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@ I. Assumir a condi¢ao humana A\ antropoética é mediada pela decisio individual consci ‘ente, ou sea, pela auto-ica, la nao pode ser deduzida da anteopologia, pois, vale repe- tir, nenhum dever pode ser deduzido de um saber, Mas pode ser «selarecido pela antropologia complexae ser assim definid como © modo ético de assumir 0 destino humano. Ou sea assumir a dial6gica egocéntricwalruista do individuo- sujeitofortalecendo a parte subdesenvolvida de altruism e arin: 4do-se a compreensio;, = assumir a indissolubitidade © a superaga sapiens/demens, ou sea, salvaguardat sempre a racionalidade no ardor da paixio, a paixto no coragie da racionalidade, a sabedo ria na loucura ~ assumir uma relagdo dial6gia entre nossa razio € nossos mits, nossa razo e nossas paixdes ~civilizar nossa relagio com as ids mestras, que perma- "necem monstros possessivos,autoritérios, violentos, viver tanto quanto for possfvel de amor e de poesia num ‘mundo prosaico; = reconhecer no outro, ao mesmo tempo, a diferenga ea ‘densidad = manter contra ventos e marés a consciéneia que m mite simultane = pratic (animusianima), ligar em nosso espirito os segredos da infincia (cuiosi- dade, surpresa), os segredos da adoleseéncia (aspracao a outa Vida), os segredos da maturidade (responsabilidade), os segredos da velhice (experiéncia, serenade) ~ viver, pensar, gir conforme a méxima, “o que nlo se re. enera, degenera" saber que no existe pileto automtico em éica, a qual sempre enfrentaré excolhae apostae sempre necesita de uma esata. per- ne a autoertica, a erica e a compreensao; em si a dial6gica dos dois sexos do esp 159 oon Mont umo a0 humanismo planetrio ‘A antropostiea contém o carter tinittio do cireio inti vidvolespécefsociedade e assim nos faz assumiro destine humm ho nas suas ainomias ena sua plenitude. Ergue no nivel ético a consciéncia antropoldg.ca que Feconhece a unidade de tudo o que & humano na sua divers: dade e-a diversidade em tudo 0 que € unidade; dat a missio de salvaguardar por toda parte @ unidade e a diversidade hu- ‘Aantropodtica liga ética do universal ea tia do singular. Desemboca na élica uiversalista que reconhece em todo ser humano a identidade consigo ea diferensa de si, resprtande- ‘tanto na sua diferenga quando na semelhanga, ‘A tia universlista foi esmagada e encoberta peas éticas comunitrias fechadas (abertas apenas, &s vezes, em se tratando {a ética de hospitalidade); emergiu nas grandes religives iniversaistas (cristianismo, islamismo, budismo), mas foi parasitada pela pretensio monopolista de cada uma das egies, Infolerantes com outras religies, crengas e sobretudo descren ‘as, Manifestou-se nas étcas unversalistaslaieas, no imperativo Kantiano, assim como na idéia dos direitos do homem, sob uma forma ainda abstrata ‘A dela de uma ética para a espécie humana era, de fato, abstata enquanto essa espécie no se encontrava concrelamente reunida em conexao e em interdependéncia no desenvowimento daera ‘Nao sio apenas as nagdes eas comunidades, mas também 0s individuos singulaes e parculares que se acham agora liga- dos ao todo planetério e ao universal humano, como indie a bela “Declaragio de Interdependéncia” do Collegium Intemacional Fico, Cienifico, Politico. 'A aventura histérica eantropoldgica da moral € uma aven: ‘ura aleatria, incerta e inacabada da universalizagio do respeito 0 outro eda solidariedade humana. 'Aética universalist, tornada concreta, € antroptia: im pée-se cada vez mais nos desenvolvimentos stuas da er planet Fia que nio apenas colocaram os seres humanos em corr 160 OMera»06 em inferdependéncia, mas, mais ainda, fizram emergir uma ‘comunidade de destino para aespécie humana Se a dtica universaisalaica perdeu a crenga quase provi

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