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Aspirando também a uma redugiio de custos, o sistema passou a promover junto aos computadores, controladores ¢ dispositivos digitais com capacidade de processamento auténomo de uma forma geral, uma intercomunicabilidade por meio fisico adequado, de forma a obter grandes topologias dentro de regras gerais e procedimentos definidos para a transmissdo de dados. Cria-se sistema de comunicagao em rede ¢ os computadores passam a trocar dados entre eles ¢ a compartilhar recursos. Quando informagdes de um sistema de controle sto tratadas, a partir de dados coletados por meio de dispositivos sensores ou de qualquer dispositive indicador de estado de ‘um equipamento, por meio do processamento de dados feito por um sistema de supervisio, segundo um grande banco de dados, todos os niveis acima, como o de coordenagio, planejamento gerenciamento, so beneficiados de tal modo a melhor coordenar a programagio ¢ o controle de produgaio, plangjando o processo de fubricagdo como um todo & estabelecendo uma nova gestdo de gerenciamento dos negécios. As grandes decisdes dentro de um sistema organizacional de produgdo passam a ser tomadas dentro do mais alto grau do conceito da qualidade, baseado em dados coneretos € atuais, que se originam nas mais diferentes unidades de controle do chio de fibrica. Informagdes precisas, envolvendo o processamento de um grande nimero de variiveis, sio agentes sincronizadores do processo de fabricagdo, fazendo com que haja um planejamento global mais adequado, sustentado pelas limitagdes operacionais diante da capacidade de produgdo, regulando o nivel de estoque, definindo € projetando produtos, estabelecendo cestratégias e procedimentos de gerenciamento e diagnésticos. Desse modo, verifica-se a importéncia de um sistema de comunicagao integrada, estabele; la nos mais diferentes niveis de controle dentro da estrutura de recursos oferecidos por uma rede de processamento digital. Entdo, ao estabelecer a integragdio dos dados digitalmente por meio de uma rede de computadores entre os mais diferentes niveis hierarquicos dentro de uma indistria, reduz-se o custo de fabricagao, pela eficiéncia da manipulagao do produto, aumenta-se a produtividade se estabelece um novo coneeito em automagio industrial, a integrabilidade de seus componentes nos mais diferentes niveis como pode ser visto na figura a seguir. Gerenciamento Conroe supervsrio ——Nlarme e Intertrevamento. Conroe requatro a, Vistos quais os prineipais conceitos que so utilizados na automacao industrial, bem como os niveis hierérquicos de um sistema industrial, o préxime item dard uma introdugio a0 controlador légico programivel e seu contexto na automagao industrial 1.2- CLP NO CONTEXTO DA AUTOMACAO INDUSTRIAL controle do tipo discreto, voltado aos processos digitais, teve seu inicio marcado pela utilizacaio de dispositivos eletromecinicos do tipo a relés e contadores. Com 0 passar dos anos, 0s circuitos Iégicos tornaram-se mais répidos, compactes e capazes de receber mais informagdes de entrada, atuando sobre um maior numero de dispositivos de saida. Chegamos, assim, aos microprocessadores (UCPs), responsdveis por receber informagdes da meméria, dos dispositivos de entrada, e a partir dessas informagGes, desenvolver uma légica para acionar saidas. Entio, até o inicio da década de 60, a utilizagio de relés eletromecdnicos era praticamente a tinica opgio possivel. Com o advento dos dispositives microprocessados, vieram os Controladores Légicos Programaveis, onde a forma basica de programagio & oriunda da légica de programagao dos diagramas elétricos a relés. Proprio para ambientes industriais, os controladores realizam uma rotina ciclica de operago, 0 que caracteriza seu principio de funcionamento, e operam apenas varidveis digitais, efetuando controle discreto, portanto. De um modo mais detalhado um CLP é um aparetho digital que usa meméria programdvel para armazenar instrugdes que implementam fungdes como: légica, sequenciamento, temporizagdo, contagem ¢ operagdes aritmeéticas, para controlar através de médulos de entrada e saida (digital e analégica) diversos tipos de miquinas processos. Dessa forma, os CLPs siio equipamentos eletrénicos de controle que atuam a partir da filosofia na qual toda a logica de acionamento pode ser desenvolvida através de software, que 6 determina a0 controlador a sequencia de acionamento a ser desenvolvida. Este