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) Capitulo i5 Como Agem os Aparelhos Ortodénticos A. Denis Britto e Robert J. Isaacson TERMOS-CHAVE aparelhos ortodonticos centro de rotacio forgas momento do binario, momentos mmromento da forca sistema de forca com binario simples sistema de forga com binarlos duplos ratio moniento/forc2 movimento dencirio centro de resistencia arcos de intrusio arcos utllidade lexpansores palatinos arcos transpalatinos aparelho 2X6 aparetho 2X 4 placa labloativa principio da dobra em V propriedades elasticas dos fios curva tensio-esforgo curva de deflexio da carga aparelho extrabucal ‘paretho funcional A finalidade deste capitulo é demonsirar a semelhanga de todos os aparelhos ortodénticos, em termos de miecani ca fundamental © engenharia estitica, Os principios me- cinicos e de engenharia estitiea sto universais para todos 198 aparelhos orioddnticas ¢ na mudam eon o patssar do tempo. Quando os prineipins fisicos dos sistemas dos apa- rellios sto compreendidos, & possivel ir além do teins. ‘mento tenico necessirio para planejar e inserir um deter minado aparetho. © profissional consciente de como cionam os aparelhos & capaz de planejar, selecionar & uti- lizar de forma logica os aparelhos artocdénticos. de man ra efieaz para 0 paciente Novos sistemas de aparethos ortodénticos surgem 1 gularmente No entanto, cada novo aparelho € simples- mente uma aplicagao diferente dos mesmos prineipios tt sicos. reinventados sob um novo nome. Todos devem funcionar através dos prineipios deseritos aqui. indepen dentemente da campanha de marketing que os acomps nha O profissional sempre pode ser retreinado no sistema do novo aparelho, mas o treinamento sera inutile potencial- ‘mente perigoso se os prineipios subjacentes ao mecanis mo de agio nto forem compreendides. Um bom entendi- ‘mento dos principios fundamentais proporciona ao pro- fissional condigdo necessaria para compreender todos os 208 sistemas de aparethos e selecionar qual deles € @ melhor para um determinado paciente ‘A maioria dos pacientes com problemas dentofacicis Procura um consultdrio em busca de cuidados odontolé- uicas de votina © atendimento geral dos pacientes inclui o diagndstico dos problemas dentofaciais ¢ as informagies sobre as alternativas de tratamento existentes, Todos os ddemistas precisam estabelecer quais opgdes de tratamenta eles podem oferecer e qual opedo ira Jevar ao encaminha- io do paciente a outro profissional O ponto mais im Pprtante & que 0 paciente seja eselarecido de todas as op- thes de tiatamento disponiveis O unico critério que de- termina a forma de tratamento e as estruturas dentofaciais envalvidas deve ser a expectativa do paciente © aumento na fiegiéncia @ na complexidade dos tr tamentos em adultos torna cada vez mais comum a inte: sgraciio entre o tratamento ortoddntico, a dentistica e a periodontia (veja Cap 28). A expectativa do paciente te- quer que esses (ratamentos sejam coordenados entre 05 profissionais. Independentemente de quem realiza o trala- mento, a expectativa do paciente requer que todas as pes sos envolvidas tenham conhecimento profisndo e con- corddem com o diagndstico € 0 tipa de aparetho necessirios para atingir os objetivos estabelecides para o tratamento | Come gem os par ethos Ortodintices METAS E OBJETIVOS DOS APARELHOS ORTODONTICOS plangjamento de tm aparelho ortodéntice efieaz nao se faz por entativa e ero Em ver disso, uma abordagem baseada em principios biofisicos s6lidos leva a0 desenvol- vimento de aparelhos com agdes previsiveis Os ortodon- listas e dentistas devem ser capazes de definir e quantiticar ‘© que os engenheiros