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Capitulo 5 Conceitos basicos de 5 circuito “— - e 3 ge calm ‘Lon 5.1 O que é um circuito? 5.2 Formas de representacao 5.3 Pardmetros e leis fundamentais 5.4 Circuitos DC 5.5 Circuitos AC 5.6 Aplicagées Curso Prético de Eletrinica Moderna * C207 85 A eletrénica trata fundamentalmente do estudo de circuitos. Neste capitulo, um dos mais importantes deste curso, introduz-se formalmente o conceito de circuito, descrevem-se as caracteristicas basicas dos elementos do mesmo e examinam-se os principais métodos para sua representacao em eletrénica, dando-se especial énfase aos diagramas esquematicos. Também se explicam os principais parametros e leis associadas aos circuitos e 0 comportamento caracieristico dos componentes lineares passivos (resisténcias, capacitores e bobinas) quando expostos a corrente continua (CC) e a corrente alternada (CA). 5.10 queéumcircuito? De um modo geral, um circui- to € uma combinagiio de com- ponentes conectados de forma a proporcionar uma ou mais as fechadas pari Jaco da corrente e permitir © aproveitamento da energia dos elétrons em movimento para produzir um trabalho ttil, Este trabalho pode implicar no somente a con- o de energia elétrica em formas de energia, e rsa, mas também o seu samento, ou seja, a con- versio de sinais elétricos de um tipo em sinais elétricos de outro tipo. 5.1.1 Elementos basicos de um circuito Os circuitos eletronicos po- dem vira ser muito comple- xos. No entanto, indepen- dentemente de sua comple- xidade, todos precisam de pelo menos uma fonte de energia, um par de conduto- res e uma carga, figura 5.2. Além disso, a maioria dos circuitos também requer dis- positives de controle para regular 0 fluxo de el até aca para bloqu trons a € dispositivos -lo automatica- mente quando se produz uma condi funcionamento. anormal de f Figura 5.1 A funcéo basica de um elreulto 6 converter a energia dos elétrons em movimento em outras formas de energia @ executar uma fungao uti, por exemplo reproduzir um som. o <7 8 yt As fontes de energia ad- ministram a forga necesséria para impulsionar correntes de elétrons através de circuitos. Na figura 5.3 mostram-se os simbolos utilizados para repre- sentar alguns tipos de fontes de energia comuns, incluindo fontes de alimentagdo e fon- tes de sinal. Estas tiltimas compreendem nao somente os instrumentos de laboratério conhecidos por este nome, como também qualquer outro dispositivo, circuito ou parte de um cireuito que produza um sinal de corrente ou voltagem em forma natural sob a influ- éncia de um estimulo externo. Os condutores proporei- onam um caminho de baixa re- para a circulagio da corrente de Den- tro desta categoria se incluem tanto os condutores propria- sisténc mente ditos quanto os conec- tores. Caso nada seja dito em contrério, neste curso estare- mos presumindo que se traba- ©EACAT + Curso Pritico de Eletronica Moderna Elementos basicos de um circuito Condutores protecao ee Condutores (b) Qualquer circuito pode ser 2 Trajet6ria fechada para a dividido do ponto de vista anaitico Groulagao da correne em duas partes relacionadas entre Si, uma das quais atua como fonte (@) Elemenios gerais de um cicuto de sina ea outra como carga, Figura 5.2 Estrutura genérica de um circuito Ihacom condutores ideais, isto Os dispositivs de con- 5.6 mostram-se os simbolos 6, sem resistencia elétrica. trole regulam ou controlam a _utilizados nos circuitos eletro- Dessa forma, a energia admi- passagem de corrente até a _nicos para representar alguns nistrada pela fonte transfere- carga. Na figura figura 5.5 —dispositivos de protegio co- se completamente para a car- mostram-se os simbolos utili-_muns. Os fusiveis e os bre- ga, Na pritica, a resisténcia zadosnoscircuitos eletronicos _akers protegem a carga contra dos condutores ndo € exata- para representar alguns dispo- _ corrente excessiva, desconec- mente 0, mas € suficiente- _sitivos comuns de controle. Os tando fisicamente o circuito, mente baixa para poder ser mais utilizados so os inter- enquanto que os varistores @ desprezada, ruptores, tanto eletromecdni- protegem contra sobrevolta- cos quanto eletrénicos, De gens, absorvendo a voltagem As cargas conyertem a fato, a maioria dos dispositi-_ excedente. Um dispositivo de energia dos elétrons em mo- vos de estado s6lido (transis- _ protegiio pode ser formado por vimento, em sinais elétricos ores, tiristores, etc.) operam um 6 componete, um grupo ‘ou outras formas de energia. na pratica como interruptores, _ de componentes ou um circui- Na figura 5.4 mostram-se os _porém no contém a mé- to completo dedicado. ft liza scircui- — veis. tos eletrOnicos para represen- tar alguns tipos de cargas co- Os dispositi- muns. Para efeito de andlise, vos de protecio 1 qualquer circuito pode protegem a carga sempre dividido em duas par- contra nfveis de Sana Fane Fane For, Trade tes, uma das quais atua como corrente OU de s¢reme ou dentiicagae co sine fonte de sinal ea outra como voltagem anor Fist 5.3 Simbologa de fontes de energla carga. mais. Na figura Comune Curso Pritico de Eletrénica Moderna * @aaxcir 87 Eletrénica Basica * Conceitos basicos de circuitos at Efe ft Carga Carga Carga resisiva capadtva indulve LAMpara AutoFalante Cal 9a gentica identiicagdo da carga Figura 5.4 Simbologia de cargas coruns Como exemplo de aplica- gio dateoria anterior, nafigue vés do circuito, sdes de um circuito com um através do LED e n todas as situagd mM Em sua passagem atra- a corrente ra 5.7 mostram-se trés ver- provoca a emisstio de luz ° aqueci- nto da resisténcia, Tam- abateria BI atua como fonte _bém cria um campo magné- de energia, a resisténcia RI _ tico ao redor dos condutores como dispositive de protecZo, ¢ reagdes quimi ga, € 0 rior da bateria, © LED D1 como ca conector da bateria, os termi- nais dos componentes & os pontos de soldagem como interruptor S1 LED D1 e seus condutores as- corrente nio sociados formam com a bateria no BI um caminho fechado para gio é 10 de uma corrente aberto. Ao se colocar o in- ‘ons, Esta tiltima sai terruptor na posigdo ON, o ‘minal «=» da bateria, circuit se completa, circu- a circulag: de e pelo t as no inte- Em (b) acrescentou-se 0 que atua condutores, como elemento de controle. Com 0 S1 em «OFP», 0 cir- Em/(a),aresisténciaR1,o cuito fica interrompido, a ircula e se ilumina, o LED Esta condi- chamada circuito atravessa o LED a partir do la uma corrente © 0 LED se pass pelo pélo «+» da bateria e sai novamente pelo polo «» da Portanto, a fun 0 ‘odo (C) até 9 anodo (A), lumina, Esta condigao é ‘a pela resisténcia, entra chamada eireuito fechado. 