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‘a X \ Luiz Cera Zanetta Jr. POO OOO OOOH OHOHOOHHHHHOHHEEOHOOOOHOOO Copyright 2005: Editora Livraria da Fi Editor: José Roberto Marinho Capa: Arte Ativa Impressdo: Grafica Paym Diagramagao: Carlos Eduardo de Morais Pereira Tlustragdes: Ricardo Vianna Lacourt Revisio do texto: Tania Mano Maeta Dados Intemacionais de Catalogagao na Publicagao ( CIP ied ( CIP ) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Zanetta Jini, Luiz Cera Fundamentos de sistemas elétricos de poténcia / Luiz Cera Zanetta Jr. Led, ~Sio Paulo: EditoraLivraria da Fisica, 2005, Bibliografa 1. Centras eleticas 2. Correnteseléricas 3. Energia eltrca ~ Distribuigto 4. Energia elétrca ~ Sistemas, 5. Energia elétrica ~Transmissio 6. Linas eléticas I. Titulo, 05-1282 cDD-621.3191 Indices para catilogo sistematico: |. Sistemas eletricos de poténca : Engenharia eléttca 621.3191 ISBN: 85-88325-41-1 Editora Livraria da Fisica Telefone: (11) 3936-3413 www livrariadafisica.com.br Sumario |PREFACIO. CAPITULO 1 Introdugio aos Parimetros de Linhas de Transmissio 5 LI Introdugd0...ts0 5 1.2. Condutores Utilizados em Sistemas de Poténcia. 6 1.2.1 Resisténcia de Condutores. 8 1.2.2. Efeito da Temperatura na Resisténcia dos Condutores em Corrente Continua. 1.3. Indutancia de Linhas de Transmissao. 1.3.1 Generalidades. : 1.3.2 Fluxo Concatenado com um Condutor .. 1.3.3 Indutincia de um Condutor devida ao Flux Tnterno 13.4 Efeito Pelicular s 113.5 Indutincia de um Condutor devida ao Fluxo Externo 24 1.3.6 Adigdo dos Fluxos Interno e Externo, 28 1.3.7 Indutancia de uma Linha a Dois Fios com Condutores Cilindricos....29 1.3.8 Fluxo Concatenado com tim Condutor ppor um Grupo de Condutores..2.: 31 13.9 Link Bifésica com Condutores Compastos ou em Feixe rcnno.non34 1.3.10Reatincia Indutiva da Linha com Utilizagdo de Tabelas. 43 1.3.1 [indutdncia de Linhas Trifisicas com Espagamento EqUiliter0...o..n45 1.3.12Linhas Trifisicas com Espagamento Assimétrico 1.4. Capacitincia de Linhas de Transmissio, 1.4.1 Generalidades. 1.42 Condutor Isolado. 7 1.43. Diferenga de Potencial entre Dois Pontos no Espago 1.44 Capacitincia de uma Linha Bifésica. 1.4.5 Linha Trifisiéa com Espaghnfento Equilétero. 1.4.6 Linha Trifisica com Espagamento Assimétrico, 1.47 Consderapio de Condutores Competes ov Bundle 1.5. Referéncias Bibliograficas, CAPITULO 2 Célculo Matricial de Parimetros de Linhas de Transmissf0......71 2.1 Introdugao. a n 212. Cileulo de Pardmetros Incluindo o Efvito do Solo... aT 2.2.1 Matriz de Impedincias Série. : = n 2.2.2 Aplicaglo do Método das Imagens... B 2.23 Solo com Resistividade no Nula. 16 224 Efeito dos Cabos-Guarda.... 8 2.2.5. Aplicagdo de Componentes Simétrica, so 83 22020002000 00000080 8899088908088 9088 TSSOCSSSHSSSSSSSE HEHEHE H0OOOEECE SE i Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia 23. Matriz de Capacitincias...... 23.1 Consideragao dos Cabos-Guarda 2.3.2 Aplicago das Componentes Simétricas no Cileulo de Capacitancia 2.4 Linhas de Transmissio com Circuitos em Paralelo e Cabos-guarda, 25 Cilewlo Computacional de Parimetros de Linhas de Transmisso. 2.5.1. Céleulo da Impedancia Série (Matriz de Impedéncias) 25.2 Cileulo da Matriz de Admitincias, Capac 2.6 Referéncias Bibliograficas CAPITULO 3 Relagdes entre Tensbes e Correntes em ma Linh de Tansmisso.123 3.1 Introduga0.... pedal i ee 3.2 Propagagdo de Ondas Eletromagnéticas’ em uma Linha de Transmissfo.. - 123 3.3. Impedincia Caracteristica de uma Linha de Transmissio......... 