Professional Documents
Culture Documents
F il o s o f ía
CONTEMPORÁNEA
TAURUS
PENSAMIENTO
© M anuel Cruz, 2002
© D e esta edición:
Santillana E diciones G enerales, S. L., 2002
T o rre la g u n a, 60. 28043 M adrid
T e léfo n o 91 744 90 60
T elefax 91 744 92 24
w m v.taurus.santillana.es
ISBN: 84-306-0459-6
Dep. Legal: M- 7.861-2002
P rin te d in Spain - Im preso en España
In d ic e
A M OD O DE p r e á m b u l o :
Q ué hay d e c o n t e m p o r á n e o e n la f il o so fía c o n t e m p o r á n e a .
(A cer c a d e si es p o s ib l e h a c e r h is t o r ia d e l a p r o p ia é p o c a . ) ............ 9
P r im er a parte
La T r a d i c i ó n a n a l í t i c a . La p a sió n p o r e l c o n o c i m i e n t o
C a p ít u l o I. A l g u n o s padr es f u n d a d o r e s ....................................................... 21
G o ttlo b F r e g e .......................................................................................... 21
B e rtra n d R ussell, el co m p ro m iso con el c o n o c im ie n to 27
G eo rg e M o o re, la falacia del se n tid o c o m ú n ................................. 32
C a p ít u l o II. E l n e o p o s it iv is m o y i a c r ític a a t o d a m e t a f ís ic a 43
C a p ít u l o III. W it t g e n s t e in , p e n sa r d e sd e e l l e n g u a j e ........................... 55
C a p ít u l o IV. P o p p e r , la c o n f ia n z a e n el f r a c a so .................................... 67
C a p ít u l o V. D e sa r r o l l o s df . l a n á l isis ............................................................ 79
G ilb e r tR y le .............................................................................................. 79
J o h n L angshaw A u s t i n ......................................................................... 83
P e te r S traw son ........................................................................................ 87
Segunda parte
La t r a d ic ió n m a r x ist a . El d e sa r r o l l o d e l id eal e m a n c ip a d o r
C a p ít u l o IX . La im a g in a c ió n d ia l é c t ic a ....................................................... 131
M a x H o r k h e i m e r .................................................................................................. 134
T h e o d o r W . A d o r n o ........................................................................................... 139
J ü r g e n H a b e r m a s ...................................................................... 146
T er c er a parte
La t r a d ic ió n h e r m e n é u t ic o -F e n o m e n o l ó g ic a .
La c e n t r a l id a d d e la v id a
C a p ít u l o X . H u s s e r l , la c r ít ic a a u n m o d e l o d e c ie n c ia .................... 159
P o n e r e n t r e p a r é n t e s i s ...................................................................................... 160
L a c o n c i e n c i a i n t e n c i o n a l ............................................................................... 163
U n a n u e v a im a g e n d e la s u b j e t iv id a d ..................................................... 168
I n t e r s u b je t iv id a d y m u n d o d e la v i d a ....................................................... 170
C a p ít u l o X I. H e id e g Ae r , la e x is t e n c ia fr e n t e a la m u e r t e ............... 183
E l p r o y e c to f il o s ó f i c o d e M a r tin H e i d e g g e r ......................................... 184
El h o m b r e c o m o ser e n el m u n d o ............................................................ 186
E x is t e n c ia a u t é n t ic a y e x i s t e n c ia in a u t é n t ic a .................................... 188
L a a n g u s t ia y la m u e r t e .................................................................................... 190
E l t i e m p o ................................................................................................................... 193
L a n a d a y la h is t o r ia ........................................................................................... 197
A p é n d ic e a i a t e r c e r a pa r te . U n a v e r sió n e s p a ñ o l a .
O rtega y G a s s e t .............................................................................................................. 249
J o s é O r t e g a y G a s s e t. U n a p r o p u e s t a a la lu z
d e u n a in t e r p r e t a c ió n ................................................................................. 249
L a c o n f ig u r a c ió n d e u n a p r o b le m á t ic a p r o p ia :
o b je tiv is m o y p e r s p e c t iv is m o ................................................................... 250
R a z ó n y v id a ............................................................................................................ 254
M a n u el C ruz
C ua r ta parte
(o m ateriales para la in c e r t id u m b r e )
(A cer c a d e s i e s p o s i b l e h a c e r h is t o r i a d e l a p r o p ia é p o c a . )
10
M a n u el C huz
11
F il o s o f ía c o n t k m p o r á n k a
12
M a n u e l C huz
14
M a n u k i. C r u z
15
FlI.O SO l'ÍA c o n t e m p o r á n e a
La t r a d ic ió n a n a l ít ic a .
La p a s ió n p o r e l c o n o c im ie n t o
C a p ít u l o I
Algunos padres fu n d a d o r e s
G o t t l o b Frege
res al cu m p lir los sesenta años, pues «su actividad académ ica carecía d e in
terés p a ra la U niversidad», según palabras del secretario de la m ism a. Para
C a rn a p «era ev id en te q u e Frege estaba p ro fu n d a m e n te d esilusionado y a
veces am arg ad o p o r ese silencio absoluto».
L a v erd ad es q u e lo del «silencio absoluto» tiene poco d e figurado, si
seguim os co n el relato d e C arn ap : «En el sem estre d e v erano de 1913 un
am ig o y yo decid im os asistir al curso de F rege Begiiffsschnft II. En aquella
ocasión el a lu m n a d o lo co m p o n íam o s nosotros dos y u n c o m a n d a n te ju
bilado d el ejército, aficionado a estudiar las nuevas ideas en m atem áticas»3.
Más allá d e la a n écd o ta, el d ato es q u e su o b ra filosófica tard aría m u ch o
en ser valorada, cosa q u e n o o c u rrió hasta m ediados del p asado siglo. En
tre los factores q u e lo h iciero n posible hay q u e m encionar, adem ás d e la
lab o r d e C a rn ap , la circu n stan cia de q u e W ittgenstein hiciera uso d e di
versas ideas d e F reg e en su Tractatus logico-philosophicus —sin d u d a u n a de
las o b ras m ás influyentes del siglo XX— . O tro factor im p o rtan te, p o r más
q u e e n su m o m e n to le p ro v o cara a Frege u n im p o rta n te sinsabor, es el h e
ch o d e q u e B e rtra n d Russell d eb a tie ra co n su p ro g ra m a teórico.
D icho p ro g ra m a es c o n o cid o com o programa logicista y re p re se n ta la
f o rm a en la q u e F rege co n sid era qu e p u e d e alcanzar su p ro p ó sito d e si
tu a r la m atem ática, y e sp ecialm en te la aritm ética, sobre u n o s fu n d a m e n
tos con cep tu ales y dem ostrativos firm es. El objetivo final consiste en red u
cir la aritm ética y el análisis a la lógica, defin ien d o las nociones aritm éticas
a p a rtir d e n o cio n es p u ra m e n te lógicas y d e d u c ie n d o los axiom as a ritm é
ticos a p a rtir d e p rin cip io s lógicos. C om o la lógica tradicional no bastaba
p a ra llevar a cabo esta tarea, se vio im pulsado a cre a r u n a nueva lógica, su
fic ien tem en te p recisa y p o te n te com o p ara p o d e r d esarro llar la m atem á
tica a p a rtir d e ella.
E n el d e sa rro llo d e la o b ra d e F rege se p u e d e n d istin g u ir c u a tro eta
pas: la p rim e ra lleg a h asta 1883; la se g u n d a c o m p re n d e d esd e 1884 has
ta 1890; la tercera ab arca desde 1891 hasta 1905, y la cuarta se ex tien d e des
d e 1906 hasta 1925, fecha de la m u erte del filósofo. E n la prim era, que Frege
p re se n tó e n la ya citada Conceptografía, se d ed ica fu n d a m e n ta lm e n te a de
sa rro llar su lógica sobre la base d e u n form alism o q u e p e rm itie ra ex p re
sar to d o e n u n c ia d o científico y q u e m o strara cuáles son los p rin cip io s de
la in fe re n c ia d ed u ctiva válida. H ay acu erd o e n tre los especialistas e n con
sid e rar q u e el sistem a sim bólico d iseñado p o r Frege p o n e fin a b astante
m ás d e v einte siglos d e trad ició n aristotélica e in a u g u ra la lógica c o n tem
p o rá n e a . D e a h í tam b ién la ex p resió n de « fu n d ad o r de la lógica m o d e r
na» co n la q u e se le suele calificar.
L a se g u n d a e ta p a g ira e n to rn o a su o b ra Los fundamentos de la aritméti
ca1, p u b licad a e n 1884. E n ella d a el siguiente paso d e su p ro g ra m a logi-
22
M a n u el C ruz
23
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
24
M a n u el C huz
25
F il o s o f ía c o n t u m p o k á n k a
B e r t r a n d R u s s e l l , e l c o m p r o m is o c o n e l c o n o c im ie n t o
27
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
28
M a n u e i. C r u z
29
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
30
M a n u e i. C ruz
m etid o s, sin m atices, e n el m ism o saco p o r los h isto riad o res de la filoso
fía c o n te m p o rá n e a .
Subyace a esta p ro p u esta u n co n ju n to d e o piniones q u e tal vez fu era
excesivo calificar d e m etafísica, p e ro que p o r lo m enos m erecen el ró tu lo
d e concepción del mundo. Nos referim os a lo qu e el p ro p io Russell d e n o m i
n a atom ism o lóg ico 20. S egún éste, el m u n d o consiste en u n a serie de e n ti
d ad es d iferen tes a las q u e d e n o m in a hechos atómicos. U n h ech o atóm ico
consiste en u n p a rtic u la r calificado p o r u n a p ro p ie d a d — del tip o «esto es
g rande»— o d os o m ás particulares relacionados p o r u n a relación — com o
sería «a es m ás p e q u e ñ o q u e b»— . U n p articu lar n o se identifica con u n a
cosa individual d e n uestra experiencia cotidiana. E n realidad, lo único co
m ú n a to d o h e c h o atóm ico es el no ser ya analizable.
La sim p licid ad d e los h echos atóm icos se refleja en su fo rm a d e re p re
sen tació n en el len g uaje. Así, d irem o s que u n a pro p o sició n q u e expresa
q u e u n a cosa tien e u n a d e te rm in a d a p ro p ied ad o que u n as cosas tien en
u n a d e te rm in a d a relación es u n a proposición atómica. N ingún lenguaje está
co m p u esto ú n ic a m e n te p o r este tip o de proposiciones. A dem ás, existen
las llam adas proposiciones moleculares, construidas a p artir d e las a n te rio re s
m e d ia n te p alab ras q u e ex p resa n c o n e c ta re s lógicos (tales c o m o «no»,
«y», «si... entonces...») y cuantificadores (com o «para todo x» o «existe u n
x tal que...»). Eso sí: todas las p roposiciones m oleculares se p u e d e n e x p re
sar co m o «funciones de verdad» d e p roposiciones atóm icas, lo que es
com o d ecir q u e su v erd ad o falsedad se h alla to talm en te d e te rm in a d a p o r
la v erd ad o falsedad d e las p ro p o sicio n es atóm icas que e n tra n e n su co m
p osición. En cam bio, la verdad d e u n a p roposición atóm ica sólo se p u e d e
d ecid ir y en d o m ás allá d e la proposición, hasta el h ech o q u e expresa. N o
p o d ía ser d e o tro m o d o desde el m o m e n to en q u e h em os visto que las
p ro p o sicio n es atóm icas son in d ed u cib les d e otras proposiciones.
A utores h a h ab id o — com o, p o r ejem plo, U rm so n 21— que h a n creído
e n c o n tra r e n esta c o n cep c ió n del m u n d o resonancias d e la m etafísica d e
L eib n iz22. La in te rp re ta c ió n p osee u n cierto fu n d am en to : las m ó n ad as
c o rre sp o n d e ría n a los h echos básicos, y lo m ism o que las m ó n ad as care
cen d e ventanas, así tam b ién los h ech o s atóm icos existirían aisladam ente
u n o s resp ecto a otros. P ero tal vez lo más im p o rta n te a h o ra —p u esto q u e
d e lo q u e se trata es d e p o n d e ra r la p resen cia de Russell e n la filosofía p os
terio r— sea se ñ alar q u e si p a ra este au to r la filosofía tien e p o r co m etid o
llevar el análisis d e las co n stru ccio n es lógicas al nivel de sus p artes consti
tuyentes y de sus c o m p o n en tes últim os, entonces el m odelo de análisis q u e
está p ro p o n ie n d o difícilm ente p u e d e evitar el re p ro c h e d e reductivism o.
P o rq u e la tesis d e q u e los valores d e verd ad de cu alq u ier ex p resió n co m
pleja se resuelven e n los valores de v erdad d e las proposiciones elem enta-
31
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
G e o r g e M o o r e , l a f a l a c ia d e l s e n t id o c o m ú n
32
M a n u k i. C r u z
33
F il o s o f ía c o n t k m i' o r á n e a
34
M a n u el C ruz
35
F i l o s o f í a c o n t k m i *o r á n e a
re e d ita r las viejas tesis d e sus p red eceso res d el siglo xvili. O lvidaban, al h a
b lar así, esta fu n d am en tal in tro d u c ció n del lenguaje ordinario, sin la cual,
p o r o tra p arte, resu lta im posible de explicar la im p o rta n te in flu en cia d e
M oore e n la filosofía analítica posterior. (Sin em bargo, digám oslo d e paso,
la p resen c ia d e d ic h a in stan cia en el esquem a m o o re a n o tam p o co d ebe
ser, a su vez, m a lin te rp re ta d a . A fin d e cuentas, h ab ilitar u n espacio teóri
co n o siem p re im p lica ubicarse en él.)
P e ro es sin d u d a e n sus trab ajo s «En d efen sa d e l se n tid o co m ú n » y
« P ru e b a d e u n m u n d o exterior», d o n d e la afirm ación d e la perspectiva
d e se n tid o co m ú n va a a d q u irir u n c a rá c te r m ás claram en te a n tim eta-
físico. F re n te a todas esas aseveraciones, algunas fran c am en te chocantes,
q u e a lo largo d e la h isto ria los filósofos no h an te n id o n in g ú n e m p a c h o
e n h a c e r — d e la lejana n egación del m ovim iento a la de q u e no ten e m o s
n in g u n a b u e n a razó n p ara c re e r q u e el sol saldrá m añ an a, p asan d o p o r la
d e q u e n o p o d em o s estar seguros de q u e la vida no sea m ás que u n su eñ o
o la d e q u e los co m p o n e n te s del m u n d o d ejan de existir cu an d o n o se los
p ercib e— , M oore en fatiza el valor d e esas cosas de la vida co tid ian a que
todos ten em o s p o r ciertas. H echos com o el de q u e he nacido y e r a más
p e q u e ñ o al n a c e r q u e en el curso del crecim iento, d e q u e la tie rra existe
d esd e h a c e tiem po, o d e qu e conozco a otras perso n as adem ás de m í, son
v erd ad es q u e n o so la m e n te yo, sino to d o el m u n d o n o tiene más re m e d io
q u e com partir.
N o estam os sim p lificando la a rg u m en tació n de M oore, com o q u e d a
d e m anifiesto e n u n o de sus pasajes m ás citados, cu an d o describe u n «buen
a rg u m en to » e n favor d e la existencia d e cosas ex tern as a nosotros: «Pue
d o p ro b a r a h o ra, p o r ejem plo, q u e existen dos m an o s hum anas. ¿Cómo?
L ev an tan d o las dos m an o s y dicien d o , a la vez que hago u n gesto c o n m i
m a n o d e re c h a , “a q u í está u n a m a n o ”, y añ ad ien d o , a la vez que h a g o otro
c o n la izq u ierd a, “a q u í está la o tra ”. Si al h a c e r esto h e d e m o stra d o ipso
facto la ex isten cia d e cosas ex tern as, to d o el m u n d o verá q u e p u e d o ha
cerlo tam b ién d e m uchísim os m odos diferentes; n o hace falta m ultiplicar
los ejem plos»25.
Im p o rta subrayar n o sólo la existencia, sino tam bién la calidad, de es
tas evidencias. Los h e c h o s m en cio n ad o s son verdaderos c o n u n a certeza
q u e n o ad m ite calificativo alguno. D e ellos n o cabe p re d ic a r n ada p areci
d o a q u e sean e n p a rte verd ad ero s o e n p arte falsos. P o r eso constituyen el
m ás firm e suelo so b re el q u e arra ig a r cu alquier co n stru cció n filosófica.
E sto m ism o se p u e d e f o rm u la r d e d o s m an e ra s d ife re n te s . O d ic ie n d o
q u e los h ech o s relev antes p a ra la filosofía son los q u e configuran la visión
del m u n d o e n c a rn a d a en n u estro se n tid o co m ú n , o diciendo, sin más,
q u e la visión d el m u n d o qu e proviene del sen tid o c o m ú n es p erfe ctam en
36
M a n u e i. C huz
37
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
pos; y, recíp ro c am en te, si hay filósofos q u e form ulan esta negación, dichos
filósofos están a d m itie n d o , de fo rm a m anifiestam ente co n trad icto ria, la
existen cia de o tro s seres co n q u ien es h ab lan , d iscuten, polem izan, etcéte
ra, y d e esta fo rm a ad m ite n tam bién la v erdad d e aquel sen tid o co m ú n
q u e p re te n d ía n negar.
Sin em b arg o , n in g u n o de estos arg u m en to s sirve para co n ced e rle a
u n e n u n c ia d o d el se n tid o co m ú n el carácter d e concluyente. N in g u n o d e
ellos p ru e b a q u e éste sea verd ad ero . M oore n o retro ce d e an te la posibili
d a d d e q u e sea e rró n e o . Más aú n , a q u í se fu n d a m e n ta precisam en te la
n e c esid ad del análisis filosófico. T e n e r p o r ciertas d e te rm in a d a s afirm a
cio n es del sen tid o c o m ú n n o excluye q u e p u e d a se r necesario esclare cer
los co n cep to s im plicados e n ellas. ¿Y e n qué consiste, en definitiva, el es
clarecim ien to d e u n concepto? E n d escu b rir algún o tro co n cep to q u e sea
igual q u e el c o n c e p to q u e está sie n d o analizado p e ro q u e p u e d a expre
sarse d e fo rm a d istinta, h acien d o refe ren cia a c onceptos q u e no se hallen
ex p lícitam en te m en cio n ad o s e n las e xpresiones em p lead as p ara referirse
al c o n c e p to o rig in a l29. E je m p lo d e M oore: «varón n acid o d e los m ism os
p ro genitores» constituye u n análisis co rrecto d e «herm ano». Los d o s con
cep to s so n idén tico s y, sin em b arg o , los conceptos m encionados e n la pri
m e ra ex p resió n n o se m en c io n a n en la segunda.
Este m o d elo d e análisis, digám oslo ya, n o se identifica con el análisis
lingü ístico — p o r m ás q u e n o excluya u n a ocasional reflexión so b re cues
tiones lingüísticas— . M oore n o está de acu erd o con aquellos filósofos pos
te rio re s q u e h a n e n te n d id o q u e an a liz a r consiste e n d escribir c ó m o se
usa c ierta ex p resió n . El es u n filósofo d el sentido co m ú n , n o del len g u aje
c o m ú n (au n q u e m u ch o s d e sus discípulos hayan to m ad o esa dirección,
en g ra n m ed id a gracias a é l) . Las palabras tien en p a ra M oore valor efecti
vo ú n ic a m e n te en la m e d id a en q u e expresan co n cep to s o proposiciones.
Tal vez sea co rre c ta e n lo esencial la caracterización del p e n sa m ie n to d e
W ittg en stein q u e d ib u ja el Tractatus Logico-Philosophicus com o russelliano
y sus p o ste rio res Phibsophical Investigations com o m o o rean as30. P e ro no
cabe olvidar q u e M o ore distingue e n tre co n o cer el significado d e u n a pa
labra, en el se n tid o d e p o d e r c o m p re n d e rla (sab er usarla, se d ir á des
pués) , y co n o cerlo e n el sen tid o d e p o d e r b rin d a r u n análisis de d ic h o sig
n ificad o y d e p o d e r d ecir cuál es este significado (sab er describir o d a r las
reglas q u e g o b ie rn a n su uso, con el lenguaje p o ste rio r).
38
N otas
40
M a n u k i. C r u z
41
FlI.O SOFÍA OONTIiM l’ORÁNEA
VI, p. 186. Argumentación análoga, por cierto, a la que en otro m om ento utiliza
para demostrar la existencia pasada de cosas externas: «no hace mucho h e levan
tado mis manos: por lo tanto, en el pasado han existido al menos dos cosas».
28 G. E. Moore, Some Main Problems ofPhilosophy, Londres, George Alien & Un-
win; N. York, MacMillan Company, 1953, p. 164.
29 Esta respuesta se halla en el texto de Moore «Réplica a mis críticos», en Ph.
Foot, Teorías sobre la ética, México, FCE, 1974. (En su versión original, el texto esta
ba incluido en el vol., editado por Schilpp, The Philosophy of G. E. Moore, Evanston,
Illinois, O pen Court, 1942, y respondía a una crítica formulada por C. H . Lang-
ford acerca de su noción de análisis.)
30 Com o mantiene A. R. White, autor de la que probablemente sea la mejor
m onografía sobre este filósofo, G. E. Moore: A CriticalExposition, Westport, Conn.:
Greenword Press, 1979 (I a ed.: 1958).