chaniam de forgas, momentos, bi- ios, e equilibrios associados aos apatelhos Se o siste- ima de forga que esti agindo sobre um dente no puder se definido, sera dificil entender seus efeitos sobre as células, e 0s lecidos No campo da Ortodontia, a Biomeciniea ana Jisa a reagdo das esiruturas dentirias ¢ aciais as forgas ortoddnticas ou ortopédicas Muitas varidveis influenciam o resultado do tratamen- to ortodéntico. Algumas delas esto parcial ou totalmente fora do controle do profissional, como o crescimento. as respostas dsseas, periodontais ¢ gengivais © a adaptagdo neuromuscular 3s alteragdes na posigilo dos maxilares e dos dentes Os fatores que podem ser controlades pelo profissional so 1 magnitude e a diregio das forgas, bind rios, momentos e a 12230 momento/forg: exercida por 1m aparetho O.conhs ndo dos principios fisicos que operam nos aparethos ortodénticos elimina 0 aparelho como wna variével sem controle que afeta o re- suttado final Os aparelbos ortodénticas sto anilogos & fungdo que 05 férmacos cumprem na Medicina Ambos requerem um diagndstico acurado para definir 0 plano de tratamento cor- relo, a fim de atingir objetivos de tratamento claramente definidos, Na Medicina, 0 médico primeira firma © diag- néstico e depois seleciona o melhor medicamento para atingir a meta desejada ‘Na Ontodontia, o dentista firma o diagndstico e depois scleciona o mellior aparetho que pos sa atingir as metas desejadas (Quadro 15-I), Na Farma- cologia, os frmacos s10 usados para agir sobre células, leciddos ou drgtos especificos Na Ortodontia, os momen- as forgas sto usados para agir sobre células ou te dos especificos que suportam dentes ou ossos Os efeitos colaterais dos firmacos sao inevitaveis e devem ser monito- rados. Mas esses efeitos também ocorrem durante © mo vimento dentario, e também devem ser diagnosticados ¢ monitorados Quando os efeitos colaterais forem conhe dos com antecedéncia, padem ser estabelecidas medidas Para combater os efeitos indesejaveis. ou ocasionalmente eles poderdo ser usados com vantagens para o dentista Por fim, os aparethos, assim como os fitmacos, sao el cazes de acordo com 0 nivel de cooperagio do paciente O aparelho edgewise original foi uma evolugao singt lat, por causa de sua capacidade de controlar o movimen- to rotacional do dente nos tras planos de espago Atval- ‘mente, existem diversas modifieagtes do aparetho original, lais como 0 Straight wire 0 Tweed-Mertifield, Bioprogres- siva, Tip-Edge e outros. Nao existe um principio mecini- £0 disponivel para uma técnica que no esteja disponivel, mento prol cavruno 15 209 Quadro 15-1. Caracteristicas Desefiveis de um Aparelho Ortodsntico Embora 0 aparelho ortodéntica ideal ainda ni tenhe side projetado, os objetivas © metas abaixo sto desejiveis em todos os aparelbos: Simples e ficil de confeeeionar Higignico Econdmico Estético Feil de instal, ajustar ¢ remover | Biolozicamente compativel enbsorgao radicular in Mover os dentes de maneita eficaz, ripida previsie vel nas ts dimensées, com magnitudes de forga que ssiam dtimas para 0 mov Fatores de seguranea ineorporados para impedit efi tos colaterais indesef consultas, 9 Exigie coop, erin de osso alveolar ¢ nto dentirio eis Se 0 paciente perder virias Jo minima do paciente 10 Causar o minima de dor ¢ desconforto a0 paciemie 11 Nao aletar a mastigagao e a fonagao para outra As diferengas entre as téenicas séo sim- plesmente a individualidade incorporada em cada uma de- las, na aplicagdo dos principios derivados da cigncia me- ica e da engenhatia estitiea Um bom conhecimento dos principios fundamentais desmistifica cada um desses sistemas, lacilitando