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Sant´Ana Fernandes
Cristina Gonçalves
Dolores Santos
Dolores Santos Sant´Ana Fernandes
José Rodrigo
Contabilidade Financeira
JOSÉ RODRIGO CRISTINA GONÇALVES
Contabilidade
José Rodrigo Guerreiro, Licenciado em Cristina Gonçalves, Mestre em Gestão,
Explicada
Gestão Financeira, MBA em Gestão Em- pela Universidade do Algarve. Docente
presarial e pós-graduado em Contabili- em cursos de licenciatura e mestrado
Contabilidade Financeira
dade pela Universidade do Algarve. Espe- na Universidade do Algarve. Formadora
Financeira
cialista em Contabilidade e Fiscalidade. em ações destinadas a profissionais de
Docente na Universidade do Algarve, contabilidade. Contabilista Certificada.
Contabilista Certificado com atividade Coautora de diversos livros, artigos e co-
O presente livro destina-se a estudantes, profissionais e outros interessados pela con-
profissional e formador de ações destina- municações em congressos nacionais e
Explicada
autor de livro e com publicações na área
da contabilidade. de formação e ensino.
Trata de forma rigorosa os conceitos relevantes para a contabilidade, assim como o
enquadramento normativo das operações e outros acontecimentos na esfera empre- 4ª EDIÇÃO DOLORES SANTOS
sarial. Apresenta-se com uma linguagem acessível, acompanhada de figuras, quadros
e exemplos, de forma a tornar mais compreensíveis os diferentes temas.
SANT´ANA FERNANDES
Enquadramento contabilístico das entidades Dolores Santos, Licenciada em Gestão Fi-
O livro apresenta uma abordagem ampla da contabilidade financeira e está estrutura- Conceitos de património e suas alterações nanceira, com pós-graduações em Fisca-
Joaquim Sant´Ana Fernandes, Doutor em do em 6 capítulos: (1) enquadramento das entidades e importância da contabilidade; Conceito de conta e regras de movimentação lidade e Contabilidade pela Universidade
Administração Empresarial pela Univer- (2 e 3) património, suas modificações, conceitos fundamentais de contabilidade e da Contabilização das principais operações do Algarve. Docente na Universidade
sidade de Huelva, docente em cursos de técnica contabilística; (4) normalização contabilística; (5) reconhecimento e mensura- no contexto das atividades operacionais, do Algarve, Contabilista Certificada com
licenciatura e mestrado na Universidade ção das operações empresariais, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato investimento e financiamento atividade profissional e formadora em
do Algarve. Formador em ações desti- Financeiro; (6) operações periódicas de apuramento, designadamente o apuramento Enquadramento das operações nas NCRF cursos profissionais. Coautora de livro na
nadas a profissionais de contabilidade. do IVA, dos resultados e do imposto sobre o rendimento das entidades. Mais de 140 quadros área da contabilidade.
Contabilista Certificado. Coautor de livro, Mais de 220 figuras e esquemas
Os autores acreditam que o livro, pela abordagem dos temas e conteúdos apresenta-
artigos e comunicações em congressos Mais de 160 exemplos
dos, constitui um bom manual de apoio à aprendizagem e aplicação da contabilidade.