127 3.4 Regime Permanente em Linhas de Transmissao v7 3.4.1 Modelo de Linhas de Transmissio com Comprimento Finito........130 3.4.2 Quadripolo Equivalente 133 3.43 Modelo x Equivalente de uma Linha Genérica (Liha Longa) ....134 3.44 Modelo % Nominal ..rornnnnn sel 40 3.45 Modelo para Linhas Curtas........ sewed 4] 3.4.6 Modelo T Nominal : 142 3.5_ Algumas Propriedades de Quadripotos.... 143 3.5.1 Associagio em Cascata de Quadripolos 143 3.5.2. Associagao de Quedripolos em Paralelo 144 3.5.3 Representagao de Elementos Concentrados Através de Quadripolos, send SS 3.6 Transmissto de Poténcia, sn 3.7 Compensagdo Reativa de Linhas de Transmissio... ene) 3.7.1 Linha de Transmissd0 em Va2i0e smu a 150 3.7.2 Linha de Transmissio em Carga, 154 3.8 Referéncias Bibliogréficas. 164 CAPITULO 4 Curto-circuito. 4.1. Introdugao.. fi 4.2. Modelos de Geradores 4.2.1 Motor Sincrono. 42.2 Motor de Indugao. 4.3, Curto-circuito Considerando as Condigoes Pré-falta 44 Modelo de Carga e Anilise Pré-falta 44.1 Modelo de Carga... 4.4.2 Estudo das Condigdes Pré-Falta 4.8. Curto Trifésico Equilibrado. 4.6 Curto-circuito Fase-terra, 4.7 Curto Dupla-fase.. 4.8 Curto Dupla-fase-terra. 49 Poténcia de Curto-circuito. 49.1 Poténcia de Curto-crcuito Trifisica 4.9.2¥Poténcia de Curto-circuito Monofisice.. 4.10 Referéncias Bibliogréficas. CAPITULO 5 Tratamento Matricial de Redes. 5.1 Introdugio. 5.2. Matrizes para Redes de Seqiéneit.... 5.2.1 FormagHo da Matriz ¥ Considerando «0s Elementos Indutivos sem Mituas. 5.2.2 Formagio da Matriz ¥ Considerando lementos Indutivos com Miituas 5.2.3 Obtengio da Matriz de Impedncias Nodais. 33. Matrizes Trifésicas ee 5.3.1 Formagdo da Mattiz ¥Trifisica... 5.4. Referéncias Bibliogrificas... CAPITULO 6 Calculo Matricial do Curto-circuito, 6.1. Introdugto. 62 Informagdes da Rede Pré-falta 6.3, InformagBes da Rede em Falta 6.4 Superposigdes... 65 Componentes de Fase. 6.6 Caleulos de Curto-cireui 6.6.1 Curto Trifisic 66.2 Curto Dupla-fase. 6.6.3. Curto Fase-terra neon 6.6.4 Curto Dupla-fase-terra.. 6.7 Referéncias Bibliogrificas. CAPITULO 7 Fluxo de Pots em uma Rede lec = FAL Introdugo.oon f oS. 239 712 Anilise de uma Rede Elementar. é 73, Varvis ¢Andlises de Interess ognnnnnnnnnn 244 731 Barras. ae 73.2 Ligagies. : 14. Consideragdes sabre © Mélod ierativo de Gauss © Gauss Seidel 250 7.4.1 Método de Gauss . 714.2. Fluxo de Poténcia com o Método lterativo de Gauss-Seidel.......253 7.5. Fluxo de Poténcia com o Método Iterativo de Newton-Raphson..nu-254 Fundamentas de Sistemas Eléricos de Poténcia FUNDAMENTOS DE SISTEMAS 7.5.1 Método Iterativo de Newton-Raphson. 254 ELE f 7.5.2 Fluxo de Poténcia em uma Rede Elétrica LETRICOS DE POTENCIA com 0 Método de Newton-Raphs0M css son : 7.5.3. Montagem da Matriz Jacobiana... ee 259 PREFACIO 4 4 4 4 4 4 | Neceateipeiopee 17 Re ae A nnd : ( 4 4 4 ( ‘ ( ‘ 4 CAPITULO 8 Estabilidade. 8.1 Introdugto..... 8.2. Modelo Elementar 8.2.1 Modelo Clissico. 8.2.2 Obtengdo da Curva Px 6. 8.3. Anilise da Estabilidade, 83.1 Elevagdo da Poténcia Mecinica 8.3.2 Ocorréncia de Curto-citcuito. 8.4 Equagio Eletromecinica. wuts Um sistema elétrico de poténcia ¢ constituido por usinas geradoras, linhas de eo alta tensZo de transmissZo de energia e sistemas de distribuigio. 286 ‘As usinas geradoras estio localizadas préximo dos recursos naturais energéti- 286 05, como as usinas hidroelétricas estabelecidas nos pontos favordveis para 0 apro- 289 veitamento dos desniveis e quedas de Agua dos rios, assim como locais propicios 291 para a formagio de lagos 0 armazenamento da dgua. Da mesma forma, as usinas 292 : an térmicas loalizam-se préximo das reservas de combustiveisfésseis como 0 carvo 8.4.1 Equacdo de Oscilacao (Swing) 304 ou gis. Cabe mencionar que pode ser mais econémico fazer 0 aproveitamento des- 8.42 Critrio das Areas