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INFO) IEKGEO) € AINQ\UTE TI Uma sintese fascinante dos conceitos psicolégicos fundamentais de Jung Titulo do original: Ego and Archetype €.G, Jung Foundation for Analyticay Cony loys Nova York, 1972. t Direitos de tradugdo para a Ifngua portuguesa ’ adquiridos com exclusividade pela EDITORA CULTRIX LTDA. 1 Rua Dr. Mério Vicente, 374 - 04270 - Sao Paulo, SP - Fone que se reserva a propriedade literéria desta traducao- Impresso nas oficinas grdficas da Editora Pensamento. Yor CAP{TULO UM O EGO INFLADO O sol ndo ultrapassard suas medidas; se 0 fizer, as Ertnias, servidoras da Justiga, o descobrirdo. -HERACLITO' 1. EGO E SI-MESMO* A descoberta de carater mais fundamental e de maior alcance, de Jung, € a do inconsciente coletivo ou psique arquetipica. Gragas as pesquisas que cle realizou, sabemos atualmente que a psique in- dividual nao € apenas um produto da experiéncia pessoal. Ela en- volve ainda uma dimensdo pré-pessoal ou transpessoal, que se mani- festa em padrées e imagens universais, tais como os que se podem encontrar em todas as mitologias e religiGes do mundo.” Jung desco- briu também que a psique arquetipica conta com um princfpio estru- turador ou organizador que unifica os varios contetidos arquetfpicos. | 1, Burnet, John, Early Greek Philosophy, Nova York, Meridian Books, p. 135 * Seguimos, na tradugSo de Self por Si-mesmo, 0 original alemio, Selbst. (N-T.] 2. Jung, C. G., Archerypes and the Collective Unconscious, C. Wa, Vol. 971, pardgrafos ' 1-147. 21 EA sso central OF 2° quay peo <- unificador da psiqug wc re, genador & UMIFAGOY 38 Psa da pel eon Pers G seem gion” 240 gutta ANITA, © CBO 6 a seqe a. ‘Ov, ia ident vente ida. eva. 20 P autoridaas bade Genes FOS ego. submetido 80 seu. dominig idee. © Santer? °° immples como a divindade a ae pret 9 de forma MA Jung demonstrow ainda que caracteristica: ele € gxe,° Ginagens simb6liCas tipicas denomiee m0 enfatizam um cfrculo com, a so por EN, Todas # entam um elemento adicional ref ces manda pormalmene SPT ou outra Tepresentacko de quaraes cent € yadrado, Uma i. i, por conseguinte, a v ria. ate ig ainda wm crt INE pesmo. Tera COMO a unidade, ao os que ee postos. © ponto gerador central, 0 centro qq talidade, ® vn os verso, 0 ponto efiativo onde Deus © © homem energias transpessoais fluem pare fe ne se oposigao 20 H1UXO temporal, a incog via pessoal 2 HEHE onal entre 0 OFBANICO € O inOrBAnico, ag rapide, 2 unio Prizes de gerar a ordem a partir do caos, a estraturas protetoras TAIN elixir da vida — isso tudo se refere ag wransformagio da enere®, © “nergia da vida, origem do nosso ser, aa fonte central da C™’como Deus. Na realidade, as mais ve am ‘© homem faz da divindade.$ TP Come hf dois centros auténomos do ser psiquico, o vinculo cristente eae eles assume importincia capital. A relagio entre 0 tgo ¢ 0 Simesmo € altamente problemitica ¢ corresponde, de ma- rypes and the Cl neira bastante aproximada, & rel Ty como € descrita na mitica Verdade, Como Expresso simbslica Mesmo. Muitas vicissitudes do pr coldgico podem ser entendidas em termos de modificagao de relerso existente entte 0 €£0 © 0 Si-mesmo nos varios estégion do decane vimento psiquico. Esta evolucao progressiva da relacao entre egoe ‘Si-mesmo constitui 0 objeto que me proponho examina Jung descreveu a fenomenologia do Si-mesmo, originalmente, tal como ela se manifesta no eurso do processo de individuarae vg idade adulta. Mais recentemente, comeamos a considerar tanvém a papel do Si-mesmo nos ptimeiros anos de vida. Neumann, com base em materiais de natureza mitok 'osa. O mito pode ser visto, na a relacao entre 0 ego © 0 Si- rocesso de desenvolvimento psi- € etnografica, descreveu simbo- Ticamente 0 estado ps{quico original, anterior ao nascimento da consciéncia do ego, como a uroboros, utilizando a imagem circular da serpente que