You are on page 1of 58
CAP. 3 CIRCUITO EM C.A. - ANALISE FASORIAL 3.1 Indutor e Indutancia Genericamente, chamamos de indutor ou bobina a um fio enrolado em forma de hélice sobre um nticleo, o qual pode ser de at, ou ndo. A figura 3.1 mostra a simbologia adotada para indu tores. a ns Nicleo de ar Nécleo de ferro Micleo de ferrite fa) (b) (») Figura 3.1 Quando a chave no circuito da figura 3.2 6 fechada, uma corrente elétrica comeca a circular no circuite (1). Feta | con, rente origina um campo magnético cujas linhas de campo cortam as espiras subsequentes, induzindo nelas uma £.e.m. Esta tenséo in duzida chamamos de fie.m. anto-induzida. De acordo coma lei de Lenz, esta tensdo induzida deverd se opor & causa que a origi nou (variagao de I). Como resultado desta oposicao, temos que 2 corrente no circuito levard um certo tempo para alinyit u seu valor de regime (imposto pelas resisténcias Shmicas do circuito). (a) (b) e = f-e.m induzida Figura 3.2 Se apés a corrente ter atingido o seu valor maximo (2A). abrirmos a chave, a corrente I tenderd a diminuir. A variagao do campo magnético novamente induzird uma f.e.m, de auto-indugao com polaridade tal. que originard nma cor rente I' que tenderd a se opor 4 diminuicgado de I. Desta forma, se a chave foi aberta no instante t= t', ainda haverd corrente por um certo tempo. 32 (a) t = t'= ims (b) e = f.e.m induzida Figura 3.3 Conclusmos que um indutor se opde a uma variagio de cor, rente. Observe a polaridade da f.e.m induzida na figura 3.3. A tensao induzida se soma com a tenséo da fonte, de forma que en tre os terminais da chave aberta,a tensdo sera E +e. Se a f.e.m induzida for suficientemente alta, pode aparecer um arco entre 9s contatos da chave, o que seré perigoso para o operador. Se na figura 3.2b, colocarmos um nticleo de ferro na bobi na (observe que na figura 3.2b 0 simbolo é de indutor com nticleo de ar) e repetirmos a experiéncia, verificaremos que a oposicao oferecida pelo indutor & variagao de corrente sera maior. 0 tem po que levara para que a corrente atinja o seu valor de regime sera maior. (a) (») Figura 3.4 Quando colocamos um niicleo de ferro na bobina, nés alte, ramos a sua indutancia (L), no caso, aumentamos. Toda bobina ou indutor possui uma indutancia. A ipdutén cia sé depende das dimensdes da bobina (numero de espiras, com primentos, diametro do nucleo) e do material de que é feito o ni cleo. A indutancia de uma bobina é uma medida do quanto de eneryia pude ser armazenada em um campo maynécico. A unidade de indutancia é chamada de Henry (i). 3.2 Circuito em C.A com Indutancia Pura Como foi visto anteriormente, como na fignra 2,2h, qnan do aplicamos uma tensao a uma bobina, a corrente levard um certo tempo até atingir o seu valor de regime. Existe pois, uma defa eagom entre a tenedo aplicada e a corrente qua percorra o ind tor. 33 No caso da tensao aplicada ser senoidal. a corrente (tam bém senoidal) estard 90° atrasada em relagao & tensao. Como jd vimos, um indutor oferece uma oposicao a uma va xiaglo de corrente. A medida desta oposiggo 6 dada pela reatan cia indutiva (XL) do circuito. A reatancia indutiva depende da indutancia do indutor © da frequéncia da corrente, sendo doda pelo férmular Xp s w- b= 20.