nacionais e internacionais. Mais de 330 casos resolvidos
ISBN 978-989-768-710-5
ISBN: 978-989-768-710-5
Visite-nos em
livraria.vidaeconomica.pt 9 789897 687105
ÍNDICE
CAPÍTULO 2 – O património
2.1 Introdução............................................................................................................. 82
2.2 Conceito contabilístico de ativo e passivo............................................................. 84
2.2.1 Ativo............................................................................................................. 84
2.2.2 Passivo........................................................................................................... 87
2.3 Mensuração de ativos e passivos............................................................................ 90
2.4 Património líquido ou Capital próprio................................................................. 98
2.4.1 Equação fundamental da contabilidade....................................................... 101
2.5 Elementos patrimoniais (inventário)................................................................... 102
2.5.1 Reconhecimento......................................................................................... 104
2.5.2 Mensuração à data do inventário................................................................. 119
2.5.3 Apresentação............................................................................................... 122
D. Devoluções................................................................................................ 323
E. Descontos obtidos e concedidos................................................................. 332
F. Adiantamentos recebidos e efetuados (operacionais)................................. 352
G. Operações tituladas................................................................................... 363
H. Inventários................................................................................................ 375
I. Provisões..................................................................................................... 460
J. Operações com pessoal............................................................................... 474
K. Contratos de construção............................................................................ 507
L. Agricultura................................................................................................. 530
5.3.2 Ciclo de atividades de investimento............................................................ 543
A. Ativos fixos tangíveis................................................................................. 544
B. Ativos intangíveis....................................................................................... 640
C. Propriedades de investimento.................................................................... 682
D. Investimentos financeiros.......................................................................... 709
E. Ativos não correntes detidos para venda.................................................... 779
5.3.3 Atividades de financiamento....................................................................... 798
A. Capital próprio.......................................................................................... 801
B. Capital alheio............................................................................................. 847
Caso B.12 – Amortização com base no método das unidades de produção................... 667
Caso B.13 – Perda por imparidade................................................................................. 673
Caso B.14 – Reversão da perda por imparidade............................................................. 674
Caso B.15 – Perda por imparidade (goodwill) (1)........................................................... 677
Caso B.16 – Perda por imparidade (goodwill) (2)........................................................... 678
Caso B.17 – Reversão da perda por imparidade............................................................. 679
Caso B.18 – Alienação de direitos de emissão................................................................ 681
Caso C.1 – Enquadramento normativo de edifícios e terrenos...................................... 685
Caso C.2 – Finalidade mista com frações não constituídas em propriedade horizontal.687
Caso C.3 – Finalidade mista com frações constituídas em propriedade horizontal....... 687
Caso C.4 – Classificação (1)............................................................................................ 688
Caso C.5 – Classificação (2)............................................................................................ 690
Caso C.6 – Classificação (3)............................................................................................ 690
Caso C.7 – Propriedade de investimento adquirida....................................................... 691
Caso C.8 – Transferência de propriedade em construção para propriedades
de investimento........................................................................................... 693
Caso C.9 – Ampliação de uma propriedade de investimento existente......................... 695
Caso C.10 – Transferência de ativo fixo tangível para propriedades de investimento (1)... 698
Caso C.11 – Transferência de ativo fixo tangível para propriedades de investimento (2).... 699
Caso C.12 – Transferência de inventários para propriedades de investimento.............. 700
Caso C.13 – Ganhos e perdas por variações do justo valor............................................ 703
Caso C.14 – Rendas e despesas de condomínio.............................................................. 704
Caso C.15 – Alienação de propriedade de investimento................................................ 705
Caso C.16 – Transferência para inventário.................................................................... 707
Caso C.17 – Transferência para ativos fixos tangíveis.................................................... 707
Caso D.1 – Instrumentos financeiros............................................................................. 718
Caso D.2 – Classificação de uma aquisição de ações ..................................................... 726
Caso D.3 – Mensuração de ativos financeiros ao custo e ao justo valor......................... 729
Caso D.4 – Juros de empréstimo (taxa de juro inferior à taxa de mercado)................... 730
Caso D.5 – Juros de empréstimo concedido ao custo e ao custo amortizado
(sem juro explícito)...................................................................................... 732
Caso D.6 – Cobertura da taxa de juro fixa de um financiamento bancário................... 734
34 Contabilidade Financeira Explicada
Atividades de financiamento
Caso A.1 – Subscrição e realização integral de capital................................................... 807
Caso A.2 – Subscrição e realização integral de capital com prémio de emissão............. 808
Índice 35
Escrever um livro é, no meu ponto de vista, criar uma comunicação entre quem escreve
e quem lê, onde o autor ou autores expressam através da escrita os seus pontos de vista
sobre as temáticas abordadas e quem lê vai entrando no universo descrito de forma a não
só compreendê-lo, mas também vivê-lo.
É uma espécie de visita guiada em que nos deixamos conduzir pelos autores e com eles
iniciamos uma viagem em que nos confundimos entre visitantes e visitados, passando a
fazer parte do universo que nos é descrito.
Embora os autores nos informem logo no início do livro sobre os seus objetivos e do
próprio livro, a verdade é que abordam o contabilidade, não num contexto isolado, mas antes
no enquadramento da complexidade e dinâmica da vida das empresas, compartimentando-a
de tal forma que nos sentimos invadidos não só pela intuição como pelas questões nos são
colocadas, mas particularmente porque nos transporta ao seu interior, iniciando com o leitor
uma espécie de viagem pelas empresas e pelo papel que nelas desempenha a contabilidade.
