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Artigo original – Original article

Padrão do ciclo sono-vigília e sonolência excessiva


diurna em estudantes de medicina
Sleep-wake cycle pattern and excessive daytime sleepiness in medical
students
Guilherme José da Nóbrega Danda, George Rocha Ferreira, Márcia Azenha,
Karla Façanha Rocha de Souza e Othon Bastos

Resumo Abstract
Objetivo: Realizou-se um estudo transversal com o objetivo de caracterizar Objective: A cross-sectionnal study was carried out with the aim
o ciclo sono-vigília e a prevalência de sonolência diurna excessiva (SDE) of determining the sleep-wake cycle and the prevalence of EDS in
em estudantes de medicina. Métodos: Aplicou-se um questionário com medical students. Methods: A questionnaire was used to characterize
a finalidade de caracterizar a qualidade subjetiva do sono e seu padrão the subjective sleep quality and its standards during the week
durante a semana e os fins de semana, bem como a obediência às and during weekends as well as the adherence to sleep hygienic
medidas de higiene do sono e o período de maior rendimento intelectual measures and the highest period of intellectual performance. Epworth
subjetivo. Para se diagnosticar a SDE, utilizou-se a escala de sonolência sleepiness scale (ESS) was used for the diagnosis of EDS. Results:
de Epworth (ESE). Resultados: Participaram da pesquisa 410 estudantes Four hundred and ten medical students were included (192 women
(192 mulheres e 218 homens; média de idade de 21,73 ± 2,33 anos). O and 218 men; mean age = 21.73 ± 2.33 years). The mean score
escore médio obtido com a ESE foi de 9,26 ± 3,41. Encontrou-se SDE obtained with the ESS was 9.26 ± 3.41. EDS was diagnosed in
em 39,26% dos alunos (n = 161). Os universitários apresentaram uma 39.26 % of the students (n = 161). The students had an average of
média de horas de sono nos dias de semana de 6,78 ± 0,93 horas e nos 6.78 ± 0.93 hours of sleep in the days of week and 8.3 ± 1.36 hours
fins de semana de 8,3 ± 1,36 horas (p < 0,05). Hábitos inadequados de in the weekends. Inadequate sleep hygienic habits were observed
sono foram mencionados por 406 estudantes (99,02%). Conclusão: in 406 students (99.02%). Conclusions: The sleep-wake cycle in
O ciclo sono-vigília da população estudada foi irregular, com aumento the sample was considered irregular, with a statistically significant
estatisticamente significativo das horas de sono nos fins de semana, em increase of sleep hours in weekends compared with those during the
comparação com os dias da semana, refletindo uma privação do sono nos week, thus suggesting a sleep deprivation during the week. The high
dias de semana. A alta prevalência de SDE no grupo estudado sugere a prevalence of EDS observed in this group asks for the implementation
necessidade de implementação de programas preventivos que orientem of preventive programs to orientate the students about the importance
os alunos sobre a importância da regularidade do sono e das medidas of regular sleep and sleep hygienic measures.
de higiene do sono. Key words: medical students, sleep-wake cycle, excessive daytime
Palavras-chave: estudantes de medicina, ciclo sono-vigília, sonolência sleepiness.
diurna excessiva.

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (Ferreira GR, Azenha M, Souza KFR)
Recebido Departamento de Neuropsiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco (Danda GJN, Bastos, O)
25-01-05
Aprovado
02-06-05

Correspondência para: Guilherme José da Nóbrega Danda


Rua Faustino Porto, 265/203 – 51020-270 – Boa Viagem – Recife-PE
Tel.: (81) 3326-5469 – e-mail: guilhermedanda@yahoo.com.br
Ciclo sono-vigília em estudantes de medicina

