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PARAMETROS PARA MODELAGEM DO CRESCIMENTO DO FRUTO DO CACAUEIRO* LUIZ CARLOS EDUARDO MILDE? e RICARDO BOHRER SGRILLO® RESUMO - O cacau é um item importante na pauta das exportagdes brasileiras. Em virtude dis- 80, hé necessidade de se dispor de instrumentos que permitam efetuar a previsdo de saftas. Com e360 objetivo, determinaram-se a temperatura-base ¢ as constantes-térmicas em cada uma das fa- ses de desenvolvimento do fruto do cacaueiro, apés terem sido estimadas as duragbes médias das diferentes fases. Chuva, radiagio solar, evaporagdo de piche, evaporagao de tanque classe A, ne- bulosidade, temperatura maxima, temperatura minima, temperatura média e horas de insolago foram determinadas como fatores meteorologicos que apresentaram correlagio significativa com 8 diferentes comprimentos das fases de desenvolvimento do fruto. ‘Termos para indexago: constante-térmica, temperatura-base, fases fenolégicas, insolagiio. PARAMETERS FOR MODELLING COCOA FRUIT GROWTH ABASTRACT - Cocoa is important for Brazilian exports and demands tools to help make crop forecasts. Threshold-temperature and thermal constants were calculated for each stage of fruit development after estimating the mean length of the different stages. The main meterological factors found to have significant relationship with the different length of the stages of the fruit Were rain, solar radiation, pitch evaporation, class A pan evaporation, cloudiness, maximum and ‘minimum temperatures, average temperature and hours of sunshine, Index terms: thermal constants, threshold temperature, phenological stages, insolation. INTRODUCAO E de vital importincia a previsio das produ- s6cs agricolas, quaisquer que sejam, para que se possa estimar 0 quanto seri necessério importar ou © excedente a exportar. Essa previsio tem grande importancia econémica quando se trata da safra do cacau, responsfvel pela receita de apro- ximadamente 500 milhées de délares anwais. Sendo assim, a CEPLAC (Comissio Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), responsdvel pela cultura do cacau no pais, necessita de uma meto- dologia que se mantenha em permanente aperfei- goamento, com a finalidade de melhorar as esti- mativas da produgdo. Para tanto, 0 conhecimento de parimetros que ajudam a modelar o cresci- mento do fruto do cacauciro, como constante- ~térmica, temperatura-base, comprimento das fa- ses do fruto, é extremamente itil. ‘TAceito para publicagao em 22 de dezembro de 1992 ? Meteorol, M.Sc. 3 Emtomol., Dr., CEPEC/Caixa Postal 7 - CEP 45600 Itabuna, Bahia. H& muito especulava-se sobre a importincia dos elementos climéticos no desenvolvimento ve~ getal. O primeiro artigo sobre o assunto foi publi- cado em 1735, estudando o somatério das tempe- Taturas, conhecido como constante-térmica de fe- nologia de Reamur. Todavia, este trabalhou ape- nas com a soma de temperaturas positivas, isto é, acima de zero grau centigrado. Fritsch (1961) reformulou a posigao ial de Réamur, utilizando temperaturas médias didrias ¢ quantidade média didria de horas de insolagao du- rante determinado periodo. Livingston & Livingston (1913), citando Bige- Tow (1908), propés 0 cdlculo do somatério de in- dices de eficiéncia térmica didria, estabelecendo que a eficiéncia com que um organismo realiza Teages metabélicas dobra a cada aumento de 18°F