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Hans RoBERrr JAUSS "21300097504 A HISTORIA DA LITERATURA COMO PROVOCAGAO A TEORIA LITERARIA ‘ToBa. :94379 _ i Sérgio Tellarolt Feta soit original Lienenogechich © Univenitserelg Konstane Gob, Ko Sumdrio 1S@N #508 04631 6 199 Todo x dist rca Baitora Arica S.A Rus Baro de guape, 110 — CEP 01507-900 Mel: (PABX) 278.9522 — Caixa Pous 8656 Beh Teeetio Bostins= Pex 011) 27-146 - Sto Paso (SP) Anexo: Os horizontes do ler A \inia ds terse cn cog oe a oe Se ane hnid dom eae inequivocamente trlhado o caminko da decadéncia constant Todos os seus fios culminantes datam do século XIX. A épocay de Gervinus e Scherer, de De Sancts € Lanson, exerever' hi tia de uma literatura nacional era considerado o apogeu da eae ta de um filélogo. Os patriarcas da histria da Titeracara tina como meta suptema apresentar, por intermédio da histria das obras ceria aidia da individualidade nacional a camino de foje es aspirasio suprema constitu ja uma lem- distant, Em nossa vida intelectual contempordnes ise ‘ria da literatura, em sua forma eradicional, vive tio-somemte tuma ensténcia nada mais que miservel, tendo se reservado ape- nas na qualidade de uma exigencia caduca do regulamento dos «xames ofcais. Como matéra obrigatéria do eurriculo do ensi- no secundrio ela jé quase desapareceu na Alemanha, No historias da literatura podem ainda ser encontradasy ‘muito, nas estantes de ios da burguesia instruidas ta que, na falta de um diciondrio de literatura mais consulta principalmente para solucionar charadas foesde nas universidadc, a hirin da Fe setesendo, HA tempos ja nso conti fimar que os fidloges de minha gerasao ont Sees Hd or nacional por cursos vols fur um ene Be arose problemas hints expec Receuum quatro rermelhante a mprcan Pein naforma de mancaisenciclopsisc volumes ing Seite rena mee cr carn ersten — deja abs daca Bee eponss sie Sigiicatvament, eis cok Be ramen resulta ds inicaiva de ome derma. cm ger 31a de alum ctor empren Bete rape date yrs vex enone A rmians epccalizadss, pauiando Mts gerosa dos mesos cienico-itersic Betas daeminica, da postica eda hiss Depts doe tates dox ners Por cet, tabem avi Nests cpecoadas em fologia encontrar (pm itera. Seus aor, pore Mme dl crea. Da ica das diiplinas vi Hg lerancam aber ou veladarmente, quali eins dessa: cr Prec anign. Tamponco a crc oiunda de we ecmascompacnecnse lo. Talcrica tem 2 ober is Se late nrarra que cla apenas se pretend una formada is hisria, mas na verdad, nove se numa cera exteriot histéricae 20 fx, fla igualmente na fundam nda, em gran ma aborda xpostos a problemas os de pseudo ber pura es Cumpreeslarecer essa critica. A hisria da fms forma mais habitual, costuma equivarsedo pe Pde uma enumeragao meramente cronogica dos fats one segundo tendéncias gras, géncros ¢ “outs a= or ca A biografa dos autores 2 de sua obra surgem ai em passagen ale dra diessivas. 3 mancia de um elefnte bran, O3, ean tae a Ineracua ondena seu ntateial deforma unl mri x ronelogia dos pundes autores apreiando-os eon ee da e obra’ — os autores menores fica al re hseridos nos inervals entre os andes), €. PA ve enwolvimento dos géneros vss; asim, inedtavelents Pe ge Fata dena modalidade de hse da ltrataa 6 reese soberudo ao none dos auores da Ansigtidade i aecjcomtsase com maior freqaéneia has iteraias eae sedeftontam com a dificukiade —crexente Re “Truc aroximam do presente —de ter de fier smal aide aoe aZrc de autres cobras co conjuno mal s€ conse denne ar do. uma deserigdo da literarita que segue ui €880= iv al precaclecido ¢ simplemente enfileita vida e obra Fe oe ore cm seqencia cronol6gica no constitul — Come be. Garvinus hist algunas mal chege a ser 0 quelle ‘Do mesma modo, nen historiador tomaria ra apresentario da litratra segundo sts gEREIOS ido madangas de uma obra para a Out pexsiga aS 1 da lirica, do drama e do ae emuldure o todo inexplicado com uma observagio de ie vomada emprestada 3 histria — sobre Jencias politica do periodo. Por outro lado, no