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MINISTERIO D0 TURISMO GABINETE DO MINISTRO splnads dos Minstrs, lac U,Sla 300-80 Zona Cico-Adminstratva, rsa CEP 065-800 Oficio ne 788/2023/6M Brasil, 4 de agosto de 2021, [Sua Exceléncia © Senhor Deputado Luciano Bvar Primeiro-Secrtirio CCimara dos Deputados Praga dos Tits Poderes 70150-900- Brasfa/OF ricprimeirasecrtaria®@camarales.ir Assunto: Resposta a0 Requerimento de Informacio n° 797/2021. ‘SenhorPrimelro-Secresro, 1 Cumprimentando-o cotdialmente, fago referencia 20 Ofilo 18Sec/RY/E/ne 311, de 23 de Junho de 2023, que trata do Requerimento de Informagio n® 797/2021, de autoria da Comisio de FiecalizagSo financeira e Controle, que solita informagdes sobre a elatoragSo do Decreto {que regulamenta 0 Marco Civi da internet ea Lei de Diretos Autor 2 Sobre o assunto,seguem as respostas 30s questionamentos feitos pel referda Comisso: 2a. 1. O governo pretende editar decrato que, a pretexto de regulamentar 0 marco cv a internet e ali de direitos autoras,disponha sobre as redes socials? aaa. Na verdade, o objetivo da minuta de Decretoé tratar dos direitos e gaantia dos usuérios 4e internet. Para tanto, ele expla e rene em um sé lugar ume série de abrigacdes que j se encontram prevstas na Constitugao e em leis como 0 Marca Cuil da Internet, a Lei de Direltos Autras eo Céeigo ‘de Defesa do Consumidor. importante ressaltar que, apesar de constr do Marco Civil capitulo que trata dos direitos e garantias do usuério (Capitulo 1), 8 matéria nfo fol regulamertada no Decreto de regulamentagdo do Marco Civil da internet (Decreto n® 8.771/2016),portanto o que se pretende é suprie. uma lacuna reguletéra 22 2. Vossa Exceléncia confirma 0 teor Folha de Séo Paulo - sobre o tema? 1 Feportagens da midia -em especial do jornal 221. Sem indicagSe das reportagens especfcas,ndo & possvel confirmar ou nla o seu teor. Contudo, & comum que essas reportagens apresentem, sendo erros de fato, interpretardes ‘equivocadas ou pouco objetivas dos fatos. 23 3. uals serdo as principaisinovarées do decreto? 234, Antes de mais nada, é preciso escarecer que no ha “decreto", mas uma minuta de ‘docreto que esta sendo examinada por vérios Ministérios, nos termos do Dectate n® 9.191,.de 1% de Inoverbro de 2017, que trata das normas e diretrzes para elaboracSo, redacdo, alteragSo,consolidacio ¢ ‘enzaminhamento de propostas de atos normatvos 20 Presidente da Repdblica pelos Mnistros de Estado, onforme previsto ne artigo 29 do referido Decreto, transcitoababo: ‘psi de motives interns 129. propos de ato normative qu atar de mati relacionados ou as aos ser (Gabordsconjutaments Pardo ic. Na hipdese revs no caput, oF Miisos de Eta sulares dos éafos ‘ellos ssn conunamant exp de mochos 3 al sero anerador os preceres Se rote jricou do Mino utr « dos insti coats. 232. Convém esclarecer ainda que, do ponte de vista técnicouridico, caso seja eventualmente Convertida em decreto presidencial nfo haverd qualquer inovagS0 no ordenamerto juriico, 0 objetvo ‘go. crlar direitos ou obrigagdes, mas meramente pautar o comportamento do Estado na limplementagdo de comandos de indole legal @ constituconal. De fato, os destinatérios imedlatos do dlereto seriam os proprios agentes da Administrardo Publica, 8 quem cabe garanti a fil execurdo © ‘sonomia das les, 233. Feltos esses esclarecimentos, informamos que @ minuta de decrato ~ referimo:nos & \versdo que saiu do Ministério do Turismo (autor) para os demals Ministrios (coautores) ~ trata dos Uireltose garanties dos usuérlos de internet, Para tanto, ele explicit eredne num s6 lugar uma série de ‘brigagdes que js se encontram previstas na ConsttuigSo e em leis como o Marco Civil da internet, @ Le! de Diretas Autorals eo Cédiga de Defesa do Consumidor. 