You are on page 1of 8
sse modo de ver politica, © ene 0 planejamento» ninguém decém mopélio sobre 0 cdleulo estratégico sematico sobre © futuro. Nas tiltimas lécadas do empresas passaram 2 empregah problemas téenico-eco- jamento estratégicos jas século 20, para rontos fortes € fracos das empresas € scolha de um modo de compatibilizar 1 estratégica entre dois extremos, para ¢ se possa satisfazer do melhor modo «duel os objtivos da empresa. Ga ou corpo assim © planejamento estra- »corporativo, co esencia € OrBani Ede maneira disciplinada, as maiores da empresa € encaminhélas vnantet uma eficiéncia operacional neghcios ¢ guiar a organizacio para futuro melhor ¢ inovador. -dministragdo Pablica; Estado: Estatizacdol statizacBo; Regulacdo/Agéncias Reguladoras eréncias Bibllograficas {CA SUECA DE COOPERACKO INTERNACIONAL -ARA O DESENVOLVIMENTO. Método do Quadro Légico. {.11.2008. ‘BOLAY, FW. O método Zopp ou Planejamento de Projeto Orientado por Objetivos. Recife: GIZ, 1993. eu Ca guerra. Trad, Teresa Barros Pinto arroso, So Paulo: Martins Fontes/Braslia, DF: Ell tna 5/Brasiia DF: Editora ‘DROR,¥.A capacidade para govermari fe a informe ao Club dst, Wo Caos knead eve Gla Barroso Sauveur, S80 Paulo: Fundap, 1999, DRUCKER, P. The age of discontinuity. London; Heinemann, 1969. KAPLAN, R. 5 NO! alanced scorecart atus, . Polltica, planejamento e governo. Brasilia, pea, 1993. wv. -AdeUS, senhor presidente: governantes goverados. So Paulo: Fundap, 1996. _Estratégias politicas: ‘Chimpanzé, Maquiavel e 4 Ghandi. S40 Paulo: Fundap, 1996. der sem Estado-maior. So Paulo: Fundap, 2000, 4 PORTER, M. Competitive strategy. New York: Free Press, 1980, SUN TZU.A arte da guerra. [ 1,193. WEBER M.Eznnomia socedodefundamentos da socio compreensiva 3 ed Bras: Eitora UB, 194.2. RTON, D.P.A estratégia em ado: -d, Rio de Janeiro: Campus, 1997, Pobreza Ver: Medidas de Pobreza Poder Marco AuRELIO NOGuEIRA O poder € um tema classico, que se torna sempre mais fascinante 4 cat nove abordagem, ainda que na0 fave necessariamente mais bem ‘compreener do. Amado e odiado jndistintament® 0 poder perturba, | aloucy ra, corrompe e alucina, serve para que se promovam muda gas € para que multiddes dispersa € organizem. O poder reprime, jncomo” 676 Poder prejudica, mas também acatenta, doe incentiva e beneficia. Costu, er utilizado tanto para conservar para revolucionar, tanto para, modificar situagdes quanto Par pre. 10 satus gare. E vista como ins- ~ ro ¢ como fim ultimo, camo eae como meio de vida, Tratacse deum fendmeno integrado & vida, que «¢ insinua nos discursos, nos relacio- gamentos, na atividade produtiva, nas jutes travadas para defender ideias ou ma *E tendéncia geral de todos as ho- mens um perpétuo ¢ irrequieto dese- jo de poder, que cessa apenas com a morte’, escreveu Thomas Hobbes no Leviasi (1651). Segundo ele, isso acon- tecia nao porque os homens buscassem tum prazer sempre mais intenso, mas sim porque percebiam que a conserva- #0 ¢a ampliago constante do poder ram essenciais para que se pudesse gatantir 0 que ja se tinha. Hobbes rei- ‘erava uma ideia anterior, que Maquia- vel havia exposto em seus Comentarios sobre a primeira década de Tito Livio (S17): “a sede de poder € téo forte ‘Santo a sede de vinganga, se no for Mais forte ainda”. _Hé muita poténcia na vida social, da que cla, na maioria das vezes, Swe" seja usada, quer dizer, sequer se €M ato, em poder efetivo, To- ‘0s individuos a rigor tém poxéncia ‘ulceme para fazer coisas, mas nem tag Poder fazer cere coisas, Nem "i poténcia pode ser exercida, A po- Téncia € genética e imprecisa, virrual demais, © Poder nao: ele é poréncia que pode ser exercida, Para se converter Mm poder, a poténcia Precisa acumular Cutilizarse de diferentes recursos © expedientes. Nao se trata de violén- Gis, mas de condigses de efetivacio, da Possibilidade que um ator tem de impor sua vontade no interior de uma rhacio social, dobrando as eventuais resisténcias que a isso se anteponham. © poder (Macks) existe quando uum ator, valendo-se de determinados recursos, Consegue fazer valer sua pré- pria vontade, independentemente de qualquer