Uma viagem em que nos sentimos envolver pelas questões, na sua construção e explica-
ção, na sua razão de ser, do rigor dos seus termos e da imprescindibilidade da contabilidade
para a sobrevivência das empresas.
A forma de comunicar, a maneira como se comunica, envolve-nos de tal forma que nos
sentimos parte integrante do que lemos, deixando-nos conduzir pela riqueza dos conteúdos
e opções fundamentadas, encontrando novos conhecimentos e novas formas de visionar
realidades, sentindo vontade de as conhecer em maior profundidade.
Nessa viagem pelo interior das empresas, os autores não nos falam exclusivamente
de contabilidade, mas das realidades concretas vividas nas empresas, da necessidade de a
contabilidade as relevar e da forma mais adequada para essa relevação, entendida esta nos
múltiplos contextos em que ela tem que se situar, quer de ordem legal, quer de ordem
prática, apontando as soluções mais razoáveis quanto aos comportamentos, para obtenção
dos fins pretendidos.
A linguagem utilizada, em minha opinião, é um fator muito importante para a imagem
que se cria dos factos transmitidos, o que facilita a compreensibilidade de questões que, se
transmitidas fora desse contexto, pela sua tecnicidade, são mais difíceis de apreender nos
primeiros contactos, daí, em minha opinião, a vocação nata da presente obra para o estudo
da contabilidade.
40 Contabilidade Financeira Explicada
A. Domingues Azevedo
Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Especialista honoris causa em Contabilidade
pelo Instituto Politécnico de Lisboa
PREFÁCIO
Pode parecer estranho aos especialistas que, sendo eu da área das Artes e Humanidades,
tenha aceitado este honroso convite dos autores, meus colegas da Escola Superior de Gestão,
Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, para escrever uma nota breve sobre o
manual de contabilidade financeira por eles elaborado.
De facto, sobre a matéria a que este livro didático se dedica nada sei, a não ser os rudi-
mentos que fui aprendendo no exercício de cargos de gestão na universidade em que sou
docente há mais de 23 anos. Por isso, não posso pronunciar-me sobre o seu conteúdo.
No entanto, compreendo perfeitamente a enorme utilidade que pode ter um manual
redigido por professores que conjugam a sua experiência pedagógica aos saberes técnico-
-científicos relacionados com uma matéria extremamente complexa, sobretudo se tivermos
em conta que vivemos num tempo em que se exige ao profissional desta área um conhe-
cimento muito sólido da legislação em vigor (e das suas sucessivas alterações, num ritmo
frequentemente demasiado veloz), um domínio técnico rigoroso dos meandros mais intrin-
cados da sua atividade e tudo isso conjugado com uma forte orientação ética, como decorre
obrigatoriamente de todas as atividades profissionais relacionadas com a área financeira.
Os autores optaram por uma metodologia de abordagem das matérias que articula as
questões teóricas e técnicas com exercícios (resolvidos), dando, assim, ao livro um pendor
teórico-prático consonante com a sua intenção pedagógica primordial. Ao fazê-lo, dirigem-
-se tanto a estudantes quanto a professores, proporcionando a ambos um conjunto de
ferramentas especificamente pensadas para as atividades de ensino e aprendizagem, mas
também a todos aqueles que, já exercendo a profissão, queiram atualizar saberes, podendo
testar o conhecimento adquirido através da resolução dos exercícios propostos.
Trata-se, por isso, de um bom exemplo a ser seguido por outros docentes universitários
e que, para além do que ficou dito, também contribui, através de um trabalho de grande
fôlego em que qualquer leigo na matéria reconhece esmero e dedicação, para uma maior
autonomização do trabalho do estudante, objetivo em tudo concordante com o modelo
de aprendizagem previsto na Declaração de Bolonha a que Portugal aderiu e em que, pelo
menos desde 2010, assenta a conceção que preside à estruturação dos planos de estudos, dos
métodos de ensino e de avaliação dos cursos das universidades portuguesas.
Tudo o que acabei de dizer, associado ao facto de, neste momento, exercer o cargo
de reitor da Universidade do Algarve, explica a ousadia que me levou a aceitar o convite
42 Contabilidade Financeira Explicada
mencionado no início: para sublinhar através deste gesto que, sempre que um trabalho
desta natureza nasce no interior da Academia, ainda mais evidente se torna como, apesar
das muitas dificuldades por que temos vindo a passar, não podemos desistir de corresponder
à enorme variedade de funções que a sociedade nos atribui.
