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3452 DIARIO DA REPUBLICA—1SERIE__N.° 195 ~ 248-1990 ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lei n.° 48/90 - do 24 de Agosto Lei n° 47/90 do 24 de Agosto ‘Autorizagso 20 Govern para lgilar om matiria de cites do mera ‘rdenaclo social pritcados no fenito de criecto © funcioamanto de instuigtes do ensino superior partcdar © cooperative. A Assembleia da Repiiblica decreta, nos termos dos artigos 164.°, alinea e), 168.°, n.°* 1, alinea d), € 2, € 169.°, n.° 3, da Constituigao, 0 seguinte: Artigo 1.° Odfecto Fica 0 Governo autorizado a aprovar legislag&o san- atria referente aos ilicitos de mera ordenagao so- cial praticados no Ambito da criacdo ¢ funcionamento de instituigdes de ensino superior particular € coope- rativo, Artigo 2.° Sentido ¢ extensho A legislagdo a aprovar pelo Governo nos termos do artigo anterior deve respeitar, designadamente, os se- uintes prineipios: 4) Definigao de um regime sancionatério ade- quado para desincentivar_a inobservancia do disposto no Estatuto do Ensino Superior Pat ticular € Cooperativo, constante do Decreto-Lei 1n.° 271/89, de 19 de Agosto, nomeadamente no que respeita as normas sobre publicidade legal, criagdo de estabelecimentos, funcionamento dos cursos e prestagéo da informasao legalmente re- querida; b) Prever, como sangdes acessbrias, a perda de be- neficios fiscais, de beneficios de crédito e de li- thas de financiamento bonificadas por estabe- lecimentos de crédito e a publicidade da decisio condenatéria; ©) Prever, também como sano acesséria, para os ‘casos de infracgdo grave as regras sobre criag8o ¢ funcionamento de estabelecimentos € cons- Uituigdo de universidades ¢ institutos politécni- cos, a revogagio do reconhecimento. Antigo 3.° Durasto A autorizagdo legislativa concedida pela presente lei tem a duragdo de 90 dias. Aprovada em 10 de Julho de 1990. © Presidente da Assembleia da Repiiblica, Vitor Pe- reira Crespo. Promulgada em 31 de Julho de 1990. Publique-se. © Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendada em 3 de Agosto de 1990, © Primeiro-Ministro, Anfbal Anténio Cavaco Silva. Lei de Bases da Saide A Assembleia da Republica decreta, nos termos dos artigos 164.°, alinea d), 168.°, n.° 1, alinea f), € 169.°, n° 3, da Constituigao, 0 seguinte: CAPITULO I Disposigées gerais Base I Principios gern 1 —A protecgao da satide constitui um direito dos individuos e da comunidade que se efectiva pela res- ponsabilidade conjunta dos cidadiog, da sociedade do Estad®, em liberdade de procura ¢ de.prestacdo de cuidados, nos termos da Constituigao e da lei 2 —O Estado promove e garante 0 acesso de todos (08 cidadaos aos cuidados de saide nos limites dos re- cursos humanos, técnicos e financeiros disponiveis. 3—A promogdo e a defesa da saiide publica sto efectuadas através da actividade do Estado e de outros entes piiblicos, podendo as organizacdes da sociedade civil ser associadas aquela actividade. 4 — 0s cuidados de saiide so prestados por servi- 60s ¢ estabelecimentos do Estado ou, sob fiscalizacao deste, por outros entes piblicos ou por entidades pri- vadas, sem ou com fins lucrativos. Base II Politica de sate 1 — A politica de sate tem ambito nacional e obe- dece as directrizes seguintes: 2) A promosio da saide e a prevengio da doenga fazem parte das prioridades no planeamento das actividades do Estado: by E objectivo fundamental obter a igualdade dos cidaddos no acesso aos cuidados de satide, seja ‘qual for a sua condigdo econdmica e onde quer jvam, bem como garantir a equidade na distribuigdo de recursos e na utilizagao de ser- tomadas medidas especiais relativamente a srupos sujeitos a maiores riscos, tais como as Griangas, os adolescentes, as grévidas, os ido- $05, 0s dclicientes, os toxicodependentes e 05 trabalhadores cua profiss2o o justfique:, @) Os servigos de saide estruturam-se e funcionam de acordo com o interesse dos utentes ¢ articulam-se entre sie ainda com 0 servigos de Sepuranga e bem-estar social; 2) A gestdo dos recursos disponiveis deve ser con- duzida por forma a obter deles 0 maior pro- veito socialmente util e a evitar o desperdicio € a uilizagdo indevida dos servigos; DE apoiado 0 desenvolvimento do sector privado da sade e, em particular, as iniciativas das ins- ° N.