234, Sua intengo, portanto, & meramente obrgar as plataformas a cumprirem o que j6 esté previsto no direto brasileira, impedindo que as pltaformas digtas se transformem em legitimos, egais einconsttuclonals censores do debate piblicoe do ciscurso politico, o que vicar nfo sé normas te efcicia pena da Constitugdo ~ em particular, as que erigem em diretos fundamentals a liberdade de expresséo © de manifestagéo do pensamentoll, 2 plena lberdade de informayfo jornlistical®! ¢ a proibigo da censura de natureza politics, ideolégia eartistical’l ~ como também os Arts. 228 e318 do Marco civil da Internet, notadamente quando estabelecem que a piuralidade e a dlversidade 580 fundamentas da disiplina do so da internet no Brasil. 235. ‘A minuta de decreto previ que os provedores de aplicasBes de internet no podem reir Conteido ou bloquear usudrios utlizando como lusificativa apenas os termos de uso, principalmente ‘quando tais termos desrespeitam 0 ordenamento jurdico pétrio, Na pritica, a retrada antecede © Contraditério e a ampla defesa e a motivacSo para tal retrada muitas vezes nio ¢ clare, ou mesmo ‘quando expictada é lstreada nos termos de uso. Important ressaltar que a previsio no Marco Civil da Intemet de que o provedor de aplicacies de internet ndo pode ser responsabilizado pelo conteddo isponibiizado por tercelros na plataforma tem como pressupesto o atendimento do principio Constitucional da iberdade de expresio ("é urea expresso da aividade intelectual, artistic, cientica «de comunicacdo, independentemente de censura ou licenga"f) e da proibiclo da censura ("E vedada toda e qualquer eensura de natureza politica, deoldgcae atstica."7), 236. De fato, a norma especifca que trata desse tema iniciase com o andncio desse objetivo, 0 ‘que obrga @letura do restante da dispositive tendo como pressupostoo seu alcance (gifs: ‘4.19. Com intito de assgurra Uberdade de enessiae ipa a cen. 0 prover de pleages Ge internet somerte poser er reeponabiado cmrle pot das ecorrertes de ‘nie grad pr tres apo oem js espe, do tomar a providing waa feria nos tes eno de seu seviga eden do pro saslado, omar none © one sponta como iningerte essed ar Gspoibes legals contro, 237, ‘Aa contréto de algumas alegacSes, 0 objetivo dessa norma no é smplesmente car uma Tegra de limitacdo de responsabilidad para provedores de aplicagies de Intemat, desvinculada de ‘qualquer objetivo que gule a sua interpretacSo. Na verdade, o objetivo da norma é claramente tutelar ireitos da personalidade na internet, e no de criar privlégios para provedores de aplicasdes de sega caicrethabcun enter Oates. 280104 2» internet. De fto, a exigéncia de prévia determinago judicial para retirada de conteddo di-se no intuto de preservaraliberdade de expresso, prevenindo-se da censura. Logo, ¢incoererte que o provedor de aplicagies de internet possa volar esses direitos utlizando como justficatva meramente o conteddo de seus temos do servigo, como se esses fossem dotados de hierarquia normativa superior 8s normas constitucionas e legals que profbem 2 volacso da liberdade de expresséo e a censure dos ususrios de Inteenet. 