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T. H. MARSHALL Protemor Each de Sosologia da Uniesdate ae Lodees Yaa CIDADANIA, CLASSE SOCIAL E STATUS Introdugao do Pror, Praxis ©. Scmercen re ZAHAR EDITORES = Rio De JANEIRO wi . IOAAN0Ue Anan & capiruto itt CIDADANIA E CLASSE SOCIAL, | s © conte para pronuneiar estas conferéncas! me fol agra. dive! tanto do pont de veta pessoal quanto profissinal, Me, Gaquanto minha resposta pessoa! consist, num reconheciment© { enguanto minima Be uma honra que no tinka @ direto, de fxperar, minha reaglo,protissonal nao. fof absolutamente mo- pera, minlivame que a Sociologia tinha todo 0 dieita, de desta ar sua outicipagao nessa comemoragto anual de ‘Alfred recall @ consideret tum fato anspicioso, © conyite feito Por Marshyiversidade que, embora nao inclua a Sociologia, 1, UA Ciusos, deveria estar preparada para recebé-ln como wine SeMtante. Pode ser, © isto 6 um pensamento inguletante, que t Sociologia esteja send julgads pela mine posses Se assim 4 © fér, estou certo de poder depen: xr de um julgamento escru- ju 7 gee oalgoet } Psicologie, ’Pindependente a0 aperfeigoamento, de seus Té- Todos propos de investigagio o andlise, Marshall deliberada- mente éscotheu, um ‘acentuadamente diferente daquele feguido por Adam Smith e John Stuart Mill, © cespirito que een esta eicolha 6 indieado pela sula inaugural que Ble pro- The Mershalt Lectures, Cambridge, 1049. (Conferéncias, ded ceadas a Alfred Marshall.) 38 CIDADANIA, CLASSE SOCIAL E STATUS CIDADANIA E CLASSE SOCIAL 59 unciou em Cambridge em 1885. Falando sObre a crenga de | Seria fell citar muitas passagens nas quais Marshall foi Comte ‘uma Ciencia’ Social urificads, ele. disse: “Nao. levado a falar désses fatdres evasivos de cxja importincis, le x0 limitar min! diévida de que, ée tal cidncia existisse, a Economia encontraria, de bom grado, abrigo sob suas asas. "Mas ela nao existe; nem le que escol mostra indicios de Sua aparigio. Nio faz. sentido os; rot ra oa as Trat-se de wn Ensaio” que tla; davemos fazer © que'podernos com nosos Tocutsoy abvas 28 orm Club, em 1873, sObre The Future Ble, portanto, defendeu a autonomia ¢ a superioridade do mé- : of the Working Classes; ensaio @ste transcrito no volume come- todo ‘econdmico, superioridade esta devida principalmente ao trorativo editado pelo Professor Pigou. 144 algumas emprégo da moeda como instrumento de medida a qual “se Unite os textos das duas odigbes as quals, acredito, devem ser cotstitai de tal mancira nia melhor medida de motives que aa i ccesbes fetes por Martial apbs 0 aparecimento nenbuma outra poderia competir com ela”? } da versio original em folheto? ‘he zelembrou, tse Marshall foi, como’sabemos, um idealista; to idealista que ae fl at Sao Oe poe papal E gal. Keynes certa vez afirmou que Marshall “estava muito ansioso dele a aiaguedeeh mainba finalidace de hoje porque néle fazer o bent’ Atribuir-lhe, por esta razio, o epiteto de =» ema da igualdade Prclogo sora a tina coisa n fazer. B verdade a teas Me oo cbmc, chef ao socidloges tém sofrido de semelhante benevoléncia, muitas feira da_qual-se~enconirao_territério_da_Sociologi vézos om detrimento de seu intelectual, mas niio = ute ine agra dstngut economist 0 socidloga afimando que _ | gave e-em breve ekeusto poe um doveria ser guiado pela razio enquanto o outro ser levado {-Seclologia Sn Gaviar ium emissario para encontri-lo na fron- pelo coragio. Pois todo sociélogo honesto, como toda econo- t I fetre-eeajustar-se-the ‘na tarefa de transformar uma terra-de- mista sincero, sabe que a escolhe de fins ou ideais jaz fora do hinguém num terreno comum. Sou bastante presungoso para ‘campo da Ciéneia Social e dentro do campo da Filosofia Social. rao desafio decidindo viajar, como historiador ¢ socié- Mas sma_de Marshall f@z com que éste apais sroate alampae 0 Cilucle-da Eaairania 9 scrsigo-d la — como uma ciéncia = a — para_desven fem dirego @ um ponto na fronteira econémics daquele ~ Pee. ema oral, 9. problema da 3 i =i ‘No seu ensaio de Cambridge, Marshall longou a questo para a opiniéo segundo a qual o pro: | i Taso pf que_seriom z 6 lamas