oposicao (Weber). Esse poder Converte-se em dominacio (Herrschaf?) quando o ator consegue obter a cbedizi cia de certas Pessoas a seus comandos. A questo dos recursos é aqui crucial. Uma coisa ¢ dominar mediante o uso da lei, outra coisa ¢ fazer isso apoiado na coercio. Tais coisas, port, nio sio excludentes, ¢ © mais comum € que 0 poder se valha tanto da fei quanto da Coergao, tanto da simulacio quanto da dissimulagao, tanto da esperteza quanto da intimidagao, tanto da forga quanto da persuasio (Hobbes também distingue © Deminio — meios de coer Gao ~ da Religio, meios de persuasio). Em Massa e poder (1960), 0 escritor bilgaro Elias Canetti observou que poder ¢ fora se distinguem de modo sutil e profundo. A forca (Gewsli) € mais coercitiva ¢ imediata que 0 po- der (Macht). Se dispuser de mais tem- po, v forca tende a se transformar em Poder poder, mas o poder assim institufdo jamais deixa de recorrer & forga, sobre- tudo em seus momentos criticos, nos quais se trata de decidir ¢ de garantir © cumprimento de decisdes. © poder, diz Canetti, “é mais universal e mais amplo: contém muito mais, ¢ j4 nao tao dinamico. E mais cerimonioso ¢ possui até um certo grau de paciéncia”. Poder associa-se a capacidade, nao a atos imediatos de fazer. O poder do homem sobre o homem € uma espécie de forma primaria do poder, aquela que celebra a vitéria do forte sobre o fraco, do superior sobre © inferior, do senhor sobre o escravo. Nesse sentido, expressa aquela desi- gualdade que Rousseau anteviu no Discurso sobre a origem ¢ os fundamentos da desigualdade: a “desigualdade natu- ral ou fisica’, que assenta nas diferen- gas de idade, de satide, das “forcas do corpo e das qualidades do espirito e da alma’. Como tal, difere da “desigual- dade moral ou politica”, que depende de uma espécie de convencio, é “au- torizada pelo consentimento dos ho- mens” ¢ se manifesta sob a forma dos varios privilégios de que gozam alguns €m prejuizo de outros, como o de “se- rem mais ricos, mais poderosos e mais homenageados do que outros, ou ainda Por fazerem-se obedecer Por eles”, O poder politico € 0 tema central da ciéncia politica. Todo o empenho reflexivo dessa area do conhecimento Concentra-se na andlise de sua natu- reza, de sua légica, dos mecanismos, procedimentos ¢ idelas com que se conquista, se mantém, se perde, se usa € se organiza o poder. Na vida comunitéria, sobressaem- -se inevitavelmente as dimensées da escolha ¢ da decisio, tanto em termos individuais quanto em termos coleti- vos. O poder aqui, portanto, tem a ver com capacidade de escolher, de fazer opsdes. Quanto mais relevantes social- mente séo as questées em relacio as quais se escolhe ou se decide, mais nos aproximamos do poder politico, isto é, do poder que, autorizado por uma co- letividade, vale-se da lei e da forga para tomar decisées ¢ fazer com que sejam acatadas por todos. ‘ A politica ndo pode ser concebida dissociada do poder. Mesmo nas suas formas mais generosas — por exemplo, a da aco que busca emancipat, livrat pessoas da opressio, viabilizar a “bos sociedade” ou resistir a um govern? tiranico —, a politica é sempre uma atividade balizada pelo poder: por exercicio, sua conquista, a oposicao * ele ou sua derrubada. O poder politico vale-se de u" “Estado” — isto é de um aparato °° ganizacional e de procedimentos len que autorizam alguém a exercet 4 ins toridade e a coagir - para oo i finalidades. Detém a exclusividad® uso da forca, 0 “monopélio 42 © fo fisica legitima”, como falava Weber, ressaltando com grande 6) que tal monopélio depende es, mente da presenga de um fr controlado. Por isso, © Estado € 0 po- "der supremo — 0 poder soberano —, a0 © qual os membros de uma comunidade " g subordinam. Como tal, porém, ele pio é expressio pura da forca, nem a ca é exclusivamente constrigao fi- ‘ica, Restrig6es, vinculos e punigées Iegais - a forca da lei -, operagées ad- inistrativas e providéncias institucio- is: também funcionam como decisi- vos recursos de poder. Esse poder é, em principio, cons- dente e intencional, no sentido de que se afirma mediante decisées tomadas ddliberadamente, a partir