238. Als, 0 artigo 20 do mesmo Marco Civil, que obviamente se sobvepbe aos termos ou polticas de servigos das plataformas, estabelece claramente o quadro legal em que se deve dar a eventual remocéo de conteuido, obedecendo, necessariamente, a contraditario © ampla defesa ‘rt. 20. Sempre que ter informases de contsto do uuiio draamente responsive polo ontaido aque se fore oa 18, aber 20 nrovedar de aplasSas entre! comune a ‘matvos_¢nfrmarées_rslatwes 8 indssonblzara-se_contei com _ormastex ous ‘eum o conta «3 amoladefasa am jl sho express previa legal ou ees determing ui fndarenta contri. 239. No que diz respelto a fiscalzagdo e apuragéo das infragBes, a Agéncia Nacional de TelecomunicagBes ~ Anatel, a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor @ 0 Sistema Brasileiro de Defesa da Concorréncia continuam competentes em suas respectvas areas de atuaglo, conferme js prevé 0 capitulo IV do Decreto n? 8771, de 2016. A essa constelag30 de Grgios e entidades acrescentou- 8 a Secretaria Nacional de Diretos Autoras e Propriedade ntolectual ~ SNDAPI (¢£ art 184 da minuta de decretoll, eso no vila o principio da legalidade nem extrapola do poder reguamentarconferido 20 Presidente da Replica, Trata-se, na verdade, de medida atinente 8 organizaclo eo funcionamento da administrapSo federal, que no implica aumento de despesa nem criago ou extingZo de érgios pablcos, (© que é passivel de ser tratado por melo de decreto, nos termos do art. 84, VI, “a, da Constitugso ‘A minuta de decreto ndo ofende a legalidade ao dispor sobre quais so os érgos habe's para atuar na fiscalzagdo e na apuracdo de infracdes jd prevstas em lel. Ressalte-se, ainda, por pertinent, que cada tum dos drgios ou entidades fiscalzatrios defnirs, por meio de regulamento préprio, sobre sangbes administrativas a infragbes Len 12.965, de 2014, os procedimentos adminstrativos de fiscalizagao. 23.10. 0 acréscimo da SNDAPI como éraéo fiscalzador se justfca pelo fato de que @ Lei de Direitos Autorais confere proterdo autoral ao conteddo publcado na internet de acordo com 0 art. 72 2 Lein® 9610, de 19 de fevereiro de 1998, qualquer obras “expressas por qualquer meio ou fixadas ern ‘qualquer suport, tangivel ou intangivel, onhecido ou que se invente no futuro” sto consideradas obras Intelectuais protegdas, que recebem tal protegio desde 0 seu nascimento, sto é, desde 2 sua ‘exterioriaagSo, independentemente de registro. Além disso, a Lei de Direitos Autorais confere 20s ‘adores tanto direitos morais quanto patrimoniais sobre a obra que criou (at. 22).Um desses direitos & © diceto integridade que, entre outras coisas, profbe a destruigéo de qualquer obra sem o consentimento efetivo do autor ou artista, textualmente: et. 28, So eos mois ater.) IV ode segura ietegrdade da obra, opando-se a quasguer medias oud rita de ats «ue dequlger forma, possampreluicao tngi, come 2a, em 13 repuar30 0 an; 23:11. Os provedores de aplicagées de internet violam esses direitos ao impossbitarem o acesso os cradores (autores, compositores, artistas, jornalista, produtores audiovisuals etc.) 3s suas proprias ‘obras e produgées ou, quando excluem, debam de dsponiblizar esse conteddo ce maneira arbitriia, unilateral e, portant, eg. 23:12. _Emresumo, 0 objetivo do decreto é simplesmente evtar que hala o sbuso desse poder de ‘mederago, sto 6, que ela se transforme em censura: em ferramenta llega para toher a lure ceculagio e ldelas ¢ opinibes; em instrumento inconstitucional para controlar o que pode ou nio ser dito, restringindo a diversidade e a pluraidade politica e Kdeoldgica que marca tode sociedade liberal € emocrétia 2a, 4. —Aminuta do decretojé estépronta? 