António Branco
Reitor da Universidade do Algarve
INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
Individualmente, não é possível atingir-se determinados fins, sendo nestes casos ne-
cessário um grupo de pessoas para a sua concretização. Por exemplo, é exequível para
uma pessoa cuidar de uma pequena horta, mas a exploração de uma herdade com muitos
hectares de culturas necessitará de mais pessoas para semear, regar e colher a produção. As
pessoas organizam-se tendo em vista a comunhão de esforços para atingir um determinado
propósito.
A concretização de muitos dos objetivos empresariais obriga à articulação de um con-
junto de fatores de produção – equipamentos, tecnologia, mão de obra, matérias-primas
e materiais diversos – destinados à produção, venda de mercadorias ou à prestação de
serviços, cuja atividade é orientada para a obtenção de um resultado.
Neste contexto, as pessoas, individual ou coletivamente, organizam-se atendendo ao
propósito que pretendem alcançar. Desta dinâmica resulta um conjunto bastante hetero-
géneo de organizações (entidades) que apresentam como fator comum a obtenção de um
determinado resultado.
1.2.1 PROPRIEDADE
Da multiplicidade de formas sob as quais as pessoas se podem organizar decorre, con-
sequentemente, uma heterogeneidade de entidades, que podem ser classificadas atendendo
a determinados critérios, como por exemplo a dimensão (pequena, média ou grande), a
atividade desenvolvida (agricultura, comércio, serviços, etc.).
Uma das classificações clássicas atende à propriedade e finalidade. Podemos distinguir,
quanto à propriedade, dois setores: público e privado. Quanto à finalidade, podemos relevar
a distinção entre a motivação de obtenção de lucro ou não:
• Público:
- Administrativo
- Empresarial
• Privado:
- Empresarial
- Sem fins lucrativos
O conceito de capital social está associado às entidades cuja forma jurídica corresponde
a uma das tipologias previstas para as sociedades comerciais e cooperativas (figura 1.3). Este
capital está dividido em frações, que nas sociedades por quotas se denomina por quota e nas
anónimas por ações. Assim, pode-se definir o capital social como a quantia de valor expressa
CAPÍTULO 2
O PATRIMÓNIO
• Património
Temas • Inventário
• Equação fundamental da contabilidade
Pode-se de uma forma simples, definir o património como o conjunto de bens pertencentes
a uma pessoa ou entidade. Quando nos referimos ao património, de uma forma geral,
estamo-nos
82 a referir à riqueza Financeira
Contabilidade de uma pessoa
Explicadaou entidade.
Património da
atividade
Património
pessoal
36
CAPÍTULO 3
MODIFICAÇÕES DO PATRIMÓNIO
• Modificações patrimoniais
• Conceito de conta
Temas
• Processo contabilístico
• Técnica contabilística
• Compreender os conceitos
• Identificar a natureza dos factos patrimoniais
Resultados da aprendizagem • Apreender e aplicar as regras gerais de movimentação das
contas
• Distinguir as fases de reconhecimento, mensuração e
apresentação
126 Contabilidade Financeira Explicada
3.1 INTRODUÇÃO
Como vimos anteriormente, o património de uma entidade pode ser muito diverso
– cadeiras, equipamentos, dinheiro em caixa, dívidas a fornecedores, dívidas ao Estado –,
sendo que o valor desse património ou do capital próprio numa dada data corresponde à
quantia resultante da diferença entre o total dos ativos e passivos existentes e mensurados
nessa data (Capital próprio = Ativo – Passivo).
Esse património está sujeito a alterações, quer por força das ações desenvolvidas pela
entidade (atos de natureza voluntária ou normal), mas também por acontecimentos in-
dependentes (involuntários) à sua vontade. No primeiro caso, podem-se referir compras,
vendas, pagamentos, recebimentos, etc.; no segundo caso, as intempéries que causam danos,
os incêndios, os roubos, etc. Em ambos os casos estamos perante ações com impacto no
património, que se denominam de factos patrimoniais.
Essas ações (voluntárias ou involuntárias) podem influenciar/alterar
• a estrutura dos elementos do património preexistente (modificações de natureza
qualitativa ou permutativa);
• o valor desse património (capital próprio), provocando modificações de natureza
quantitativa ou modificativa.