ancamente malvsto, que tm historiador da Tos qualitaivos acerca de obras de €pocas utritio, o historiador costuma, antes sbjetividade da historiogafia & qual cabe ou coisas efetoamenteacontecerim. Sua abe cia etcticafunda-se em boas raz6es. final, a qualidade ea scegora de uma obra litertia no resultam nem das eondigdes hisoricas ou biogrificas de su nascimento, nem tio-somente de Jeu posicionamento no contesto sucess6rio do desenvolvimento) dlcum géncro, mas sim dos crtérios da recep, do efito” prO= Ae Winkie yor “ina bo dea elt oe lane alu de pages ea eg eh Sp gs ea aches cease lemais se, comprometido ca Mo bisibriador da ierarus limitase S208 ae * eae aes Seer pores ee eee Secon ema escort Feecrn cer dsipre rir po coma Be erecrrarlonse, sim, na consructo de seu jutso om, I cccenc scene i iabeepeirtn arent cere Saher aliieliresens Regs pnen = ada quese Gpsemcl a wns fnte do mais nbre cnerezenr i: Il AA snags oto connicven spares ane i a tt enfin Els poem mb ema a ae ter iando denonseu qi=tan aaa rae nana revel ifn, que Pe rereatao a perpuns ede suelo A repos desea forges colocols em su aula auger he niviad one 26 de aio de 1789-— We binder de dct mon Univerageih?\0 ac sii eam P= post otal hits univ) ta pe do modo de comprende «hide do ean Se tat iguamentecucacia no ques penta ric wolado pane nade soma tad kena do clo competes am fa perl, buscou desncambicae da os gaa a icin da sti]Ao mesmo tempo, da oe peat e porque nado otal do conbedmenea deus acca eccuiamec de oodles onelaa shel de hana d eu Gervinus pode nce srr (el eae an Dele ¢nio somes princra expec ceaiiaaaam Gach de petichen Namal et oats en dos aleres}(1835-1842), comy rene (anc) stad de crn Nia de ie ine Oe ea rts do hires age cin vo Fumble Grn der Hong Meni da hs] consti ure cri a gu i pre, emibao cam 2 grand cael Meri his dali, oracles ston dy ett moro de fro quando inv ‘rears somente 5 de Faro = rabjem,caconesequcls iia fundamental gue a De A rneamdraoncinnt domo Frere par Schiller sainda no Pac oligo ger que nos perme compreendr Bee rmemo da hina univeral da huranidade, figura jg Mee prac em mnifesaces vlads da iia da individ Pacers Quando, ent, Gervinus se apropria dea oem held epliceraistra, cle, imperceptivelmente, ole oot erie de Humbolde a servic da ideologin nacional Ge gue forma edi ena n44 nado amaniade — die pare gual rf pecai ideo ales sempre sender dapor ns’, Aida universal df «a hist esgregese na mulilcidade da hisra dualidades Raconaiyafuilandorc, por fim, no mito li doo ‘erdaditossucesores dos gregos — ¢ 1s dia que somento alm reveavr-se pt densa pure Eze proceso, vorado visivel a partir do excmplo de eens cea inte split (Geiegecicne| no século XIX. Uma vez endo.a | col histéicadesacreditado 0 modclo telcoligico da filosoia da hist, da esultou também uma implicagao met tan para ahisria da literatura quanto para coda & a-hisdrica a solugio da filo sofa da hisra dese compeender a marcha dos acontecim= aaa de um meta de um apogen ideal da in mun Trees se pia coo, tender eapresentar nex dis re gs jamal ve evla em wa tocalidade? Conforme demons re TG Gadamer o ideal da hséra universal transform= ein nam embarago para investiga hist Oito= ular excreveu Gervinus — pode somente pretender presena reetince nacional. Contudo, seu desenvolvimento posteriog & (o.oo inl Gna, inegavelmente, de wazer de volo velba aad periodo passion, como se se tata de real edo Estado! «0 da hist, 0 hstoriador do historcismo paresia estar quae oc lhe Vinal” e descoverem aun plenitude propia ue dels resultou, Assim, a hist como pa ia tender plenamente até ao ideal metodo Jualidade nacional no mas the basta com id vor, historia da trata alinhav mass outs in baas. A reg fonda menta da esr hie 0 jisoriader deve anularse ante sew objet permisndo qu cle apreentecom total bjtvidade',deaavacs ilar melhor através desseenfoque por épocasjcomo tdossige nifcativos apartadoseiolados. uns dos outs, Sea ‘total obje= tividade” demanda que o historiadorabstaia do ponto de wsta de seu presente, eno 