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A arte exige eco @ comunicass, dogo ‘econtroveria, ‘dae mois instigantes e prazerosas cia ‘bes da hurmanidade: a arte NY DA UW NE Introd. ‘Quando seat de ane mig 10 Ame e vida social 0 prazer do belo. ‘snide da ef 16 0 desonvoviment da semble, A diferenga ence belo e o bonito ade do gost cs saben 3 As twat (artistas conguistam seu espago Acritica de ante ” ll 12 13 14 15. Ante eaprendizad0 sn 7 1 peti do apendiada pra aa SA potas ‘So apenate pao public, Aspect oe se A dinamica da are - 6 ‘xmovimentn anion ds anu 6 Manca no br cn, 67. camage do enilno papel da ungvardan Ate, ignciae indistria © ‘én, 72: A inde apni dae 72 A scl de Ane e poder. Z 1s ( suriment da are sca TA pin oma 78 A Ane e realidad SI A penpetva ofa Aa igwatva, i: Begum a tes reliddes 86; Merion, ister vations Ane eteenologia, sows 9B {e005 A evade sola es repre 98: pros 0 publica ¢ a arte EF m1 Avnet de hoje a pretemtatcs nsperns, 10310 paca ‘nrg do smi dara 103/ on abr 05 final. o que € arte? 07 Bibliogratia Ho IuntTRobdUCAO engragado como cots pulavrasparecem lkimamente er mu dado de sent ou, pelo menos, parecem no sgnificar a mesa coisa para todos. Os melos de comunteagao se muliplicaram, um nimero {norme deinformagies etc, no eatant, parece qu. cada Vez mas falamos Hinguas diferentes. Iso acontece, em parte, porque. hoje. as informagBes si muita erapidantene divulgadas.Temos pouco tempo path ouvir ax mensagens. comproender e assimilar seus significado Em parte, porque existe uma srand diversidade de fontes de informs- fo uisputando a stensio do publico para suas mensagens durante 0 ‘ndximo de tempo possivel ‘resultado desse edemoinbo de informagbes & que mults pale ‘ras so entendidas de mancia diferente e usadas com siaificados ada Ver mais contaditrios, Uma dessus palavras —astuato deste Ii ro arte, temo uilizao cada vex mals com sentios divers. Muitos flim em arte referindo-se 3s obras consagrads que es to em museus, de msicns erditan apresentadas em grandes expeticu- Tos ow ainda aos monumentos existentes no mundo. Algns considera ate apenas 0 que € Feito por atsasconsagrados, enquanto outos jul {gm ser arte também as manifestagdes de cultura popular, como o& 10 Imanees de corde, 80 comuns no Nordste do Brasil. Para mlios 8 Inanifestaies de cultura de mass, como 0 cinema ea fotografi, 180 Sart, a pass Que outros admitem o valor attic dessas produ- foes, ou pelo menos de parte dels, NBo so poucos os que, mesmo tiante das obras expostas em eventos aristicos famoses,sentem-se ‘onfusos a espeito do que véem a Quanoo se reat 0 ARTE “alors do belo —estio na onde do ia AGW TUR HE Veg un cer rid pet omen. pty 5 ese principale agen pe sew cone 04 a sensblidade esta. S a ar de passivos pa nos tomar ossvel que, nesse pose re apesentando-se ou que Yea pessoas usando camisetas com desenbos de um renomado pinto. Nas Erandcscilades convive-s com aes de atte exposts em oundoors € fateray inter de pros pinta por artists consageados — quem tas veres nos passin desperceidae, como o mal da piaora Tome ‘Ohtake no Anangabad, em Sao Paulo. ‘Quine tadow oy espagoneatividadesapesentan de alguna form, questo esttcas euros qe precisa ner enlendidas. Essa presen fa nate em novos ambiates, mn formas inasitas, sain 20580, ‘iacadia, abr para on artis um campo imenso de atuas2o profisio nal, Assn, qualguer qu sja area na alse ale ous potenda aa, Csramente, em algum moment, se eatrari em conato com a arte — ava ou ad mesmo na administra Esrinica « mreusinca Para eter uma ida da amplite das novidades que as questes de anc enfentam hoje, ¢ preciso mencionar qu as ovasLeoras pcos Sotve's intligéncia homana metram gue ela € muito mas eomplexa do ‘que te pemsava. Além du capasidie de raioini laico que spre ct. 'Ao tongo dese liv iremos nos deter um pouco mais sobre as diversas questoes que envolvem a ante hoje. QestGes polémicas por ‘gue dizeo respeito a um mun em Wansformagao. Alem de estar pre cote em nosso ctiiano, de nos departrmos com ela nas mals inespe fads situagies, wate €0 campo da cultura humana que soreu © maior impacto resulunte do desenvolvimento dos meios de combnicasio de massa ¢ da indir cultural. Em conseqUéaciadiso, multos coneetos las gue pareciam inqvestionsves bd inte anos oje so Yevistos eas. speramos com este texto estar atusizando eescarceendo esis ‘questes e animando um pouco mais o debate a respeito dese campo ‘Ge vide humana to cheio de ealizagdesebeleza 10. ] ARTE E VIDA SOCIAL {J arte 6 social nos dls sentidos:depende da apo de {fatores do meio, quo se exprimem na obra em graus diversas de sublimarso;e produz sobre os individuos um efito pritico, modificendo a sua conduta ¢ concappio de mundo, ‘1 reforgando neles o sentimento dos valores socias. ono Cinta ee Netoidor er esi Ames de comecarmos as questies relatives ae propane it, quero explicar porque el toro importante para mm e com base em ‘ue principios me disponho a falar dea. Desde adoleseacia, as images ‘tguiriam para mim enoeineimportncia como fora de expessi. Cos. tumava rsorar das revista imagens eiastragies as mais significative «ue, acompanadas de frases expresivas,companbam um mural pata Tar nas paredes do met quarto, expondo ms rancor. minha dvs © incertezs. Extavasave assim minhas emegSes, prendia ame expessar Plasticament.além de criarem mev quaro um ambient dfereate pes Soal Passr desta experiencia para o desea e pa pina foi wm pas- $0. Aospoucos. fi descobindooprazer gue existe mesa forma pista € Visual de expresso de nossa sie e pensamentos, ‘Chegando 3 dade ds esol rotesiondl, julgando que auele pa- ere aque forma de expresao a erm um cain segura de trabalho ‘Sobrevivencia, escolh a scilogin com campo de ative profs tal, pasando a consideraraarte apenas como um hobby ov enirtenimen- to. i alguns anos mais ade, em contato com vm grupo desaclogoe da Universidade de Sio Paso, que tralhava coma are some istrumenio ‘de pesquisa socal, pode integra exes ds voces —aaree a sovile. tia Desde nto me espcialize nessa rede extodo ds eles ent os homens eypressas através da aie a soiologia dat Quenroes oe dors Socotocia aare Para gue o leit poss entender que campo do saber € ese vou dar su amu ig in epi na Evgenia D'Or, histviaor da arte eensaista espaol, desenvolveu sum estado no ql relaconsvao poser das intuicbas politica eciio ‘ts com a forma das cpus de sus tempos ecastelos. Na Made Mi Segond ele, esse efi erm encimados por torres qe representa rqultetoniamente os seniors feudsis — podersose independents. Ji { monargia frances esabelecend um poder cena fez consrir ma fstosuseopuls arredondadas para sus canes, com areos gue se “cu i ” "a num pont cent, rpreventando 0 ascent pode real A Iara ‘em oposig a ese pee, eilcou eatedruseujas cpus procuravam teangar eu, dics Tone de poder, segundos dourina. Assi. aaves daTinguagem arqute- Winica, senores feu fais peje ves de Xaram expressa em Aisputa pelo poder material clr da ‘Outtos esq sadores procuraram star ela en tee a eoupa das pes oasem determinadas Spocase seus signi irae ore ono ARTE E vipa soctat dos sociais. A socidlops brasileira Gilda de Mello e Souza estudan 4a mods do séeulo XIX, conclu que a roups usads pel elite —- salto lose fins, indmeras sins rodadaseimensoschapéus oraadon até com ninhos