0 de con- mesma. O proceso se repete trole realizada pelo interruptor indefinidamente, Lisd Interruptor Resisténcia Transistor Thister vanavel” (NPN) (SCR) no circuito anterior é \ simples- Diode Termostato valuta resitieador Figura 5.5 Simbologia de dispositives de controle comuns 88 de vow (todo) mente a de permitir ou impedir a circulagio de corrente atra- yés do circuito e, portant, energizar ou desenergizar 0 LED, Este é um exemplo de circuito de controle digital. A qualquer momento, a corrente 86 pode ser zero ou ter um va- ifico, dependendo da uptor. Nao existem estados intermedivirios, lor espe posigao do inte: Enquanto o interruptor estiver fechado, 0 circuito se compor- ta de forma exatamente igual ao circuito da figura 5.7(a). | « | Fusivel Breaker Varistor Figura §.6 Simbologia de dispositives de protecio comuns. Em (c) acrescentou-se 0 potenciémetro R2, que também lua como elemento de contro- le, Entretanto, o circuit esta sempre fechado e, portanto, 0 LED sempre esta iluminado. Quando 6 R2 esté em sua posi- Gio de minima resisténcia (022), acorrente do circuito$ maxima 0 LED brilha intensamente. Quando 0 R2 esta em sua pos g40 de maxima resisténcia (SkQ), a.corrente é minima e 0 LED brilha fracamente. Portanto, a fungao de con- trole realizada pelo potenci6: metro no circuito anterior & simplesmente a de regular a GEUCHT » Curso Pritico de Eletronica Moderna quantidade de corrente que cir cula através do circuito ¢ como resultado, a quantidade de luz emitida pelo LED. Este um exemplo de circuito de controle analégico. A corren te que passa através do cireui- toe portanto o brilho do LED podem variar continuamente dentro de uma gama infinita de valores compreendidos entre um minimo e um maximo. Com 0 potencidmetro em sua posigo de minima resisténcia, 0 circuito se comporta exata- mente igual ao circuito da fi- gura 5.7(a). 5.1.2 Tipos de circuitos Em todos os cireuitos mostra- dos anteriormente, os elemen- tos estiio conectados em segui- da um do outro, formando uma Ainica trajet6ria fechada para a circulagao da corrente, A um arranjo de componentes deste tipo chama-se cireuito em sé- rie, Em um circuito em série, a mesma corrente passa por todos os seus elementos. Por~ tanto, se ocircuito é interrom- pido em qualquer ponto, nao circula corrente através de ne- nhum de seus elementos. Os elementos de um cir- cuito também podem estar co- nectados em paralelo ou em uma configuragdo mista entre circuito em série e paralelo, Em um eircuito em paralelo, todos os seus elementos esto conectados a dois pontos de conexao comuns chamados Tipos de circuito: °) Figura 5.7 Exemplos de circuitos de energizacéo de um LED (a) Circuito basico sem elementos de controle. A resisténcia Ft limita a corrente através do LED a um valor seguro (b) Circuito bésico com controle digital. O interiuptor St, que pode estar fechado (ON) ou aberto (OFF), permite ou inibe a circulagae de corrente através do cireuito, energizando ou desenergizando 0 LED (¢) Circuito com controle analdgico. O potenciémetro R2 regula a quantidade de corrente que circula através do circuito, conttolando 0 britho do LED Curso Pritico de Eletrénica Moderna * @180CiT 89 a si Eletrénica Basica + Conceitos basicos de circuitos Lat Lampada Incandescente = nds € existe mais de uma tra- jetria para a circulagio da corrente. Na figura 5.8 mos- tra-se um exemplo, Neste caso, a yoltagem da bateria (fonte de alimentagao) € aplicada a0 mesmo tempo 2 Jampada ea buzina (cargas em paralelo), Portanto, airavés de cada um destes elementos cir- cula uma corrente, Sea lfimpa- da é retirada, abuzinacontinua energizada, e vice-versa, Cada uma das trajet6rias para a eir- culagdo da corrente proporcio- nadas por um circuito em pa- ralelo é denominada ramo, Em um circuito mistoem série-paralelo, como seu pré- prio nome indica, alguns ele- mentos estilo conectados em série, compartilhando a mes- ma corrente, enquanto que outros estiio em paralelo, compartilhando a mesma vol- tagem. Como resultado, ex tem varias trajet6rias fecha- das para a circulagao da cor- rente e varios pontos comuns de conexaio de elementos. Na figura 5.9 mostra-se um exemplo, 90 Buzina piezoelétrica ‘de 9V Figura 5.8 Exemplo de um circulto parateto Neste caso, a resisténcia RI esté em série com o LED D1 enquanto que 0 interuptor $1 estdiem série com a bateriae com orestodocircuito.A buzina BZ, porssua vez, estitem paralelo com a Ao fecharoS1, uma parte dacor- rente administrada pela bateria circula através de Rl Dl ea outra o faz através de BZ1, Se Di ouRI cula corrente através desse ramo do citcuito, mas sim através de BZ1,e vice-versa, Seo $1 éaber- to, a corrente deixa de circular através de todo o circuito. A mai- orparte dos circuitos eletronicos so do tipo em série-paralelo, o retirados, niio cir- 81 Interruptor spst 5.2 Formas de representagao Os circuitos so representados (erivCletronica mediante diagra- mas. Um diagrama é uma ilus- tragio gréfica ou pictérica da forma como esto conectados ou como devem se conectar os elementos de um circuito para realizar uma determinada fun- ¢a0. Os diagramas sito uma par- te muito importante do trabalho eletrOnico. De fato, todo 0 pro- cesso de conversiio de uma idéia em um produto final esté base- ado ou apoiado no uso de dia- gramas, figura 5.10. Os diagramas facilitam 0 projeto, a construcio, a andli- ¢ € a reparago de qualquer circuito ou sistema, Também servem de guia para quem de- sejar copis-los, estudé-los ou adapté-los as suas necessida- des particulares. Tentar cons- truir ou reparar um equipa- mento eletrOnico sem a ajuda de um diagrama é como aven- turar-se em uma expedigio sem a ajuda de um mapa. Bat Buzina piezoelétrica de 9V Figura 5.9 Exemplo de um circuito misto em série e paralelo ©BUCET + Curso Pritico de Eletronica Moderna 4 | ( ( 4 ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( \ \ ( ( ( ‘ ( ‘ ‘ ‘ ( ‘ \ \ \ ( ( ( ‘ ( ( ( 4 4 4 Figura 5.10 Os dlagramas so a principal ferramenta grética para faciitar 0 desenho, a andise, a construed, 0 teste, a operacdo, a reparagao, a reprodugao, ett. de qualquer cicuto ou sistoma sletronico Em eleirOnica so utiliza- dos varios tipos de diggramas pata representar circuitos e sis- femas. Os mais comuns sao os pictogramas, os diagramas esquemiiticos ¢ os de blocos. Nesta seco, empregaremos preferencialmente diagramas esquemiticos e diagramas de blocos, Os pictogramas se utilizados principalmente n segdes de Rletrénica Priitica © Projetos. 