acima de uma temperatura-base preestabe- lecida. \dsey & Newman (1956), num estudo de da- dos de floracao de plantas nativas, formularam um método simples, baseado na acumulagdo de esq. agropec. bras., Brasilia, v.28, n.7, p.759-765, jul. 1993 760 calor, convertendo em graus-hora a temperatura diurna, Segundo Amold (1959), os sistemas lineares de cAlculo de unidades térmicas (graus-dia) sao validos como instrumento de trabalho, mas adver- te que consideraveis erros podem ser acumulados. A propria variagdo da constante-térmica numa determinada variedade de planta & uma das fontes de erro, das quais a escolha da temperatura-base inadequada € a principal. © método que emprega 0 coeficiente de regres- silo entre as temperaturas, como varidvel inde- Bendenie, © a soma dos grausdia acumulados como varidvel dependente, fornece critérios segu- ros de escolha. Quando 0 coeficiente de regressio, for positivo, significa que a temperatura-base es~ colhida foi muito alta. Quando for negativo, tera sido muito baixa. Quando igual a zero, tem-se a temperatura-base correta. ‘A. temperatura-base apropriada € definida como aquela que, quando usada em um sistema linear de célculo de unidades-térmicas, daré a menor variagio nos somatérios acima dos interva- Jos de temperatura, que sfo normalmente encon- trados em determinada fase de desenvolvimento. Isto porque na realidade 0 crescimento de uma planta ¢ ascendente, até uma temperatura 6tima, € descendente, quando ultrapassada. ‘Wang (1960) sugere 0 calculo de unidades fo- totérmicas como boa J4 que a constante-térmica é uma fungao direta da Emeholm (1965), citado por Burgos et al. (1965), estabeleceu a temperatura- base para o cacaueiro, ou seja, a temperatura em que a planta paralisa seu desenvolvimento em 10 ‘graus centigrados. Tendo em vista as informagdes anteriores, 0 estudo de graus-dia com 0 cacaueiro deverd ser feito de modo que as temperaturas-base usadas variem de acordo com a idade das plantas. A altura da tomada dos dados de temperatura deve variar periodicamente, para acompaninhar 0 crescimento das plantas. Essa periodicidade a idade em que so desnevessdrias as mediybes sao questes a serem melhor estudadas. Cross & Zuber (1972), citando Gilmore & Ro- gers (1959), reafirmam que 0 método que fornecer esq, agropec, bras., Brasilia, v.28, n.7, p.759-768, jul. 1993 L.C.E. MILDE ¢ R.B. SGRILLO ‘© menor coeficiente de variagdo é o melhor para o cdlculo de unidades-térmicas. Villa Nova et al. (1972) afirma que o numero de graus-dia pode ser considerado como a drea delimitada entre a curva do termégrafo e a temperatura-base inferior ¢ superior. Tyldesley (1978) pondera que, se for conside- rada como temperatura-base aquela em que 0 des- envolvimento da planta scja 0 minimo possivel, ento, essa temperatura serd, usualmente, alta. 0 conceito usual pressupie que a resposta a qual- quer temperatura pode ser expressa em termos de contribuigdo do primeiro gradiente. Ocorre que, considerando que 0 acimulo de graus-dia no & linear, deve-se acrescentar uma série de termos de corregaio, para se obter as variagdes dos gradientes mos segmentos sucessivos. Isso demonstra que, numa curva de resposta de um organismo, ha uma série de segmentos lineares sucessivos ¢ diferentes temperaturas-base para cada um destes, corres- pondendo cada uma delas a um ponto de inflexo das curvas de resposta. White (1979) utilizou 0 conceito nao-linear de dias térmicos ao estudar as inter-relagées entre meteorologicos ¢ indices de floracdo ‘em 53 espécies de plantas. Porém, o método usual de acimulo de graus-dia mostrou-se menos preci- So que este em apenas 0,3 dias de desvio-padrao. ‘Como outros autores, White afirma que a melhor temperatura-base ¢ aquela que proporciona 0 me- nor desvio-padrio, ‘Ometo (1981) reforgou a opinido de que, de- pois de realizado 0 calcul das constantes-térmi- cas por um ou dois anos, obtém-se precisdo sufici- ente para que, acompanhando a marcha dos valo- res dos graus-dia, se possa, prever a data da ma- turago (cotheita) de qualquer cultura. Alvim (1962), citado por Santos (1982), atribui A temperatura influéncia em todos os processos de desenvolvimento de uma planta (Fig. 1). Contaigne (1982) deduziu que a taxa de cres- cimento das plantas dependia sobretudo de certa temperatura maxima que pode ser determinada pelo britho solar, vento ¢ umidade do solo. Essa taxa de crescimento diminui quando a tempera- tura aproxima-se do ponto de congelamento da Agua. PARAMETROS PARA MODELAGEM De agao direta + Temperatura > Topografia-----—> 761 Processos afetados ------3 Fotossintese -—> Crescimento > Balango hidrico -—» Respiragaéo > Absorgao de minerais FIG. 1, Influéncia da temperatura nos processos de desenvolvimento de uma planta, MATERIAL E METODOS, Plantas da cultivar Catongo foram objeto de medi- .qdes de didmetro ¢ comprimento dos frutos no decorrer de seu desenvolvimento, na drea da sede regional da CEPLAC, em Itabuna, Bahia Em 10 plantas foram polinizadas as flores necessé- rias para a fixagio de 10 frutos por érvore, em 3 épocas do ano. Esses frutos foram numerados em ordem cres- conte, A cada 7 dias, durante o ano de 1985, foram toma- dos 0 comprimento ¢ 0 didimetro dos frutos e anotada a data da tomada dos dados. No ano de 1986, essas me- digdes passaram a ser feitas de 15 em 15 dias, porque se fazia também retirada de frutos para determinagao do volume e peso seco. procedimento experimental para a determinaglio da constante-técnica é, usualmente, o emprego das tem- peraturas méximas ¢ minimas, medidas nos postos agrometeorol6gicos que cubram a érea do experimento. Gerald (1967) afirma que os dados de microclima po- dem’ ser diferentes dos obtidos nas estagtes meteo- roldgicas ¢, portanto, atengdo deve ser dada a esse fato, quando da andlise de varidveis que tenham efeito mi- croclimatico. acompanhamento da marcha hordria da tempera- tura foi feita utilizando-se termoigrégrafos que registra- ram a temperatura acima do dossel do cacauciro, no meio da planta e abaixo da copa. Esse procedimento é nevessério porque no ecossistema cacau as érvores de sombreamento podem exercer influéncia marcante no microclima local, com conseq0éncias na relago de de- pendéncia entre a temperatura do ar ¢ a variagio do tempo dos ciclos da cultura. Todos os dias foram registradas as temperaturas ho- arias durante 24 horas, a contar de 0 hora, para calcu- lar as equagbes de regressio entre as temperaturas dos taés diferentes niveis ¢ as temperatnras do posto meteo- rol6gico, e processar as suas correlagbes. Para céleulo dos graus-dia {oi utilizado 0 método de Nova et al. (1972) a seguir descrito. Se TBS = temperatura-base superior, TBI = tempe- ratura-base inferior, TBMAX = temperatura maxima, ‘TMIN = temperatura