econdmiees,-a_Cidncia da Econom i a0. E éstes doi ois éles L Fmplicavam a consideragio de Térgas socials que esto i : » ‘aio, Afirino que ; an , seria ncamteceri' 7 Sua Te se baseava na crenga de que o | A Ce Sm, reais ae ane ogo earcterstio das clases operas era o taba pesado; ei ee eal neh Re ee S'Eidaivore ue o volume de tal tabalbo pode ser emt expres seu a to por ter escolhide a Econoshia cerivelnetie reduce, Analiando a stuaglo, Marat > , ma ike. aie controu provas de que os artesd ata a a Psicologia, uma Ciéncia que Ihe poderia ter aproximado mais ontrou proves allemador, jf tenclam para a condiglo que do pulso e da vida da sociedade e the dado uma compreensio mais profunda das aspiragées humans. 7 Tmppreatto privada de Thomes Tofts, As piginas ctadas se referem esta igo. 2 Memorials of Alfred Merahll, echo de A. C. Pigau, p. 164 “ Publicado sob o titulo “Prospects of Laboos", em Econom, ee Fevereiro de. 1949, * iid pe aT Top. ct, pp. 9 © 4 60 CIDADANIA, CLASSE SOUIAL E STATUS {le previra como iltima de tOdas, les estio aprendendo, disse Masshall, a dar mais valor & educagio ¢ a0 lazer do que “a tim mero aumento de salirios ¢ conférto material”. Estio “segu- famente desenvolvendo uma independéncia ¢ um respeito nas fulo por éles mesmos 6, portanto, um respeito cortés pelos Gatton, esto, cada vez mais, aceitando os deveres piblicos © pvados de tn ‘cidadio; mals e mais aumentando seu dominio ‘Verdade de que sto homens ¢ nao miquinas produtoras. . Batgo cada vez! mais, tomando-se cavalheiros’.*| Quando 0 / avango téenico houver reduzido o trabalho pesado a um mi imo’ e sso minimo fOr dividido em pequenas parcelas entre Todos, entio “se considerarmos as classes trabalhadoras como hhomens que tenham trabalho excessivo a fazer, as classes tra- balhadoras terao sido abolidas”. 4 ‘Marshall tinha conscidncia de que éle poderia ser acusado de adotar as idéias dos socialistas cujos trabalhos, como, éle mesmo nos disse, éle estidara, durante éste periodo de sua Vida, com grandes esperangas’€ um desapontamento maior. Pois, disse dle: “O quadzo & ser tragado seri semelhante, em alguns aspecton,iguees ae, 0 listas nos tém mostrado, aquéle nobre conjunto de entuslastas ingénuos qe atribofram todos os homens uma capacidade ilimitada para aquelas vir- fudies que encontraram em si mesmfs".? Sua répliea era que fra seu sistema diferia fundamentalmente do socialismo, pois evaria o3 elementos essenciais de um mercado livre. AFir- Pieva, entretanto, que o Estado teria de fazer algum uso de Jun frga de coergao, caso seus ideais devessem ser realizados. Deve obrigar az crlangas a freqiientarem & escola porque 0 i ‘nfo pode f, portanto, escolher livremente Sguorate Do afrenciam'a ida de cavalleos daquela fas, "Esté obrigado a compeli-los e ajudé-los ft tomar 0 primeiro passo adiante; e esta obtigado a ajudé-los, ze descjerem, a dar muitos pasos & frente" Noto de 2% mente 6 primeiro passo 6 obrigatério. A livre escol ide ‘os demais tio logo a capacidade de escolher seja rial, S The Future of the Working Clanes, p. 6 9 Wid, p. 16 0. A verso revista desta passagem,oforeco uma, dife- ng i BO he Sat, 5D uate afar tngado teh secaban, ‘Tjgins sosalistas og tha mostra, W ibid, p. 15. CIDADANIA E CLASSE SOCIAL, él © ensaio do Marshall foi construido_ com bese_nume hive: f_tese"sicilogica nus chleula-econfinee, (0 cileulo oférecia Srreaposta a seu problema inicial ao mostrar que se i \ esperar que os “ecursos mundials © a produtividade ade | \\ lentes para fornecer as bases materias necessérias para | cleus pare forces bats valine, Em ontrs Pal jerseia arear com 0 custo de oferecer educagio uni- Yersal e elimiinar o trabalho excessive e pesado. Néo havia |menhum limite intransponivel, ao progtesso das classes ope- ‘ririas —- ao menos neste lado do ponto que Marshall descreveu + @omo o objetivo. Ao caleular ésses dados, Marshall en fo. \ (tas, fs técnicas comuns do economista, enbora as tivesse ‘um problema que eavolvia um alto grau de ociolégica_niia in civilizada as cor priadas a um cavalheito, 4 reivindicagio de todos

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