a obtengdo de um movimento den- titio previsivel, o qual é definido pelos principios fisicos PROPRIEDADES COMUNS A TODOS OS SISTEMAS DE FORCA Primeiramente, sero definidos os termos ¢ conceitos bisi- cos e bem estabelecids da fisiea, comuns na biomecsnica eno desivn do aparelho A unidade bisica é a aplicagao de forga nos dentes e/ou ossos. Uma forca & definida como lum vetor que tem uma magnitude ¢ uma diregdo A unida- de correta usada para expressar as forgas € 0 Newton {N) No entanto, na Ortodontia, a forga tem sido comumente expressa em gramas (g)' O fitor de conversio de gramas para Newtons € | g = 0.00981 N ou 1 N= 101,937 ¢ Centro de Resisténcia Forcas que Agem no Centro de Resisténcia ~ Imagine um dente como um corpo livre no espago. Pode- mos considerar que esse corpo livre tém um ponto no seu interior, no qual toda a sua massa é cenwralizada Qualquer forca aplicada através desse centro de massa, em qual- quer ditegao, faz com que todos os pontos do corpo se movam na mesma diego © na mesma quantidade que a 210 Sieio lll pare Jinba de forga. Quando todos os pontos de um corpo se movem na mesma quantidade e dinegd denominado tanslacdo Em Ortodontia esse m vimenio, em gue todos os pontos do dente se move na mesma quantidade e diregio, amade novi mento de corpo ( ) Um dente lovalizada na eavidade bucal nto & um cor po livre, porque os tecides periadontais de suporte 0 limi fam © andlogo ao centro de massa para um dente in vive € denominado centro de resisténein do dente Qualquer fovea que age através do centro de resisténcia de um dente causa a sua translagio (veja Fig. 13-1)? Uma vez que os brackets podem ser colados apenas Js coroas dos dentes. em ortodontia € dificil a situagio em que é possivel aplicar cen um bracket uma forga que também aja através do cen tio de resisténcia do dente A localizagio precisa do centro ia 6 determinada pela insergao, eomprimento & gia da raz, numero de raizes € 1 oss0 alveolar | movimento & ambém & Forgas que No Agem no Centro de Resisténcla ~ Se uma forga for aplicada a um compo livre e ndo agit através do seu centro de resisténcia, io. Rotayio, por detinigdo. € 0 movimento de um corpo nde no hi dois pomios do corpo que se movem na mes- tna quantidade e diregio, As wndéncias de rotacionar sto dlenorninades momentos, e aquelas resultantes de uma Fores que ndo age através do centro de resisténcia slo denomi= nadas momen dla forca (Fig. 15-2) O movimento demirio total. resultante de Forgas que ‘flo ayem através do centro de ressténc «fo de roiaglo e translagio, que ecorrem sinultaneamente (Fig. 15-3C) Em outtas palavras. considerase que o dente esti rotacionando ao redor do seu centro de tesisténcia (Fig. 15-3B), enguanto @ centro de resisténeia esti s0- fiendo translagio simultinea na ditego da linha da. forga (Fig 15-34}. 0 movimento dentirio resultante deve exibir rolaglo a0 redor do centro de resisténcia e translagio do centro de resisténcia na diregio da fina de forga causa sua rola- é uma combina Centro de Rotacdo Quando um corpo € totacionado, existe outto ponto loca lizado no seu interior ou no exterior, ao redor do qual © compe gira Esse ponto é denominado eentro de rotagio 15-4), Uma forga tiniea, que nio é splicada no een- tro de resisténcia, deve fazer com que 0 corpo rotaeione ao redor do centro de resisténcia, enquanto 0 centro se move simullaneamente na ditegdo da linha de forea O een- t10 de totagio é localizada em pontos varidveis, dependen: do da distincia entre 0 local em que a forca & aptieada e 0 centro de resisténcia, O centio de rotagdo poate se apros mar do centro de resisténcia, mas nunca o atinge Se a forga for