igus. se 296 ses combustiveis por meio de sua queima, geragdo de calor e sua transformago em shail Modelo Betometnizo Singles, eee e300 energiaeltrca,transportando- va linhas de alta tenso até os centros de consumo, feréncies Bibliograficas 312 do que efetuar o transporte do combustivel por veiculos,ferovias ou embarcagbes. [Até mesmo as usinas nucleres, que eventualmente poderiam se localizar préximo 108 centros de consumo, por razbes de seguranga sfo instaladas em regiesafast- das das grandes cidades ‘ [As grandes empresas estatais ou privadas slo normalmente as responsiveis pela geragdo de energa elétrica, devido ao expressivo aporte de capital necessirio nesses empreendimentos. Nas usinas geradoas a energiaeléica & produzida em tin nivel de tensto da ordem de uma ou tduss dezeras de quilovolts, sendo muito ccomuin a tensdo de 13,8 KV, mas essa é uma tensio baixa demais para que o seu | transporte seja economicamente vivel a longas distncias. Desse modo, utilizam-se transformadores encarregados de elevar esse nivel de tes a um patamar superior, | {que vai de algunas dezenas de quilovols até algumas centenas. sca energia, ao chegar as grandes centros de consumo, como as cidades © | parques industrais,percore regides densamente habitadas, com circulago perma- nente de pessoas, cuja seguranga exige a redugio do nivel de tenséo a patamares inferiores, novamente sendo muito comum a tensdo de 13,8 KV. Dessa tarefa se cencarregam as empresas distribuidoras, que fornecem energie ores, geralmente clasificados em grupos, como residencais comercaiseindustiais. (FCF O S558 S6556F586 0444000500006 6606 2. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia Fatores macroeconémicos, empréstimos, juros, variagdes de pregos intema- cionais de insumos energéticos, previsdes de demanda e contratos de energia for- _mam 0 pano de fundo de toda uma engenharia financeira que determina a viabilida- de 0 sucesso de cada empreendimento. Tudo isso ocorre ainda ligado a uma ten- déncia recente de desregulamentagao do setor elétrico, ou seja, a grosso modo di- minuindo a participardo estatal na geraglo,transmissio e distribuigko, e permitindo ‘ entrada no mercado de um niimero maior de agentes empreendedores privados. ‘Apés mais de um século de exploragdo da energia elétrica, as fontes de ener- gia mais préximas dos centros de consumo ja se encontram em utilizagao plena ou {uase isso, o que implica a busca de potenciais cada vez mais distantes, com desafi- (08 a serem superados no transporte destas grangas quantidades de energia. Embora diversos aspectos ligados aos sistemas elétricos d€ grande porte, como os anterior ‘mente mencionados, sejam assuntos palpitantes, nosso interesse neste trabalho é dirigido a um aspecto extremamente importante neste encadeamento, que é 0 da transmissto de energia elétrica por meio de linhas de alta tensdo. Intimeros proble- ‘mas téenicos devem ser superados para que a energia elétrica possa ser transportada atendendo aos requisitos de seguranca das instalagdes e das pessoas envolvidas, Aspectos eruciais como confiabilidade, flexibilidade e custos envolvidos no trans. Porte estabelecem o nicleo das agdes das equipes técnicas encatregadas da opera s4o e planejamento dos sistemas elétricos de poténcia. Do ponto de vista das linhas aéreas de transmissdo, cabe a nés entender os aspectos basicos dos campos elétrico e magnético, que estabelecem os fundamentos para a transmissio de energia através de cabos. Dessa forma trataremos dos aspec- {os bisieos no eéleulo dos pardmetros das linhas de transmissio, com e sem a pre- senga do solo. Em seguida, estabeleceremos a modelagem elementar da