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Pa tes, 6 * ov mee. be Ce ee, 9S _ OBRAS COMPLETAS — Ber END O.c10! OP A RA if EDIGAO ESPECIAL _ OBRA POETICA VOLUME 1 1993 Bruno de Menez Daraense, talvez 0s paraenses pouco si mente nio se apercebam di Responsavel pela tra saibam de sua obra ¢ certa- € sua importancia historica e literéria. nsPosicao mais fiel da vivencia do ne- Co, da realidade, assuntos que inte. ratio, mas sobretudo ao socidlogo, ibitos e costumes, ao etndgrafo do "ro no Brasil, do fato folclori Tessam no $6 a0 critica liter Maestro de refinada sensi- reflete uma profunda parti e muito sinho a terra, seus amigos, alertanto, oesia Viva, rude, sensual @ ¢ ritual, marcada Relos’ (| dos de seus versus emanam “Ne "| id “* Maribondo num déxa Por cimaé por baxol/ por todo luge. Batngue absorven complexo da negridio, religiosidade e | Srotismo, revelando ©" negro. brasileiro em sua integridade | COsnica, atcha : Ket Seus Doemas & sentir tats das aliteragoes.¢ onoma- topéias 0 Fetuinbar; o rafar de tambores, & Sentir que 0 africano ‘ainda nos feamPanha, vive no seie da familia brasileira, namen. ade do Toss Povo, em muito ®Spectos de nossas relagées | Seclals,infiltrandosse ae tal modo que longe de se apagar, mais & mais Cresce, pois medida que os anos Péssam, aumenta o ni. inero de adeptos de SHAS Crencas, cult diversdes, algumas de | ne stitictonal, Por isso irreprimiveis, z se ins Comemora 7 centenatio de sey nascimento, ~ Por esse ane ee Se Estado da Cultura/Secult insty 1 me quere © Bruno de Menezes, Prestando uma. ‘Ao publion “© respeito de todos, em todos os do Rg completas de. Bruno de Menezes, » Estadual t através da Secult — M © apoio cades na eo es Le Tesponsiye] Pela indicagao de ioDoce (cvnea ndo 0 Para, e gh Companhia Va. reskatandy a hott V8 do aporte Ninanceire — nag aye odo Se ests color Daraennge ‘bras do Passado, porém 8 conliegar oe "AO 0 alennoe de todos 0 connece, ee, noe moreso bra poéticn, foleloan $5 Movimentos Politiogs « eeRetet) aopaldetra do de alerta foto importing CT due se ous ado strayed Ensaio Heard H atores reese Handy as age ct ai Amazem doe hats de ghl™Rem do Cy €Scritor pobre, OBRAS COMPLETAS DE BRUNO DE MENEZES Volume 1 OBRA POETICA LENDO O PARA, 14 SERIE LENDO 0 PARA 14 - OBRAS COMPLETAS DE BRUN = Volume 1 — Obra Pogtica — Volume 2 — Folclore — Volume 3 — Ficgao (0 DE MENEZES Nameros anteriores da série 1—oBRas LITERARIAS DE BENTO DE FIGUEIREDO TENREIRO ARANHA 2 — ARUANDA & BANHO DE CHEIRO __ Eneida de Moraes 3— HORTENCIA _ Marques de Carvalho 4— DE BELEM A sa OBRAS COMPLETAS DE AO JOAO DO ARAGUAIA — Ignacio B. de Moura 5 — CRONICA DOS PADRES DA BRUNO DE MENEZES COMPANHIA DE JESUS NO ESTADO Do MARANHAO — Joao Felipe Bettendorff 8 — PANELA DE BARRO — Jacques Flores im LITERATURA PARAENS| E — J. Eustachio de Azevedo 5 — HISTORIA DE Uy PESCADOR. at Volume 1 SCENAS Da VIDA po ‘uiz Dolzani Juvenal Tavares ICA MISERICORDIA PARAENSE _ Arthur Vianna OBRA POET 2 — REGIOES aMa76) ‘AS — ESTUDOS CHOROGRaPHICos Dos ESTADOs po GRAM PARA & AMAZONAS _ Bardo de Marajs 13— DO Macepo COSTA (BISPO Do PARA) — Do, Almeida Lustosa ™m Anténio de SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ; Av. Gentil Bittencourt, 650 Caixa Postal 1044 _ Fax:(091) 223-479) _ Fone; 241.2393 CEP 66095.349 — Belem — parg DISTRIBUICAG NA CIONAL, Ep: Pedidos pelo ICOES cEyup sretaria de Estado da Cultura Seer Belém - Para Teembolso Postal para 1993 Trav. Rui Barbosa, 739 °° Fone: (091) 225.0355 (PABX) Caixa Postal 1.804 _ Telex; 2852 F. CEP 66053-269 * 241-3184 — Belém _ Para Governo do Estado do Para mnador: Jader Fontenelle Barbalho Secretaria de Estado da Cultura Secretério: Guilherme M. de La Penha Secretéria Adjunta: Regina Chaves Zumero Consclho Estadual de Cultura (Orgao Consultivo da Colegio) Presidente: José da Silveira Neto Cover Apoio Cultural Academia Paraense de anceiro Vale do Rio Doce Dados Internacionais de Catalo; ga¢%0 na Publica (Camara Brasileira do cio (CIP) Liwo, SP, Brasil) Menezes, Bruno de, 1 1893-1993, ras coinpletas de Bruno de Meng lem: Secretaria Estad, Mt 993, e2es | Bruno Menezes, — Be- le Cultura: * — (Lendo o Pars), 14), conselho Estadual de Cultura, Conteiido: v, 1. Obras poéticas —V¥-2. Folclore, — y, 3, Ficgio. — pe