aplicada no centro de resisténeia, 0 corpo soteré translago € o centro de rotagio esti no infinito Em termos de movimento dentiri is foreas aplica- das no bracket quase nunea conseguem agir através do centio de resisténcia em todos os tres planos de espago, e 6 dente rotaciona quando se aptiea forga nele. Em Or- todontia, quando # rotagdo ocorte ao redor do longo eis do dente, ela ¢ denominaata rorya ou movimento destiny de primeira orem Quando a rotagio corre a0 redor do cixo vestibulolingual, ¢ denominada inelinagdo ou movie mento dentavio de segunda arden Quando a retagio ovorre ‘ap redor do eis mesiodistal, ¢ denominada rorgue ou r= tugdo de serceiva ordem (vejn Fig. 15-2) Poueas forgas podem ser aplicadas nos dentes atra- vvés do centro de resistneia, porque ele se localiza na raiz, Portanto, quase todas os movimentos dos den- {es resuliam em um movimento ro a mesma ditt dentar onal, com 0 cet io que «fin de resisténcin movendo-se dda forga aplicada (veja Fig, Binarios: Rotagéo sem Translagao Uma forga pura pode ser aplicada no centio de resisténeia de um dente ou fora dele iinico outro sisiema de forga que pode ser apli & denominado um bi- ncivia O controle que os bindries fornecem nos «és pla- nos do espago € earacieristica tinica do bracket edgewise original ¢ € a caracteristica fundamental da maioria dos aparelhos Hivos modems. (Um binirio & um par de forgas nio-colineares ig fopostas, que agem sobre um corpo (Fig 15-5). A ago de uum bindrio & a som 10 de dois sistemas de for nica, uma igual e outra oposta Cada forga do binério tende a mover © centro de resisténeia na direeao da orga como deserite part a forga nied Uma vez que as duas forgas so iguais e opostas. cada uma delas tende a mover © centro de resisténeia em uma diregdo igual € oposta Como resultado, nao ocorre movimento do centro de re sisténeia quando de wn binérie Um bindtio € un sistema especial, porque o resultado de sua ago produz uma rota- gio sempre lovalizada no centro de resisténeia. Quando 0 centro de rot cia, nenhum movimento do centro de resisténcia pode ocor rer, independentemente do local em que o binirio & apie do no deni A tendéneia rotacional do bindrio & denom nada monetto, © nos selerimos a elt como momento de io (M) Clinicamente, isso significa que se um bindtio & spl ido a um bracket e ne wise em quillquer plano, 0 centre over em nenhuma diregao € 0 de resisténcia nie pode se n dente sempre solte rotagio ao redor do centro de resis: téneia. O mais importante & que © movimento dent sempre seti ca seri influenciade pela localiz go do bracket no dente. Esse movimento é também inde- pendente de qualquer torque ou angulagdo embutidos no bracket A unica Tungdo da pré-angulagdo no bracket é a ativagdio do fio continuo nos ultimos graus do movimento dentitio final | | Fig, 15-4 0 centro de rego € um pom a len expo parece er rotacionado, determina a patie da posi ‘fl do corpo. Ele & 9 resuiado da quntdae relative de wanslagio e dents sigue oposts (sts rts) tenn aie etn cures) taco que ecoere derante o movimento dentro oe Fig, 18-4 Os ciculos brancosindicam o cent de resisténcia a2 posgRo inieal do dente, Os eielos sombreados ‘mostram o cero de resisténcis deslocado rin dine dt fre. Una forge ata do certo de resisters fs en ue todos os ponios do dente se movam ns mesa qumuidade e a mesma dingo. Esse io de movimento & denominade Iranslago ou movimento de cone Mya Ped Fig. 15-2 Una forgaaplicada em um bracket, que ale pasa pelo centr de resitéeis, causa a rtagto de um dente Esta tenella rotasionar& medida em moments dstomitds momenta de fore (NL) A tmagnitae do Nl, & me ids como a mide da frga