minima e GD = graus-dia, tere- ‘mos as seguintes possibilidades de célculo: A. TBS 2 TMAX > TMIN> TBI (GD = Somatorio {(IMAX - TMIN)2 + (IMIN - TBD} (1) B. TBS 2 TMAX > TBI> TBMIN; apes of TMIN-TBI_,TMIN-TBI TNAX-TMIN 2 ea Para se determinar o comprimento médio das dife- rentes fases do fruto, a partir da flor e a partir do fruto maduro, além das fases individualmente, estimou-se primeiramente a temperatura-base ¢ a constante-térmi- £2 do ciclo completo do fruto, A constante-térmica foi calculada dando-se trés va- lores aleatérios a Tb, estimando-se a média e a varidn- cia de CT (constante-térmica), para cada valor de TB (utilizando-se os pares T média e D (durago do desen- volvimento). Como a varidncia é uma fungfo quadré- tica da média, estimam-se os parimetros dessa fungSo, para encontrar a derivada da variéncia com relagdo & média. Para encontrar-se 0 ponto de minimo dessa fun- ‘qBo, que representa a melhor estimativa de CT e Tb, a derivada ¢ igulada a zero, ea equago, solucionada, RESULTADOS E DISCUSSAO Com 0 objetivo de sc estimar o volume ¢ 0 peso seco de frutos a partir de medidas do compri- mento ¢ do didmetro, foram realizadas amosira- ‘gens de campo, na cultivar Catongo, em trés esq. agropec. bras., Brasilia, v.28, n.7, p.759-765, jul. 1993, 762 rentes épocas do ano, durante 1985 € 1986. O re- sultado da andlise estatistica ¢ apresentado na Ta- bela 1. Para o calculo do volume foi utilizada a equa- go 3, que descreve um elipsbide de revolugdio: Vol. = (3,14159* (diam 1 + diam 2)**2) *comp)/600 @) R? = 0,9933** (significativo a 0,0001). onde: Vol = volume (cm), diam1 = didmetro 1 (em), diam 2 = diémetro 2 (com) ¢ comp = ‘comprimento (cm). Quando o fruto cresce até certo comprimento, esta formula sobreestima 0 volume. Por esse mo- tivo foi feita uma corregao, usando a regresso ‘entre 0 volume medido ¢ 0 calculado pela cqua- 40. A expresso resultante é representada pela equagdo 2. Vole = 10,30467004 + 1,06079511 * Vol (4) ‘onde Volc = volume estimado corrigido. Com uma andlise dos valores dos erros de es- timativa, gerados pelas duas formulas, desenvol- ‘vou-se a seguinte regra: ‘SE’ 0 didmetro médio for menor ou igual a TABELA 1. Coeficientes de correlagio de PEAR- SON/Probabilidade de refutar a hip6- tese nula (amostra com 93 elementos) das correlagdes entre volume caleulado de duas manciras € peso seco, entre di- fimetro médio © volume, ¢ diimetro médio ¢ peso seco, ‘Volume Peso seco Volume 0,94451 0,0001 Peso seco 0,94451 0,001 Difimetro médio 0.96197 089577 0.0001 0,0001 Volume : 0.94699 9,001 0,001 Volume corrigide 0.99664 0,94699 0,0001 0,001 esq. agropes, bras., Brasilia, v.28, n.7, p.759-76S, jul. 1993 L.C.E, MILDE ¢ R.B. SGRILLO 65,47 mm ou 0 comprimento for menor ou igual a 75,62 mm, 'ENTAO' use a equagio 3 e ‘ENTAO' uuse-a equacdo 4. A correlagdo entre ‘volume’ do fruto ¢ ‘peso seco' apresentou um R? = 0,94451 (Prob. = 0,0001), sendo o valor de peso seco estimado com o-uso da equagdo 3, Peso seco (g) = -0,06161199 + 2,8245013* DMEDIO -1,2304141* COMP (5) onde DMEDIO = média entre os didmetros 1 ¢ 2. R? = 0,84455** (significativo a 0,0001). A equagdo 5 permite, entio, a estimativa do eso seco dos frutos através de medidas de seu comprimento ¢ diémetro. Os parametros foram estimados utilizando-se resultados de 85 observa- cs feitas em trés diferentes épocas do ano, E importante notar que, para