£.L (a2) unde L - indutncie da bobine em Henry f£ = frequéncia da c.a em Hz XL, = reaténcia da bobina em 0 ent Ls yg XY valor eficaz de vg. I = valor eficaz fa) (b) dei Figura 3.5 te) A primeira Lei de OHM é vélida em um circuito C.A. Neste caso,.a resisténcia e1étrica é supstitufda peia reaténcia indy tiva! a we NG, a3) xL Em um circuito puramente indutivo (sem resisténcias), no nd dissipag’o de energia. Na figura 3.6, est representado 0 gréfico da poténcia instantanea em funcdo do tempo. Voiee P(t) = v(t) . i(t) p(t) = poténcia instantanea Figura 3.6 Durante 0 primeiro quarto de ciclo, 0 circuito absorve energia, a qual é usada para aumentar a energia do campo magné 34 tico (a poténcia é positiva, e a energia é representada pela drea entre a curva pe oeixo t). No segundo quarto de ciclo, a corrente diminui. A f.e.m de auto-indugao tenderd a se opor a essa diminuigao. A bobina comporta-se como um gerador, devolvendo a ener gia (que estava armazenada no campo magnético) ao circuito (ago ra 9 poténcia é negativa) . A sequéncia se repete no segundo meio ciclo. Desta for ma, a poténcia é continuamente trocada entre o campo magnético e 0 Circuito, nao havendo perdas. A mesma concluséo pode ser obtida a partir da formul: D = Ver . IEF . cos¢ aay VEF = tensao eficaz do circuito IEF = corrente eficaz do circuito P= poténcia real ou poténcia ativa 4 = Angulo de defasagem entre tensdo e corrente No caso $= 90° » P= VEF.Ipp . 0-0 Exercicios Resolvidos 1 - Uma bobina tem 0,1H de indutancia, sendo ligada a uma tensdo de 110V, 60Hz. Determina a) reatancia da bobina b) valor eticaz da Corrente no circuito ¢) desenhar os gréficos de v e i soluga a) Xp = 2u.£.L = 2 x 3,14 x 60 x 0,1 = 37,79 ver _ 110v b) Ier 2,98 XL 37,79 ©) Vm = Ver x2) = 155,5V Im = Ter .V2'= 4,14 voi 9 2 - Bm que frequéncia, uma bobina de indutancia 20mH te. ré reatancia de 1009? Solugéo: L ~ 20u - 20 x 10-"H Xr, = 1009 35 x XL 2mf.b ou f= Sh = 100 ___ « a9 6nz 25. ” 6, 28x20x10~° 3 - Em um circuito alimentado com 110v/60Hz, quer-se que a_corrente seja limitada a 100mA. Qual deve ser o valor da indu tancia a que deve se colocar neste circuito? Solug&o: In = 100mA TnzIQ0mA wwov is k ter = Jg.- 200RR «70,7 max = YEE = OV 2 1,550 logo 1,55 = 6,26. 60. L L = 455. 0,00414 = 4,1m4 6,28 x 60 3.3 Circuito RL Série Circuitos na prética possuem ambos resisténcia e indutan cia, isto signirica que a corrente ao percorrer tal circuito en contraré dois tipos de oposigdo: a oferecida pela resisténcia e @ oposigao da f.e.m de auto-indugdo (reatancia indutiva) . Ainda mais, em um circuito contendo resisténcia ¢ indu téncia, a corrente continua atrasada em relacdo @ tensao, sé que de um Angulo menor que 90° (ndo se esqueca que a resisténcia ten de a colocar VG e I em fase, enquanto a indutancia tende a defa sé-las de 90°). No circuito da figura 3.7, a resistancia R representa todas as resisténcias ao longo do caminho da corrente (inclusive @ resisténcia ohmica do fio da bobina). VRaTR ON fa) (b) Figura 3.7 Na figura 3.7b, diagrama facorial, observe ¢ otreso de 90° da corrente no indutor (que é a mesma na resisténcia) em relagdo a tensdo (vp). Como a corrente na resisténcia esté em fa be com a tenodo VR, as duas say representadas uu mes _eixo. Observe na figura 3.7b, que a obtencdo da tensdo do gera dor é por soma vetorial. 