* 195 — 24-8-1990 tituigdes particulares de solidariedade social, em concorréncia com o sector piiblico; 8) E promovida a participagao dos individuos ¢ da comunidade organizada na definigdo da poli- tica de sade e planeamento e no controlo do funcionamento dos servicos; E incentivada a educagdo das populagées para a satide, estimulando nos individuos ¢ nos gru- Pos sociais a modificacdo dos comportamentos nocivos sade publica ou individual; 1) E estimulada a formacdo ¢ a investigacdo para a satide, devendo procurar-se envolver os ser- vigos, 05 profissionais e a comunidade. » 2.— A politica de satide tem cardcter evolutivo, adap- tando-se permanentemente as condigdes da realidade nacional, as suas necessidades € aos seus recursos. Base III NNatureza da legislagio sobre saide A legislagdo sobre satide é de interesse e ordem pu- blicos, pelo que a sua inobservancia implica responsa- bilidade penal, contra-ordenacional, civil e disciplinar, conforme 0 estabelecido na | Base IV Sistema de sade ¢ outras entdades 1 — O sistema de saiide visa a efectivagio do direito 8 proteccao da satide. 2— Para efectivacdo do direito & protecgio da satide, 0 Estado actua através de servicos prOprios, ce- lebra acordos com entidades privadas para a prestacao de cuidados e apoia ¢ fiscaliza a restante actividade pri- vada na drea da sade. 3 — 05 cidadaos ¢ as entidades piblicas e privadas devem colaborar na criacéo de condigdes que permi- tam 0 exercicio do direito a protecgao da satide ea adopsdo de estilos de vida saudaveis. Base V Direlos & deveres dos cldadtos 1 — 0s cidadios sto os primeiros responsiveis peta sua prépria sade, individual e colectiva, tendo 0 de- ver de a defender e promover 2 — Os cidadaos tém direito a que os servicos pu- blicos de sade se constituam e funcionem de acordo com os seus legitimos interesses. 3.—E recomhecida a liberdade de prestago de dados de satide, com as limitacdes decorrentes da lei, designadamente no que respeita a exigéncias de quali- ficagdo profissional. 4'— A liberdade de prestasdo de cuidados de saide abrange a faculdade de se consttuirem entidades sem ou _com fins lucrativos que visem aquela presta¢do. 5—E reconhecida a liberdade de escolha no acesso a rede nacional de prestago de cuidados de satide, com as TimitagBes decorrentes dos recursos existentes © da organizagdo. dos servos. DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE 3453, Base VI Responsablidede do Estado 1 —0 Governo define a politica de satide. 2 —Cabe a0 Ministério da Satide propor a defini- io da politica nacional de satide, promover ¢ vigi a respectiva execugdo e coordenar a sua ac¢do com a dos ministérios que tutelam areas conexas. 3 — Todos os departamentos, especialmente os que actuam nas areas especificas da seguranca ¢ bem-cstar social, da educaréo, do emprego, do desporto, do am- biente, da economia, do sistema fiscal, da habitacao e do urbanismo, devem ser envolvidos na promogao da sauide. 4—Os servicos centrais do Ministério da Saide exercem, em relagdo ao Servigo Nacional de Saude, fungdes de regulamentacdo, orientacao, planeamento, avaliagio ¢ inspeccio. Base VIL Conseino Nacional de Saude 1 — O Consetho Nacional de Satide representa os in- teressados no funcionamento das entidades prestado- ras de cuidados de satide e é um drgio de consulta do Governo. 2 — O Consetho Nacional de Satide inclui represen- tantes dos utentes, nomeadamente dos subsistemas de satide, dos seus trabalhadores, dos departamentos go. vernamentais com areas de actuagéo conexas ¢ de ou- tras entidades. 3 — Os representantes dos utentes so eleitos pela Assembleia da Repiiblica. 4 — A composicao, a competéncia e 0 funciona- mento do Conselho Nacional de Saiide constam da lei. Base VIII Regides auténomas 1 — Nas Regides Auténomas dos Acores e da Ma- deira a politica de sate € definida e executada pelos 6rga0s do governo proprio, em obediéneia aos p: pios estabelecidos pela Constituigdo da Republica e pela presente le 2—A presente lei é aplicdvel as Regides Aut6no- ‘mas dos Acores e da Madeira, que devem publicar re- sulamentacio prépria em matéria de organizagéo, fun- cionamento € regionalizagdo dos servigos de satide. Base IX ‘Autarguias lenis Sem prejuizo de eventual transferéncia de competén- cias, a8 autarquias locais participam na acgio comum 2 favor da satide colectiva e dos individuos, intervém na definigdo das linhas de actuagdo em que estejam directamente interessadas e contribuem para a sua efectivacdo dentro das suas atribuigdes e responsabili dades. 3484 Base X [Relagdes internacionals 1 — Tendo em vista a indivisibilidade da sade na comunidade internacional, o Estado Portugués re- conhece as consequentes interdependéncias sanitdrias a nivel mundial ¢ assume as respectivas responsabilidades. 