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CADERNOS bmn UW aes iF GRITICA DE cS E JACOPONE BATODI Pars baat SN cca sorrento i) uns Peete Eee rotary — Waza TIN J eye een peaehanocot Uco FoscoLo BeSORany GIACOMO LEOPARD! Pema ocean) PasiconV) Tere ry Seunise\ UM nay Mer rse ITALO SVEVO SESE O rae) Nees Ee os ALBERTO MORAVIA ema ‘ ; ES end ules) ; ROBERTO CALASSO nese ag Errcaenreninttg EN ue ane) eeekors a Reet SENT eR 0 } alt por ae - LANG! ‘ANTONIONI eer ee : Buzzati | Gadda | Moravia A retomada do romance POR ADRIANA 1OZZI-KLEIN ‘Na Italia, assim como em toda a Europa, a partir do final da década de 20 até a explosio da Segunda Guerra Mundial, manifesta-se uma geral retomada da narrativa e em especial do romance, agora enriquecido mediante a aplicagzo das técnicas experimentais das vanguardas. O romance, que no inicio do século havia sido critica~ do e rejeitado pelos movimentos de vanguarda como forma de arte superada, inadequada & mutivel percepgao coletiva do mundo moderne, volta a scr usado como instrumento itil para indagar e representar a realidade nos seus miltiplos aspectos. ‘A complexidade da sociedade na época, o definiti-~ vo apagar-se das ideologias do século XIX e a multiplici- dade das solugoes estilisticas 4 disposiga0 dos escritores contribuem para a riqueza da narrativa do perfodo, seja ros temas como nas formas. Passa-se, entdo, da retomada da tradicio do Realismo do século XIX a uma criagio literéria influenciada pelas experiéncias sutrealistas; da autobiografia & perda da centralidade do sujeito narrador e do protagonista; do estilo elevado ao uso da gitia e dos dialetos. No periodo entre guerras, a crise do mundo liberal burgués originada com a Primeira Guerra Mundial se apro- fanda, inclusive em decorréncia dos regimes totalitérios que se afirmam em paises como a Alemanha, Itélia ¢ Rassia, Na Itdlia nascem os partides de massa, tendo como adeptos aqueles que nunca puderam participar do governo, isto é, camponeses, operirios ¢ pequenos comerciantes. Inicia-se ‘uma série de greves nas zonas industriais e de invasGes de terras no Sul, promovidas principalmente por ex-combatentes. O fascis- mo comega a pesar sobre a sociedade e sobre a literatura, ¢ a perda do papel autnomo obriga os escritores a adaptar-se ao sistema ou a isolar- se no puro artificio literirio. E bvio que disso derive uma sensagao de profunda impoténcia e de angtstia, agravada também pela difuséo de concepsdes de mundo do tipo existencialista Entre os anos 30 e 50, percebe-se nos ambientes literirios italia nos um entrecruzar-se de grupos e vertentes, todos interessados nas formas realistas. Ser realista significava contrapor-se aos grupos domi- Entrlivro era taliana 78 Os fascistas eram também conhecidos por “camisas nega por causa do uniforme que usavam, Havia uma idealizagao romantica do fascism, como nesta Imagem de épaca A narrativa contemporanea, apesar de suas linhd divergentes, apresenta pontos de convergéncia ao representar a realidade em seu significado ambiguo e alegérico Dino Buzzati (foto tirada 1958) touxe paraa rosa italiana os paradoxos e as angustas da Jéncia contemporénea NOVECENTOS nantes, cultores da retérica, da énfase expressiva de D’Anaunzio ¢ de Croce e da literatura académica. Paginas da revista liteniria So/aria, fundada em 1926, por Alberto Carocci (1904-72), o desprezo a retérica do regime fascista —que impunha entre outras coisas o fechamento ais inovagbes estrangei- rejeigao a literatura fragmentista c clitista encontra no romance sulo XIX e XX seus principais modelos inspiradores: Dostoiévski, na de todos, Proust, Joyce, Kafka, Gide, Mann