You are on page 1of 38
oMUNICip, ‘0. 2, § % z % =F Zz % esrapopoparand & LEI COMPLEMENTAR N. 889. Autor: Poder Executivo. Substitui a Lei Complementar n. 334/99, que dispée sobre o Parcelamento do Solo no Municipio de Maringa. A CAMARA MUNICIPAL DE MARINGA, ESTADO DO PARANA, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte LEI COMPLEMENTAR: CAPITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES Seco! Dos Objetivos Art. 4.° Esta Lei regula o parcelamento do solo no Municipio de Maringa, obedecidas as demais normas federais e estaduais relativas a matéria, especialmente a Lei Federal n. 6.766/79, alterada pela Lei Federal n. 9.785/99, eo Decreto-Lei n. 58/37, bem como a Lei Complementar n. 632/2006, que instituiu 0 Plano Diretor de Maringa. § 1° Considera-se Zona Urbana, para fins de aplicagdo desta Lei, aquela delimitada pela Lei dos Perimetros das Zonas Urbanas do Municipio. § 2° Considera-se Zona Rural, para fins desta Lei, aquela pertencente ao Municipio de Maringa, localizada fora dos limites definidos pela Lei dos Perimetros das Zonas Urbanas do Municipio. § 3° 0 parcelamento do solo para fins urbanos sera permitid em Zones urbane cu de urbanizacao especifica, assim definidas pelo Plano Diretor ou aprovadas por lei municipal. § 42 0 parcetamento da Zona Rural serd permitido nos seguintes casos: |= para fins rurais; 11 — para os usos e condigées previstos na Lei Complementar n- 632/2006 e alteragées e na Lei de Uso e Ocupagao do Solo do Municipio; Ill — para loteamentos fechados com controle de acesso para fs urbanos, conforme disposigoes desta Lei e da Lei Complementar n. 632/200 e suas alteragées. Art. 2.° Esta Lei tem por objetivos: |- orientar e disciplinar 0 projeto e a execugao de qualquer servigo ou obra de parcelamento do solo no Municipio; 11 prevenir assentamento urbano em area impropria para esse fim; IIl-evitar a comercializagao de lotes inadequados as atividades urbanas; IV - assegurar a observancia de padrées urbanisticos € ambientais de interesse da comunidade no processo de parcelamento do solo para fins urbanos; \ - ordenar a estrutura fundiaria da Zona Rural. Art 3° A execugdo de qualquer loteamento, arruamento, desmembramento ou remembramento no Municipio dependera de prévia licenga do Municipio, devendo saretvidas, quando for 0 caso, as autoridades mencionadas no Capitulo V da Lei n. 6.766179. § 1. As disposigées da presente Lei aplicam-se também 308 loteamentos, arruamentos, desmembramentos, desdobros e remembramentos efetuados em Sintude de diviséo amigavel ou judicial, para a extingéio de comunhao ou qualquer outro fim. § 2° © Poder Executivo poderd negar licenga para parcelar, em areas especificas ou suspender por tempo determinado a aprovagao de parcelamento do 3 MUNICH, y % & a 2 & 2 2 é i ESTADODOPARANA Sy solo no Municipio. § 3° Esta Lei complementa, sem alterar ou subsfituir, as exigéncias urbanisticas estabelecidas na Lei de Uso e Ocupagao do Solo e na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio. Segao Il Das Defini¢ses Art. 4.° Para efeito de aplicagao da presente Lei, so adotadas as seguintes definigoes: : linha divis6ria entre o lote e o logradouro publico; alinhamento predi alvaré: documento expedido pela Administragéo Municipal concedendo licenga para o funcionamento de atividades ou a execugdo de servigos e obras; 4rea de interesse publi 4rea destinada a habitacdo de interesse social ou a fins culturais, esportivos, administrativos ou institucionais, entre outros; rea total: drea abrangida pelo loteamento aberto, loteamento fechado ou desmembramento, de acordo com os limites definidos em seu registro imobiliario; rea liquida: drea resultante da diferenga entre a area total do loteamento ou desmembramento e a soma das areas de logradouros piiblicos, equipamentos comunitarios e urbanos, espagos livres de uso puiblico, interesse publico, fundo de vale e demais areas a serem incorporadas ao patriménio publico; arruamento: logradouro ou conjunto de logradouros publicos destinados a circulagdo vidria e acesso aos lotes urbanos; desdobro: subdivisdo de um lote em dois; desmembramento ou subdivisdo: subdiviso de gleba em lotes destinados a edificagéo, com aproveitamento do sistema vidrio existente, desde que nao implique na abertura de novas vias e logradouros publicos, nem no prolongamento, modificagao ou ampliagao dos jé existentes; equipamento comunitario: equipamento piblico destinado @ educagao, cultura, lazer, satide, seguranga e similares; equipamento urbano: sistemas de abastecimento de agua, coleta e ae Ss § i sg = g a oy ESTADO DOPARANA 3, tratamento de esgotos, drenagem de aguas pluviais, distribuigao de energia elétrica, iluminagao publica e telefonia; espaco livre de uso publico: praga, area do loteamento reservada ao uso comum e/ou especial do povo, para recreagao, lazer e atividades ao ar livre; fundo do lote: divisa oposta & testada, sendo, nos lotes de esquina, a divisa oposta a testada menor ou, em caso de testadas iguais, a divisa oposta a testada da via de maior hierarquia; fundo de vale: area nao edificavel localizada entre um curso d'agua e uma via paisagistica; gleba: area de terra, com localizacao delimitagao definidas, nao resultante de processo regular de parcelamento do solo para fins urbanos; habitagdo de interesse social: moradia produzida através de programa governamental, destinada a familias com renda mensal conjunta de até 6 (seis) salarios minimos, tendo prioridade de atendimento familias com renda mensal conjunta de até 3 (trés) salarios minimos; largura média do lote: distancia entre as divisas laterais do lote, ou entre a maior testada e o lado oposto ou entre duas testadas opostas, medida ortogonalmente no ponto médio da profundidade do lote; logradouro pubblico: area de terra de propriedade publica e de uso comum elou especial do povo destinada as vias de circulagao e espacos livres; lote ou data: terreno com acesso a logradouro pubblico servido de infraestrutura, cujas dimensdes atendam aos indices urbanisticos definidos em lei municipal para a zona a que pertence; loteamento: subdivisdo de gleba em lotes destinados a edificago, com abertura de novas vias de circulagéio, de logradouros piblicos ou prolongamento, modificagao ou ampliagao das vias ja existentes; loteamento fechado: modelo de parcelamento do solo formando area fechada, com acesso controlado, em que os logradouros publicos e as areas de uso comum e de fundo de vale so doados ao Municipio, e sobre os