2aa. Conforme jd informado na resposta 8 questio anterior, a minuta de decreto esta sendo fexaminada por vérios ministérios, nos termes do ar, 29 do Decreto nf 9,191, de 1° de novembro de 2012, segundo o qual a “proposta de ato normativo que tratar de matériarelaconada 2 dois ou mais ‘rgos sed elaborada conjuntamente’,e pode sfreralterages. 25 5, Serd aberta consulta piblica antes da ediglo do decreto? 254, Em principio, no. Nio hi obrigtoriedade legal 26 6. E possivel fornecer a esta comisslo a minuta atualizada e notas técicas sobre © decreto? 264. Pode ser solicitado junto aos demas Srgfos envolvidos na elaboracio do Decreto. Os pareceres jurdico e de mérito sabre a minuta de Decreto e a sua verso inca, al como encominhads pelo Ministério do Turismo, if so de conhecimento pblico. 23. 7. ©Ministério do Turlsmo tinha, eu sua pagina da internet, minuta de decreto sobre redes sociais, que fol posteriormente retirada quando da ampla publicdade dada pela imprensa & ‘questio, Sobre tal minuta de decreto, perguntamos: 274. [Antes de responder perguntas, é preciso escarecer que nada foi publcado ou retirado {4a “pagina da internet” do Ministério do Turlsmo, O que aconteceu, aparentemente, € que @ minuta de Decreto pareceres que a acompanhavam, apés encaminhamento via SIDOF para os Ministérios Coautores, fol obtide © publicada pela imprensa antes mesmo da manifestagio deste ultimos. O Ministério do Turlsmo jamais publicou ezze material, mesmo porque a propasta de ato normative Constitui mero ato preparatéro, que ainda ests em eiscussd0 no ambito do Poder Executvo 272. a. Trazer uma lista fechada de hipéteses que autorizam remogio de contetido no Significa uma ingeréncia do Estado na esferaprivada das comunidades viruals, que deveriam ter 0 poder de fazer uma autorregulamentagso? Embora defendamos a liberdade de negécos, entende-se que esta no pode ser exercida ‘em prejuizo de direitos e garantias constitucionals legals. Logo, os termos do servigo, em gera, e a5 polticas de remordo de conteddo ou de bloquelo de usuiros, em particular, devem obedecer 8 Tegslagio nacional em que 0 provedor opera, sob pena de nulidade, conforme inclusive js prevsto no proprio Marco Civil da Internet (pardgrafo ico do art. 82 da Lei n®32.965,e 2016) ‘A atual falta de transparénela, com ertérios de moderacSo,é inconstituconale legal no Bras, Exemplifcando, o prestador de servgos que no explica em detalhes as hisdteses que ensejam 2 interrupedo abrupta ¢ unilateral de um serigo ~ como acorre no caso do bloqueio de uma conta de Usuario ne Facebook, no Instagram au no YouTube ~ est simplesmente vilando uma obrigacoessencia de prestagdo de servos, bem como direitos fundamentals do consumidor, do usudrio de internet © do criador, Sem regulamentaclo, essa remogio de contedde acaba sendo regulada, na prétca, exclusivamente pelos termos ou politias de uso dos provedores de aplicacdes d2 Internet. sso leva a0 esrespeito em massa de direitos e gaantias consttucionais, como liberdade de expresso, comunicagio fe manifesta de pensamento, diel & privaidade e & iberdade de informagaojornalistica, bem como | vedagio de censura de qualquer natureza ‘Quanto 8 suposta Ingeréncia do Estado na estera privada das comunidades vials, 2 Uiverdade no pode ser exercida em prejuizo de direitos e garantias consttucinals e legals. Logo, 05, termos do servigo e as poiticas de remocio de contetido ou bloqueio de usuarios devem obedecer 3 legisiagdo nacional em que o pravedor opera, sob pena de nulidade e