Podemos indicar uma série de factos que originam alterações qualitativas nos elementos
do ativo e passivo, mas sem impacto no capital próprio, como por exemplo:
• Referenciais contabilísticos
Temas • Normalização contabilística
• Demonstrações financeiras
4.1 Introdução
4.1 INTRODUÇÃO
O processo contabilístico implica um conjunto de etapas e integra um conjunto de tarefas
O processo contabilístico implica um conjunto de etapas e integra um conjunto de
que conduzem à preparação e divulgação da informação, quer para a gestão, quer para o
tarefas que conduzem à preparação e divulgação da informação, quer para a gestão, quer
cumprimento da prestaçãodade
para o cumprimento contas54de. contas54.
prestação
Figura n.º 4.1 – Etapas do processo contabilístico
Figura n.º 4.1 – Etapas do processo contabilístico
54
Muito resumidamente a prestação de contas consiste na submissão pelos membros da administração/
gerência à apreciação e aprovação dos órgãos competentes da sociedade do que se designa vulgarmente por
CAPÍTULO 5
OPERAÇÕES EMPRESARIAIS
Metodologia Explicação dos conceitos com recurso a esquemas, exemplos e exercícios de consolidação
Na 5.1 METODOLOGIA
análise DE ANÁLISE
dos factos patrimoniais deve-se ter em consideração o seu enquadramento
no conjunto dos instrumentos contabilísticos, de uma abordagem mais geral (Estrutura
Na análise dos factos patrimoniais deve-se ter em consideração o seu enquadramento
Conceptual que define os conceitos gerais – figura 4.16), para uma abordagem mais
no conjunto dos instrumentos contabilísticos, de uma abordagem mais geral (Estrutura
específica – norma (s) aplicável (eis) (quadro 4.14) e codificação (código de contas).
Conceptual que define os conceitos gerais – figura 4.16), para uma abordagem mais espe-
cífica – norma (s)
Este processo aplicável
culmina no (eis) (quadro 4.14)
lançamento, e codificação
ou seja o registo (código de contas).
contabilístico do facto
utilizando o método
Este processo das partidas
culmina dobradas. ou seja o registo contabilístico do facto utilizando
no lançamento,
o método das partidas dobradas.
•Ativo
•Passivo
•Rendimento
•Gasto
Normas •Enquadramento do ativo,
aplicáveis passivo, rendimento, gasto Lançamento
•Capital próprio •Apresentação
ou rubrica de capital
•Reconhecimento próprio na Classe ‐ Conta ‐
Estrutura •Mensuração Sub conta •Partidas dobradas Demonstrações
Conceptual •Apresentação financeiras
•Divulgação
Codificação
5.25.2 Enquadramento
ENQUADRAMENTO
Todas as empresas procuram ter sucesso nos mercados onde atuam através da venda dos
Todas as empresas procuram ter sucesso nos mercados onde atuam através da venda
seus bens ou serviços. Em simultâneo, para exercer a atividade têm de adquirir no exterior
dos seus bens ou serviços. Em simultâneo, para exercer a atividade têm de adquirir no
os bens ou serviços necessários.
exterior os bens ou serviços necessários.
Por exemplo, ao adquirir um computador para o escritório ou recrutar os recursos huma-
Por
nos de exemplo,
que precisa, ao adquirir
a empresa umdota-secomputador
de meios para o escritório
(recursos) ou recrutar
necessários os recursos
para desenvolvimento do
humanos que precisa, a empresa dota-se de meios (recursos)
seu objeto social . A obtenção desses recursos cria responsabilidades no sentido de compensar
71 necessários para
1
desenvolvimento
quem os cede. Pordo seu objeto
exemplo, social
ao adquirir um. computador,
A obtençãodeve-se
dessespagar
recursos cria
ao fornecedor, ao
responsabilidades
contratar um colaborador no sentido de compensar
deve-se pagar o seu quem os cede.
salário Por remuneração
ou outra exemplo, ao adquirir
devida.
um computador deve-se pagar ao fornecedor, ao contratar um colaborador deve-se
Para realizar os pagamentos são necessários recursos monetários. Normalmente esses
pagar o seu salário ou outra remuneração devida.
recursos são obtidos pela venda ou prestação dos serviços aos clientes. Acontece que, por
vezes, nas datas assumidas de pagamento, os recursos monetários não são suficientes para
1liquidar os compromissos. Nesses casos, o financiamento (bancário ou outro) é a via para
Corresponde à atividade que a entidade se propõe desenvolver.
encontrar os meios necessários à tesouraria da empresa.