frutos muito pe- quenos (menos que 3 gramas de peso), a equacao 5 pode gerar resultados negativos. ‘Como 47% do peso seco dos frutos da cultivar Catongo ¢ constituido por améndoas, & possivel uma estimativa da previsto da safra, através de medidas do diémetro e comprimento dos frutos. A equagao 5 é, entdo, modificada, resultando a seguinte expressdo: Produgao (g) = Peso seco (equagdo 5) * 0,47 + (rutos/Arvore) * (Arvores/ha) * Area total 6 Nas Tabelas 2, 3 € 4 esto os resultados refe- rentes ds diversas fases do fruto. Com os dados que constam da Tabela 5 estimou-se a fungo en- tre a varidincia ¢ a média, descrita por: VAR = 5470,18 - 7,79264059* Média + 0,0027755689 * Média** 2 (7) Na estimativa da temperatura-base, os pardme- tros da fungao sfio os seguintes: VAR = 17150,50 - 2407,89*Tb + 84,5197" Tor? (8) ‘A constante-térmica adotada por definigdo foi PARAMETROS PARA MODELAGEM. 763 TABELA 2. Comprimento das seqiéncias possiveis das diversas fuses do fruto (C.M.), desvio-padrio @P.), cocficiente de variagéo (C.V.), valor minimo (MIN) ¢ méximo (MAX), mimero de ob- ‘servagdes (N) ¢ limites inferior (11) e superior (1s) do intervalo de confianca (99% prob). Trat. Fase CM DP. CV. MIN MAX N 1399% 119% E PEQMAD 154 420 2,74 143 163 68 155,3 152,7 c PEQ-MAD 155 52 3,38 14s 169 99 156,3 153,6 M PEQMAD 152 63 414143 158 4 1704 133,6 L PEQ-MAD 146 1S 4,15 144 147 3 154,6 137,4 K PEQ-MAD 144 24 1,66 142 147 4 1510 137.0 T PEQMAD v9 77° 518 140 169 268 150,2 1478 E MED-MAD 113, 70 6,25 96 131 69 115,2 110.8 c MED-MAD 1s, 79 688 95 127 100 17,0 113,0 B MED-MAD 109 48 4,36 93 1g, 86 110,3 107,7 M MED-MAD 128 31 2,42 125 132 45 beige L MED-MAD 129 21 162127 131 3 1410 117.0 kK MED-MAD 108 26 245 106 M1 3 122,9 93,1 T MED-MAD 113 75 664 93 132 265 1142 M118 E ‘ADU-MAD 82 10,7 12,94 50 105 63 85,5 78,5 c ADU-MAD 87 94 10,82 52 101 92 89,5 84,5 B ADU-MAD. 83 TA 8,94 55 96 88 85,0 81,0 M ADU-MAD 87 41 47 84 93 4 99,0 75,9 L ADU-MAD 88 3,0 3,46 85 a1 3 105,5 70,5 K ADU-MAD n 06 O81 a R 3 734 686 T ADU-MAD. 84 93° 11,03 50 105 283 85,5 82,5 T- & 1 andtise de todas as observagées, PEQ-MAD - somatério dos comprimentos das fases do fruto pequeno, médio e adulto. MED-MAD - somatorio dos comprimentos das fases do fruto médio e adulto, ADU-MAD - comprimento da fase adulta, TABELA 3, Valores das médias da duragao das fa- © TABELA 4. Durasio média das fases (em porcenta- ses de desenvolvimento, dados de gem do ciclo total), desvios-padrio, amostragens ¢ respectivos mimeros de Valores minimos e méximos ¢ niimero observacées. de observagdes. Inicio Fase ‘Compnmento w Fue Ob Média. Denvis Minimo Minimo observes eect a cr Pegueno amtdio 2 6 Pequeno 10 0.1710 0,0832 0.0879 0.2204 Maio aad Bt % Biro 100.1817 00130 0.1579 0,202 rootas > 2 3 2 de 1.403,4 graus-dia em todo 0 ciclo, com uma " 2 temperatura-base de 143°C € nfo 14,2°C como "0585 3 & foi calculada. A temperatura de 14,3°C foi seleci- 2 —_onada porque ¢ aquela em que 0 erro de estima- ——___ err_s tiva do comprimento do ciclo do fruto ou flor a Flor a pequeno de flor até tomar-se fruto pequen, fruto maduro seria zero em termos de dias. A Ta- Moko ada ac ato Benno até tomar ae mio bela 6 apresenta as estimativas da constante-tér- ‘Adulto a maduzo = de rato adulto até tomar-e maduro. mica em cada fase do desenvolvimento. A Tabela 7. esq, agropec. bras., Brasflia, v.28, n,7, p.759-765, jul. 