42
C a p í t u l o II
E l n e o p o s itiv is m o y i a c r ít ic a
A TODA METAFÍSICA
44
M a n u e i. C ruz
45
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
b lem a ejem plifica casi a la p erfe cció n los apuros p o r los q u e ha d e pasar
el m etafísico e m p e ñ a d o en m a n te n e r co n tra viento y m area (esto es, con
tra los m ism os h ech o s) la hipótesis d e q u e en el m u n d o re sp lan d ec en la
sa b id u ría y la b o n d a d d e Dios. Está claro que q u ie n m an tien e u n a h ip ó te
sis se m ejan te n o lo h a c e desde la ig n o ran cia o el d esco n o cim ien to de la
existen cia del m al e n el m u n d o , sino d esde su d ecid id a voluntad d e no to
m arlo en co n sid eració n . Así es com o resulta q u e ni el más desastroso cur
so d e los aco n tecim ien to s basta p a ra d esalen tar al m etafísico d efen so r d e
q u e en la realid ad m u n d a n a se revela la presencia d e algún designio supe
rior. T ie n e poco secreto el resultado: la hipótesis se p lanteó de tal m a n era
q u e se aco m o d ara a cu alq u ier o rd e n d e cosas concebible. O , en térm in o s
m ás g enerales: las h ipótesis m etafísicas n o son, p o r principio, susceptibles
d e co n traste em p íric o . F o rm u lació n d e la q u e los neopositivistas e x traen
u n a co n se c u e n c ia p ráctica. Si aq u éllas n o a d m ite n p a ra n g ó n c o n las h i
pótesis científicas (recu érd ese: las únicas q u e se refieren al m u n d o real),
n o se ve d e q u é p u e d e servir aventurarlas.
V aldrá la p e n a d ejar an o tad o , a u n q u e sólo sea so m e ram en te, q u e en
este p u n to del rech azo d e la m etafísica la evolución q u e h a se guido la tra
d ició n a n alítica re su lta e s p e c ia lm e n te p e rc e p tib le . D e la tajan te re p u lsa
in icial d e C a rn a p a la c o n sid e ra c ió n positiva p o r p a rte d e F e y e ra b e n d 3,
p asan d o p o r la to leran cia de los filósofos analíticos del lenguaje o rd in a
rio, hay to d a u n a g rad ació n de posiciones que expresan, de fo rm a in d ire c
ta, los cam bios en asuntos d e m ayor im portancia. U nicam ente un ejem plo:
si se a b a n d o n a el esq u em a según el cual existe u n a n ítida línea divisoria en
tre e n u n ciad o s significativos y asignificativos, resu lta inevitable reco n sid e
ra r las ro tu n d as afirm acio n es iniciales y pasar a d efender, com o h ic ie ro n
a lg u n o s a u to re s d e la lla m a d a E scuela d e O x fo rd , q u e «es u n sin se n tid o
p e n s a r q u e la m etafísica es u n sinsentido».
P o r lo q u e resp ec ta al se g u n d o p u n to , el refe rid o al fisicalismo y la u ni
d a d d e las ciencias, d e b e ser p la n te a d o en co n ex ió n d irecta con el p rim e
ro. C a rn a p e n tie n d e p o r cien cia u n a cien cia fisicalista, es decir, aq u é lla
c o rta d a exclusivam ente p o r el p a tró n m eto d o ló g ico de la física. Si ten e
m os e n c u e n ta q u e la física es u n a ciencia n atu ral, tom arla com o m o d elo
significará asu m ir u n a actitu d naturalista. Es naturalista, desde lu eg o , la
co n sid erac ió n d e q u e las ciencias d e la natu raleza constituyen el m o d elo
d e to d a cientificidad. P ero tal vez resulte m ás im p o rtan te, p o r p ro b lem á
tico, lo q u e se su ele d e s p re n d e r d e esa inicial valoración.
Y es q u e a p a rtir d el m o m e n to en q u e las ciencias d e la n a tu ra le z a esta
b lecen el criterio d e to d a cientificidad, los p ro ced im ien to s d e las ciencias
h u m a n a s q u e n o c o n c u e rd e n con los d e aquellas otras ciencias te n d e rá n
a ser d espreciados co m o si se tratara d e im perfecciones o d e carencias que
M a n u e l C ruz
47
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
48
M a n l t .i . C r i .y .
49
F i i .o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
50
M a n i .'e i . C r u z
51
N otas
1Así lo relata el propio filósofo: «En la Alemania de 1933, con el advenim ien
to del régimen de Hitler, el ambiente político se hacía cada vez más y más intole
rable, y lo mismo sucedía en Austria y Checoeslovaquia. En este últim o país la
mayoría de la gente, al igual que el gobierno de Benes, tenía un punto de vista de
mocrático, pero la ideología nazi se difundía más y más entre la población germa-
noparlante de la región de los Sudetes así como entre los estudiantes de nuestra
universidad e incluso entre los profesores. Además existía el peligro de una inter
vención de Hitler, por lo que inicié contactos para poder ir a América, por lo m e
nos durante un tiempo. Es así que en diciembre de 1935 abandoné Praga y fui a
los Estados Unidos» (Autobiografía intelectual, Barcelona, Paidós, 1992, p. 73).
2 Según Carnap la apariencia de sentido cognoscitivo en las proposiciones
metafísicas se debe a un uso incorrecto del lenguaje. Nuestro autor había inicia
do este tipo de crítica ya muy tempranamente en un célebre artículo de 1932
(«La superación de la metafísica mediante el análisis lógico del lenguaje», inclui
do en A. J. Ayer (com p .), El positivismo lógico, México, FCE, 1965, pp. 66-87), en el
que sostenía la tesis, que luego se ha com entando hasta el cansancio, d e que la fi
losofía de H eidegger en Ser y tiempo se. basa en un uso incorrecto del término
Nada com o si fuera un nombre propio.
3 «Los sistemas metafísicos son teorías científicas en su estadio más primitivo.
Si contradicen un punto de vista bien confirmado, entonces esto indica su utili
dad como alternativa a este punto de vista. Las alternativas son necesarias para el
propósito de la crítica. De aquí que los sistemas metafísicos que contradicen re
sultados observacionales o teorías bien confirmadas sean puntos de partida muy
bien recibidos por tal crítica. Lejos de constituir intentos fallidos de anticipar, o
escamotear, la investigación empírica y que fueron puestos en ridículo al contras
tarlos con la experiencia, dichos sistemas son los únicos medios de que dispone
mos para examinar aquellas partes de nuestro conocim iento que se han converti
do ya en observacionales y que son por lo tanto inaccesibles a una crítica sobre la
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
54
C a p í t u l o III
W it t g e n s t e in , p e n s a r d e sd e el l en g u a je
56
M a n u k i. C ruz.
57
F ll .OSOI'ÍA CONTEMPORÁNEA
60
M a n u k i. C huz
61
F i l o s o f í a c o n t k m i ’o k á n ’f a
62
M a n d e i . C ru z .
1El libro inevitable para quien desee ahondar en este tema continúa siendo el
ya clásico de A. Janik y S. Toulmin, La Viena de Wiltgenstein, Madrid, Taurus, 1974.
2 La primera versión castellana data de 1957 y la llevó a cabo Enrique Tierno
Galván para Revista de Occidente.
3 Ludwig W ittgenstein, Diarios secretos, edición de Wilhelm Baum, Madrid,
Alianza, 1991, pp. 143 y 145.
4 Ludwig W ittgenstein, Cuadernos azuly marrón, Madrid, Tecnos, 1968.
5Titulada sim plem ente así: Wittgenslein, Madrid, Cátedra, 1982.
() Ludwig W ittgenstein, Investigaciones filosóficas, Barcelona, Instituto de Inves
tigaciones Filosóficas-UNAM/Crítica, 1986.
7 Ibídem, p. 27.
a Ibídem, p. 123.
9 Ibídem, p. 253.
C a p í t u l o IV
Po pper, la c o n f ia n z a e n e l f r a c a so
68
M a n u k i. C r u z
70
M a n ' l t .i . C u lv .
71
F i i .o s o i -ía c o n t e m p o r á n e a
72
M a n u k i. C r u z
73
F i l o s o f í a c o n t e m i ' o r á n f .a
74
M a n u el C ruz
75
N otas
G il b e r t R y le
80
M a n u f .i . C r u z
81
F il o s o f ía c o n t k m p o r á n k a
82
M an ' u k i , C h u z
J o h n L a n g s h a w A u s t in
83
FILOSOFÍA mNTKMrORÁNKA
84
M a n u e i. C r u z
85
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
86
M a n u el C ruz
P e t er Stra w so n
87
F il o s o f í a c o n t k m i ' o r á n k a
88
M anuel. C ruz
89
F il o s o f ía c x jn t e m p o r á n k a
90
N otas
bromas y cóm o desechar las malas, pero no puede dar a los demás ni a sí mismo
receta alguna para ello» (ibídem, p. 30).
10 De hecho, Austin no terminó ningún libro ni escribió un solo artículo para
una revista filosófica. Durante su vida publicó únicam ente siete ensayos (corres
pondientes a sendas comunicaciones presentadas ante sociedades especializadas,
y cuya publicación era requisito para poder leerlas), que se encuentran e n Philo-
sophical Papers. Los otros cinco ensayos, inéditos, que se incluyen en el volum en
han sido recopilados o reconstruidos por J. O. Urmson y G. J. Warnock a partir
de las notas dejadas por su autor. Por su parte, Sense and Semibilia es el resultado de
las conferencias sobre teoría de la percepción impartidas por Austin en Oxford y
Berkeley a lo largo de varios cursos, entre 1947 y 1959. El texto ha sido editado
por Warnock apoyándose en los manuscritos de Austin y en los apuntes d e G. Pit-
cher y otros estudiantes que tuvieron la oportunidad de escucharlas. Finalmente,
How toDo Things toith Words es asimismo una reconstrucción, llevada a cabo por
J. O. Urmson también a partir de notas, de las conferencias William Jam es que
con el título «Words and Deeds» Austin com enzó a dar en 1952 en Harvard.
11 La crítica a esta falacia tiene su origen en el análisis del concepto de conoci
m iento llevado a cabo en el ensayo «Other Minds» (1956), incluido en Philosophi-
calEssays.
12 En un pasaje muy citado de su trabajo «Un alegato en pro de las excusas»,
escribe Austin: «nuestro com ún stock de palabras incorpora todas las distinciones
que los hombres han hallado conveniente establecer durante la vida de muchas
generaciones; seguram ente es de esperar que éstas sean más numerosas, más ra
zonables, dado que han soportado la larga prueba de la supervivencia del más
apto, y más sutiles, al m enos en todos los asuntos que plausiblemente usted o yo
pudiéram os establecer en nuestros sillones duran Le una tarde — el m étodo más
socorrido» (p. 174 de la trad. cast.).
13A título de muestra, en el Coloquio Internacional sobre Spinoza celebrado
en Santiago de Chile en la primavera de 1995, Leiser Madanes señaló en qué for
ma en los textos spinozianos se pueden encontrar antecedentes teóricos de las
propuestas austinianas. Véase L. Madanes, «Los límites de la libertad de expre
sión según Spinoza» en H. Giannini, P. Bonzi y E. López (eds.), Spinoza, Santiago
de Chile, Dolm en, 1996, pp. 13-22.
14 Quien es autor de una influyente introducción a la lógica, de un ensayo sobre
la Crítica de la razón pura de Kant (Los límites del sentido, Madrid, Revista de Occiden
te, 1975) y de un importante número de trabajos sobre filosofía del lenguaje.
15 «On Referring», Mind, 1950. Hay trad. cast. con el título «Sobre la referen
cia», en T. Moro Simpson (ed .), Semánticafilosófica: problemas y discusiones, Buenos
Aires, Siglo XXI Argentina Editores, 1973, pp. 57-86. La respuesta de Russell,
«Mister Strawson, sobre el referir», se incluye en La evolución de mi pensamientofilo
sófico, op. cit., pp. 250-257.
92
M a n u k i. C r u z
93
Seg u n d a parte
La t r a d i c i ó n m a r x is ta .
El d e s a r r o l l o d e l id e a l e m a n c ip a d o r
C a p ít u l o V I
S obre l a p r e s u n t a e s p e c if ic id a d d e l m a r x i s m o
98
M a n u k i. C r u z
atrib u irle u n a o rig in a lid ad teórica q u e tal vez haya h ech o aguas. A hora
p o d e m o s ex am in ar bajo u n a nueva luz la articulación en tre los e lem en to s
descriptivo, valorativo y prescriptivo d e l m arxism o q u e en algún m o m e n
to se p ro p u so . N os referim os a la tesis según la cual el m arxism o articu la
b a d e u n a fo rm a p articular, específica, esos tres elem entos, resid ien d o
p recisam en te a h í su rasgo m ás característico. S egún d icha tesis, e n El ca
p ital coexistían sim u ltá n e a m e n te ta n to teorías o hipótesis teoréticas en
se n tid o en érg ico c u a n to valoraciones y fijaciones d e objetivos o fines pro
g ram ático s d e c o n d u c ta política: u n m ism o p ro d u c to teó rico in c lu ía la
d e s c rip c ió n del m o d o d e p ro d u c c ió n capitalista, su valoración y u n a pro
p u e sta p o lítica alternativa. Se su p o n ía que lo m eto d o ló g icam en te nuevo
y relev an te en este caso e ra qu e la totalidad del p ro d u c to teórico estaba
e n fo cad o al servicio d e la m isión histórico-em ancipatoria d e la clase obre
ra, d e tal m a n e ra q u e el análisis realizado y el p ro g ram a político-social
p ro p u e sto ven ían in d iso lu b lem en te ligados, sien d o esta u n id ad y su ca
rá c te r rev o lu cio n ario lo específico d el m arxism o. L o que n o significaba,
claro está, qu e los elem en to s co m p o n e n te s de d ich a u n id a d n o p u d ie ra n
se r d iferen ciad o s, co m o ya h ab ía visto el pro p io M arx: «En cu an to a l libro
en sí [El capital] co n viene distinguir dos cosas: los desarrollos positivos... que
p ro p o n e el autor, y las conclusiones tendenciosas q u e saca. Los desarrollos cons
tituyen u n enriquecimiento directo para la ciencia, pu esto que las relaciones
eco n ó m icas reales son tratadas en él d e u n a fo rm a e n te ra m e n te nueva, si
g u ie n d o u n m éto d o m aterialista» (carta de M arx a E ngels d e 7 de diciem
b re d e 1867).
Q uizá ah o ra estam os en condiciones de p ercibir hasta qué p u n to , al ha
c e r este o rd e n d e afirm aciones, estábam os a tribuyéndole a M arx y al m ar
xism o lo q u e en re a lid a d h a sido d esd e siem pre u n a vieja asp iració n del
co n o cim ien to en g en eral: ser algo más que mero conocimiento. C abría citar, a
títu lo d e ejem p lo , la valoración q u e h ace F eyerabend de La Orestiada. En
ella, se n os dice e n «D iálogo sobre el m éto d o » 5, se co m b in a la exposición
factual d e con d icio n es sociales con la crítica d e esas condiciones y la suge
ren cia d e u n a alternativa, es decir, se piensa a la vez la tríad a descripción-
valoración-prescripción. O el co n o cid o dictum de Aristóteles: la tragedia
es m ás filosófica q u e la h isto ria p o rq u e n o sólo in fo rm a d e lo que ocu
rrió , sin o q u e ad em ás explica porqué te n ía q u e ocurrir.
Pues b ien , es p recisam en te la distinción (en cierto m o d o recu p erad a)
e n tre los elem en to s descriptivo, valorativo y prescriptivo del m arx ism o la
q u e n os ab o ca al sig u ien te paso: lo q u e h a h e c h o crisis en ese p en sam ien
to h a sido el objetivo fijado, el fin p ro p u esto . Los ciu d ad an o s q u e a finales
de los añ o s o c h e n ta reclam ab an en la A lem ania O rien tal u n o rd e n políti
co d em o crático p a ra su país — com o, n o h a b ría q u e olvidarlo, lo h a b ía n
102
M a n u k i. C r u z
103
N otas
C a p ít u l o V II
La a pu est a p o r la v o l u n t a d
107
1
F ii.o s o f a c o n te m p o r á n e a
108
M a n u k i. C r u z
109
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
1 10
M a n u k i. C ruz
111
F il o s o f ía c o n t e m i' ü k á n k a
112
M a n u k i. C h u z
1 13
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
114
M a n u n í. C r u z
115
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
ejem p lo , las tesis socialdem ócratas (es decir, hum anistas) a p ro p ó sito de
la o b ra d e M arx, p o ten ciad as p o r la publicación en 1932 de los M anuscii-
tos económico-filosóficos, o esa filosofía imposible a la q u e se veían em p u jad o s
los filósofos co m u n istas que n o q u e ría n re n u n c ia r a la teoría (H usserl dis
frazad o d e M arx, H egel disfrazado d e M arx...: intentos de síntesis contra
natura d estin ad o s a p re se n ta r u n m arxism o confortable, sin aristas filosó
ficas) . A lthusser se va a o p o n e r a to d o este m agm a p seudoteórico en n o m
b re d e lo qu e él c ree la ú n ica in stan cia posible: el pro p io M arx.
P ero , p ara em pezar, ese propio M arx n o es lodo Marx. E n realid ad , hay
¿fe M arx, el jo v e n y el m ad u ro , separados p o r lo q u e A lthusser h a llam ado
u n a ruptura epistemológica (co n cep to q u e to m a prestado del filósofo de la
ciencia francés, G astón B ach elard ). Esta ru p tu ra tuvo lugar e n 1845.
T o d a la p ro d u c c ió n a n te rio r (de su tesis d octoral a 1.a Sagrada Familia in
clusive) co m p o n e lo q u e se a costum bra a d e n o m in a r las «obras d e lajuven-
tu d d e M arx». L u eg o están las «obras de la ru p tu ra» p ro p ia m e n te d icha
(Tesis sobreFeuerbachy L a ideología alemana)y a co n tin u ació n las «obras d e
m ad u rez» . De e n tr e las de este último Marx, A lthusser d estaca E l capital.
A su lectu ra d ed icó u n sem inario e n 1965, del q u e salió su o tro g ra n libro,
Para leer «El capital».
El jo v e n M arx n o se fo rm u la sus propias p reguntas, sino q u e se hace
eco d e las p reg u n tas ajenas. L a problem ática q u e m a n e ja — su o rd e n p ro
fu n d o d e se n tid o — es la racionalista-liberal d e tipo kantiano-fichteano en
u n p rim e r m o m en to , y la antropológica de F euerbach en u n se g u n d o (Alt
h u sser p ien sa q u e el h egelianism o del jo v en M arx sólo resulta d efen d ib le
p a rtie n d o d e u n o d e los últim os textos de este p erio d o y que, a u n así, la
relació n co n H eg el d e b e p lan tearse a través de la m ediación feuerbachia-
n a ). El a n tih u m an ism o de A lthusser se d eb e e n te n d e r en esta p ersp ec ti
va, co m o ten d rem o s ocasión d e analizar. La r u p tu ra de 1845 es a b a n d o n o
d e u n a p ro b lem ática e n la q u e el co n cep to d e h o m b re e ra fu n d am en to d e
la filosofía, d e la h isto ria y d e la política, y tránsito a una nueva p ro b lem á
tica científica, el m aterialism o histórico, q u e g e n e ra u n a nueva filosofía,
el m aterialism o dialéctico.
Este A lth u sser gu staba d e re p e tir q u e M arx h ab ía sido el d escu b rid o r
d e u n nuevo continente teórico, la historia, fu n d a n d o así el m aterialism o his
tórico. D icha cien cia tien e p o r objeto los m odos d e p ro d u cció n q u e h a n
su rg id o y q u e su rg irán en la historia. E studia su estru ctu ra, su constitu
ció n y las fo rm as d e transición q u e p e rm ite n el paso de u n m o d o de p ro
d u cció n a o tro . Al a firm ar esto, A lthusser se o p o n e a q uienes h a n p resen
tad o a M arx c o m o u n crítico d e la sociedad capitalista exclusivam ente. Es
cierto q u e en E l capital se nos p ro p o rc io n a la teo ría d esarro llad a de u n
solo y ú n ico m o d o d e p ro d u cció n , p e ro n o lo es m enos que tam b ién se
121
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
122
M a n u k i. C r u z
123
F ll« S O F ÍA CONVKMPORÁNFA
125
F i m s O F Í A CONTEMPORÁNEA
126
M a n u k i. C r u z
127
N otas
132
M a n u k i. C r uz
133
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
M a x H o r k h e im e r
134
M a n u k i. C h uz
135
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
137
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
138
M an u el C ruz
T heodor W. A d o r n o
139
F i l o s o f í a c o n t k m f o r An f a
140
M a n u e i. C r u z
141
F il o s o f ía c o n t k m p o r á n e a
142
M a n u e l C ruz
143
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
144
M a n u k i. C ruz
145
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
J ü r g en H aberm as
147
F il o s o f ía c o n t e m p o k á n k a
ría a n alítica de la cien cia— dan d e sí m ism as. P ero ese e rro r — esa extrali-
m itació n , en realid ad — tam bién lo co m eten las disciplinas h e rm e n é u ti-
co-históricas c u a n d o p re te n d e n instituirse en la ú n ica form a d e conoci
m ie n to o en el tip o d e c o n o cim ien to m ás fu n d am en tal. Am bas se hacen
e n to n c e s acreed o ras del re p ro c h e d e falsa universalidad. A sem ejan te h o
rizo n te o m n ia b a rc a d o r sólo p u e d e n aspirar las ciencias sociales críticas,
q u e son p resen tad a s p o r H ab erm as com o u n a síntesis dialéctica de las
dos disciplinas an terio res. A quéllas a ú n a n el estudio de las reg u larid ad es
no m o ló g icas y la in te rp re ta c ió n d el significado d e in teracció n sim bólica,
p e ro trascien d en am b o s enfoques unilaterales precisam ente p o rq u e es
tán reg id as p o r el in terés m ás universal.
