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iwww.ateneoguarani.edu py! Disponible en ht MANSFELD DE AGUERO (2008) Tesis doctoral. Implementa- (2010): Ponencia de Ia Mesa de dislogos sercultural en la fore 107. Tomo II, Asuncidn. Paraguay. la educacién paraguaya 20 MINISTZRIO DE EDUCACION Y CULTURA (2009): Plan. Na- cional de Edueacién 2024, “Hacia el Centenario de la Escuela si Cardozo! MINISTERIO DE EDUCACION Y CULTO. SUBSECRETA- RIA DE ESTADO DE EDUCACION (1994): Delincamientos ses pata el Sistema de Formacién Docente. Reforma Educativa, Asuncién Paraguay. MOLES, Joan (2009) Segundo Foro de p Paraguay.17 de agosto de 2009. Sala Bicame cional, Asuncién Paraguay. 139 DESEJOS, CRENCAS E PROJETOS QUE MARCAM, O PERCURSO DO ENSINO DE E/LE NO BRASIL ‘Neide Maia Gonaflez (USP) Este trabalho foi apresentado numa mesa redonda cujo tema eta “As linguas da regio como segundas e estrangeiras” e a complexidade linguistica de nosss regio merece uma abordagem complexa, uma abordagem que ndo se atenha apenas a uum aspecto da questo ¢ que trate de refletir a respeito do lugar des- #8 linguas todas (indigenas, res, de contato ete.) nos espa “estran- em que pese o interesse tema, aqui fago apenas uma breve re- to préprio lugar nos quis elas se originam, wn que se confunde bastante, neste caso, com “exclusio’ também de estrangeira (brasileira) professora de espanbol, 41. Naquele temps tiva do espanol no Bras eve Incursio pela minha *meméria afe- Confesso que fiquei tentada a fazer aqui o relato do que, certa vez, uma colega mui cara disse que e Brasil sse afeto, mas devo pular toda a parte mais pesso: she levaria a explicar por que a lingua espanhole ja me co 165. Otermo olusado por minha colage de Area.na FFLCH-USP, Mille Colada, uumpouco, antes mesmo de que en 0 soubesse, ¢passo diretamen- tea falar, sem referdncia a textos, leis e documentos, por ora ape- nasa partir da meméria, ds diversos Iugares que vi 0 espanhol ‘cupar (ot no ocupar) no Brasil e na edueagdo brasileira que eu que é apenas desse lugar sn complementar @ minha amplo e completo. ealidade, istana que sou. Deixo ext que falo e que outras memérias dever para que o quadro fosse um pouco mi O espanol foi, durante muito tempo, na mi ‘uma lingua de wumilde, vinde de uma Espanhs empobrecida pelas guerras. A sua dos vizinhos humildes convivia com a dos meus parentes ianos e com a de outros vizinhos, portugueses e também de outres procedéncias, Essa convivéncia, provavelmente associa daa um determinado momento da lingua portuguesa no Brt 2 & forma como a escola lidava com ela, somada a algumas re- feréncias culturais, sobretudo no campo da miisica e do cinema, 0: 0 espanhol era jigrantes, de uma parcels de imigrantes bastante promoviam uma ceria naturalidade nesse cor a lingua que, sem ser estudada, se compreendia (ou se act compreender) bastante, [Na falta de tradugSes 20 portugués, o espanol foi a lingua estudantes da minha geragio, sem té-la estu- pela qual muit dado nunca, entraram em contato com obras de referéncia, Mas também foi aquel do entdo “Curso Classis 6 faziamos, o que tornava a emp ivertda, ora enfadonha, Eu ni depois, deixaria 0 meu francés a desde muito cedo, € o italiano, Lingua de fa 1e muitos “aprendemos”, durante um ano sem ter ideia de por que e para que sda descompromissada, ora tha idein, entdo, de que, gua de cultura e de prestigio, 1 | nhol, que, por muito tempo, nfo me parecera, como & tantos. outros, de grande interesse.. Varios anos apés aquelas primeiras cas, quase por casualidade, as culturas ¢ as literaturas ispanicas, sobretudo a rariam defi feraturahispano-americana, me captt- amente etragariam um percurso de mais de trinta anos que tento resumir a0 maximo, consciente de que a meméria 10 pelo seu carter sel nsformagéo. ro quanto pela sua capacidade de Para a minha gerago ¢ para algumas das que a sucede- ram, eursar espanol, esse “estranho familie”, para usar uma expresso freudiana, era algo parecido a um gesto de rebeldia, tinha sabor a utopia, e também, estimulado pela literatura que nos fascinava, sabor a fat hoso, Isso nos permiti talvez, aguentar os intimeras questionamentos de para que estu- divamos e lidades de aplicagio pro- ico, a maray E, de fato, as possi fissional eram minimas nesse momento. ‘Meus primeiros grupos de estudantes nas universidades em que ensinei (uma pai cdo dificil de ditadura militar, experiéncias muito parecidas as da 2 geragao, Além da fascinante literatura do boom, expressé- ‘vamos nosso protesto por meio do f pela voz de Mercedes Sosa e Violeta Parra dando gracias a la por meio Serrat, que cantava Machado e nos trazia 0 seu ea- ‘minante ede alguns grupos espanbis que entio também estavam mpedidos de atuar livremente e cujas miisicas nos chegavam em § outros artistas e rin que 0 meu processo de identificagio om esse lingua «que de certa forma jé me habitava ainda estava em curso, assim oie o ve vitios desses primeiros estudantes que tive, Apren¢ essa lingua, juntos. Nas palavras la grande pesquisadora de questtes de meméria, Maria Onice (2008) Fazem parte desies procestos de id falar ua lingua, dos amepassados, mas também 6 ua, denegar em si is experimentavamos for rsas de expressio, viviamos a diversidade e entré 'm contato com culturas em grande parte ignoradas desprest jndas. Foram anos de de muito d inigo do que nes rande lingua a époc entdo mediava nossas ar para dar esistiamos, a a lingua que ja ¥ Segunda Payer (bi), subjetvidade, ahs tengso e ) 5 quests tsvicas envolvendo a lingua, 8 jantvadas neste campo da imigrapa cequerem amonte 20 ensno, ise menos afet a nos apontaria outros fatores nas por ora fico ainda tamente, uma an que estavam inter com a meméria afetiv Mas pouco a pouco fomos vendo que o lugar da lingua es- panhola comegava a mudar, 10 nessa questo, 2. “EL ESPANOL CONQUISTA BRASIL” (Manchete do Jornal £2. PAIS, 8/5/2000) situagdo politica e ica da Espanha nos anos termos de p .e seus desdobr to econémica qu Por esses anos eas de expans 2, foi decisiva para essa mudanga, ir por aqui alguns de seus an- pres espaol (espe nancioro, d jones y 2 ganher um esp ca dos primeitos eandidatos a cargos politicos pés-ditadura em do Tratado de Assungio, rudaria totalmente a Situagio nosso pais. Nesse sentido, s assinat em 1 1, que eriava 0 Mercos

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