5.2.1 Pictogramas Um pictograma, como seu proprio nome indica, é uma ilustragdo desenhada dos ele- mentos que compem um cir- cuito, a maneira como estio conectados entre si € a posi- gio relativa que ocupam den- tro da montagem fis ica, Em Pe eee outras palayras, um pictogra- _distintos elementos mostram- ma mostra como se parece ou se conservando suas posigdes deve parecer um circuito ou relativas, porém afastados en- sistema uma vez armado, tre si para que possam ser vi- montado ou montado com — sualizados mais facilmente. As fios. E inclusive mais descri-_ linhas finas indicam como es- tivo que uma fotografia, Os tao interconectadas as partes pictogramas sio a forma _individusis, mais elementar e intuitiva de representagdo de circuitos Outros tipos de pictogra- eletr6nicos, mas muito comuns sio os gui as de colocagio de compo- ios tipos de nentes, utilizadas para repre- pictogramas, dependendo do _ sentar circuitos montados sobre método utilizado para pro- placas de circuito impresso. Na porcionar as conexdes entre figura $12 mostra-se um 0s distintos elementos cons- _exemplo. Os componentes po- titutiyos do circuite que re- dem estarrepresentados através presentam e das caracterfsti- de sua forma fisica real, sua si- ‘as construtivas ou especifi- Ihueta ou seu simbolo esque- cas que se deseja ressaltar. mitico, Todos os circuitos da Nos experimentos realizados seco de Projetos deste curso, até este momento, porexem- _ porexemplo, siio representados plo, temos utilizado pictogra-_ através de diagramas deste mas para ilustrar como se in- tipo. terconectam os elementos sobre 0 protoboard. Existem v of 40 Um caso particular de ‘Amuela plana pictogramas que empregare mos frequentemente neste _@ curso sio os diagrama: de exploragao, comu- mente conhecido: como diagramas de® montagem, Sio utiliza- dos principalmente para ilus- trar como é montada uma pega de equipamento forma- da por varias partes individu- ais relacionadas entre si. x \. Transistor Dissipador de calor ~Arrueta de pressao orca Na figura 5.11 mostra-se um exemplo de diagrama de figura 6.11 Exemplo de um montagem. Observe que 0s diagrama pictorico de montagem Curso Pratico de Eletrénica Moderna» @taucitt 91 Eletrénica Basica * Conceitos basicos de circuitos Fi) Slik eee Os pictogramas, por FREQUENCIA’ _WTENSIDADE" i exemplo, nao proporcionam if g y OFF 1 informagao clara sobre o fun- 4 cionamento dos circuitos, sua elaboragiio é dispendios LT detested =i e ay eae weil 2 HonPh0OR pando freqiientemente dem: gt Ld gto siado espago, etc. Por estas ¢ eer —— okai%So outras raz6es, somente sio i iE utilizados em situagdes muito HE re ye ae nl espect - CSO) w” > > VY 5.2.2 Diagramas | ‘coneston ba esquematicos 2 op Beoveroner Um diagrama esquematico, Lp uma representagio grifica ita de wi guia do Coloosgte de componentes © ‘linguuagem simbélica dos elementos que compoem um Os pictogramas so ficeis construtivos, Por esta razao, so wwito e a forma como esto deserem compreendidos porque muito utilizacios para transmitit conectados entre si, indepen= mostramoscomponentesem seu. informagio técnica apessoal ndio dentemente de sua colocagao formato real, com suas dimen- especializado como hobistas, ou de suas caracteristicas fi- ses mui Jaeem pessoas que favem reparos Oca- — sicas. Os diagramas esquemé suas respectivas posigdes den- sionais ou simples usudrios de ticos, também chamados es« tro do circuito fisico. Além dis produtoseletrénicos. Sem dtivi- quemas ou planos, so a lin- So, permite mostrardiagramas — da, também possuem alguns in- guagem natural de comunica- de montagem e outros detalhes _conyenientes, gio da eletronica. vezesem esc Hi 2 Rs Joie S@@Oe ee eee ee GG GB 2eaene* ee 2e224244224228224484 92 ©BICHT + Curso Pritico de Eletronica Moderna Na figura 5.13 mostra-se como exemplo o diagrama es- quematico correspondente a0 circuito previamente apresen- tado em forma pictorica na gura 5.12. Em um diagrama esquemitico, os componentes € suas conexdes siio represen- tados mediante simbolos gr ficos que indicam sua fungaio dentro do circuito e permitem que possamos indentiticd-los numa simples olhada. Particularmente em um di- agrama esquemiético, as cone- x®es entre components. siio0 representadas mediante linhas tetas horizontais ou verticais e 0s componentes propriamente ditos mediante simbolos pz dro, Idealmente as linhas nao devem se eruzar. Visto que na maioria dos casos isto é inevi- tével, certas eonvencdes devem ser seguidas para prevenir con- fusdes. Neste curso adotaremos as seguintes, ver figura 5.14 1, Para especificar que duas li- has estdio conectadas ent coloca-se um ponto preto séli- do indicador de unido na inter seegdio das mesmas, Preferivel- mente, no mais que trés cone- xies devem chegar ao mesmo Ponto, Se houver mais que tes condutores chegando a um mes- m0 n6, pontos de conexiio adi cionais devem ser utilizad 2. Para especificar que duas has cruzadas nao estiio conee: tadas entre si, simplemente niio se coloca ponto na intersecgaio, (a) Conexéio em geral = (c) Linhas cruzadas nfo conectadas eletricamente Ce oes (b) Linhas cruzadas conectadas. tt Conexio —_Conexo aoterra ao ponto X Figura 6.14 Simbologia de conexées Algumas vezes, para indicar que um dos fios passa por cima de outro sem tocar-lhe, utiliza- se um pequeno semicirculo ou uma interrupedo (gap)em uma das linhas cortadas. 3. Para mostrar que um condu- tor, ou um ponto de unidio de varios condutores, deve ir co- nectado as linhas de alimenta- Gio ou as de aterramento ge- rais do circuito, so utilizados simbolos de aterramentoe pon- tas de flechas marcadas com etiquetas tais como +VCC, - VEE, +V; etc. O mesmo cri- t6rio se aplica para as linhas de sinal, Dessa forma, evita-se sa- turar 0 desenho de linhas ¢ se consegue um diagrama mais le- givel. Todos os condutores com @ mesma etiqueta devem ser conectados entre si no circuito fisico. Na figura 5.15 mostram- se alguns simbolos utilizados nos diagramas esqueméticos para representar componente. A maioria destes simbolos jé foram apresentacos no Capitu- Curso Pratico de Eletronica Moderna + ©RRCHT Jo 1. Outros serdo introduzidos 1 medida que isto se faga ne- cessario, Como regra geral, para evitar confusdes e am- biguidades, utilize sempre o mesmo simbolo para o mes- mo tipo de dispositivo; isto é, uma linha em zigue-zague para as resistencias, duas li- nhas paralclas para os capa~ citores, uma linha helicoidal para as bobinas, etc, Além de seu simbolo gri- fico, os componentes de um diagrama esquemético tam- bém devem ser identificados mediante designadores. Um designador & um simbolo al- fanumérico, formado por uma letra ou grupo de letras e um ntimero, que individualiza ‘ada componente e permite que seja diferenciado de outros componentes do mesmo tipo. Também € titi) para referir-se ao mesmo em listas de pegas ou explicagdes textuais, no lu- gar de recorrer a descrigdes Vagas como “a resisténcia X que est sob o capacitor ao lado do transistor Y Eletrénica Basica + Conceitos basicos de circuitos ee ri Ay Resisténcla fsa Diodo retiticador