2—O Estado Portugués apoia as organizagdes in- ternacionais de saude de reconhecido prestigio, desig- nadamente a Organizacdo Mundial de Saude, coordena ‘8 sua politica com as grandes orientagdes dessas orga- nizagdes ¢ garante 0 cumprimento dos compromissos internacionais livremente assumidos. — Como Estado membro das Comunidades Euro- peias, Portugal intervém na tomada de decisdes em ma- téria ‘de sade a nivel comunitério, participa nas es. que se desenvolvem a esse nivel assegura as medidas a nivel interno decorrentes de tais decisdes. 4 — Em particular, Portugal defende o progressive incremento da acco ‘comunitéria visando a melhoria da satide publica, especialmente nas regides menos fa- vorecidas € no quadro do reforco da coesio econ € social fixado pelo Acto Unico Europeu. 5 — E estimulada a cooperacio com outros paises, ‘no Ambito da satide, em particular com os paises afri- ccanos de lingua oficial portuguesa. Base XI ‘Defean sanieéria das fronteiras 1 —0 Estado Portugués promove a defesa sanité- ria das suas fronteiras, com respeito pelas regras ge- rais emitidas pelos organismos competentes, 2 — Em especial, eabe 20s organismos competentes cestudar, propor, executar e fiscalizar as medidas neces- sérias para prevenit a importacdo ou exportacao das doengas submetidas ao Regulamento Sanitério Interna- sional, enfrentar a ameaca de expansdo de doencas transmissiveis e promover todas as operapdes sanitdrias exigidas pela defesa da saiide da comunidade interna- cional. CAPITULO IL Das entidades prestadoras dos culdados de satide em geral Base XII Steere de sadde 1 —O sistema de satide € constituido pelo Servico Nacional de Satide ¢ por todas as entidades piblicas que desenvolvam actividades de promogo, prevengo ¢ tratamento na area da satide, bem como por todas as entidades privadas € por todos os profissionais li- vvres que acordem com a primeira a prestacio de todas ou de algumas daquelas actividades. 2.— O Servigo Nacional de Satide abrange todas as instituigdes ¢ servicos oficiais prestadores de cuidados de satide dependentes do Ministério da Saude e dispde de estatuto proprio. 3 — O Ministério da Saude ¢ as administragdes re- ionais de satide podem contratar com entidades pri- DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.2 195 — 24-8-1990 vadas a prestaclo de cuidados de satide aos beneficié- rios do Servigo Nacional de Saude sempre que tal se afigure vantajoso, nomeadamente face & consideracdo do binémio qualidade-custos, e desde que esteja garan- tido © direito de acesso. 4—A rede nacional de prestacdo de cuidados de satide abrange 0s estabelecimentos do Servico Nacio- nal de Sauide € os estabelecimentos privados ¢ 0s pro- fissionais em regime liberal com quem sejam celebra- dos contratos nos termos do nimero anterior. ‘5 — Tendencialmente, devem ser adoptadas as mes- ‘mas regras no pagamento de cuidados ¢ no financia- mento de unidades de satide da rede nacional da pres- tagdo de cuidados de saide. 6 — O controlo de qualidade de toda a prestagio de cuidados de satide estd sujeito ao mesmo nivel de exi- géncia. Base XIII Nivels de culdados de endde 10 sistema de saiide assenta nos cuidados de satide primérios, que devem situar-se junto das comu- nidades. 2 — Deve ser promovida a intensa articulacdo entre ‘8 varios niveis de cuidados de satide, reservando a in- tervencdo dos mais diferenciados para as situagdes de- les carecidas ¢ garantindo permanentemente a circula- 80 reciproca e confidencial da informacdo clinica Televante sobre os utentes, Base XIV Extatuto dos utentes 1 — Os utentes tém direito a: @) Escolher, no Ambito do sistema de sade ¢ na medida dos recursos existentes ¢ de acordo com as regras de organizagio, 0 servigo © agentes prestadores; +b) Decidir receber ou recusar a prestaclo de cui- dados que Ihes & proposta, salvo disposigio es- pecial da lei; ©) Ser tratados pelos meios adequados, humana- ‘mente ¢ com prontidio, correccio técnica, pri- vacidade e respeito; 4) Ter rigorosamente respeitada a confidenciali- dade sobre os dados pessoais revelados; @) Ser informados sobre a sua situagdo, as alter- nativas possiveis de tratamento € a evolugdo provivel do seu estad A) Receber, se 0 desejarem, assisténcia religiosa; ®) Reclamar e fazer queixa sobre a forma como slo tratados ¢, s¢ for caso disso, a receber in- demnizaclo por prejuizos sofridos; +h) Constituir entidades que 0s representem © de- fendam os seus interesses; ) Constituir entidades que colaborem com o sis- tema de snide, nomeadamente sob a forma de associagdes para a promocdo e defesa da sade ‘ou de grupos de amigos de estabelecimentos de saide. N° 195 — 248-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 3455 s utentes devem: 4a) Respeitar os direitos dos outros utentes; +b) Observar as regras sobre a organizacdo 0 fun- cionamento dos servicos ¢ estabelecimentos; ©) Colaborar com os profissionais de sauide em re- lagdo & sua propria situacdo; ) Utilizar os servigos de acordo com as regras es- tabelecidas; €) Pagar os encargos que derivem da prestaglo dos cuidados de satide, quando for caso disso. 