Introdução durante a semana e nos fins de semana, obediência a medidas


de higiene do sono, qualidade subjetiva do sono e períodos de
O ciclo sono-vigília, um dos vários ritmos biológicos pre- maior rendimento intelectual subjetivo dos universitários. Para a
sentes em seres humanos, é produzido pela ação em conjunto de avaliação da sonolência diurna excessiva (SDE), utilizou-se a es-
diversas estruturas do sistema nervoso, sendo influenciado por vá- cala de sonolência de Epworth (ESE), publicada por W. Johns e já
rios fatores endógenos e ambientais. Entre eles, os fatores sociais, testada e validada para língua portuguesa. O referido questionário
como horários de trabalho, lazer e outras atividades, parecem ser foi submetido a um pré-teste antes da sua utilização, e todos os
os mais importantes. É nítido o interesse que sempre o sono e seus dados coletados foram mantidos em sigilo.
distúrbios despertaram ao longo da história da humanidade, desde Elaborou-se, em seguida, um banco de dados e a análise
a mitologia. No entanto, apenas, recentemente muitos dos seus foi feita com o software Statistical Package for the Social Sciences
aspectos estão sendo esclarecidos. Reconhece-se, nos dias atuais, (versão 10). Obtiveram-se as freqüências simples das variáveis
a importância do sono como agente restaurador e homeostásico, selecionadas e realizou-se análise bivariada, estudando-se as
com nítida influência sobre o estado vígil do indivíduo. Sabe-se diferenças entre as proporções através dos testes qui-quadrado de
que os transtornos do sono trazem consigo diversas repercussões Pearson e t de student. Consideraram-se valores estatisticamente
para os seres humanos, provocando perda da qualidade de vida, significativos quando p < 0,05.
disfunção autonômica, diminuição da performance profissional ou
acadêmica, aumento na incidência de transtornos psiquiátricos Resultados
e diminuição da vigilância, com prejuízos na segurança pessoal
e conseqüente aumento de acidentes. As pessoas que dormem Participaram da pesquisa 410 universitários, dos quais 192
mal tendem a ter mais morbidades, menor expectativa de vida e (46,9%) eram do sexo feminino e 218 (53,1%), do masculino. A idade
envelhecimento precoce. média encontrada foi de 21,73 ± 2,33 anos (mediana = 22). Durante
Na sociedade moderna, os distúrbios do sono, especial- os dias de semana, a hora média de início do sono foi às 23h32min
mente a insônia e a sonolência diurna excessiva, são queixas co- ± 00:58, e a de despertar, às 6h25min ± 00:36, com média de 6,87
muns na população em geral. Estima-se que os diversos distúrbios horas ± 0,93 de sono ao dia. Já nos fins de semana, a hora média de
do sono afetam até um terço da população adulta, existindo, no início do sono foi às 01h07min ± 01:41, e a de despertar, às 9h29min
Brasil, pelo menos 10 a 20 milhões de pessoas com problemas ± 01:42, com média diária de sono de 8,3 horas ± 1,36. Esse
intermitentes relacionados ao sono. aumento das horas de sono nos fins de semana mostrou-se esta-
Além de enfrentar uma carga curricular em horário integral, tisticamente significativo (p < 0,05). Em relação à quantidade de
os estudantes de medicina, em busca de uma boa qualificação horas de sono necessárias para que os estudantes se sentissem
profissional, complementam o curso em atividades extracurricula- completamente dispostos ao longo do dia, a média encontrada
res como plantões, pesquisas e monitorias. Assim, submetem-se foi de 8,16 horas ± 1,2 (mediana = 8). Das práticas de atividades
a forte pressão e estresse, não somente pela exigência de alto prejudiciais ao sono investigadas, a de maior ocorrência foi a es-
rendimento acadêmico e pelo tempo demandado em estudos, timulação noturna antes de dormir (n = 351, 85,61%) (Tabela 1).
mas também por enfrentar diariamente a enfermidade e a morte. Hábitos ruins de sono foram identificados em 406 estudantes
(99,02%).
Os trabalhos existentes na literatura médica demonstram padrão
irregular do ciclo sono-vigília e alta prevalência dos distúrbios do
sono nessa população. Tabela 1. Distribuição dos estudantes de
Assim, diante da importância do tema e da escassez de medicina segundo hábitos inadequados
pesquisas locais sobre o assunto, o presente trabalho propôs-se a uma boa higiene do sono
estudar o ciclo sono-vigília e a prevalência de sonolência diurna
Freqüência
excessiva em estudantes de medicina da Universidade Federal Hábitos nocivos ao sono
de Pernambuco (UFPE). n %
Horários variáveis de deitar e levantar 224 54,63
Métodos Cochilos diurnos 205 50
Realizou-se um estudo do tipo transversal com os estu- Exercícios físicos perto da hora de deitar 64 15,6
dantes do curso médico (primeiro ao décimo período) da UFPE
que aceitaram participar da pesquisa. Todos os procedimentos Estimulação noturna (assistir à TV, escutar 351 85,61
rádio) antes de dormir
realizados seguiram as exigências da portaria 196/96 da Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa, com a aprovação do Comitê de Uso freqüente da cama para atividades 253 61,7
Ética em Pesquisas Envolvendo Seres Humanos da Universidade relacionadas ao estudo
Federal de Pernambuco. Todos os participantes preencheram o Grandes refeições perto da hora de dormir 252 61,46
termo de consentimento livre esclarecido.
Foram coletadas informações sobre os hábitos normais Consumo de bebidas cafeinadas antes de 175 42,68
e patológicos do ciclo sono-vigília dos estudantes de medicina, dormir
através da aplicação de um questionário preestabelecido, que Total 410 100
identificou: sexo, idade, período do curso médico, padrão de sono

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Danda GJN et al.