morde a prOpria cauda para representar o Si-mesmo primordial, 0 estado-mandala original de totalidade, do qual emerge 0 ego individual. Fordham, a partir de observacées clinicas de bebés € criangas, postulou o Si-mesmo como a totalidade original, que antecede a formacao do ego. De modo geral, os psic6logos analiticos admitem que a funcao da etapa que antecede a idade adulta envolve 0 desenvolvimento do ego, com a separacio progressiva entre 0 ego e o Si-mesmo, ao pas- so que a idade adulta requer uma rendi¢fo — ou pelo menos uma re- lativizagéo — do ego em sua experiéncia do Si-mesmo e na relacdo sm com este Ultimo. A atual f6rmula operacional é, portan- to: fase anterior & idade adulta > separagao entre 0 ego € 0 Si-mes- idade adulta — reuniao entre 0 ego eo Si-mesmo. Esta férmula, apesar de talvez ser verdadeira como generalizaco ampla, nio leva The Origins and History of Consciousness, Série Bollingen XL, Press, 1954. ichael, New Developments in Analytical Psychology, Londres, Routledge S 1957. 2B } freq da © com aba Podengy "8 Ser * fricas feita exvagoes em?) Sa f acto mats ner apia de adultos. De acord cn mi oe, te diagrams: ao entre Ego e Si-mesmo Co en to « emee de atemincia entre a unio €£0-Si-mesm process Bo parece ocorrer de forma continua ag paracao go individvo, tanto na infancia quanto na maturidad, ore ‘cca formula ciclica (OB melhor, em forma de espiral) i primis 0 process Basico de desenvolvimento psicolégico donee ' ‘cimento 2 more . noe ea pespectv® 4 rlasHo entre 0 €B0 € 0 Si-mesmo em diferemies estigios de desenvolvimento, poderia ser representads Ca se. Ongo le. Na por meio dos seguintes diagramas: SI-MESMO EIXO (*) ) (en C2 Q = - (H) fot Fig? Fig. 3 Fig 4 4 pee representam os estgios progressivos da sepa po ge Shmeam, que se ranifeatam na decoeret do processo de Ivimento psicolégico. As 4reas sombreadas do ego designam 4 Se a identidade residual ego-Si. entre 0 centro do ego © 0 ‘ego-Si-mesmo — 0 vinculo | Simesmo © qUe assegura a integridade do eyo Denes cee Ger que estes diagramas servem a0 objetive de ihn, eee Garievlar do assunto em pauta e, por comcguine ae SP Pim referéncia a outros aspectos desse mesmo assurie Poo ee Ge modo geral definimos 0 Si-mesio como a totlidade Por exemplo, aque incluiria, necessariamente, 0 ego. Nos termos dos da psique, o gramas ¢ do método seguido nesta apresentagSo, es So de que 0 €g0 © o Si-mcmo se torn M sande 0.050 8 porsfo motor, « 9 Shocann a pare ace, ‘dade, Esta dificuldade &inerente ao assunto ualado, Para fa far de forma racional, devemos inevitavelmente estabelecer uma dis- tincio entre ego mo que contradiz nossa propria definigso do Si-mesmo. Na real concepgSo do Si-mesmo € um parado- xo. © Si-mesmo cor taneamente, 0 centro e a circun- feréncia do cfreulo ‘A consideragao do ego € do Si- mesmo como duas entidades intas constitui um mero recurso ra real que a discussao torna necessArio. 'A Figura 1 corresponde ao estado urobsrico original postulado por Neumann, Nada existe além do Si-mesmo-mandala, O gee do peo 86 se faz presente como potencialidade. O ego ¢ 0 Si-mesmo sio 0 significa que 0 ego nao e7 ‘Temos aqui 0 estado total Ua identidade basica entre 0 ego e o Si-mesmo. "A Figura 2 mostra um ego emergente, que comeca a separar-se do Si-mesmo, mas que ainda tem seu centro ¢ rea maior numa iden- tidade basica com 0 Si-mesmo. ira 3 apresenta um estigio mais avangado de desenvol tedavia, permanece ainda uma identidade ego-Si-mesmo te6rico ideal, que provavelmente nso tado de total sepa- existe numa situacdo real. Ela representa Um CT iencia racdo entre ego € Siemesmo, assim come ‘uma compl do eixo ego-Si-mesmo. 25 ito de ilustrar a te } ropésito de il Se sepy servem 20 Pmyoo se caracteriza pela existencig sete um lado, a Progressiva separacs, os ro, 0 apareciment© Cada ver maie

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