de passriahos — procurava exibir son ociosidade como um privilégo de clase, expresso na sumtuosdade © no exazero das vestes Asim. a sociologia da rte procura mostrar relago entre as me nests arsticas de uma sociedade numa determinada epoca a ‘mancira como os homens nel vivem pens. Na roupa, non edi: ‘os, a literatura, eso insritos os valores dx sociedade, seus habitos «st mentalidade- Os indigenasbrasilers, por exemplo, assim como ‘os ovens de hoje, tatuam ou pinta corpo pura deatfcar seus gr pos dices. bem como pars destacar a impostincia social de seus mem bros. Cada iago desse desenha tem vm sigaifiado proprio e uma for sa com sentido, Em meus estudos nese campo, descobr que as mulheres do sécn lo XIX. em Sio Paulo, tiveram, an coiririo do que se pensava, grande Jmpontncia social. Essa descoberta result da andlise de etal que hj fazem pate do acervo de mwseus, Retratadas com soberania¢ mis jestade, ess mulheres exibiam uma postorae expresso que tevla ‘am poder © autoridade,Estudando a pinturabaroca tinea, pude n= lender como a arte patocinadn pela monanquia brasileira, ne sécalo XIX, se apropri de certan composigtes pict leas com as quais 0 Pimtoresbartocos sepreseniavam personagenssagradas, Ea Una mac neira de “endeusarem™ também or res e nob, at Pietéricos és de recursos Essa eoutras preocspagies consiucn wabjeto dest ‘enc eltvamente nora — tem cere de cem anos-—-que és sci: sladeane, Essa cléncia pare de certo prieipios relatives 4 determinada forma de pensar o fazer artistico,& linguagem. a comunicagio © a€ mesmo 0 conhecimento. Nao é Unica, Existem ovirascitncias que ‘estudam ware. como a pscologia. a histria ea floofia, Cada une dela rouse importames contribs pars o estado da arte. mas neste Tivo estamos paticularmenteinteresadosnaguslesaspectos que dt em respeto 3s Flags soci, As fons de organiza. avalagS0 © legiimagso da obra de arte 13 Fewomeno.osia € ante Dentro das inimerascovrentes tries da socfologia da ast, em nossis pesguias femos nos valido dos prinipios da fenomenolosia, time correne de penssmento desenvolvila principalmente na Alem tha ena Frango por autres como Edmond Husser, Mikel Dufrenne Marleau-Ponty¢ Gaston Bachelavd entre outros. Segundo essa caren {eva are deve ser entendida a parti da TE icccrccsmeerenrinte ‘Assim, a8 questes de arte que estamos fentando desvendar 0 aguelas que dizem respeto ao observador eto pice em geal (ma ‘er com ata sesibilidade, sus manera de se e seu cotiiano. Temos Cetera de que dscuir essa quenes ford o nos leitor mais partici pativo desse mundo de informagdes, imagens. sons que existe A nossa olla com a gual convivemos cada vez mals intmamente O prAZER DO BELO ‘Mas 0 que 6, entio, o Belo? Nio é uma idéia ‘ou um modelo. £ uma qualidade presente em certos objetos — sempre singulares — ‘que nos s80 dados & percept. ‘ia Dene sto ance atase da sensi de prizer ‘ve lemos ao apecir uma miss, uma pinarm, uma foto, una dance Um praze diferente daguele que temon quando doninios be, coment ta comi especial ot fazetos stor Tmaginemos 0 segunte: vost vé wma cadeiraem uma Ioja, Ach aque ela éleve, Facil de caregsr, bem-feta¢ de pogo acesiel. Mas. én de tudo so, voce a acha bela, Quando a olhs,conseguedistinguit | sua forma interessante e peculiar A sua cor, por exemplo,branca des pera em voce uma sensapo de leveza que combi coma linha am bbémleves da cadeira. Nota sinds que a form das pernat&hartooiona ¢ permite uma movimentagdo live por parte de quem nea se sents © 0 bragosparecem convidarunuirio ase apoio. Vox fem a sensaga de que quem a concebeu entendia do corp humano © de sua neessdade ‘de contort, Todas essas impresses spradaveis,chcas de signficadon ‘sgerdos pela forma, cor tera e mesmo pelo conjuns come ua odo, oastiuem o praver do helo. Voce finalmente compra a cade sentc prazer quando a olha em sua casa, mesmo quando no ext pensando Sequer em nela se sentar, Goss tanto dela que a deixa em lugar bem 1s mn visivel porque apecia sua concep, suas lahas, sua forma Esse pa tere ovpraertipico da arte. Chamam de paver estético aqule gue. fesuliando da sua comporgho © harmonin ¢apreciado staves da con templagi 08 fragt, ‘Quer ouio exemplo? Seu amigo toca vildo ¢o faz de wma ma: cia que Ihe puese Unica, Hé um senimento ent sus interpretasto, {ina forma expecta de dodiar as cordas que Ie soa ineomum. A ml ‘es € conhecide e de dominio de muitos, jé foi gravada e egravada inimera vezes asa mancira somo ele 3 toca nica e voce parece Cntender cada variagio melodica, Voce tem a impressio de que, dot ‘dasa fords possvels, ele procuou descobrira melhor. agucla que represent aintongio do compositor, a posibildades do iasrumento ‘aespreso de sua semibilidade, Esa scnaagto que a mésiea Ihe raz ‘Eo praver que csrdtorizn a fruig30 ou percepeso atistica. nest presente também guano, por excmplo, mos que eso ther um pser © nos desidimos por agule que mostia um imenso de serto sobre uma palsagem avermelhads de plr-dosol. Voet gosta da Composigio da foto, da cor da imensido do espagoeriad ete ain pressio de que, se entivesse diane desse cendrio com uma miquina fo {ografica, fotgrafaria a paisagem nesce mesmo Snguloe, Se pssivl ‘om w msm efeito, Ve pereebe a sensiblidae do artista ese iden ttta com elu Essa sensagio € 0 gue chamamos de prucer de belo © ‘owe pode ter ceteza de que, quando um objet, uma musics, ou uma ‘ena despertarem ease lipo de emocto, esse objeo, essa misica © e884 enn so manifestagBes atcas, 0 sewmvo pa rerricho © airetor de teatro inglés Petar Brook diz que a beleza de uma poss esti na qualidade ena perfegdo que pblico& capaz de deni Carnum simples gest ow nua palara, firma que, para serarte, uma interprotagin deve ser capar de extmulatsimaginacto do public que Ele est asim procorando mosiear que ve faz gene scoirexsaemoyao dante de wma musica. endo de ‘uta, de uma imagem e aio de ou em a ver como que xe viveu infin, com o que se aprendeu em cas oa a escola. E também com 0 fe se € com ano temperaments, Todo x0 nos fz sensves para deter Iminaaslinguagens para cers slugs plstcas,vinuas 8 mesiais Taro explca por que nem tos achat a mesmas cosas Beas. nem si6 ‘niveau mesos efeitos, A moyie artstica depende, portato, da 16 sociedad em que se vive. da regio, do tempo e das pessoas com quem 0 pesewvoumento 04 sesiiDADE ‘hos poncos vamos desenvolvendo ines forma propria de apreciar esteicamente 0 mundo que non rela, Vou dat um exemplo pessoa. Sabe como é que acabe ten tanto prazer com allt torpando-me {6 eseritora? Em minha cass hava livros em todos a canoe: nt mess ‘e-cabecerm de cada pessoa da casa, nas mess de trabalho, no ports ‘evistuk elf no banker. Algus eam culdadosamenteguatdados como {as em mbes que os tesguurdavam do pd da umidade, Mew pa € fais mae gostavam de lr ox mesmos livros e quando se encontrtvay ‘drante oa, wm pergetava an outro: "Voxel ehegoa no pedago em ‘gue ele (her) sa da cidade?” O outro respondia: "No, anand. Mas, poe favor, nio conte que cu quero a suepesa”- Em outa ecsiso, cles comentavam,deliciaios, eras passages c Ham frases em Yo all ‘emacionados com sua poesia. Eu ces achando que ler era marailhoso aprenddiariamente air apres frases, palarase tama, E ssi {gee derenvolvemor nose srstlidade em ama dterminada disp, em ‘isn, depois na escola e mas tade, com