Más allá del in terés p o r d o m in a r y co n tro lar la n aturaleza, in se p arab le
d e la ciencia y d e la técnica, está el in terés práctico o com unicativo, que es
el q u e lleva a los m iem b ro s d e u n a c o m u n id ad a in te n ta r e n te n d e rse (con
desigual fo rtu n a, claro está) con otros m iem bros d e la m ism a c o m u n id ad ,
o a ésta a in te n ta r lo p ro p io co n o tras c om unidades. D icha esfera, q u e p o
d em o s d e n o m in a r d e in teracció n com unicativa, ya no se rige ta n to p o r
la acció n o rien tad a al éxito cuanto p o r la com prensión intersubjetiva. La
d im e n sió n co m u n icativ a n o se d eja re d u c ir a la an terio r, e in clu so tiene
la p rim a c ía e n la m e d id a en q u e el p ro ceso de socialización de lo s indivi
d u o s está p re sid id o p o r estas accio n es guiadas h a c ia el e n te n d im ie n to .
P e ro — a lo q u e íb am o s— am bos in tereses h a n d e estar dirig id o s p o r el
in te ré s e m a n c ip a d o r q u e tie n d e a la lib eració n d e la especie h u m a n a ,
fo m e n ta la crítica y se m u e stra co m o reflexión q u e trata de lib e ra r al in
d iv id u o d e las trab as d e u n a c o m u n icació n d isto rsio n ad a consigo m ism o
y c o n los dem ás.
C o n estos elem en to s, H ab erm as cree p o d e r avanzar e n su proyecto d e
co n stru cció n d e u n a teoría d e la sociedad con intención práctica, u n a teo
ría c o n fo rm a d a p o r u n a racio n alid ad d e nuevo tipo, capaz de a p o r ta r a
la vez ex p licaciones y justificaciones. Hay en el proyecto h ab erm asian o así
e n te n d id o e le m e n to s d e afin id ad y d e distancia resp ec to a los p la n te a
m ien to s d e M arx. P o d ría decirse q u e, p o r u n lado, H aberm as re c u p e ra el
esp íritu d e éste (q u e e ra tam b ién el espíritu fun d acio n al de la Escuela) al
d e fe n d e r la n ecesid ad de e lab o rar u n a ciencia social crítica. Su p ro p ó sito
d e ap ro p iarse d e los d esarrollos m ás p ro m e te d o re s d e las ciencias sociales
e in teg rarlo s en u n a ciencia social crítica co n ecta co n el in te n to m arxia-
n o d e fo ija r u n a n u ev a síntesis dialéctica de la filosofía y la co m p ren sió n
cien tífica de la sociedad. H ab erm as p arece h a b e r p ercibido b ien los ries
gos d e la deriva final d e A d o rn o y H orkheim er. El deslizam iento d e éstos
hacia p lan team ien to s estrictam en te filosóficos, co m o sería el de la dialéc
tica negativa, p o n e e n peligro la fu n ció n diagnóstico-explicativa d e la teo
149
F i l o s o f í a c o n t k m i 'O h a n k a
150
M a n u e i. C r u z
151
N otas
154
M a n u iü . C r u z
se pronuncia tam bién Adorno en Teoría estética (Madrid, Taurus, 1971), p. 179,
donde puede leerse: «El arte quiere aquello que ya era lo que todavía n o existía;
por tanto, todo lo que él es. No puede saltar por encima de la sombra d e lo sido.
Lo que todavía no era es lo concreto» (subrayado, M.C.).
24 Th. W. Adorno, Kritik. Kleine Schriftenzur Gesettschaft, Frankfurt, Surkhamp,
1971, p. 149.
25 Anthony Giddens, Modernidad e identidad del yo, Barcelona, Península, 1995.
26 Com o es sabido, para Weber el crecimiento de ésta no conduce a la realiza
ción concreta de la libertad universal, sino a la creación de una «jaula d e hierro»
de racionalidad burocrática, tal com o describe en La ética protestantey el espíritu del
capitalismo: «Nadie sabe quién vivirá en estajaula en el futuro, o si al final de este
trem endo desarrollo surgirán enteram ente nuevos profetas, o tendrá lugar un
gran renacimiento de viejas ideas e ideales; o si, por el contrario, no se darán nin
guna de las dos, y quedará todo envuelto por una ola de petrificación mecanizada
y una convulsa lucha de todos contra todos. En este caso, los “últimos hom bres”
de esta fase de la civilización podrán aplicarse esta frase: “Especialistas sin espíri
tu, gozadores sin corazón; estas nulidades se imaginan que han ascendido a un
nivel de civilización que no se había alcanzado nunca anteriormente”» (Barcelo
na, Península, 1969, pp. 259-260).
27 Esta noción aparece por vez primera en la lección inaugural pronunciada
por el filósofo en la Universidad de Frankfurt en 1965, titulada «Conocimiento e
interés», e incluida en jü rg en Habermas Cienciay técnica como «ideofogía», Madrid,
Tecnos, 1984, pp. 159-181.
28Jürgen Habermas, Teoría y praxis, Madrid, Tecnos, 1987, p. 20.
29 Parece cierto, com o ha observado Hans Albert, que existe una conexión en
tre la doctrina de los intereses del conocim iento y la doctrina de Max Scheler de
las formas del saber («saber de trabajo» o «saber de dominio», «saber formativo»
y «saber de salvación»), que presenta en su Sociología del saber. Al m enos así lo re
conoce Apel en el primer tomo de su libro La transformación de lafilosofía, Madrid,
Taurus, 1985. Pero perseguir esta observación nos obligaría a remontarnos a
Comte y su teoría de los tres estadios, con la que Scheler polemiza, y e so supon
dría desviar el curso de nuestra reconstrucción.
30 Más bien al contrario: «Considero frustrantes, e incluso reaccionarios, los
esfuerzos que caracterizan a la antigua disputa metodológica, o sea los esfuerzos
por erigir barreras desde el principio para eliminar por com pleto ciertos sectores
del alcance de cierto tipo de investigación»,J. Habermas, «Racionalismo dividido
en dos: una respuesta a Albert», en Theodor W. Adorno y otros, La disputa del posi
tivismo en la sociología alemana, Barcelona, Grijalbo, 1973, p. 245.
31 Cfr. Richard Bernstein, «Introducción» a Anthony Giddens et al., Habermas
y la modernidad, Madrid, Cátedra, 1988.
32Jürgen Habermas, Conocimiento e interés, Madrid, Taurus, 1982, p. 278.
155
T e r c e r a pa r te
La t r a d ic ió n
h e r m e n é u tic o -fe n o m e n o ló g ic a .
La c e n t r a l i d a d d e l a v id a
C a p ít u l o X
H u s s e r l , l a c r ít ic a a u n m o d e l o d e c i e n c i a
P o n e r e n t r e p a r é n t e s is
160
M a n u el C ruz
162
M a n u k i. C r u z
La c o n c ie n c ia in t e n c io n a l
163
F i l o s o f í a c q n t k m i ’OR á n t .a
E fectivam ente, las llam adas vivencias intencionales son, de e n tre las m úl
tiples vivencias q u e le aco n tece n a un yo, aquellas que poseen la pro p ied ad
esencial d e ser vivencias de u n objeto. Amar, odiar, conocer, re p re se n ta r o
valorar, p o r p o n e r a lg u n o s casos, se h allan refe rid as in te n c io n a lm e n te
a lo am ad o , o d iad o , c o n o cid o , re p re se n ta d o o valorado, en la m e d id a en
q u e im p lican u n a co n cien cia de dichos objetos. Pero, al so m e te r a sem e
ja n te s vivencias al tra ta m ie n to reductivo, lo q u e se o b tien e es, de u n lado,
la co n cien cia co m o u n p u ro c e n tro de refe ren cia de la in ten cio n alid ad , al
cual se d a el o b jeto in ten cio n al, y, p o r o tro , un objeto al q u e n o le qu ed a,
d esp u és d e la red u cció n , o tra existencia q u e la de estar d ado in ten cio n al
m e n te a este sujeto. N os hallam os, pues, ante u n tipo de relación q u e im
p id e to d a fagocitación del objeto p o r p a rte del sujeto, com o b ien ve el
p ro p io H usserl: «Si el yo reducido (es decir, el yo que h a efectuado la epojé,
el yo trascen d e n ta l) n o es u n a p a rte del m u n d o , recíp ro c am en te el m u n
d o m ism o y los objetos del m u n d o no son partes de m i yo, n o se p u e d e n
h allar re a lm e n te en m i vida psíquica com o sus p artes reales, com o com
plejos d e dato s sensibles o d e actos psíquicos»7.
Estas afirm acio n es im plican u n a p articu lar u bicación teórica respecto
a las g ra n d e s p o sic io n e s m etafísicas tradicionales. L a resistencia del m un
do, a q u e se refería H usserl e n esta últim a cita, p u ed e se r in terp retad a tanto
enfatizan d o lo q u e salva com o d estacando lo q u e com porta. Si em pezam os
p o r esto últim o , h a q u e d a d o claro q u e la conciencia p u ra tien e co m o re
fere n cia in ten cio n al el acto p u ro . A m pliando la escala, p u ed e decirse que
la re a lid a d p o r e n te ro ap arece com o co rrie n te de vivencias e n el se n tid o
d e los actos p u ro s. U n a vez d escarta d o de m a n e ra ex p resa q u e e s ta co
r rie n te sea de n a tu ra le z a psíquica, lo q u e em erg e a n te el análisis es una
tram a d e estru ctu ras ideales a través d e las cuales u n a conciencia p u ra, que
n o es u n sujeto real, va estableciendo relaciones in ten cio n ales con unos
objeto s cuya realid ad tam p o co es im prescindible — u n acto intencional,
ad m ite H usserl co n el B ren tan o d e la p rim e ra época, se p u e d e d a r sin
n in g ú n o b jeto real— , p o rq u e lo ú n ico q u e de ellos im p o rta es que so n se
res d ad o s a u n sujeto lógico. O bviam ente, este h in cap ié en q u e la existen
cia d e la realid ad n o es necesaria p a ra el ser de la conciencia pura, y el én
fasis c o m p le m e n ta rio e n q u e el m u n d o de las cosas n o es m ás q u e algo
in ten cio n al, co n cien ciad o , q u e ap arece, ap ro x im an la filosofía d e Hus
serl a alg u n a v arian te d el idealism o trascendental.
P ero al lado d e esto, com o co n trap artid a, al subrayar que el vínculo de
la in te n c io n a lid a d , q u e re la c io n a el m u n d o co n la concien cia, n o hace
d e la co n cien cia u n a p a rte del m u n d o , ni del m u n d o u n a p a rte de la con
ciencia, se está m o stra n d o u n a d im ensión, vamos a llam arla así, realista
d el discurso fen o m en o ló g ico . Al m en o s en la m ed id a en q u e u n a d e las
164
M a n u el C ruz
165
FlEOSOEÍA CONTEMPORÁNEA
166
M a n u el C ruz
167
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
U n a n u e v a im a g e n d e l a s u b je t iv id a d
169
F i l o s o f í a c o n t k m p o r á n f .a
I n t e r s u b j e t iv id a d y m u n d o d e l a v id a
171
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
172
M a n u f .i . C r u z
173
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
175
F1I.OSOKÍA CONTEMPORÁNEA
176
M a n u k i. C r u z
177
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
178
N otas
aliados en nuestra lucha contra un mismo enem igo com ún, el naturalismo de
nuestra época. Servimos, cada uno de nuestro modo, a los mismos dioses» (car
ta de Husserl a Rickert de 20-XI-1915). En efecto, las afirmaciones husserlianas
recuerdan las tesis de Dilthey acerca de la realidad y el valor gnoseológico de las
vivencias: un sentim iento es en la misma medida que lo sentimos y es como lo sen
timos (el dolor por la muerte de un ser querido es plenam ente com o es viven-
cialm ente).
9 Las puntualizaciones de Husserl recuerdan asimismo las de otro historicista,
Collingwood, quien, en su Idea de la historia, (México, FCE, 1952, p. 171), se en
cargaba de precisar que el hecho de que el historiador sea (esto es, consiga poner
se plenam ente en el lugar de) Julio César o Napoleón no constituye un conoci
m iento de Julio César o N apoleón más de lo que el hecho obvio de ser él mismo
constituye un conocim iento de su propia persona.
I0E. Husserl, IdeasI, cit., # 4 6 , p. 106.
11 El sentido del m undo es, de una parte, el sentido que yo doy al mundo, pero,
de otra, este sentido es vivido como objetivo (de lo contrario no sería el sentido que
tiene el m undo para m í). Como escribe Zubiri: «Subjetividad es hacer que las co
sas se vayan manifestando, dándose a la conciencia tales como son en sí [...]. Se
trata de un hacer desde m í mismo, pero de un hacer manifestarse. Desde el siste
ma de mis vivencias, el m undo se va constituyendo y queda constituido com o sen
tido de mi “ego” en él» (X. Zubiri, Ci?ico lecciones defilosofía, Madrid, Alianza, 1980,
p. 245).
12 E. Husserl, Meditaciones cartesianas, op. cit., p. 211, nota 5. En una dirección
semejante se expresaba el sociólogo Alfred Schütz, un discípulo vienés de Hus
serl emigrado a Estados Unidos tras la ocupación nazi de Austria: «... presupongo
sim plem ente que otros hombres también existen en este m undo mío, y, en ver
dad, no sólo de manera corporal y entre objetos, sino más bien com o dotados de
una conciencia que es esencialm ente igual a la mía» (A. Schütz/T. Luckmann,
Las estmcturas del mundo de la vida, Buenos Aires, Amorrortu, 1977, p. 26).
13E. Husserl, Lacnsis..., ciL, p. 197.
14 Hice referencia a este punto en M. Cruz, Narratividad: la nueva síntesis (Bar
celona, Península, 1986), pp. 42-43.
15Textualmente: «La evidencia no es otra cosa que la “vivencia” de la verdad»,
(Investigaciones lógicas, op. cit., p. 162).
16 «Toda la historia de la filosofía desde la aparición de la “teoría del conoci
m iento” y de los serios ensayos de una filosofía transcendental es una historia de
las tremendas tensiones entre filosofía objetivista y filosofía transcendental, una his
toria de los ensayos permanentes para conservar el objetivismo y perfeccionarlo en
una forma renovada y, por otro lado, de los ensayos del transcendentalismo para
llegar al dominio de las dificultades que trae consigo la idea de la subjetividad trans
cendental y la del m étodo que ello implica» (E. Husserl, La crisis..., op. cit., p. 75).
180
M a n u e l C ruz
17 Lo cierto es que los énfasis del propio Husserl son lo bastante elocuentes
por sí mismos com o para no precisar subrayados (los que hay son del a u lor): «No
sotros, los hombres de hoy [...], nos hallamos ante el mayor de los peligros: nau
fragar en el diluvio del escepticismo y con ello dejar esfumarse nuestra propia
verdad. R eflexionando en este desamparo, nuestra mirada se vuelve hacia la his
toria de nuestra actual humanidad. Sólo podem os conquistar la comprensión de
nosotros mismos, y con ello un sostén interior, mediante el esclarecimiento del
sentido de unidad de esa historia, sentido que le es congénito desde su origen,
con la tarea nuevam ente establecida que, com o fuerza motriz, determina todas
las tentativas filosóficas». O también: «Nosotros como filósofos somos herederos del
pasado en cuanto a la misión que la palabra “filosofía” indica, en cuanto a sus
conceptos, problemas y métodos. Es claro (qué otra cosa podría ayudar aquí) que
se requieren concienzudas reflexiones retrospectivas históricas y críticas para alcanzar,
antes de todas las decisiones, una radical autocom prcnsión, mediante una investiga
ción retrospectiva de aquello que originariamente y en todo tiempo se ha querido
com o filosofía y ha seguido queriéndose a través de todos los filósofos y filosofías
que históricamente han estado en interrelación e intercomunicación continuas»
(ibídem, pp. 20 y 23).
18 Ibídem, p. 135.
19 Con las palabras de su discípulo: «... el mundo de mi vida cotidiana no es en
m odo alguno mi m undo privado sino desde el com ienzo un mundo intersubjeti
vo, compartido con mis semejantes, experimentado e interpretado por otros; en
síntesis, es un m undo com ún a todos nosotros» (A. Schütz, El problema de la reali
dad social, Buenos Aires, Amorrortu, 1974, p. 280).
20 Encabezados por el ya recién citado Alfred Schütz. A los textos m enciona
dos en las notas anteriores podem os añadir su clásico La construcción significativa
del mundo social (Barcelona, Paidós, 1993; de esta obra existía una edición ante
rior, publicada por el mismo sello editorial, con el título Fenomenología del mundo
social).
181
C a p ít u l o X I
H e id e g g e r , l a e x is t e n c ia f r e n t e a l a m u e r t e
E l p r o y e c t o f il o s ó f ic o d e M a r t in H e id e g g e r
185
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
fu n d a m e n ta l d el m o d o d e se r d el h o m b re , co m o algo constitutivo de su
ex isten cia. N o cab e divorcio re sp e c to al m u n d o p o rq u e la m u n d a n id a d
es u n rasgo d e n u e s tra existencia. E n su Carla sobre el humanismo, escribe
H eid eg g er: « M u ndo n o significa e n n in g ú n caso u n ente n i u n ám b ito
d e l e n te , sin o la a p e r tu r a d e l S er»5. P o r d e c irlo a n u e s tra m a n e ra : el
m u n d o n o es el c o n ju n to d e los e n te s u objetos, e n tre los cuales se en
c o n tra ría el h o m b re co m o sujeto, sino la d e te rm in a c ió n fu n d a m e n ta l
d e l h o m b re co m o ex isten te. El h o m b re — to d o h o m b re, c u a lq u ie r h o m
b re — se e n c u e n tr a sie m p re y n e c e s a ria m e n te insertado e n el m u n d o de
las cosas y d e o tras p erso n as. Insertado: v in cu lad o a través d e u n a c o m p le
j a tra m a d e p re o c u p a c io n e s, tareas, in tereses y cuidados, tra m a q u e p ro
p o rc io n a la inicial c o n fig u rac ió n d e lo real. L o q u e hay e n p rim e r lugar
es mi m undo, y n o el p re su n to m u n d o objetivo p ro p u esto p o r la m e to d o
lo g ía científica.
E l h o m b r e c o m o ser en el m u n d o
186
M a n u e i. C r u z
187
F il o s o f ía c o n t k m p o r á n k a
E x is t e n c ia a u t é n t ic a y e x is t e n c ia in a u t é n t ic a
188
M a n u k i. C r u z
L a a n g u s t ia y la m u er te
190
M a n u el C ruz
191
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
192
M a n u i í i , C r u z.
E l t ie m p o
193
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
194
M a n u e i . G rijz
195
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
lo q u e h a sido, q u e es n ad a, y re c o n o c ie n d o q u e to d o lo q u e en el m u n d o
le p u d ie ra ser p re se n te a lg u n a vez es n ad a. A q u ie n se atreva con sem ejan
te tarea, a q u ie n a c ep te con ojos e n te ra m e n te abiertos la existencia tal
c o m o se la e n c u e n tr a , flu y e n d o d e la n a d a a la n a d a , y la viva a la luz d e
ese e n te n d im ie n to , to d a acción suya se le revestirá d e u n a p a rtic u la r to n a
lidad. D escu b rirá la cu lp a q u e aco m p a ñ a a la decisión d e vivir a u té n tic a
m en te. U n a cu lp ab ilid ad o riginaria, pu esto q u e la existencia, h ag a lo q u e
h aga, es e n sí m ism a el o rig en del m al tan p ro n to com o asum e y acep ta
u n a existencia d e la q u e n u n c a p u e d e ser d u eñ a; es culpable, h ag a lo q u e
h aga, tan p ro n to co m o a cep ta y se h ace resp o n sab le de u n a existencia fi
n ita irre p a ra b le m e n te d e te rm in a d a y co n d en ad a . Todos los y erros y faltas
p articu lares están m etafísicam en te fu n d ad o s en esta natu raleza culpable
d e la existencia.
Q u izá d e n u ev o a h o ra n u e stro lenguaje co m ú n p ro p o rc io n e la m ás
eficaz ilustració n d e lo q u e se p re te n d e decir. C uando, e n n u e s tra fo rm a
h ab itu al d e hablar, a la c u lp a la d e n o m in a m o s falta, estam os se ñ alan d o la
neg ativ id ad a la q u e alu d e el co n cep to . N o se tra ta de u n a cu lpabilidad
m o ra l o ju ríd ic a , sin o d e a q u ello q u e la fu n d a m e n ta : la cu lp a es ser fu n
d a m e n to d e u n a n ad a. El ser cu lp ab le n o resu lta d e u n a c u lp a c o m etid a,
sin o al co n trario . El ser culpable p erte n e c e , p o r tan to , al ser de la E xisten
cia. El au to p ro y ectarse hacia esta culpabilidad g e n u in a constituye la leal
tad d e la existencia consigo m ism a; es lo q u e H eid eg g er llam a la lib erta d
p a ra la m u erte. (E n esta n o ció n de cu lpabilidad e n cu an to finita acepta
ció n d e la p le n a resp o n sab ilid ad p o r n u estra finita existencia p erso n al,
H eid eg g er, co m o Jasp ers, está sig u ien d o a K ierkegaard.)