nukipleods pela aistineia permet env linha de Fg e 0 enim de eens (slo, M, = Fd) As rotagdes sia usd opi Mais Fig. 15.3, 0 movimento roxcionaleausado por una fovea que no passa no centro de rsistncia & visualizade melhor some © processo simultineo de traislaga0 do dente. A. qu move © certo de reisteneis ma dicey dy Torga e de rotagdo do dente, B, ao rer dv centro de resisténcia © resultado & ume combinaylo de tislagio © retagie so der ido centro de ressiacia (C) 03 fal mperxa = Ma} Bape 60110 Me" 600 gram 1 a | fant 7 ne twat [6 meres a | itpeexa Mt 2 | \ oo 9 ype a0 10 s Me 1000 pram entire obtido No primero exerp an Fores sentido ani-ho ‘menor que 60 (A, feuma rizio MEF > 10S leva a (A, sieada ao mesmo ponto odes renee que 10:1 leva vu movimento ior da cores (© médulo da elasticidade & constante para o fio, pois te flete as suas propriedades intrinsecas © indice de deflexdo da carga, ow da forga,refere-se A quantidade de forea pro- duzida para cada unidade de ativagto de um fio orodéntico A inclinagdo de uma curva tensio-deflexiio dentro de seu limite estitico & um indicador da rigidez ou da flexi- bilidade de um fio Quanto menor a inclinago, mais fle: xivel o fio. Um fio flexivel tem uma inctinagio mais plana © um rigido, mais acentuado Existem trés pontos na curva de deflextio da carg: que tém importincia clinica no design do aparetho: limite Clistico, resisténcia final a tensio e pont de falha. O limi elistico (limite proporcional, ou resisténcia ao escoamento} € 0 ponto em que qualquer forea mais intensa leva a uma Asformagdo permanente do fio. A quantidade de deflextio que o fio pode suportar antes da deformacio permanente Feflete a amplitude elastica do aparetho Uma amplitude Clistica alta permite a ativacto do fio em uma extensio 1 Representagdo de como a ateragio da proporgso momentevonga pode ‘movimento dentrio maior No ten om um mesmo Mem seutido ant horica de 80 Me'= €00 gm ueaciar 0 tna de movimento ‘com wm My 0 ‘de 8012 (A) pica a8 9 ekemplo, uni fog mis intensa de 100 © un radio MP “Tensio tora) Mdulo de lasticidade corresponded Inclinago da parte elistics da cura force deexdo) a tenslo-dellesdo (ForescdelexSo) (Vaja no texto um deserigde das caratristcas desejSveis para om mleriais © apa Ths 9 218 Sigio ll ——_Apareltios maior, com menor chance de deformago permanente. Por ‘outto lado, a capacidade de deformar permanentemente 0 material além do seu limite eléstico permite que o profissi: ral insira as dobras no fio A resisténcia final a tensio & 2 forga maxima que o fio pode suportar antes do material comegar @ enfraqui Ela corresponde 20 pico da curva de deflexto da forga A. poreao da curva de deflexao da forca, desde 0 limite elis- tico até a resisténcia final & tensdo, corresponde & amplitu- 4e elisticn do fio. A extensio em que o aparelho retorna & sua forma original quando defletido, dentro de sua ampli- tude elastica, determina a sua elasticidade Um fio com amplitude eldstica extensn é mais moldavel, o que significa que ele pode ser dobrado virins vezes sem fraturar Se o fio for defletido além da sua resistencia final & tensfio,even- tualmente ele seré condenado & quebra Os fios com deflexado de carga baixa sto os de esco Tha em Ortodontia nas areas em que movimentos dentirios, anplos sio necessirios, porque cles conservam uma forga consideravelmente constante, & medida que o dente se move eo aparelho é desativado. Em dreas em que movimen- tos dentirios minimos sio desejados. como nos casos de «exodontia com ancoragem maxima ou durante a finalizago, um indice de deflexio com carga alta é desejavel Fatores que Influenciam o indice de Deflexao da Carga de um