Esortores braslerag — Paré 2. Literatura brasileira — Pard Hitbt & cates 1 oe IL. Série, 93-0903. CDD-869.9098114 Indi 1. Para: Escritores iL 2. Paré: ices para eatdlogo sistematico; Literatura brasileir, %: Historia e critica 869,9098115 rasileira: Historia e eritiea 869,90981156 © Direitos de eépia Copyright 1 familia Bruno iteratura by 993 por / by SECULT - Espdlio de Menezes Bruno de Me- blicagdo das obras comple as ia a Poa Série Lendo o Pa i an nezes, vetaria de Es sais aa te da produgio lit tado, através oe he aando a ignificativas integradas inn parnense, reeditando obras significativa re raéria paraense, ! a contexto literério region: . us di- rizada em set : do literéria paraense Sa as geragdes mais A produ ser divulgada, sdbretace pensamento e da siclos d vardter soci: versos ciclo: hecem o carate: d 108. ‘ sconhec “ ngos dos anos. Jovens que.dete cultura nacional ao long rangéncia abrangénci: i ultu- Governo do Estado, a Se eneeacene me es nilh com todos os paraenses in a raem compartilher' tom en ae t vs Cost ee Saco fazer da literatur aun ed ee soci is, como a prostitui # ne eee ee ees humanas e o drama da mig) frimento e miséria ocasido de Menezes, por icado a Bruno de bras, niio se ho- . ledicado a itar suas obras, Neste ne ef nascimento, ao editar sxis diarenante tea seu centendario aquele que melhor e ma iste ne Amméelbe, menageia aE ta negro e o que ele vi iblemas sociais de seu we e foi - do aos prol i mitiu 0 qu do, integrado imentos sin- acdo, i movimer mas o homem ea engajado, que foi, que visavam & Re- i y rogramas tempore de soperativistas e em progral + ie 00) dicalistas, c¢ Fin . iteratura, forma Agraria s um idealista vase a literat nas io era ape! des, de trabalho. Brune nie um homem de agoes, remod era sobremo! Esta Publicagao nao Poderia ser realizada sem o substan- cial e constante apoio da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Sempre sensivel As Nossas ProgramacGes culturais, a quem em nome do povo do Paré, agradecemos, Agradecemos, ainda, ao Conse quem cabe a ing Iho Estadual de Cultura a teacao dos trabalh Os a serem reeditados, do mesmo modo que a Academia Paraense de Letras por todas restad as homenagens P as a este grande €scritor; e ainda a toda 3 equipe editorial que com zelo e carin nho cuidou desta primo- Tosa publicacao, Em especial 4 familia de Bruno de Menezes a0 coletar Originais, escritos inéditos e que ao abrir mao para i monstrou, acima do amor €S que usufruirio da Opera ste poeta singular, Que todos Os de nossa terra mergulhem em seus escritos © absorvam as Mensagens ne}, q Y neles contidos, numa permuta ami- Save] leitor-autor ue resultard no enriquecimento de um e na Tevelacio de Outro, \ le Barbalho APRESENTAGAO osta, imento de Bento Bruno de Hones Hie a no : "fee! ‘ista paraense e legitimo fone Soe poeta ie fecionies pera que foi pela =e reacts Poston de arte Moderna, de 1922, movimento que deo, mar ene pce da e forte ee ae i ae Sees a nbs da segunda geragdo o Mo a a te nod > Meiezes foi 0 nosso antece a ml ras dra rspitade —_- ee Maria mais admira faiiesprou ( Mar iene aves Decorre, Se, ee ee vidncla “a Bruno de Menezes no so, a importanci raense. ética simbolista, de do, primeiramente, pela postics simboli de to- Bruno educado, ee chose”, dela jamais ae liber ee “Ta musique eetarin prebarada pers ae fainted e, assim, do e por ela rps ie te novos ritmos e nov cs Batuque, verde: negra, novas harmon 6s versos sugestivos ea pea eared poder transpe-los'p ara a construgao de u dernismo” carac- deira | Sescoberts do desse modo, um ‘bat ‘40 maior e mais € regional, realizane Foi esta a sua avai de Bruno jdse teristicamente — se, A model ; sie valiosa para a poesia ee aramente, num ae havia anunciado ; Ge Nova, datado de 1920, or co, no seu poem: tra o seguinte verso: centend- e, em marco deste ano de 1993, o C omemora-se, “Eu quero uma Arte original’ Eu i ém de 1920, us sonetos mais antigos, os dapoesia, a 4 aa de “novo”, de uma rer j u seu de: Jd revela o bolista. Rey, tare teorias tem seu gos nceito puramente sim- ‘4 quanto ao modo de poe- feréncia estétical Cada qual de estesia”, oleranci: Poéticas; “Discutir pre to superior oy banal Consideramos, hoje, em relagio 4 Poesia de sua época, do [odernismo Paraense, que