linha de ‘ansmissdo em regime permanente, delineando modelos utiliziveis do ponto de vista da teoria de cirevitos, que sio dteis no céleulo de variaveis elétricas como fensdes, correntes e poténcias, assim como suas relagdes matematicas, Faz parte ainda de nosso objetivo analisar 0 célculo das correntes de curto- Circuito, prineipalmente do ponto de vista de sua avaliagdo para os diferentes tipos de faltas em redes elétricas, com 0 uso das componentes simétricas, ‘Um outro tema de nosso interesse e igualmente importante seri a abordagem do fluxo de poténcia em redes pois, como sabemos, os sistemas elétricos so consti- tuldos por diversas usinas de geragio e centros de consumo, inteligados por redes clétricas com diferentes configuragdes, que evoluem e se modificam devido a varios fitores. As interligagdes elétricas na transmissio permitiram um aproveitamento mais econémico e confiavel dos recursos energéticos ¢ dos equipamentos eltricos Fara parte de nossa investigagdo a compreensio do fluxo desta energia pelos dife- rentes caminhos possveis de uma rede interligada, com 0 seu equacionamento por meio de uma formulagdo efiiente no céleulo das grandezaselticasenvolvida. Desfritamos de notérios beneficios que as interligagbes de sistemas propor- cionam is redes eltricas, como redugéo de custos € aumento da confibilidade. No éntanio, a partir destas intrigagbes também surgiram dificuldades téenieas para uma operago estivel dos sistemas diante de perturbagdés inevitiveis, algumas nnormais, provenientes de alteragSes operativas € variagdes da carga. Outras pertur- : i las vezes se encontra em bagdes S80 causadas por curto-ircuitos, cuja origem muit 7 tas linhas de transmiss2o, além de outros fatores empestadese ques de err mi, compemenants oto am una inode gerndores coneados a Baramenossufcenemente robe, conkeids emo barramentos infinitos, introduzindo os conceitos elementares de estabilidade de reds, com bse no modelo csi de gears Meenas uo bet ra eo le ai Jee cn em um sea de pons, paricularmenteaqelesempre- thin neta de Sonar Potten foray de ener sci pela EscaPotécic da USP. Sua dspetensina labore nl ted sai fur uma vasa ec teat de ets cistcs extent sobre ema, mas ae nas condenser aspect fundamen mpegados em um cro de grunt Para sua leitura, o aluno de graduagao necesita apenas conhecimentos de componentes simétricas e modelos de equipamentos em valores por unidade, desenvolvidos em cursos mais basicos. ‘A anilise introdutéria desenvolvida se ampliaré num segundotrabalho im- presso, ainda em elaboragio, abordando aspectos complementares mais avangados, 4 Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia CapiTULO 1 sINTRODUGAO AOS PARAMETROS DE LINHAS DE TRANSMISSAO 1.1. Introdugo projeto de uma linha de transmissAo envolve calculos elétricos ¢ mecani- cos, pois 0 bom dimensionamento elétrico esti intimamente ligado fatores meci- nicos, como por exemplo 0 dimensionamento das estruturas capazes de suportar 0 peso dos cabos, rajadas de ventos ¢ outras ocorréncias como rompimento de cabos, ete. Como o cabo sofre deformagées, a sua altura em relago ao solo, entre duas cestruturas, é inferior & sua altura nas torres, Além disso, como os vos entre torres podem ser irregulares, por exemplo em trechos montanhosos, nas trevessias d¢ rios ou de vales, existe a necessidade de uma otimizagio do niimero de torres ¢ de suas alturas visando reduzir custos, assim como a definir adequadamente o tracionamen- to admissivel desses cabos nas estruturas. ‘A elevagao da tensio necessita de maior altura dos condutores em relagio a0 solo, assim como de um maior distanciamento entre fases, © que implica maiores