e, nao em menor la, 08 escritores americans. No que se refere a literatura italiana em particular, Alessandro Manzoni € cleito ponto de ref usado o romance como meio de representacio critica da realidade e, a0 mestno tempo, de formagao moral ¢ civil dos leitores. ncia por ter Narrativa de oposicéom Partindo do “problema do realismo”,colocado em evidéncia por Selaria e por outras revistas, depreende-se uma vasta gama daquela que pode ser classificada como narrativa de oposicao. Para ajudar o leitor a achar o fio da meada nesse novelo de autores ¢ livros que surgem a partir dessa época, podemos dizer que de Solaria partem duas linhas que direcionam a narrativa italiana contemporinea. Os pontos de convergéncia (¢ algumas vezes de divergéncia) entre essas linhas e autores séo varios, mas a rela¢io mais intrinseca cntre eles se explicita no fato de que a realidade, embora tomada na sua forma mais evidente, remete sempre a um significado ulterior, ambiguo e alegérico. Primeiramente temos, marcada pela pesquisa estilistica e pela elaboragao criativa, uma narrativa que, em sua relagio com a realida- de, tende ao “jogo”, ao grotesco, 20 fantistico e ao surreal. Tal verten te € inaugurada ja em 1911 pelo “buffonesco” Cadice Perela de Aldo Palazzeschi, que em 1934 publica Le sorelle Materassi, um romance em que os esquemas naturalistas so subvertidos de forma bastante iréni- ca, Seguindo este caminho, os autores procuram perscrutar os aspec: s € inquietantes do mundo cotidiano, aqueles alheios a ncia habitual, dando espago, dessa forma, as diferentes facetas da imaginacio ¢ do pensamento. Pertencem ao filo, varias narrativas: a producio “metafisica” de Alberto Savinio (1891-1952), 0 realismo magico de Massimo Bontem- pelli (1878-1960), a narrativa fantéstica de Dino Buzzati (1906-72), © refinamento estilistico de Tommaso Landolfi (1908-1979), a imagi- nagao visiondria de Antonio Delfini (1908-63) ¢ a experimentacio lingiiistica e narrativa de Carlo Emilio Gadda (1893-1973), Entre os autores “fantisticos” mais instigantes — ignorado por anos pela critica, mas hoje cada vez. mais valorizado -, est Dino Buzza- ti, escritor, jornalista ¢ pintor, nascido na provincia de Belluno numa familia de alta burguesia, Dono de um estilo que remete a Kafka, Poe ¢ Gogol, o escritor criou na Italia uma literatura capaz. de representar de forma excepcional os paradoxos e as angistias da consciéncia contem- porinea. Sua linguagem irdnica, intencionalmente simples e comum, aderente a realidade transparente das coisas, colabora para a ctiagio de ‘uma atmosfera enigmatica que leva o leitor a descobrir, por meio de imperceptiveis sinais ocultos sob o véu da normalidade, o mistério da existéncia humana, O deserte des tértaras (1940), seu livro mais famoso, narra a histéria do tenente Giovanni Drogo, que aguarda a vida inteira, em um distante forte perdido no meio das montanhas, o ataque de um inimigo que nunca chega, Nesse lugar desértico, imével e esquecido —verdadeiro espago metafisico ~ 0 correr do tempo cotidiano marca 0 inexorivel e eterno precipitar de todas as coisas em diego ao fim € a0 nada. Aqui, o sentimento da vida revela-se na forma de pesadelo opaco, feito de rotina e angiistia, cuja saida €, paradoxalmente, a chegada do inimigo, tinico evento que poderia justificar uma existéncia desperdi ada no sactificio e na espera, Em Buzzati, a sensagio de mistério ¢ estranhamento que envolve os acontecimentos revela quase sempre a insensatez das coisas ¢ da vida, Desordem do mundo m Também Carlo Emilio Gadda (1893-1973), a seu modo, encontra sua auténtica dimensao literdria