quais este concede o direito real de uso para a associagao dos respectivos moradores; r s S 2 s ESTADODOPARANA is @ 2 a x macigo florestal: grupamento, em determinada area, de individuos arbéreos, naturais ou nao, associados entre si e com as demais espécies vegetais existentes no espago circundante; parcelamento do solo: subdiviséo de gleba sob a forma de loteamento aberto, loteamento fechado, desmembramento, desdobro ou remembramento; passelo ou calgada: parte do logradouro ou via de circulagao destinada ao tréfego de pedestres; pista de rolamento: parte da via de circulagao destinada ao trafego de veiculos; quadra: terreno circundado por vias de circulagao, resultante de processo regular de parcelamento do solo para fins urbanos; remembramento ou unificacao: jungdo de dois ou mais lotes para formarem um unico lote; reserva legal: Area localizada no interior da propriedade ou posse rural, excetuada a de Preservagdo Permanente, necessaria ao uso sustentavel dos recursos naturais, A conservagéo e reabilitagao dos processos ecolégicos, & conservacdo da biodiversidade e ao abrigo e protegao da fauna e flora naturals; servidio de passagem: direito que assiste o proprietario de imével dominante de trafegar pelo imével serviente, quando nao houver caminho alternativo para acesso do primeiro ao logradouro publico; via de circulagao: avenidas, ruas, alamedas, travessas, estradas e caminhos de uso pubblico; via paisagistica: via que se desenvolve acompanhando os cursos d’agua, a uma distancia minima de 60,00m (sessenta metros) de suas margens e nascentes, € que delimita as areas de fundo de vale; Zona de Urbanizagao Especifica: representada por loteamentos para fins urbanos objeto de regularizago fundiaria e por loteamentos fechados na Zona Rural. CAPITULO Il DAS NORMAS TECNICAS > a & g = s &% ESTADO DO PARANA Segao | Dos Parcelamentos para Fins Urbanos Art. 5.° Nenhum parcelamento do solo para fins urbanos seré permitido em: | - terrenos alagadigos sujeitos a inundagdes, antes de tomadas as providéncias para assegurar o escoamento das aguas; Il - terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo a satide publica, sem que sejam previamente saneados; IIl- terrenos com declividade igual ou superior a 15,0% (quinze por cento); IV - terrenos cujas condigdes geolégicas contra-indiquem a edificagao; V - areas de preservagao ecolégica, ou naquelas onde a poluigao impega condigdes suportaveis de habitabilidade, até a sua corregao; VI - terrenos situados nas Zonas de Protegéo Ambiental definidas na Lei de Uso e Ocupacao do Solo do Municipio. Paragrafo Unico. E vedado desmatar ou alterar a morfologia do terreno fora dos limites estritamente necessdrios a abertura das vias de circulagao, exceto mediante aprovagao expressa do Poder Executivo. Art. 6.° A maior dimensao da quadra nao podera ser superior a 250,00m (duzentos e cinquenta metros) e sua area nao podera exceder 30. 000,00m? (trinta mil metros quadrados). § 1.° A critério do Poder Publico Municipal, ouvido 0 Conselho Municipal de Planejamento e Gesto Territorial - CMPGT, poderao ser admitidas nas zonas industriais quadras com dimensGes e areas maiores do que aquelas definidas no caput. § 2° A restrigao estabelecida no caput no se aplica as faixas de lotes localizadas do lado externo das divisas de loteamentos fechados na Zona Urbana e na Zona Rural, as quais, todavia, deverdo ser interrompidas no prolongamento das diretrizes vidrias previstas na Lei do Sistema Vidrio Basico que tiverem continuidade no arruamento interno do loteamento. Art. 7.2 As dimensées e areas minimas, bem como os usos e os parametros Ss § g = a 2 ot ESTADO DO PARANA de ocupago dos lotes oriundos de parcelamento, seréo aqueles da zona em que se localiza a gleba, segundo 0 estabelecido na Lei de Uso e Ocupagao do Solo do Municipio. § 1.° O lote-padrao residencial e comercial no Municipio de Maringa é aquele definido pelas seguintes dimensées e areas: a) quando situado em meio de quadra: testada e largura média minimas de 42,00m (doze metros) e rea minima de 400,00m? (quatrocentos metros quadrados), b) quando situado em esquina: testada e largura média minimas de 15,00m (quinze metros) e area minima de 475,00m? (quatrocentos e setenta e cinco metros quadrados). § 2.0 lote-padrao industrial no Municipio de Maringa € aquele definido pelas seguintes dimensées e areas: a) quando situado em meio de quadra: testada e largura média minimas de 20,00m (vinte metros) e area minima de 1.000,00m® (mil metros quadrados); b) quando situado em esquina: testada e largura média minimas de 30,00m (trinta metros) e érea minima de 1.500,00m? (mil e quinhentos metros quadrados). § 3° O lote-padréio nos novos parcelamentos em Zona Especial de Interesse Social - ZEIS — deverao possuir as seguintes dimensGes e areas: a) quando situados em meio de quadra: testada e largura média minimas de 40,00m (dez metros) e area minima de 200,00m? (duzentos metros quadrados); b) quando situados em esquina: testada e largura média minimas de 13,00m (treze metros) e area minima de 260,00m? (duzentos e sessenta metros quadrados). § 42 0 lote-padréo residencial em loteamento fechado na Zona Urbana no Municipio de Maringa é aquele definido pelas seguintes dimensdes e areas, vedada a alternativa do § 6.° deste artigo: a) quando situado em meio de quadra: testada e largura média minimas de 46,00m (dezesseis metros) e area minima de 400,00m? (quatrocentos metros quadrados); b) quando situado em esquina: testada e largura média minimas de 19,00m {UNI goMONClrng e& t % 8 a Be & 2 a % ESTADODO PARANA (dezenove metros) € area minima de 475,00m? (quatrocentos e setenta e cinco metros quadrados). § 5.° Os lotes resultantes de loteamento fechado na Zona Rural dividem-se em 2 (duas) classes, no que respeita as suas dimens6es e areas minimas, conforme segue: 1- Classe I: drea entre 450,00m? (quatrocentos e cinquenta metros quadrados) e 600,00m? (seiscentos metros quadrados): testadas de 15,00m (quinze metros) quando em meio de quadra e de 20,00m (vinte metros) quando em esquina; Il - Classe II: drea maior que 600,00m? (seiscentos metros quadrados): testadas de 20,00m (vinte metros) quando em meio de quadra e de 25,00m (vinte e cinco metros) quando em esquina. § 6 Excepcionalmente, poderao ser admitidos em loteamentos abertos nas zonas urbanas do Municipio lotes com area inferior A do lote-padrao residencial teferido no § 1.