D esd e a q u í se p u e d e m e d ir b ie n la d istan cia q u e se p ara esta id e a d el
tie m p o d e la p re s e n ta d a p o r el p e n sa m ie n to c o m ú n o p o r la ciencia. L a
m e d id a co m ú n del tiem po (eso q u e H eid eg g er llam a la fechabilidad), la m e
d id a cien tífica d el tiem p o o el c o n c e p to m ism o d e e te rn id a d , se re fie re n
to d o s al tiem p o in au tén tico . Y n o se trata, u n a vez m ás, d e q u e ese tiem po
n o ex ista, sin o d e q u e sin la v in cu lació n fu e rte , c o n stitu y e n te , a la exis
ten cia, n o q u e d a sa tisfacto riam en te p en sad o . El tiem p o p ú b lico m e d id o
p o r los relo jes es el tie m p o d e los in te re se s y es, e n efecto , la c o n d ic ió n
n e c e s a ria d e q u e se d é el m u n d o q u e el h o m b re co n o ce. P ero , previa
m e n te , la e s tru c tu ra te m p o ra l d e la existencia p erso n al es la co n d ic ió n
n ecesaria d e q u e se d é ese yo q u e conoce. P o r eso H e id e g g e r subraya
q u e el tiem p o o rig in a rio del h o m b re es cualitativo y finito (lim itad o p o r
el n a c im ie n to y la m u e rte ), n o cuantitativo e infinito. El tiem p o in fin ito
— ta m b ié n llam ad o e n o casiones objetivo— n o existe ni p re v iam en te ni al
m a rg e n d el fin ito , sino q u e tien e lu g ar com o resu ltad o d e u n a c ie rta au-
to n o m izació n d e éste, la q u e se p ro d u c e cu a n d o la co in cid en cia univer
M a n u k i. C r u z
La n a d a y la h is t o r ia
197
lMl.OSOl-ÍA CONTUMl'ORÁNKA
198
M a n u k i. C r u z
199
F i l o s o f í a c o n t f .m i ’OKÁ n f a
200
M a n u f .i . C r u z
201
N otas
204
C a p ít u l o X I I
Sa r t r e , l a g e s t u a l i d a d e x is t e n c ia l is t a
208
M a n u e i. C ruz
209
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
u n ser in tersubjetivo. El c o n ten id o d e esta afirm ación rem ite tam bién,
có m o n o , a las prem isas planteadas. D e fo rm a análoga a otros rasgos d e la
realid ad h u m a n a , la existencia d e los o tro s ap arece inicialm ente e n clave
d e n eg ació n : la o tra existencia es tal e n cu an to no es la m ía. Esta n eg ació n
es «la e s tru c tu ra co nstitutiva del ser otro». Si planteam os la cosa a través
d el análisis del m ecan ism o de la m irad a, com o le gusta h a c e r a S artre, la
p ecu liar relació n q u e m an te n e m o s c o n los otros tal vez se p u e d a aclarar
más. D iríam os: el o tro es objeto de mi m ira d a y con ello se eq u ip ara a cual
q u ie r o tro objeto co m o té rm in o d e m i actividad.
A h o ra b ien , lo específico d e ese objeto m irado q u e es o tra p e rso n a es
q u e nos puede devolver la mirada (en la je r g a m ás filosófica esto equivaldría
a d e c ir q u e el o tro n os p u e d e n e g a r). Esta p osibilidad n o es m era a n é c d o
ta: p a ra S artre n o es n ecesario d e m o stra r la existencia del otro, ya q u e se
n os d a d e fo rm a d ire c ta e n el fe n ó m e n o del pudor. El pudor, en d efin iti
va, es la situ ació n en la q u e el para sí se descubre en su condición d e para
otro. Se d iría q u e, m e d ia n te esta c o n ex ió n prerreflexiva co n los dem ás,
S artre se h a zafado d el p eligro de solipsism o que p arecía am en aza r a su
p ro p u esta. Pero, c iertam en te, co n eso n o basta. Q u e d a p o r ver en q u é tér
m in o s p la n te a la su p e ra c ió n del aislam iento del sujeto, la relación c o n las
otras conciencias.
L a relació n e n tre conciencias, en la m ed id a en q u e se deja d ib u jar
co m o u n a n o n a d a m ie n to recíp ro co , es p en sad a p o r Sartre en clave de
conflicto. P o rq u e cu a n d o el o tro nos devuelve la m irada, n o sólo a d q u iri
m os n o ticia d e q u e ten em o s d elan te u n sujeto que se resiste a ser releg a
d o a la co n d ició n d e m e ro objeto, sino qu e sabem os que, al m ira rn o s, nos
está o b je tu a liz a n d o , esto es, nos está a n u la n d o co m o sujetos. Hay, p o r
tan to , u n a objetivación m u tu a que, sin em bargo, n o p ersigue co n v ertir al
o tro en u n m ero en sí. El para sí q u iere d o m in a r al o tro com o lib ertad , es
decir, p o se erlo a la vez com o objeto y com o libertad. T odo esto q u e d a
b ien ejem p lificad o a través d e la situación am orosa. E n el a m o r es la liber
tad d el o tro lo q u e d eseo asim ilar o p o se er com o libertad, puesto q u e es la
lib erta d d e l o tro lo q u e se p ara al otro d e m í y m e constituye e n o b jeto que
revela su ex isten cia al o tro . Al am ar, yo exijo q u e la p e rso n a que yo am o
exista so lam en te p a ra eleg irm e a m í com o objeto. E sto m e convierte en
u n a existencia q u e rid a p o r la e n te ra lib erta d del o tro , cuya existencia yo
q u ie ro c o n mi p ro p ia lib ertad . T am b ién los análisis sartrean ó s de la vida
sexual, ta n to n o rm a l co m o patológica, señalan la p resen c ia co n stan te de
esta p reten sió n — u n p u n to paradójica, com o la o rd e n «desobedécem e»—
d e d o m in a r la v o lu n tad ajena sin afectarla.
¿No hay, pues, nosotros posible? Sí, p e ro en unas co ndiciones que lo ha
cen difícil. La in tersu bjetividad q u e h em o s visto h asta aq u í n o es la d e un
212
M a n u k i . C ruz .
213
N otas
»Mucho más que parecer que “se hace a sí mismo”, el hombre parece “ser he
cho” por el clima y la tierra, la raza y la clase, el lenguaje, la historia de la colecti
vidad de la que forma parte, la herencia, las circunstancias de su niñez, los hábi
tos adquiridos, los grandes y pequ eñ os acontecim ientos de su vida» (ibídem,
pp. 506-507).
15 Ibídem, pp. 510 y 554.
16 Me he referido a este punto, en concreto desde la perspectiva del análisis de
la historia, en diversos pasajes de mi Narratividad: la nueva síntesis, op. cit., así com o
en ¿A quién pertenece lo ocunido ? (Madrid, Taurus, 1995).
17 Jean-Paul Sartre, A puerta cenada, Madrid, Alianza; Buenos Aires, Losada, 4a
ed.: 1989.
18 Jean-Paul Sartre, Crítica de la razón dialéctica, precedida de Cuestiones de méto
do, 2 vols., Buenos Aires, Losada, 1963.
19 Jean-Paul Sartre, El existencialismo es un humanismo, Barcelona, Edhasa, 3a
ed.: 1992.
C a p ítu lo XIII
G ad am er, u n a r a z ó n h e c h a d e le n g u a je
***
U n a u b ic a c ió n c o m p l e ja
219
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
2 20
M a n u el C ruz
I n t e r p r e t a c i ó n (y d i á l o g o )
221
F i l o s o f í a c o n t f .m i >o r á n f a
222
M a n u fx C ruz
22 3
Fll.O SOFÍA CONTF.Ml’OKÁN'KA
nes tie n e n u n a fácil ap licación a ese particu lar ejercicio in terro g ativ o q u e
es la lectu ra d e u n texto. C u a n d o se p re te n d e c o m p re n d e r un tex to , se h a
d e estar disp u esto a d e ja r q u e n os d ig a algo. U n a conciencia fo rm a d a h er-
m en é u tic a m e n te , p ien sa G adam er, h a de te n e r u n a sensibilidad previa
hacia la alterid ad del texto. El sujeto d eb e estar dispuesto a escu ch ar lo q u e
el o b je to dice: só lo así se le re v e la rá (o desvelará) el o b je to al su je to
q u e p reg u n ta. Si esta relación es a b ierta — si se le d e n o m in a dialéctica— es
p o rq u e la llam ada «respuesta» n o cierra el círculo, sino q u e lo a b re de n u e
vo, ya q u e e n te n d e r (co m p ren d er) u n a respuesta es, a su vez, o tra p regunta.
A u n q u e u n a p re g u n ta d ete rm in a d a : n o cu alq u ier p re g u n ta . En ese
se n tid o , se h a p o d id o sostener, co n p a rte de razón, que «la resp u esta es la
d esg racia d e la p reg u n ta» en la m e d id a en q u e la respuesta o bliga a elegir,
a o p ta r p o r u n a , d e se c h a n d o infinitas solicitaciones. Es en to d o caso u n a
d esg racia relativa: el p recio d e la d e te rm in a c ió n p erm ite escap ar d e la
co m p leta indiferencia. P re g u n ta y respuesta circulan, p o r así decirlo, d e n
tro d el diálogo h e rm e n é u tic o y a d q u ie re n su se n tid o d e n tro d e l m ism o.
Q u e se co n sid ere este cauce insosteniblem ente estrecho d e p e n d e en g ran
m e d id a d e las expectativas q u e se alb erg aran co n an terio rid ad . A quel q u e
v en g a d e p e n s a r q u e lo im p o rta n te d e la filosofía (y p o r tanto, lo que m e
rece se r sa lv ag u ard ad o) es ese d e sazo n an te m o m e n to fu n d a c io n a l del
aso m b ro y n o los d esarrollos con los q u e nos en fre n ta m o s a él, valorará
p o r en cim a d e to d o el im pulso q u e m ueve a la pregunta, d esd eñ an d o com o
ex crecen cia, im p o n d e ra b le o re m a n e n te cu alq u ier respuesta, sea la q u e
se a.'H ará suya la h e rm o sa fig u ra q u e p ro p o n ía M aurice B lan c h o t p a ra vi
sualizar este ju e g o : «La p re g u n ta es el deseo del p ensam iento». L a réplica
p u e d e p lan tearse sin a b a n d o n a r la falsilla: la m e jo r m an era d e m a n te n e r
vivo el deseo n o es a p lazan d o c o n sta n te m e n te el m o m en to de su consecu
ción, sino sie n d o capaz de e n c o n tra r las form as p a ra renovarlo.
P ero estam os, n o se olvide, en el m arco m ayor de la in te rp re ta c ió n . Lo
q u e significa, a n u estro s efectos, q u e la situación que m ejo r ejem plifica
este p ro ceso es la d e la h e rm e n é u tic a del texto. A plicando lo e x p u esto a
lo q u e a h o ra im p o rta , p o d em o s a firm ar co n G adam er: «el q u e un texto
tran sm itid o se co n v ierta e n objeto de la in te rp re ta c ió n q u ie re decir p ara
e m p e z a r q u e p la n te a u n a p re g u n ta al in té rp re te » 11. C o m p re n d e r u n tex
to q u iere decir, p o r tanto, c o m p re n d e r esta p reg u n ta, acceder al h orizonte
d el p reg u n tar, q u e co m o tal c o n tien e necesariam en te tam b ién otras res
p u estas posibles. P e ro an tes d e d a r el sig u ien te paso (y em p e z a r a h a b la r
d e la trad ició n ) conviene q u e subrayem os este trazo: p a ra alcanzar el sig
n ificado de lo d ich o p o r alguien hay que saber cuál fue la p re g u n ta a la cual
q u iso d a r c o m o resp u esta lo d ic h o o esc rito 12. Este énfasis e n q u e la p re
g u n ta se h alla en el tex to y n o e n el in té rp re te in te n ta , no só lo p rev en ir
225
l-'n « S o f í a c o n t f . m i’o r á n f a
del p elig ro de an acro n ism o , sino tam b ién avanzar algo acerca de la n atu
raleza d e la tarea h e rm e n é u tic a . La p re g u n ta sólo se g ana desde e l texto
m ism o, y se le reco n o ce p o r su capacidad para h acer inteligible la resp u es
ta e n ta n to qu e tal.
L a distan cia q u e G ad am er tom ó respecto de las h e rm e n é u tic a s deci
m o n ó n icas se m u estra, desde aquí, irreversible: la p re g u n ta p o r reco n s
tru ir n o co n c ie rn e a las vivencias intelectuales del autor, sino al se n tid o
d el tex to m ism o. Lo q u e aquél p e n s a ra n o es especialm ente re le v a n te 13.
E n consecuencia, tam p o co lo será el ideal de «entenderlo m ejor d e lo que
él se e n te n d ió a sí m ism o» y sim ilares. Com o, p o r ejem plo, el de q u e com
p re n d e m o s u n p ro ceso c u a n d o estam os en co n d icio n es d e p ro d u c irlo ar
tificialm ente. Sólo q u e e n este caso la discrepancia v en d ría p o r o tro lado.
El lem a viq u ian o verum etfactum converluntur, esto es, el conv en cim ien to
d e q u e el h o m b re n o co n o ce v erd a d e ra m e n te más q u e lo q u e él h a c e , in
te n ta saltar p o r en c im a de la historia. A am bos ideales, G adam er o p o n e el
d ato q u e le p ro p o rcio n an los filólogos: los textos son inagotables. L o trans
m itid o m u e stra n u evos aspectos significativos en v irtu d d e la c o n tin u a
ció n d el aco n tecer. P ara n u estro a u to r es com o u n d ato d e ex p erien cia
(H a b e rm a s co m en ta, se d iría q u e co n ironía, q u e la a u to rid a d de e se dato
se p a re c e a la q u e el positivista co n ced e a la ex p erien cia sensorial) el que
n o p o d e m o s ag o tar el c o n te n id o de los textos e m inentes. H ay que asu m ir
q u e, d esp u és d e n o so tro s, o tro s e n te n d e rá n el m ism o tex to de m a n e ra
d istinta. Y con razón: la p ro p ia o b ra despliega, a golpe d e lectura, su plen i
tu d d e sen tid o . O , si se p refiere utilizar la definición de clásico q u e ofre
cía Italo Calvino: «U n clásico es u n lib ro q u e n u n c a te rm in a de d e c ir lo
q u e tien e q u e d e c ir» 14.
A su m ir esta c o n d ició n procesual (histórica, en realidad) de la tarea
h e rm e n é u tic a im plica, m ás específicam ente, a cep tar q u e e n e lju e g o pre-
g u n ta-resp u esta n in g u n a respuesta ag o ta la p re g u n ta q u e la originó. A un
q u e, en realid ad , tal vez lo m ás p ro p io fu era d ecir q u e no hay u n lu g a r a
salvo. P o rq u e tam p o co el in té rp re te se lim ita a ser m ero cronista d e los
nuevos significados q u e va d e sp re n d ie n d o el texto e n su ro d a r p or el tiem
po . El m ism o está en el p ro ceso y esa u b icació n no p u e d e p o r m en o s que
afectar a su q u eh ace r. C u a n d o G a d a m e r re ite ra q u e el fe n ó m e n o her-
m e n é u tic o e n c ie rra e n sí el c a rá c te r o rig in al de la conversación e stá se
ñ a la n d o q u e el cam ino q u e com unica al in térp rete co n el texto es d e doble
d irecció n . El in té rp re te n o es el m inucioso re sta u ra d o r de la p re g u n ta es
c o n d id a e n los plieg ues del texto, b ajo capas de afirm aciones y lecturas.
Ni, m en o s aú n , u n n o ta rio privilegiado qu e se lim ita a levantar acta d e las
in te n c io n e s ajenas (privilegio q u e a su vez resu ltaría de im posible ju stifi
cación: ¿cóm o sa b er si se h a c o m p re n d id o bastan te lo que el a u to r ten ía
M a n u e i. C r u z
T r a d i c i ó n (y p r e j u i c i o )
227
F i l o s o f í a c o n t f .m p o r á n l a
d e la trad ició n 18. A quella inicial alusión al círculo h erm en éu tico en clave de
trad ició n p u e d e ser co m p letad a ahora: in te rp re ta r u n a tradición es p arte,
e n efecto , d e esa m ism a tradición, p e ro eso significa que sólo p u e d e ha
cerse d esd e la trad ició n m ism a, no q u e esté g arantizada la c o rre c ta in ter
p retació n . T am b ién la m ala in te rp re ta c ió n fo rm a p a rte de la tradición.
P o r eso se p u e d e a firm ar q u e el círculo h e rm e n é u tic o es fu n c ió n del
c a rá c te r fin ito d e la ex isten cia h u m a n a . Lo q u e, p o r lo p ro n to , im plica
q u e la trad ició n n o es fatalidad, ni ag o ta su utilidad e n la sanción, m ás o
m e n o s tra n q u iliz a d o ra , d e lo h e r e d a d o (c o n n o ta c ió n a la q u e sin d u d a
invita el p ro p io té rm in o ). P o r el c ontrario, el concepto de tradición, q u e le
h a b ía serv id o en p rin cip io a G ad am er p ara el exclusivo p ropósito d e ha
c er inteligible — esto es, fu n d a m e n ta r— la com prensión (ésta se m anifies
ta com o u n acontecer, y específicam ente com o u n acontecer d e la tradición
o tran sm isió n ), se irá revelando a lo largo d e su o b ra com o u n co n cep to
m áx im am en te am bicioso hasta llegar a constituir la pieza básica en su con
fig u ració n d e la id e a de razón — y, m ás allá, a u n q u e todavía no hayam os
p ro p o rc io n a d o los elem en to s p a ra arg u m en tarlo , el elem en to m ás defi-
n ito rio d e su p ro p u esta.
Es im p o rta n te resaltar esto p o rq u e , a m en u d o , el énfasis g ad am erian o
e n la trad ició n h a sido valorado com o si el a u to r de Verdad y método se estu
viera a lin e a n d o ju n to al irracionalism o fre n te al racionalism o ilustrado,
c u a n d o e n realid ad, seg ú n él, n o hay conflicto e n tre trad ició n y razón. El
m a le n te n d id o p ro viene, sin d u d a, d e la arra ig a d a ten d en cia a co n sid erar
la trad ició n co m o m e ra persistencia, com o irracio n al afán d e conservar
fre n te a las arro llad o ras novedades de la historia. Esa im agen p ro b a b le
m e n te fu n c io n a p o rq u e se apoya en la analogía con los fen ó m en o s n a tu
rales, e n los q u e «persistir» se identifica co n u n a p erseverancia casi m in e
ral en el p ro p io ser. N o es así com o e n tie n d e G ad am er la tradición, n i esa
tarea m e ra m e n te defensiva es la q u e le atribuye. P o r el co n trario , c u an d o
se p ro n u n c ia a favor d e la d ig n id a d d e la tradición, n o se refiere a la tradi
ció n en g en eral, sino a aquellas tradiciones cuyo p o d e r se fu n d a en su ra
cion alid ad .
Estos m atices n o p re te n d e n oscurecer, y m u ch o m en o s negar, el com
p o n e n te conservador q u e im plica la idea de tradición. El p ro p io G ad am er
n o lo esco n d e: «La trad ició n es esen cialm en te conservación, y co m o tal
n u n c a d e ja d e estar p re se n te en los cam bios históricos»19. A h o ra b ien , la
sola co n statació n d e este c o m p o n e n te n o basta p a ra e n te n d e r la m ag n i
tu d d e los ataq u es recibidos p o r la id ea g ad am erian a. E n realidad, la m a
yor p a rte d e ellos se apoya en u n a confusión, h e re d a d a del co ntencioso
e n tre ro m an ticism o e ilustración, consistente e n co n sid erar esa conserva
ció n co m o u n a o p e ra c ió n ajen a p o r co m p leto a la razón, en e n te n d e r la
22 8
\ l \ \ l I I C .íl 1
trad ició n c o m o m e r o dato h istó rico fren te al cual la razón no ten d ría m ás
r e m e d io qu e e n m u d e ce r . Pero el p la n te a m ie n to d e b e ser el contrario: e s
tam o s a n te u n a c to d e razón. Para G adam er conservar y presentar un a
trad ición es un a c to tan libre y racional c o m o tratar de elim in arla. N o es
su fic ie n te c o n p en sa r la tradición c o m o algo d a d o , c o m o un e n sí: es p r e
ciso afirm arla y asum irla. C on otras palabras, la tradición req u iere cultivo,
ju stific a ció n y c u id a d o . Estos p r o n u n c ia m ie n to s n o son m e r a m e n te p r o
gram áticos, n o p u e d e n ser e n te n d id o s tan só lo c o m o b ie n in te n c io n a d a s
d e c la r a cio n es d e p rin c ip io , en tre otras razones p o rq u e p la n te a n p ro b le
m as d e co n sid e ra b le envergad ura. El más im p o rta n te d e los cu ales proba
b le m e n te sea el d e superar la o p o s ic ió n e x clu y e m e entre trad ición y lib er
tad racional.