a Contribuigao de Bruno de Mene- Zes foi verdadeiramente revoluciondtia e criadora. Acrescente- se, também, haver inaugurado ele, com Maria Dagmar e Can- unga, anovelaeo romance Tealistas, engajados em uma preo- Cupacao social @ ha constatactio das injustigas sofridas duramente Pelas classes nao Privilegiadas, obra de fj i ‘icgdo que encontraria, Mais ae = tre n6s, em Dale ndir um brilhante e ta- nuador, rde, en lentoso contir uisador das $ lembrar, ainda, o Bruno €studioso e dedicado pes- o}8S NOssas, a sug Valiosa Contribuigao para o es- Tuno, homem de agdo, em sua uta no Movimento Cooperativista Bruno de M i re, fo ee SneZeS se foi um dos nossos maiores escrito- lace a e acima de tudo, um homem bom e integro. pen sty paler elogio, Hesse momento em que co- > COMovi Teamente, sey Centenario de nascimento. © baste F. Paulo Mendes 10 RAFICAS S NOTAS BIOG aE BRUNO DE MENEZES Bruno de Mene- ome de Bento faerd de 1893. ee adotou o pseudénimo de zes Costa. Pai Bruno de Menezes. bres, o mestre pedreiro Dio- imogénito de pais pobres, 0 Conceigao Me- i rimogénito ia Balbina da ae - nee i Menezes e Maria Bot ine 0 curso primario, nieloy a “ das do lar, apenas pode nezes, de pren é Verissimo. No entdo Grupo Escolar José V dernador, tendo como is. ca r d ‘ i aprendiz de encadern + mestre de ino ainda foi aprendiz a viria a se Menino ai oficio To Teixeira, que companheir Nessa ofici- r paraense. i mi ra populay ‘ indo, assim, ila e da cultui i s, sentindo, violao e grande canted com livros literdrio: na Bruno tomou i jue 0 acom- ela leitura, q' Habit incansdvel au- ejo do saber, 0 cea an 7 oa a existéncia, tornand indie, ar do pelos livros. 7 i i lo pe! ; / nae dblico estadual, servindo, in a anos depois, na Secretari 4 as, a. 21 de margo 0 bairro do Jurunas, N asceu em Belém, ni i funciondrio p' Conseguiu ser tao ta CO: cialmente, no Tesourt aioe sua paixio pela a de de spelt oan Diretor do Departamen Perativista, vin m 1955. osentou er Cooperativismo, cargo em que se ap egando um 1923, a revista Belém ae a a foi dire- Fundou, a intelectuais. Esse peri a sine ners 8rupo de jover eta setenta anos, p' "a se constituiu o 6r- erie aa mab de 1923. Belém Nova te poética advin- eo de ee ote Estado, da nova ea Paulo, e, através 840 propagador, ni Aoderna de 22, em ea iataan Kis: ome nojosa, a pemane de een de Joaquim Inoj ‘la, conforme aul lu é Para toriador do Modernismo do Norte e no Nordeste, Belém do foi a terceira capi ital a aderir ao Modernismo no Brasil (“A Pro- vincia do Para”, 23/28 de maio de 1937 Se 0 periodo de 1923/1929, foi doada pe ano do falecimento de Bruno, & Acade! onde é sempre consultada, ela vitiva do poeta, no ‘mia Paraense de Letras, Publicou as Seguintes obras: Poesia — Crucifix (1920), Bailado Lunar (1924), Poesia (1931) Batuque (1931), Lua Sonambula (1953), Poema para For- taleza (1957) ¢ Onze Sonetos (Prémio Cidade de Sio Jorge dos Mhéus — Bahia 1960). Folclore — Boi Bumba — nedito da Praia Auto Popular (1958) e Sao Be- — folelore do Ver-0-Peso (1959), ‘gem do “Cuia Pi res — 1937) (novela — do Para” Estudo Literario — Amar Sobre 0 livro de Jacques Flo Ficgao; Maria Dagmar mance — Prémig “Estado tinga” (estudo 1950) © Candunga (ro- — 1954), Possui, ainda, dezenas de poesias €sparsas e outros nume- $ trabalhos sobre folclore Paraense ¢ Cooperativismo, pu- blicados em Jornais @ Tevistas, Toso: De seu casam, nezes nasceram se! ria de Belém, St, Maria Lenora, ento com te filhos: 8 prof? Francisca Santos de Me- leo Brun Geraldo Claudio, Maria Ruth, Ma- 0, José Haroldo, farilia Terezinha Faleceu subitamente €m Manaus, de inf; to do mi cardio, a2 de julho de 1963, aos dade como Setenta anos de idade. Bruno de Me- 12 icipando, co- Seen ence cares aie i stival Folclérico que ali m Curso de mo jurado, do VII Fe Ao mesmo tempo dava fiismiosno a presentando o a eum Curdarde Ghoti he oe da Amazonia, hoje a0 ia Amazonense foi velado na sede da ee cane att a ao a a Belém no dia 3 — Hee Malo, aie 1} , : oe Paraense de ren jazigo da familia, no i do sepulta: do 0 féretro no dia 4, seni Cemitério de Santa Izabel. i Menezes Dados fomecides pela famflia Bruno de 13 BRUNO, A POESIA tessitura poética de Bruno de Menezes foi preparada com os fios que compuseram a vida de Bento Bruno