de célculos ponderacées ¢ tendo em vista o alcan- cede fins previamente estabelecidos. Mas hd muitos casos em que as con- dutas alheias séo condicionadas por faos ou eventos que nao decorrem de decisées deliberadas, mas sim de con- _ Sequéncias involuntdrias de decisdes Nao intencionais. Muitas:decisées politicas nfo sio ‘omadas exclusivamente (nem predo- Minantemente) por aqueles que ocu- Pam as principais posigoes juridicas governamentais ou por aquelas forcas Politicas e partiddrias que prevalecem &m um dado sistema politico. As cir- Cunstincias muitas vezes impéem sua Marca. As decisSes tomadas por outros Protagonistas interferem e podem con- icionar os atos do poder. Muitas vezes UM governo age porque a oposicao 0 fotga a agir, ou porque a movimenta- Sao social exerce pressdo suficiente para impeli-lo em uma ou. outra diresa0. Poder Toda situagio de poder convive com formas de autoridade, chefia e li- deranca. Muitas vezes, especialmente em sociedades dinamicas, complexas ¢ diferenciadas, a autoridade e a lideran- ga tornam-se bem mais importantes do que a forca ou os atributos de um cargo de comando. Maneira usual de distinguir poder ¢ autoridade é explorando a distingao entre poder de fato e poder de direito. A autoridade seria, nesse caso, 0 poder autorizado, ou seja, legitimo, na medi- da em que seu detentor 0 exerce res- paldado por um conjunto de normas (esctitas ou no) que estabelece quem, em dada comunidade ou associagio, tem o direito de comandar e ter seus comandos obedecidos. E a posigao de Norberto Bobbio, por exemplo: “a au- torizagao transforma o simples poder em autoridade”, Nessa concepgao, © direito é 0 fator que justifica, institui ¢ fundamenta o poder politico, distin- guindo-o das vérias formas de poder de fato. A autoridade é poder tutela- do por algum tipo de lei. A referencia a um principio de legitimacio € 0 que converte o poder de impor deveres em um direito ¢ transforma a obediéncia em dever, fazendo com que ums rela Go desigual de forga se converta em uma relagio juridica. Por que os homens aceitam ser do- minados mesmo quando nio sio amea- cados? Por que se submetem d autoridade de outro? Max Weber deu destaque no s6:aos meios externas {a coacio Fisica, as. poder armas, os varios recursos de poder) que viabilizam a obediéncia dos domina- dos, mas sobretudo &s “razées internas” que justificam a dominagio, isto é 20 modo como os dominados entendem ¢ aceitam a dominagao. Chamou essas justificagbes, que tendem a se interna lizar no imagindrio e na consciéncia de governantes e governados, de “funda- mentos da legitimidade”. Seus trés ti- pos puros de dominacao legitima — 0 poder tradicional, o poder do carisma ¢ 0 poder racional-legal — tornaram-se justamente Famosos. ‘Weber sabia bem que, na realidade concreta, a obediéncia dos governados esté condicionada por motivos “objeti- vos” bem claros, quase sempre ditados pelo medo, pelo interesse ou pela espe- ranga de obter uma recompensa, uma vantagem futura. Mas acredicava que aqueles trés “fundamentos da legitimi- dade” manifestavam-se de modo incon- testével, ainda que no de forma pura ¢ cristalina. Eles eram “tipos ideais”. Justamente por isso, nao se encon- trariam tipos puros na realidade efe- tiva da politica e da dominacao. No lugar deles, terfamos tipos mistos, que combinariam de maneira complexa ¢ dinamica certas caracteristicas de um ou outro dos tipos puros. O préprio Weber sempre valorizou a forga que a autoridade carismética demonstrava ter nas mais diversas situag6es, e parti- cularmente nas sociedades modernas, onde prevaleceria uma_legitimidade de tipo racional-legal. Chegou mes- 680 mo a pensar que 0 lider carismético, com todo seu “irracionalismo”, pode. ria se converter na tinica forsa capar de controlar a “enorme prepoténcia do segmento burocrdtico”, expresso per- feita do poder racional. O carisma, os partidos politicos de massa e um par- Jamento atuante formariam a base do que Weber chamava de “democracia plebiscitéria”, um auténtico tipo misto de dominagao. Nao é qualquer gesto dedicado a operar sobre os afetos ¢ as motivagées que merece