o$ amigos, petites iret ete aE aaa ae eles ee z dered iy fem deree tens rcmete ae Senate i po ‘speed pre pa bem de noso estado de esprite. Se fas de are que nos ta mite slepia. Se, ao cori mas isto aio € verdade, Muitas ve as que mais emocionam? Nbo si las que nos fazem entrar no elima do filme e vivt-o intensamen Poi enti nam nio sé pelo medo que euvsam, mas porgue foram bem once ‘desperiam no piblico exatamente ar emogdes que se autor ti inteneio de despertar, Portanio a beleza depend também da hubilidade do artista em expressar uma ida © em nos d cmogio pedpria da helera A reLaTiviOnDE Dk BeLEZA am valor uaiveral © que é belo para voct px {emipetanente. Agito qus o extciona num determiaade dia pote nlp parecer tio belo alguns diss depois, quando vocé esr com 0 tudo de esi, ou tier sto ou ouvido cue 18 raze Tornamo-nos entfo conscientes da belea ed a pec de tetro gue o-emocfonu, poem ser belos pars vos “ade. ou entre o vermalho do desert eo do prdo-so, oan etre tm geste de mio ea atitode oe ele representa, poss que Mikel Du irene, a aertrs deste capil, dix que o belo mio € um modelo cna ual Receatement, Steve Fossett, um balonisa tentava dar a volta 40 mundo em um Ballo, acahou tendo que povstr tm halo e no Falavam uma palavea em ingiés, pensaram que aquele eto colorido e chet de lures fosse wm tempo re or Aa eect cea Pee a tos, os adornos colorido usados pelos indigenas,fitos com penis nfestagtesatisticus mais ives ediversificadus, € que foram capazes ‘le apreiar essa arte indigenae revonhecer nea craga0 de eleva. ane. GEREN c Rentecimenic os anistas preceravaes € mitos outros exemplos mosiram que a belers ext eondicion etoy universais. Confle aa emogio que as coisas, as palsagens, a= Dulivras eos sons despertam em voce edesconfie daqueles que se jl: Fle sere eee tes aide orga pete eT Neate capitol, fentamos explicar que o qe & atintien espera pols surge da contemplagio e da feugio da obra de suas goaidades formain ede Hnguagem. Esta emosiodifere dagucla que tems coi anamente dante dos fatos vide, pore sabemos que ea rato da aginagto do autor e da nossa também, que €capue de entende-s, Assit, tatoo peazer que semniios diate de uma pusogcrn agree ‘oma a sensasao de sonpense qe femos a0 te agus mes resulta ‘do dominio do autor sore nate com a qual se expeesa, das qualia A historia dle arte 6 ums eiécia que procura ests od vorsoe movimentos que carecarizaram os varios periods histor oe da arte cident. De acordo com as earacorisias formals fas obras oo princiiosesttions dos arts, nes céncia iden tifeou as escola atstcas que se sucederam.O Renesciment fi luna delas« designs arte produida no Eoropa entre or stculos XIV e XV. quo substitu a arte mecieval cominante ate etao. A ‘sles depandla de erérlos como aqui, simetia © Michelangelo Buonacroe Leonardo de Vine foram (ols dos mais importantes aster dessa escola 0 Barroco, predominante nos séculos XVI ¢ XVI 20 contrario do Ransecmerto,defencia uma idaie do belorabaseads fo contaste, na exagero.s na emocionalidede Rembrandt fol um ‘dos mals importantes pintores desse movimonto, O Barrocoteve ‘rande imports tembem no Brasil, oo escultr Antonio Fran ‘ico Lisboe,« Alejzdinna, fia sua maior exoresao, brad Asedinba Mostramos também ue para sentir essa emocdo € preciso que a a enka a ver com sua sensbildade. Esta, por ses ver, depende da So idae,cultra enfim daguilo gue diferencia voot dos ‘ie depends do artista que crow a obrae decom Intengfo do autor como a qualidade de sun obra se realizam de forma preciso, portanto, que public se deite emociona e aprenda a distinguiroaueaprecine por qué, Além disso, se compreendermos {qu cada ui tom sua senibilidade, no Ficaremor eseandalizados com Hi um vethoditado que de: 0 que seria do azul se todos gostas sem do amarelo? E sobre iso que teslamos falar neste capitulo: do Eoste pessoal das pessoas, do prazer desse porto'edaguilo que 0 con eee que nines dan de A DIFERENCA ENTRE O BELO E O BONITO Porque 0 dislogo com a obra de arte é um dlélogo amorosa, demoredo, pacient, ex depois, om outro lugar ou momento, em meio a uma tarefa ‘banal. num momento de deio ou mesmo de raiva ov ‘cansago. Muitas vezes, precisamos trazer a obra conosco, ‘deixdla adormecer om nés espera do insight. (Fredetin Mone, tc de nba) Cento da, mex pi Kiama eeportagem sobre wurra do Viet una viotena gusta na Ava de grande repercusslo mundial. O Viet, antiga a Toi diviido em dos mages. uma a0 si. capalis. © ta, a9 norte, comunita,O Viet do Nore, poiado pela eno Uno Soviets, utava pela reniic ss engatoo ul ajuda po Estados Unidos, ela se opunhs, Esse confit despetaa passes di uss acaoraas. ant pelo confronts das proposts polis como pel ‘ierengde conde mitre etre os pases envolvios: de un lao. agra ridade hic norte-amerteaa , de out. aheSic ress so resto do mundo ereldade do confito, quan En eraainds muito over, tendo Fcado impress irendo vera ces 0 cree para fra do excondesj 23 ‘scape a pers | bez ae a prod dees bon, aaiete codes resin eva eine «4a por alguns arames entrelagados galhos de drvores. A cena passava’ para o observader uma seasagio de solidSo e feagiidude. Nao era uma Iimpeesséo agradivel 0 que ela despertava [Naqusle momento nio entendi como meu pol podiaschar bela wma fotografia de um quase garoo,sozinho num mala. meio uma guerra, assustado,¢,talvez, perto da morte. Reta, dizendo que aquela ima gem no ea bonita, que guerilbeir aparecia su, encolhido e fei, Mew ai me explicou. enti. a diferenga entre o ARR o Boni. le mie ‘compreender qué a beleza vem demos que temos dante de uma obra ‘deme quando percebemos 0 que 0 artist tents tansmiir-Abeleza veh também da sensagdo de conseguirmos vero mundo da mancins que pe mos ter sido x intengao do aetista, © Belo coresponde. tsi mora _emogandespertads como ia cbrrespondéncia a wrva idea ansaid Toi entdo que pude cotender como uma marcha (inebre pode seF tela apesur de rst Porgue a belera econ «a mmundo. dates emg. ‘mundo real que the serve de inspiraeio, tem aspects asraiives ea snes assim gommo desagradiis rise, 24 | | A psttica cssica € A Poruuantzacho D0 BoKITO Ede onde veio essa iia de “bonitezs", lacie nada com o alegre, ongradavel, saudavel, que me fizeea pensat que uma fotografia de um joer ffaro ¢ wnedrontado lo. poderia ser bela’ Bem, iss toveorigem nu Grecia, na Antigui (quand ALS ark Gia cidade iapor fnissima, A are ue ae fain pretendla xpress um ideal de beleza e vida ara i haronia, 4 simetria, 0 eqilfri © 4 proporcionslidade, Fo esta ate due ine ele eter cure ‘mento. Por ser considerads umn mode Principios — foi ehamad de MA pela mportacia que teve. acabou ds emnsndo poio mundo se sleab de bole TaRRj.e comecne a wer eoneiderae com Sniveral, Assim, mutes pessoas passaram a Julgarbelas apenas as manifestagdes ar Uiucas agradveis, armonivas qu IB team o mundo no coma ele & mas oni Je# ‘Dal ase confundic hela com sig ‘ios de aparéncia, com propor tinal (ecidas e cow equilfoio de formas (tam pasa | Esra ddan iveram muito socesse Bee peas ue o belo deve neces. Sariamente ser harmonioyo, agradé vel saudive e alegre, ou ej tudo ‘guilo que Taz uma pessoa ou ina consirucao serem eonsidcradas. Qucoecgrians Megs A (Bitte eroneromconce Fences tgs 25 ees Tous acne eed sestiates = Outus exces ar Classicsme, enti, ‘etenderam o