36 Do triangulo retangulo tiramos: Vc? = vr? + Vi? as) 7 vo =\[VR* + VL 45 ou VG R L Figura 3.8 Ve, Me Na relag3o (15), dividindo ampos os membros por 1* Yo? Ye? M2 gy ve)? _ (va)? , (Yu)? “ea Tt) T z onde: R = resisténcia énmica do circuito = Xn = reat@ncia indutiva da bobina “le “hs Z = impedincia do circuito A_impedancia 6 0 efeito combinado de uma resisténcia com uma indutancia. Desta forma, podemos escrever: 2? = RF + Ry? ae) ou Zz aR + xy? 0 mesma resultada seria ohtian ce tivdssemns dividide ca da lado do triangulo por 1. Kh KR AP : ZA : TR R : va (a) (>) (ce) Figura 3.9 © anguio de defasagem entre Ve I, % pode ser calcu lado po: - YL. XL © at he ar ou cos ~ 2 (1e) # Zz 1 ~ Determine a tenslo que deve ser aplicada a uma bobi na, a fim de produzir uma corrente de SA, s¢ @ resiaténcia da bobina é 6 © @ sua reat@ncia indutiva é 8%. Qual o valor da in dutancia se a frequéncia é 60Hz? Qual a impedancia do circuito? 37 Solugao some 3A, cular: Solugao 5A Vag ERS x 5 = 30V V=Xp.I=8.5 BES vy typ Y30 + 402! =\fsccr1800° 3/2500 XE = 20.£.L 8+6,28.60.b + Le z VR? + xp?! = Ve? + 8? 8 376,8 \36 + 64 0,021H ou L = 21mH \/100" = 102 ve50V lz=100. 2 - Uma bobina quando ligada a uma fonte c.c de 12V. con e consome 4A quando ligada a uma fonte de 20V/60Hz. Cal a) resisténcia da bobina b) reatancia indutiva e indutancia ©) impedancia do circuito d) Angulo de defasagem entre V e I e) poténcia dissipada no circuito £) desenhe o diagrams fesorial a) Quando a bobina é ligada a uma fonte c.c sé existe o efeito de resisténcia (a reaténcia é nula). Rg rev 3A aio a “J ae = a av R= WU sae 3A b) Quando a bobina 6 ligada a uma fonte C.A além da _resistén cia, a fonte C.A "ve" soma-se 0 efeito da reatancia, isto uma impedancia. 38 = 20 OV = cone = cote Zz z-VR? + x?" ou xy? = 2? - RP xy V2? = 52-47 =\/25- 16 =o = 30 XL = 8m Lo oN be iene c) 34 calculado 2 4) Da figura 3.9¢ R 4 cos = BR. - 4 - 0,8 3 be fey 5 at - @ = arc cos 0,8 © 37° ©) A poténeia diseipada no circuito é a poténcia diccipada na resisténcia, sendo chamada de poténcia real. P = Ver . IEF . cos¢ = 20.4.cos37° = 20.4.0,8 = 64W Evidentemente, no precisamos decorar a férmula acima para calcular a poténcia dissipada em R, bastaria usar uma das formulas. 2 v2 Peri; pe ou P=Vv.r onde V e I sao a tensdo e corrente na resisténcia. logo P= R.T? = 4(4)? = 64W VR = R.I= 4.4 = 16v Po=V.r=16.4 = 640 £) © diagrama fasorial é 0 diagrama da figura 3.8 VR = 16V VW= Xp. 1=3. 4 = 12 20v 4 = 37° Vulev. 39 As expressdes matemsticas da tensdo e corrente no cir cuito sao v= 20/2". sen (wt + 37°) (Vv) 4 A/2". sen (ut) (a) opserve que poderiam ser tampém v= 20 2". sen (wt) (Vv) i= 4 of2. sen (ut - 37°) (a) 3.4 Fator de Poténcia Se na figura 3.8, multiplicarmos os lades do triangulo por I, obteremos um triéngulo cujos lados representa poténcia. y Mi => MIL it VR Vat (a) () Figura 3.10 ; A base do triangulo é @ poténcia real, P, ou poténcia a tiva. P= Vr.I = V.T.cos¢ sendo P dado em watts (W) A hipotenusa do triangulo é chamada de poténcia aparen te, Pap Pap= Vi. as) sendo Pay dado em volt-ampere (V.A) P A altura do triangulo é a poténcia reativa, Pr. No caso, poténcia reativa indutiva, Pri- Pri = Vi. T=V.I. seng (20) Py € dado em volt-ampere, porém no simbolo colocamos um indice, indicando que a poténcia é reativa (V.Ar). . DO tridngulo de poténcia tiramos a relacao entre as trés poténcias Pap? = P2 + Py? (2a) (apa ou Pap P? + Py A relag3o entre a poténcia real (P) e a poténcia aparen te (Pap) € chamada de fator de poténcia (F.P). No caso mais geral. a poténcia real é menor que a potAncia aparente, desta forma, o fator de poténcia é menos que a unidade. 