de Menezes Costa. O poeta € 0 homem (de quem, em 1993, se celebra 0 centendrio) sao, na verdade, 0 trago unitério que aproxima a vida e a arte, formando, enfim, uma ligagéo huma- na, j4 percebida por Acyr Castro, ao citar um comentdrio de Flaubert sobre Bovary: “Era a sua raga como era sua criagao estética”. E mais: 0 poeta que buscava a liberdade da palavra e da forma, essa, por assim dizer, carcereira da expressdéo mais auténoma, habitava a alma de um homem cuja existéncia foi uma bandeira desfraldada em favor e no sentido mais amplo de uma consciéncia individual (e social) livre. O poeta, que se apresenta timidamente, em 1920, com um livro de poemas chamado Crucifixo, “um opisculo mistico-lirico- simbolista”, segundo Sebastiao Piani Godinho, podia nao ter cla- ramente delineado o préximo passo. Mas sabia, sim, ele sabia, que o operdario que havia composto aqueles versos nao poderia continuar a preencher uma expresso que, antes de tudo, era intrinsicamente sua, nas formas de um passadismo ainda vivo € cujas perspectivas de que virasse fumaga praticamente ine- xistiam. A inquietacdo pela maneira nova de poder dizer j4 era anunciada, Nao em livro, é verdade, porque Crucifixo esté preso ao seu momento e, em especial, & sua terra, que no ouvira fa- lar, até entdo, no sopro de mudangas que viria pela frente. A presenga de Segal, Anita e Brecheret, apenas para tomar em- prestado as artes plisticas uma referéncia de renovagao, nao era sequer imaginada. O que estaria por vir, entao, seria delf- rio. Caso de hospicio. Mas Bruno de Menezes sabia que como estava nao poderia ficar. E perto dele, Eneida. E perto dos dois 15 Abguar Bastos, hoje, com 90 anos, com detalhes a chegada de uma n va, como pedia 0 poeta num poe: de 22), publicado em um jornal Nova — dé ao leitor a mesma i que algumas pecas de Auguste se libertar do marmore de on lucido e feliz, a testemunhar ‘ova estética. De uma arte no- ma de 1920 (dois anos antes de Belém. O soneto — Arte mpressdo de sonho e viagem Rodin parece terem, querendo de brotaram. E sem poder. “ARTE NOVA” “Eu quero um’Arte original... Dai esta insatisfacio na minha Musa! Ansias de ineditismo que eu nao vi © 0 vulgo material inda nao usa! Ea idéia 6 ignota... A Perfeicdo em si, tem segredos de morte e alma reclusa... Sendo a gloria espinhosa, — eu me feri... Justo €, pois, que este sonho arda e relusal... Toda a vohipia estética do Poeta que eu sou, — Para a Po, esia que em mim sinto, Provém desse Q 'uerer em linha retal U y i vro, ae e a ie Fe haveria de aparecer, em li i NOS depois do lan . em acompanhave, woe ‘samento de Crucifixo. Qu = Tnais, os oe! i vez no deva ter estranhado = dae Cue Bublicava, tal i pela via da reno na verdade, 16 melhor, perderam seu ca- waier aa of sae eine cocbn curtains pelo poeta no zn: ane m eee necessdrio reconvocé-las. O que se peo, a res é ue, senhor de sua poesia, Bruno po " ser eceabees dense e fazer o que bem quisesse. Essa a ig io aoa Doane deixava e que o “Poeta da Lua” ap ara antes que o mestre a ensinasse. a2 vacao, Se a piesia de Bailado Lunar Sabena ee ima antologia shi oninda por Bruno nas ney locaria de vez'a. nave = Mario de Andrade e Manuel Bandei ra doParé. B verde 8 Belém e presenteado a cidade com i 7 haven ae rahi a “nortista gostosa”. Mas o as ph da Hinds ‘ er com eles? Talvez tudo ee adores de Menezes tinha a “ ¢ que era néo chegaria aos inov cin nada. O homem ae a Sra talvez nem fosse preciso, j 7 32 pogsia brasileira cet ants deles e, com a mee aus Bailado Lunar api eel firmado 0 espirito moderno. - ert chamou de Poesia, oer aqueles versos de Cruci ee five Poesia ainda otal va Bailado Lunar e um livro ans oe sch omesino ae oe Brasileiros, dedicado a ieee a nv pleto, intibulade ee considerado como a primeira seu poeta qu 5 Batuque. A tecimento na histé- foi um acon! oo A publicagao Se ati do livro, seas: gn tia da literatura ne e a obra jé mereceu, as quais a do Pard, no as seis edigdes 2 lancada pelo governo do Es! Saae ‘Zo oportunamente da Cultura, com apoio da Compan be arivesiaa' Secreta dizia o romancista Dalcidio Jurandl " on Hip Doce, een hist6ria do Umarizal, ae drei ae a= retrato oe e das velhas docas. O subirvic eo por se Cees inas esto dancando e cantando. transmite a reiro, om suas