principio. no feo © no desagrad fal Guericeaeite Aesordeme adesinnon : “al aided a um ies. Ero que meu pa pervebia nt oto do velit. Ser possvel fla de guerra, de evoluguo ed sensagio ue despetam saves te imagens nas quae predonachoequlirio ea acronis? Meat que Scie ponfvel, abcleza no ea esses prncpios ms a ransmisse de tia forma pocllade vere inerpretaro mundo, da ila gue transposta urna obras eronsii a ene do leit ou observador — pare ie Dis movimento artieos se opuseram &estica classica © amo eo Expressinisno,O Realimo defend serfungio da aren so pice @ mundo tl qual & procursya a abe de areola ‘ue desperta une belecor com o pli a emogio reste de una comp itso a0 gual oats perience e iin que quer transmit, NSO nos Asixemos engana,portano, plas apace, 26 Aeallmo fo movimorte artistic sugido na Frenga por volts ‘4s 1850» que ee prolongou ae nal do seoula XD Sous artas procuravam repeaentr avid etd com 9 maxi de she. ‘ros movimentos que rcusavam uma posture Meslaade da ate {cetondo como ume de suse funeoes prmoriais a eres ea de nineia ds relied, Gustave Courbet ol um dos pinores eaistas Inasfamosos © suas obras representavamn 9 ctidiano, Este mov imentoteve grande acltazao na extn Unige Sovdtcs,destacan- dose Deinekae Visiov. No Bras, destocamos pnts resist So Baimirode Amida E Expressioniomo foi do inal do aula XiXQue, {ob influbein ae teria peicanalieas, procurave femogoose aubjetvidads Sos artistas ou sea, su ‘undo terior, Besenva: ‘ono numa epoca de ‘rane rise da sosedade uropsia,em que a emo ‘es eram mutes veres fi angistla depcessto, ‘sa aro riou imagens fortes comunaen bestanteaiforontes da. ‘ucla qu eracterzaram ‘2Clsscamo. Van Gogh « Munch sf doisimpor: tes nomes do Expresso. sme, ae eonsagrou no fail 9 pintora Ante "aoe Va en Gah oon Neste capitulo, procaramos mostrar que a emogta do belo depende de ingmerosfatores, como nose culls e nossa sera eo ests trea aguelan manifetagdes que, comumeale,consieratos como bon tas. Explicames por ques beleza, senda como uma emnogto desperada por uma ideia eva inerpretagio do munda que somos eupaes de cap tar pode ser transmida por imagens fortes, tstes e ate desagradiveis ‘Quando conseguimos enificar somo sendoesétics x emagio que tna obra nos despea, esse momento conse o que Freerico Morais ‘ham de dng A ARTE E A RELATIVIDADE DO GOSTO (0s gregos, portanto, devem ser definidos como 0 povo (que, desde 0 século XX a. fol ocriador das artes Dilasticas, aquitetua, literatura, filosoi,teologia, ‘misteism, politica e guerra, (A.A. Toynbee sore inglés) Com imo no cpio serio, na das pritcgas crete da ae €aemoeo do belo qu ela desperta,e ssa emg0depende do nosso ‘cio svi de onsale, da paca « da clara em que vemos. Agora " capacidade humana de reconhecer ena emoguo que vem da forms, do smn, da cor, da harmon de um gest, ou da cpacidade de expresso ‘de um ros, foi se desenvolvendo aps poucos, Nas socedades mas a fis, ests emogdesestavam misturada 4 outas que diziam respi, por ‘exemple areligito ea pesuis cletficn. A cmos que un egipeo se tin dant dos primes vinks,provavelmente, tanto de sa forma como ‘Se sa devogdo aos deus edo Fespeito que tina pelo Fras. Com tea eee a eee ore ferentes, pasando enti distingur osetimento que vem da beleza de outs que a colar do mundo podem desperiar, como, pot xemplo, © prazer le fer « hem. Ao contra dos esipciosantigos de ‘quem falamos, ns podemos ver beles em um tempo, ndependentemen {ede noma ereng, apenas pli sua concep eta (Ox gregos foram x primeirs deixar epstrado 0 econhesimento ‘cacomcneia que taham do blo, Poram cles também que charam 4 fsica — ciénca que ead 0 belo e ue, entre os grees, estava It ‘amente gid ao gue veio a ser chamada de Clssicismo, movimento anstico que se consagrou na Gra. A esgic, senda a cieaia de pen 2 Sense: sara renpit daguilo que enti beers trnou possve o desenvo “Tien do conceit de wrt, aoe dado Ago que homer rode Sm 1 puncpal objetivo de dspertar nos otos a cmos exes uit important que nos entepdamos essas quence, Primer, ncmogaoesticn stents Ramana. Newb estos, sient tatu itso consegia possi animal com alum pode emo 98 legen sonido apenas pel apréncia Je alg abjeto ou pela mancira oao um som éemitde-Aathude de confemplaca ou fui de que i falamos, «que caraceriza etogao do belo, 96 fi prsenciada em ns, {nsf signe, cxtetn, on pves signs no flaessem ae, snus quc io tina concincia Se fa o, No Egito Antigo, pr exem- po enbumescultore melon como arts pergzaminos «dc {dor de tewes" A capacdadehomana de dstinguteaprecitsbeleza ‘matindapendovemens de outs gunade ue a cst as psoas © Stoundo postr. data de gor mil tos, de acordo com os documen torde que on cients dapoem até aor. Em aio dis, ov estusas iam ie spt sane prety tan poten fuat ou relgioras, © que significa gue elas fra fits no para serem Saas como ate; as pa gue ox omens menagesser etd ee pediaem fvorve pga ‘Rconsidacia eo sentido da beleza eda estes, congustas 60 pensameno greg iar somo herangs paras powos que vera conta com ele e que consttuem aquilo que chamamos de cvilizacdo (eidentat,Essespovos, endo devenvolvido a capacidade de perceber a {ualidae eseien do mundo, comecaram seleclonar inagens objetos ‘Sins nos quals predominava a emogio do bel, entre ouronsentimen fos despertdos, Pinuras, musica encenapdies faa, Ganga, nas uals era percepivel a iniengo de rlar Beleza e emociona esctica Incite foram eonsideradas arte. A partir da conselencia da funea0 es [Chica as demaly funghes dessa prtcas, como enirter 0 pblic, ho: Imcnagear ox deuseseiatuir a popilagdo, pasarema ser secundérias EE por isso que, quando falamos em arte etaton nos referiado, na mal fia das yezes, a essa tadigao do Ocidente, a essa pica secular Que ‘elecionou a0 longo da histrla obras — objeto, misics,esculturas © forma arguitetOnicas — consideradas exemplares Je acordo com © gosto decade Epoce. ‘Quano o costo se oFicaurza Dissemos que a emosio erie depende do lugar, da Spoca, da lade e at do sexo ds pestous que apreciam na deerminala obra ‘may como ¢ possivel haver un acordo sobre © que chamar de arte? Ou or que princpiosscleeionar o que € arte do que no 6? Pessoas que ém ‘efluéncla em determinado grupo social, por sua posigi0 ou por seu co thecimealo, clot du erties de aniline eicice, oa ata, um eo jum de pinepioseregras que passam a determinar o que é boa arte ‘Aguila gue € assim considerado pr elas passuaserensinado nas escolas Adeure, piesa sor dvelgado eaceito pr todos, constiuindo-se em unt ppadrdo 6u gosto comum. A partir dele, sioesabelecios prinepios de Sclegdo de obras que pascam a set consideadas, digamos,oicialmente Are com "A” maidsculo, como sedi. Bass so sepaadas soadas © ‘xpostas como obras exemplares que devem inspira os atstas. Seos Ctindores reoebom toda forma de recoabecivento soca ‘Cada cpocs ro um grange nimero de obras cu objaiv & em ‘onare encanta pblic. $6 algunas so selecionadas dependendo do ‘quo que aeetonasociedade. A dom acabam desaparecendoe mut {as sequer se tram couhecidas. Qual a fungi desis obra que so rej nase dsaparecr? Sua fun jastamente,posiilitara eles. Sem {Obras uc no tinge Gere gr de unanmidad, a pease serars inpossives. Assim, as obras qe sto udmiradas pum dado momento e que se consagram numa sociedad dependem muito do comtexto geral da Prodiginantcn