cestruturas de sustentagdo, freqientemente metilicas, conhecidas como torres de linhas de transmisso. Os cabos condytores sio presos as estruturas por meio de cadeias de isoladores, ¢ s80 constituitfs por fids encordoados que apresentam ca- racteristicas elétricas ¢ mecainicas. Do ponto de vista mecénico destacam-se como variaveis 0 peso ¢ a resisténcia a trago, assim como sua flexibilidade, fundamental para a fabricagdo, transporte e montagem no campo. Do ponto de vista elétrico, s40 importantes variaveis a condutividade e a seo condutora. Nosso objetivo bisico volta-se para os aspectos elétricos fundamentais do célculo dos parémetros de uma linha de transmissdo, correspondentes as caracteris- ticas elétricas, dimensdes ¢ espagamento dos condutores. Com o cileulo dos cam- ‘pos magnéticos e elétricos definiremos os parémetros indutives ¢ capacitivos das linhas de transmisso. Na avaliagdo elementar de pardmetros, desenvolvida a seguir, desconsideramos 0 efeito do solo, mas dele nos ocuparemos em capitulo posterior dedicado ao tema. e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e 4 4 « « «a a 4 FSPCFSSHSOSSSSFHSEOHHOSHHOHOHOSEOOEEOES 6 _Fundamentos de Sistemas Eléricos de Poténela Nosso interesse no célculo dos parimetros elétricos justifiea-se pela impor tancia dessa tarefa, da qual slo dependentes ¢ alicergadas as demais avaliagdes que se fagam de um sistema elétrico de poténcia, 1.2. Condutores Utilizados em Sistemas de Poténcia ‘Uma preocupagdo bésica na selegdo de um condutor, definido o material a set Utlizado, cobre ou aluminio, é com a étea de segdo transversal, que esté associada 20 Volume de material a seruilizado e portanto ao custo da transmiss4o, Os aspec- tos de custo slo tatados dentro de um tépico chamado de selecto do condutor cco- rnbmico, que ndo serd objeto de nossa apisg, 4 : Ao alterarmos o didmetro do condutor, fodificamos a densidade de corrente 1/S.,€conseqlentemente as perdas. Os aspectos postivos em aumentar o didmetro so reduzir as perdas também o gradient eltrico na superficie do condutor,ate- ‘nuando o efeito corona. Em contrapartida, sso aumenta 0 custo da transmissdo, ® G eau Figura 1.1: Condutores com rais diferentes. Quando comparamos condutores de cobre com os de aluminio, fixados um ‘mesmo comprimento € uma mesma resisténcia elétrica do circuito, 0 volume de ‘luminio serd maior, pois sera necesséria uma sego condutora maior para compen- sar sua condutividade, inferior em relagao a do cobre. Apesar disso, devido a maior Gensidade do cobre, o peso em cobre seri aproximadamente 0 dobro em relagio a0 do aluminio, Isso confere uma vantagem adicional a0 aluminio, que pode ser uili= zado com estruturas de sustentaglo mais leves, além do seu custo mais baixo. A dificuldade pritica em se fabricar condutores com didmetros elevados im= plica 0 uso de cabos formados por diversos fios, denominados cabos encordoados. Quando um s6 cabo encordoado nio ¢ suficiente para transmitir a corrente total, adicionamos mais cabos em paralelo, separados por espacadores, formando cabos 'miiltiplos. Existem diferentes tipos de condutores, e os mais usados em linhas de transmissio sd0 normalmente, por razdes econdmicas, condutores de aluminio: Capitulo 1. Iroducdo 208 Pardmetros de Linhas 7 © CA: condutor de aluminio puro. © AAA: condutor de liga de aluminio, de all aluminium alloy conductor. ‘+ CAA: condutor de aluminio com alma de ago, cuja denominagio muito conhe- cida em inglés € ACSR, de aluminium cable steel reinforced. © ACAR: ‘condutor de aluminio com alma de liga de aluminio, de aluminium conductor alloy reinforced. Figura 1.2: Formagio 24/7 de um cabo CAA que apresenta 24 fios de aluminio e 7 de ag. No processo de encordosmento 0s fios descrevem uma trajetéra helicoiéal em tomo do centro do condutor. Levando-se em conta ainda que os cabos sofrem uma deformago provocada pelo seu peso, 0 comprimento real é um pouco maior que a extensto da linha £. flecha Figura 1.3: Efeitos encordoamento eflecha ©: comprimento da linha, beat =02L. 8. Fundamentos de Sistemas El cas de Poténcia Da mesma forma, a resistencia total da linha pode ser estimada em um valor ‘um pouco acima dos obtidos nos célculos. 