3 — Relativamente a menores € incapazes, a lei deve rever as condigdes em que os seus representantes le- ‘ais podem exercer os direitos que Ihes cabem, desig- nadamente o de recusarem a assistEncia, com observan- cia dos principios constitucionalmente’ definidos Base XV Profedionals de satde 1 — A lei estabelece 0s requisitos indispensaveis ao desempenho de funcdes ¢ 0s direitos e deveres dos pro- fissionais de sade, designadamente os de natureza deontolégica, tendo’ em atengio a relevancia social da sua actividade. 2—A politica de recursos humanos para a saide visa satisfazer as necessidades da populagdo, garantir a formacdo, a seguranga ¢ 0 estimulo dos profissi incentivar a dedidacdo plena, evitando conflitos de in- teresse entre a actividade pablica ¢ a actividade privada, facilitar a mobilidade entre o sector puilico ¢ 0 sector privado e procurar uma adequada cobertura no terri- t6rio nacional. 3 — O Ministério da Satie organiza um registo ni cional de todos os profissionais de sade, com exclu: sto daqueles cuja inscrigdo seja obrigatéria numa as- socia¢do profissional de direito publico. 4— A inscrigdo obrigatoria referida no niimero an- terior ¢ dx responsabilidade da respectiva associaclo profissional de direito piblico e funciona como registo nacional dos profissionais nela inscritos, sendo facul- tada 20 Ministério da Saude sempre que por este soli- citada. Base XVI Formato do penal de sade - 1 — A formacdo ¢ 0 aperfeigoamento proffesional incluindo a formagao permanente, do pessoal de saide constituem um objectivo fundamental a prosseguir. 2 — O Ministério da Saiide colabora com o Minis- tério da Educagdo nas actividades de formac&o que es- tiverem a cargo deste, designadamente facultando nos seus servicos campos de ensino pratico e de estdgios, © prossegue as actividades que Ihe estiverem cometidas or lei nesse dominio. 3 — A formagio do pessoal deve-assegurar uma qua- lificagio téenico-cientifica t4o elevada quanto possivel tendo em conta o ramo e 0 nivel do pessoal em causa, despertar nele o sentido da responsabilidad profissio- nal, sem esquecer a preocupaco da melhor utilizag&o dos recursos disponiveis, ¢, em todos 0s casos, orientar- -se no sentido de incutir nos profissionais 0 respeito ela vida ¢ pelos direitos das pessoas e dos doentes como © primeiro dever que thes cumpre observar. Base XVII Taventgasto 1 — E apoiada a investigacdo com interesse para a sade, devendo ser estimulada a colaboragdo neste do- minio entre os servigos do Ministério da Satide ¢ as uni- versidades, a Junta Nacional de Investigac&o Cientifica ¢ Tecnolégica e outras entidades, publicas ou pri 2 — Em particular, deve ser promovids so portuguesa em programas de investigacio no campo da satide levados a efeito no ambito das Co- munidades Europeias. 3 — As acgdes de investigacdo a apoiar devem sem- re observar, como principio orientador, 0 de que a vida humana é 0 valor maximo a promover e a salv guardar em quaisquer circunst€ncias. Base XVIII Organizacio do terrtéio para o sitema de sadde 1 — A organizacio do sistema de satide baseia-se na divisdo do territério nacional em regides de sauide. 2.— As regides de satide sio dotadas de meios de acgdo bastantes para satisfazer autonomamente as ne- cessidades correntes de satide dos seus habitantes, po- dendo, quando necessério, ser estabelecidos acordos inter-regionais para a utilizaglo de determinados re- cursos. 3.— As regides podem ser divididas em sub-regides de satide, de acordo com as necessidades das popula- es € a operacionalidade do sistema. 4 — Cada concelho constitui uma area de satide, mas podem algumas locafidades ser incluidas em dreas di- ferentes das dos concelhos a que pertengam quando se verifique que tal € indispensdvel para tornar mais ré- pida e cOmoda a prestarlo dos cuidados de saiide. 5 — As grandes aglonicragdes urbanas podem ter or- ganizagdo de sauide propria a estabelecet eth lei, 40- mando em conta as respectivas condigdes demografi- cas € sanitérias. Base XIX ‘Avloridades de snide 1— As autoridades de satide situam-se a nivel na- cional, regional ¢ concelhio, para:garantir a interven- so oportuna ¢ discriciondria do Estado em situagdes de grave risco para a satide piblica, e estio hierarqui- camente dependentes do Ministro da Sauide, através do director-geral competente. 