Exatamente como numa creda, um festival ou num ‘xponigto os vencedoes 56 se destacam em angio de todos or oxtom oncortenes que raassaram. a1 semen [As TRaNSFORMAGOES NO GosTO nos qua emo ests depend por. geo dade do pbcn Pon bom magus soe va ve ansormn, aor cares pcichdescobease roles pla pra ict eas ane do psd, mas gs banc pvss formas Se ‘int danclo XI na pcs moo ll par Epa. Hav contig Seo tpt puses save ta apt pope ‘GEES ns’ Ee eee guar da Earp no peo que anccdcw + ‘Panes cofits munis natin quest esa epoca ret de Bees seem lage oma clizo ge rome posse el Arges bo ‘Auctitroana Corgi terra cbaarcmes om trotiaide em can es) da. Fm fo dso, fram shandonados series esis games © icradon. eno vigntes, pr ton eapizes de express 0 setimento da mc © Expressions ual ambos resto dessa rasfrmsgbes, ‘O gosto antico passe mifiarsnda pla propria dinimiea dos {Tscrnnada forma de expresso, depois de muito divulada, scabs per {ko tua fog expresivae B90 exipe due seja modiicada e que novos ura de espresso sium descoberos, Foi o que acomece, por exe Tio. no final do scala XVI. quando arte clsoa jn encantava tio ‘Rypewentaro movimento ess etoytesitimas do homer, dando orgem Foi chamad de manta a arte do fina do século XVI na aust se petebia a peacupage dos atstes nao com a reproduso fl da ‘atreza, tes rininlmente cam oaprimoramanto do esto ou me rare como a pintavant. Essa obres apresentayam wm stifle Inelor do que aa obresnaturalieas ect culo 8 estlizeg © a0 deco ‘hrvemo. Ae obras tardins de pntores ronsacartistas como Michela (jlo €Befae! it aprasantaver cracersticas maneiraias que assina ia passagem entre Ronaarimento @ Baro. Dace de Hynes rome dren ur eri Pog, Nite Poaun 33 “Mudangas nu ate ¢ no gosto de ua pea so provocads também eos pcos tists que eto sempre dexenvolvendo n0Ves TcUsos, vas formas de 3e express, Portnt, a dindmicn da arte depends das ttansformagdeshstritas, dst modifeages restltantes da populaizagho thos ens e do Jevenvlvimento do asta, Assim, lem do raze est tio variar de uma pesso para outs, varia amie a longo da nossa ess {envi eagulo que nos encunava ums epoca poe depois e tora me- fos Belo para ts graces segues, multas vezes, ulapassa, "Nao podemos enquccer snd ax modiicagbes tridas 8 prodvgio nisin pelo desenvolvimento da sincia, Voets poder Imagiar. por xemplo como a invengi0 do ave modiicou as formas de representao ‘de pasagens oman possvel, pela primera Ye vero mundo de ia em alla veloeidade? Ese imagens foram imeditamente expesss na fre, O movimento moderns, do inicio do seculo XX, fo inflaenciao elas revolugiescentiws importante eslarever anda gue a sociedad, at dois seul as a monor iis simples, e a pesoas coavisiam unas com as ootas de forma mais onstante «por mai empo, As pessoas se comhocim melhor © ttocavam iia ene. Logo, nessa Epon, cetos padres de comport: ‘mento run mals consanes, Ataalmente,eaetano, as sociedades $30 ‘nai iversificads,ax pessoas convivem com mitosgropos dfereates em dade sexo, ineresse¢riguers cada um dels tem sews pris mode Tos. Bessa forma hd hoje, muito mais dificuldade em se estabelecer um {nico erierio valido —meamo nuna doi soviedade e nama determina {ck — sobre gue & realmente Belo. Como dissemos no inicio dest i to, casé win das azdes por que as quested rte sto importantes. "Ee jstamente porque os cis esticos so to varives no tempo ra expag ges pia roca cleger ail qu deve Sr considerado Inodelo ou sein ate dese tempo, E ese modelo que gua os antius¢ {tutes yews opablic, Meant com todo o apoio daria, das excalas, dos {overnns, ease modelo aos powcos pede sda identdade com a realidde, orgue cla mow ou pau mado pende se poder de expresso Stberos eto ve, embora emogio esa vari de pessoa para pesoa de grpo para arp ede uma Spe para outa. cada period Hs Fieoelege um moviment'e uma produto arcs como epresetaiva no ‘Se seus prinepion eticos come da cultura viene, Esse movimento se transforma ei modelo eating cera Unanimidage. Meso pogue acabe- tos inojtando esses valores & mda que nos desenvolvemos,em casa fu escol ecm ont sitagbes ms quae entaros em conto com les. Diseinostmbn que a vigencia dese melo se ome em azo das ans Formagdes seca, de cert "ansago” do pibic, dos prprios ants, e te reso como resto do desenvolvimento tcico-ceficn, No proxi ‘ipl eremos como os arn foram as poucs se profisionaizando, 4 Os ARTISTAS CONQUISTAM ‘SEU ESPACO ‘A emancipasio da arte do esprto do puro artesanato ccomogou coma alteragso do antigo sistema de aprendizagem ‘@ 2 aboligao de monepdtio do ensino por parte das ofcinas. Assim com foj lento 0 processo pelo qual o homem tomou cons: ciela da ntureza do prazer extetico,aprendendo a distingi-o de o4- {tos sentimentos que o mundo a sua volta he iaspirava a profssionali ‘agio dos artistas também estou de uma histria longa © até penosa ‘Mesano na Gréia, onde, como dissemos, ol etada a esgtica © a conscigacia do belo, oats — prfissional que ela se ddicava — 30 {stzava de grande considera. Plats importante fsa seg, ao con her cidade perteta, a Republic, deta exclu o artista qe, sepu {ho cle, er apenas uma especie de iniader Durante a lade Meda, na Europa, a produsio anstia we desen- ‘olvey nay ofiinas de fundigdo, macenara wecelagem, obedecendo Ineamaestrutra de quaiqueroutas responsaves pela produgio artess- ‘il Confunides com os ares30xanbiinos, os artistas se sobmetiam a ‘ines regres de prio € mercado, em ofiinas fnlites nas quals tinham chances prinsiplmente os flhose parentesprximos dos our ‘eve esculres, Quem nto nascessee fala de atta s inka ua ‘Sgunda chance: o casameno, a qual e dav preferécia, também, 2 ‘uma uizo de pdtieas«imeresss. oi no Renasciento, com o desenvolvimento do comércio ea for image dos Estados nacional, os atsfascomegaram a adguii inde penuéncta das guildas de ariesaos medieval. tendo por clientes 0s co Ineclanesenriqucidos ea nobrers A arquietra amsica 0 eat © tlieratura se desenvolvereh como nunc ¢ 0 tists comegaram a Se 3B torna independents da ofcinas, pasando a ser manthos pelos res © “Pars noreinado de Ls XIV, er um grande museu de argiterura, ccullra ate devortiva, Ao lepado dos sSelos passados somavanese a Cada dia novas bras de rte.,” esteveuo Rstrador Jacques Wilhelm fm Pars no tempo do RS anrsta canna Autonoma A pri dessa roast de obras de ane agora produ inde thede Se confi som arco gues pratr manal ca pro loads diiga lo como de nuabliarsee clinton mecenas den caupes, produce res yarn um rode pain Em oposgbo 'A tag de aati ¢consertatrio judo a rganizago do ca parca © son atonoria,Ataves de uma metodolots gona einen them em filooia¢ hist, dscpinas considers impos para oe ealvimento de si rte Um corpo de profesor estinulava 0s alos. tmtidos a rigorso con, © erava formas de selego © comagrasao {dos bem-sicdidos, segundo sev vitron Bolas, ages premios ‘rivam atisas Je renome internclonal. putas pos reise bangueirs Post a pouco, a artes comeqavam ae diferencia de ona atv daies Jo conten que tem guia se prio esa de sus. Assim, se os primeifosanstasrenaventntss, como Leonardo tia Vinc,havia si tambem l6sofos cents, ox anistas mode tes comesavam 30 aftstar cada vez mas do flgsofo edo cient. AS ‘Stacian se fomavem aulGmomtas © pasavamy a se dasenvolver aa tn ‘ersidads, staves de seus prdpros métodosepitcas de peaguss. Dis Tnncianderc eadu ver mais do compo artitco, a filosofia © + cin Contra com wma grade fnvensho para difesso de suas dase par Sgasantia denon aotonomia & imprensa, 36, lesen de i a re evened ators aon Sie * Soblizora noha Vide Gr Galea Lowel dn, ‘ota, geluin, ‘Sire conareie Tendo asi se dstngside de outras atvidades ante pe orga nizar seu peels forma de aprendizado «seu mercado. 