Bite Diodo varicap aor Diodo zener Lampada incandescente| ae ni) LeD * sertiagto ot Micréfone on nome ee de empobrecimento Scr Transistor Darlington Ampliticador Conactores separiveis Relé eletromectnico Antena, Cristal piezoelétrico, Resisténcia ajustavel TPCT —S-— ws —yh— sténcia varidvel A c le ae oe de enriquecimento oe Transistor NPN. = 3 ri de ferro, c 8 ‘Transistor PNP e Transtormador de nucleo eI |—— a é 7 Circuito integrado Interruptor spst Pita, Triac. yay eS a Jack estéreo Capacitor ajustavel com interruptor Plug AC UJT base tipo N aes ey Jackmono f jor de pulso com interruptor oft{on) © NA Valvuta triodo —fh— Deel Stes on-(off) o NC oo Relé de lamine (reed switeh) s UFET de canal N/]s Figura 5.15. Simbolos esqueméticos comuns de componentes 94 ©RUCET + Curso Pritico de Eletronica Moderna Cee oar Na tabela 5.1 so relacio- nados alguns designadores li- terais comuns que serio utili- zados com frequéncia neste cur- so, Por exemplo, 0 R10 refere- se a. uma resisténcia, C4 a um capacitor, L1 a uma bobina, Q3 um transistor, etc. O designa- dor deverd ser colocado tao préximo 0 quanto seja possi- vel do componente e ser escri- tode modoa que possa ser lido da esquerda para a direita, Na medida do possivel, evite crever na vertical. Junto ao designador, 0 simbolo de cada componente pode estar acompanhado de seu valor ou referéncia corres- pondente, digamos 100k, 2N3904, ete., colocado direta- mente abaixo do designador. Na figura $.16 mostram-se al- guns exemplos. Quando, por razdes de espaco, no se indi- carem os valores ou referénci- as dos componentes nes esque- mas, OS Mesmos devem ser re- lacionados em uma lista de pegas acompanhadas das ano- ages pertinentes, por exem- plo, “todas as resisténcias séio de IAW, 5%". Como parte do simbolo, pode-se incluir a identificagio dos terminais quando 0 com- ponente assim o exigir, por exemplo um “+” para o termi- nal positivo, um “5” para o pino #5, um “G” para a porta ou gate, ete, No caso de i cuitos integrados, os niimeros dos pinos sio escritos fora do simbolo e os nomes dos sinais correspondentes dentro dos mesmos. O designador e a re- ferncia podem ir dentro ou fora do simbolo, dependendo do espage disponivel. Nos diagrams esqueméti- cos também se pode indicar nomes de sinais e de blocos funcionais, bem como volta- gens, correntes, formas de onda ou outros tipos de parametros elétricos importantes que de- vem ser obtidos em pontos chave do circuito sob condi Ges normais de funcionamen- to, Esta informagao € particu- larmente titi quando se conser- ta ou se ajusta 0 cireuito. Os diagramas esquemati- cos silo muito mais explicitos, compactos, universais e féceis de desenhar que os pictogra- mas, Além disso, visto que os simbolos so pequenos, ocu- pam menos espaco, No entan- to, lembre-se de que a posigtio de um dado componente em uum esquema nao corresponde necessariamente a sua posigiio real no circuito fisico. Num esquema, a posigao da pega é determinada pela necessidade de clareza do mesmo e nao pelos detalhes de construgao especificos. A interpretagao, elabora- gio e andlise de diagramas es- quematicos so habilidades muito importantes na eletréni- ca que sio adquiridas com 0 tempo e a pritica, de modo si- Curso Pratico de Eletrénica Moderna ® @tsucitr Cee me ons coeur See cy Perry Cnet) i) Cer tr Cert ce Sree} eee Ca a Creel Py ice cy Pre ory HS el ci neem H Interruptor i Lampada MP, La D,LeD M ee i st Nery or Ic,0c Alt sal a 8A eee rte eee) et acon) et) Tabla 5.1 Designadores comuns milar a como se aprende a ler, escrever ea falar um outro idi- oma. Neste curso, vocé teré a oportunidade de converter-se em um especialista, Para come- car, na Pritica N® 2 da secao de Eletrénica Pritiea se ex- plica a forma de converter um diagrama esquemitico em um protstipo de um circuito real. Ao elaborar um diagrama esquematico, assegure-se de que © mesmo mostre clara- mente como o circuito func ona e que seja facil de ser en- 95 REE ee ee rR ha Lcd cE Tf THL LMB55 ‘onto —oise GND a) Gireutto integrado LMS55 i 100K wn b) Resisténcia de 100k. e 8 a4 2NgB04 E ¢) Transistor NPN ‘2N3904 oa “ov oo d) Capacitor electrolitico de aluminio de 470uF/25V Figura 5.16 Exemplos de rotulagéo de componentes tendido por outros. Evite especi- ficamente as ambiguidades. Para ramente os nti- pinos, 18 valores das pegas, as polari- isso, etiquete cl meros € de ignagdes dos dades dos componentes, ete. Da mesma forma, diferen- cie as distintas dreas ou etapas funcionais que formam o cir cuito, Se as mesmes tiverem uma distribuig > facilmente reconhecivel, desenhe-as sem- pre desta forma, Aprenderemos € aplicaremos essas e outras dicas-chave (tips) amedidaem que elas se fagam necessdrias. 96 5.2.3 Diagramas de blocos Os diagramas de blocos sio um método de representagao grifica simplificada que perm te visualizar muito facilmente as relagdes entre 0s distintos circuitos ou etapas funcionais que compdem um sistema, sem anecessidade de se visualizar sua estrutura interna, Desta for ma, simplifica-se seu desenho, ndlise e reparacio, Sio muito empregados para descrever sis- temas complexos, mas em ge- ral podem ser utilizados para representar circuitos ou siste- mas de qualquer tipo. Em um diagrama de blocos, os cirenitos ou grupos de compo- nentes que realizam determinadas fungOes Sio representados medi- ante blocos ou "caixas pretas”Na figura 5.17 mos plo, Noteo uso de triingulos para representar os amplificadores. ‘Tambémexistem simbolos espe- ra-se um exem- Os diagramas de blocos devem ser desenhados de modo a que a diregao do fluxo de si- nais seja da esquerda para a di reitae de cima para baixo. Esta diregaio pode ser indicada atra vés de flechas nas linhas de in- terconexao. Os blocos devem ser preferivelmente do mesmo tamanho, Para ma fora de cada bloco pode-se in ior claridade, dicar, através de simbolos es quematicos convencionais, 0s elementos de ajuste ou de con trole associados. + Como um material complementar do tema «Formas de representa go de cirenitos» tratado neste capitulo, a CEKIT tem dispont vel 0 video diditico «Simbolos cletrénicos € interpretagao de iagramas», Outros videos com plementares de temas tratados nos capitulos precedentes sio «Tudo sobre resistencias», «Tudo sobre capacitores ¢ bobinas» ¢ «Meus primetros passos em Eletrdni- ciais para outras fung6es. ca», Consulte-nos. Faroe docanas “Arcade! rettcador ve ad Entrada butter de entrada Seqerdo ty de saida (L) (canal conten otaass Forte de f alimeniagao [> *° 18¥ Wweoy | Butler de ralerdncia Fm VOCI2 (wR) ‘ Figura 5.17 Exemplo de diagrama de blocos ERNCAT + Curso Pritico de Eletrinica Moderna SSOSSSSSSOSESSESEESAHLLHLLAHLLALALALALAALAAAAOGESBEES ede 5.3 Parametros e leis fundamentais