cutras sangées civis administraivas, No que diz respeito & autorregulamentaclo, 0 ato normative proposto permite amplo lespago para a moderagSo, desde que nio sejaexercda de maneita legal e abusiva, Ente as hipéteses fem que essa moderagio continuara se dando sem necessidade de apreciacéo judicial: vilec30 de direitos autora; prea, anoia, promogio ou Incltag3o de infracao penal sujelta aco penal publica incondicionada; nudez ou representagSes explictas ou implcitas de atos sexuals. Além disso, 2 sistema de funcionamento das patafermas continua sendo regulada pelos préprios provedores de aplcagBes da internet, o que se exige éa observincia da legislagio que sela dade conhecimento prévio fe expresso ao ususrio do canted das suaepoltcas ou terms de uso, Finalmente, verifcamas ser pacifico na doutrina ena jursprudéncia que no Brasil direitos ‘undamentals também se aplicam a relagSes de cunho privado, Dessa forma, no hé que se falar em “impos de regrasestatals a um ambiente privado”. O bloqueio de contas ou a remocSo de conteddo, unlateral e sem respeito a0 diteto de defesa e 20 devido processo legal, wolam tanto normas constitucionais de eficicia plena da Consttugdo ~ em particular, as que erigem em dieltos fundamentals, 4 iberdade de expressio © de manifestagdo do pensamentolll, 2 plena libedade de informacso Joralisticall! e a proibicfo da censura de natureza politic, declégica artistic) mas também os arts, 22 e 3 do Marco Civil da Internet, notadamente quando estabelecem que a pluralidade e 3 diversidade s30 fundamentos da dscplina do soda internet no Bras 273. b. art. 21-A da minuta, a0 dispor sobre sangBes, no invade seara legal? lo, porque a falta de trensparéncia nos termas de uso das platafornas a arbtrariedade do bloqueio de conteddo constituem caras violagSes @ obrigacBes previstas nos atigos 72, 8° e 11% do Marco Civil da internet, o que sueitao infrator as sangées administrativas prevstasno art. 12 do mesmo Diploma Legal. Textualmente: ‘7 0 acess dnere essence oo exercise do eiedon, eae wud 80 osequades os a - lnformacios dares comets constontes das contesos de prstarko de serdins com tpleages Ge nent bem come Sobre pritcos de gerecimento do de Que pesom Oe” 507 ‘ualdoce a ‘rt 8A garantie do dito 8 paid itedade de egress naz cmuncostes condo pare plo ener do ro de acess ere bol {rt 1. Em gualouer operas de cles, rmatenoments, guards « ataments de reitrs, de ‘ides pessoas cu de comunicajses por povedres de onda ede apogee ene fo menor um deser ofr ocoro am tertoio naconl, develo ser-oblogtoriomente (eset: a eal brasla «os vets precede, 3 protege do ads pesos © 20 Siglo des comuntorsespvoose dos restos. 510.0 dsposta no caput epics ox dads cletas em tetrio nacional go corti dos comunicoftes, desde aue plo menos um dos termina este acolzado 0 Breas 4240 dispose no cont oplee se mesmo qu. atidades slam seals net nesso dca sed next. desde ue oferte seria pb reso ou plo menos ume nteronte ‘demesnoorun conde posutetableiment 0 BN. 4 3° Os provedores de coneno & de aplenres de inteet deveto pres, na forma 60 regulameragd, infomestes ave prmtam a verge quate 20 umoriment do lepiagSo ‘roles refrete 8 colt, 2 quer a0 amerenaments ou a9 retamento de dodo, bem mo ‘quam 2 espeto 3 pace ao spo de comune £4 beret regulomentrd o procediment par puree de nage 0 poco neste aoe ‘nda que se entendesse pela ndo aplicabilidade das songbes prevstas no Marco Civil da Internet, & inegavel que 0 bloqueio de conteido ou de conta com base em paliticas de uso no