P ero si d e c im o s q u e no basta con con sid erar la tradición c o m o m era
m e n te dada es para dejar claro q u e, por su p u esto , algo d e eso hay. G ada
m e r lo r e c o n o c e , a u n q u e d e fo rm a ind irecta, c u a n d o a r g u m e n ta a favor
d e la c o n d ic ió n irreb asable, in su p era b le, d e la id ea de trad ición y se p r e
gunta: «¿Puede considerarse q u e la conversación c o n el co n ju n to d e n u e s
tra trad ición filo só fica , en la q u e n o s e n c o n tr a m o s y qu e n o so tr o s m ism os
s o m o s e n cu a n to q u e filo so fa m o s, ca rece de fu n d a m e n to ? , ¿es q u e es n e
cesaria u n a fu n d a m e n ta c ió n d e a q u e llo q u e n o s está s o s te n ie n d o d e sd e
siem p re? » 20. Estos énfasis tal vez h agan co m p r e n sib le la d esco n fia n za c o n
la q u e filo so fía s y filó so fo s q u e se q u isiera n progresistas han in ter p r e ta
d o esta categoría, tan central e n la p ro p u esta gadam eriana, p e r o en to d o
ca so n o la ju stific a n . P o rq u e n o e n tra n e n el c o n te n id o d e la tra d ició n ,
n o p e r c ib e n la e sp e c ific id a d d e l e m p le o q u e G a d a m er hace d e la m is
m a, y se lim itan a e n te n d e r la — y d e sec h a r la — e n su a c ep ció n m e r a m e n
te form a l.
N o se p r e te n d e e n a b so lu to sugerir q u e, al a c ce d e r a lo q u e im p orta,
to d o q u e d e claro, o q u e los a sp ecto s p o lé m ico s d esaparezcan. AI con tra
rio. H asta aqu í, n u estra lectura d e G adam er ha invitado a c o lo c a r el fo c o
d e a te n c ió n so b re el c o n c e p to d e trad ición más q u e sobre el d e in terp re
ta ció n , c o m o su e le ser fr e cu en te al hablar de la filo so fía h e r m e n é u tic a .
L o h e m o s h e c h o a base d e pensar la in terp retación c o m o d iá lo g o para, se
g u id a m e n te , req uerir el m arco q u e lo hace p o sib le (y, p o r tan to, in telig i
b le) . La o p c ió n d esech a d a , a q u é ocultarlo, tien e m u ch o s d efen sores. P ero
ta m b ién u n p e lig r o im p o rta n te. El d e q u e, seg ú n c o m o se e n tie n d a ese
interpretar, los c o n fin e s d e la filo so fía h e r m e n é u tic a te r m in e n c o n fu n
d ié n d o se c o n los d e la filo so fía sin más. Estaría c o rr ie n d o de esta form a
una su erte a n á lo g a a la q u e en otros m o m en to s co rriero n el existen cialis-
m o y e l histo ricism o . P u esto q u e, e n e fe cto , si caracterizam os la h e r m e
n é u tic a p o r su a te n c ió n al p asad o y p o r la in terp reta ció n que lleva a cab o
229
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
230
M a n u e l C ruz
231
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
233
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
234
M a n u iu . C r u z
235
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
236
M a n u e l C ruz
H i s t o r i a (y n a t u r a l e z a h u m a n a )
238
M a n u e i. C r uz
239
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
240
M a n u e i. C r uz
241
F il o s o f ía c o n t f .m p o r a n k a
243
N otas
246
M a n u k i. C r u z
que uno renuncia al esfuerzo de entender al otro aun antes de haberlo escucha
do. Pues uno ya ha com prendido a todos aun antes d e que hayan dich o algo»
(Elias Canetti, Hampstead, Madrid, Anaya & Mario Muchnick, 1996, p. 83). R e
párese en la proximidad entre este apunte y lo que com entam os antes acerca de
la incapacidad del dogm ático para preguntar.
18 «... nunca se desata el lazo vital que une la tradición y el origen con la in
vestigación crítica. El que intenta despojarse de su propia individualidad com o
presunto espectador de la historia universal, al m odo de Ranke, sigue siendo
hijo de su tiem po y vástago de su patria» (Verdady método II, op. cit., p. 27).
19H.-G. Gadamer, Verdad y método, cit., p. 349.
20 Ibídem, p. 20.
21 Y, por si esto fuera poco, a su vez este último se apoya en el respaldo del
concep to de autoridad. Preferimos posponer el comentario de la noción de au
toridad para cuando tratemos a otros autores.
22 Verdad y método, cit., p. 336.
23 Ibídem, p. 344.
24 Crítica cuyo eje mayor, com o hem os señalado, es la idea de q u e la perte
nencia a una tradición representa la condición para una com prensión de la rea
lidad histórica del individuo. Gadamer reitera esta idea en múltiples ocasiones.
Por ejemplo: «... nuestra com prensión de un texto no es un acto de la subjetivi
dad, sino que se determ ina desde la com unidad que nos une con la tradición»
(ibídem, p. 363).
2:>H eidegger citado por Gadamer en ibídem, p. 322.
26 Ibídem, p. 369.
27 Cuando, en realidad, el propio prejuicio «sólo en la medida en que se ejer
ce puede llegar a tener noticia de la pretensión de verdad del otro y ofrecerle la
posibilidad de que éste se ejercite a su vez» (H. -G. Gadamer, ibídem, pp. 369-370).
En un sentido muy parecido se pronuncia en su trabajo «Retórica, herm enéuti
ca y crítica de la ideología» (en Verdad y método II, op. cit.): «los prejuicios que guían
mi precom prensión intervienen siem pre ... incluso en su abandono, que siem
pre puede llamarse tam bién reajuste», p. 239.
28 Ibídem, p. 367.
29 Asi, por pon er un caso, «la conciencia histórica que quiere com prender la
tradición no puede abandonarse a la forma metódico-crítica de trabajo con que
se acerca a las fuentes», (ibídem, p. 437).
30 Ibídem, p. 372.
31 Véase A rnold G ehlen, El hombre, Salamanca, E diciones Síguem e, 1987,
pp. 365 y ss.
32H.-G. Gadamer, Verdad y método, op. cit., p. 17.
33 Ibídem, p. 330.
34 Ibídem, p. 372.
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
35 Ibídem, p. 311.
3BIbídem, p. 535.
37 Ibídem, p. 316.
A p é n d ic e a l a t e r c e r a parte
U n a v e r s ió n e sp a ñ o l a .
O rtega y G asset
J o s é O r te g a y G a sset.
U n a p r o p u e s ta a ia l u z d e u n a i n te r p r e t a c i ó n
***
L a c o n f ig u r a c ió n d e u n a p r o b l e m á t ic a p r o p ia :
o b je t iv is m o y p e r s p e c t iv is m o
250
M a n u f .i , C r u z
252
M a n u e i. C huz
verdad». Y tam bién: «La realidad, precisamente por serlo y hallarse fuera de nues
tras mentes individuales, sólo p u e d e llegar a ésta m ultiplicándose e n mil ca
ras o haces» (subrayados, M. C .). Sin esfuerzo p o d ría n e n c o n tra rse m u
chas m ás citas q u e a b u n d a ra n en esta m ism a idea, p ero en to d o caso lo
im p o rta n te es se ñ alar el p ecu liar equilibrio realidad-individuo o m u n d o -
h o m b re q u e sie m p re se p ro p o n e , u n equilibrio q u e de alguna m a n e ra
p o d ría decirse q u e es e n tre perspectivas: la o ntológica d e u n lad o y la a n
tro p o ló g ica d e o tro .
P u es b ien , es p recisam en te d e la n ecesidad de tem atizar y p ro fu n d iz a r
e n esta relació n d e d o n d e b ro ta n los elem entos m ás novedosos d e la p ro
p u e sta o rte g u ia n a a p a rtir de aquí. E n el libro q u e co ro n a la se g u n d a fase
e inicia la tercera y ú ltim a de su evolución intelectual, el titu lado E l lema de
nuestro tiempo1', O rte g a radicalizará aquellas fo rm ulaciones en u n a direc
ció n q u e le ab o cará a la n ecesid ad de p re se n ta r nuevas categorías. El re a
lism o plu ralista d e l q u e h ab ía p a rtid o , su convencim iento de q u e dos
p u n to s d e vista so b re la m ism a re a lid a d no p u e d e n coincidir, p e ro sí p u e
d e n c o m p lem en tarse, co n v en cim ien to del q u e en un p rim e r m o m e n to
d eriv ab a el im p erativo d e q u e lo q u e d eb e h a c e r cad a individuo es p ro cu
ra r r e p ro d u c ir fielm e n te su p u n to d e vista, te rm in a p o r convertirse en u n
d estin o : «Cada h o m b re tien e u n a m isión de verdad». A quella p rem isa se
g ú n la cual realid ad y p u n to de vista son correlativos ha resu ltad o p o seer
u n d in am ism o in te rn o p ro p io . A firm aciones a p a re n te m e n te ta n ro tu n
das co m o «la persp ectiva es u n o d e los c o m p o n en tes de la realidad» d ejan
d e ser la ú ltim a p alab ra sobre el asunto. A ntes b ien al contrario, em p lazan
a p e n s a r la n a tu raleza d e esa m irada, d e ese lugar, so brecargado d e p ro n
to c o n tan p esad a responsabilidad.
B ien p u d ié ra m o s decir, sim plificando c iertam en te las cosas, q u e el e n
tero re c o rrid o d e su se g u n d a e ta p a le h a servido a O rteg a p ara ju stificar
la d ig n id a d o n to ló g ica y gnoseológica d e ese h o m b re que en el te rc e r tra
m o se va a d e d ic a r a describir. E n efecto, «somos insustituibles, som os n e
cesarios» en la m e d id a e n que n u e stra d iferencia individual es precisa
m e n te el ó rg an o p o r el cual p o d em o s ver la p o rc ió n de realid ad q u e n os
c o rre sp o n d e . P ero co n fo rm arse con esto, q u ed arse aquí, significaría d e
j a r sin a b o rd a r las d os cuestiones q u e realm en te im p o rtan , a saber, la d e
q u é e n te n d e m o s p o r realid ad y la del tipo d e razón de la q u e estam os h a
b lan d o . A u n q u e q u izá fu e ra m ejo r referirse a u n a sola cuestión, y no a
dos, e n cu an to , co m o pasarem os a ver, u n a y otra, realidad y razón, van a
ser ab o rd ad as en la te rc e ra e tap a com o d im en sio n es de u n a sola y m ism a
cosa: la vida.
253
F il o s o f í a c o n t k m p o r á n k a
R A Z Ó N Y VIDA
254
M a n u e l C ruz
255
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
256
M w , C ruz
257
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
260
M a n u e i. C r u z
261
F u .OSOFÍA CONTEMPORÁNEA
263
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
264
M a n u e i . C ruz .
265
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
las afirm acio n es d e O rtega: «Ser libre q u iere d ecir carecer de id e n tid a d
constitutiva, n o estar adscrito a u n ser determ in ad o , p o d e r se r otro d el que
se e ra y n o p o d e r instalarse de u n a vez p a ra siem pre e n u n se r d e te rm in a
do». Es, pu es, el carácter in co m p leto d e la p ro p ia existencia el q u e conde
na al h o m b re a se r lib re, com o d iría Sartre, el que le deja e n la p arad ó jica
situació n d e n o te n e r lib erta d p a ra re n u n c ia r a ella.
Si esta m ism a id e a la fo rm u láram o s en negativo, o b ten d ríam o s la ú ni
ca in d icació n posible acerca d e q u é cabe h a c e r co n esa irre n u n c ia b le li
b ertad . Bajo la p resió n del tiem po, el h o m b re p u e d e h acer lo q u e q u iera
m en o s u n a cosa: excusarse. Ese te n e r q u e d ecid ir e n cada in stan te cóm o
va a a c tu a r («vivir es c o n s ta n te m e n te d e c id ir lo q u e vam os a h a c e r» 34) le
co lo ca d e c o n tin u o an te la n ecesid ad de justificarse, esto es, de d a r razón
a n te sí m ism o d e p o r q u é h ace u n a cosa y no otra. D e acu erd o con to d o lo
d ich o , se rá u n dar razón peculiar, q u e en n in g ú n caso p o d rá equivaler a
p ro p o rc io n a r ex plicaciones, e n el sen tid o h abitual del térm in o . El arco
d e la existencia h u m a n a a u té n tic a n u n c a d eja d e estar tenso. Lo q u e ven
d rá — q u e es co m o decir: lo q u e n o sotros traere m o s— tiene u n signo in
cierto . P u ed e se r q u e le ab ram o s el paso a lo m ejo r o a lo peor. P o r eso,
d irá O rteg a, «lo grave es el futuro». P ero, e n c u alq u ier caso, h a b rá p o r lo
m en o s u n se n tid o e n el q u e n o p o d rem o s d e s e n te n d e m o s d e él (incluso
au n q u e n o lo e n te n d a m o s ). A quel dar razón equivale a hacerse cargo. La
vida h u m a n a es, e n definitiva, resp o n sab ilid ad 35.
N otas
1Por ejem plo, José Ferrater Mora en su libro Ortega y Gasset, Barcelona, Seix
Barral, 1973; I a ed. en inglés en 1952.
2 J. Ortega y Gasset, Obras Completas I, Madrid, Revista de O ccidente, 7a ed.:
1966, pp. 473-493.
3 Así lo ha hecho Julián Marías en su libro Ortega y la idea de razón vital, Ma
drid, Revista de O ccidente, 1948, p. 32, nota 7.
4 J. Ortega y Gasset, op. cit., pp. 309-400.
5 Ibídem, p. 321.
6 J. Ortega y Gasset, Obras Completas II, cit., pp. 15-20.
7J. Ortega y Gasset, Obras Completas III, cit., pp. 143-203.
8 Ibídem, p. 178.
9 J. Ortega y Gasset, Historia como sistema, en Obras Completas VI, cit. p. 13.
10 «Yo no sé si eso que llamo vida es importante, pero sí parece que, impor
tante o no, está ahí antes que todo lo demás, incluso antes que D ios porque
todo lo demás, incluso Dios, tiene que darse y ser para mí dentro d e mi vida»,
Obras Completas XII, p. 31.
11 Ibídem, p. 46.
12 J. Ortega y Gasset, Obras Completas V, p. 85. Véase para este punto Pedro
Cerezo, «La razón histórica en Ortega y Gasset», en Reyes Mate (e d .), Filosofía de
la historia, EIAF, vol. 5, Madrid, Trotta-CSIC, 1993, p. 169.
13 Vid. el epígrafe «Ortega y Heidegger» en José Gaos, Obras Completas, X. De
Husserl, Heideggery Ortega, M éxico, UNAM, 1999, pp. 177-386.
14 Lo subraya, por ejemplo, en diversos m om entos de sus Lecciones de metafísi
ca, Obras Completas XII, pp. 13-141.
15J. Ortega y Gasset, Obras Completas VI, p. 32.
16Ibídem, p. 400.
17Véase J. Ferrater Mora, op. cit., p. 106.
18J. Ortega y Gasset, Obras Completas V, pp. 383-409.
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
269
C uarta parte
D o n a l d D a v id s o n
274
M a n u k i. C h u z
276
M a n u e i. C r u z
277
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
sió n dav id so n ian a seg ú n la cual «una acción se realiza con c ie rta in ten
ció n si la causan, d e la m a n e ra c o n ecta, las a ctitu d es y las c reen cias que la
racio n alizan » 6 d e jab a ver e n q u é m e d id a la atrib u ció n de racio n alid ad al
ag e n te e ra p ieza básica d e to d o el e squem a d e n u e stro autor. P ero e ra pie
za básica — co n v ien e em p ezar a in tro d u c ir la idea— desde u n a p ersp ec ti
va in eq u ív o cam en te interp retativ a. E n realidad, deseos y creencias son es
tados q u e atrib u im o s a los dem ás con el objeto d e h acer inteligible su
c o n d u c ta . C o n o tras p alab ras, les a trib u im o s ra c io n a lid a d c o m o ú n ic a
fo rm a d e e n te n d e r d ic h a co n d u c ta c om o acción intencional.
D avidson, claro está, es p e rfe c ta m e n te consciente de q u e la co n d ició n
in ten cio n al d e la acción es algo q u e aparece a la luz de u n a d e te rm in a d a
d escrip ció n , a d m itie n d o asim ism o d ich a acción otras d escripciones (del
m ism o m o d o q u e, a la inversa, acciones in te n cio n alm en te d iferen tes p u e
d e n ser descritas p o r u n o b se rv ad o r en térm in o s sim ilares). Esta labilidad
d escriptiva d e la acción d a lu g ar a dos ó rd en es d e consideraciones en el
fo n d o ín tim a m e n te conectadas. De u n lado, las referidas a las dificultades
q u e se suscitan c u a n d o los elem en to s destinados p recisam en te a clarificar
el sen tid o d e nuestras acciones, en vez de c o n trib u ir a ello, se convierten e n
fu e n te d e o scu rid ad . L a deb ilid ad de la v o luntad y el a u to e n g a ñ o 7 ejem
p lifican p arad ig m áticam en te tales situaciones. N o p ro ced e a h o ra e n tra r
e n la reconstr ucción detallada de am bos errores. Baste con constatar que en
am bos lo q u e en últim a instancia q u ed a cuestionado es aquello q u e em pe
zam os a señalar, a saber, u n a d e te rm in a d a im agen d e la razón.
Así, p o r re p a ra r sólo en u n o de los casos, el análisis de la d eb ilid ad d e
la v o lu n tad (o akrasia) sirve a Davidson p ara trascen d e r el p rin c ip io de ra
cio n alid ad p u ra, e n últim o té rm in o de inspiración platónica, según el
cual n in g u n a acció n in ten cio n al p u e d e ser irracio n al pu esto q u e n adie
a c tú a a sa b ien d as e n c o n tra d e lo q u e co n sid era lo m ejo r (si lo h a c e , sólo
p u e d e se r p o r ig n o ran cia). P ara ello, y p a ra n o re n u n c ia r al carácter in
ten cio n al d e la acció n, re c u rre a la tesis d e la m e n te parcelada, n o adm isi
ble d esd e u n a perspectiva de racionalidad perfecta. H abría, según esto, u n a
sección sem iau tó n o m a q u e d e te rm in a cuál es el m ejor curso de acción, y
o tra q u e invita a se g u ir o tro curso. L a existencia de secciones sem iautóno-
m as d o n d e se en trem ezclan creencias, expectativas, presuposiciones, d e
seos y o tras instancias análogas p e rm itiría visualizar la p resen c ia d e co n
flictos e n tre cu alesq u iera de ellas en u n m o m e n to dado. C onflictos que,
h a b rá q u e añadir, n o son con trad icto rio s co n la existencia d e u n a m irad a
global. Sólo q u e esa m ira d a global n o es prescriptiva: se lim ita a se r la ins
tan cia d esd e la q u e se levanta acta d e los desgarros y co n trad iccio n es q u e
le o c u rre n al sujeto. El lugar q u e le p e rm ite d ecir a éste cosas tales com o:
«Sí, ya sé, p e ro m e com pensa...».
278
M a n u e l C ruz
279
F il o s o f ía c o n t e m i'o k á n k a
280
M an ' u e i . C r u z
281
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
H iia r y P u t n a m
282
M a n u k i. C r u z
284
M a n u e i. C r u z
286
M a n ' i i k i . C ru z .
287
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
288
M a n u e i. C ruz
John R. Searle
289
F i l o s o f í a c-o n t e m f o r á n k a
291
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
293
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
295
F il o s o f ía c o n t u m p o r á n k a
296
M a n u e i. C ruz
298
M a n u iíi. C r u z
299
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
R ic h a r d R o r t y
300
g ú n caso p e re g rin o s q u e de las ideas de este p en sad o r n o rte a m e ric a n o se
h a n p o d id o h acer. D e cu a lq u ie r fo rm a, la c o rre c ta ubicación d e la figu
ra d e Rorty n o resu lta deseable ú n icam en te p o r u n obvio p rin cipio general
d e eficiencia h istoriográfica, sino q u e atañe al c o n ten id o m ism o de sus
ideas, co m o h a b rá ocasión de m ostrar.
303
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
305
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
dos p o r alcan zar certezas absolutas. En ellos cree en c o n tra r R orty ele
m e n to s in teresan tes p a ra e lab o rar el m odelo de filósofo ad e c u a d o p ara
los n u evos tiem pos. A d ich o m o d e lo p ro p o n e d en o m in a rlo filósofo edifi
cante, p o r o p o sició n al filósofo sistemático. M ientras qu e este ú ltim o era el
brazo eje c u to r d e la co n cep c ió n h e re d a d a d e la filosofía61, ya com en tad a,
y, p o r tan to , p r e te n d ía cosas tales co m o colocar su m ateria de estu d io en
el cam in o seguro d e la ciencia o, b asándose en argum entos, e lab o rar cons
tru ccio n es especulativas co n vocación d e e te rn id a d , el filósofo edificante
sabe q u e «su o b ra p e rd e rá vigencia c u a n d o pase el p erio d o c o n tra el que
estab a re a c c io n a n d o » 62 y n o p r e te n d e o tra cosa q u e p resen tar sátiras, pa
ro d ias y aforism os. El filósofo edificante es periférico, pragm ático y escép
tico resp ec to a la filosofía sistem ática o m ás en g eneral, resp ecto a todo
p ro y ecto d e c o n m e n su ra c ió n universal.
P o r ello la d istin ció n e n tre filósofo sistem ático y filósofo edificante n o
es eq u iv alen te a la d istin ció n e n tre filósofo n o rm a l y filósofo revolucio
n a rio . D e n tro d e los filósofos revo lu cio n ario s cabe d istinguir e n tr e dos
g ru p o s. D e u n la d o se e n c u e n tra n aquellos q u e co n sid e ra n qu e la in co n
m e n s u ra b ilid a d d e su nuevo v o cab u lario co n el an tig u o es u n p ro b le m a
pasajero d el q u e hay q u e e c h a r la cu lp a a los fallos de sus p red eceso res y
q u e se d e b e su p e ra r m ed ia n te la institucionalización de su p ro p io voca
bu lario : son los q u e fu n d a n nuevas escuelas d e n tro d e las cuales se p u ed e
p ra c tic a r la filosofía n o rm al, profesionalizada (los re c u rre n te s D escartes,
K ant, H usserl y Russell fo rm a ría n p a rte d e este g ru p o ). Es ev id en te q u e
n o so n éstos los filósofos q u e ap recia Rorty, a u n q u e les reconozca su valor.