1s no século NV ‘io ansnados os prieiros cotratosindivibais ene aris ses eli tes A svalidade ene familias reas, gue buscavam superar mas is ‘Sutras na stemagdo e demonsragn de pode econdmico politico. tr hava os artistas ito dsputados paras constagao de vila © mausoleus brnados por ventenas de esulturas, Difndiase também pela Europa © hibited colectonar obra dears formando-se o aervos gue. mais a Ae, dria origem as pineizos musts, [A RIATVIDAD PASSA A eR RECONHECIOR Michael Baxandall,estuioso do Renaseimento, conta em su fi ‘ro 0 ofhar renescente Que, na alse dos contrat assinaos pelos sts, pereebe-se a importincia que os clientes passam a dar mais & ‘éenica do que ao material utilizado ae obras. A medida gue 0 tempo passava, os Sontraos iam definindo os femar, tan como panagem ou era cent bila, e nfo mais a quamtidade de ouro 00 de pial hm o qual © pitavam os avin, Essa madanga revela o desenvolyi Inento da conseleacia do fazer antstice ede sun especiicdade, Por seu trabalho, os artistas podiam reecher ui saldro ou uma quanta estipu lida, cujo montante pag o tempo necesstio para a produgao. om mero de ajudantes« auniliats, Pagaa, sobretado, 0 tipo de trabalho tigi pelo contrat e-0 uso da habilidade pessoal doavista, Nessa ‘mesma epoca formavamese ox primeirssorguestas companhias tea {eas para as quais se etlava um mercado de espeticuts, alm de con posigoes,pesase partituras ‘Anouste AUDA AU TAR © ARTISTA © desenvolvimento industria no século XVIII fo} ou fator im portant para ampliagao da produ artisticn edo mereado de are Sorgiramempressriosdisposts a patrocinarpintores« esertores que Ansievem proir de forms ads mals livre, isto independentes do fosto da burguesa enriguscida que exigin produtos condizenes com eu gosto. Assim rs cra a vanguarde artca, compost por atts ‘ue Hoscavam novos rus, novaslinguageas e novos temas, diferentes ‘dna consiprads Essex ait desejavam renovar os pues artist ‘os pela pesquisa sistema, respondendo a necessidades do proprio de Senvalviniento da iguagem e no is aspirages da clientes ‘indsra culral mo se fx de rogadae assou a investr nessa ate inovadors.Editorese prodotoressabiam que, embora ela ao ofe 8 recexseIurosimetiatos, uma ver que todo movimento nscente demo- ‘Sort tempo para se Firmar, ert garatia de permanente renevaga0 ‘Hecica Algunt comerciatere industri enriquecis amber resol ‘cram investir os jovens pintoes e msios,areditando na possi Tide ve eles virem 4s tomar Famosos, promovendo, conseqUentemen- tera celbridade também de seus mecems. CChamamos de indistria cultural aqusls que produ, em sitio Je de maqelnas, ane cultural artistic. Aprmoia nds igcultual que surg na Europafoi aimprenea ea industria dite. ‘a. responadvel na inicio do seculo XIX pelo langamanto de ose {Grosnovos que se tomarem colty'dedescomo Alexandre Dumas. en essa manera os atts iam canseguindoindependénca auto: mia, ao mesmo tempo ques pesquisa ea tenovagdo permanentes pas Savam a facer pate da prdtica arisen Os artistas fram. assim, se {ansformando tm prfisionas Iibersis,capazes de produsite ofere er ss obras um merendo cada Yez mais pedeross. formado pelos Sales galeria, tetros e audios, A eles taba aeesso um pblico Cala vee maior Pesoas antes sfstadas da arte, quando esta se linia ‘a 40s sales dos grandes nobres e burguses, agora tinham acesso 3 Ite O desenvolvimento da indtri, a arbanizaeao, 0 foralecimento do meread garaniram iberdadenecessria para 0 pleno desenvol tmento de arte e para sua csrteragao eomo campo autonomo de atv fade humana, Para estabeleccr as rlagdes atreo public © os artista, agora econhecidos cine prissonais cas obras erat vendidas no chama- ‘do mercado da art, surgram 0s lies, assumto que abordaremos no capitulo segue 6 A critica bE ARTE “Tao antiga quanto. pripra ae, erie de refi se dessnvolven so enquanto os homens aprendam explora ea ulizar a ss perepgao sts, que eseve sempre relaconada, de ana manera ulgamen- ‘oso tipo “gost” “ndo gostei" "& belo. Iso vale ato pata jl inento stbjeivo de piblico em geral como para crea profesional © ‘Specializads Fina Gri, pr ots do sSeulo I 2.C. que stir os rimsios ‘studs se ettica eae, rocerandn orienta ear intitas ¢paicn Ersunaerfica de err filosfico. que bosavaexplicar stura o et sti eo mesmo tempo, etbelcer ser da oa te Actitca de are €imporant por provocar uma converacia de po love de citeios de aprecigio aia, frendo com gue ertonsapecton Pessoasesubjetivos se torn coetvos A med que passer er com Pamihados. Vacés poem eparar qu quando véean pessoas assist 3 tm espeticulo juntas, geralmenteapeciam tcer comentirion sore © qe ‘iran © ouviram. Os somentirios do ovro sempre sda o dsenvolvi- mento de nossa sensibilidade,chamando aensaomuias vere pars ele Inentos novos e diferentes, quer convrdemos com ces oh no. Pois bet acres especializada fr exatamete& meat coisa percore ox diver ‘os elementos de una manfesiga attics esaelecendo julgamentos « zendo comparaes entree ¢ ours do mesmo aria, sre 0 ens ‘ema ow com a mesa técnica, A dlferenga ent ojulgamento do ecg yotssional, ou da chamaua cca expecalzada, © © do pabica igo & a Quenroés ve ante aque aquele procs uti eitéios mas objetivos, qu efletem. como a frp arte pensamento de una paca E por iso que, 20 Indo da hist Fia da at. deseavolve-se também uta historia da eetca de ate A tstirca cuissca€ ouraas estiveas Cis cram ent os esos da cet expeilzada na Gri? 1 ise ue ee om greg peedominsvam cris que foram depois he Inndor de rldsvens, ou msdclares,Dizmos meseles porque sera de ae par arte a Eorapa Moderna. Ente ess principio lisscos estan representa dclizada d ealidade, ou seja arte proeerando mostrar somo aeaidadedeveria ser, extimulando os homens 4s apeoxi- ‘mare dese del 1A busca de formas de representagio que se assemelhasem. na sa mundo tno vl, pine expe de um eng racional Je rag da obra expresso, porexemplo em pinipos como sir, proporcinalidae «equi. A wansmisio de mensagens de conte publica « on Soci e moral Parana oe de intra politica de Gre hers, le Caridad, utr feet ee doa reprerttr 0 ‘hints como ele vera. ite lod ps dos pole oer stn, Eve espruciisie vols onan ccpsrtnie de Moi dierent fo a esética medieval, desenvolvida sob w macaate prcsenga da pea na Ebr e de sts preocpages religions. Ab conto docs greco latino, pedominantement racial e humanist, 8 com fungio piaegal duane a transcenencia da nature. De sco. ‘dco esa visio denenelver-e oy sepuintes princes "A ora de arte deveria servi para que o homer se desl sa condigio humana, procu sede ad clear sev sprig chegara Devs “Abe inks por ung expres apace do omen da serena. amesm emp gad av celeste da grog vin. sera ay atviades attics mas nobesdachamada regen. “Por ratr de quests ligase missy det are medieval tra mo da eosin ea proposals aesiadaete os eos. A grander capil, egos msn € que ever seri 43 ‘Qensros oe sr tn ete rare nts nets sos alee pee eee Cone Dana ‘arta géticadesenvoleu