2 — As autoridades de saiide tm fungdes de vigilén= cia das decisdes dos érgdos ¢ servicos executivos do Es- tado em matéria de satide publica, podendo suspendé- -las quando as considerem prejudiciais. 3 —Cabe ainda especialmente as autoridades de satide: 4) Vigiar 0 nivel sanitério dos aglomerados popu- lacionais, dos servigos, estabelecimentos ¢ lo- cais de utilizagdo publica para defesa da saiide pablica; ) Ordenar a suspensdo de actividade ou 0 encer- ramento dos servigas, estabelecimentos e locais 3456 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 1.2 195 — 24-8-1990 referidos na alinea anterior, quando funcionem em condigdes de grave risco para a saiide pu blica; ©) Desencadear, de acordo com a Constituigao ¢ a lei, 0 internamento ou a prestagdo compul- siva de cuidados de saide a individuos em tuacdo de prejudicarem a saiide public ) Exercer a vigilincia sanitéria das front @) Proceder & requisigto de servicos, estabeleci- mentos ¢ profissionais de satide em casos de epidemias graves e outras situagdes semethantes. 4 — As fungies de autoridade de satide so indepen- dentes das de natureza operativa dos servigos de satide ‘¢ so desempenhadas por médicos, preferencialmente da carreira de saiide publica. ‘5 — Das decisdes das autoridades de saide hd sem- pre recurso hierarquico e contencioso nos termos da lei. Base XX Situagbes de grave emergéncia 1 — Quando ocorram situagdes de catéstrofe ou de outra grave emergéncia de satide, o Ministro da Saiide toma as medidas de excepeao que forem indispensaveis, coordenando a actuacdo dos servigos centrais do Mi- nistério com os érgdos do Servico Nacional de Satide € 0s varios escaldes das autoridades de saiide. 2— Sendo necessirio, pode 0 Governo, nas situa- des referidas no n.° 1, requisitar, pelo tempo absolu- tamente indispensavel, 0s profissionais ¢ estabelecimen- tos de sade em actividade privada. Base XXI ‘Actividade farmactuticn 1 — A actividade farmacéutica abrange a produgao, comercializagdo, importagao e exportagdo de medica- ‘mentos e produtos medicamentosos. 2.— A actividade farmacéutica tem legislacio espe- cial e fica submetida a disciplina e fiscalizagAo’conjun- tas dos ministérios competentes, de forma a garantir a defesa ¢ a proteccdo da satide, a satisfacdo das ne- cessidades da populagdo ¢ a racionalizagio do consumo de medicamentos e produtos medicamentosos. ‘3 — A disciplina referida no mimero anterior incide sobre a instalagdo de equipamentas produtores ¢ 05 es- tabelecimentos distribuidores de medicamentos ¢ pro- dutos medicamentosos e 0 seu funcionamento. Base XXII Enasios linlcos de medieamentos 5 ensaios clinicos de medicamentos sdo sempre rea- lizados sob direcedo € responsabilidade médica, segundo regras a definir em diploma préprio. Base XXII ‘Outras actividades complementares 1 — Esto sujeitas a regras proprias e a disciplina € inspec¢do do Ministério da Satde, e, sendo caso disso, dos outros ministérios competentes, as activida- des que se destinem a facultar meios materiais ou de orga- nizagdo indispensdveis a prestagao de cuidados de saiide, mesmo quando desempenhadas pelo sector privado. 2 — Incluem-se, nomeadamente, nas actividades re- feridas no mimero anterior a colheita e distribuigdo de produtos bioldgicos, a produgdo ¢ distribuigaio de bens € produtos alimentares, a producao, a comercializacao a instalagdo de equipamentos e bens de satide, 0 esta- belecimento e exploragio de seguros de satide eo trans- porte de doentes. CAPITULO Il Do Servigo Nacional de Saide Base XXIV Caructeristiens Servigo Nacional de Satide caracteriza-se por: 4) Ser universal quanto populacdo abrangida; b) Prestar integradamente cuidados globais ou ga- rantir a sua prestagdo; ©) Ser tendencialmente gratuito para os utentes, tendo em conta as condigdes econémicas ¢ s0- ciais dos cidadaos; 4) Garantir a equidade no acesso dos utentes, com © objectivo de atenuar os efeitos das desigualda- des econémicas, geogrdficas e quaisquer outras no acesso aos cuidados e) Ter organizagao regionalizada e gesto descentra- lizada e participada, Base XXV Benetcirios 1 — Sao beneficidrios do Servigo Nacional de Saude todos 0s cidadios portugueses. 2 — Sao igualmente beneficidrios do Servigo Nacio- nal de Saiide os cidadaos nacionais de Estados mem- bros das Comunidades Europeias, nos termos das nor- mas comunitérias aplicdveis. 