Los filósofos revo lu cionarios q u e, seg ú n él, nos p u e d e n resultar d e ayuda
son, casi p arad ó jicam en te, aquellos otros q u e «se asustan al p e n s a r que su
v o cab u lario p u d ie ra llegar a institucionalizarse, o d e q u e su o b ra p u e d a
co n sid erarse co m o c o n m en su rab le con la tradición»63. A esta raza p e rte
n ecen , adem ás d e los reiterad a m e n te m encionados segundo W ittgenstein
y se g u n d o H eid eg g er, au to res com o K ierkegaard y Nietzsche.
L a insistencia e n la cu estió n del vocabulario resulta fu n d a m e n ta l p a ra
c o m p re n d e r c o rre c ta m e n te el se n tid o global de la p ro p u esta ro rtian a. El
a b a n d o n o d e d e te rm in a d a s expectativas — ad em ás de g ra n d ilo c u e n te s,
d esm esuradas— p erm ite , al tiem po q u e obliga, reconsiderar el estatuto de
la filosofía e n el c o n ju n to d e la c u ltu ra occidental o, p o r decirlo c o n la ex
p resió n q u e R orty to m a p restad a d e O akeshott, e n la «conversación de la
H u m an id ad » . Si se a b a n d o n a la id e a de q u e el co n o cim ien to es algo q u e
p o se a u n a esen cia, cuya d e sc rip c ió n co m p e te a científicos o a filósofos,
p a ra p asar a e n te n d e rlo com o un derecho a tener creencias, en to n c e s lo q u e
n o s es d ad o esp e ra r d e la filosofía cam biará rad icalm en te de signo. P or lo
p r o n to p e rd e rá c e n tralid ad la fig u ra del filósofo, despojado d e la vieja
M a n u el C ruz
30 8
M a n u e i. C r u z
312
M a n u iíi. C r u z
categ o rial a alg u n as d e las p ro p u estas p lan tead as en sus obras a n te rio
res. M ed ian te la tría d a de n o cio n es expresada en el m ism o títu lo , el a ta
q u e ro rtia n o c o n tra la idea según la cual la fu n ció n de la filosofía es la d e
f u n d a m e n ta r n u estras creencias o b tien e u n n o tab le refuerzo. L a espe
ran za d e fu n d a m e n ta rla s resulta v ana p o rq u e nuestras creencias son, p o r
d efin ició n , co n tin g en tes. D icha idea, im plícita e n afirm aciones a n te rio
res co m o la d e q u e la filosofía d e b e transform arse en u n a conversación
e n tre trad icio n es d iferen tes o la d e qu e la m isión del filósofo es p ro d u c ir
nuevos vocabularios se despliega e n esta o b ra a través del análisis de tres
contingencias: la d e l lenguaje, la d el yo y la de la co m u n id ad liberal. P o r
lo q u e hace a la p rim e ra —la m ás c o n ectad a con los aspectos q u e hem os
v en id o an alizan d o a q u í— , p ro p o rc io n a a R orty la o p o rtu n id a d de p u n
tu a liz a r a lg u n o s e x tre m o s, p ro b a b le m e n te p o c o p erfilad o s e n sus te x
tos p reced en tes.
Tal es el caso d e sus afirm aciones acerca de la v erdad y el m u n d o , a m e
n u d o (m al) in te rp re ta d a s com o la defensa de u n a indiferencia o u n a in
d istin ció n absolutas. D e h ech o , R orty ya h ab ía p la n te a d o el a s u n to e n el
trab ajo «El m u n d o felizm ente p erd id o » 77, d o n d e ex p o n ía su co n v en ci
m ie n to d e q u e «la n o ció n de “m u n d o ” o b ien se re d u c e a la de causa in e
fable d e n u e stra sen sib ilidad o es el n o m b re que dam os a aquellos objetos
q u e, p o r el m o m e n to , la investigación n o tiene e n cu en ta» 78. P a r a evitar
la ten tació n realista d e e m p lear la p alab ra «m undo» en tan vacuo sen tid o
d eb eríam o s e m p e z a r p o r re n u n c ia r a to d a u n a galaxia d e n o cio n es filosó
ficas p ro m o to ras d e tal uso, cosa q u e en el epígrafe c o rre sp o n d ie n te de
Contingencia... in te n ta d esarro llar y precisar. Así, p lan tea Rorty, constituye
u n a fu e n te d e graves confusiones categoriales n o distinguir e n tr e la afir
m ació n d e q u e el m u n d o está a h í afu era y la afirm ación de q u e la verdad
está a h í afuera. P o rq u e m ientras q u e la p rim e ra sólo nos co m p ro m e te a
ac e p ta r qu e la m ayor p a rte de cosas que se hallan en el espacio y el tiem po
son los efectos d e causas e n tre las qu e n o se e n c u e n tra n los estados m e n
tales h u m an o s, la se g u n d a equivale a so sten er q u e hay verdad f u e ra y co n
in d e p e n d e n c ia d e las pro p o sicio n es hum anas, cu a n d o en realid ad sólo
d e n u estras d escrip cio n es d el m u n d o cabe p re d ic a r verdad o falsedad, no
del m u n d o e n c u a n to tal.
A h o ra b ien , se esfuerza en p recisar Rorty, «decir q u e d eb iéram o s ex
c lu ir la id ea d e q u e la v erd ad está a h í afu era esp era n d o ser d escu b ierta no
es d e c ir q u e, a h í afu era, n o hay u n a verdad»79. P o r esta vez, N ietzsche y
D e rrid a n o salen b ie n p arados del análisis ro rtia n o , según el cu a l tan to la
id e a d el p rim e ro d e q u e lo q u e llam am os verdades son sólo m en tira s úti
les co m o el co n v en cim ien to del se g u n d o d e q u e lo q u e llam am os real no
es e n realid ad real in c u rre n en la inconsistencia a u to rreferen cial de d e
313
F il o s o f ía c o n t k m p o k á n e a
314
M a n u f .i . C r u z
315
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
317
F i i .o s o i -'ía c o n t e m p o r á n e a
'A título de muestra podríamos mencionar lo que escribe en 1990: «En aque
lla época (1975) aún no me había dado cuenta de lo radical que era el ataque de
Davidson a las concepciones tradicionales del lenguaje» (Richard Rorty, «Veinte
años después», en El giro lingüístico, Barcelona, Paidós, 1990, p. 161).
2 Incluido en Donald Davidson, Mente, mundo y acción, Barcelona, Paidós,
1992, pp. 51-72.
Incluido en D. Davidson, De la verdad y de la interpretación, Barcelona, Gedisa,
2o ed.: 1995, p. 195. Aquí mismo puntualiza: «Al dejar de lado al dualismo de es
quem a y mundo, no dejamos de lado al mundo, sino que restablecemos un con
tacto sin m ediaciones con los objetos familiares cuyas travesuras y extravagancias
hace a nuestras oraciones y opiniones verdaderas y falsas» (p. 203).
4 C. Moya, «Introducción a la filosofía de Davidson: mente, m undo y acción»,
en D. Davidson, Mente..., op. cit., p. 14. Del mismo Moya me ha resultado de utili
dad — tanto para este paso com o para la reconstrucción general de la propuesta
davidsoniana— su libro ThePhihsophy ofAction, Cambridge, Polity Press, 1990.
r>Incluido en D. Davidson, Ensayos sobe acciones y sucesos, Barcelona, Instituto
de Investigaciones Filosóficas-UNAM/Crítica, 1995, pp. 17-36.
6 Ibídem..., p. 112.
7 La primera es caracterizada así por Davidson en el ensayo «¿Cómo es posi
ble la debilidad de la voluntad?»: «La voluntad de un agente es débil si actúa, y
actúa intencionalm ente, en contra de su propio mejor juicio; en tales casos de
cimos, en ocasiones, que carece de fuerza de voluntad para hacer lo que sabe, o
al m enos cree, hechas todas las consideraciones, qu e sería lo mejor» (ibídem,
p. 37). Del autoengaño se ha ocupado en «Engaño y división», en Mente..., op.
cit., pp. 99-118.
8 Asunto del que se ocupa el propio Davidson en el ensayo «El conocim iento
de la propiam ente», en Mente..., op. cit., pp. 119-152.
9D. Davidson, ibídem, p. 71.
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
320
M a n u e l C ruz
33 Ibídem, p. 33.
3-1Jacques Derrida, Limited Inc., París, Galilée, 1990. El volumen contiene, re
sumido, el trabajo de Searle.
35 El trabajo, titulado «Transgredir las fronteras: hacia una hermenéutica
transformadora de la gravedad cuántica», se encuentra incluido com o apéndice
en el libro del mismo Sokal y jea n Bricmont, Imposturas intelectuales, Barcelona,
Paidós, 1999.
36 Que dicho principio no constituye para Davidson una cuestión lateral o
poco relevante lo reflejan claramente sus rotundas palabras: «Dado que la cari
dad no es una opción, sino una condición para alcanzar una teoría que funcione,
carece de sentido sugerir que podríamos incurrir en error generalizado si la sus
cribiéramos [...] La caridad se nos impone; nos guste o no, si hemos de com pren
der a otros, debem os pensar que están en lo correcto en la mayor parte de las
cuestiones. Si somos capaces de producir una teoría que reconcilie la caridad y
las condiciones formales para una teoría, hemos hecho todo lo que puede hacer
se para asegurar la comunicación. No hay nada más que sea posible, ni hace falta
nada más» (D. Davidson, «De la idea misma de un esquema conceptual», op. cit.
p. 202).
37 Tanto en El discurso de la acción, Madrid, Cátedra, 1981, com o en Sí mismo
como otro, Madrid, Siglo XXI, 1996, libro este que en muchos aspectos se puede
considerar un desarrollo y profundización del primero.
MEl discurso..., p. 15.
3!)Actos..., op. cit., p. 71.
411El discurso..., op. cit., p. 86.
41 Madrid, T ecnos, 1992.
42 Barcelona, Paidós, 1997.
43Barcelona, Paidós, 2000.
44 J. Searle, Razonespara actuar, Oviedo, Nobel, 2000.
45 Ibídem, p. 17.
1,1Ibídem,, p. 38 y ss.
47 De la extensa introducción de Rorty hay trad. cast. con el mismo título, El
giro lingüístico, Barcelona, Paidós, 1990. El volumen incluye dos epílogos del autor
(«Diez años después» y «Veinte años después»), que ayudan a entender la per
cepción que tiene de su propia evolución en la actualidad.
48 Título cuya paternidad, en contra de lo que se suele creer, n o corresponde
a Rorty sino a Gustav Bergman, quien la utilizó por vez primera en su libro Logic
and Reality, Madison, T he University o f Wisconsin Press, 1964, com o el propio
Rorty reconoce en ibídem, p. 63, nota 12.
49Véase supra, cap. V, nota 12.
50 R. Rorty, La filosofía y el espejo de la naturaleza, op. cit.
51 Ibídem, p. 335.
322
M a n u k i. C r u z
323
FlI.OSOI'ÍA CONTKMrORÁNKA
64 Hay que decir que en este punto Rorty lleva hasta sus últimas consecuencias
afirm aciones ya planteadas por Davidson o Putnam. Así, este último ha escrito:
. «La filosofía, después de todo, es una de las humanidades y no una ciencia. Pero
eso no excluye nada —lógica simbólica, o ecuaciones o argumentaciones o ensa
yos— . Nosotros los filósofos heredamos un campo, no la autoridad, y eso es sufi
ciente» (H. Putnam, «¿Por qué filosofo?», Tópicos, Revista de filosofía de Santa Fe,
República Argentina, n° 3, agosto de 1995, p. 26).
fo Lafdosofia..., op. cit., 355.
fifi Richard Rorty, Consecuencias del pragmatismo, Madrid, Tecnos, 1996.
1,7Ibídem, p. 24.
68Ibídem, p. 25.
1,9Ibídem, p. 26.
70 Ibídem.
71 C oncepción que todavía está presente en el primer Wittgenstein, pero de
la que las Investigaciones filosóficas constituye su definitiva acta de defunción,
com o sostiene Rorty en el segundo capítulo de Consecuencias del pragmatismo, ti
tulado «Conservando la pureza de la filosofía: ensayo sobre Wittgenstein» (ibí
dem, pp. 79-98).
72 Ibídem, p. 58.
73 Ibídem, p. 161.
74 «El problema sobre qué proposiciones hacer valer, qué descripciones ob
servar, comentar o tomar en consideración se resume en saber lo que nos ayuda
rá a conseguir lo que deseam os (o lo que tendríamos que desear)» (ibídem, p. 58).
75 Ibídem, p. 54.
7fi Richard Rorty, Contingencia, ironía y solidaridad, Barcelona, Paidós, 1991.
77 Incluido en Consecuencias del pragmatismo, of). cit., p. 60yss.
78 Ibídem, p. 76.
79 Contingencia..., op. cit., p. 28.
80 Ibídem, p. 26.
81 Ibídem, p. 32.
82 Ibídem, p. 91.
83 Ibídem.
84 Más recientem ente, Rorty se ha servido de esta misma idea en otro contexto
discursivo: «Plantearnos preguntas sobre nuestra identidad nacional o individual
es parte de un proceso por el que decidimos qué haremos en elfuturo, en qué trataremos
de convertimos» (subrayado, M. C.), R. Rorty, Forjar nuestro país, Barcelona, Paidós,
1999, p. 25.
85 Especialmente en «Solidaridad u objetividad» y en «La ciencia com o solida
ridad», incluidos en Richard Rorty, Objetividad, realismo y verdad, Barcelona, Pai
dós, 1996.
86 En su libro Vicios ordinarios, México, FCE, 1990, pp. 20-79.
324
M a n u el C ruz
325
C a p ít u l o X V
L a (¿ a u t o ? ) c r ít ic a a l r a c i o n a l i s m o c r ít ic o
samiento objetivo, esp ecialm en te d e los pen sam ien to s científicos y poéticos
y d e las obras d e arte» 2— las diferencias en tre am bos enfoques c o rre sp o n
d e ría n a las ex istentes e n tre la c o n cep c ió n se g u n d o m u n d a n a d e los p ro
cesos d e p ro d u c c ió n d e u n a actividad h u m a n a 3 y la c o n c e p c ió n tercio-
m u n d a n a de los p ro d u cto s d e la m ism a.
Los re p re se n ta n te s d e esta ú ltim a actitud q u e h a n alcanzado m ás n o
to rie d a d en el siglo x x h an sido, sin du d a, los ya c om entados neopositivis-
tas lógicos q u e, al m o d o de R. C a rn ap , e n tie n d e n la filosofía d e la ciencia
co m o análisis ló g ico d e la cien cia e n cu a n to sistem a form al. L a ta re a d e
aq u élla sería, p o r tan to , el estudio d e las relaciones lógicas existentes e n
tre las d iferen tes p artes del sistem a (relaciones d e derivación, re d u c c ió n y
ex plicación, e tc é te r a ) . Sin em b arg o , re p re se n ta ría u n a grave d isto rsió n
h istó rica a trib u ir a este g ru p o la rep re sen tació n exclusiva de u n a actitu d
q u e , n o sólo v ien e d e an tig u o , sino q u e todavía goza d e u n co n sid e ra b le
p red icam en to . E n cierto m odo, p o d ría n ser hallados los p redecesores ilus
tres d e d ich a a ctitu d e n la an tig u a G recia, en d o n d e la n o ció n d e episteme
estaba d esco n ectad a d e to d a co n n o ta c ió n tem p o ral. De c u a lq u ie r form a,
y a ú n salvando las d iferencias (que pasarían p o r la cuestión d e l m é to d o
ex p erim en tal, in ex isten te p a ra los griegos), p arece claro que existe u n
p aren tesc o , cuya p ro x im id ad n o h ace ah o ra del to d o al caso, e n tr e la m o
d e r n a actitu d te rc io m u n d a n a y la p o stu ra respecto al co n o cim ien to trad i
cio n alm en te re p re se n ta d a p o r P latón (del que, p o r lo dem ás, n o tien e
graves in convenientes e n reclam arse el últim o P o p p e r). Del otro lado, tam
p o co costaría e n c o n tra r au to res q u e en la actualidad siguen m a n te n ie n
d o , co n los o p o rtu n o s retoques, la m en cio n ad a actitud: son aquellos q u e
d e fie n d e n la id e a d e q u e existe u n a lógica absoluta insensible a los c o n
textos culturales, los q u e creen q u e la racionalidad consiste en guiarse ta n
to e n aspectos teó rico s com o prácticos de a c u e rd o con razones y d e d u c
ciones válidas.
A h o ra b ien , devolver el p ro tag o n ism o a los científicos equivale a d esta
p a r la caja d e los tru en o s. Se em pieza, com o h ac e n los sociólogos d e la
cien cia adictos a lo q u e se h a d ad o e n llam ar el programa débil (g ru p o e n el
q u e e s ta ría n , a d e m á s d e M e rto n , g e n te s co m o M. O rstein , H . B row n o
D. Stim son), re p a ra n d o en las conductas científicas desviadas4 y se term in a
a la m a n e ra d e los d el pogram a fuerte (B. Barnes, D. MacKenzie o D. B lo o r),
c o n sid e ra n d o q u e tam b ién las co n d u ctas rectas d e b e n ser estudiadas d e s
d e esta m ism a perspectiva5. A p a rtir de aquel reco n o cim ien to ya no hay
m o d o d e esquivar u n asu n to q u e d u ra n te m u ch o tiem po los filósofos m e-
tacientíficos in te n ta ro n aplazar. Y es q u e g ran p a rte d e las dificultades y
p ro b lem as q u e se p la n te a la filosofía de la ciencia n o son, com o decíam os
antes, sino reso n an cias p ro v en ien tes del ám bito d e la ciencia m ism a. Eso
329
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
331
FlI.O S O H A CONTKMI’ORAN’Ií A
L a o b je t iv id a d c o m o h o r iz o n t e ( o a n d a r a t ie n t a s )
332
M a n u l íi . C h u z
333
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
L a d ir e c c ió n d e l p r o c e s o ( a p r o p ó s it o d e F e y e r a b e n d )
334
M a n u iíi. C r u z
335
FII.OSOKÍA CONTENIl'ORÁNHA
336
M a n u e l C ruz
L a c e n t r a l id a d d e i a h is t o r ia
(a p r o p ó s i t o d e K u h n , L a k a t o s y o t r a v e z P o p p e r p a r a t e r m i n a r )
338
M a n u e i. C r u z
339
F i l o s o f í a c o n t i í m f o r An k a
341
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
344
N otas
346
M a n u f .i . C r u z
18 Para una visión de conjunto de lo que alguna vez se ha denom inado «la con
cepción de la LSE» (London School o f Economics) resulta útil el volum en Progre
so y racionalidad en la cimcia, editado por Gerard Radnitzky y Gunnar Anderson,
Madrid, Alianza, 1982.
19Acaso lo que merezca ser destacado de la estridente formulación d e Feyera
bend sea — m ucho más que el aparente elogio a las humanidades— lo que tiene
de afirmación de un relativismo radical allegable al defendido por autores como
el ya m encionado D. Bloor, quien ha sostenido que el conocim iento no es un
producto de la experiencia, de «los hechos y las matemáticas», sino un conjunto
colectivo de representaciones culturales, de m odo que «el conocim iento se iden
tifica mejor con la cultura que con la experiencia» (Knowledge and Social Imagery,
Londres, Roudedge & Kegan Paul, 1976, 2a ed.: Chicago, Chicago University
Press, 1991, pp. 15-16).
20Aunque tal vez la simpatía se les rebajara un poco si supieran que el lema fi
gura en el texto de una canción de Colé Porter, com o ha señalado, con una iro
nía fronteriza con el sarcasmo, D. C. Stove en su trabajo «Colé Porter y Karl Pop-
per: la era del jazz en la filosofía de la ciencia», incluido en su libro El culto a
Platón, Madrid, Cátedra, 1993.
21 En cierto sentido ésta es la actitud del recién m encionado filósofo australia
no D. C. Stove en su libro, por lo demás no exento de brillantes y agudos análisis,
Poppery después, Madrid, T ecnos, 1995.
22 Ppr ejemplo, en su Adiós a la razón, Madrid, Tecnos, 1984.
23T. S. Kuhn, «Consideración en torno a mis críticos», en I. Lakatos & A. Mus-
grave (eds.), La críticay el desarrollo del conocimiento, op. cit., p. 432.
24 Véase por ejemplo, su autobiografía Matando el tiempo, Madrid, Debate,
1995, o su Ambigüedad y armonía. Lecciones sobre ciencia y sobre vida, Barcelona, Pai
dós, 1999. Aunque no tan reciente, otra buena muestra de este interés se encuen
tra en su ya citado «Diálogo sobre el método».
25 R. J. Hall, «¿Se puede utilizar la historia de la ciencia para decidir entre m e
todologías rivales?», en Lakatos y otros, Historia de la cienciay sus reconstrucciones ra
cionales, Madrid, Tecnos, 1974, p. 115. Esta obra es parte de la que fue publicada
originariamente bajo el título PSA 1970-In Memmy ofRudolf Camap, en 1971 por
D. Reidel PublishingCompany, Dordrecht (Holanda).
26W. H. Newton-Smith, La racionalidad de la ciencia, Barcelona, Paidós, 1987.