1.2.1 Resisténcia de Condutores ‘As perdas nos condutores em corrente continua, devidas ao efeito Joule, sto representadas por meio de resisténcias, com a seguinte expresso conhecida pe r=Zt, La 5 aay Figura 1: Dimensbes de um condutor. ‘iio importantes as seguintes variaveis que definem um condutor cilindrico: £: comprimento do condutor ou da linha (pés, metros, km), 1 raio do condutor(centimetros, polegadas), SS: frea da segfo do condutor (mm? ou CM = circular mil) 'P: tesistvidade do material utilizado, : condutividade do material uilizado, i ‘A rea de 1 CM corresponded area de um circulo com diémetro de um milé- simo de polegada. A irea de 1 MCM corresponde a 1000 vezes a drea de 1 CM. Obtemos a seguinte corespondéncia entre éreas dadas em mm’ e CM: Sigg? = Sem 5,067%10" , Capitulo 1. Introduedo aos Pardmetros de Linkas 9 ou aproximadamente em MCM: Sean? = 05S vem A resistividade, ou condutividade (Ppadrio OW oped) padronizada para um condutor, é a do cobre recozido. Dessa forma, para outros processos metaligicos, ppodemos estabelecer uma correspondéncia entre suas resistvidades com a padroni- zada, conforme os exemplos a seguir para o cobre eo aluminio. O cobre a tempera dura tem 97% da condutividade do Gyn apresentando & resistividade p=1,77x10* Om (20 °C), (0 aluminio & témpera dura tem 61% da condutividade do Gyaso, com resis- tividade p =2,83x 10" Om (20°C). 1.2.2. Efeito da Temperatura na Resisténcia dos Condutores em Corrente Continua ‘Sem entrarmos em maiores detalhes, a figura abaixo ilustra o efeito conheci= do da variagio linear da resisténcia em fungo da temperatura, quando o condutor & percorrido por corrente continua. ‘Temperatura Figura 1.5: Grfico temperaturax resistencia, With Rien” e e e e e e e e e e e e e e e e ® e e e e « « «a a a a q 4 4 a a « q SF FHSPFSHSOS6HSHSEOOEOEOOHEHOSOOHOOE: 10__Fundamentos de Sistemas Elétrics de Poténeia T= Temperatura de referéncia na qual a resisténcia seria teoricamente desprezivel. 234,5 °C para cobre recozido com 100% de condutividade do Gpadrn 241,0°C para cobre & témpera dura, =~ 228,0°C para aluminio a témpera dura. Para a correeio da resisténcia, em fungo de temperatura, utilizamos a seme- Thanga de tridngulos, tomando a temperatura T em médulo. ‘Vejamos alguns valores tabelados de resisténcia de condutores, utilizando 0 ‘cabo Grosbeak 636 MCM (636 mil circular mil ou 636,000 CM), com: Rage =0,0268 02/1000 pés (CC) Em corrente continua, passando'® wildatig de comprimento para milhas, ob- temos: 00268 0.1894 be Qimi (20°C) Muitos dados encontram-se tabelados em unidades inglesas e desse modo & ‘conveniente nos habituarmos a trabalhar com as conversdes de unidades para 0 sistema internacional. A conversio de 1000 pés para milhas ¢ feita da seguinte forma: 1 pe 0,3048 m, 1000 pés —>0,3048 km, 033048 1,609 1000 pés 1000 pés > 0,1894 Cortigindo essa resisténcia para 50 °C, obtemos: 228+50 Racsore = Rac rare = 0,1586 Omi 228+20 Nesse caso, 1 No entanto, cabe mencionar que, em corrente alternada, as resisténcias apre- sentam um comportamento dependente do efeito pelicular, sendo mais conveniente sua obtengao em tabelas fornecidas pelos fabricantes. Para o mesmo cabo Grosbeak, cextrairiamos os seguintes valores: 1596 Omi Reerore = 01454 Dimi, R, Capitulo 1. Inrodugdo aos Pardmetros de Linhas_11 1.3 Indutdncia de Linhas de Transmissao Neste item introduziremos o célculo de indutancias de linhas de transmissio, sem levar em conta a presenga do solo. Antes porém, recordemos alguns conceitos basicos de flyxo concatenado em espiras ou bobinas, assim como os conceitos de fluxos interno €@xtemo concatenados com condutores. 