0 valor eo significado de uma époea pase \deser cognoscives independentemente do mks céldbres palavras de Ranke, de spe peulado wa Fundamentacto colic seis dpcesapresencam-seimediata Devs, Pip maa gue del ou se is Mpipte sana pst 8 PTEUNE ea de pro eonccito de “progres” na histéria dest Mares de tuma nova teodicti: na medida em i resenta cada dps com algo vdlido em sce SPeus pean filosfiaprogressisa da his, emna mers estipios para a eracio seguint, Medion uma peimaria da lima €, portant, uma te Enirexanto,a solugio de Ranke para o proble i Plowha da hiscdria foi obtida 2 custa de um Be eae lign o posado 20 presente — iso & 2 ép0cy Mis Cetvamente foi", aquilo que “dela resulrou Ndaflosofia ds hiseéria do Ihuminismo, o historic fou nde apenas modelo tcleoldgico da hstria uni Homa também o principio merodol6gico que, acima de Megando Schiller, marca historiador universal e seu pro Gnclar 0 pasado ao presente” — wm conecimento ‘apenas supostamente expect qual a esco ‘nfo podia impunemente desconsiderar alii, o ulterior desenvolvimento n0 can (Radia daira teria do século XIX apoiou-e na con fde que a idéa da individualdade na a a pare rade cde que esa ida vrnariareprsentivel a hindre® trem a parc de uma seqéncia de obras {Havendo desaparecdo tal convicdo, tinha de perderse fidosacomtecimentos,fazendo-se incvrive que ite jeapresente se apartassem una da outa em esers bem como que a escolha, decerminasio € liters se rornasem problemicias. A gvinie foi determinada primordialmente por ta acrediava estar fazen- ——C 13 das cidnciasexaas O resultado ¢ bastante coed: aplietsao ao da hisedria da filosofia,conforme esta se reflete na literature Tilia neutaliza a prixis vital da hist6ria, na medida em gle pusca » ponto crucial do saber na origem ou na continuidade Supnatemporal da adigio, eno na atvalidadeesingulatidade de vin fendmeno literirio". © conhecimento daquilo que petsiste ‘in mero i mmadanga constante desobriga-nos do esforgo da com= "obra monumental de Emnst Robert gio de epigonos pes {ds topica —, 2 continuidade da heranga da Anti= 8 ia 3 condigio de idéia suprema, figura sob a forma: fa tensio historicamence no mediada, imanente’& tadigho lite= riria, entre ctlagao © imitagio, poesia elevada © mera literatura, {Um classcismo stemporal das obras primas leva-se acima daque Jo que Curtius chama “a irrompivel cada tradicional da medion cridade’”, deixando a histia atris de si como terme incognita yc pcs, plop wad pu aa tone sao resendoroumeeauem | a Beem Ce oo a Bi eecictmenec a ra cpocs aes snippet ae ins apena a literxara do periodo humanista dy sien os eomence dann kel Ds orcona dct ssc Tbe rola com a masini ME etic cncgeics da cols marca caste gee csentie 0 pore con tcp hind cic oc de meu Til vis, bem como & merafsica etéica da histia fos opostos,ambas tentaram resolver @ 1 compreender a sucesso histica das obras Titerrias como o-nexo da iterator € ambas mergulharams por urs cm seu expelhamento da reaidae Jecrmo-nos aq nos resultados grata teria patcada elo mat que jamais se canwou de faze deriva ditetamente alguns favresecondmicos econstlagdes de clases da “in ur Cilade dos fendmenosltertios. Um ait tas eleva «marist aleangou nos momentos da icratura enguanto lement® So determinagio socal do homes lta também dos atos pasado de que liga @ mn paseo eps pre pai fio este que fendmeno ‘Com base nessa premissa cumpre agora responder 8 pet= guna acerca de como se podria hoje fundamentar met ‘Camente reescrever a histéria da literatura. esbogo que se Segue foi dividido em sete ress (VI-XIN), cada uma das qualsseré ‘por mim discuida separadament. Lime remvvapio da istria da literatura de aaiz x precncit do objetivo his. Merwe as eicascradicionss da prods ¢ de Ga exten da epee edo cit. A hisriidade Teepe nae coat de Yas teri” exabelcis poset tum, mas no experiencia dinmico da obra i D Mess Ltrs Ena moma reli diligica cons emblm da bisa de liters. E iso porgu Peompreendereclasificr uma obra, 0 hisortador Tew sempre de novemensefazerse