40 Do triangulo de poténcia tiramos que: gb = cost (22) @ + (£4) Pap por isso as vezes, simplesmente chamamos o fator de poténcia cosseno fi". de Exercicios Resolvidos 1 - Com relagdo ao circuito pede-se: a) leitura dos aparelhos b) poténcia reel entregue av circuito c) poténcia aparente e reativa 4) fator de poténcia e) faca o diagrama fasorial do circuito lov GOH Solugao: a) A impedncia do circuito serd —_—— 2 -\fGer + Gan" -\aze + 276" -\fo00" ~ 200 ov ©) 27300, ar = 4A corrente no amper{metro A Vv, = VR = 18. 4 = 72V Vz = Vp = 24. 4 = 96v v) P= VR. I= 72.4 = 2880 c) Pr = Vi.I = 96.4 = 384 V-Ari obs.: r + reativa a» andutava 230.400" aa)? + (288)? 41 Desta forma, de toda a poténcia entregue pelo gerador C.A & carga, somente uma parte é realmente consumida (288W). A outra parte (reativa) nao é usada para realizar trabalho util, sendo constantemente trocada entre gerador e carga. Um wattémetro (aparelho que mede poténcia) conectado no circuito mediria 288W. Risso fndo, tiramos uma conclusie importantiesima: Se aumentarmos a poténcia reativa, sem aumento da poténcia real, es taremos aumentando a poténcia aparente (o que aumenta I) sem conseguir onergia trancformeda adicional. Observe que aumentar Pap sem aumentar P, implica numa di minuig3o do cos$. A concessiondria de forca e luz controle ° cos} ‘du usudriv, © para Lanto estipula que o minimo valor para cos# 6 0,85. Por isso é importante que o usudrio controle o F.P de sua instalagao, principalmente quando houver variagdo da car ga (entrada de motores, eletroims ou outros elementos — induti vos). Quando o F.P cair abaixo de 0,8, é possivel fazer a cor regio introduzindo-se capacitores (capitulo 3.12). = =P. 288 L a) FP = cosy = SE = 388 = 0.6 53° e) § = arc cos0,6 VUs96V 2 - Um gerador de 120V entrega a uma carga uma poténcia aparente de 24KVA. Reterminar a carrente conaimian nen magnin tes caso: a) cos¢ b) cose = c) cos¢ = 1 0,8 °. Solugao: a) A corrente consumida pela carga serd: 1 = Pap _ 24000 v = "igo = 2008 No casu_du cus y- 1 > = 0%, o Circuito é puramente resistivo (tensdo e corrente em fase). A poténcia real consumida é: P = V.I.cos¢ = 120 x 200 x 1 = 24000W ndo existe poléucia realiva. b) cosy = 0,8, neste caso, a poténcia real ser P = 120 x 200 x 0,8 = 19200W 42 Agora, 0 gerador fornece menos poténcia wtil, embora a corrente consumida seja a mesma 200A. Se quisermos obter 4 mes. ma poténcia real do item a, porém com cos} = 0,8, deveremos au mentar a corrente. ¢) cost = 0,5 P= 120 x 2UU x U,5 12000 Se quisermos obter a mesma poténcia real do item a, com F.P = 0,5, a corrente deveria ser 400A. A instalagao deve ‘entao ser redimensionada. Por isso é importante manter o F.P o mais préximo possivel de 1. 3 - A poténcia consumida (poténcia real) de uma instala go é 1KW, Se a tensdo é 220V, calcule a poténcia aparentee a Corrente consumida se: a) F.P = 0,9 b) F.P = 0,6 solugao: a) Com F.P 0,9 P= vxIxcos# + 1 = —1000__ _ 5,95, 220 x 0,9 b) Com F.P 0,6 y = —1000 220 x 0,6 7,58 Desta forma, com a mesma poténcia consumida, mais cor rente é solicitada pela carga. & por esta razdo que a tarira paga pelo consumy em CoA, leva em conta tanto a poténcia real como a poténcia reativa, e as respectivas energias podem ser calculadas pelas equacdes: t= PR. t (KWA) (23) w= Pret (KVArh) (2a) Exercicios Propostos 1 - Com xelagao ao circuito pede-se calcular: a) impedancia b) tensao do gerador c) F.P do