Com base na escala de sonolência de Epworth, encontrou- Em relação aos hábitos de vigília, problemas de concentração
se sonolência diurna excessiva em 161 universitários (39,3%), sen- durante o dia foram referidos por 175 estudantes (42,68%). Desses,
do 86 do sexo masculino. Não foi observada diferença estatística 82 (46,85%) apresentavam SDE. Associação estatisticamente
na SDE entre os sexos (p = 0,936). O escore médio obtido com a significativa também foi encontrada entre as variáveis sonolência
ESE foi de 9,26 ± 3,41 (mediana = 9, com o valor mínimo = 0 e o diurna excessiva e problemas de concentração durante o dia
máximo = 20, e maior pontuação nos alunos do segundo período, (p < 0,05). O período de maior rendimento intelectual foi entre
com escores de 9,97) (Tabela 2). Foi realizado um teste estatístico 9h e 12h (n = 111; 27,07%), seguido das 16:00 às 18:00 (n = 98;
de igualdade de médias, sendo constatado que não há diferença 23,91%) e das 18h às 21h (n = 92; 22,45%).
significativa entre as médias por período e nem entre as preva-
lências de SDE por período (p > 0,05) (Tabela 2). Cerca de 297 Discussão
alunos (72,43%) referiram ter episódios de sonolência indesejada
durante o dia (exceto no período de 22h às 7h). A hora do dia em Os dados sobre os hábitos de sono dos estudantes de medici-
que mais ocorreram foi entre 13h e 16h (n = 210; 70,7%). na obtidos nesta pesquisa mostram um aumento estatisticamente signi-
A maior parte dos estudantes avaliou a qualidade do seu ficativo das horas de sono nos fins de semana, em comparação com os
sono como boa ou muito boa (n = 222; 54,14%). No que diz respeito dias da semana (p < 0,05). Nos dias de estudo existiria, portanto, uma
a qualidade do sono e sonolência diurna excessiva, a realização do privação de sono, já que se sabe que nos dias sem obrigações (como
teste qui-quadrado de Pearson confirmou uma associação signifi- os fins de semana) é que surgem os modelos espontâneos de sono
cativa entre essas duas variáveis, com valor p de 0,008 (Tabela 3). para idade e sexo. Isso pode ser justificado pela maior proximidade
das horas médias de sono nos fins de semana com as necessárias
para que o estudante se sentisse disposto ao longo do dia. A privação
Tabela 2. Distribuição dos estudantes de medicina de sono pode explicar grande parte dos períodos de sonolência e dos
segundo a presença de sonolência diurna excessiva problemas de concentração durante a vigília encontrados no trabalho.
e período do curso médico Esse fato preocupa, já que há comprovação de que a privação do
Sonolência diurna sono tem correlação significativa com a diminuição da performance
Período Total acadêmica entre estudantes de medicina.
excessiva
Os períodos indesejados de sonolência diurna no presente
Não (n) Sim (n) (n)
estudo tiveram um pico entre as 13h e 16h (n = 210; 70,7%) e
1 23 15 38 podem ser interpretados como: 1) resultado de privação parcial
2 16 20 36 de sono noturno, tomando-se como modelo espontâneo e normal
3 24 14 38 o período dos dias de fim de semana; 2) resultado da fadiga e do
4 28 8 36 estresse a que estão submetidos os estudantes; 3) uma manifes-
5 22 15 37 tação do hábito da sesta (repouso após o almoço) na vida adulta.
6 33 20 53 Na verdade, todas essas possibilidades podem estar acontecendo.
7 18 16 34 No entanto, nos países industrializados e em desenvolvimento, a
8 22 19 41 sesta é vista com menos freqüência.
A aferição da existência, bem como a quantificação,
9 25 18 43
dessa sonolência diurna pode ser realizada com a aplicação da
10 38 16 54
ESE. Estudos clínicos com polissonografia, padrão-ouro para o
Total 249* 161 410 diagnóstico dos distúrbios do sono, demonstraram que medidas
* p > 0,05. na escala de Epworth acima de 10 estão associadas a distúrbios
do sono, permitindo o diagnóstico de sonolência diurna exces-
siva. Inquéritos populacionais demonstram uma prevalência de
SED variando entre 11,6% a 36%. No presente estudo, a SDE
Tabela 3. Distribuição dos estudantes de medicina foi encontrada em 39,3% dos universitários (n = 161), incidência
segundo presença de sonolência diurna excessiva menor do que a encontrada por Santibañez (1994) em estudantes
e qualidade do sono de medicina chilenos (93,2%). Freqüência também alta de SDE
Qualidade Sonolência diurna em estudantes de medicina foi observada por Alves et al. (2000).
Total Existem vários estudos epidemiológicos que demonstram tendência
do sono excessiva
Não (n) Sim (n) (n) exacerbada para sonolência diurna excessiva em adolescentes e
adultos jovens. Diversos fatores são apontados como responsá-
Muito ruim 1 0 1 veis pela sonolência excessiva. Higiene inadequada do sono e
Ruim 11 22 33 sono insuficiente são os principais. A média obtida no estudo (9 ±
Regular 91 63 154 3,41h) foi maior do que a encontrada por Bezerra et al. (2002) em
Boa 104 57 161 estudantes de medicina do Rio de Janeiro (8 ± 3,9h) e menor do
Muito boa 42 19 61 que a encontrada por Aloé et al. (1996) em estudantes de medicina
Total 249* 161 410 de São Paulo (10 ± 3,69h).
Ao se analisar os escores da ESE de acordo com o período
* p = 0,008. do curso médico, observou-se maior pontuação nos alunos do