27 K. R. Popper, Conocimiento objetivo, op. cit., p. 19.
28 «Las investigaciones lógicas sobre problemas de validez y aproximación a la
verdad pueden ser de la mayor importancia para las investigaciones genéticas,
históricas e incluso psicológicas. En cualquier caso, son lógicamente anteriores a
este último tipo de problemas, aunque las investigaciones sobre historia del con o
cim iento pueden plantear importantes problemas al lógico de la investigación
científica» (ibídem, p. 71).
F lI .OSOFÍA ( :ONTEM l'OKÁNKA
348
C a p ít u l o X V I
E s t r u c t u r a l is m o y p o s t e s t r u c t u r a l is m o
351
F i i .o s o k í a c o n t e m p o r á n e a
C l a u d e L é v i -S t r a u s s
352
M a n u k i. C r u z
353
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
354
M a n u el C ruz
355
F i l o s o f í a c o n t f m i 'O R á n k a
356
M a n u k i. C r u z
357
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
M ic h e l F o u c a u l t
358
M a n u e l C ruz
sus propuestas. Acaso tenga q u e ver con esto u n h ech o que, desde u n p u n to
d e vista casi sociológico, resulta fácil de constatar, y es q u e las incitaciones
teóricas d e Foucault, d e las q u e se p u e d e decir casi todo m enos q u e han p a
sado desapercibidas, n o p arecen h a b e r dado lugar a líneas autónom as y fe
cu n d as d e reflexión. H asta el ex trem o que h a llegado u n m o m en to en q u e
el ró tu lo foucaultiano — los rótulos son siem pre simplificaciones, p e ro a ve
ces son adem ás indicios— se h a convertido en sinónim o d e aplicado exégeta
o h e rm e n e u ta (cu an d o no arre b atad o apólogo) de la o bra del m aestro.
E n to d o caso, lo señ alad o te n d rá relevancia teó rica sólo si se d e s p re n
de, a m o d o d e efecto inevitable, d el co n ten id o d e las sugerencias foucaul-
tian as (en o tro caso, n o pasará d e se r u n a m era in cu rsió n en el á m b ito d e
la sociología d e los filósofos, c u a n d o n o u n ejercicio de grosera a rg u m e n
tació n ad hominem). Situados en esta perspectiva, lo qu e hay q u e decir se
g u id a m e n te es q u e la p re te n sió n d e F oucault d e analizar cóm o y c u án d o
su rg e el h o m b re m o d e rn o , el h o m b re norm alizado po r las ciencias h u m a
nas, se inscribe e n su p royecto global, p lan tead o com o poco d e s d e la H is
toria de la locura, d e e n c o n tra r u n m o d o de h acer h isto ria que n o su p o n g a
u n a recaíd a e n cu alq u iera d e las variantes m íticas de este discurso, lo q u e
su c ed e siem p re q u e utilizam os la historia a m o d o de espejo en e l que re
co n o cern o s. Este u so, m ás allá d e la retó rica d e la verdad y d e l sentido
c o n el q u e se suele ad o rn ar, re p re se n ta u n au tén tico obstáculo p a ra el co
n o cim ien to , im p id e el acceso a los com ienzos efectivos.
Las obras d e esta p rim e ra e ta p a de F oucault p u e d e n ser leídas, bajo
esta luz, co m o el esfuerzo p o r ela b o ra r u n c o n ju n to de p recau cio n es te ó
ricas q u e le p e rm ita n esquivar dichos errores. L a Historia de la locura, en
co n creto , señ ala el carácter histórico de la lo cu ra en u n sen tid o fu e rte 24.
Q u ie re decirse: n o es el au to co m p lacien te y ten d en cio so re c o rrid o p o r
u n p asad o e n b u sca d e la ratificación de lo que creem o s saber, sino la d e
n u n c ia , fre n te a to d o n atu ralism o , de la co n d ic ió n de p ro d u c to de aq u el
co n cep to , q u e h a sido co n stitu id o e n u n m o m e n to histórico d a d o com o
resu ltad o d el cru ce e n tre u n a serie d e prácticas discursivas e in stitu cio n a
les. Si lo q u e se p r e te n d e es h a c e r historia efectiva de las ideas, no basta
co n d eclarar la o p o sición a to d a fo rm a de racio n alid ad retrospectiva: hay
q u e d e te rm in a r co n la m áxim a precisión de la q u e seam os capaces las c o n
d icio n es q u e h a n h e c h o posible el surgim iento d e tales ideas. L o de m e
n o s e n c ierto se n tid o es si la ocasión p a ra e m p re n d e r esta ta re a de lib e
ra c ió n d e n u estro s prejuicios acerca de la h isto ria nos la p ro p o rc io n a la
p re g u n ta p o r la p artició n ra z ó n /lo c u ra , s a lu d /e n fe rm e d a d , o , n u estro
m otivo inicial, la cu estió n d el o rig en del h o m b re m o d ern o .
Las palabras y las cosas lleva u n su b títu lo esclarecedor: una arqueología de
las ciencias humanas, su b títu lo q u e señala, sin dem asiados em bozos, el lu
359
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
36 0
M a n u e i. C ruz
tru ctu ralism o 30. A u n q u e esta claridad, todo hay q u e decirlo, no evite al
g ú n q u e otro m alen ten d id o . P or ejem plo el g en erad o p o r las asociaciones
q u e el lector, inevitablem ente, tien d e a h acer a p a rtir de la pro x im id ad d e
e x p re sio n e s o esq u em as. Así, los énfasis fo u cau ltian o s en la n e c e s id a d
d e relacio n ar al h o m b re con esos ó rd en es subyacentes q u e le p reex isten y
d e te rm in a n , co n frec u en cia h a sido sim plificadoram ente id en tifica d o
co n el eslogan estru ctu ralista p o r excelencia «el h o m b re se resuelve e n
u n c o n ju n to d e estru cturas». Lo p e o r de la sim plificación es q u e desplaza
la a te n c ió n h acia u n ám bito d ife re n te a aquel e n el que F o u cau lt h ab ía
p ro p u e sto p la n te a r el asunto.
Y es q u e su rech azo de la id ea d e h o m b re y su voluntad m eto d o ló g ica
se h allan p ro fu n d a m e n te articuladas, siendo u n o de los efectos m ás rele
vantes d e d ich a articu lació n la crítica al uso ideológico d e aq u ella idea. El
vigor co n el q u e en la Arqueología se d e n u n c ia n las arg u m en tacio n es d e
los h u m an istas d e sb o rd a lo q u e u n a lectu ra estrech a m e n te e stru ctu ralista
d e F o u cau lt p o d ría aceptar: «No hay q u e dejarse engañar: lo q u e con ta n
ta fu erz a llo riq u ea n [los reivindicadores d e “lo h u m a n o ”] no es la desapa
rició n d e la historia, es el d esd ib u jam ien to de esta fo rm a de h isto ria q u e
estaba, e n secreto p e ro p o r co m p leto , referida a la actividad sintética d el
sujeto...; lo q u e tan to ech a n de m en o s es ese uso ideológico de la historia
m e d ia n te el cual se h a tratad o de restituir al h o m b re to d o aq u ello q u e,
d esd e h ace m ás d e u n siglo no h a d ejad o de escapársele»31.
O tal vez sea q u e al p ro p io F o u cau lt se le q u e d ó estrecho este m arco, y
q u e esas incitacio n es teóricas q u e a lo largo d e los textos de la p rim e ra
e tap a p u g n ab an p o r salir a la superficie del discurso estaban clam ando, en
so rd in a, p o r u n a nueva categorización. A hora vemos, desde el privilegio
q u e su p o n e sab er lo q u e vino después, que todas las declaraciones foucaul-
tianas e n el se n tid o d e lam en tar los m alos servicios q ue la idea d e h o m b re
h a b ía h ech o a los h o m b res reales n o eran u n a sim ple co n cesió n retórica
d estin a d a a a p acig u ar a los críticos más irritados, sino q u e p refig u rab an
el cam b io d e ru m b o q u e iba a e x p e rim e n ta r su pensam iento. C am bio de
r u m b o qu e h a sido caracterizado p o r D eleuze32 com o el tránsito d e la p re
g u n ta ¿qué p u e d o saber? a la p re g u n ta ¿qué p u e d o hacer?
E n la nueva e ta p a q u e se ab re a p artir d e la lección in au g u ral de F o u
c au lt e n el C ollége d e F rance en diciem b re de 197033, en la q u e ex p o n e
las fu tu ras líneas d e investigación, se p ro d u ce u n desplazam iento d e su
in terés qu e p ro b a b le m e n te com o m ejo r se en tie n d a sea en clave de radi-
calización. F o u cau lt ya n o se va a c o n fo rm a r co n diseccionar la cuestión
d e la intelig ib ilid ad h istórica sino q u e se va a p ro p o n e r e la b o ra r u n a alter
n ativa d e análisis e in terv en ció n política. El espacio teórico o cu p a d o has
ta a h o ra p o r el sa b er lo to m ará a p a rtir de este m o m e n to el p o d e r (es el
361
F l I .OSOFÍA CONTKMI’ORÁN EA
362
M a k u f .1. C r u z
m ie n to m a rx ian o a las p rim e ras d e cu alq u ier cam bio. A la rép lica no le
falta razón, p e ro e n to d o caso n o p u e d e ser u n a razón sin restricciones:
h a d e cab er la p o sib ilidad — d e lo co n trario nos estaríam os saliendo d e l
territo rio d e la h isto ria— de q u e se pro d u zcan e n algún m o m e n to en lo
real u n as tran sfo rm acio n es tales q u e reclam en u n a nueva teorización.
Se aleja, p ues, d e la trad ició n m arxista n u estro au to r p o rq u e q u iere ir
m ás allá q u e ella, esto es, p o rq u e n o quiere ab d icar de la tarea d e lu c h a r
c o n tra c u alq u ier fo rm a de d o m in ació n . Se p u e d e n discutir los térm in o s
de su crítica, se p u e d e re sp o n d e r q u e la actitu d q u e F oucault atribuye a
los m arxistas, esto es, la de q u e p ara ellos el p o d e r parece definitivam ente
ligado com o su p e restru c tu ra al do m in io de lo económ ico38 no d e ja de ser
u n a sim plificación abusiva d e las variadas p osiciones de aquéllos, p ero en
to d o caso a rg u m e n ta n d o así le estaríam os d irig ien d o rep ro c h es m en o res
p a ra lo q u e en este m o m e n to im p o rta. P orque c u an d o F o u cau lt reclam a
la especificidad d e l nivel de lo político, lo q u e v erd ad eram en te está p la n
te a n d o es la n ecesid ad d e h a c e r saltar el cerrojo im p u esto al h o m b re occi
d en tal p o r el h u m an ism o . Cosa qu e se trad u ce e n librar u n co m b ate en
u n d o b le fren te. E n el de la lu c h a política en tan to qu e lu ch a d e clases,
d o n d e lo q u e se p ersig ue es el d eso m etim ien to d e la voluntad d e poder, y
e n el d e la lu c h a cu ltu ral, d o n d e el esfuerzo va en la dirección d e d estru c
ció n d el sujeto co m o p seu d o so b eran o .
F o u cau lt n o reh u y e señalar algunos objetivos concretos p a ra este se
g u n d o frente: «Supresión de tabús, d e lim itaciones y de separaciones sexua
les; práctica d e la existencia com unitaria; desinhibición resp ecto a la d r o
ga; r u p tu ra d e to d as las p ro h ib ic io n e s y d e todas las cad en a s m e d ia n te
las q u e se reco n stru y e y se re c o n d u c e n las ex p erien cias q u e n u e s tra civi
lización h a rec h a z a d o o no h a ad m itid o m ás q u e com o e le m e n to litera
rio » 39. P ero m ás im p o rta n te q u e esta p ro p u e sta es el trabajo teó rico q u e
d e s a rro lla bajo los nuevos supuestos. Vigilar y castigar‘m es u n estu d io so
b re el n a c im ie n to d e la cárcel com o fo rm a p e n a l h eg em ó n ica. P e rm a
n e c e e n esta o b ra la crítica a to d a fo rm a d e eso q u e N ietzsche llam ó (en
Aurora) racionalidad retrospectiva. Para F oucault es falso — d o n d e falso q u ie
re d e c ir retro sp ectiv o , cóm plice— qu e la d esap aric ió n del ritu a l d e los
suplicios, característico de la vieja p e n a lid a d absolutista hasta finales del
siglo xvm , sea el resu lta d o d e u n su p u esto p ro g reso del h u m a n ita rism o y
d e la sen sib ilid ad colectiva a n te la cru eld ad . Los re fo rm a d o re s penales
ilu strad o s d e m o s tra ro n q u e el rég im en d e suplicios re sp o n d ía a u n a
m ala e c o n o m ía d e p o d er. D e h e c h o , el te m o r a los suplicios acab ó su b le
v an d o a la g en te y h ero izan d o la figura del crim inal. P o r eso la «nueva be
n ig n id ad penal» d eb e explicarse e n térm inos de cálculo, de nu ev a e co n o
m ía d e p o d e r vigilante.
363
K i i .o s o v í a c o n t e m p o r á n e a
364
7
M a n u e i . C k i. .
L a ú ltim a e ta p a d el p e n s a m ie n to de F oucault, la q u e se ha d a d o e n
d e n o m in a r la etap a d e la g o b ern ab ilid ad , se inicia a p artir de 1978 y co m
p re n d e los volúm enes segundo y tercero de la Historia de la sexualidad,2, así
co m o , m uy d estacad am en te, sus textos n o rteam erica n o s sobre técnicas o
tecnologías d el yo43. Esta etapa, p ro sig u ien d o c o n el p lan team ien to d e
D eleuze, ap arece re g u lad a p o r u n a tercera p reg u n ta: ¿quién soy yo? C on
in d e p e n d e n c ia d e q u e la p a rtic ió n en cu an to tal resu lte d isc u tib le44, lo
q u e n o ofrece d u d as es qu e e n esta fase se in tro d u c e n c o rre ccio n es de im
p o rta n c ia resp ecto a sus trabajos an terio res. El p ro p io F oucault ha sido
ex p lícito a este resp ecto al afirm ar: «Quizás he insistido dem asiad o en el
tem a d e la te c n o lo g ía de la d o m in ació n y el po d er. C ada vez estoy m ás
in teresad o en la in teracció n e n tre u n o m ism o y los dem ás, así co m o en las
tecn o lo g ías d e la d o m in a c ió n individual, la historia del m odo e n que u n
indiv id u o actú a so b re sí m ism o, es decir, en la tecnología del yo»"15.
E sta p o strera evolución ha d ad o lugar a in terp retacio n e s desasosega
das. Los h a h ab id o , d e u n lado, q u e h an valorado este giro com o u n a capi
tu lació n p o r p arte d e F oucault an te la noción de sujeto, cuya inevitabilidad
h a b ría q u ed a d o así d em ostrada. Su arg u m en tació n es fácil de im aginar:
si h asta el m ás feroz d e los críticos d e la subjetividad no h a te n id o más re
m ed io q u e te rm in a r p legándose a n te la evidencia de su necesidad, q u é
m ejo r p ru e b a p recisam os d e la fortaleza del concepto. E n el o tro lado, las
in terp retacio n e s n o h a n ido a la zaga, p o r lo m en o s en lo que h a c e al d e
sasosiego. H a n em p ezad o p o r caricaturizar al in terlo cu to r, id en tifica n d o
plausibilidad d e la subjetividad con defensa de u n sujeto fuerte, p a ra a c o n
tin u ació n valorar este episodio com o la ocasión del re to rn o d e l p ensa
m ie n to c o n se rv a d o r y re a c cio n ario . Los d efen so res d e la su b je tiv id ad
celeb rarían , regocijados, el regreso a u n m u n d o de certezas y g arantías,
m ien tra s q u e a los críticos d e la subjetividad, únicos rep re sen tan tes según
ellos d e la em an cip ació n del p en sam ien to , sólo les q u ed aría la m e n ta r la
d e r ro ta co n los to n o s m ás d esgarrados posibles.
N o es cuestió n a h o ra d e m e d ia r en un d eb ate que, m anifiestam ente,
to m a a F o u cau lt co m o pretex to . Es claro que en LeSouci deSoi n o se está
restau ran d o u n sujeto d estro n ad o con a n te rio rid a d 16. L a m u erte del h o m
b re n o es la d escrip ció n refutable d e u n suceso p articu lar: es u n diagnósti
co del p en sam ien to occidental q u e en esa m ag n itu d d e b e ser ex am in ad o .
Las últim as palab ras d e la Arqueología del saber, «puede muy b ie n o c u rrir
q u e hayáis m atad o a Dios bajo el peso d e todo lo que habéis d ich o ; p e ro
n o p enséis q u e p o d réis hacer, de todo lo q u e decís, u n h o m b re que le so
breviva», se co n e c ta n firm e m e n te con aquellas otras d e Las palabras y las
cosas: «N ietzsche e n c o n tró de nuevo el p u n to e n el q u e Dios y el h o m b re
se p e rte n e c e n u n o a o tro, d o n d e la m u e rte del se g u n d o es sinónim o d e la
365
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
J a c q u es L acan
366
M a n u e i. C r u z
367
F i l o s o f í a c o n t l m i ’o r á n t .a
368
M a n u k i. C r u z
G il l e s D e l e u z e
369
F il o s o f ía c o n t k m i' o r á n k a
370
M a n u e i . C r ij z
371
F i l o s o f í a c:o n t k m i >o r á n k a
¿ Un pensamiento ventrílocuo ?
372
M a n u e i. C ruz
esta ú ltim a — los P lató n , A ristóteles, Kant, H egel, etcétera— h a n ido tra
zan d o el surco p o r el q u e to d o discurso filosófico co n p reten sio n es no te
n ía m ás rem ed io q u e transitar, q u e d a n d o cu alq u ier otra m a n e ra de p e n
sar c o n d e n a d a a situarse en los m árgenes. A esta im agen preceptiva, casi
o b ligatoria, D eleu ze la d e n o m in a imagen dogmática del pensamiento y en
Nietzschey lafilosofía q u e d a caracterizada a p a rtir d e tres rasgos fu n d a m e n
tales. El p rim e ro es el q u e afirm a q u e pen sar es el ejercicio n a tu ra l de u n a
fa c u lta d en el q u e d e b e expresarse el se n tid o co m ú n y q u e, de e je rc ita r
se d e m a n e ra c o rre c ta , alcan za la V erdad. El se g u n d o so stie n e q u e el
e r r o r se p ro d u c e c u a n d o som os desviados d e la V erdad p o r «fuerzas ex
trañ as al p e n sam ien to » , com o cu erp o s, pasiones o intereses. D e a c u e rd o
co n el te rc e r rasgo, «basta u n método p ara p e n s a r bien, p a ra p e n s a r ver
d a d e ra m e n te » 72. El m é to d o es u n artificio q u e n o s p e rm ite e n c o n tr a r la
n a tu ra le z a d el p e n s a m ie n to y c o n ju ra r de esa m a n e ra el efecto d e las di
versas fuerzas e x tra ñ a s q u e lo a lte ra n y p e rv ie rte n . En c u a lq u ie r caso lo
q u e q u e d a claro p a ra esta c o n c e p c ió n del p en sa m ie n to es q u e la Verdad
existe, p o r m ás q u e a m e n u d o se e n c u e n tre o cu lta tras los m últiples ve
los c o n los q u e n u e s tra p ro p ia ig n o ra n c ia la h a re cu b ierto . Y a c c e d e r a la
V erd ad habi'á d e equivaler, d e a c u e rd o con lo dicho, a des-cubrirla, a
des-velarla.
P ara D eleuze las dos co rrien tes q u e en m ayor m ed id a h an c o n trib u i
d o a la consolidación d e esta im agen dogm ática del p ensam iento han sido
el plato n ism o (con su trascendentalism o in h e re n te ) y la dialéctica hege-
lian a (con su c o n cep c ió n de lo negativo com o m é to d o ). R especto a esta
ú ltim a, el re p ro c h e fu n d a m e n ta l q u e n u estro a u to r dirige al in stru m e n to
m eto d o ló g ico capital d e H egel es u n o y d oble al m ism o tiem po. D eleuze
acu sa a la dialéctica d e ser ab stracta y estéril (o rep ro d u c tiv a). Lejos d e in
vestigar el p ro c e d e r in m a n e n te d e los devenires concretos, la Id e a hege-
lian a q u e se d esarro lla e n sí m ism a p a ra llegar a sí m ism a, incluye la neg a
ció n co m o u n m o m e n to previo al re to rn o al se n o de u n id cn titario q u e
sie m p re p e rm a n e c e . N o es, p o r tan to , u n a n eg ació n productiva, cread o
ra, p o rq u e n o p u e d e serlo: «andar con los pies e n el aire n o es algo que u n
d ialéctico p u e d a r e p ro c h a r a otro: es el c arácter fu n d am en tal d e toda d ia
léctica»73. C on o tras palabras, la dialéctica n o es u n in stru m e n to p ro d u c
tivo, sino rep ro d u c tiv o , representativo: la cu m p lid a expresión m e to d o ló
gica d el m ás viejo n ihilism o m etafísico (el q u e se expresa en la m áxim a
«Yo soy el q u e soy», e n la q u e Y ahvé m anifiesta su id en tifica ció n co n el
S e r). Inútil, p o r tan to , confiar e n la dialéctica p ara llevar a cabo la tarea de
e la b o ra c ió n d e l p e n s a m ie n to afirm ativo q u e D eleuze p ro p u g n a : se e n
c u e n tra d em asiad o co m p ro m e tid a con los valores y el sentido p reex isten
tes, le im p o rta d em asiado la o b tención d e u n a síntesis reuniíicadora, com o
373
F i l o s o f í a c io n t e m p o r á n e a
374
M a n u k i. C r u z
375
F11.OSOFÍA CONTENIPORÁNEA
376
M a n u k i. C h u z
377
F il o s o f í a c o n t k m i ' o r á .n k a
378
M a n u k i. C r u z
d a n títu lo a su o b ra y q u e, en g ra n m ed id a, d e fin e n el c o n te n id o de su
proyecto. La d iferen c ia y la re p e tic ió n de las q u e D eleuze h ab la en ella
son, d e c id id a m e n te , categ o rías n o -re p re se n ta c io n a le s (po stp lató n icas,
b ie n p u d ié ra m o s d e c ir ) . A nte to d o p o rq u e , lejos d e e n te n d e rla s com o
dos co n cep to s disociados (en el p en sam ien to representativo la re p e tic ió n
sólo p u e d e ser, p o r d efinición, re p e tic ió n de los diversos mismos), n u estro
a u to r las co n cib e co m o po ten cias in sep arab les y correlativas: la re p e ti
ción, sostiene e n la estela de N ietzsche, no es sino u n a form a d e p ro d u c
ció n d e d iferen c ia y la d iferencia, p o r su p arte, constituye la e x p resió n d e
la rep etició n .