circuito d) désenhar diagrama tasoriat e) poténcia real e poténcia aparente f£) desenhar o diagrama (triangulo) de poténcia do cir cuito 43 2 - Um motor C.A, que pode ser representado por uma re sisténcia em série com uma indutancia, 6 ligado em 220V, consy mindo uma corrente de 10A. 0 F.P 6 0,9, determinar: a) poténcia aparente ») poténcia real c) poténcia reative 3 - No circuito, calcular: a) impedancia e corrente b) frequéncia do gerador c) F.P do circuito Re100n. 4 - Quando uma bobina é ligada a uma fonte C.c de 50V, conseme uma corrente de 2,5A. Quando a mesma bobina é — conecta da a uma fonte C.A de 110V/60Hz, consome uma corrente de 4,4A. Calcular: a) impedncio b) resisténcia e reatancia indutiva da bobina ¢) F.P de bobina e indutancia 5 - A corrente, tensdo e F.P em uma instalagaéo séo 10a, 220V e 0,8 respectivamente. Calcular: a) poténcia aparente b) poténcia real c) poténcia reativa a) resisténcia e reatancia indutiva 6 - Calcule a corrente consumida por um motor monofaési co, sabendo-se que a poténcia real é ZKW, a tensdo 6 110V e o F.P é 0,8. 7 - Um gerador de 5V/1KHz é ligado_a um circuito RL sé rie. A corrente no circuito é lmA e a tensao no indutor é 3v. Detérminar: a) indutaéncia do indutor b) tensao do resistor c) impedancia 4) fator de poténcia ©) diagramas de tensac e poténcia 44 3.5 Circuito RL Paralelo Figura 3.11 Na figura 3.11, temos que VR = Vi = Vc, o diagrama fa sorial correspondente é Figura 3.12 No diagrama da figura 3.12, veja que a_corrente no indy tor In, ects atracada de 90° om relagSo 8 tenado, VL. Ao contrd rio do circuito RL série, neste desenhamos o diagrama de corren te (obs.: A fase de \é escolhida arbitrariamente) . Figura 3.13 Do triangulo de correntes tiramos I? = rR? + IL? (25) ou r =\VIn? + ty? Se dividirmos, na figura 3.13, os lados do trigngulo por VG, obteremos o triangulo de admitancias. 2 a Z ? Ty = VW tp Za 7 ° I Ve (a) (v) fe) Figura 3.14 45 Da figura 3.14c tiramos: (2) GY > Be ae R \z dai tiramos: Zz (26) © Angulo de defasagem entre Wwe I pode ser calculado por: & Ro. cos¢ = R (27) z & R ou tgp - SE = BR 28 s¢- XD (2a) R Exercicios Resolvidos 1 - No circuito, determinar: a) impedancia b) correntes I, IR e IL c) poténcia aparente. poténcia real @ potancia reativa d) fator de poténcia do circuito e) desenhar o diagrama fasorial 1 Tt i te ' ‘ae ow) R60 X60 Solugdo: oD): Be SR et a BOs yd = 480 a/R? + RE; BO? + 60? 10000 b) I I 120V 2 2,5A abe aaa 120 (+) Z48n rR" R 80g Aaa 46 ©) Pap = VG - 1 = 120. 2,5 = 300 V.A P= VR. Ip = 120. 1,5 = 180W Pr = VL. IL = 120 . 2 = 240 V.Ari 4) F.P = cosp = 2 - Calcule a tensao aplicada em um circuito RL parale lo que consome uma corrente de 10mA, sendo R = 1,2K0 e Xp =1,6K. Solugao: I210mA, a LIKE ve © z 1.2. 16 will 92 Voar+ Ger Va VG = Z . I = 0,96KQ x 10ma = 9,6V z= 0,96K 3 - Um gerador de 5V/1KHz é ligado a um circuito RL pa ralelo. Sabendo-se que a corrente consumida ¢ SmA e a corrente na resisténcia 6 4mA, pede-se determinar: a) corrente no indutor b) valor da indutancia ¢) impedancia no circuito Q) duyulu de defasayew entre Lens’ © corrente (P.P) Solugao: a) ov ikea, a7 Podemos determinar 11, como auxilio do diagrama fasori al ou usando diretamente a equago (23). T? = Ip? + Ip? + Ty =\t? - tp?) = V5? - 4?! = ama b) Como Ty = 3mA 4, Xp = YL = SV = 1, 66Kxa Th Sma eX, = 6,28.f.L +L 1.66 10° _ - 9,053H 6,28. 5. 