° do caput, até os minimos de 300,00m? (trezentos metros quadrados), quando em meio de quadra, e de 360,00m® (trezentos e sessenta metros quadrados), quando em esquina, desde que o parcelador doe para o Fundo Municipal de Habitagao — FMH — 3% (trés por cento) da area liquida dos lotes nessa condigao previstos no empreendimento, de acordo com o estabelecido no § 1.° do artigo 99 da Lei Complementar n. 632/2006. § 7.° Quando a 4rea referida no § 6.° deste artigo for inferior a 400,00m? (quatrocentos metros quadrados), a doagao ao FMH sera feita em moeda corrente, sendo o valor correspondente fixado de acordo com os parametros da Planta Genérica de Valores Imobiliérios do Municipio de Maringa adotados para calculo do Imposto de Transmissao de Bens Iméveis — ITBI. § 8.° Somente sera permitida a ocupacao bifamiliar com duas residéncias de frente para o logradouro, geminadas ou nao, em lote com as seguintes dimensées e reas: a) quando situado em meio de quadra: testada e largura média minimas de 16,00m (dezesseis metros) e drea minima de 400,00m? (quatrocentos metros quadrados); b) quando situado em esquina: testada e largura média minimas de 19,00m (dezenove metros) e area minima de 475,00m? (quatrocentos e setenta e cinco metros quadrados). § 9.° No caso de 2 (duas) residéncias no mesmo lote com frente para o logradouro, geminadas ou ndo, a fragéo do lote na qual sok edificada cada residéncia obedeceré as seguintes condicoes: a) em lote pertencente a parcelamento do solo Protocolado junto a Municipalidade até 31 de dezembro de 2009: 4.1) fragéo situada em meio de quadra: testada e largura média minimas de 6,00m (seis metros) e drea minima de 150,00m? (cento e cinquenta metros quadrados); 2.2) fragao situada em esquina: testada e largura média minimas de 9,00m (nove metros) e érea minima de 210,00m? (duzentos e dez metros quadrados); b) em lote pertencente a Parcelamento do solo protocolado junto a Municipalidade depois de 01 de Janeiro de 2010: b.1) fragao situada em meio de quadra: testada e largura média minimas de 8,00m (oito metros) e drea minima de 200,00m? (duzentos metros quadrados); ».2) fragdo situada em esquina: testada e largura média minimas de 11,00m (onze metros) @ area minima de 275,00m? (duzentos e setenta e cinco metros quadrados). Art. 8.° As vias de circulagdo de qualquer loteamento aberto ou fechado deverdo: | - articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, em obediéncia as diretrizes de arruamento estabelecidas na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio; Il - obedecer aos gabaritos das vias estabelecidos na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio; Ill - ser providas de praca de manobra, com passeio que possa conter um firculo com diametro minimo de 15,00 metros na pista de rolamento, quando heuver interrupgao ou descontinuidade no tragado, salvo se constituir diretriz de arruamento, estabelecida na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio; IV - ter declividade longitudinal maxima de 15% (quinze por cento). = & g 5 a z ESTADODOPARANA 3, § 4.2 As servidées de passagem constituldas por elementos de infraestrutura, que porventura gravem terrenos a parcelar, deverdo ser consolidadas pelas novas vias de circulagdo, obedecidas as normas das concessionérias dos respectivos servigos publics. § 2.° Nos novos loteamentos abertos ou fechados sera vedado interromper 0 prolongamento das diretrizes de arruamento previstas na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio. § 3° Nos novos loteamentos abertos ou fechados, as vias de circulagao deveréio apresentar as seguintes larguras e configuraces minimas, obedecidas as diretrizes da Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio: | — sera mantida a largura e o gabarito das vias existentes nas areas urbanas do Municipio quando do seu prolongamento nos novos loteamentos; 11 — avenidas: 35,00m (trinta e cinco metros) de largura, sendo duas pistas de rolamento com 9,00m (nove metros) cada, canteiro central de 7,00m (sete metros) € passeios nas laterais com 5,00m (cinco metros) de largura cada; Ill -ruas: 16,00m (dezesseis metros) de largura, sendo 8,00m (cito metros) de pista de rolamento e passeios em ambas as laterais com 4,00m (quatro metros) de largura cada; IV - eixos de comércio e servigos e vias industriais: minimo de 20,00m (vinte metros) de largura, tendo pista de rolamento com, no minimo, 12,00m (doze metros) de largura e passeios em ambas as laterais com 4,00m (quatro metros) de largura cada; \V — avenidas-das-torres: faixa central de seguranga com largura definida pela concessionaria de energia elétrica e duas vias laterais com 12,00m de largura, sendo 8,00m (oito metros) de pista de rolamento e 4,00m (quatro metros) de passeio na lateral oposta a faixa de seguranga. § 4. As rétulas de intersecgao vidria seréo computadas como area do sistema viatio. Art. 9.° As vias paisagisticas destinam-se a delimitar as areas de fundo de vale dos loteamentos e a permitir livre acesso a estas para fins de monitoramento e conservago por parte da Municipalidade. § 1.° A distancia da via paisagistica ao curso d’égua sera de, no minimo, 80,00m (sessenta metros) em torno de nascentes e de cada lado de suas margens, atendendo as diretrizes gerais de arruamento estabelecidas na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio. § 22 As vias paisagisticas dos novos loteamentos deverao contornar os macigos florestais existentes contiguos a cursos d'agua, independentemente da distancia que tiverem de guardar em relagao a estes tltimos § 3.° Quando um loteamento em processo de aprovacao for adjacente a loteamento existente e ambos compartilharem uma via paisagistica, devera ser feita a concordancia da via paisagistica do primeiro com a do segundo, independentemente da distancia que esta ultima guardar do trecho do curso d'agua com 0 qual confronta. Art. 10, Nos parcelamentos do solo para fins urbanos no territério municipal deverao ser transferidos para o Municipio os logradouros publicos, as areas destinadas a equipamentos comunitarios e urbanos, os espagos livres de uso publico, as areas de interesse publico e as areas de fundo de vale, além de outras reas que a legislacao municipal assim especificar. § 1.2 As Areas destinadas a equipamentos comunitarios e urbanos, os espacos livres de uso plblico e as areas de interesse publico a serem doados ao Municipio, obedecerdo os seguintes parametros minimos: | 4,0% (quatro por cento) para os equipamentos comunitarios e urbanos; II - 3,0% (trés por cento) para as areas de interesse pubblico; Ill - 3,0% (trés por cento) para os espagos livres de uso publico. § 2° Poderao ser reduzidas, a critério do Chefe do Poder Executivo, as exigéncias contidas no § 1.