nee forga nativa € 0 poeta nos 1 a id zoe fem ee on Je viu, gozou e viveu’ ‘nesta je) Eee Be pain atriapenliels histone = amine atravessa seh antene na poesia da AmazOnia. © P' 17 eli raed um igarapé de maré cheia... Batuque faz parte € como a i - gelim, 0 Ver-o-Peso” Sé, a tacacazeira, a lembranga de An Em Batuque, ta. O livro de 31 e Mangericos”, Bruno de Menezes se completa como poe" 2 ooh novos poemas: “Sao Jodo do Folclore riquecida de musi ‘ae Preta” e “Cavaleiro Jorge”. A obra € en” usicalidade, de recursos estilisticos novos que trariam paraa li ca, tio vos em ‘a do Norte o cheiro e os sabores de Afri- ratura, Presentes na Belém que maternou sua lite- Saido das ofici ratura da Aaa, inas de H. Barra, Batuque introduz na lite- com tanto respeit ao tema da negritude nunca antes tratado odores, a visualid, ee com tanto amor. Os ritmos da raga, seus Misturarem 4 ee que permitem os poemas tao plasticos 5° ica do amor, da mulher, da paixao e da pro- em primeiro plano a Conjunto uniforme em que o que avulta lar na vida de Belém. Povo. O que ha de genuinamente pop” da rua cresce em bes © que tem jeito, halito e forma de gent que nao faz uma ae na poesia de Bruno de Menezes» do para a letra de ae transposicao do que vai no chao bati- Poética, essa “Caixa d a. Essa alquimia é realizada pela palavt@ land Barthes, “todas a Pandorra de onde saem” segundo Ro- > Virtuali ; > | Qual Bruno era mestre alidades da linguagem”. A palavr® a re Poética, ainda como deme no sentido paundiano, faz # © inumana, Institui un discs St™S Barthes, “uma fala texrive uzes, cheio de auséy ‘scurso cheio de buracos e cheio dé visio n Neias e de si ue . em permanéncia de ince supernutritivos, sem pre A poéti ngho”. ica de Bru que, € a poéti ne de Menezes. : = ica da musica, eg » experimentada em Batu etern . &: 20 tempo de um Simboli fio que ligaria 0 moderno, © mi mente esqueci ‘quecido. A musicalidade ‘© passado, mas nunca tola™ pauta musical uma composigao que ele ouvira numa manifes- tacao folclérica. Ele cantarolava a melodia, porque gravador na época nao havia. E fazia um esforgo enorme para nao perder o ritmo”, conta a professora Maria de Belém Menezes, filha de Bruno. Da mesma forma como hé esculturas que aspiram a ser pinturas, e quadros que estao implorando para serem pegas es- cultéricas, hé poemas que suplicam por uma alma musical. As- sim eram os de Batuque. E esse clamor pela miisica € percebido pelo leitor que, envolvido no estado pottico criado pelo autor (essa seria sua fungao, segundo Valéry), percebe e se deixa em- balar pelo ritmo de cangao, pelo batuque compassado, pelas si- nestesias de cheiro e gosto e forma que exalam dos versos de um poeta cuja obra, afirma a professora Maria Annunciada Ra- mos Chaves, “vale por um tratado de sociologia”. O “homem poético” que foi Bruno de Menezes era, diz Mikel Dufrenne, “conciliador e calmo, gracioso, 0 que reen- contra em si a prépria forma da liberdade natural e da espon- taneidade, pelo que governa a natureza obedecendo-lhe, e se integra no mundo de modo mais harmonioso que violento”. Es- sas caracteristicas esto vivamente expostas em sua obra. O li- rico Bruno era, como assinala Fausto Cunha, a propésito do lirico que Mario Quintana também é, “irmao inteiro dessa familia que se faz compreender em qualquer tempo e em qualquer lingua”. Fascinado pela lua, foi no Lua Sonambula, de 1953, e em Poe- ma para Fortaleza, de 1954, que ele revelou essa comunhao com o mundo e com o homem, essa preocupagao fundamental com o ser-em-si, integrado 4 paisagem onde vivesse. Sem jamais haver se afastado por completo da forma so- neto — tao presente em Lua Sondmbula — 0 poeta aceita, em 1960, um desafio tao grande quanto o que enfrentou, quase qua- renta anos antes, ao introduzir 0 Modernismo no Para. Ele, que fora o senhor dos versos livres e brancos; ele, que sentira 0 prazer de ser livre poética e humanamente, gozando dessa “maravi- lhosa liberdade dos filhos de Deus”, de que fala 0 apéstolo Paulo, 19 r « saa aa ace bem martelado”, nascido do fim para 0 C0- patallaiae eae como crescem os edificios: de baixo Letras de théus, on a © concurso literdrio da Academia de lherme de Alsielae e oferecia onze “chaves de ouro”, de Gui- sem sonetos, Parti > Para que os