aplauso. Ele precisa estar referenciado tanto pela histéria e pela cultura mais profunda da comuni- dade em questo, quanto por valores grandiosos, aquilo que muitos cha- mam de patriménio ético-politico da humanidade. ‘A adesio entusiasmada da maioria da populagéo a uma ideia nao indica que se trate de uma boa ideia ou de uma diego politica meritéria. O fato de que determinada classe social, re presentativa do que ha de melhor em uma comunidade, identifique-se co™ um governo e dé a ele todo o apoio no comprova a justeza desse govern nem o acerto de suas proposigaes. Um “governo popular” ou um “Estado d¢ classe operdria”, por exemplo, nao $#° bons somente porque se reportam 398 trabalhadores ou 2 maioria do pov Nem sempre o que identificamos como poder politico, ou como esfert da polftica em sentido estrito, te™ tivamente poder. \ cr r exempl 5 poder estd aubietido contioles. mites ¢ fiscalizacSes piiblicas, que a ontém. Nela, as decisdes costumam cer de consensos que se formam a ir de multiplos acordos e negocia- em diferentes féruns ¢ a partir -distintos pontos de vista. Socieda- mais diferenciadas ¢ complexas “tendem a ser mais. “polidrquicas” ¢ “plurais, isto é, a viver sob a influéncia iproca de diversos micleos de poder, se controlam uns aos outros. ‘politico no pode mais contar com ci- dadaos “localizados” — isto é, fixados “em seus locais de vida, moldando suas _onsciéncias e suas vontades a partir dai -, é evidente que ele perde poder, “pois deixa de poder “controlar” seus » integrantes. Quando os territérios s40 = Afetados por muitos fluxos (comerciais, informagio, culturais, polfticos) ou 0s efeitos de decisdes tomadas a Por diferentes atores ou protagonistas, _ "quando simplesmente nao podem objeto de decisées governamentais eluntarias e soberanas, ocorre um #©nio em termos de poder: passa-s¢ *t sob os efeitos de uma rede de ““es cruzados, que se remetem uns ~) OUtros, 681 & c Poder politico perde poder quan- Worios soit aera 08 equi- dom oipodee Sc eaee das pessoas - EO que acontece hoje, quando a democratizacio se articula com uma forte individualizacdo e com a generalizagao de uma cultura mer- cantil que leva os individuos a prezar ao maximo seus interesses e a investir tudo 0 que puderem em sua prépria capacidade de se viabilizar na vida. Em contextos de maior movimen- tagao, liberdade de ago, comunicacao € troca de informacées, a vida se tor- na relativamente mais independente das decisdes tomadas nas instancias formais de governo, coordenacdo ou gestio. Difunde-se desse modo uma sensagao de que Estado, governo e po- Iftica funcionam na verdade como um. énus para a liberdade de iniciativa das pessoas ¢ dos grupos, na melhor das hipéteses como um mal necessirio, que deveria contar muito mais com a reprovagio e a diivida do que com a adesio ou 0 apoio. A época atual, de globalizacao ¢ radicalizacgio da vida moderna, assiste ao entrelagamento potencializado de processos que parecem minar a forga do poder politico. Temos 20 mesmo tempo mais democracia ¢ mais indivi- dualizagio, mais conectividade e mais “deslocalizacdo”._ Vivemos cortados por processos novos, que esto a mudar ea complicar 0 modo mesmo como organizamos nossas atividades, nos relacionamos, pensamos ¢ nos gover: Poder ramos. No hd como o fendmeno.do poder — ou seja, da gestio, da governo, do Estado — permanecer imune a isso. ‘A situagto é paradoxal. A democra- tizagio ¢ a individualizagio modernas se expandiram expressivamente, do mesmo modo que 2 democracia parece consolidada como regime politico, em que pesem falhas ¢ sobressaltos. Gru- pos ¢ individuos tém mais poder, mais direitos ¢ mais liberdade para contes- tar a autoridade e fazer coisas, porém encontram-se em uma siruagdo geral nna qual se sentem oprimidos pela in- certeza ¢ pela inseguranga. Nao rem. como visualizar com clareza 2 fon- te dessa opressio ¢ desse mal-estar, € vivem om a sensagao de que 05 go- vernantes, os chefes, os dirigentes no tém assim tanto poder, limitando-se muitas vezes a desempenhar papel de- corativo, coadjuvante. O mercado € 0 capital sio sempre mais poderosos, os Estados