cle priprio, leit “paleo ee tom de ser espa de fundamentars Vormendo cm conta tu psigioprcnte na sirichirics aa ce enti sei Jorn dade, R. G, Collingwood estabeleceu para a hiso “sory ismoing but the re-enaciment of past thought ‘mind’ — aplicase em ainda maior medida § ra. concepsiopostvsa da histria como ide uma sequéncia de acontecimentos num ala tanto no que se refere a cariterartitco Bo que rexprita 3 sua hisorcidade espe fa, A obra Iineriia no €um objet que ea por ss fe: fea ea obervadr em cada Gpoca um mesmo Spon condo fara de um monumento a reelar monologieaette Nie voor El antes, como wma partiura voltada para sera sempre renovads da leivura,Hibertande o Seto re jas paves conferindolhe existecia ata para sen mame temps gle I pare ek um ios Ie ie reuendre. fesse criter dildo da obra teres queey ‘ rae num saber acerca de fro O saber flolleo Perma Tae inculad 8 inerpretaga, esta precisa tt or me seidamente ao conhecimento de we objet, reflec © Ses paralelgnauma;io desseconhecimento como moment de Hm nova compreensio. hipaa da literatura €um processo de fecepetO & prot ho estdtica que se salzagio dos textos Iterdtios Por Cree do letor que os reccbe, do estitor, que se fx naam tester. cdo ctco, que sobre ele reflte/ A sofma— Giese seauénciasjncviives e incidentas, «poss expla como evens tovccve content hstrico no qu na bs ra ape ‘sce ndo consorur uma sealénca factual de Gosumenteexsents independensemente de um obsenada O Perceval worna-se aconcecimento literirio wnicamente pata seu lei= tor, que lees obra detradeira de Chréven tendo na lembranga do autor, perebe-Ihe a sngularidade em com Je ourras obras jf conhecidasc adquire, axim, eito para a avaliagdo de obras future sdoacontecimento politico, oliteritio nio pow impeioas, que sgsem exis por is day gerario posterior poderi mais escapar. Fle lp fo seu feito na medida em que sa recep Ss farurs ov sci por eas reromada ga oYAMEnIe s¢apzopricm yu desjem imité-a, sobrepui la ou {como acontecimento- cumpre-se primor dese horizonte de expectativs depender, Bildade de compreender e apresentat 4 hisiora da Vil Bee ore fare a neta ques po coer fa da thon rent deo pri de gnc, da forma de ier me dope coat mado abr peace de Rend Well oi eg ITA Richards quant poblidds ce alan to estético chegar aalcancat a esfera de significagio de uma obra, litera, em verde, em suas tentativas, result, na melhor das hipéteses,simplesmente numa sociologia do gosto, Welle angie menta ndo ser possvel, por meios empiricos, determinar im: «estado da consciéncia quer sao individual — uma vex que este ‘nceraem si algo de momentineo eexclsivanaent pessoal —y quer scja ocoletivo — que J. Mukarovsky supde sero feito da chia de artes, Roman Jakobson precendeu substi ead I csi i nin ii ta oy BE tide iaseis imperciae see rela De fae ora 0 Sabet de MEER ieesos ques dea parc dequedadocn Secs do corms: 0 chive dean, itetrerminade pablice. Hi, enceann Bes gts be 80 perso — dase Dierapr dor gets race bso nce Dees eas evn: pongo ene sue ame BU pets quae a comprecnsosbjctvs do lee tsk xpos ra, também na experitnc Meer gicdi sconce pla pris vex us obs cn Rs Mater perio, cl proprio um moment Bie epettncis, com base no qual 0 novo de que womamos Neeser aja. eel, por asim hee cpcicac™. Aderais|s obra que sre ek gen Sore os ee ices, predipte sox pico par rce RN ieeacanee Sida le deperaslembran He dal, elo de inicio cxpecaiva quan ame e Res decrninada posers crocional «com tcc geal dacompreensio vinul Re aietiepedesentso —c nso antes di locar a Se jeciidade da iverprcxaco do gost dos Be oecastasde lor | eet paras objerivato desis sistcmashistrco fib de txfestacis 40 daquelas obras que, primeiramente Bars alts convencio do gener, do elo oud forma, evo eum marca horizonce de expectativas citores para, depois, destrui-lo passo a passo — proce: seine ror tie ma los peticos. Assim ¢ que Cervantes ft da Ieinura do Dom Quixote, resulre 0 horixoote de vs dos antigos¢ to populares romances de cavalo, w seu kin alo pate eambém