dos circuitos Os dois principais parimetros associados com qualquer com- ponente, circuit ou sistema eletronico sao a corrente e a tensio. A partir destas duas quantidades elétricas-chave definem-se todas as demais, como a poténcia, a resisténcia, a capacitincia, a indutincia, 0 ganho, ete. Um dos grandes segredos da eletrénica é, pre- cisamente, 0 desenvolvimen- to de componentes, circuitos e sistemas que produzam ou tenham relagdes interessantes € titeis entre a tensdo e a cor- rente, Um resistor, por exemplo, produz entre seus terminais uma tensio proporcional &corrente através de si mesmo, indepen- dentemente do fato de esta tilti- maser constante ou varidivel. Os capacitores e os condensadores por sua vez, apenas respondem a correntes ou tens6es varidveis, produzindo, respectivamente, uma tensio ou uma corrente proporcional velocidade de mudanga da corrente ou tensiio. Os semicondutores, os transdutores ¢ outros tipos de componentes, por sua vez, ofe- recem relagdes mais interes- santes e variadas entre a cor- rente ea tensio, Iremos explo- riilas'&1 medida em que as es- tudarmos em detalhe como elementos de circuitos. 5.3.1 Conceito de Curso Prético de Eletrénica Moderna * corrente Em eletrénica, uma corren- te é um fluxo ordenado de portadores de carga. Os por- tadores de carga sio parti- culas positivas ou negat muito pequenas, que tem a liberdade de mover-se atra- vés da esirutura atémica de certos materiais. Os portadores de carga comuns sao os elétrons as lacunas e os fons. Os elétrons livres so parti culas de carga negativa, as lacunas espacos vazios de carga positiva e os fons, éto- mos carregados positiva ou negativamente, Os elétrons. livres atuam como portado- res de carga nos condutores metilicos, os semiconduto- res tipo N e as vélvulas de vazio, as lacunas nos semi- condutores tipo P ¢ os fons, em gases ¢ em liquidos. Natureza da corrente e triea, Em um condutor, di. gamos um fio metalico, os elétrons livres estio muito fracamente ligados a seus dtomos e deslocam-se de um dtomo a outro de forma aleatéria, ou seja, sem se- guir uma ordem determina- da, com uns elétrons mo- vendo-se em uma direcao e outros 0 fazendo na direcao oposta, figura 5.18a. Esse movimento aleatério, con- tudo, por si mesmo, nao constitui uma corrente elé- trica. cenir (a) Elétrons livres movendo-se aleatoriamente em fodes as ‘alregdes. A corrente liquida 6 zero. (b) Elétrons livres movendo-se ordenadamente em uma mesma diregao. Existe uma corente iquida diferente de zero. Figura 5.18 Natureza da corrente erica Para que exista uma cor- rente propriamente dita € ne- cessdria uma forga externa que obrigue os elétrons livres a moverem-se em uma mesma diregao, figura 5.18b, Essa for- ga, como veremos mais adian- te, denomina-se tensio. O mimero de portadores de carga positivos ou negati- Vos que passam por um certo ponto de um circuito, em um tempo especificado, determi- na a intensidade da corrente Esta diltima é representada pelo simbolo “I” 0 “f°, depen- dendo se é constante (CC) ou varidvel com o tempo (CA). A unidade de medida de intensi é jade de corrente ampere (A). Na pritica, além do ampére, utilizam-se sub- miltiplos como o miliampere (mA), 0 microampére (\1A), 0 nanoampére (nA) eo picoam- pere (pA), equivalentes, res- pectivamente, a 10°A, 10%A, 10°A € 107A. 97 Eletrénica Basica « Conceitos basicos de circuitos sempre uma corrente como 5h “5A um movimento de portadores e de carga positives, ainda que, estritamente falando, essa Figura $.19 Formas de indicar@ —_afirmacfio nfio coincida exa- dlregao e magnitude de uma fi conte: tamente com a natureza fisi- ca da corrente em todos os Convengies. A corrente, ao casos. passar por um ponto determi- nado de um circuito, possui ‘Como se mencionou ante- um valor ouintensidadee uma _riormente, nos condutores diregdo associadas a ela, Nes te curso indicaremos a dire, metilicos e nos semiconduto- res do tipo N, por exemplo, a em que se movem os portado-_corrente é o resultado do mo- res de cargae aintensidade da vimento de elétrons, que sio corrente mediante uma ponta _portadores de carga negativos. de flecha, conforme indicado Nos semicondutores do tipo P, na figura 5.19. 08 gases ionizados e as solu- Ges eletroliticas, por sua vez, Em ambos os casos, adi- a corrente € 0 resultado do ’io da fecha e as denomi- movimento de portadores de 'A” repre- carga positiv sentam, respectivamente, uma corrente de 5A devida a por- A fim de evitar ambigiti- tadores positives movendo-se _dades, neste curso assumire- para a direita ou umacorrente mos que a correnteéo resul- de SA devida a portadores ne- tado do movimento de por- gativos movendo-se paraaes- tadores de carga positivos. querda. Ambas as correntes Essa é a convengao normali- produzem os mesmos efeitos zada ¢ aceita universalmente ¢, portanto, silo iguais, Portanto, em um circuito Em eletronica, para efei- como o mostrado na figura tos de andlises e projeto, ébas- 5.20b, a corrente sai pelo ter- ante conveniente imaginar minal positivo da bateria, per- » lem zma |= o1 BD x Figura 6:20 Fluxo real e iuxo convencional da comante (a) Fluxo real ou de postadores de carga negativos (elétrons) (6) Fluxo convencional ou de portadores de carga positives corte 0 circuito entra pelo polo negativo da bateria. Esta diregdo se denomina corren- te convencional e é exatamen- te oposta aquela em que se- guem os elétrons, chamada corrente real, figura 5.20a. Para efeitos praticos, uma corrente convencional de por- tadores positivos de uma de- terminada magnitude, diga- mos 7.5 mA, como no circui- to anterior, é exatamente igual uma cortente real de elétrons da mesma magnitude deslo- cando-se em sentido oposto porque produz exatamente os mesmos efeitos. Medici, A corrente que circu- Ja por um ponto qualquer de um circuito é medida utilizando-se uminstrumento chamado ampe- rimetro (ou miliamperimetro ou microamperimetro, depen- dendo damagnitude da corrente a medir). O emprego do ampe- rimetro € explicado nas Priiti cas4.