109 cos ¢= 78 = AA = 0,8=p ¢ = 37° Exercicios Propostos 1 - No circuito, determinar: a) impedancia b) corrente no indutor e no resistor ¢) valor da indutancia a) fator de poténcia ) expressdo matemética da corrente no circuito (i), no indutor (it) e no resister (in) ov [] Sx. R = 3009 cone 3 XL = 4008 2 - Dado 0 circuito, pede-se: 3608, 200A, v 5 © L=s0qun (skis) 48 a) valor da tensa do gerador (vg) b) valor de IR e valor de R ¢) poténcia aparente e real d) fator de poténcia 3 = Em um circuito Ry paralelo, a defasagem entre tens3o ¢ corrente é 60°. Sabendo-se que a tensdo aplicada 6 10V e que a corrente consumida é 100mA, determinar o valor da resisténcia e da indutancia se f = 1000Hz. 3.6 Capacitor - Capacitancia Um capacitor é um dispositivo que consiste de duas pla cas condutoras (chamadas de armaduras), separadas por um mate. rial isolante (dielétrico). Um capacitor serve para armazenar cargas. A capacidade que tem um capacitor para armazenar cargas depende da sua capacitancia (C). A capacitancia por sua vez, de pende da drea das placas, da espessura do dielétrico e do mate rial de que é feito o dielétrico. capacitor TERMINAL, PLANO ARMADURAS tes \ rs Z| o1eceraico TERMINAL — 3) Fa (a) Figura 3.15 No caso de um capacitor de placas planas e paralelas, a sua capacitancia seré dada por: (29) constante dielétrica S = drea de uma das placas (sdo iguais) em m? @ = espessura do dielétrico em m A capacitancia C seré dada em Farads (F). Quando ligamos um capacitor a um gerador, o capacitor ad quire uma carga Q. 49 Figura 3.16 A placa superiar fica com nma carga Q (falta de eld trons), enquanto a placa inferior ficard com uma carga -Q (exces so de elétrons). © mimerg de elétrons, om excecco em uma placa, 6 igual ao numero de elétrons faltantes na outra placa. A relagao entre capacitancia, carga adquirida é tensdo aplicada é dada pela fdrmul (30) a-u.c . A carga_adquirida é diretamente proporcional & capaci tancia e a tensdo aplicada. Por exemplo se C = 1)F = 10°F e U=1V acarga do capacitor serd ai Q= 1.1076 = 1c Quando ligamos um capacitor a uma fonte de tensio atra vés de uma resisténcia R, a tensdo no capacitor levard um certo tempo até atingir 0 valor da tensdo da fonte. R 10 R fa) (b) ‘YRS feo (ce) (a) Figura 3.17 Considerando o capacitor inicialmente descarregado. No instante em que a chave é fechada (t = 0), toda a tensdo da fon 50 te estd aplicada na resisténcia. t= 0 * VR (t=0) + Ve (t=0) = E (28 Lei de Kirchhoff) como Vc (t=0) = 0 (capacitor inicialmente descarregado) Vp (t-0) = E logo 1 No existe uma corrente passando através do capacitor, e sim uma movimentagdo de cargas de uma placa para a outra atra vés do circuito. No caso, vamos ter um deslocamento de cargas positivas, indo da placa inferior para a placa superior (na rea lidade elétrons deslocando-se) . Com a chegada de cargas no capacitor, aumenta a sua ten so e consequentemente diminui a tensdo na resisténcia. Depois de algum tempo, a tensdo no capacitor serd igual & tensdo da fonte. © comportamento dindmico das tensées no circuito e da corrente, pode ser melhor entendido através dos grdficos. (a) Figura 3.18 Qbserve uu yrdfivy da figura 3.16p, que a soma VctVR =, isto é, 4 medida que VR diminui, Ve cresce na mesma proporgao. Uma medida da velocidade de crescimento da tensao no capacitor nos é dada pela constante de tempo do circuito (1), de finida como sendo: + = RC ap Fisicamente, a constante de tempo significa