° do caput, nos seguintes casos: | - em loteamentos industriais cujos lotes tiverem mais de 5.000,00m* (cinco mil metros quadrados) de area; Il - em qualquer loteamento com area liquida de lotes inferior a 40,0% (quarenta por cento) da area total do loteamento. § 3° A area de uso comum destinada a equipamentos comunitérios sera concentrada em uma Unica localizagao com superficie de até 20.000,00m? (vinte mil metros quadrados), sendo o eventual excedente distribuido em tantas localizagées quantas for possivel com a area supra, ou fragao § 4° Em loteamento fechado na Zona Urbana e na Zona Rural as areas a serem doadas ao Municipio referidas no § 1.° do caput, segundo as proporgdes definidas em seus respectivos incisos, seréo localizadas externamente ao empreendimento. § 5° A area de fundo de vale, delimitada segundo o descrito no artigo 9° desta Lei, sera dividida em 2 (duas) faixas de terra, conforme segue: a) a primeira, composta por um circulo com 50,00m (cinquenta metros) de raio em tomo de nascentes e duas faixas com 30,00m (trinta metros) de largura, de cada lado das margens do curso d'agua, seré gravada como Area de Preservacao Permanente — APP; b) a segunda, situada entre a Area de Preservagéo Permanente citada na alinea “a” deste paragrafo e a via paisagistica, teré a largura necessdria para completar a distancia referida no § 1.°, podendo ser utilizada pela populagao para recreagao e a pratica de esportes ao ar livre. § 6.° Nos loteamentos abertos e fechados, o loteador doaré ao Municipio a totalidade da area de fundo de vale referida no § 5.° do caput, com as seguintes condigdes: | - a faixa de terra citada na alinea “a’ do § 5.° do caput sera entregue ao Municipio cercada, com vedacao do tipo alambrado ou tela metalica, e com sua cobertura arborea preservada, ou recomposta onde tiver desaparecido; Il a faixa de terra referida na alinea "b" do § 5.° do caput sera entregue ao Municipio gramada, salvo quando apresentar sua cobertura arbérea original, caso em que esta devera ser preservada; Ill - os passeios da via paisagistica na lateral oposta ao fundo de vale serao entregues A Municipalidade pavimentados, conforme 0 modelo previsto na Lei de Edificagées do Municipio § 7.° O loteador podera utilizar até 25% (vinte e cinco por cento) do total da rea de fundo de vale referida no § 5.° deste artigo para abater do montante a ser % z Zz ey x ESTADO DO PARANA transferido ao Municipio, a titulo de Espago Livre de Uso Publico. § 8.° No parcelamento de glebas localizadas na Macrozona de Ocupacao Imediata, o empreendedor deverd doar ao Municipio area correspondente a 3% (trés por cento) da Area liquida de lotes, a titulo de area de interesse puiblico, nos termos do artigo 56 da Lei Complementar n. 632/2006, e respectivas alteragoes. § 9° A partir da data do registro do loteamento, passam a integrar 0 patriménio e dominio do Municipio os logradouros publicos e as areas referidas no caput, constantes do projeto urbanistico e do memorial descritivo do loteamento, aprovades pela Municipalidade. § 10. Nos loteamentos em que houver a obrigatoriedade do loteador doar 4reas para o Fundo Municipal de Habitagao — FMH — estas deverao estar discriminadas no projeto urbanistico e memorial descritivo do loteamento aprovados pela Municipalidade e serao transferidas ao FMH a partir da data do registro do loteamento, para serem utilizadas em programas habitacionais de interesse social. § 11. Os iméveis constituidos por dreas de equipamentos comunitarios e urbanos, por espacos livres de uso publico, por areas de interesse publico e por reas de fundo de vale nao poderdo ter a sua destinacao alterada pelo parcelador ou pela Municipalidade a partir da aprovagdo do projeto de parcelamento, salvo na ocorréncia das hipéteses previstas na legislagao federal. Segao Il Dos Loteamentos Fechados Art. 11. E admitida a implantagao de loteamentos fechados com controle de acesso para fins exclusivamente residenciais unifamiliares, tanto na Zona Urbana quanto na Zona Rural do Municipio, podendo a Administragéo Municipal, para isso, conceder direito real de uso de logradouros puiblicos e de areas de fundo de vale, desde que atendidas as disposigées legais vigentes. § 4. A entidade concessionaria devera ser uma sociedade civil, devidamente regularizada, constituida pelos proprietérios dos lotes servidos pelas vias e areas plblicas objeto da concessao. § 2° A rea passivel de fechamento, com controle de acesso, deverd adequar-se 4s diretrizes da Lei do Sistema Vidrio Basico quanto continuidade de vias arteriais, coletoras ou de interesse do Municipio e quanto ao gabarito das vias, intemas e da via de acesso ao loteamento. a 4 oO MUNICIpy wip, Ee, %, & e S z 2 @ a Z 2 esrapoporarana 2 § 3° A entidade concessionaria deverd assumir os seguintes encargos perante o Poder Pblico Municipal e seus associados: a) manutengdo e limpeza das vias internas e da via de acesso ao loteamento, e outras areas objeto da concessao; b) coleta e entrega dos residuos sélidos ao servigo de limpeza publica nos locais que a Administragao Municipal indicar, a partir de Plano de Gerenciamento de Residuos Sélidos, previamente aprovado pela Municipalidade, segundo as normas do érgao municipal do meio ambiente, no qual o loteamento sera enquadrado na categoria de grande gerador de residuos sélidos. Secao Ill Dos Loteamentos Fechados na Zona Urbana Art. 12. Nos loteamentos fechados na Zona Urbana o tratamento urbanistico das divisas obedecera &s seguintes condigées: a) quando a divisa do loteamento fechado a ser implantado confrontar com uma via publica, devera ser prevista nessa divisa uma faixa de terra externa ao loteamento com lotes voltados para a referida via publica, dimensionados segundo os parametros desta Lei; b) nas divisas do loteamento fechado a ser implantado que nao confrontarem com via ptiblica, devera ser prevista uma faixa de terra externa ao loteamento, composta pelos seguintes elementos, contados dessas divisas: b.1) uma via publica que deverd ser implantada pelo parcelador e doada ao Municipio com a infraestrutura exigida na presente Lei; b.2) uma faixa de lotes, dimensionados segundo os parametros desta Lei, € aberta para a via referida na subalinea "b.1” deste artigo; c) quando uma divisa do loteamento fechado coincidir com um curso d'agua, a via ptiblica referida na alinea “b" do caput sera considerada como via paisagistica e guardaré a distancia de, no minimo, 60,00m (sessenta metros) em toro de nascentes e ao longo de cada uma de suas margens, de acordo com as condigées previstas no § 1.