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Ciclo sono-vigília em estudantes de medicina

segundo período. Não temos explicações para esse fato, já que a maior alerta e rendimento, os achados do estudo são concordantes
carga curricular é semelhante à de outros períodos e não é comum, com os de Santibañez (1994), refletindo a expressão de um provável
nessa fase, os estudantes participarem de plantões. Somente pode- relógio biológico localizado no sistema nervoso central.
ríamos supor que refletem características individuais dos alunos do
referido período. No entanto, como não se observou uma variação Conclusões
significativa da média obtida com a ESE nem da prevalência da
sonolência diurna excessiva (p > 0,05), em função do período do O ciclo sono-vigília da população estudada é irregular, com
curso médico, pode-se dizer que as atividades desenvolvidas ao aumento estatisticamente significante das horas de sono nos fins
longo da graduação pouco modificam o comportamento dessas de semana, em comparação com os dias da semana, refletindo
variáveis. Também não foi demonstrada diferença estatística na uma privação do sono nos dias de semana; e a alta prevalência
SDE entre os sexos (p = 0,936), apesar da existência de estudos de hábitos inadequados de higiene do sono e de sonolência diur-
populacionais que demonstram maior ocorrência de SDE nos na excessiva, com um pico entre as 13h e 16h, é preocupante e
homens. No entanto, quando submetidos a um mesmo ambiente aponta para a necessidade de campanhas de prevenção e trata-
de trabalho, com exigências semelhantes, essa diferença entre mento. Estudantes com sonolência diurna excessiva apresentam
homens e mulheres diminui, explicando a não-associação entre pior qualidade de sono, assim como problemas de concentração
SDE e sexo observada neste estudo. Além disso, foi também durante o dia. Não se observou uma variação significativa da
possível observar que os estudantes portadores de sonolência média obtida com a ESE nem da prevalência da sonolência diurna
diurna excessiva apresentam pior qualidade de sono, assim excessiva entre os diversos períodos do curso médico, mostrando
como problemas de concentração durante o dia (p < 0,05), o que que as atividades desenvolvidas ao longo da graduação pouco
demonstra a importância do sono para um bom desempenho das modificariam o comportamento dessas variáveis. Por fim, chama-
atividades acadêmicas ou profissionais. Ademais, é preocupante se, portanto, atenção dos docentes para que planejem os seus
o fato de que a grande maioria dos estudantes (n = 406; 99,02%) horários de aula considerando, dentro do possível, os períodos de
apresenta hábitos inadequados de higiene do sono. sonolência diurna e os de maior alerta/rendimento e para que se
Os maus hábitos do ciclo sono-vigília são todos aqueles exer- promova a implementação de programas preventivos que orientem
cidos durante o dia que interferem no sono e podem causar insônia os alunos sobre a importância da regularidade e das medidas de
ou sonolência diurna excessiva. Com relação aos períodos nítidos de higiene do sono.

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