1.3.1 Generalidades : (1) im HOOD 3 Figura 1.6: Indutincia com nicleo ferromagnético, Dada uma bobina, envolvendo um niicleo composto por material ferromagné- tico, sabemos que para densidades de fluxo elevadas pode ocorrer a saturagio do niicleo € nessa situagio obtemos induténcias ndo lineares, que variam com a inten sidade da corrente, Leno linear, L= L(i) Figura 1.7: Curva @xi. ‘Nos meios com permeabilidade magnética constante, como por exemplo o a, encontramos ums relaglo linear entre o fluxo e a corrente i, = Li Nas linhas de transmissio aéreas, assumimos a indutdncia L com um valor 12_Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia constante, para qualquer nivel de corrente, adotando Hye = Ho Sendo fly @ permea- bilidade do vievo ‘No caso linear, sabemos que: ao yn 8, Cadi ‘Analisaremos a relagio entre a tensfo e a corrente, em grandezas alternadas ‘no campo complexo, aplicando a transformada de Laplace: V(s)=sLM(s) Em regime permanente senoidal, calculando no ponto s= je, sendo a a freqiéncia de excitago, obtemos a relagdo fasorial entre tensdo © corrente: ¥=joll, com a correnteatrasada de 90° em relagdo tensto, simplificamos a notaglo: Va jxt (12) Definimos a reatincia indutiva do bipolo por X=ol Quando temos circuitos relativamente préximos, encontramos uma indutan- cia métua entre eles, definida pela relagdo entre luxo concatenado com um circuito devido a corrente no outro. Figura 1.8: Indutincia métua Sendo: Capitulo 1. tntrodugao aos Parimeros de Linhas 13, 2 © fluxo concatenado com o circuito I devido corrente no circuito 2. Observa- ‘mos que nesse exemplo o fluxo concatenado com 0 circuito 1 corresponde as linhas 4+ de fluxo 2, 3 e4 da figura 1.8. a= Maly ‘Mj a induténcia mitua entre os circuitos 1 e 2. JOM 2h ‘@M;, a reatincia mitua entre os circuitos I ¢ 2. No céleulo de circuitos magnéticos, o fluxo ¢(*) concatenado com uma espi- ra esti confinado no material ferromagnet 20, conforme a figura 1.9 eo} ) fluxo concatenado Figura 1.9: Flaxo magnético concatenado com uma espir, As linhas fechadas de B e HY, aqui também denominadas linhas de fluxo, en- volvem completamente 0 condutor. Quando temos IV espiras, 0 fluxo concatenado com a bobina, colocando em série todas as espiras, & dado por A= Ng, sendo ¢, ‘como vimos, 0 fluxo concatenado com uma espira. A tensdo nos terminais de cada espira é obtida com a aplicagdo da Lei de Lenz, adotando a conveng&o do receptor. (y= %, sendo ¢ iG mai) em todas as espiras. ‘A tensio nos terminais da bobina ¢ obtida por: =v 0l!) gene ou: Ne(#), {que pode ser rees como: 14 Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia a(t) ae v(e ‘¢ admitindo 2 como 0 fluxo concatenado com N espiras em série, definimos A=Li, sendo L a indutincia do enrolamento, que se comporta como um fator de proporcio entre a corrente € 0 fluxo, nos casos sem saturaglo. 0) sthee wok SHR" ad espiia (vista superior) Figura 1.10: Fluxo concatenado cou N espiras. Quando temos dais condutores longos de comprimento ¢, espagados por uma distincia D, com £> D, podemas analogamente aplicar 0 conceito de fluxo conea- tenado com uma espira, definida pelo retingulo formado pelos dois condutores, desprezando 0 efeito do fluxo nas duas extremidades. Novamente, as linhas de fTu- xo envolvem completamente o condutor. 