° do artigo 9.° e nos §§ 5.° e 6.° do artigo 10 desta Lei, e mais: ¢.1) 0 passeio da via paisagistica situado junto a area de fundo de vale sera executado a expensas do parcelador, obedecendo o disposto no inciso III do § 6.° do artigo 10 desta Lei e o modelo previsto na Lei de Edificagdes do Municipio; c.2) na lateral da via palsagistica oposta a area de fundo de vale sera prevista uma faixa de terra externa ao condominio, contendo lotes dimensionados segundo os parametros desta Lei; d) quando o loteamento fechado a ser implantado for contiguo a condominio horizontal ou loteamento fechado existente, deverd ser prevista entre eles e externamente ao primeiro uma faixa de terra composta pelos seguintes elementos, contados da divisa do primeiro: d.1) uma faixa de terra contendo lotes dimensionados segundo os parametros desta Lei; d.2) uma rua com 16,00m (dezesseis metros) de largura, ou avenida com 35,00m (trinta e cinco metros) de largura quando a Lei do Sistema Viario Basico do Municipio assim o determinar, a serem abertas; d.3) uma segunda faixa de terra contendo lotes dimensionados segundo os parametros desta Lei; €) quando as dimensses e area do lote nao permitirem atender as disposigbes contidas nas alineas “a’, “b’, “c” e “d” deste artigo, 0 projeto de loteamento fechado sobre o mesmo deverd atender o que segue: e.1) sera obedecida a Lei do Sistema Vidrio Basico no que se refere a previsdo de prolongamento de diretrizes viarias na area do loteamento; €.2) as definicdes quanto a divisas do loteamento, areas a serem doadas a0 Municipio e faixas de terra externas ao loteamento, serao determinadas pelo drgaio municipal competente, ouvido 0 Conselho Municipal de Planejamento e Gestéo Territorial. Seco IV Dos Loteamentos Fechados na Zona Rural Art. 13. Defronte do local de acesso ao loteamento fechado na Zona Rural devera ser prevista uma area para acumulagao de veiculos, de modo a comportar um circulo inscrito com didmetros minimo de 100,00m (cem metros). & a & sj a me ESTADO DO PARANA § 1.° Nos loteamentos fechados na Zona Rural o tratamento urbanistico das divisas obedeceré as seguintes condigdes: a) nas divisas do loteamento deverao ser previstos os seguintes espagos, contados da divisa: a.1 ~faixa de terra com 40,00m (quarenta metros) de largura; a.2 — faixa de terra com 16,00m (dezesseis metros) de largura, destinada a primeira via interna do loteamento, composta por uma area livre com 4,00m (quatro metros) de largura, localizada junto a faixa referida na subalinea “a.1” e mantida gramada; pista de rolamento asfaltada com 8,00m (oito metros) de largura e passeio naa lateral oposta com 4,00m (quatro metros) de largura, executado de acordo com o modelo preserito para as zonas residenciais na Lei Complementar n. 335/99; b) em divisa do loteamento que confine com fundo de vale, deveréo ser previstos os seguintes espagos, contados a partir deste ultimo: b.1 — faixa de terra no edificavel a ser doada ao Municipio, com no minimo 60,00m (sessenta metros) de profundidade, em torno de nascentes e de cada lado das margens do curso d'agua, de acordo com as condig6es previstas no § 3.° do artigo 8.° desta Lei; b.2 — faixa de terra com 16,00m (dezesseis metros) de largura, destinada a via paisagistica, a ser doada ao Municipio, composta por uma érea livre com 4,00m (quatro metros) de largura, localizada junto a faixa de terra nao edificavel referida na subalinea “b.1” ¢ mantida gramada; pista de rolamento asfaltada com 8,00m (oito metros) de largura e passeio na lateral oposta com 4,00m (quatro metros) de largura, executado de acordo com o modelo presctito para as zonas residenciais na Lei Complementar n. 335/99; b.3 — faixa de terra com, no minimo, 25,00m (vinte e cinco metros) de profundidade, de propriedade da loteadora, que podera subdividi-la quando julgar oportuno ou dod-la ao Municipio, como compensagao pela medida ora proposta; b4 — faixa de terra com 16,00m (dezesseis metros) de largura, destinada a primeira via interna do loteamento, composta por uma rea livre com 4,00m (quatro metros) de largura, localizada junto faixa de terra ndo edificdvel referida na subalinea “b.3” e mantida gramada; pista de rolamento asfaltada com 8,00m (oito metros) de largura e passeio na lateral oposta com 4,00m (quatro metros) de largura, executado de acordo com 0 modelo prescrito para as zonas residenciais na Lei 3 £ % & % g Zz co & ESTADO DO PARANA Complementar n. 335/99; ©) 0 fechamento do loteamento nas divisas entre as faixas de terra descritas fas subalineas “a.1" e “a.2" da alinea ‘a’ e nas subalineas “b.3” e “b.4" da alinea “b’, deverd ser feito com elemento construtivo que confira seguranga aos transeuntes Permita a viséo do interior do loteamento, do tipo gradil metalico, alambrado ou similar, até a altura maxima de 3,00m (trés metros). § 2° Os parcelamentos na Zona Rural constituidos por loteamentos fechados com controle de acesso obedecerao as normas correspondentes estabelecidas na Lei Complementar n. 632/2006 — Plano Diretor de Maringa - e na presente Lei. § 3. A rea liquida total dos lotes destinados ao uso residencial em loteamento fechado na Zona Rural no poderé ultrapassar 1/3 (um tergo) da drea total da gleba a ser parcelada. SecaoV Dos Parcelamentos para Fins Rurais Art. 14. A Zona Rural do Municipio somente poder ser parcelada para fins de exploragao agropastoril e os usos permissiveis especificados na Lei de Uso e Ocupagdo do Solo do Municipio. § 1° O parcelamento da Zona Rural para fins rurais deverd obedecer ao Médulo minimo estabelecido para o Municipio pelo Instituto Nacional de Colonizagao e Reforma Agraria — INCRA. § 2.° O parcelamento da Zona Rural devera atender aos seguintes requisitos: | - serd registrada uma area de Reserva Legal florestal dentro do imével, Podendo ser localizada fora dele, desde que na sua bacia hidrografica, Preferentemente em uma Unica drea, previamente aprovada pelo érgo ambiental competente; II - serdo respeitadas as diretrizes vidrias previstas na Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio para a regiao em que se localiza a gleba a ser parcelada; Il - as estradas de acesso as parcelas deverdo ter, no minimo, 10,00m (dez metros), de pista de rolamento, devendo ser obedecido o recuo de 15,00m (quinze metros) de cada lado do alinhamento lateral da estrada para a execugao de dispositivos de captacao de aguas pluviais; \UNIC| ge / a = ay os oe % é 2 a ESTADO DOPARANA 2a, IV - nao serao admitidas servid6es de passagem para dar acesso as parcelas rurais, § 3.