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BWM aC OATS em homenagem ao Padre Roberto Francisco Reardon, o.m.i., Coordenador Nacional da Pastoral Carceraria da Conferéncia Nacional dos Bispos do Brasil — CNBB. : PRISAO PROVISORIA Cadeias Publicas e Distritos Policiais As pris6es provisdrias sao medidas cautelares que privam o cidadao de sua liberdade, antes ou durante a instaura¢ao do processo. Por suas caracteristicas, as prisées provisérias devem ser decretadas com quidado e rigor, pais, a0 restringirem a liberdade do individua podem atingir, também, a sua moral, afetar o seu patrimdnie & prejudicar a harmonia familiar, Alalta de fundamentagdo na decretagdo da prisdo proviséria gera danos a toda sociedade, ois a prisdo ilegal envergonha ¢ desacredita a Justica. Hd um enorme contingente de presos provisérios recolhidos em condigdes sub-hurnanas, em total abendono e desrespeite 4 lei E essencial que o cidaddo conheca os seus direitos e as leis, principalmente os menos favorecidos, que $40 os mais atingidos pelas arbitrariedades das autoridades publicas, Sdo direitos do cidado preso em flagrante delito: ~ Ser informado dos seus direitos, inclusive o de calar-se ¢ de 36 falar em juizo; = Entrar em contato com seus familiares ¢ advogado; — Ter a sua prisdo comunicada ao juiz: e ~ Receber até 24 horas apés a prisio.a nota de culpa, para evitar que alguém seja mantide preso sem saber das suas rardes. Embora preso em flagrante, pode o indiciado ser libertado provisoriamente, quando: = Néo seja caso de prisdo preventiva (ex.: para garantia da orem publica; no haja obstrucao da justica); - Hao relaxamento da prisdo considerada ilegal; — E possivel o pagamento de fianga. Além da prisdo em flagrante, sao pravisdrias as prisdes: a} preventiva — decretada pelo juiz em qualquer fase do inquérito policial ou processo penal, para evitar a fuga ou preservar a ordem publica, quando hauver prova da existéncia do crime e indicios da autora; b) resultante de pronmdncia - decretada pelo juiz nos processos de crimes conta a vida, antes do julgamente pele Tribunal do Jiri; ¢) temporaria — decretada pelo juiz na fase do inquérite policial, a pedido do Delegade ou do Promotor PUblico, pelo prazo de 5 (cinco) dias, podendo ser renovada por mais 5 (cinco) dias = neste caso, o indiciado ficard em local diferenciaco dos demais presos; d) decorrente de sentenga condenatéria recorrivel — decretada pelo juiz na sentenca, como condigdc para apresentagso de apelacéo. S30 assequrados aos presos provisdrics os mesmoas direitos daqueles definitivamente condenadas, sujeitos. a disciplina carcerdria, porém, ndo estao obrigados ao trabatho. Deverdo permanecer separados dos demais, com tatamente adequado & condigao de pessoas nde condenadas. PRISAO PROVISORIA Gare resanamo Dawa SN a CONHECO O CARA QUE “TAVA” COM ELE, Nee cert nee MAS PARECE LARANJA, NEM FUCA \. “osboisTentaram ruc mas / __DELADRAQ TEM, beeen ‘OBIDA JA AVISOUO ~ ‘ADVOGADO DELE, TAMBEM TINHA UMA ARMA FRIA EM. \ CIMA, DANDO DIREITO A PRISAO PREVENTIVA. hit te 'SO GENTE DE FORA AJUDA. ELE ‘TEM DIREITO A AVISAR A FAMILIA, SEM BRONCA ASSINADA ELE NAO, VAIFICAR “GUARDADO", 4 set pee gy O BIDANAO £ TROUXA, 0 ADVOGADO JA 0 LIBERTOU, 4 As Cadeias Publicas destinam-se ao recolhimento de presos provisérios. O espaco destinado a cada um deles seria de 6 m? no minimo, garantindo-lhes os requisitos de salubridade e individualidade. Os Distritos Policiais nao deveriam ter desviadas suas finalidades, pois assim no garantem a custédia daqueles que estao a disposicao da autoridade judicial, onde também séo cometidos abusos e violagées dos direitos humanos. 