¢5 da segao de Eletrénica Priitica deste curso, Na figura 5.21 estio indi- cados 0 simbolo e a forma de conectar um amperimetro em um circuito. Note que deve-se abrir ou interromper-se 0 cir- cuito para que a corrente a ser medida passe através do instru- mento, Os amperimetros CC me- dem cotrente convencional. Portanto, se a corrente entra pelo terminal positivo e sai 98 ©WICAT + Curso Pritico de Eletronica Moderna Ce Rec pelo terminal negativo, con- forme indicado na figura, a leitura oferecida pelo instru mento € positiva, digamos 5 mA, Do contririo, 0 instru- mento oferece uma leitura ne- gativa (-5 mA). Idealmente, um amps metro deve ter uma resistén- cia interna igual a zero (022) Portanto, sua insergdio nao deve afetar a magnitude ¢ as caracteristicas da corrente medida, Por enquanto assu- miremos que isso ¢ sempre assim, ainda que na pritica todos os amperfmetros te- nham intrinseeamente uma resisténcia interna muito bai- xa, porém diferente de zero. ‘Tipos de correntes. Os circui- tos eletronicos lidam basica- mente com correntes diretas e correntes alternadas. Uma cor- rente € continua (CC) quan- do flui sempre na mesma di- regio, ealternada (CA) quan- do © faz alternadamente em oe depois na ou- uma direg tra, Na figura 5.22 mostramos as formas de onda de alguns tipos de correntes continuas € . as quais veremos alternada frequentemente neste curso. Bum: mente uma representaglo pri rma de onda é simples: somportam a tensllo ou a corrente em um ponto determinado de um circu to no transcorrer do tei po. AS formas de onda sto visualizadas em um oscilosespio, Curso Pritico de Eletrinica Moderna * *(A1) = OI) i Dt sna QS Fgura 8.21 Simboiogia forma ce = mont si 5.3.2 Conceito de tensao mn eletronica, uma tensio ou 0 te impuls de um aplica uma forga a um objeto para mové-lo de um ponto a ama forga capaz de uuma corrente através rcuito. Sempre que se outro realiza-se um trabalho ow intercémbio de energia, Por tanto, a tensiio pode ser ta bém definida como o trabalho requerido para mover um acer ta quantidade de carga entre dois pontos, Outros nomes para a tensio, os quais examinare- mos mais adiante, sto forea eletromotriz , potencial e di- ferenga de potencial. Natureza da tensio, Para comprender a natureza da ten- sio, consideremos 0 caso de uma bateria, a fonte de ener gia basica da maioria dos cir cuitos eletronicos, figura 5.23. Em uma bateria, as rea. gGes quimicas que ocorrem no interior do elemento ge ram, permanentemente, car- gas iguais e de sinal contré- rio nos eletrodos do elemen- to, mantendo uma diferenga de potencial con: nte entre eles, Sempre que existir en: tre dois pontos do espago uma diferenca de cargas, se esta- belecera entre ambos um campo elétrico. ees ed i ss — ) DG constante b) DC digital ©) D6 amonizada t—. Ss Vit. d) AC senoidal Ye) AC triangular 1) AC amortizada Figura 5.22 Exemplos do tipos de corrontos (a) Corrertes continuas (©) Corrertes alternadas ecaKir 99 Eletrénica Basica * Conceitos basicos de circuitos | : : + + ¢ + i Figura 5.23 Natureza da tensao em uma bateria A ago quimica provoca a formagao de ions (étomos carregacos) positivos @ negativos no eletrdito (a) © no eletrodo da esquerda. Os fons positivos deste timo passam ao letrdito © 0 eletrodo fica carregado negativamente, ou seja, com um ‘exoesso de elétrons (b), Alguns fons pasitivos do eletrdito s4o repelidos para 0 eletrodo ca direita, onde combinam-se com elétrens, carregando-o positivamente, ou seja, com uma deficiéncia de elérons. Visto que os .eletrods fica com cargas opostas, se estabelece uma tenséio ou diferenga {de potencial entre eles. Ao conectar uma carga entre os oletrodos, 03 elétrons em excesso do eletrode negativo circulam como uma corrente pelo ‘ircuito extemo para o eletrodo positiva, Para mover uma carga através de um campo elétrico ecessdrio vencer a forga de atracdo ou repulsiio que o cam- po elétrico exerce sobre a ga considerada, Em outras pa- lavras, deve ser realizado um trabatho. O trabalho por uni- dade de carga (joules por cou- Jomb ou J/C) requerido &, pr cisamente, a tensio. No caso de um circuito necessério fazer um trabalho contra 0 campo para mover os portadores de carga de um ter- minal da bateria até 0 outro, ‘Também € necessirio realizar um trabalho para levar os por- tadores de carga do extremo de um componente até 0 outro e, assim, produzir luz, calor, movimento, som, ete. 100 A tensio 6 representada pelo V" ou “y", de- pendendo de ser constante (CC) ou varidvel com 0 tem- po (CA), Sua unidade de me- dida no sistema S160 volt (V). Na pritica eletronica também utilizam-se miiltiplos e sub miltiplos como 0 kilovolt (kV), 0 milivolt (mV) e 0 mi- crovolt (UV), equivalentes, respectivamente, a mil volts (10°V), um milésimo de volt (10°V) ¢ um milionésimo de volt (10°V), Convengies. Em um circuito, a tensdo sobre um componen- te ou entre um par de pontos qualquer possui a todo instan- te uma polaridade, a qual, de- pendendo da diregio em que circula acorrente, permite de- ceKir * Curso Pratico de terminar se o elemento estd recebendo ou distribuindo energia desde ou para alguma fonte ou dispositivo externo A polaridade da tensao é indi- cada por um par de sinais al gébricos +/- Na figura 5.24 mostram- se alguns exemplos. A caixa preta representa um elemen- to qualquer de um circuito, com um terminal para a en- trada da corrente ¢ outro para a saida da mesma. A corrente conyencional em um circuito sempre flui dos pontos de mais alto potencial (+) até os pontos de mais baixo poten- cial (-). Designagdes. As tensdes em um cireuito siio designadas de Varias formas, dependendo de sua natureza, Por exemplo, a tensdo entre os terminais de uma bateria ou fonte de ali- mentacio é uma forga eletro- motriz, a tensdo entre os ter minais de uma carga € uma queda de tensiio, a tensio en tre dois pontos quaisquer do circuito é uma diferenca de potencial ¢ a tens entre qualquer ponto e o terra é um potencial. PA terra (ground ou GND) é, sim: plesmente, um ponto de referén: cla comum com relagio ao qual ‘se medem todas as tensies de um Circuito. Portanto, enquanto no se especifique 0 contririo, assu. ‘me-se que as tensdes de um cir: cuito referem- Eletronica Moderna EEE IEE SE ISIE A ee ec ee eee ae ee Na figura 5.25 estao ilustrados os conceitos ante- riores. Neste caso, dues lam- padas, designadas como Lal ¢ La2, esto conectadas em série com a bateria BI, a qual produz uma forga eletromo- triz de 6 V, Esta tensao divi- de-se entre as limpadas, de modo que sobre Lal hd uma queda de 3.5 V e sobre La2 uma queda de 2.5 V. Em outras palavras, a di- ferenca de potencial entre os pontos Ae Bé VAR=3.5 Vea diferenga de potencial entre os pontos B e C é VBC=2.5 V, Se tomissemos C como ponto de referéncia ou terra (OV), dirt mos que potencial de A é de +6V code B de +2.5 V, Para evitar confusdes, neste curso nos referiremos com frequén- cia a todos esses termos sim- plesmente como tensdes. Medigao. A tensiio entre dois pontos quaisquer de um cireui- to € medida utilizando-se um instrumento chamado voltime- tro (ou milivoltimetro ou mi- crovoltimetro, dependendo da magnitude da tensio a medir) A utilizagao do voltimetro explicada nas Priticas 4 e 5 da segiio de Eletronica Priictica deste curso, Na figura 5.26 sao indica~ dos 0 simbolo e a forma de co- nectar um voltimetro em um cit- cuito para medir a tenstio entre dois pontos. Note que parareali- zar uma medigao de tensfio com Curso