° O proprietario de lote objeto de parcelamento na Zona Rural teré prazo de 180 (cento e oitenta) dias para registrar o parcelamento na circunscrigdio imobiliéria competente. § 4.° Nao sero exigidos para os parcelamentos na Zona Rural para fins rurais. os demais requisitos previstos nesta Lei. Segao VI Dos Condominios Industriais Art. 15. E admitida a constituigaio de condominios industriais com acesso controlado nas zonas industriais do Municipio, obedecidas as seguintes condig6es: | ~ as vias internas do condominio deverao ter largura minima de 20,00m (vinte metros), sendo pista de rolamento com largura minima de 12,00m (doze metros) e passeios em ambas as laterais com largura de 4,00m (quatro metros) cada; Il - quando 0 condominio for composto por uma tnica via, esta deverd ter a largura minima de 22,00m (vinte e dois metros), sendo pista de rolamento com largura minima de 14,00m (quatorze metros) e passeios em ambas as laterais com largura de 4,00m (quatro metros) cada; Il — no caso referido no inciso | deste artigo a via de acesso devera conter bolsdo de retorno na extremidade oposta ao acesso com diémetro minimo de 30,00m (trinta metros) na pista de rolamento; IV ~ as fragdes de terra correspondentes a cada unidade industrial terao érea minima de 1.000,00m# (mil metros quadrados), quando em meio de quadra, e de 1.250,00m? (mil duzentos e cinquenta metros quadrados), quando em esquina; V ~ sera prevista na via de acesso e em outras adjacentes ao condominio faixas de lotes externos ao mesmo com as dimensées e Areas previstas no § 2.° do artigo 7.° da presente Lei; VI — serio doadas ao Municipio areas correspondentes a 10% (dez por cento) da drea bruta do condominio, de acordo com os percentuais descritos no § 1.° do UNICh go MUNIChey, x s a we 5 &%estapo Do PARANA artigo 10 desta Lei. CAPITULO II DA INFRAESTRUTURA Art. 16. Nos loteamentos urbanos abertos e fechados sera obrigatéria a execugao dos seguintes servicos e obras de infraestrutura: 1 yelomarcacao dos vértices das quadras com marcos de conereto que deverdo ser mantidos pelo parcelador em perfeitas condig6es até o levantamento da caugao de que trata o Capitulo V desta Lei: Il - demarcago dos vértices dos lotes. com marcos de madeira que deverdio ser mantidos pelo parcelador pelo prazo de 1 (um) ano apés o Tegistro do loteamento; lil - ede de drenagem de aguas pluviais, aprovada pelo 6rgéo municipal Competente, contendo pogos de visita com fundo drenante; IV - rede de abastecimento de dgua potavel, de acordo com as normas do 6tg40 competente; V - sistema de coleta e tratamento de esgoto, aprovado pelo érgao competente; VI_- rede compacta ou subterranea de distribuigao de energia elétrica executada de acordo com as normas do 6rgao competente; Vil = rede rebaixada de iluminagéo publica, de acordo com os padrées da Municipalidade; Vill - pavimentagao asféltica das pistas de rolamento das vias de circulagao e de acesso ao loteamento, incluindo a construgéo de guias e sarjetas, de acorde com as normas do érgéo municipal competente e o estabelecido na Lei do Sistema Vidrio Basico do Munic{pio; IX - execugao do contrapiso de concreto em uma faixa de 0,60m (sessenta Centimetros) de largura localizada junto ao meio-fio dos passeios laterais, exceto nos canteiros centrais; X - arborizagao dos passeios e canteiros centrais, com a densidade minima de 20 uma arvore por lote, de acordo com especificagao do Municipio, devendo o plantio de Arvores no passeio ser feito de tal forma que as covas fiquem equidistantes das divisas laterais dos terrenos; XI - aplicagao de grama nos canteiros centrais e na faixa dos passeios laterais nao atingidas pelo contrapiso de conereto referido no inciso VIII do caput, Xi - recobrimento vegetal de cortes e taludes do terreno e protegdo de encostas, quando necessario, e implantagao e/ou reconstituigéo da mata ciliar; XIII - ciclovia ou ciclofaixa nas ruas e avenidas indicadas pelo érgéo municipal competente, executadas segundo padrao adotado pelo Municipio; XIV - sinalizagao horizontal dos logradouros ptiblicos do loteamento; XV - guia rebaixada nas esquinas das quadras, de acordo com as normas de acessibilidade e com a legislago municipal pertinente em vigor. § 1.° Quando nao for possivel interligar as galerias de Aguas pluviais do loteamento a rede existente, sera obrigatéria a execugdo de emissario até um curso d'agua, com dissipador de energia na sua extremidade, conforme projeto aprovado pelo drgdo municipal competente. § 2.°A instalacao dos postes da rede de distribuigao de energia elétrica e de iluminagao publica deveré obedecer 0 alinhamento dos marcos que delimitam as divisas laterais dos lotes. § 3.° Em loteamento fechado na Zona Urbana e na Zona Rural a entidade concessionaria deveré comprometer-se a custear, executar e manter as redes de infraestrutura obrigat6rias para loteamento previstas nesta Lei e, suplementarmente, custear e executar: | - sistema auténomo de captagao e tratamento de gua potavel, em caso de inexisténcia de rede publica no entomo do loteamento, respeitada a legislacéo em vigor; II - sistema auténomo de coleta, tratamento e destino final do esgoto, em caso de inexisténcia de rede publica no entorno do loteamento, respeitada a legislagao em vigor; ll - pavimentagao asfaltica e galerias de aguas pluviais das vias internas do 2 s % Ss ¥. a & a zB a a x ESTADO DO PARANA, loteamento e da via de acesso ao mesmo, desde a via asfaltada existente mais préxima do loteamento até o local de acesso deste ultimo, obedecidas as diretrizes da Lei do Sistema Vidrio Basico do Municipio. Art. 17. As obras e servigos de infraestrutura exigidos para os parcelamentos deverao ser executados segundo cronograma fisico previamente aprovado pela Municipalidade. § 1.° O parcelador tera 0 prazo maximo de 24 (vinte quatro) meses, a contar da data de expedic¢ao do Alvara de Licenga de parcelamento pela Municipalidade, para executar os servigos e obras de infraestrutura nele exigidos. § 2.° Qualquer alterago na sequéncia de execugdo dos servigos e obras mencionados neste artigo deverd ser submetida aprovagao do Poder Publico, mediante requerimento do parcelador, acompanhado de memorial justificativo da alteraco pretendida § 3.