tipo de alterago légica caracteriza um sistema flexivel. Esta flexibilidade faz com que os CLPs tenham algumas vantagens em relagao aos sistemas convencionais, tais como: © ocupam menos espago; ‘© requerem menor poténcia elétrica; © podem ser reutilizado: jo programaveis, permitindo alterar os parametros de controle; * tém maior confiabilidade; ‘© sua manutengao é mais ficil; ‘© oferecem maior flexibilidade; ‘© permitem interface de comunicagio com outros CLPs e computadores de controle; © permitem maior rapidez na elaboragao do projeto do sistema. Os CLPs mais atuais trabalham com padrdes de protocolo de comunicagio para facilitar a interface com equipamentos de outros fabricantes, € também com Sistemas Supervisérios e Redes Internas de comunicagdo como 0 protocolo OPC (Object Linked and embedding for Process Control — 0 qual permite realizar transferéncias de objetos entre diferentes aplicagées) cujo desenvolvimento foi encabecado pela Microsoft, ¢ tende a se tomar © padrio de relacionamento entre os diversos médulos de software ou hardware de diferentes fabricantes. Atualmente, encontramos CLPs utilizados na implementagiio de paingis seqiienciais de intertravamento, controle de malhas, servo-posicionamento, sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition), sistemas de controle estatistico de processo, sistema de controle de estagies, sistemas de controle de células de manufatura, ete. Os CLPs sio encontrados em processos de: empacotamento, engarrafamento, enlatamento, transporte e ‘manuseio de materiais, usinagem, gerago de energia; em sistemas de controle predial de ar condicionado, si jemas de seguranga, montagem automatizada, linhas de pintura e sistemas de tratamento de agua, existentes em indiistrias de alimentos, bebidas, automotiva, quimica, téxtil, plasticos, papel e celulose, farmacéutica e siderirgica/metalirgica. De uma maneira geral, os CLPs tem aplicago na automagio de processos discretos (controle ON-OFF) ¢ na automagao de processos continuos (controle de mathas), 2- FUNCIO) ‘TO DE UM CLP E SEUS COMPO! TES 2.1- PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM CLP © Controlador Programavel, como todo sistema microprocessado, tem seu principio de funcionamento baseado nos seguintes passos: - == Figura 2.1 - Cielo de yarredura de um CLP * Inicializagio: No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operagdes pré-programadas, gravadas em seu Programa Monitor: - Verifica o funcionamento eletrénico da C.P.U. , meméras e circuitos auxi - Verifica a configuragao interna e compara com os circuitos instalados; = Verifica 0 estado das chaves principais (RUN/STOP, PROG, etc); ~ Desativa todas as saidas; - Verifica a existéncia de um programa de usuario; ~ Emite um aviso de erro caso algum dos itens acima fathe. © Verificar estado das entradas: O CLP lé 0 estado de cada uma das entradas, verificando se alguma foi acionada, O proceso de leitura recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente é de alguns microssegundos (scan time). + Tranferir os dados para meméria: Apés o Ciclo de Varredura, 0 CLP armazena os resultados obtidos em uma regio de meméria chamada de Meméria Imagem das 8 Entradas e Saidas. Ela recebe este nome por ser um espelho do estado das entradas saidas, Esta meméria seri consultada pelo CLP no decorrer do processamento do programa do usuario. © Comparar com 0 programa do usuario: © CLP ao executar o programa do usuario, apés consultar a Meméria Imagem das Entradas, atualiza 0 estado da Meméria Imagem das Saidas, de acordo com as instrugdes definidas pelo usuario em seu programa. © Atualizar as saidas: O CLP escreve o valor contido na Meméria das Saidas, atualizando as interfaces ou médulos de saida. Inicia - se entio, um novo ciclo de varredura. 