177
• Apuramentos periódicos
Objetivo Metodologia para: • Preparação de documentos contabilísticos
• Prestação de contas
INTRODUÇÃO
Ao longo de cada período as entidades têm um conjunto de obrigações, quer de natureza
societária, quer de natureza tributária, entre outras, para as quais têm que produzir a infor-
mação adequada. Em regra, a necessidade desta informação repete-se periodicamente, em
ciclos anuais, mensais ou com outra periodicidade. A produção de alguma desta informação
carece de operações de natureza contabilística e calculatória (apuramento).
Existem operações que servem para apurar impostos a entregar ao Estado (autoliquida-
ção), preenchimento das declarações fiscais e outras, designadamente para o apuramento
dos resultados e posterior preparação das demonstrações financeiras.
Ao longo do capítulo 5 abordámos diversos aspetos do reconhecimento contabilístico
das operações. Neste capítulo centramo-nos nos outputs contabilísticos relevantes para as
operações periódicas de apuramento. Os documentos de suporte mais comuns para estas
operações são os balancetes por conta, do razão geral ou balancetes analíticos.
Neste capítulo incluem-se os temas apuramento do IVA (tema A), o tema B, onde se
apresenta o apuramento dos resultados do período, e o apuramento do IRC no tema C.
Para finalizar este capítulo, expomos, de uma forma sintética, o processo de preparação e
apresentação dos documentos de prestação de contas (tema D).
Este trabalho pode e deve ser efetuado sempre que o órgão de gestão da empresa necessite
de informação ao longo do período contabilístico. A informação que os dados contabilís-
ticos proporcionam nas suas demonstrações financeiras e outros mapas complementares
são uma ferramenta essencial para os processos de decisão.
BIBLIOGRAFIA
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Cristina Gonçalves José Rodrigo
Sant´Ana Fernandes
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Dolores Santos
Dolores Santos Sant´Ana Fernandes
José Rodrigo
Contabilidade Financeira
JOSÉ RODRIGO CRISTINA GONÇALVES
Contabilidade
José Rodrigo Guerreiro, Licenciado em Cristina Gonçalves, Mestre em Gestão,
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presarial e pós-graduado em Contabili- em cursos de licenciatura e mestrado
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Docente na Universidade do Algarve, contabilidade. Contabilista Certificada.
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da contabilidade. de formação e ensino.
Trata de forma rigorosa os conceitos relevantes para a contabilidade, assim como o
enquadramento normativo das operações e outros acontecimentos na esfera empre- 4ª EDIÇÃO DOLORES SANTOS
sarial. Apresenta-se com uma linguagem acessível, acompanhada de figuras, quadros
e exemplos, de forma a tornar mais compreensíveis os diferentes temas.
SANT´ANA FERNANDES
Enquadramento contabilístico das entidades Dolores Santos, Licenciada em Gestão Fi-
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Administração Empresarial pela Univer- (2 e 3) património, suas modificações, conceitos fundamentais de contabilidade e da Contabilização das principais operações do Algarve. Docente na Universidade
sidade de Huelva, docente em cursos de técnica contabilística; (4) normalização contabilística; (5) reconhecimento e mensura- no contexto das atividades operacionais, do Algarve, Contabilista Certificada com
licenciatura e mestrado na Universidade ção das operações empresariais, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato investimento e financiamento atividade profissional e formadora em
do Algarve. Formador em ações desti- Financeiro; (6) operações periódicas de apuramento, designadamente o apuramento Enquadramento das operações nas NCRF cursos profissionais. Coautora de livro na
nadas a profissionais de contabilidade. do IVA, dos resultados e do imposto sobre o rendimento das entidades. Mais de 140 quadros área da contabilidade.
Contabilista Certificado. Coautor de livro, Mais de 220 figuras e esquemas
Os autores acreditam que o livro, pela abordagem dos temas e conteúdos apresenta-
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dos, constitui um bom manual de apoio à aprendizagem e aplicação da contabilidade.
nacionais e internacionais. Mais de 330 casos resolvidos
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