Prético de EletrOnica Moderna * eee cs Ao Van «8 Ver=5V Bo 8 @ ©) A Ao tensdo. Em (a) @m (b), 0 Vao=-5V Vens5V terminal A’é 9 V positivo com relagdoao terminal = a B. Em (c)¢ em (a), : ¢ (o) @ em (d).0 e a Figura 5.24 Exemplos de convengées para indicar a polaridade e 0 valor da terminal B 6 5 V positivo com relagao a0 terminal A. £m (e) e0m (, 0 terminal superior esté com um potencial de 9 V acima «fo potencial do terminal interior (terra). ovoltimetroniio se necessita abrir ou interromper o circuito, Sim- plesmente conecta-se um dos tet ‘minais do instrumento a um dos pontos sob teste e 0 outro termi- nal ao ponto restante. Os volifmetros DC siio sen- siveis & polaridade da tensio medida, Portanto, se o ponto ao gual se conecta o terminal posi- tivo (+) esté em um potencial mais alto que o ponto ao qual se conecta o terminal negativo (-), © instrumento exibird uma lei- tura positiva, digamos 4.75 V. Do contritio, o ins- icas da tenstio medida, Por enquanto, assumiremos que isso é sempre assim, mesmo que, na pritica, todos os volti- metros tenham, intrinsecamen- te, uma resisténcia interna mui- to alta, mas nao infinita. pos de tenses. Os circui- tos eletronicos lidam, basica- mente, com tenses continuas e tensdes alternadas, Uma ten- sio é continua (CC) quando conserva sempre a mesma po- laridade, e alternada (CA) quando muda alternadamente trumento proporei- onard uma leitura negativa (4.75 V) Idealmente, um voltimetro deve ter uma resisténcia in- Vas = 3.5V : one terna infinita, Por- tanto, sua insergao nao deve afetar a magnitude © as ca- potencial canir Figura 6.25 Forca eletromotriz vs diferenga de 101 Eletrénica Basica * Conceitos basicos de circuitos se 2 Loitura’ = Leitura: “3.5V Figuta 5.26 Simbologia ¢ forma de conexao do vatimetro de polaridade. Na figura 5.27 sfo mostrados dois exemplos de formas de onda de tensdes de alimentagaio muito utiliza- dos nos cireuitos eletrOnicos. De modo similar’ corren- te, 08 componentes eletrdnicos feagem de diversas formas ante y t i t (a) “y t WW =r t MM (b) Figura 5.27 Formas de anda tipicas de tensdes de alimentagao (a) Tensdo CC de saida de uma bateria (b) Tensao CA de saida de um transtormador 102 uma tensio CC ou CA. Por exemplo, a aplicai tensio CA de onda senoidal ao primério de um transformador redutor produz no secundiirio uma tensio CA de menor am- plitude, enquanto que a aplica- gio de uma tensiio CC constan- te ao mesmo niio produz ne- nhuma tensdo de saida, de uma. 5.3.3 Conceito de resisténcia. A Lei de Ohm Quando uma corrente cireula por um condutor, os elétrons encontram uma certa oposigao sua passagem, como resul- tado das colis6es com os ato- mos do material. Esta oposi- gio & passagem da corrente denomina-se resisténcia e uma caracteristica intrinseca de todas as substincias, Os condutores, por exemplo, tm uma resistén- cia muito baixa, enquanto que os isolantes apresentam uma resisténcia muito alta Os semicondutores, por sua vez, apresentam uma resis- téncia intermediaria entre os condutores € os isolantes. cenir Todos os componentes utilizados em circuitos eletrd- nicos possuem alguma resis- cia. Os resistores, por exemplo, sio projetados para proporcionar valores de resis~ téncia conhecidos, enquanto que 0s interruptores, 0s conec- tores, 0s fios, 0s fusfveis e ou- tros tipos de materiais eletro- me inicos so projetados para ter valores de resisténcia mui- to baixos, idealmente 0.Q. >Um caso especial de materiais re sistivos so os supercondutores, que oferecem ums resisténcia praticamente igual a zero a tem- peraturas muito baixas, Exemplos de supercondutores so algumas Variedades de éxidos cerdimicos formados por cobre, oxigénio © elementos exéticos como. Lanta: nio, bario, estrOncioe ftrio, Tam: ‘bém certos metais comuns, como ‘ chumbo, 0 estanho e o meret rio comportam-se como super- condutores a temperaturas erio. génicay, ou seja, cerca de-273°C (zero absolute). A resisténcia é representa- 4 mediante o simbolo “R” ou 1", dependendo de ser cons- tante ou variarcomo tempo. A unidade de medida da resistén- cia (ver Capitulo 2) é 0 ohm (2). Na pratica, além do ohm, utilizam-se muiltiplos e sub- miiltiplos como o megaohm: (MQ), o kiloohm (kQ) ¢ 0 mi- liohm (m2), equivalentes res- pectivamente a 10°, 10°Q € 1092. A resisténcia é medida uti- * Curso Pratico de EletrOnica Moderna $96€2800006282202220202446222024822828240068008068608080800868 EE ee eel lizando-seum instrumentocha- ALeide Ohm. Acorrenteea mado ohmimetro. A utilizagdo — tensiio associados a resistencia. "WW do ohmimetro é explicada nas _ estiio relacionados entre si por Praticas 4 e 5 da segiiode Ele- meio de uma formula muito tronica Pritica deste curso. A {itil e simples descoberta pelo resisténcia deve ser medida a fisico alemio Georg Simon frio, ou seja, sem corrente ou Ohm (1789-1854) e revelada tensiio aplicadas. oficialmente em 1828. Esta relagio denomina-se Lei de Condutdineia. A caracteristica Ohm. oposta & resistencia € denomi- nada condutancia e mede a —_—De acordo coma Lei de maior ou menor facilidade de Ohm, a corrente através de um material em permitir a pas- um condutor é diretamente Figura 5.28 lustragao da Lei de Ri ved Bk sagem da corrente, Quanto me- proporcional A tensio aplica- "” nor foraresisténcia, maior seré da, figura 5.28. Assume-se _ facilmente lembradas utilizan- a condutincia, e vice-versa. que a temperatura ¢ demais do-se o trifingulo da figura condigdes ambientais nao §.28b. A condutinciaé representa- mudam, Sob esses parame- da pelo simbolo G e sua unida-_tros, a resisténcia deum con- Para a utilizagdo desta de de medida é 0 siemens (S), dutor permanece constante. ajuda, simplesmente cubra denominadaassimemhomena- Portanto, se se aumentaaten- com um dedo a grandeza de gem ao inventor alemio Wer- sto, aumenta-se a corrente na _interessee realize a multipli- ner von Siemens (1816-1892). mesma proporgao e vice-ver- 10 que seja in- Matematicamente, a condutin- sa. cla. Por exemplo, a0 co- cit € 0 reefproco ou inverso da brir V torna-se indicada a resistencia, Isto 6: Matematicamente, a Lei operagdio Ix Risto é, a ten- de Ohm pode ser represen- so (V) 6 0 produto da cor- tada por qualquer uma das _rente (I) pela resistencia (R). seguintes equagdes equiva- lentes: A expresstio IEW/R da Lei de Ohm simplesmente estabe- lece que se em um circuito a resisténcia (R)€ fixae a tensiio (V) varia, entéo a corrente que cireula através da resisténcia muda proporcionalmente a ten- © conceito de resisténcia é sio aplicada. Por exemplo, se muito titil quando se analisam se aplicam 10 V a uma resi cireuitos em série, enquanto téncia de 100 Q, a corrente re- que o de condutancia é Gil onde V representa a ten- sultante é quando se analisam