as que sero punidas com multa de valor equivalente a 50 OTN; Ill -Terceiro Grupo - as que sero punidas com multa de valor equivalente a 20 OTN; § 1° Na reincidéncia especifica, a multa seré aplicada em dobro. § 2° Cometidas, simultaneamente, duas ou mais infragdes de natureza diversa, aplicar-se-do, cumulativamente, as penalidades correspondentes a cada uma Art. 45. Ao transportador serdo aplicadas as seguintes multas: Primeiro Grupo, quando: a) transportar produto cujo deslocamento radovidrio seja proibido pelo Ministério dos Transportes; b) transportar produto perigoso a granel que ndo conste do Cerificado de Capacitagao; ©) transportar produto perigoso a granel em veiculo desprovido de Certificado de Capacitagao valido; d) transportar, juntamente com produto perigoso, pessoas, animais, alimentos ou medicamentos destinados ao consumo humano ou animal, ou, ainda, embalagens destinadas a estes bens; e e) transportar produtos incompativeis entre si, apesar de advertido pelo expedidor: Il - Segundo Grupo, quando: a) no der manutengao ao veiculo ou ao seu equipamento; b) estacionar ou parar com inobservancia ao preceituado no art. 14; htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim on ounv2o1s aso ©) transportar produtos cujas embalagens se encontrem em mas condigdes; 4) no adotar, em caso de acidente ou avaria, as providéncias constantes da Ficha de Emergéncia ¢ do Envelope para 0 Transporte; e e) transportar produto a granel sem utilizar 0 tacégrafo ou nao apresentar o disco a autoridade competente, quando solicitado; Ill = Terceiro Grupo, quando: a) transportar carga mal estivada; b) transportar produto perigoso em veiculo desprovido de equipamento para situagao de emergéncia protegao individual; ©) transportar produto perigoso desacompanhado de Certificado de Capacitagao para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel (art. 22, |); d) transportar produto perigoso desacompanhado de declaraco de responsabilidade do expedidor (art. 22, ), aposta no Documento Fiscal; e) transportar produto perigoso desacompanhado de Ficha de Emergéncia e Envelope para o Transporte (art, 22, II); f) transportar produto perigoso sem utilizar, nas embalagens eno veiculo, rétulos de risco e painéis de seguranga em bom estado e correspondentes ao produto transportado; g) circular em vias piblicas nas quais nao seja permitido o transito de veiculos transportando produto perigoso; e h) no dar imediata ciéncia da imobilizagao do veiculo em caso de emergéncia, acidente ou avaria; Pardgrafo unico. Sera cancelado o registro do transportador que, no periodo e doze meses for punido com seis multas do Primeiro Grupo, ‘Art. 46. Ao expedidor sero aplicadas as seguintes multas: Primeiro Grupo, quando: a) embarear no velculo produtos incompativeis entre si; b) embarcar produto perigoso nao constante do Certificado de Capacitagao do veiculo ou equipamento ou estando esse Certificado vencido; ©) nao langar no Documento Fiscal as informagées de que trata o item II do art. 22; 4) expedir produto perigoso mal acondicionado ou com embalagens em mas condigées; © €) no comparecer ao local do acidente quando expressamente convocado pela autoridade competente (art, 25); Il Segundo Grupo, quando: a) embarcar produto perigoso em veiculo que nao disponha de conjunto de equipamentos para a situagao de emergéncia e protegao individual; b) ndo fomecer ao transportador a Ficha de Emergéncia e o Envelope para o Transporte; c) embarcar produto perigoso em veiculo que nao esteja utilizando rétulos de risco e painéis de seguranga, afixados nos locais adequados; 4d) expedir carga fracionada com embalagem extema desprovia dos rétulos de risco especificos; htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim 10m ounv2o1s aso ) embarcar produto perigoso em veiculo ou equipamento que ndo apresente adequadas condigées de manutengao; e ) nao prestar os necessarios esclarecimentos técnicos em situagdes de emergéncia ou acidentes, quando solicitado pelas autoridades. Art. 47. A aplicagao das penalidades estabelecidas neste Regulamento no exclui outras previstas em legislagao especifica, nem exonera o infrator das cominagdes civis e penais cabiveis. CAPITULO VII DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 48. Para a uniforme e generalizada aplicagao deste Regulamento e dos preceitos nele estabelecidos, © Ministério dos Transportes estimularé a cooperagéo com érgaos e entidades publicas ou privadas mediante troca de experiéncias, consultas e execugao de pesquisas, com finalidade, inclusive, de complementagao ou alteracao deste Regulamento, Art, 49. Integram o presente Regulamento, como Anexos, as NBR-7500, NBR-7503, NBR-7504, NBR-8285 e NBR-8286, Att 60. E da exclusiva competéncia do Ministro dos Transportes: | ~ estabelecer, quando as circunstancias técnicas 0 exijam, medidas especiais de seguranga no transporte rodovidrio, inclusive determinar acompanhamento técnico especializado; II - proibir 0 transporte rodovidrio de cargas ou produtos considerados to perigosos que ndo devam transitar por vias piblicas, determinando, em cada caso, a modalidade de transporte mais adequada; II - dispensar, no todo ou em parte, a observancia deste Regulamento quando, dada a quantidade de produtos perigosos a serem transportados, a operagao ndo oferega riscos significativos. ‘Art. 51. Compete ao transportador a contratagao do seguro decorrente da execugao do contrat de transporte de produto perigoso Art. 52. Aplica-se o presente Regulamento ao transporte intemacional de produto perigoso em territério brasileiro, observadas, no que couber, as disposigées constantes de acordos, convénios ou tratados ratificados pelo Brasil Brasilia, 18 de maio de 1988. htpiww planeta gov riecvi_0aldecretolartigos!d96044 nim wm

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