Aparelho Existem quatto fatores que o profissional precisa contro- lar, pois podem reduzir o indice de deflexdo da carga: 0 uso de fios com médulo baixo, redugao da seego trans- versa do fio, aumento da distincia interbrackets € po- sicionamento de algas no arco de nivelamento 1 Tipos de ligas: 0 ago inoxidavel é © material mais rigido usado na Orlodontia Burstone!" comparou 2 rigidez das liges metilicas modernas. Se © ago receber umn médulo arbitrario de elesticidade de 100, a5 ligas de titdnio/molibdénio terdo 35% da rigider do ago, © 0 nitinol 17% A vantagem e, as vezes, a desvantagem, das ligas de niqueltitinio & que elas ndo podem ser permanentemente deformadas com facilidade Redugdo no didmetro transverso: o indice de de- flexao da carga varia diretamente com a quatta po- téncia do didmetra de um fio redondo. A diminui- cio do didmetro do fio pela metade reduz.a sua tigi- dez em 16 vezes, O fator limitador na redugio do didmetto do fio € 0 limite eldstico, a fim de evitar que 0 fio sofia deformagio permanente. Os fios de go com miltiplos filamentos utilizam fios de did metro menor. fss0 aumenta a elasticidade e a am- plitude cldstica desses fios, sem afetar significati- vamente a sua forga 3 Aumento da distancia interbrackets 2 Aumento da distancia interbrackets: 0 indice da deflexao da carga é inversamente proporcional & tereeira poténcia do comprimento do fio. Um exemplo que usa esse principio ¢ um arco de intruso que evita os dentes que nao estejam en- volvidos na coregao da mordida profuunda (veja Fig. 15-16) b Confeegio de algas no arco: As algas aumentam, a distincia do fio interbrackets e assim reduzem © indice de deflexao da carga * Com a introdu- ‘de dos novos fios de médulo baixo, 2 necessi dade de confeceao de alcas nos aparelhos or- todénticos diminuiu consideravelmente APLICAGAO CLINICA DOS SISTEMAS DE FORCA Esta parte do capitulo introduz alguns dos aparelhos co- rmuns utilizados para tratar as mas oclusdes Os sistemas de forga associados a cada um desses aparelhos so r2stt- midamente diseutidos. Os aparelhos devem ser projetados para atingir objetivos especificos do tratamento de um de- terminado paciente, ¢ nfo vice-versa, obviamente Aparelhos que Modificam o Crescimento dos Maxilares Os aparelhos utilizados para modificar o crescimento dos maxilares podem ser dividides em aparelhos extrabucais ¢ aparelhos funcionais Aparelho Extrabucal - 0 AEB ¢ usado na Ortodontia para modificar 0 erescimento da maxila, para distalizar ¢ protrair os dentes superiores, ou para reforgar a ancora em. Quando © AEB ¢ utilizado para modificaghes esque- letiens, torgas mais intensas séo recomendadas ® Tais for- ‘a8 mais inlensas produzem agdes nas suturas da maxila, alterando a magnitude e a ditegdo do seu crescimento Existem varias estudos que documentam as alteragdes or topédieas na maxila Uma combinagiio das mudangas esqueléticas e dentiias ocorre e, na maioria dos easos, as alteragées no movimento dentirio excedem as esquelétieas Existem vérios tipos de AEB que podem ser usados para produzir um efeito desejado O tipo de AEB ¢ o nivel de orga desejado devem ser selecionades de acordo com os objetivos especificos para tratar um paciente Geralmente, 0 casquete deve ser usado no minioo durante 8 a 14 horas por dia para atingir resultados positi- vos. Para as mudangas ortopédieas, as Forgas usadas es- to na amplitude de 250 a 500 g por lado, ¢ pata os mo- vimentos dentirios elas variam entre 100 © 200 g por lado. Como ocorre com os aparethos funcionais, 0 suces- 30 do tratamento com o AEB depende da eooperagio do paciente

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