3 — So ainda beneficidrios do Servigo Nacional de Satide os cidadaos estrangeiros residentes em Portugal, fem condigées de reciprocidade, ¢ os cidadaos apatri das residentes em Portugal. Base XXVI Organiaasio do Servigo Nacional de Saéde 1 — 0 Servigo Nacional de Saide ¢ tutelado pelo Ministro da Saiide e ¢ administrado a nivel de cada re- gilio de satide pelo conselho de administragdo da res- pectiva administracao regional de saiide. 2 — Em cada sub-regido existe um coordenador sub- -regional de saiide ¢ em cada concelho uma. comissio concelhia de saiide. Base XXVII ‘Adminstrapdes replonals de sndde 1 — As administragdes regionais de satide séo res- ponséveis pela satide das populacdes da respectiva érea N.2 195 — 24-8-1990 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE 3457 geogrifica, coordenam a prestagdo de cuidados de satide de todos os niveis e adequam os recursos dispo- niveis as necessidades, segundo a politica superiormente definida e de acordo com as normas ¢ directivas emi- tidas pelo Ministério da Saude. 2 — As administracdes regionais de satide so diri- gidas por um conselho de administraca0, cuja compo- sigdo & definida por lei. '3 — Cabe em especial ao consetho de administragdo das administragdes regionais de satide: a) Propor os planos de actividade e 0 orgamento respectivo, acompanhar a sua execugao e deles prestar contas; ) Orientar, coordenar e acompanhar a gestio do Servigo Nacional de Saude a nivel regional; ©) Representar 0 Servigo Nacional de Satide em juizo ¢ fora dele, a nivel da regiao respectiva; d) Regular a procura entre os estabelecimentos € servigos da regido e orientar, coordenar e acom- panhar o respectivo funcionamento, sem pre- juizo da autonomia de gestdo destes consagrada ha lei ¢) Contratar com entidades privadas a prestagdo de cuidados de satide aos beneficiarios do Ser- vigo Nacional de Saide na respectiva regio, sem prejuizo de acordos de Ambito nacional so- bre a mesma matéria; A) Avaliar permanentemente os resultados obtidos; 8) Coordenar o transporte de doentes, incluindo 0 que esteja a cargo de entidades privadas. Base XXVIII Coordenador sub-regional de snide Ao coordenador sub-regional de satide cabe coadju- var a administragdo regional no exercicio das suas fun- ‘Bes no Ambito da sub-regido e exercer as fungdes que © conselho de administracdo da administragao regio- nal nele delegar. Base XXIX Comissoes concelhias de sae ‘As comissdes concelhias de saide so drgdos consul- tivos das administragdes regionais de sade em relagdo a cada concelho da respectiva area de actuacao. Base XXX. Aw lagdo permanente 1 — 0 funcionamento do Servigo Nacional de Saide ‘esta sujeito a avaliacdo permanente, baseada cm infor- magdes de natureza estatistica, epidemiolégica e admi- nistrativa, 2 —E igualmente colhida informago sobre a qui lidade dos servigos, 0 seu grau de aceitacdo pela po- ulagdo utente, 0 nivel de satisfac&o dos profissionais, € a razoabilidade da utilizagao dos recursos em termos, de custos e beneficios. 3 — Esta informagdo ¢ tratada em sistema completo € integrado que abrange todos os niveis € todos os ér- B05 € servicos, Base XXXI Extatuto os profasionais de sade do Servo Nacional de § vide I — Os profissionais de satide que trabalham no Ser- vigo Nacional de Saide estdo submetidos as régras pro- prias da Administracdo Publica e podem constituir-se em corpos especiais. 2~ A lei estabelece, na medida do que seja neces- sério, as regras prdprias sobre 0 estatuto dos profis- sionais de saide, 0 qual deve ser adequado ao exerci- cio das fungées ¢ delimitado pela ética e deontologia Profissionais. 3. — Aos profissionais dos quadros do Servigo Na- cional de Sade ¢ permitido, sem prejuizo das normas que regulam o regime de trabalho de dedicagdo exclu- siva, exercer a actividade privada, ndo podendo dela resultar para 0 Servigo Nacional de Saiide qualquer res- ponsabilidade pelos encargos resultantes dos cuidados por esta forma prestados aos seus beneficiarios. 4 — E assegurada formacdo permanente aos profis- nais de satide. Base XXXII Médicos 1 — Ao pessoal médico cabe no Servigo Nacional de Satide particular relevo e responsabilidade. 2—E definido na lei o conceito de acto médico 3 — O ingresso dos médicos e a sua permanéncia no Servigo Nacional de Satide dependem de inscrigo na Ordem dos Médicos. 4 —E reconhecida & Ordem dos Médicos a fungao de definigdo da deontologia médica, bem como a de articipagdo, em termos a regulamentar, na definiglo da qualidade técnica mesmo para os actos praticados no Ambito do Servigo Nacional de Satide, estando-Ihe também cometida a fiscalizacdo do exercicio livre da actividade médica. 