quando o desejo de no fugir da realidade e da verdade 0 conduz ao tema fundamental de sua obra: a representagio ¢ a anzlice da desordem do mundo, da sua inexplicavel e universal desarmonia. Nascido em Milio, em uma familia burguesa, Gadda toma-se escritor, jomnalista e colaborador de revistas literdrias apés abandonar uma carreira de 20 anos como engenheiro para dedicar-se exclusivamente a literatura Seu livro mais conhecido, Quer pasticciaccio brutto devia Meru- Jana, é publicado em 1957 ¢ inspira dois anos mais tarde o filme de Pietro Germi, Un maledetto imbroglio, fato que confere a Gadda certa notoriedade de piblico. E dificil dar uma ideia da trama do romance resumindo 0 conte tido de cada um dos dez capitulos que 0 compdem. Aparentemente trata-se de um livro de suspense, mas recurso a essa forma narra~ tiva serve apenas para proporcionar um esquema estrutural a0 texto “enciclopédico”, diversificado no estilo € na linguagem, uma espécie de mescla dialetal feita de intimeras digressdes. Em todo caso, trata~ se de uma histéria ambientada em Roma no ano de 1927, em pleno regime fascista. O delegado Francesco Ingravallo ¢ encarregado de investigar um assalto ocorrido no terceiro andar, do niimero 219 da Rua Merulana, onde mora também o casal Liliana e Remo Balducci, conhecidos do delegado. A investigagio parece surtir bons resultados até que, dois dias depois do assalto, Liliana ¢ encontrada morta em casa. As investigagoes se complicam: apés cada interrogatério, as pistas que poderiam levar 20 culpado, ou culpados, se multiplicam. Das investigagbes e dos inter- rogatdrios surgem elementos que caracterizam a morta, testamentos holégrafos, doacies, apropriagbes indebitas, jdias ¢ dinheiro escondido. E 0 romance acaba sem apresentar nenhuma conclusio definitiva, ntrelivos Lista alana 75 eT (Capa de Casamentos bem anranjados, de Gada, traduzido por Aurora Bernardini {editora Nova Alexandria), Outros livros do ‘autor jd foram publicados no Brasil Na obra de Carlo Emilio Gadda, encontram-se a representa¢ao ¢ a andlise da desordem do mundo, da sua inexplicavel ¢ universal desarmonia “A linguagem de Gadda narra, antes de mais nada, a si mesma, se coloca em cena. O instrumento da narracao se tora 0 objeto da narracao: um labirinto do qual nao se sai Alfonso Berardinelli, em Nao incentive o romance Umberto Eco: com O nom: NOVECENTOS Como bem notou Pier Paolo Pasolini em uma resenha do livro, publicada em 1958 na revista literaria Nuowa antologia, “aquilo que impor- ta no Pastcciaccia €, antes de mais nada e sobretudo, a figura do narrador”. E para comecar, trata-se de um narrador que nio esta nem um pouco interessado em tornar linear ou em concluir a histéria; o que the importa € garantir que ela seja contada integralmente a partir de cada diferente aspecto. Disso resulta uma série de percursos menores, alternativos, de pesquisas ¢ hipéteses analisadas de forma minuciosa e sempre proviséria, muita vezes em dialeto e por meio das falas do delegado. Nio € somente fizendo notar as misturas ling ea forma digressiva do estilo que se reconhece a dimensio inovadora e experi~ mental deste romance. Italo Calvino fila de “romance contemporineo enciclopédico” a propésito de Gadda em suas Seis propostas para o pr mo milénio. Este propOe uma representagio do mundo, nas palavras de Calvino, ‘como uum rolo, uma embrulhada, am aranzel, sem jamais Ihe atenuar a complexidade inextrincavel”. Os interesses enciclopédicos do engenheiro, juntamente com a experiéneia da guerra, se amonto- am sobre as piginas do Pasticeiaecio num quadro que é particularmente grotesco, inquietante