° Concluidas as obras e servigos de infraestrutura do parcelamento, 0 interessado solicitar ao orgé0 municipal competente ou as concessiondrias de servigos piiblicos a vistoria ¢ 0 respectivo atestado de conclusao do servigo ou obra, do qual dependeré a liberacao da caugao correspondente. § 4° Caso as obras nao sejam realizadas dentro do prazo previsto no respective cronograma, a Municipalidade executara judicialmente a garantia dada e realizaré as obras faltantes. Art. 18. A aprovagao de projeto de desmembramento de lote urbano pela Municipalidade ficara sujeita & prévia existéncia, em todos os logradouros lindeiros ao lote, da seguinte infraestrutura basica: |- rede de abastecimento de gua potavel; Il - rede de esgoto sanitario; Ill - sistema de escoamento de aguas pluviais; IV - vias de circulacao pavimentadas; V - rede de distribuigao de energia elétrica publica e domiciliar; VI - rede de iluminagao publica. = & g & a a e ESTADO DO PARANA. § 1.° Inexistindo, no todo ou em parte, a infraestrutura listada nos incisos do caput em quaisquer dos logradouros lindeiros ao lote, o proprietério providenciara, a Suas expensas, a execucdo da infraestrutura faltante, como precondicao para a aprovagao do projeto de desmembramento pela Municipalidade. § 2.° A execugao dos elementos de infraestrutura referidos no § 1.° deste artigo dever obedecer a projetos previamente aprovados pelos érgéios municipais competentes e/ou pelas concessiondrias dos respectivos servicos. CAPITULO IV DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO Seco! Dos Loteamentos para Fins Urbanos Art. 19. Antes da elaboragao do projeto de loteamento, o interessado solicitara 4 Municipalidade a expedigao de Certidéo de Viabilidade de Loteamento, apresentando, para esse fim, requerimento acompanhado dos seguintes documentos: |- comprovante do dominio da gleba; Il - planta da cidade em escala 1:20.000 (um por vinte mil), contendo a localizagao da gleba e dos equipamentos urbanos e comunitérios existentes numa faixa de 1.000,00m (mil metros) em torno da gleba, com as respectivas distancias a mesma. § 1.° A Municipalidade expedira certidao informando a viabilidade ou nao de ser loteada a gleba objeto do requerimento e, em caso afirmativo, informara a0 interessado: a) zona a que pertence a gleba: b) densidade demografica bruta; ¢) uso do solo; d) coeficiente de aproveitamento; ) taxa de ocupagao; Ss § a & g a = f) dimensées minimas dos lotes; g) recuos frontais, laterais e de fundos; h) nimero maximo de pavimentos; i) largura das vias de circulacdo, pistas de rolamento, passeios e canteiros; }) infraestrutura urbana exigida para o loteamento. § 2.° A certidéo de que trata este artigo devera ser expedida no prazo maximo de 30 (trinta) dias e vigorara pelo prazo maximo de 90 (noventa) dias. Art. 20. Apés 0 recebimento da Certidao de Viabilidade de Loteamento, o interessado solicitara a Municipalidade a expedicéo das Diretrizes Basicas de Parcelamento, apresentando, para esse fim, requerimento acompanhado dos documentos relacionados no caput do artigo 19 desta Lei, comprovante de pagamento da Taxa de Diretrizes Basicas de Parcelamento, certidées negativas de impostos incidentes sobre o lote e planta planialtimétrica georreferenciada do imével na Rede de Referéncia Cartografica Municipal - RRCM, em escala 1:2.000 (um por dois mil), além de outros documentos que venham a ser exigidos pelo Municipio. § 1.° A planta do imdvel, acima referida, contara com a determinagdo exata de: a) divisas do imével, com seus rumos, Angulos internos e distancias, Teconhecidas formalmente de comum acordo com os proprietarios das glebas confrontantes com aquela objeto do processo de parcelamento; b) curvas de nivel com 1,00m (um metro) de equidistancia; ©) vores frondosas, bosques, florestas e areas de preservagao; d) nascentes, cursos d’agua e locais sujeitos erosao; @) locais alagadigos ou sujeitos a inundag6: f) benfeitorias existentes; 9) equipamentos comunitarios e equipamentos urbanos, no local e 4 s § s a 3 2 = ee ESTADO DOPARANA 3, adjacéncias, com as respectivas distancias da area a ser loteada; h) servid6es existentes, faixas de dominio de ferrovias e rodovias e faixas de seguranga de linhas de transmissao de energia elétrica no local e adjacéncias, com as disténcias da gleba a ser loteada; i) arruamentos adjacentes ou préximos, em todo o perimetro, com a locagaio exata dos eixos, larguras e rumos das vias de circulagao e as respectivas distancias da gleba a ser loteada; }) area total da gleba a ser loteada § 2° Laudo geoambiental da gleba aprovado pelo érgéo municipal competente, abrangendo uma faixa externa de 100,00m (cem metros) de largura ao longo das divisas da mesma. § 3.° Quando houver discrepancia entre as dimensées do imével constantes da matricula imobiliéria e aquelas encontradas no terreno, o parcelador providenciara, a suas expensas, a retificagéo administrativa do imével. § 4.° A Prefeitura informara, com base na planta fornecida pelo requerente: a) 0 tragado das vias existentes ou projetadas, definidas na Lei do Sistema Viatio Basico do Municipio, relacionadas com o loteamento e que deverdo ter continuidade na gleba a lotear; b) a classificagao das vias do Sistema Vidrio Basico do Municipio que terao continuidade na gleba, segundo sua hierarquia; c) as faixas sanitarias do terreno necessdrias ao escoamento das aguas Pluviais, faixas nao edificaveis, servidées e faixas de dominio de rodovias e ferrovias; d) a localizagdo das areas destinadas aos equipamentos comunitarios e urbanos, dos espagos livres de uso publico e das areas de interesse ptiblico que sero transferidas ao dominio publico; ©) demais elementos pertinentes e exigéncias legais que incidam sobre o projeto. § 5.° Todos os documentos e plantas deverdo ser assinados pelo proprietario, ou seu representante legal, € por profissional legalmente habilitado para o projeto. UNIC) 25 soe o s & 5 ry & % % Zz £ ESTADO DO PARANA § 6.° A Municipalidade teré um prazo de no maximo 30 (trinta) dias, a partir do Protocolo do requerimento, para emitir as Diretrizes de Parcelamento. §7.