5 —A lei regula com a mesma dignidade as carrei- ras médicas, independentemente de serem estruturadas de acordo com a diferenciac&o profissional, 6 —A lei pode prever que os médicos da carreira hospitalar sejam autorizados a assistir, nos hospitais, 0s seus doentes privados, em termos a regulamentar. 7 — Os servigos e estabelecimentos do Servico Na- ional de Saiide podem contratar para tarefas especifi- cas médicos do sector privado especialmente quali cados. Base XXXII Financlamento 1 — 0 Servigo Nacional de Saiide é financiado pelo Orcamento do Estado. 2 — Os servigos € estabelecimentos do Servigo Na- cionat de Satide podem cobrar as seguintes receitas, a inserever nos seus orcamentos préprios: @) O pagamento de cuidados em quarto particular ou outra modatidade nao prevista para a gene- ralidade dos utentes; ) O pagamento de cuidados por parte de tercei ros responsdveis, legal ou contratualmente, 3458 DIARIO DA REPUBLICA —I SERIE 1.2 195 — 24-8-1990 nomeadamente subsistemas de saide ou entida- des seguradoras; ©) O pagimento de culdados prestados a no be- neficidrios do Servigo Nacional de Saiide quando no ha terceiros responséveis; 4) O pagamento de taxas por servigos prestados ou utilizagto de instalagdes ow equipamentos nos termos legalmente previstos; 20 produto de rendimentos préprios; A) O produto de benemertncias ow doasdes; 8) O produto da efectivagto de responsabilidade dos utentes por infracyOes as regras da organi- zagio ¢ do funcionamento do sistema e por uso doloso dos servigos © do material de saide. Base XXXIV ‘Taras moderadoras 1 — Com 0 objectivo de completar as medidas re- ‘guladoras do uso dos servigos de satide, podem ser co- bradas taxas moderadoras, que constituem também re- ceita do Servigo Nacional de Saiide. ‘2 — Das taxas referidas no mimero anterior slo isen- tos os grupos populacionais sujeitos a maiores riscos € os financeiramente mais desfavorecidos, nos termos determinados na lei. Base XXXV Benetilos 1 — A lei pode especificar as prestapdes garantidas tos beneficiérios do Servigo Nacional de Satide ou ex- eluir do objecto dessas presabbeS cuidados nio justi- ficados pelo estado de sade. 2.— $6 em circunstAncias excepeionais em que seja impossivel garantir em Portugal o tratamento nas con- digdes exigiveis de seguranga ¢ em que seja possivel faz#-lo no estrangtiro, 0 Servico Nacional de Saide su- porta af respectivas despesas. Base XXXVI Geatto dos hospitals ¢ centros de snide 1 — A gestdo das unidades de satide deve obedecer, tna medida do possivel, a regras de gestdo empresarial € a lei pode permitir a realizag&o de experitncias ino- vadoras de gestio, submetidas’a regras por ela-fixactas. 2.— Nos termos a estabelecer em.lei, pode ser auto- rizada a entrega, através de contratos de gestio, de hos- pitais ou centros de saiide do Servico Nacional de Satide a outras entidades ou, em regime de convengo, grupos de médicos. 2 CAPITULO.IV Das Iniciatives particulares de saiide Base XXXVII Apolo 20 sector private 1 —O Estado apoia o desenvolvimento do sector privado de prestaco de cuidados de sade, em fun- ‘cdo das vantagens sociais decorrentes das iniciativas em causa e em concorréncia com 0 sector piblico. 2 — O apoio pode traduzir-se, nomeadamente, na fi cilitaco da mobilidade do pessoal do Servigo Nacio- nal de Sauide que deseje trabalhar no sector privado, nna criagfo de incentivos a criaglo de unidades priva- das e na reserva de quotas de leitos de internamento em cada regio de satide. Base XXXVI Instalgdes particuares de solidariedade social ‘com objectivos de saéde 1 — As instituigdes particulares de solidariedade so- cial com objectivos especificos de saide intervém na acglo comum a favor da saiide colectiva e dos indivi- duos, de acordo com a legislagdo que thes € prépria ea presente lei. 2 — As instituigdes particulares de solidariedade so- ial ficam sujeitas, no que respeita as suas actividades de satide, ao poder orientador e de inspecsao dos ser- vvigos competentes do Ministério da Sauide, sem prejutzo da independéncia de gestdo estabelecida na Constitui- do e na sua legislagdo propri 3 — Para além do apoio referido no n.