circuitos so em volts (V), [a intensi- emparalelo, Neste cursotraba- dade da corrente em amperes Iharemos indistintamente com (A) R aresisténciaem ohms ambos 0s conceitos. (Q), Estas relagdes podem ser Portanto, uma resisténcia de 10 Q € equivalente a uma condutancia de 1/10 =0.1 Se ‘uma resisténcia de 50 kQa uma condutancia de 1/50=0.02 ms Curso Prtico de Eletronica Modernas @t=nciT 103 : OO Se re Eee eee ea e >>; Note que se a tensioéexpressa AxQ = = pV mAxQ mV & Se desconhece a resistén- em VearesisténciacemQare- AxQ =V pAxkQ = mV cia (R). Em todos os casos, lagiio V/Ré expressaem A, Isto. mAxkQ =V mAxmO= yV a aplicagao da Lei de Ohm 6 WQ=A. De mancira seme: PAXMQ =V mAxMQ= kV permite conhecer a varidvel Inante podem-se estabelecer as desconhecida. seguintes combinagdes de unida- A expresstio R=V/I da Lei des, as quais conyém memorizar de Ohm simplesmente estabe- A Lei de Ohm, que com- porque aparecem com frequén- lece que se para um elemento provaremos na prética no Ex- cia quando se analisam ou pro- qualquer de um circuito se co- _perimento 5.1, é uma das for- jetam circuits eletrénicos: nhecem os valores da tensio —mulas mais utilizadas em ele- (V) eacorrente (1) associados _trdnica. Todavia, deve-se apli- HV/Q= pA mV/Q=mA como mesmo, pode-se deter-_ car com cuidado porque ape- VIQ=A #VAQ=nA — minar sua resisténcia dividin- nas € executada para os con- mV/KQ = yA VikQ=mA doa tensio pela corrente. Por dlutores feitos de metais, car- mV/MQ = nA V/MQ=)A — exemplo, se acorrente através bono e certas ligas. Nos semi- de uma limpada é 15A quan- condutores, por exemplo. Aexpressio V=IxRdaLei do lhe aplicamos umatensaode —resisténcia nfo se mantém de Ohm simplesmente estabe- 12V, a resisténcia da lmpada _ constante; muda com a tensio Jece que se em um circuito a simplesmente © acorrente. Os materiais que resisténcia (R) é fixaeacorren- obedecem a Lei de Ohm de- te () varia, entao a queda de nominam-se ohmicos ou line- tensdo sobre a resisténcia va proporcionalmente a ten: aplicada, Por exemplo, se faze- >>: Note que se a tensio é expressa ares € os que no a seguem niio-ohmicos ou nio-linea- mos circular 10 {1A através de em Vea corrente em A, a rela- uma resisténcia de 220Q, a que- gio V/1é expressa em 2 Isto é, da de tensao resultante é V/A = Q. De maneira semelhan- te podem-se estabelecer as se- uintes relagdes comuns: HAMV=0pA/mV =mQ Assimmesmo, se fazemos mA/V=kQ —— mA/mV = circular 2 mA através da mes- mA/V =mQ AV = MO maresisténcia, a queda de ten- A/mV =k AV=2 siio resultante € V=2 x 220 = 440 mV = 0.44 V. As situagies anteriores so ilustradas na figura 5.29. Note que se a corrente ¢ ex- Em (a) conhecemos a tensiio pressa em HA e a resistencia (V) e a resistencia (R) ¢ se em Q, 0 produto 1x R € ex- desconhece a corrente (1). Em presso em 1V. Istoé,HAxQ= (b), conhecemos a corrente (1) LV. De maneira semelhante, a resistencia (R) e se des- podem-se estabelecer as se- conhece a queda de tensio. guintes combinagdes de uni- Em (¢) conhecemos a corren- dades comuns: te (1) € a queda de tensio (V) 104 GENET — Curso Pritico de Eletranica Moderna Experimento 5.1 Comprovacao da Lei de Ohm Objetivos *ComprovaraLeide Ohmem corrente através da_resistén- — corrente correspondente a ya- resistores de carbono. cia (IR) ea queda de tensio lores espectficos de tensao. * Familiarizar-se com as tée- sobre a mesma (VR). Para conduzir um procedimen- nicas de anilise de resulta tosistemdtico, anotaremos nos- dos Inicialmente, obseryare- sos resultados em uma tabela mos qualitativamente 9 com- com um titulo como o seguin- Aspectos tedrico- portamento da corrente através t praticos preliminares do circuito, & medida que se ne na 7 ae ‘Neste experimento comprova- aumentaoudiminuiatensioda | qa. Ky vy | may | cy remos de forma pritica a rela- fonte, Em seguida, realizare- go TEV/R. a qual estabelece mos leituras quantitativas, va~ uma proporcionalidade direta riando a tensio da fonte de 0 entre atensio(V)aplicadaaum até 12 V e medindo o valor de resistor (R) e a corrente (1) re~ sultante. Para 0 experimento utilizaremos uma montagem como a mostrada na figura 1, is A primeira coluna (Rt) correspondle ao valortedrico do 4 fesistor, ou seja, o determina- do a partir do e6digo de cores impresso no corpo do disposi- tivo, € a segunda (Rm) a seu —| valor real, ou seja, obtido ao, Neste caso, utiliza-se um resistor R de valor conhecido como carga e uma fonte CC varidvel como fonte de ener- Vs: Fone CC variavel(o-12v) medi-la com um ohmfmetro gia, O miliamperimetro, co- otlonesdanes Sane digital, O valor te6rico servira nectado em série, e 0 volti- Ri Resistencie am prova unicamente como referéncia, metro, conectado em paralelo, graure 1. clouito experimental Para nossos célculos utilizare- registram, respectivamente, a para comprovar a Lei de Ohm mos o valor real, Curso Prético de Eletrénica Moderna» @#awcifr 105 Aterceirae quarta colunas 2. Arme sobre o protoboard 0 4, Retire momentaneamente comrespondem, respectivamente, _circuito da figura 2, insta- fio vermelho conectado ao aos valores da queda de tensio —_lando no lugar de Ro resis- terminal positivo da fonte. (Vk) € & corrente (Ik) na resis- torpreviamente selecionada _—_Ajuste, entiio, sew multime- téncia, Para simplificar,registra-.- e mantendoa fonte desener- tro digital como miliamperi- remos os resultados de OV até gizac metro CC, 12V, a cada 3V. 3.Uma vez completadaamon- 5. Mega a corrente através do Finalmente, aquintacolu- tagem,energizeafonteeco- circuit, conectando 0 am- na(Vaéln)corresponde aova- —loque ocontrole de tensioda__perimetro conforme indi Jor que resulta da divisio da mesma em uma posigfo in- dona figura 3. Gite, entio, tensiio (coluna 3) pela corren- _termedidria, digamos 6 V. lentamente 0 controle de te (coluna 4), Se as medidas foram realizadas cuidadosa- Figura 2. Pictograma mente, o valor obtidoemeada "a7 caso deve ser numericamente igual ao valor real da resistén- cia em teste. Procedimento 1, Selecione o resistor de 1 kQ, mega com 0 ohmimetro seu valor real € 0 anote na tabela de dados. Por exemplo, Rt=1kQ; Rm=0.994 kQ. oct is necessarios | 1 Resistor de 1k 1 Resistor de 3.3 ka 1 Resistor de 6.8 ki 11 Resistor de 10 ko 11 Fio N? 22 AWG Ieolado vermatho de 15 cm de comprimento 11 Fio N° 22 AWG isolado preto de 15 cm de comprimento. 1 Protoboard (*) 11 Fonte DC variavel (*) 1 Multimetro digital 1 Calouladora (() Esses médulos poder ser obtidos a partir do Médulo de Ensaio Basico CEKIT| |EB-1, descrto na Prética NP 6 da socio ‘Eletrdnica Pratica | 106 emNCIT + Curso Prético de Eletrinica Moderna e @ e a « « a 4 a 4 « a 4 t t 4 4 4 ( | | 4 | i 4 4 ( ( ( i] ( i ( ‘ 4 ( ( ( ( ‘ 4 ( {

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