2.2- COMPONENTES DE UM CLP _ — roy Frama | | amtacno [7 Piso” | | UNAIDED avons | | Pest YT s || Copa | or "eae manos a sata oe sr oie Ff | | marie wn | Stns | | Fgura 22 - Components de umn CLP Fonte de alimentagao: A fonte de alimentagao do CLP converte a tensio alternada da rede elétrica para uma tensio continua, ou seja, converte a tensio da rede de 110 ou 220 VCA em +5VCC, +12VCC ou +24VCC para alimentar os cireuitos eletronicos, as entradas e as saidas. Unidade de processamento: Também chamada de CPU, é responsavel pelo funcionamento l6gico de todos os circuitos. Nos CLPs modulares a CPU esta em uma placa (ou médulo) separada das demais, podendo-se achar combinagdes de CPU e Fonte de Alimentagio, Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais circuitos estio todos em tinico médulo. As caracteristicas mais comuns sao: - Microprocessadores ou Microcontroladores de 8 ou 16 bits ( INTEL 80xx, MOTOROLA 68x, ZILOG Z80xx, PIC 16xx ); - Enderecamento de meméria de até 1 Mega Byte; - Velocidades de CLOCK variando de 4 a 30 MHZ; - Manipulacao de dados decimais, octais e hexadecimai Bateria: As baterias so usadas nos CLPs para manter o circuito do Relégio em Tempo Real, reter pardmetros ou programas (em memérias do tipo RAM) ,mesmo em caso de corte de energia, guardar configuragdes de equipamentos etc. Normalmente sto utilizadas baterias recarregiveis do tipo Ni-Ca ou Li, Nestes casos, ineorporam se circuitos carregadores, Meméria do programa supervisor: O programa supervisor é responsivel pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Nao pode ser modificado pelo usuario e fica normalmente em memérias do tipo PROM, EPROM, EEPROM. Ele funciona de maneira similar ao Sistema Operacional dos microcomputadores. ff o Pregrama Monitor que permite a transferéneia de programas entre um microcomputador ou Terminal de Programagao e o CLP, gerenciar o estado da bateria do sistema, controlar os diversos opcionais ete. Meméria do usuario: £ a meméria que armazena o programa do usudrio. Esta memoria, reservada ao programa do usuario, contém alguns Kbytes de palavras-livres que serdo processadas pela CPU. A cada ciclo, a CPU processa este programa, atualiza a meméria de dados internos e as imagens das entradas e saidas. Constituida por memérias do tipo RAM, EEPROM ou FLASH-EPROM. Meméria de dados: Ea regido de meméria destinada a armazenar os dados do programa do usuario, Estes dados so valores de temporizadores, valores de contadores, e6digos de erro, senhas de acesso, ete. Sio normalmente partes da meméria RAM do CLP. Sao valores armazenados que serio consultados e ou alterados durante a execugao do programa do usuario, Em alguns CLPs, utiliza-se a bateria para reter os valores desta meméria no caso de uma queda de energia, Meméria imagem das entradas/saidas: Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma modificagdo nas saidas, ela armazena o estado da cada uma das entradas ou saidas em uma regio de meméria denominada Meméria Imagem das Entradas/Saidas. Essa regidio de meméria funciona como uma espéeie de “tabela” onde a CPU id obter informagSes das entradas ou saidas para tomar as decisSes durante o processamento do programa do usuario. Circuitos auxiliares: Sio cireuitos responsiveis para atuar em casos de falha do CLP. Alguns deles so: 10 - POWER ON RESET: desliga todas as saidas assim que o equipamento é ligado, isso evita que possiveis danos venham a acontecer. - POW! R DOWN: monitora a tensdo de alimentagio salvando o conteiido das memérias antes que alguma queda de energia possa acontecer. = WATCH DOG TIMER: 0 “cio de guarda” deve ser acionado em intervalos periddicos, isso evita que o programa entre em “loop” no caso de falha do microprocessador. Médulos de entradas e saidas: Os médulos de entradas ¢ saidas realizam a conexao fisica entre a CPU ¢ 0 mundo extemo através de circuitos de interfaceamento. Os médulos de entrada tém que ser seguros contra destruigio das entradas por excesso ou alimentagdo de tensiio indevida; e devem possuir filtros de supressio para impulsos parasitérios, [Fetards de] __ [ortoacorie-]_sinat Smal be flor rears a cu Sina de —=| entraca, Figura 2.3 - Esquema de um médulo de entrada de um CLP ‘Os médulos de saidas devem ser amplificados e possuir protes2o contra eurto-cireuito, [opt oaco-] Protecsa] Sinai da | plader b= =| curto- b= sinat ae cru amplificador| [circuitol saida Figur deum CLP ~ Eaquema de um méduo de Os médulos de entradas e saidas podem ser subdivididos em dois grupos distintos: digitais (discretos) ¢ analégicos (numéricos). > Como as entradas analégicas sio lidas: A tensio ou corrente de entrada é convertida para um eédigo digital proporcional ao valor analdgico, através de um conversor analégico/digital. ENTRADA, CPU, 2.5 Exemplo de um cireuito de entrada analégica u » Como sao tratadas as saidas analégicas: A interface das saidas analdgicas recebe do processador dads numéricos que sio convertidos em valores proporcionais de corrente ou tensio ¢ aplicados nos dispositivos de campo. [fea] sAiDA

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