° 2 da base XXXVIL, 05 servigos de satide destas instituigBes podem ser subsidiados financeiramente e apoiados tecnicamente pelo Estado ¢ pelas autarquias locais. Base XXX1X Orgaalaagées de snide com fins lucrayvos 1 — As organizagées privadas com objectivos de satide € fins-Iucrativos esto sujeitas a licenciamento, regulamentagio e vigilincia de qualidade por parte do Estado. - 2— A hospitalizagdo privada, em especial, actua eri articulagdo com o Servigo Nacional de Saude 3 — Compreendem-se na hospitaliza¢ao privada nao apenas as clinicas ou casas de satide, gerais ou espe- cializadas, mas.ainda os estabelecimentos termais com internamento no pertencentes ao Estado ou as autar- Quias locais, Base XL Profasonais de snide ean regime Woeral 1 — Os profissionais de satide que asseguram cuida- dos em regime. de profissdo liberal desempenham fun- clo de importancia social reconhecida e protegida pela lei. 2. — O exercicio de qualquer profiss4o que implique fa prestagdo de cuidados de sauide em regime liberal € regulamentado e fiscalizado pelo Ministério da Saide, sem prejuizo das fungdes cometidas a Ordem dos Mé- dicos € & Ordem dos Farmacéuticos. 3 —O Servico Nacional de Satide, os médicos, os farmacuticos e outros profissionais de saide em exer- cicio liberal devem prestar-se apoio mitituo. ‘4 — Os profissionais de satide em regime liberal de- vem ser titulares de seguro contra os riscos decorren- tes do exercicio das suas fungdes. N.2 195 — 24-8-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 3459 Base XLI Convengdes 1 — No quadro estabelecido pelo n.° 3 da base Xil, podem ser celebradas convengdes com médicos € ou- tros profissionais de satide ou casas de sade, clinicas ou hospitais privados, quer a nivel de cuidados de saide primérios quer a nivel de cuidados diferenciados. 2—A lei estabelece as condigdes de celebragdo de convengdes ¢, em particular, as garantias das entida- des convencionadas. Base XLII Sequros de sade A lei fixa incentivos ao estabelecimento de seguros de satide, CAPITULO V Disposices finals e transitérias Base XLII Regulamentasto 1 —0 Governo deve desenvolver em decretos-leis as bases da presente lei que ndo sejam imediatamente apli- cdveis. 2-— As administragdes regionais de saiide devem ser progressivamente implantadas, podendo, numa fase ial, abranger s6 parte da zona total ou parte dos ser- vigos prestaddres-de cuidados, Base XLIV Regime transitrio “As convengdes celebradas com profissionais do Ser- vigo Nacional de Saide mantém-se transitoriamente, nos termos dos respectivos contratos, em condigdes € por perfodo que vierem a ser estabelecidos em diploma regulamentar, Base XLV Entrada em vigor A presente lei entra em vigor 30 dias apés a sua pu- Dlicago. ‘Aprovada em 12 de Julho de 1990. _- © Presidente da Assembleia da Republica, Vitor Pe- reira Crespo. Promulgada em 31 de Julho de 1990. Publique-se. Presidente da Repiblica, MARIO SOARES. Referendada em 3 de Agosto de 1990. © Primeiro-Ministro, Anibal Antonio Cavaco Sitva. Lol n.° 49/90 de 24 de Agosto Consaites drectas 10s cidedios slitores a nivel local ‘A Assembleia da Repiiblica decreta, nos termos dos artigos 164.°, alinea d), 167.°, alinea 0), € 169.°, n.° 3, da Constituigao, 0 seguint TITULO I Disposigdes gerais Artigo 1.° Consaltas locals s érgdos autérquicos podem efectuar consultas di- rectas aos cidadaos eleitores a nivel local, por voto se- creto, nos termos da presente lei. Artigo 2.° Conteido das consultas 1 — As consultas locais incidem sobre matéria da ex- clusiva competéncia dos érgaos autdrquicos. 2 — Niio podem ser objecto de consultas locais ques- tes financeiras nem quaisquer outras que, nos termos da lei, devam ser resolvidas vinculadamente pelos ér- silos autdrquicos ou que ja tenham sido objecto de de- cisto irrevogavel. Artigo 3.° Ambito territorial 1 — As consultas locais podem realizar-se a0 nivel de freguesia, de municipio ou de regido administrative ‘2 — Nao se realizam consultas locais nas freguesias fem que a assembleia é substituida pelo plendrio dos ci- dadios eleitores. Artigo 4.° Direkto de voto ‘Tem direito de voto nas consultas locais os cidadaos leitores recenseados na area da autarquia onde se rea- liza a consulta. Artigo 5.° Efiedcla As consultas locais t8m eficécia deliberativa. Artigo 6.° ympettncla para determinar » realizagso de consltas locals 1 — A deliberagao sobre a realizagdo de consultas lo- cais compete & assembleia de freguesia, & assembleia municipal ou & assembleia regional, consoante incidam sobre matérias da competéncia dos érgios da fregue- sia, do municipio ou da regido administrativa, 2.— A deliberacdo referida no mimero anterior € obrigatoriamente tomada, em sesso ordinéria ou ex- traordindria, no prazo de 15 dias a contar da data da recepc&o da proposta para realizagio da consulta.

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