Este vínculo e n tre las dos «potencias de la esencia» es posible gracias a
la se ñ alad a in tro d u c c ió n del e le m e n to diacrónico: gracias a él la rep eti
ció n , lejos d e lim itarse a perseverar e n lo existente, es capaz de p ro d u c ir
d iferencias. El tiem p o es el ám bito q u e p erm ite la m aterialización de las
virtualidades. O , si se p refiere fo rm u larlo a la inversa: precisam en te p o r
q u e este in c o n te n ib le flu ir d e la d u ra c ió n im pide la fantasía de u n a id en
tid ad especular, los en tes q u e d a n c o n d en ad o s a la condición d e m ero si
m u lacro , d e co p ia sin re fe re n te alg u n o en el q u e reafirm arse. A u n q u e el
c o n c e p to d e sim u lacro p ro c e d a de P ierre Klossowski (quien a su vez desa
rro lla b a u n a in tu ició n n ietzscheana) y haya alcanzado u n a cierta n o to rie
d a d m e rc e d a las ap o rtacio n es de au to res com o F oucault o B audrillard,
lo cierto es q u e la id e a d e q u e existe u n a ficción e x en ta de rem isión, fic
ció n d e la q u e e n m o d o alg u n o p o d em o s p red icar n a d a p arecid o a su ver
dad, o b tien e en el in te rio r del esq u em a d eleu zian o u n a eficacia teórica
esp ecialm en te d estacad a. P o rq u e el sim ulacro, e n su necesaria o q u e d a d ,
ilu m in a sobre la a u té n tic a n atu raleza del Ser, q u e, tras lo dich o , ya sólo
p u e d e ser visto c o m o u n S er en devenir, esto es, com o u n S er no sa tu rad o .
Las aventuras d e la realid ad tien en , pues, el signo d e la rep etició n , p e ro
d e u n a rep etició n , si se nos p e rm ite h ab lar así, abierta. P uesto q u e lo q u e
se re p ite n o es lo ex isten te co n creto , el m od elo o el concepto e n sus d e
term in acio n es: lo q u e se rep ite es la p ro d u cció n d e la diferencia. Las refe
ren cias an terio res a la subjetividad com o territorio o superficie (y n o com o
e le m e n to , realid ad o cosa) p u e d e n q u e d a r a h o ra com pletadas. Lo q u e
im p o rta d e la subjetividad es su p o te n c ia afirm ativa y creadora, su afirm a
ció n d e la m u ltip licid ad intensiva y cualitativa. Su v oluntad de p o d er, p o r
d ecirlo con o rto d o x ia , o quizá tam b ién su voluntad de riesgo, si p o r tal se
e n tie n d e su resu elta disposición a dejarse p erm eab ilizar y m o ld ear p o r
los a co n tecim ien to s. E n definitiva, su inequívoca vocación n ó m ad a.
P ero q u e esta re in tro d u c c ió n ta rd ía de la subjetividad n o desdibuje el
p erfil d e las ideas deleuzianas, ni sugiera u n a c o n cep c ió n equivocada d e
las m ism as. N o se trata d e p o stu lar u n o s nuevos objetivos p ara la subjetivi
379
F il o s o f í a c o k t k m p o r á n k a
380
M a n u e l C ruz
381
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
382
M a n u k i. C h uz
383
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
J a c q u e s D e r r u ía
Valoraciones previas
384
M a n u el C ruz
385
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
386
M a n u k i . C rl 1/.
387
F i l o s o f í a c o n t i í m i ’O k á n iía
388
M a n u f j . C r u /.
389
F í i .o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
39 0
M a n u iíi. C r u z
391
F i l o s o f í a c o m i .m i h i k w i \
392
M a n u iíi. C r uz
393
F i l o s o f í a ( « n t k m p o r á n 'I ía
394
M a n u e i. C r u z
395
Fu OSOI'ÍA CONTEMPORÁNEA
396
M a n u e i. C ruz
397
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
398
M a n u k i. C r u z
400
M a n u el C ruz
401
N otas
404
M a n u k i. C r u z
405
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
406
M a n u k i. C r u z
407
F il o s o f í a c o n t e m p o r á n e a
denom inarlos con propiedad nietzscheana), cabe afirmar que el proceso de pro
ducción de sentido y de valores implica una cuota inevitable de negación-destruc
ción de lo viejo, aunque, eso sí, puesta inequívocamente «al servicio de los pode
res de afirmar» (ibídem, p. 259).
77Ibídem, p. 147.
78 En resumidas cuentas: «he aquí lo que oculta la imagen dogm ática del pen
samiento: el trabajo de las fuerzas establecidas que determinan el pensam iento
com o ciencia pura, el trabajo de los poderes establecidos que se expresan ideal
m ente en lo verdadero tal com o es en sí» (ibídem).
79 Por ejemplo, el de sujeto sin más, del que en su libro ¿Quées la filosofía?,
Barcelona, Anagrama, 1993, habla com o si fuera el resultado de una simple cos
tumbre, «la costumbre de decir yo», p. 51.
80 Afirmación que ejemplifica de la siguiente forma: «una hora, un día, una es
tación, un clima, uno o varios años — un grado de temperatura, una intensidad,
intensidades muy diferentes que se com ponen— tienen una individualidad per
fecta que no se confunde con la de una cosa o la de un sujeto constituidos», G. D e
leuze y C. Parnet, Diálogos, Valencia, Pre-textos, 1980, p. 104.
81 Ibídem, p. 105.
ñ'¿ En su libro El bergsonismo, Deleuze recoge las palabras con las que Bergson
felicitaba a Berkeley por haber resaltado que la materia «no tiene interior, no tie
ne fondo... no esconde nada, ni oculta nada... no posee ni potencias ni virtualida
des de ninguna especie... está desplegada en superficie y se mantiene toda entera
a cada instante en lo que da», of). cit., p. 39.
83 Ibídem, p. 40.
84 En Nietzschey lafilosofía, Deleuze recuerda el conocido pasaje nietzscheano:
«Si, en todo lo que quieres hacer, empiezas por preguntarte: ¿estoy seguro de que
quiero hacerlo un núm ero infinito de veces?, esto será para ti el centro de grave
dad más sólido» (p. 99).
8oG. Deleuze, Lógica del sentido, op. cit., p. 90.
8BG. D eleuze, Diferencia y repetición, op. cit., p. 222.Poco más abajo afirma, con
rotundidad: «La filosofía se pone del lado del idiota, como representante del
hom bre sin presupuestos».
8/ Caracterización de la que se hace eco el propio Deleuze en Lógica del sentido,
op. cit., especialm ente «Tercera serie. De la proposición», pp. 35-45.
88 En su TeatrumPkilosohicum, Barcelona, Anagrama, 1972, pp. 17-18.
89 G. Deleuze, Lógica del sentido, op. cit., p. 42.
90 G. Deleuze, Mil mesetas, op. cit., p. 361.
91 G. Deleuze, ¿Qué es lafilosofía ?, op. cit., p. 109.
92 Ibídem, p. 110.
93 Al que hicimos referencia al tratar de Searle, en supra, epígrafe «Del empi
rismo al pragmatismo».
408
M a n u e l C ruz
409
F i l o s o f í a c o n t e m i 'O kán 'F a
sus posibilidades positivas, y esto quiere decir siempre dentro de sus limites, que le
están dados fácticamente con la manera de hacer la pregunta en todo caso y la li
mitación del posible campo de la investigación impuesta de antem ano por esta
manera. [...] La destrucción no quiere sepultar el pasado en la nada; tiene una
mira positiva: su función negativa resulta indirecta y tácita» (Martin Heidegger,
Sery tiempo, op. cit., 1971, p. 33).
107 De hecho, ha sido un teórico de la arquitectura, M. Wigley, quien ha escri
to lo siguiente: «La desconstrucción no es demolición o disimulación. Si bien
hace evidentes ciertos fallos estructurales dentro de estructuras aparentemente
estables, estos fallos no llevan al colapso de la estructura. Por el contrario, la des
construcción obtiene toda su fuerza de su desafío a los valores mismos de la armo
nía, la unidad y la estabilidad, proponiendo a cambio una visión diferente de la
estructura: en ella los fallos son vistos com o inherentes a la estructura. N o pue
den ser eliminados sin destruirla. Son, de hecho, estructurales» (M. Wigley, «Ar
quitectura Desconstructiva», en Wigley, M. & Johnson, Ph., Arquitectura decons-
tructivista, Barcelona, Gustavo Gili, 1988, p. 11).
108 Así, declaraba en una entrevista a Imre Salusinszky: «Diría que la descons
trucción es afirmación antes que cuestionamiento [...]. Creo que la desconstruc-
ción es afirmativa más que cuestionadora; esta afirmación atraviesa el cuestiona
m iento más radical, pero no es cuestionadora en el análisis final» (Criticism in
Society, M ethuen, Nueva York-Londres, 1987, p. 9).
109 Cfr. infra, capítulo XVII, especialm ente el epígrafe titulado «Gianni Vat-
timo».
110 «Una cierta identidad de este elem ento (marca, signo, etcétera) debe per
mitir el reconocim iento y la repetición del mismo», sostiene en «Firma, aconteci
miento, contexto», cit., p. 359.
111 Ibídem, p. 357.
11-'Véase «LaDifférance», en ibídem, especialm ente p. 43yss.
113 No habría que olvidar que, además, en francés la terminación anee se usa
para crear nombres verbales, de tal manera que différance designa tanto una dife
rencia pasiva que ya se da en tanto que condición de la significación, com o una
producción activa diferenciadora.
114 Dejaremos de lado, para no introducir demasiados meandros en la presen
te exposición, los problemas que plantea el concepto mismo, problemas que se
ha encargado de recordar el propio Derrida: «El concepto de experiencia [...] es
muy dificultoso. Com o todas las nociones de que nos servimos aquí, pertenece a
la historia de la metafísica y sólo la podem os utilizar bajo una tachadura. “Expe
riencia ”siempre designó la relación con una presencia, ya sea que esta relación
haya o no tenido la forma de consciencia. Debemos, sin embargo, según esta es
pecie de contorsión y de contención a que está obligado aquí el discurso, agotar
previamente los recursos del concepto de experiencia a fin de alcanzar, por de
41 0
M a n u k i. C r u z
construcción, su último fondo» (De la gramatología, Buenos Aires, Siglo XXI, 1971,
P. 79).
115 Cfr. Cristina de Peretti, Jacques Deirida: texto y deconstrucción, Barcelona,
Anthropos, 1989, pp. 80 y ss.
116 «La cosa m ism a es un signo», tiene escrito en De la gramatología, op. cit.,
p. 64.
117 Máxima que, por cierto, nada tiene que ver con una negación del mundo
exterior o, m enos aún, con vina libresca declaración de irrelevancia respecto a
todo lo que no sea texto. Por decirlo a la austiniana manera., lo que Derrida m an
tenía al escribir eso en De la gramatología es que el contexto de todo acto de ha
bla es insaturable. Véase al respecto las observaciones de Patricio Peñalver en su
trabajo «M ovimientos de desconstrucción, pensam ientos de la diferencia», en
Javier Muguerza y Pedro Cerezo (eds.), La filosofía hoy, Barcelona, Crítica, 2000,
pp. 201-212.
118Jacques Derrida, Espectros de Marx, Madrid, Trotta, 1995.
119 Jacques Derrida, La filosofía como institución, Barcelona, Granica, 1984, p. 45
(el subrayado es m ío ).
120 Ibídern.
41 1
C a p ít u lo XVII
POSTMODERNIDAD Y OTROS SINCRETISMOS
JKAN-FRANCOIS 1 YOTARI)
415
F i l o s o f í a c o n t e m i ’o r á n k a
416
M a n u k i. C ru z
p erp etu ació n nos h em o s de aplicar. Lo cual, obviam ente, significa sustraer
a la crítica esos ám bitos, n o e n tr a r a discutir las prem isas. P ero eso, lleva
d o al lím ite, d a lu g a r a consecuencias absurdas (q u e se señalan p a ra m os
tra r la u n ilateralid ad d e este en fo q u e). Así, en u n a sociedad q u e no a te n
d iera la escolarización generalizada d e los niños, los m aestros n o servirían
p a ra n ad a, co m o p a ra n a d a servirían los m édicos e n una sociedad que n o
crey era q u e u n a d e sus obligaciones es p ro p o rc io n a r asistencia sanitaria
universal, etcétera.
D e a h í las a firm aciones d e L yotard: «Saber y p o d e r son las d o s caras d e
la m ism a cuestión: ¿quién d ecid e lo q u e es saber, y q uién sabe lo qu e c o n
viene decidir? L a cu estió n del sa b er en la ed ad d e la in fo rm ática es m ás
q u e n u n c a la cu estió n del g o b ie rn o » 7. Pero esto im plica la definitiva liqui
d ació n del p ro y ecto m o d e rn o e n u n aspecto fu n d am en tal, el d e la legiti
m ació n d el c o n o cim ien to científico. U n a d e las m etanarrativas e n las q u e
éste se su sten tab a e ra la d e la fu n c ió n p o p u la r d el co n o cim ien to . La Ilus
tra c ió n h a b ía d e fe n d id o el d e re c h o d e to d o s a la ciencia. A través d e la
ed u cació n to d o el m u n d o tenía d e re c h o a convertirse en u n científico, d e
re c h o q u e se c o rre sp o n d ía co n la fu n cio n alid ad social d el co n o cim ien to .
El sapere aud.eera u n im perativo ético que e n c o n tra b a su co rre la to en u n
d e re c h o in alien ab le d e los individuos al saber, d e tal m a n era q u e la n e g a
ció n d e u n o c o m p o rta b a el sin sen tid o del o tro . L o que parece o c u rrir en
la actu alid ad , p o r cierto, e n q u e la conversión del saber e n m ercan cía in
form ativa h a h e c h o q u e la expectativa del co n o cim ien to haya p e rd id o su
co n d ició n d e in d iscutible. El atrévete a saberya n o tien e el cará c te r apodíc-
tico q u e te n ía e n la M o d e rn id a d . El individuo p o stm o d e rn o e m p ie z a a
co n sid erar la p o sib ilid ad teórica d e q u e la ignorancia posea alg ú n valor
d e co n o cim ien to . L e h a p e rd id o el m ied o al re p ro c h e ilustrado q u e id e n
tificaba ig n o ran cia co n resistencia al progreso. Su arg u m en to es u n senci
llo ex p erim en to m en tal que, a su m o d o de ver, cuestiona irreversiblem en
te los viejos razo n am ien to s. Se p reg u n ta: si estuviésem os c o m p letam en te
seg u ro s d e q u e d e te rm in a d o s desarrollos d el co n o cim ien to sólo p u e d e n
d a r lu g ar a aplicaciones m ortíferas, destructoras, sin posibilidad alguna d e
cu alq u ier o tro uso positivo p a ra la hu m an id ad , ¿podría seguirse defen
d ie n d o ta m b ié n e n to n c e s el v alor positivo d el co n o cim ien to ? L o q u e es
co m o preg u n tarse: ¿no es evidente q u e h an caducado las condiciones m a
teriales q u e nos in d u cían a acep tar sin crítica la necesidad d e sa b er más?
N o h a lugar, p ues, a c o n tin u a r m a n te n ie n d o , h ab erm asian a m e n te, la
esp eran za e n las p o sibilidades n o realizadas del ideal ilu strad o . C ontra
H ab erm as, L y o tard p arece e n c o n tra r apoyo en la p rim e ra g en eració n de
fran k fu rtian o s, en su constatación, sólo en ap arien cia p arad ó jica, de q u e
la realizació n d el p ro y ecto m o d e rn o p o r d e term in ad o s m edios d esem b o
417
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
41 8
M a n u e i. C r u z
419
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n e a
G ia n n i V a t t im o
El gesto teó rico , algo m enos ex asperado, d e G ianni V attim o12 se des
p r e n d e d e su d ife re n te valoración del significado d e esta m ism a realid ad .
A sum e, co n el resto d e p o stm o d ern o s, la crisis de los grandes relato s ex
plicativos d e la histo ria, y constata co n aquéllos q u e este tipo de discursos
se h a id o viendo sustitu ido p o r u n com plejo práctico de in fo rm ació n mul-
tim ed iática y len g u ajes técnicos, p e ro n o concluye d e ahí el vacío explica
tivo sino la n ecesid ad d e su sustitución p o r u n p e q u e ñ o relato, e l relato
d e lo q u e es la m o d e rn id a d 13. Su discrepancia en la conclusión se relacio
n a co n el d estacad o p ap el qu e atribuye al vínculo c o n el pasado. V attim o
n o d u d a en u b icarse in tra h istó rica m en te: «creo q u e no p o d e m o s h acer
ética y p o lítica sin u n a filosofía d e la historia, a u n q u e la ú n ica filosofía d e
la h isto ria qu e es posible en este m o m e n to es la filosofía q u e n a r ra la his
to ria d el fin d e la filosofía d e la h isto ria» 14.
N o se trata d e escap ar de la dificultad m ed ian te el artificioso recu rso
d el ju e g o de palabras. Lo qu e está p la n te a n d o se halla p ro fu n d a m e n te
c o n e c ta d o co n la crítica nietzsch ean a a la idea d e totalidad, con la fam osa
afirm ació n de El caso Wagner: «La vida ya no reside e n el todo». L os post
m o d e rn o s to m aro n la afirm ación com o u n a consigna (consigna d e la que
se d eriv ab an otras: n o hay u n solo gesto teórico q u e nos p e rm ita a b arcar
la to talidad; la to talid ad m ism a h a estallado e n m il pedazos, en m il frag
m en to s; la p re te n sió n d e p en sar la h isto ria en térm inos un itario s, el em
p e ñ o p o r e n c o n tra r alg ú n tipo d e hilo c o n d u c to r q u e atravesara el e n te ro
c o n ju n to del p asad o d e b ía ser a b a n d o n a d o ). A Vattim o la id ea le sirve
p a ra so sten er q u e «la ú n ica visión global de la realidad que nos p arece ve
rosím il es u n a visión q u e asum a m uy p ro fu n d a m e n te la e x p erien cia de la
frag m en tació n » . P ero su fo rm u lació n , com o no se d ejará de observar,
co n tie n e u n a co n cesió n significativa: p o r m ás que to m a n d o en c u e n ta la
n o ció n d e frag m en to , se acep ta q u e es posible u n a visión to ta liz a n te 15.
A p e sa r de lo q u e haya p o d id o d e c ir u n o d e los m áxim os difusores del
pensamiento débil, P ier A ldo Rovatti, acerca de lo d esafo rtu n ad o d e l rótu
420
M a n u el C ruz
422
M a n u f .i . C ruz .
423
F il o s o f ía c o n t e m p o r á n k a
424
M. w t k i . C ru z
425
F i l o s o f ía c o n t k m i ’ o r á n f .a
426
N otas
428
M a n u k i. C huz
las situaciones que hoy se cargan en la cuenta de la razón sin más. Para esta cues
tión, cfr. la introducción de Josep Picó al volumen, compilado por él mismo, Mo
dernidad y posmodernidad, Madrid, Alianza, 1988.
24 Ibídem, p. 34.
25 Citado por Vattimo, La sociedad transparente, Barcelona, Paidós, 1990, p. 85.
26Aunque en el fondo, com o señala Vattimo, no haya contradicción entre am
bos enfoques en algunos autores contemporáneos. N o es sólo H eidegger quien
orienta hacia una ontología de este tipo — una ontología de la actualidad—. Tam
bién el sociologism o difundido por la filosofía de nuestro siglo (Benjamin, Ador
no y, sobre todo, Simmel) lo hace. Heidegger, eso sí, proporciona una funda-
m entación filosóficam ente rigurosa en su noción de epocabilidad del ser. Véase G.
Vattimo, «Ontología d ell’attualitá», en Filosofía 87, Roma-Bari, Laterza, 1988, pp.
201-203.
27Véase G. Vattimo, «Hacia una ontología del declinar», en Más allá del sujeto,
Barcelona, Paidós, 1989.
429
Este libro
se term in ó de im prim ir
los T alleres Gráficos de R otapapel, S. L.,
M óstoles, M adrid, España,
en el mes d e feb rero d e 2002