° As Diretrizes Basicas de Parcelamento vigoraréo pelo prazo maximo de 2 (dois) anos, a partir da sua expedicao. § 8. As diretrizes referidas neste artigo no implicaréo na aprovagéo do projeto de loteamento pelo Poder Publico. Art. 21. Apés a expedig&o das Diretrizes Basicas de Parcelamento, o interessado solicitaré ao Municipio aprovacao prévia do projeto de parcelamento, apresentando: | licenga prévia ou aprovacao do érgéo ambiental competente; II - projeto urbanistico do loteamento, para fins de aprovagao prévia, contendo planta do loteamento elaborada na escala 1:1.000 (um por mil) de acordo com a Rede de Referéncia Cartogréfica Municipal ~ RRCM, contendo: a) orientagéo magnética e verdadeira, com as coordenadas geograficas Oficiais; b) curvas de nivel de 1,00m (um metro) de equidisténcia e locagéo dos talvegues; ©) subdiviséo das quadras em lotes, com as respectivas dimensées, dreas ¢ numeragées; 4d) dimenses lineares e angulares do projeto, com raios, pontos de tangéncia, Angulos centrais de curvas, eixos das vias com seus rumos e distancias e cotas do projeto; e) sistema de vias, com a respectiva hierarquia e classificacao, definidas nas Diretrizes Basicas de Loteamento, segundo os gabaritos estabelecidos na Lei do Sistema Vidrio Basico; f) perfil longitudinal das vias do parcelamento nas escalas: horizontal = 1:1.000 e vertical = 1:100; 9) as areas que passarao ao dominio do Municipio, com definigéo de seus 26 $ & & a & S = & ESTADO DO PARANA limites, dimensoes e areas; h) em um quadro apropriado, através de valores absolutos e percentuais: a area total do loteamento, as areas das quadras, dos lotes, do sistema viario, bem como dos espagos livres de uso publico, dos equipamentos comunitarios e urbanos e dos fundos de vales, que serdo transferidos ao Municipio, além do nimero total de lotes; i) faixas de dominio, faixas de seguranga, servidées e outras restrigdes impostas pela legislagao municipal, estadual ou federal que gravem o loteamento; }) demais elementos necessarios a perfeita elucidagao do projeto. § 1.° A Municipalidade podera exigir a apresentagao de projetos urbanisticos de parcelamento do solo em meio digital, cujas condig6es serdo definidas através de decreto do Poder Executivo. § 2.° De posse da documentagao exigida, a Municipalidade tera o prazo de 60 (sessenta) dias para pronunciar-se sobre a aprovacéo ou sobre as possiveis insuficiéncias do projeto a serem supridas pelo interessado, caso em que este terd 30 (trinta) dias para reapresentar o projeto revisto, sob pena do indeferimento do pedido de Alvara, tendo a Prefeitura um outro prazo de 30 (trinta) dias para novo pronunciamento. § 3° O parcelador fard a demarcagao dos eixos das ruas do loteamento no terreno e solicitara a vistoria do érgo competente da Municipalidade. § 4.° Estando o arruamento demarcado no terreno considerado como correto e em condigdes de aprovagao, a Municipalidade devolvera as cépias do mesmo com o carimbo de “Aprovagao Prévia’, o qual servira para aprovagao dos projetos de infraestrutura nas respectivas concessionarias. Art. 22. Apés a aprovacao prévia do projeto, descrita no artigo 21 desta Lei, o interessado solicitar ao Municipio a aprovagao final do loteamento, anexando os seguintes documentos: a) projeto urbanistico, conforme descrito no artigo anterior, apresentado conforme segue: a.1) 5 (cinco) vias em cépias impressas em papel sulfite; go MONCH, fe yg , ¥ x %e é $ a e x =e ag Zz & estapovoraranh £ .2) 1(uma) cépia em meio digital; b) memorial descritivo, contendo obrigatoriamente: b.1) denominago do loteamento; b.2) descrigdo sucinta do loteamento, com as suas caracteristicas e fixago das zonas a que pertence a gleba; b.3) descrigao e quantificagao das vias de circulagao do loteamento; b.4) descrigao de cada lote do loteamento, com sua numerago, dimensdes lineares e angulares, area e confrontagées; .8) indicagao das areas publicas que passarao ao dominio do Municipio no ato do registro do loteamento; b.6) condig6es urbanisticas do loteamento e as limitagdes que incidem sobre 0s lotes e suas construgdes, além daquelas constantes na Certidao de Viabiidade do Loteamento, referidas no artigo 19 desta Lei; b.7) enumeragéo dos equipamentos urbanos, comunitérios e dos espagos livres de uso pablico, ja existentes no loteamento e adjacéncias, e dos que serao implantados; b.8) limites e confrontagées, Area total do loteamento, drea total dos lotes, rea do sistema vidrio e pragas, dos espagos livres de uso ptiblico e daqueles destinados aos equipamentos comunitarios € urbanos, com suas respectivas Percentagens; P.8) lotes caucionados como garantia de execug&o dos servigos de infraestrutura; b.10) lotes destinados ao Fundo Municipal de Habitagao — FMH, quando for o caso, de acordo com a Lei Complementar n. 632/2006; b.11) plantas das quadras e a planta e memorial descritivo de cada lote; b.12) mapas e memoriais descritivos de todas as vias do sistema vidrio do loteamento; 28 ©) projetos complementares aprovados pelos érgéos da Municipalidade e concessionarias dos respectivos servigos piblicos, apresentados em 3 (trés) vias, a saber: ¢.1) projeto completo, com dimensionamento, detalhes e especificagdes de todos os elementos do sistema de drenagem de Aguas pluviais e seus complementos, bem como projeto de prevencao ou combate a erosdo, quando necessario; ©.2) projeto completo, com dimensionamento, detalhes e especificagdes de todos os elementos do sistema de abastecimento de agua potdvel e, quando Necessario, com 0 projeto de captacao, tratamento e reservacao; ©.3) projeto completo, com dimensionamento, detalhes e especificages de todos os elementos do sistema de coleta e tratamento de esgoto; ©.4) projeto completo, com dimensionamento, detalhes e especificagées de todos os elementos do sistema de distribuiggo compacta ou subterranea de energia elétrica e de iluminago publica; ©.5) projeto completo, com dimensionamento, detalhes e especificages de todos os elementos das obras de pavimentacéo das vias de circulagao do loteamento, levando em conta o volume de tréfego de cada via definido nas Diretrizes Basicas de Loteamento e o CBR (California Bearing Ratio), que o indice de suporte do solo no local, observada a espessura minima da base de 20cm; ©.6) projeto de pavimentagao dos passeios das vias de circulagio do loteamento; ©.7) projeto completo de arborizagdo das vias publicas e pragas do loteamento; €.8) projetos dos alambrados, da calgada e da grama nos fundos de vale; ¢.9) sinalizagao horizontal basica: ©.10) indicagéo do nome da via publica nos postes da rede de iluminagdo Piiblica, de acordo com os padrées definidos pelo Munic{pio; d) Plano de Controle Ambiental - PCA, elaborado de acordo com a Lei n. 7.268/2006, devidamente aprovado pelo érgao municipal competente.

You might also like