1993, 764 ‘TABELA 5. Valores utilizados para estimativa da constante-térmica: Duragio do desen- volvimento (D) na temperatura média (1), valores da constante-térmica em 3 temperaturas aleatérias (5°C, 10°C, 15°C) e respectivas médias e variin- cias. D oT ‘Temperature-base 3 10 15 168 22,6 29568 2116.8 1276.8 181 2203077 2172 1267 Med 30169 2144, 1271,95 Var 722402 1523.52 49,005 L.CE. MILDE ¢ R.B. SGRILLO raz essas estimativas com minimizagao dos er- Tos. A duragio média das diferentes fases do fruto estd nesta mesma Tabela. Foram selecionadas as duas variéveis meteoro- Jégicas que contribuiram mais significativamente para a determinago do comprimento das diferen- tes fases. Essa escolha foi feita através de uma re- gressdo maltipla entre © comprimento de uma ou mais fases € as seguintes varidveis meteo- rol’gocas: chuva, radiag4o solar, evaporacao de piche, evaporagio de tanque classe A, nebul dade, temperatura maxima, temperatura minima, temperatura média ¢ horas de insolagdo. O resul- tado é apresentado na Tabela 8 TABELA 6. Temperaturas-base, constantes-térmicas, duragio média real ¢ estimada das fases, ¢ erro da estimativa. Fase ‘TBASE ccoNsT DURMED ‘DESTIMA ERRO 7c Gdia dias dias dias Bilro 42 2413 30,3 (24,622 -5,3776 Pequeno 42 281,5 35,0 33,916 -1,0843 Médio 142 206,7 25,7 27,932 2.2324 Adulto 42 683,6 85,0 91147 6.1467 Ciclo 14,2 1403,4 174,5 173,259 -1,2407 ‘TBASE - Temperatura-base em graus centigrados, CCONST - Constante-térmica em graus~dia. DURMED - Duragfo média observada das fases do fruto. DESTINA - Duragao estimada das fases de fruto. ERRO - Variagdo entre duragfio observada ¢ estimada, TABELA 7. Temperaturas-base, constantes-térmi- CONCLUSOES ‘cas e duragio média das fases com erro zero de estimativa. Fase TBASE CONST. DURMED Bilro 15,9567 2413 30,0 Pequeno 144571 -281,3 35,0 ‘Médio 13,5572 206,7 25,7 Adulto 13,6576 683,6 85,0 Ciclo 142576 1403.4 17455 ‘TBASE - Temperatura-base em graus centigrados. CONST. - Constante-térmica em graus-dia. 1. Foi caleulada a tempertura-base do ciclo de desenvolvimento do fruto do cacaueiro no valor de 14,2°C e a constante-térmica de 1.403,4 graus- dia. 2. Valores intermedidrios foram calculados individualmente nas fases do fruto. 3. A duragdo média encontrada na fase de bilro foi de 30 dias, fruto pequeno, 35 dias; fruto mé- dio, 25,7 dias, c fruto adulto, 85 dias. 4. Chegou-se a uma equacdo para 0 catculo do peso seco, em fungio do comprimento ¢ didmetro DURMED - Durago média observada das fases do fruto._médios do fruto do cacauciro. esq, agropec. bras., Brasilia, v.28, n.7, p.759-768, jul. 1993 PARAMETROS PARA MODELAGEM TABELA 8 R**2 para o modelo comprimento da fase = f (chuva, radiacio solar, evapo- Tagio de piche, evaporacdo de tanque classe A, nebulosidade, tmaxima, tmi- ima, tmédia, horas de insolacio). Fase Var. 1 Var. 2 Re2 OOO Flor Evap. Rad. 0,986 Pequeno TangueA solar Flor Umid. Horas 0,9468 Médio relat. insol Flor Temp. Nebulos 0,894 Adulto média Flor Temp. Chuva 0,967 Maduro média Pequeno Temp. Umia. 0,9906 Maduro min, relat Médio —_Evap. Rad. 0,975 Maduro piche solar ‘Adulto —-Evap. Rad. 0,975 Maduro piche solar Bilro Evap. Rad. 0,986 TanqueA solar Pequeno — Umid. Evap. 0,9670 relat, piche Métio —Evap. Rad. 0,9812 piche solar Adulto: Rad. Evap. 0,9142 solar piche REFERENCIAS ARNOLD, C.Y. 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