poetas, a partir delas, edificas- e quem foi o erga cole do certame poetas de todo o Brasil maria de volta Tes locado? Ele, 0 “velho” Bruno, que cha- miados. Mas antes de : r metro para seus Onze Sonetos pre” & poesia de Crucifixo, z ae a atitude sam. possfvel metorne grande poeta, d » © preciso que se veja a habilidade de um » de um verdadeiro artifice da palavra, de um escri- tradicdo e modemi ae da literatura no Pard e que soube unir ™ente, consagra 9 ait a obra homogénea e que, definitiva- um exercicio de Senio de um artista que péde fazer da vida Poesia. E da poesia, um exercfcio de vida. (Bas Get, Bee Joao Carlos Pereira 20 SUMARIO Apresentag&O ...cns.nmnnmnnnnnnn ea eae Breves notas biograficas de Bruno de Menezes . VOLUME 1 — OBRA POETICA Bruno, a poesia... Livros Publicados Crucifixo . e Bailado Lunar .. Poesia . Batuque . Lua Sonémbula .... Poema para Fortaleza Onze Sonetos Poesias Esparsas ..... VOLUME 2 — FOLCLORE Bruno de Menezes, era 0 folelore ..... _ 15 Livros Publicados Boi Bumbi .......--- : 25 Sao Benedito da Praia 129 Trabalhos Esparsos Guard do Lago Encantado ... 235 ‘Aulas no Curso de Guias Turfsticos do Senac Mitos da Regiao Amazénica ...... Aspectos Folcléricos do Para enn Curso de Folclore Junino na APD. ... Folclore Junino: Quadrilha Brasileira 21 Estudo Literério A Margem do Cuia Pitinga 873 Produgées Varias 419 Um Comentador da Natureza oo. ee Ismael Neri, Artista que Honrou Amazonia 428 A Amazonia nao é Assunto Literéri Necessidade d © Educagio Cooperativista na Amasouia a Carlos Howart, 0 Arquimedes da Cooperagao vs 44) Municipalismo ¢ Cooperativismo .._ Sec VOLUME 3 _ FICGAO Bruno, Simbolo da intel}. igéncia paraense wecmpemomecs UD Livros Publicados 3 Maria Dagmar (Novela) 5 " = Candunga (Romance) rs 3 22 LIVROS PUBLICADOS ® i + Alma,.... —Ardes, sangras, pregada 4 tua cruz... —Bilac — Poesias —(Inania Verba). (han fervide é accendrawo culto 9 Crucifixo 6 um symbolo... Jesus, © Soffrimento na Paixiéo humana. -- Para os Poetas, no mundo, ha sempre & Cruz do Ideal, da Perfeigio, -- Samaritana. Christo e 0 Calvario sto eternos ... Lue € Cruzeiro do Sul, a Alma espartana. sonho, Idealismo, distendido 4 flux 86 do Sagrado Coragio promana. E 4. 1a quanto tempo que a Tragedia ¢ & mesma ! Todo Poeta 6 0 Homem-Deus, -- incomprehendido, ~~ A espiritialidade é pobre lesma. des oe SUS! morto na Cruz em que foi fixo.. - ~ Si este symbolo é @ Dor de um bem perdido. Sel que eu e tu somos um Crucifixo. 31 IDEAL IDADE =——_ Todas as nossas passionaes paixdes incomprehendidas, ou correspondidas, Zalvanisath-se ©M Nossos coracdes Por toda a vida ©m que ge vive a Vid: 86 0 Poeta sabe amar sempre qMeridas, quando sio doridas, 0 homem vulgar Alma sem vida éa que naio Vive Para o idealista existem @ ~ Creattiras fidag entre S mais infidas cousas 4 parte, duy: Pondo na vida ‘na illusio da Vida ay a Vida! as sensagdes éum ser sem cmogdes. Xcepedes : idas, 32 razGes, smo de Llisdes Eu. que vivo am Idealismo dé indefinidas. quasi definidas, altagdes iritue OTL ON Sow um noivo espiritual. ce de amar na vida muito alem da, Vida oes i eS EXPALUsO Quem ama a vealidade @ as od] falls vavelhecidas, ix sentidas, Por demais sentida _— as perfeigaes Hao aspira as serenas per de andar na vida dentro de ontra Vida. ~~ Meu Crucifixo © poes. em que ancias Lume | des onheecidas, sO por mim sentidas “ snwiwe Certa mulher. Um sonhador. ’eTta oy Consas da Vida! i . i 7H Hossa Griz. em vi 33 —— 0 SYMBOLO DA FE MISSAQ BEMDICTA MISSAQ BEMDICTA 1] Il _ mete o> Berber f¢ Bouma Cruz salvadora A inissao da mulher sobre a tera é oy hoa. s¢ prender og Coragdes, catechis a Alma beija. Dentro da humana fe auras Almas, tudo olvida e perdoa este Anjo tutelar, de : a y nae S¥inholisagio consolado “no aml espalmas. Dos Por um filho, si © nie, : Isperanga, tres symbolos -- Fe, Caridade, Esper: (antes nuites incalmas ! A abi eerieeg {fs Aasiv’ homesta’e fio] 4 Un-- sora e wana Cr tun Coragao, uma Ancora ¢ bengéa! / ~A Caridade e © Be Minha Alma, beija palmas ® Lenho em que Jesus Speranga. -- ha es _ adh fee ‘ com wy Muto a uiM ser feminil me munca amaldicda, Cheio de Fé, morteu Para nos Compensar das 1 erias do mundo, © Supremo Cre, Wwuzadas 6 . sia das Cruz Pela Cruz!” Beis a andacia « ‘ador deu-nos Eva e Maria. levando, a toda parte, como Idealism e Crener a Hosso mal profundo. inabalavel, Sema mulher, este Orbe ing Hla, que & Alma de Ad sete dives soffrey por “era o chaos. © dominio das gentes. em 17. sanonisadas. Joanna d’Are e Izabel, cano: AQ trouxe ¢ Sonho e a Poosia. &MOr de Ja. sus! mes a nos vela 9 bavilhao da cruz vermelha ne B 34 i Minha te Fe! das luzas nds. O inquebrantavel baluarte dos crentes, Um dos liames que prende a alma dos maus, este amor, certa mul posando a Cruz humana que eu, esteja onde estiver, trarei aos hombri ; pois, se esta me faltasse. or emeu Sonho... minha Cruz humana, em ti os olhos ponho! 