3 INTEGRIDADE FISICA E MORAL O preso tem assegurado pela Constituicdo Federal o respeito a integridade fisica e moral, e ndo podera ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (Art. 5°, Ill e XLIX da CF e Art. 40 da LEP). Nao podem ser admitidas: ~ Coacdes morais e psicolégicas, como ameacas, calunias, difamacées, humilhagoes, insultos, palavras de baixo calao, provocacées; ~ Coac6es fisicas, como agress6es, golpes, surras, tapas, crueldades, e; ~ Violéncia sexual, torturas com instrumentos pérfuro-contundentes, cortantes e queimantes. Os regulamentos das prisGes, em hipotese alguma, podem autorizar medidas que exponham a perigo a satide do preso, ou ofendam a dignidade humana (Art. 38 do CP) Estado assim protegidos os direitos humanos fundamentais do homem: vida, satide, integridade corporal e dignidade humana. Toda autoridade que, no exercicio das suas fung6es, usar desnecessariamente de violéncia, sem motivo justificdvel, respondera por abuso de autoridade, podendo ser penalizado desde uma simples adverténcia até a perda do cargo, e detencdo de 10 dias a 6 meses, conforme a gravidade do abuso cometido (Arts. 3° e 6° da Lei 4.898/65). A Resolucao n° 7, de 11/07/94 do Conselho Nacional de Politica Criminal e Penitenciaria reafirma o “principio fundamental de que qualquer pessoa presa ou sujeita a medida de seguranca tem direito & preservacdo de sua integridade fisica e moral, nao devendo ser submetida a tortura, a tratamento desumano ou degradante, nem ficar exposta & execragao publica” (Art. 6°). SIM, MAS NAO ESQUENTE NAO, ESSE “i PESSOAL E PONTA. FINALMENTE |, CHEGOU ed (/” PAREM, PAREN PO, 0 HOMEM aS MAL CHEGOU! VAMOS DAR UM E PRECISO MANTER A "TEMPO PRA ELE! INTEGRIDADE FISICA E G MORAL DOS NOSSOS PRESOS A violencia fisica e moral poderia ser evitada se a lei fosse cumprida quanto ao ntimero adequado de ppresos por cela, garantindo para cada um espaco digno para permanecer e dormir, e se houvesse policiamento e pessoal penitenciério qualificado e suficiente para garantir a seguranca de todos. ASSISTENCIA JURIDICA O direito a assisténcia juridica ou judiciaria gratuita é garantido pelo Art. 5°, LXXIV, da Constituicao Federal a todos os brasileiros e estrangeiros, que ndo possam pagar as Custas processuais e os honordrios dos advogados, sem prejuizo para o sustento de suas fam~ilias ou at~e de si préprios. O defensor devera, também participar do processo de execucdo da pena, devendo ser nomeado pelo juiz (Arts. 15 e 16 da LEP). Caso isto nao ocorra, e a auséncia de advogado no processo causar prejuizo para o condenado, ocorrera nulidade no processo (Art. 564, Ili, do CPP). O advogado do servico de assisténcia juridica nos presidios pode contribuir para a justa e adequada execucao da pena, corrigindo erros judiciarios, requerendo a aplicacao de leis mais benéficas, livramento condicional, progressdo no regime de cumprimento da pena, bem como acompanhando os procedimentos instaurados por faltas disciplinares. DEVERES DOS ADVOGADOS E dever de todo advogado, particular ou nao, informar o cliente, de forma clara e induvidosa, sobre as possibilidades de sucesso na causa e as conseqiéncias do resultado. O advogado, contratado ou nomeado pelo juiz, ndo deve abandonar as causas, sem motivo justo e sem dar conhecimento ao seu cliente da sua decisao Todo advogado esta obrigado a prestar contas ao seu cliente e a devolver os bens e documentos que recebeu durante ou apés 0 término do processo. E obrigacdo do advogado representar os interesses do seu cliente, valendo- se das leis para garantir a igualdade de todos. 6 ASSISTENCIA JURIDICA SE VOCE TIVESSE UM ADVOGADO | : Ts a CONTRATADO, ESsAS CoisasAl } Ff f 7” pols E, MAS SE VOCE CONTRATAR UM. _ = \._ANDAVA BEM DEPRESSINHA. of [a AbvOGADO PARTICULAR PARA ESSE NEGOCIO - =a 1DO SEU FILHO, VOCE NAO PODE MAIS TER O DEFENSOF ADVOGADO. SO SE EU JUNTASSE UNS COBRES COM O MEU IRMAO E A MINHA TIA. PELO MENOS PARA RESOLVER O CASO DA. GUARDA DO MEU FILHO MENOR, PORQUE O ‘QUEM DERA TER UM Al PARTICULAR QUE is cl] Ee] = a HUM... PODE ATE SER, MAS EU TENHO A GENTE, SEMPRE E LOGO, LOGO MESMO, TRAZ TUDO RESOLVIDO. ESTOU AQUI HA UM ANO E AINDA NAO ‘MINHAS DUVIDAS! AQUI O CONSEGUI UMA ENTREVISTA COM 0 ADVOGADO DA CASA ADVOGADO NUNCA CHAMA EA ie Se a fs DESCULPA E SEMPRE O EXCESSO NAO é BEM ASSIM, JUIZ VAI DEMORAR O MESMO™ - DE TRABALHO, QUE NAO JUSTIFICA, | “TEMPO, NAO TEM NADA A VER SE 0 ADVOGADO : E PARTICULAR OU DEFENSOR PUBLICO._/ } [ E direito do preso a entrevista pessoal ¢ reservada com o seu advogado, em lugar apropriado e digno onde estiver preso ou detido, em estabelecimento civil ou militar, mesmo incomunicaveis, garantindo-Ihes 0 sigilo das conversacées.

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