e,a0 mesmo tempo, profundamente litico. Postura critica m No periodo que precede a Segunda Guerra Mundial, © retorno & postura realista na narrativa, e a matriz revolucionaria que cla comporta, nfo assume o aspecto de protesto ideolégico e de into~ lerincia contra o regime fascista, mas se tradu estado psicolégico de tédio e angis costumes da époc muitas vezes, em um. ja e em uma fria e cética critica aos amberearecs Best-sellers eruditos [RESPETTADO MEDIEVALISTA ETEORICO da semiética, Umberto Eco tomou-se ‘mundialmente conhecido em 1980 com O nome di rosa, A trama detetivesca do romance gira em tomo de assassinatos em série ocorridos num mosteio medieval esti repleta de citagdes que vio do flésofo Guilherme de Occam a Conan Doyle (ctiador de Sherlock Holmes), passando pelo argentino Jorge Luis Bonges. Precursor de fest-slerseraditos como O perfume, de Patrick Siskind ¢ 0 «édigo Da Vinci de Dan Brown, o modelo narrativo criado por Eco reaparccera em Opendulo de Foucault (sitira de sociedades seeretas que remontam 20s ‘Templitios), itba do dia anterior (aventura de um espiio a servigo do cardeal Mazarino, no sécuilo XVII) ¢ Baudolino (jovem que participa das Cruzadas) Em seu altimo romance, A misteriosa chama da rainba Loana, Evo assume tom mais memorialistico, com a histéria de um livreiro que, apés acidente vascular; tenta recuperar as lembrangas mergulhando em reminiscéncias ‘guardadas em livros de aventura’e hist6rias em quadrinhos de sua infincia. (Manuel da Costa Pinta) Desse modo, encontramos, na outra linha da narrativa de oposi¢io, autores que exprimem a exigén- cia de apresentar, através de solugbes de tipo experi- mental, a imagem de uma crise, de uma civilizagio, de uma classe, a0 mesmo tempo em que constatam a impossibilidade de fazé-lo aczeditando nas totalizantes visdes ideologicas ou nas estruturas narrativas natura~ listas. E 0 caso de Alberto Moravia (1907-1990), que com Os indiferentes (1929) é imediatamente acolhido nos ambientes de Solaria. Moravia foi escritor persistente (autor de mais de 30 livros entre romances € contos), eritico de teatro, de cinema e de literatura, jomalista, ensaista provocador, além de incansavel viajante. Um pouco “chato”, na opinio do amigo Umberto Eco, além de reconhecidamente entediado e mal- humorado, ele sempre foi respeitado pela postura extremamente critica em relagio a si mesmo ¢ a sua classe burguesa Inicia-se como eseritor aos 22 anos, com um livro que na obra de um narrador seria possivel definir como conclusivo, pois concen tra os motivos mais genuinos de sua inspiragiio, dando plena expres- so ao seu mundo. Em Os indiferentes, Leo—um maduro homem de negécios que leva uma vida na qual contam somente (como sempre na burguesia descrita por Moravia) os valores materiais ,entedia-se com a relago que mantém com Mariagrazia, mie de Carla e Michele, que juntos formam uma deca~ dente fumilia burguesa romana. A fim de divertir-se um pouco,ele corteja ajovem Carla, que aceita sem entusiasmo seus assédios. Aquilo que Moravia chama de “indiferenca” é justamente 0 estado de animo determinado pela auséncia de sentimentos profun- dos e generosos que, por si $6, poderiam dar um sentido e uma justi~ ficativa a existéncia humana, Quando faltam esses sentimentos, a vida mostra-se estipida ¢ desvalorizada. O processo psicolégico da indife~ renga ~do qual o romance apresenta toda uma escala, passando pelos virios personagens, ~ manifesta-se de forma absoluta no personagem Michele, perdido sempre num circulo vicioso, que gira em torno da percepgao da depravagao doméstica c do tédio que o impede de rebe- lar-se de forma