parecem sem forca, cercados por um “siscema” que no conseguem controlar. Hé um clima de crise de au- toridade e de “desinstitucionalizagao”, 20 mesmo tempo que se abrem novos horizontes ¢. novas possibilidades. O fenémeno do poder se complicou. Di- latou-se, ampliou-se, de certo modo se desmarerializou ¢ se deslocalizou. Nas complexas sociedades atuais, de modernidade radicalizada, parece dificil que se possa criar uma ordem justa e igualitéria sem uma aurorida- de-compartilhada por todos. racio- nalidade instrumental que’ prevalece nao é a tnica racionalidade. Pode-se antepor a cla formas mais criativas de razio critica ¢ de razio politica: com as primeiras, as comunidades aprendem a pensar ¢ a nfo aceitar aquilo que thes & mostrado; com as segundas, apren- dem a conviver, a organizar melhor suas diferengas, seus direitos © suas obrigagbes. Em resumo, pode-se usar 0 poder contra o poder. Fazer da democracia um poder capaz de subjugar todos os poderes que oprimem. Negociar abertamente os termos do poder: que seré controlado, quem controlasd. quem decidiré, como se formario as decisées. Nao faz muito sentido abrir mao da racionalidade ¢ das técnicas de controle racional por temer 0 fortaleci- mento unilateral do poder racional. A fusio equilibrada de raza0 © politica, de controle e emancipagao, ¢ 2 maior promessa do poder democratico. Ver: Democracia Estado; Pix Repabcal Republicanismo Referénclas Bibliogréficas BOBBIO,. Teoria gerat da paiica:2' eas figdes dos classicos. Org, Michela Danita 8, Yersiani. Rio de Janere: Cameus BOURDIEU, P.0 poder simbbiica. "rad. Fernando Toa. 3 ed. de Jansira: Bertrand Bras 2000 CCANETTL E. Massa e poder Tad, Sérgio ae Paulo: Companhia das Letras. 1995. CASTELLS, MO pader da identidede. Tree. nies Brandis Gerba, So Pao: Pare er. 72 Le can, Poteau prtiaparo cme? Edusp, 1997. osotia pais ove. at, sslado eclesidstico e civil. Trad. Joo Paulo Monteiro e | aria Beatie Nizza da Silva, S30 Paulo: Editora Abril, _ 4g74 (Os Pensadores). LEBRUN. G.0 que é poder. 14. ed. So Paulo: Brasiliense, 1994, MAQUIAVEL, N. Comentdrios sobre a primeira década de Tito iyi. Trad, Sérgio Bath 3. ed. Brasha: Editora Und, 1994, NOGUEIRA, M. A. Poténcia, limites e sedugdes do poder. 540 Paulo: Editora Unesp, 2008. WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 3. ed. Brasflia: Editora UnB, 1994.2. Poder Democratico Marco AURELIO NOGUEIRA Nao se pode conceber o poder como algo inofensivo e angelical, nem como algo de que se possa abrir mao. - Opoder polftico é um recurso social, _ fator importante para que uma so- ciedade possa, por exemplo, definir ¢ -implementar polfticas ptiblicas que a ‘ornem mais justa, produtiva e susten- tavel. Mas esse poder nem sempre se a baat limites do razodvel € as Bea ades precisam saber conviver Ela Sen, Para discipliné-lo ¢ submeré- mpre hé batalhas de ideias ¢ dis- "as de poder nos agregados huma- Micliodiide cattails eS Dog HOBBES. T.Leviatd, ou matéria, forma e poder deo mais pela busea do consenso que da coergio, mais construgiv de cam pos ideais que dirijam as pessoas do que pela dominagio. O poder democrdtico destina-se a tornar vidvel o governo do povo (a soberania popular) a partir de se- gras validas para todos ¢ de arranjos institucionais que facilitem tasto 2 livre competig’o politica quanto 4 participagdo ampliada nos processo: de tomada de decisées. Nele, a co munidade politica se autogoverna se autodetermina. A politica demo crdtica dispGe-se a criar condigoes institucionais, politicas, culturais associativas — para que os cidada controlem seus governos, participe deles ¢ ponham em curso process alargados de deliberacao, de mode que se viabilizem lutas ¢ discuss publicas em torno do como viver, como governar ¢ do como convive: O projeto democratico 96 encos plena viabilidade quando vivido ¢ fendido pela sociedade que se org za: pela sociedade civil. Nesse sent é categoricamente um poder comp thado, que existe ¢ funciona a part interag6es dinamicas ¢ de respon lizagdes reciprocas entre governat governados. Trata-se de um pod ‘ane se participa. Em uma situaga

You might also like