36 her . $ am ruinas y escombro' A CRUZ DAS CRUZES... —— Hoje \V reio. ais claro. cre os Meus olhos veem mais ¢l 4 on-Creado. Opino pela Fe do Homen-C iritual esteio espiritual es ~ Em torno a Cruz ha wn espir de amor. » sonho e@ ay renuneia e perdao, de som e. ix . : a evocado, ™ Crucitixe @me um poema e Que Gey, eu ancelo. lobrigue o meu onde quer que o lobrig ador. ‘alvario encanta ~ Ten pescogo & um Calvario e atas. ; ‘ ro lhe Slttma uma eruzinha de ou } queiras inha... KE queir linda joia é esta eruzinha.. a suspense : ica § Wavela sempre assim, nu : freiras. ase das fret o rosario dos monges ed Kol erdao: uu dou p' i A tudo e agas. pea * que ew ve} Que xo! racao - ” de teu corag * "Cruz Vermelha” de tev : ch as minhas > Siem ti morro, as mi 37 IDEAL PERFEIVO ee um ser perfeito, Aspiragio mais va! Sonhar 0 Ideal que Se eshocou mum gesto © fugir Para a sombra av se romanha, y. Assim, se hoje a Prister @ minha irma, ~eccultando este &Mor nao manifesto - seja ey Mais ¢ ste, @ tu, linda @ louga, no Sonho espirit ual qne te Protesto. * &sta angustia ¢ 48 Minhas Scismag dolorosas como um Bem, vesce... ° We eu PERS CAte. s Sivesse. CRUCIFIXO ASTRAL... VI + Claro de estrellas. eo de Inn Ofetgltbdilas Via-lactea en cardume aur aa a . asteroides Nebulosas, satellites, aste feericos sas finito Ia pyroteehimia do Infin accesa em luz electrica ... 9 Orn, Ss ss feericos iro do Sul abre os bragos f ro do Sula bsireteatmietisa t e as Oo argenteos que. pel lesa. stherea he Sombras da noite, olho a eth fii ito! “Mi inisterioso rite ! B, : Penge em ti, ta ‘Medando em tua port © meu olhar, . jurity Ormes, de certo! E's como a J (Masi morta. de voar, 39 E Ka © Cruzeiro do Sul, alto, eu, erendo que vestindo em ma brilhando. . , és tu, E We estas 14 formando a Crug, de luz “Mm (ue espero Ser Noite 6 0 Golgoth a. cima, Ku sou um Chy tod Rima, eso Cruzeiro, © Madeiro, “Somos 0 y stral Crucifix 40 Amor de es} Sere Pon No OS INTANGIVEL Vil diritual idealidade bo sel sentir. eu. exclusivamente, se verdade ‘ ivel! Mas 6 bem ve Pareco inerivel! } el illudir! e desilluc x x SSO Ine 6 ne nao poss que assim falsidade. sem falsida' Minha e en ser teu, sem eur, » consegu na chimera & que pude ¢ e Sonho! Ke Bum requinte de Son iz tlorir, . niz. (lo he s Sentidos Mm paixio dos Sent a nds. junto at ® € que esista o mundo ju irituaes -- espil Mates fossemos do Alto, we ss. ites paradisiacos e lde K 5 fieis. dos f tismo crivi-te um Idolo GO de Alina e coragac a os pes: ej s » enlaga ij > que te € b “10 & serpente qu 4 ta amisade ituaes. nos meus Rit SAUDADE VIL Saudade!-- cinco chagas, sete dores, Via-crucis dos meus quando eu morrer. Um suspiro de alivio., . Als interiores qe 0 peito solt; ‘\ para se conter, Olhar vasio, ++ Longas scismas., (ne colhemos ao sol se en| Vel . Flores anguecer, ., 4s braneas... May glaneo... Di bores Na ancia de Algue Me qne nado podemos ver. Saudade! Preece . side unca mais! Mo. Olhos Sem phosphorescencias. Saudade! Morte lent, que a gente e “mas tao he, : 40 tel-a en si, suffoea os ais, agonisa de wn M al que ge abengda! 42 PAISAGEM TRISTE PAISAGEM TRISTE ee Sa—a————_ IX Manha, sem sol, Tenho og pés eas mios fri Ar velade ++. c@0 er) tedios © hypovondrias. lu, ditrna @ clarao de embaciady pharol. Ten pair, Minha terra, NAO és mais flor dos tropicos? Este dia ine aterra! y . a, recorda. “usta Samaumeira esfolhada, recorda, s: > : europeus . Nesta paisagem triste, invernos Ihos eyelopicos . [gar galhos ¢) ~ De que, arvore, te serve, a Para o Azul, para Deus. 5 da? Slo ambiente a nevoa borda A? Nem a vid Azas ~-tudo morto, Porque nag trill Passaram mudas, ho je, Sou Jesus o| E invoce a Luz, 1 Quando nao sinto o Soffro mais! embora eu se] ‘rural no seu estrépido, + guzlas , intigas. AS. Meu canario lépido. as Taparigas, horando no Horto! neu fanatismo alacre! sol, sou lyrico-romantico .. ++ Quero og dias de ouro e lacre, ‘ ano! ; ; ¢ ja uM cysne entoando o ultimo canti 44 OLHOS MORTICOS OLHOS MORTICOS Cs ; dos . moribun ‘ !