se pincioamante na catsris@ non mostitoseatobcor da Bai ede Medi, Sua craters Tee pinelpstce5o os arcos em ogiva ay anes ates ornacns pot ea oa oseltra qe jose dentacava da aauiteire, endo 2 {ada independontemente, Cand do ‘ic na (O Renascimento, abrindo a Kade Modem, promove a etomala dos principioslosics elisscos. A are do Renasciment pocurta Jesper {urnos bomen a yonade de vivereo gosto pela vida, Ox ats renaseen ties desevolveram para iso mt arte als poxita do etidane Jo gue or idais ivcos to preciador na Grécia. Ante Jo Resascimeto aia tm erage religiss heads Made Média. eo homer comin comeys ‘its congustarseu lagen rpresenagso atte, Assn, ca pero Yo sginiando wm conjumt deers pra svaliagio da ate, que euiavam ovatus em sua produ edeenvotviama sensible do pubic pa ovevoeciment esse valores na obra. Os eco vera sempre espe al mportncin na divlgagdo desis ideas, may nio se pode deat de revalla que asin como nenhum ate tem um valor univer varandode “pecs para pea e de lugar ira gar, o mest ocume com crn, ‘Alem de insur nfm artistas public, crits preserva para «6 fauro os valores enteies de st Epos, Foi em pare através da cia ‘lia rega que pidemos saber a ue pensavat os gregosarespeito de ‘Acaite cri 0 julesmento xt dat, enretant,no tem apenas angio de ‘stbelever oma enéica ou de selecionr artistas ose Lionel Vent ‘stoose de ein de ane. fiona que “uma petertacia€ sempre o comes ‘dua cre”. Essa prefernca esa aude eric ¢ james a expes ‘io dos sentiments que nos despa obra de ate, element nspensive ‘ha raga estica de gu alarms tanto, Nao tata deus postar rte ‘sos poa qu tentameslestimar ou ho una manifesta artic, Tata ‘dma dispose de ua disponibile eceesis d prcepyin ei, uraves da qual ealcamon none emibidadeaservige da contempagio A tugo da anc exize essa cates acxpeiencin ats ge igni «alr ao enconro dea descobrindo seus coteblos ecunos A fuga € en in enc ded sibjetiviader ede ds seni ao pblicne dots, Pra isso preciso desire de cera formas mes pense nach, A esse proceso charamos prea. O pls pjta mn obra pun sem send es a ase de Seu jlgateno etic ee ec E posed ent qu uma pessoa ej dante de ma ra de ate © a consign al. Imaginemox um estaurador gus este preocpado no ‘om a mensagem ow coma fama de expend ait, ms im Som ua ‘ome por ele ulizada. Sua crtoridade e interese leva no buscar ‘536 tom, pa esenvver deforma precisa ssid profsiona. Sea ‘eng no est volt par x emogSo qu bra pss transite Par tarcfague deve exocutat—o sau, Da mesma mana faxing seta qu par uma esc, pode feo com un tengo deal ‘Ethers por, soricnent inden a sentido da a Tico ama eson gus exija poset sm cone pode te sia stench igidasoment pv pblco sun vl. Ao fina Ja apresen- isto secre temrar do tse oc n plo, Nenbuma desis thurs €¥e fg. A frugio eXgesoncenragao uma projeso does Giese aslcese megs a at crador porss qe istinos the do plblice que a br ar nalmente resi ti end me dr elements pase apesiar ura trad at A maria poe estar oun em stnincomaetea spe ‘Slat epdend de np ex ds gusts de are. Sou am Silo“ pston opted Porn, uncalenadr de sete de ‘ema deonpano acres & posse gue os ios entra die Tin mca ne, tiles on mons eto de aganen. fiverd cn a afidade conceals Se 20 coe, ou ums ‘Rar nue oupaequesdvalaocincms pass dere no pomp {Ten provavelmetie men aires inh apeiss sero mo i fetes anes due De ulucr manci 9 poss de frugfo € de mesma eater em amor ond Pee rok dor design di que aber sentda por ven soca una obra ae sires da emogio the el grea O conte ‘eto gue ne de una i ‘Bape poe amen nos Space de enend a tearrinsno aso hei A norma © ‘ oinidate com um ipo dk re rte mls Teas dis obras, mas ado tcnalonna sor ould Por so Por Brook reo Inca gle confemos em toss semble e emo tie tase donee seg vad 0 aio Goanlcnae i orn ‘Tete gos eo oped nam uso. [A PRORISSIONALIZACHO Do ckinico Mas, se hast amine sensibidade par apreciago de wma ob decane, porque oeiogoiniportanct Sabemos que Een expets, Cals sb reliados de carta quando uma citer ¢desfovorieel ala ie ele eee em Seis pes: Na Gren Anti moa ope medieval erica cspecilizndo ne isha exe papel ‘letra ants detdo um ito ue rela sobre ar, etando sens tae da obra de forma tao defntiva, sua crite que chamamos de _rissiona, srg as wansformagses ssi da moderiade epi Cialmente, dal elt ao fer anistio: X mela gue ae tno se tornando un protiesonal liberal, endo que vender nas bts seo taba, passou a sentir necessidade de um intermedi que Cynic pr de dtermia rf sind porque € mele do que outa O mercado daa, reindo malas eres pesss gue Provision um consebsroe wWaliador da obra que se pscfoncs fhe ele eo ars Nao podemosesquce! tame gus ase ml to nimero desta. obra polio, psrow shaver rand eo ‘Soméncia entre eles—~o pubic dsptande a brs, cos etat putando publics. Nene contextoa intemedagt do ericeernose Init importante. O desenvolvimento dos mes de comunicaglo, 3 tnkiplcago de oral eis raram anda um espa prt foe ‘mado do gost e divlgasoo da produgde arate, © erescimento dt dade, brgando grupos os mais varados vam & Made e vigem cultural fez com que produgbes aries a dienes aan texto. Aisi ctr am po ‘cou um acleramento a produ arste, Esse tomes per ‘octdade conemporina. eso ainda mais inprane tatal So vice, Diam deo fro hereado, publica aeem ipo par ee, ime detns melhor @ cone em um criico com o qu se fea iid, plo menos pars uma prima escola, Jit ae ele nos © pape darlin teats tornado cada ve mss ini atv ero da profergte de manifestoybes attic Ue un ar sinaciamemt ene atin © pablo consumidr. Fxisem hae mi happenings a performances, v6 weaban senda conhcedus poop ico através cd etn que as eta comet Hoe em das np Por mals que ame a ae. comsepuescompanhar te 0 ue acme ¢ tudo que apecnaa A ces jul pabicoa free ego ¢ tomar comheeimem dagle qu no pve ver ou a Zz ‘Quests ve ART omens emer a sn renee ot oe ‘ert and uae rappin Es Sere hfs mer penne ssc <== 6 anooings dr srg na deeds de 127m artar cnonnetea tate iponines grime tat. Seese in Tle ve geome sb conmmporres ea aan paves oes eet Meno gu aco da oii geal don specialist € Dred cene panes rf dar 48 7 Em CENA, 0 AMADOR Transforme-se 0 amador na coisa amads. Por virtude de muito imaginar, rndo tenho logo mals que desejar pois om mim tenho a parte desejada. Cons, cera vee, um rapaz qe realmente “detiass” com misica sea iospectivae fechas, cas opines poucos cones Pano. era como ss estiveese fomado de um éxtase mito parila ¢ ‘ipeil, Toda sua tinier desaparcia ele parcia integea-se Ele sempre demonstrara vocagdo para a mdsica, com uma compe cia rar para interpretare cia, tendo ate compost vdrias pega, tum ritmo que se podria clasiicar como "entre 0 rock ¢« bl ém jas gui acum proftlonalvente su Yoragdo, cand sou taut conensioni, pereverante «registra, pela aividade aes tie, mu maoria das vezes to duvidoss insegure, A msica fea mares que mio paderam transforma se talento em pros mesmo dotados de una sensbiidade inquest ‘Mew pai. por exemplo, ers um desses amadores, Tocava lata ‘com muito sentimentoe psa grant que, x0 menos na familia — seu ED epee rege cree eaten thor ue. ntegeando um quareto de corda,slegriva os anivesirios Quesroes oe ante, 0 siowricano Dx pauavea Amador” € uma palevea feliz para nos referirmos a pessons ave - ocagdo especial pura detorminada are que esr demonsra uma voeagao especial p {ks nloapraticaem de forma profissioual, jamais a abandonam, Pos “ida gerago, milhares de msicos, peta. pingorese escultores de $ovotsen cus dons apenas po amor on paix. Por que estas pessoas oe erate € QUE ninguér cons "Essa eapacidade humana de emocionar 0 cos ans eer Geamero ec pect Diigo por Mice! Radford, ofilieslata aon ‘Aare lana wc! n ve shaman, monn eds crvgvom fend ‘Sapaz de ser captado por qualguer pessoa que estejadisposta a iss, "™\tacio Jubur-Yunes, um sociélogo brasillro qu trabalba com iseavolvimento de pestoa,cscreveu um iro mostande que di ne no desenvolvimento de nossssqualidades do que os textos cient ficos. Base autor Yornow-s asessor de desenvolvimento de pessoal de itico dos fanconiris através de flms, livros, misicae poesia "Voct também deve estar lembrinde de tr feito, algum dia, coat sim, procuran despertar Beleza em quem olhase, late ov ouisse ize ds evclaruma voropte que Vor suet peteiien A 1 psoas, enretan, pr lnseguranga ou timide, porno valoiza esse ‘Norco. acaba guardando tuo see chaver — ox poemas, as misias, cs Jesenko, Outros abandonam sus crntvidade empurados por neces ndes de trabalho eganho delxando sua vocago para» apesenadoria erivida catava para seus flor sinda Gorante a gravider. Acreitava jus eles cram capazes de uvica ede desenvolver anda no lero, 0 to pela misica 1 AMADOR A ARTISTA PROFSIONAL Sepia faner da arte sua profisao c au meta de vida? Bore a prot ‘onli exge mais do ue uma sensbidade desenvolvid, uma vo aso ow um gosto por determina forma de expresso. Exige dediasi0 eres, etud,aprfundamentoeavaliasSoconstane. Exige compo ‘Um dos mais importantes pintores moderos, 0 espanbol Pablo Pi caso, dise que a ate enltava de 10% de inspragao « 90% de asp acto. Ens transpiragao vem de exforgo trabalho, Mésicos © pintores am ast ate por tempo integel. sso €o que os diferencia das demas Dessoac ue prodzem sale nos fins de sein, Mar ado bars issn para se chegar b cosa oso. preciso que mercado eat, aprenden tudo que possamarespeto,acompanan dos outros profissonas, reguentando lugares onde os avaliagho do pico eda critica especializada 51 ‘A woOsTRin CULTURAL E A PROPAGACKO DO AMADORISHO tov ci Reso ‘emia Peers gion ou pres de eee ecco pr da afore aliado expresso de uma cultara popular genuna ¢ raicionl siniam desde a cvlizagto greg, ae esp Zanose as manifestagbes populares e a ae tradicional dos povos, Essa gem poplir on dagjelesprovenientes de atividadesatsanas importante ditngur oats ingdnuo ou primitive eo auodidat num dterminado campo arstcn, resume sua experiéacis ao imbito da ‘A ante 00 mconscinre Foi a liberdade defendida pelos modernists que permitu a dese tran artists de rigem ¢formago divers, falaros dos autoidatas dos ists ingenios, agora van alr dos atta doetes metas, on ‘O deserwolviments da pias com doenss ments, no slo NX; sdtavsse que se expressando iravés de imagens ¢ cores os doenes mentais iti tena, al de perme lve manera do seu icons aA pou, perched ue ts ds obras asim profs sm ada exc, embers enpencnsen vale diferente a prod ata ‘Ante inomum foe me dado a eta produto arise rel ada or atstas daontos metals que dosenvolveram estes pro Dros, ene o popular oeruito, Uma are tam intanges prop monte estticas mas que eleanou raconhecida padrao de quali fe. A renovaeso que essa arte proda vinha s0 encontro do ‘moderismo am sua proposta de romper com os pudrOes closios. No Brasil das pessoas foram responsiveis pelo reconhesimento catéticn do aah de seus pucientx: Osirio Ces, mdi do Hospital Psiguidtrio do Suguer, em Sao Paulo, e Nise da Siveira, psiedlga res posnivel pela Sepa de Terapétiea Ocupacioal do Centr Psguitrico Dedio Ino Rio de Janete. través de exposghes, mostas publica ‘hes ring de muscu, divulgram essa produ aristicaeviden- ino su valor exeio Um none famoso no Bra, © aé no exterior, pela qualidade de seu trabalho. foi odo artist plist Arthur Bisp do Rosirio ques int tral em uma clinica para doentes ments, conseuiu pasar para obje- {ose vesex que rodriaem seu quario toda a sua visi peculiar do mn th, Bonlando os rads txidor de que dspunta como intra, com os fios que ia retiando de eu uniforme,criow un ualverso de imagens Pinalmente essa produglo foi descoberta ej percorreu © mundo. Um ds als da Epcola de Samba Viradowro, de Jouesiho Tria bomen teow Arthur Bispe do Rosario ao caraval de 1997, cuo tema era a fou ora genal de certos brasileiro, ‘Como seve produgioextétics humana & muito mals rica do que lemon imagina.caalogare valu, Sia inimeros os exemplos de fins despreensinsos ou amadores, yas bas acaba eneantandoo mn ‘do sdiinds a leptin pri da ofr de arte. E tant aera Especialiada como os profiesionss,empesdriose uradores, sabedores fete complenidade Jo fazer attic, exo sempre procrando renovar ‘seiterios de avlagio anita, etando novasregras de slg. ‘Serum amador date paree candiso prGpra do ser humane des de que ele mou comscitnia dessa capaidade de entender express 0 tnundo deforma esteies, Usizarenses recursos attics como meio de Expres também se toraou parte da natera banana ‘h proisionalizago ou nie dessa atvidade, seu reconbecimento © consagrago, entretano,tém explicagbes bistrcas que dependem me- ‘nor da qualidade da obra em st do que di instulonaizagao do fazer nisi. Assim, qualgoer que sea a origem ca natureza de uma prod {a0 artic, cl 0 se torn profesional quando reconhecda,avalia & tcctonada plas instiwigdes envolvidas — galeria, eonservatrios, esvadoras, moseus — © Por profissionaisreeonhecidos — curadores, Empresiion professors critcos, Ese processo € que di lgitmidade ‘bra ormaalor parte de unpaid coletivo e pla e profissio talizando autor. A arte do amador permanece nur dito resi, par Tutor descompromissado st que gum descobridor de aleniosei- Fedese anoiite ea pojete no campo atstico que Ie € pips, 56 8 ARTE E APRENDIZADO Constable — pintor inglés — disse que um artista que _aprendeu sozinho aprendeu com alguém muito ignorant. IE H.Gombrieh, storia rt nas) Multa ¥ezes,dlamt dem quadrofamos,ou de um concerto especi mente convent amos adiradie con o leo do ati, tacit “dec hablide’ Ao mesmo temp, nos sentmos in pouco isin Tes impotetes dante desse talento, com se Se valor fsse esta de "im dom pesoal intranservel, ma spc de redstinaeo arate No entante se € yerdade que todos temos capaciade ita para nos emicionarmos com ate e para aos expressarmos através de agua tensamtinias desenvolvimento dessa potencilidae depende 8 ni Inetosfatoresligados 3s coadigds de vida, 2 iste pessoal endo 3 bossa hapagem genética, ‘Voce repatou, por exemplo, como as pessoas agem diamte de um espelha? Fazem pose, elham-se meio de lado, procueam una ex ‘resido mas interessante, Pois em, este gestorevela um inato senso stig. teansformagzo dease senso etico nun forma Je expres So peculiar, raves de uma Hingbagem, depende de varios fares: De Pend de un apni ine, ou Gag ge comumete cham Certs alividades. Depend sinds de estimulos que reebemos do mei, a famitia, dos amigos eda escola, e ue vao dexeavolvendo eapacida: ‘es: Oaprimoramente do senso csttico depend tame do aeess0 3s Tufoumagbes e& educagso apropriads om distemos bo eaptulo or encaminha o artist para odesenvolvimenta de sts spies, use), para a profissionalizasso. Z

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