XI Encontro Anual de Iniciação Científica - de 1 a 4/10/2002 - Maringá - PR
Universidade Estadual de Maringá/Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA DE Eucalyptus grandis
HILL EX. MAIDEN
Ezequiel Zatoni Mocelin (PIBIC/Fundação Araucária), Alan Sulato de Andrade
(PIBIC/CNPq), José Reinaldo Moreira da Silva (Doutorando CPGEF), Profa. Dra. Graciela Inez Bolzon de Muñiz (Co-orientadora), Prof. Dr. Umberto Klock (Orientador), e-mail: klockuer@ufpr.br
Universidade Federal do Paraná/Departamento de Engenharia e
O objetivo deste estudo foi determinar variações na composição química
quantitativa da madeira. proveniente de plantios comerciais de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden proveniente de plantios com idade de 24 anos e três meses na época da colheita, pertencentes a Klabin S.A. Foram selecionadas aleatoriamente 6 árvores, num raio de 50 metros entre elas, tentando evitar as variações de sitio. De cada árvore foi retirada uma tora com comprimento comercial de 3 metros. localizada aos 3 metros de altura.Tal procedimento foi adotado visando excluir a variação da densidade ocorrente no DAP, fato que poderia comprometer os resultados obtidos. A seguir, foram retirados de cada árvore dois discos de 8cm de espessura, localizados nas extremidades das toras totalizando 12 discos. Dos discos obtiveram-se doze tiras com largura de 4,0cm e comprimento igual ao raio. Em cada uma das tiras executou-se cortes tangenciais sistemáticos, para obter corpos de prova com dimensões de 4,0x4,0x8,0cm localizados a 0; 33,3; 66,6 e 100% do raio, respectivamente. Esses corpos de prova foram transformados em partículas “strands” e colocadas para secagem ao ar livre. Após, foram moídas num moinho de martelo. Neste momento foram misturadas as porções equivalentes, por posição e árvore situadas nas alturas de 3 e 6 metros, seguindo a orientação obtida na tora. A seguir essas novas amostras foram moídas num moinho laboratorial tipo Wiley, obtendo-se serragem que foi posteriormente selecionada por peneiras. Para as análises químicas utilizou-se apenas a serragem classificada entre peneiras de malhas de 425 e 250µm. As análises foram executadas baseadas nas normas técnicas ABNT (1998) e TAPPI (1994). Os resultados obtidos para os materiais solúveis em água fria variaram de 0,23 a 3,97%, em água quente de 0,36 a 4,94%; em NaOH a 1% de 7,66 a 14,63%, em álcool-toluol de 1,25 a 2,82%, os extrativos totais de 2,40 a 6,87%, o teor de cinzas de 0,03 a 0,44% e o teor de lignina de 12,99 a19,72. Concluindo-se que a madeira de Eucalyptus grandis apresenta alta variação na sua composição química quantitativa entre árvores e nas posições estudadas nas árvores, não se observando uma tendência definida.