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DIWAN, Pietra. Raça Pura: Uma historia da Eugenia no Brasil e no mundo. São Paulo:
Contexto, 2007.
A eugenia moderna nasceu sob essas idéias principais. [...] (p. 21)
Após se ocupar por quase duas décadas em provar que o talento é herdado,
através de analise dos dados da elite inglesa, a preocupação de Galton estava voltada em
mostra que a doença mental, o crime e a marginalidade eram também resultados da
herança genética. [...] (p. 41)
[...] Galton prope que o valor da raça é superior e mais importante do que a
educação e o meio ambiente. [...] (p. 43)
[...] A eugenia chegou ao poder e foi usada como arma política de discriminação
social e limpeza étnica. [...] (p. 46)
[...] a eugenia cairá num sono profundo do qual só acordará com os debates
sobre ética reavivados pelas técnicas de reprodução assistida, fertilização in vitro e com
as descobertas sobre o mapeamento genético, a partir do início dos anos 1980. Não é de
admirar que os Estados Unidos e a Inglaterra tenham impulsionado a corrida pelo
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mapeamento do DNA humano no início dos anos 1990 com o Projeto Genoma
Humano. [..] (p.49)
[...] Durante o regime nazista implantado por Adolf Hitler, centenas de milhares
de pessoas foram esterilizadas compulsoriamente e mais de seis milhões perderam suas
vidas em nome da higiene da raça. [...] (p. 64)
[...] a educação sexual foi defendida em 1932 pelo bloco Nacional das Mulheres
Revolucionárias, da Cidade do México, que pediu á Sociedade de Eugenenia do México
um projeto para todas as escolas por meio do qual todas as crianças até os 16 anos
receberiam orientação sexual para disciplinar o “instituo sexual”. [...] (p.81)
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No Brasil, o regime republicano amplia essa discussão, pois para boa parte dos
eugenista brasileiros, o país era ainda uma nação sem “povo”. O ideal de um República
embasada na igualdade na democracia criou a necessidade de formalizar e gerar novos
campos de saber, para a produção de corpos constituintes de um povo homogêneo,
tipicamente brasileiro. [...] (p. 96)
[...] A raça era importante, mas o que interessava aos eugenistas era extirpar do
corpo social os indesejáveis. [...] (p.114)
Toda política adotada pelo governo Vargas na década de 1930 foi direcionada
em defesa do nacionalismo de inspiração nazi-fascista. [...] Barroso escreveu no jornal
A Ordem que nenhum país necessitava tanto melhora sua raça quanto o Brasil. (p. 120)
[...] O tio Sam cria o Zé Carioca em 1942. Produzido pelos estúdios de Walt
Disney, o filme Alô amigos mostrou pela primeira vez ao mundo a imagem do brasileiro
malandro e cordial. Um papagaio colorido, mestiço, sedutor e com ginga embalado pelo
samba e pela cachaça. [...] (p. 120)
[...] Apesar de Renato Kehl não ser o único eugenista brasileiro, sem dúvida foi
ele quem melhor planificou e expressou os desejos e anseios de todos os eugenista em
nosso país. (p.123)
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[...] a tristeza e a feiúra eram também vistas como sinônimos de doenças, assim
como a sífilis era sinônimo de fealdade.[...] Pessoas feias... não somente do ponto de
vista estético, mas também moral.[...] (p. 131)
[...] O feio torna-se então um ônus para o Estado, um atraso para a sociedade e
um peso para os velos e normais. [...] (p. 138)
[...] É belo todo indivíduo com saúde, desde que tenha uma compleição física
normal. Por outro lado, o feio corresponde á anormalidade, à desproporção e á doença.
[...] (p.140)