auténtica. © romance, publicado no momento em que © poder fascista adquiria a sua forma definitiva, deixou um significativo sinal de novida- de no panorama da literatura italiana ao individuar no sexo e no dinhei- 10 08 valores auténticos de uma sociedade masearada em vio por tris de proclamagoes falsas ¢ ret6ricas. Tanto € que, no final da década de 30, Moravia assume uma projesio internacional que o ligatia, a posteriori, a Sartre ¢ aos escritores existencialistas franceses. Talver por isso Moravia seja ainda hoje um dos escritores italianos contemporineos mais conhe cidos fora do seu pai . romance de Alberto Moravia, de 1948 Em Moravia, “indiferenga” ustamente o estado de animo determinado pela auséncia de sentimentos profundos e generosos. Sem esses sentimentos, a vida se mostra estupida e desvalorizada , NOVECENTOS Vittorini | Pavese | Morante | Lampedusa Resisténcia e invencao POR DORIS NATIA CAVALLARI E ADRIANA IOZZI-KLEIN As experiéncias draméticas da guerra e da luta antfascista, que alteram radi- calmente a forma de pensar ea hist6ria,assinalam uma forte cis também no plano da vida cultural italiana ¢ exigem da narrativa novos pasimetros. Entre as décadas de 30 e 40, ¢ depois mais organicamente no pés-guerra, surge a assim definida literatura de Resisténcia, inaugura~ da de forma brilhante por Elio Vittorini e Cesare Pavese, cujo realis- mo simbélico, de influéncia marcadamente americana, contribuiu para renovar os médulos expressivos da narrativa italiana. Na mesma linha, mas em uma perspectiva de cunho mais regionalista, temos autores como Corrado Alvaro (1895 -1956), Ignazio Silone (1900-1978) ¢ Vitalino Brancati (1907-1954) — pertencentes a um filo, por assim dizer, “meridional”, escritores como Vasco Pratolini e Carlo Cassola, representantes de uma ala toscana, Pavese e Vittorini slo os precursores de uma geracio de narrado- res do pés-guerra, para os quais a “renascida liberdade de falar para as pessoas foi, de inicio, vontade incontrolada de contar”, como observard Italo Calvino, em 1964, no preficio & segunda edigio do seu livro de estréia, A trilha dos ninkos de aranha, de 1947. Elio Vittorini (1908-1966), jornalista nascido em Siracusa, tradu~ Cape da edigao bresieia de Didlogos com tor, critico € romancista, publica em 1941 Conversa na Sicilia (1939), itd efor deat com ual pretend chamares homes dasa fet pata laa ‘onde poesia epross se ‘undem de libertacao do mundo ofendido pela violencia e pela imposicio ideo- logica. Nele narra-se o retorno do protagonista, Silvestro, a casa mater- na ¢ aos lugares € lembrangas da infancia, numa viagem em busca de respostas aos “abstratos furores” ¢ ao siléncio que consomem sua alma, Ele volta a Sicilia nativa para redescobrir as mazes do seu ser ¢ do seu sentir, revivendo situagées conhecidas, corais e simbélicas, Cesare Pavese (1908-1950), também cle tradutor, ensaista, romancista, além de poeta, foi o escritor mais amado pela geragao do pés-guerra e criador de uma obra de grande maturidade estilis- tica, capaz de unir a tensio entre o engajamento social e politico e a angiistia existencial. Dentre os muitos escritos de Pavese, pode-se destacar A Lua e as fogueiras, romance escrito em 1949 ¢ publicado em abril de 1950, pelo qual recebeu o prémio Strega. A narrativa em primeira pessoa conta a hist6ria de Anguilla, um érfi0 que apés uma vida paupérrima junto a uma familia de camponeses vai para a América ¢ volta de lé a0s 40 anos, rico € melancélico. Este livro, assim como Conversa na Sictlia, traz um protagonista que percorre ‘mE teleost tana

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