que Diderot ‘pio de fatale. © lie sviger, bem come 8 CONVERSE ahetites ovidéncia que the ie ibrar aca psi, fends Pe nce de vagem de amor Uma a casi eguidarentco cater mension da ORE a, combina € mist sonydmn Neral, em suas Chimere fa oda uma snc fares ov 3 liso i desconhecido na medida em ado mito pri val do Bain, c a mda tm em ss sbem em que se xompe a let da informagio fernada expressiva adquire uma fungio poetica : Mas x possbilidade da objetivasd nectuivaherifica-se também em obras historicamente MeBOs BEES isso porque, na auséncia de sinais explicitos, a pre dlsposigo espeffica do pablico coma qual um autor conta pata partie de erés ddeterminada obra pode ser igualmente obti farores que, de um modo geval se podem pressuporsem primel ro lugat a partir de normas con da podtica imanente go gencro: ent segundo, da relacio implicita_ com obras onhecidas do contexto histrico-liverdrio; e, em cerceira lugat 4 oposigio entre Ficgio realidade, entre a fungio poética ea fungio pritica da linguag sin, oposigao esta que, para o leitor que reflec, faz-se sempre presente durantealetura, como Pose sibildade de-comparacio, Esse terceiro fator inclu ainda a Possbilidade deo leit perceber uma nova ob a nova obra tanto a partir do horizonte mais restrito de sua expectativa litera, quanto’ sais orplo de sua exprincia de vids. Vor, fio dos horizontese 2 sua possivelobjernaee 'de pergunta e resposta quando shor fo entre literatura c vida (ver tese XI}. Vill © brio depen de ma or que asi fe oa pote deerminar eu carter arise a partir "Tmo de gh segundo equal la produ seu ef sobre wm oe minendese dni tes auc ie inediaoureo berizont de expecta preexisente ea sparigiode irs no ld dane se por termed da nega aise iéncias ccidas ou da conscientizagao de outrasy Jamais express, pode ter por conseqiencia wma “mudanga de hori= site tal ditnca enon dees objeinarhistoicamente ma ced ui derbi (ceo eon ‘ejecdo ou choque, ato isolados de aprovacio, compneen= ‘do gradual ou tardia). A once pla ul uma rs ee shies deta puten das concep Spies ds idesogia de seu pdbico; ou no fato deo sucesso lie Ppestpor urn lio “que exprima aquilo que o grupo espe lio que revela20 grupo sua propria imagem’. A socio erature nio etd contemplando seu objeto de form iletica 20 definir com tamanha cstcter dé formado porescricor, obra e pblico™. Tal defi dyentida: hi obras quc, no momento de sua publ » cago, no podem ser relacionadas a nenhum pico «spect, cee vapeny io completamente 0 horizonte conhecido de re ais literdrias que se pblico somente comesa a feat sere poucns, Quando, entSo, 0 novo horzonte de expeetaGas ura validade mais geal, © poder do novo fevir arevelarse no fato deo pblico passa nvelhecidas as obras a6 ent de sucesso, recusan= T somente tendo em visa essa mudanga de fit liertia adeneraa dimensio de da literatura escrita peo eto, a8 cavas estat porcionam conhecimento histrio. pode servis uma sensagio liter ‘amente com 0 Madame Bovary de Thubert romance que, de I para ef tomnou-se mundialmen= i publicado o hoje exquecido Fanny, de seu ami bora o romance de Flaubert tenha aearretado um ‘ao da moral pblica, Madame Bowary fis 8 ysado pelo romance de Feydeat: em Um aN, ancou tezeedigbese, assim um sucesso que Paris 80 > nl de Chateaubriand. Do ponto de vista temétio, omancesacendiam 4 expectativa de um novo pablice de Baudelaire, abjurara todo e qualquer romani ‘vente burgues ou proviniano. Contos revives detalhes das cons erticas, ambos os movida pla convengao. Langatam uma nova i sido cme, invertendo a esperada eae sion Peydeau fa o overs amante da mibora tendo satisfitos 0s ses deseo fet ci de sua amada scumbir ante es ormentosa Siaagoy alert eas adultos da exposa do médico de pro= inc aduleérios estes que Baudelie interpreta como mia founa sublime do dandjome — desfecho surpreendents, a Rei Jaci que ¢ preciamente a figura sidicula do marido enganad, Charles Bovary, que, a0 final do romance, assume tragos Subi=

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