-- dois cysnes teus olhos!--d le «feo. J4 prestes a more Ee aos Vejo-os a flor dos lagos tae 7 ire boiar. que trazes nas olheiras, 4 ay cantar dam... vao canta . nada ijbundos. noribu © ultimo canto exul dos ™ L ‘ s enviat ese 8 jeixa-O8 Descerra os cilios..- Det err: ceos pr ‘undos. ade éos prof an jro adeus aos © p a resi: 4 ry natur “US olbos sao assim po : jdedies, volicos. I tesa. Jas,com trist® ‘| and - mortigos, melam pill *cismando entre as pup ado, macers a B, Olhos assim, num rosto 0. a 868, idedes rrend do. Sao dois cysnes moe abandona de um pargne -funte-astedas Mo wlan wd CANCAU DOLENTE SSLLLOLENTE XI ranslumia tincta chamma que tran Plater de e rdes ermas. oxo Valles em tarde Wn pos: Ht Stios, Ave-May a Noite envia... 7 crepes que a Noi . Violaccos eve | te tardes Cay oA. ethan Oecasos, * Angelus? Folhas « ta tr Hh las seismas de um Po Hora las seismy triste, -. melancholia. a linas onfermas as s es alin le ama as dolontes a ahindo ng vlamédas. inda existe. . si elle inda e Sem que ellas saibam si elle ledas, sscuiay . las Cousas, flestiosa, ess Soman cas Cousas, fe dr : ros « Nocturne “neantandg Jardins Noc pinzad (2 door de ein : s. yn de, pos soturno: aM PreeEs Helag ermidas.. ., DNa Fina sentinnas gti, ies. tarde encinza..- Torre longinqua,que a te MOS ae aa an, Cee Sag Ades indetinidas. onvia a» Macun env “Nedo dolente, UG Magn ristonhos, Delicia AmMarza de Nostalgia i repusculandy NUNS olhos calmos, Adeus que 9] a . ; sextasidiy yoo ? dentro da angustia que ae Wer iri Luz tit Vira Sujo te puviria Ae doce de Velando 0 ec AT 46 AVE, MAIO XII da Virge Mez dos lyrios Seraphicos, — provindos do valle da Alma, para as Cathedraes. Pudesse eu ir, ao luar, entre banhar meus olhos: -. {We s&0 soes infindos. -- ‘agdes, Piedosas dos m ~eMentarios de luz, as ma nas or: issaes, 08 bemvindos . Ousa d 4njo mystico.. , No men Ser ha Por isso, em Maio. Minha Alma, do Coragio 8 eu Sinto-me de luz: ~Filha de Maria, agrado de Jesus, é Irma 48 NA PRAIA DO CRUZEIRO ——— XII Sol suiguineo. Sobre-tarde. ictus velas latinas. ‘Ao puente andam velas Igneo, © horisonte, arde. Tu foste veranea HF; na Villa do Pinheiro © eu fui te visitar. Para veres 0 mar, sa do Crumitos idi rala Convieste em residir na pra tinas. ds ma' 7 s luares e Uma paizagem linda aos lu uma paizag Obra de anachoretas dos tempos coloniaes ; dina lenda, 6 0 Cruzeiro. Pétreo, bragos abertos, como quem espera anistosos abragos, — elle @ alguma das tuas si de chimera, algo Sentimentaes, “© Cryeiro, — [R 49 GENUFLEXO —=—_—_. Devem Sosar teus olhos! ~ Este recanto ahi éum Sanatorio Para os que soffrem saudades oando ent os (In Memoriam ) tio eseach, : M * : . e abrol , IV 2 [as-* 5 . varias te quadros marinhog +++ Muitas nuvens... vari Luares @ Noites bellas, n reso ss ee leado de Alma e corpo, eu Delicias aS Oigas! heticu esta prece. a ~Sacerdote propheticu este 5 ~- Ouves Cousistorig 7 fenece SIs 7 rrio que fe » en ser. Tum lyrio das ondas tramando as tempestades . Fo men Ser, qua Marulhantes redoigas ! reso | yenero e@ presc lobra-se & Imagem euehyanerore:| Serenatag em hareo ; ou, pela Praia, © Vento Wando suaia, mece. + © Saudade me enternec Enfim) ‘ations, who lea. Bei, que as leis encharistica soe a) reso i 2 rel, eu Espirito, e desp 808m os tens Sentidog “reio no teu Espirit todos, todos, PSSE.. . 7 * sterna mess & materia que @ Vidase eter bem Servidos, Na Minha er o?, Choras, me ouvindo a prece? + © Cruzeiro és ta mesma, -- descanga. Cruz de pedra, ‘dtawiturase x ; : uminur “Seraphim dos missaes e ill talvez, Ol calix de travos . , r as as. en¢a estds no altar das pu I o sentimento, Voltaras?,. 2 serena este meu coragdo, amento, a angustia e a magua do men pensamen de Supplicio, ~ esta lembranga ! é. ~ Nossa Senhora da Consolagio. ~- Centurides da Saudade, em mim, pregai os cravo® 51 50

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