transparentes, ndefinidas, mutavels ou incampreensivels viola, pelo menos, o reto de informagio do Consumidor (at. 68, Il, do Cédigo de Defesa do Consumidor), consttuindo-se, portanto, em prétca Sbusive que 68 ense 8 aplicacBo da multa administrative prevista no ar. 56, , do CDC, cujo var atval € mais de £0 miles de reais. Transerevem-se os dspositvos petinentes do COC: et 6 Sto aos Bscos do consumer: a I= a inerracgo adecuada« cra sobre os lretes prosos ¢srvgns com expeteno Certs de quontdode eracteritse, componaa, quslade, buts iedentese reo, Bem Come scbve os racor qin sresertem (daca daa ela ein? S278). c02082) Viton ws [a 56s nares das amas de dele do consumior fam sua, cofrme 050, Serums sengees ema, sm proto date ature penal das dees em rormas espace mat a Parkgate nico. As songs previa neste ang sero alas pel autonidae aminstat, fo mbt de sen atbigo, podendo ser apagas cunultamts, ineusve por meds ‘Cuter antecedent ou ete de procedimensoadminsratvo Ressalte-e que 0 mero consentimento dos usurios com os termos ou pliticas de uso dos provedores de aplicagbes de internet, notadamente no caso de plataformas socisis que jé dspdem de Fotétlo poder de mercado, ndo afasta as obrigacSes legals econstitucionas destastimas,haja vista aue 3 lberdade de expresso e de manifestagio do pensamento integram 0 préprio arincpio da dignidade fhumana e do desenvolvimento da personalidade (art. 2, ie. Il, do Marco Civ da internet 278. & 0 fato de uma Secretaria do Ministério do Turismo - érgio do Poder Executive poder fiscalizar conteddos na internet no permits que conteidos favordvels 20 governo, mas que fossem falsos ou perigoros, fossem blindados contra moderagio? Nesse sentido, néo seria melhor permite a autorregulamentagio das comunidades, com eventual lesio de direto sendo apurada pelo Poder iudielrio? fm primeiro lugar, nfo se esté dando poder a nenhum drgio piblico para “fscalzar conteidos na internet", O que se apuraré administratvamente so condutas de provedores de aplicagSes de internet que supostamente violam direitos dos usudrios de internet Em segundo lugar, 0 processo administrative para eventual Impesglo de sangdo deve “seguir 0s princpios consttucianais do contraditdrio e da ampla defesa~ os mesmos que nlo esto sendo bservados pelas.plataformas.digitais em seus procedimentos arbitrérios, unilaterais e pouco transparentes de bloquelo de conteido e de perfis ~ eufemisticamente denorinado “moderagao de Contetido". Se fica insatiseta com a decisio administra, a plataforma pode recorrer ao udieério. 275. 4. © decreto, a trazerregrasrildas para as plataformas digital, no cercela a liberdade de cada plataforma e de seus usuirios de escolher suas regras? Em ultima anslise, ele nBo ‘acaba conspirande contra a prépria liberdade econémica, 2 medida em que desincentiva novas tecnologias e modelos de negécios? Entende-se que nfo é possve afirmar que as dsposigbes da minuta de decreto impedem provedores de apliagies de internet de escolherem suas préprias regras. 0 objetivo do decreto & Simplesmente evitar que haja 0 abuso desse poder de moderarSo, isto é, que ela se transforme em ensura; em ferramenta ilegal para tolher a live ciculagdo de ideias e opiriées; em instrumento inconstituclonel para controlar © que pode ou nia ser dito, restringindo a divesidade e a pluralidade politica eideolgica que marca toda socedade liberal e democratca enc idoeep_ttzangpbeta aceon recwameCochtCon O.soRESNOINLOOIce 182081 rs

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