que passando um tempo igual a uma constante de tempo, a tensdo no capacitor atingiu 63% da tensao da fonte. Da figura 3.10 podemos também verificar que existe uma defasagem entre a tensan no capacitor o a corrente (quando é maxima a outra é minima e vice-versa). A expresso que relaciona a tensdo no capacitor como tempo é dado por: é at velt) = EB - Be = B(1 - ake) (32) A expresséo da tensdo no resistor 6 dada por: vr (t) = E . eRC (33) 51 Estas expressdes séo chamadas de exponenciais, e a sua representagao grafica é dada na figura 3.18b. Na expressao (32), consideremos o tempo dado em cons tantes de tempo e calculemos a tensdo em fungao de E. t © | 0,5 RC RC 2RC 4RC SRC 10RC Vclt) | © | 0,393E | 0,632E | 0,865 | 0,981.E|0,993E | = 1.E colocando num grafico, result: \E \ 09€ ose }—} ore al ossef O.6E 0.5E O4e Ct OIE ) oos i @ 3 @ 8 6 Figura 3.19 Do gréfico anterior foi concluido que podemos considerar © capacitor totalmente carregado do ponto de vista prético, pas sado um tempo igual a t = 4t (Vo = 0,98E). 3.7 Circuito C.A com Capaciténcia Pura Caso a tensa aplicada no capacitor seja senoidal, a cor rente no circuito também serd senoidal e defasada de 90° em rela géo 8 tensdo. No caso, a tensdo estaré 90° atrasada em relacao 5 corrente. Voltamos a insistir que ndo hd passagem de corrente (car gas) pelo capacitor, mas estas circulam pelo circuito, de forma que um amperimetro ¢.A colocado no circuito indicara uma cor, rente. 52 semiciclo positivo semiciclo negativo Figura 490 Um capacitor em um circuito C.A_oferece uma oposigao passagem da corrente, sendo esta oposicao medida pela reatancia do capacitor (Xe). A reatancia do capacitor depende da capacitancia (C) e da frequéncia do gerador, sendo dade por: 1 Xe = (34) ¢ * On. £.e sendo C em Farads (F) £ em Hertz (nz) Xe em Ohms (a) ™ (a) (vo) el \* 90° ve (c) Diagrama Fasorial Figura 9.22 A primeira lei de OHM para este caso é v Xe T= 53 V = tensio eficaz I = corrente eficaz ._. Bm um circuito puramente capacitivo, nao hd consumo de poténcia. A poténcia real é dada pela fdrmula: ¥ vi. . cose ¢ = Angulo formado entre tens3o e corrente, no caso $= 90° * cos 80° = 0, portanto P = 0. Este mesmo resultado pode ser mostrado graficamente. p= ¥.i p= poténcia instanténea - v tensdo instantanea i = corrente instantaénea Figura 3.22 Durante o primeiro quertu de ciclu, vu capacitor armaze, na energia elétrica nas suas armaduras. No segundo quarto do ci clo, o capacitor devolve a energia ao circuito. Exercicios Resolvidos . 1 - Calcular a reaténcia de um capacitor de 5vF nas fre quéncias de 60Hz e 400H2. Solugio: ol x €= 60H2 xo = Ls eo 7 20. £20 6,28.60.5.10> f= 400H2 Xe = iE = 800 6,28.400.5.10~ € 2 - Um capacitor de 5\yF é ligado a uma tensio de 110V/ oz. Yual a intensidade da corrente no circuito? Solugao: x 8 re SY -LWL o . oo Xe 5302 3 - Bm que frequéncia um capacitor de 100nF apresenta uma reatancia de 1009? 54 Solugao: Xo = —L—— = 100 + f= ue 6,28.£.C 6,28.100.100.10- 9 £ = 15.923H2 3.8 Circuito RC Série Nu circuitu dg figura 3.234, a tensdo aplicada vg é a soma vetorial da tensao no resistor Vg, a qual estd em fase com a corrente, com a tensdo no capacitor Vc- ve FS. : one ve ©) w® z (a) () Figura 3.23 © diagrama fasorial correspondente 6: (a) (b) Figura 3.24 Ae oxpressées matomsticac eSo: = Vmc + senut i = Ip.sen(ut + 90) YR = VmR - sen (ut + 90) vg = Vm + sen (ut + 90-9 55

You might also like