7 B (0 Figura 1.11: Flaxo coneatenado com a espira com dois condutores paralelos. Do ponto de vista do cireuito elétrica, podemos associar uma indutincia a0 cireuito formado pelos dois condutores. Capitulo 1. Introducto aos Pardmetros de Linhas 13 1.3.2 Fluxo Concatenado com um Condutor Um conceito importante, que se aplica ao célculo de parémetros de linhas de transmissio, é 0 de fluxo concatenado com um condutor apenas. Para isso necessa- riamente pregisamos fazer uma abstragio e supor que 0 outro condutor, de retomo, cencontra-se muito distante, a uma distincia D tendendo ao infinito condor aE 2 0) D2 conduor! © f . 1 ee a Bie condor? Figura 1.12: Flaxo concatenado com um conduter. Nesse caso, podemos aceitar 0 conceito de fluxo concatenado com um condutor. ‘Veremos a seguir, de modo bastante simplificado, como tratar 0 fluxo intemo ‘em um condutor. 1.3.3 Indutdncia de um Condutor devida ao Fluxo Interno Para uma precisto maior no célculo, consideramos a indutincia interna do condutor. Vejamos como obter essa indutincia, supondo um condutor sélido, com raio R e sesio S, percorrido por corrente continua com intensidade /, que apresenta wee of 2 Wag = ; [8-H doo! Para isso consideremos um elemento tubular, de comprimento unitirio, com rdr resultando em: AE ee ME al aR 5 4nk* 4 16x" aque corresponde & energia magnética em uma induténeia J, ,pereorida por uma comente I: 2 wT App we alip. 16x 2 Considerando a permeabilidade do condutor proxima da permesbilidade do My = 42x10", obtemos: ey 40? Him. 15) ar 2 c. Ou seja, a indutincia interna de um condutor, percorrido por corrente continua, & uma constante que independe das suas dimensBes. Por sua vez, podemos obter 0 fluxo intemo do condutor por meio da relagao: Capitulo }. Itroducio a0s Pardmetros de Linhas _19 O=L1, resultando em: Figura 1.16: Elemento tubular ‘+ Fluxo interno concatenado parcialmente fluxo incremental em um elemento tubular com raio r © espessura dr é da- do pelo produto B,ds, sendo ds =drx1, no caso de comprimento unitério, resul- tando em: 49, = Bde Woim a6) 6, = Id Wo'm 2aR? Este fluxo interno d9, concatena somente a parcela 1, de corrente interna, jé obtida anteriormente. Faremos a seguir o céleulo da indutincia interna empregando o conceito de ‘luxo parcialmente concatenado com um condutor, defintdo pela expresso: L da 7a,» resultando em: 20_Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténeia da= Mr 2aR* (© fluxo parcial envolve apenas uma parcela da corrente intema do condutor, ¢ desse modo, integrando-o no intervalo Or < R , obtemos: 4 ue Fy = HER aa a A ou: sat 17) 7 ay CObservamos que a idéia de fluxo concatenado esté relacionada com 2 corren- te envolvida pelos enlaces de fluxo, que sio linhas fechadas, e a indutincia interna do condutor é definida pela relaglo entre 0 fluxo concatenado interno total e @ cor rente total do condutor, que se expressa por: oe . anee Admitindo-se j1= jp = 410°” , obtemos: Vig? = 1107 Him neo Esse resultado, coincidente com o da exptessto (1.5), demonstra a validade do conceito de fluxo parcialmente concatenado com o condutor. Lembramos que os resultados anteriormente obtidos para 0 fluxo concatenado s6 valem para condutores cilindricos percorridos por corrente continua, sendo um conceito teérico importante ‘para o cilculo da indutinciaintema. Do ponto de vista priico, para 0s cabos encor- doados, veremos posteriormente como abordar essa indutincia, 1.3.4 Efeito Pelicular Fs Antes de prosseguir, faremos uma breve explanagio sobre a distribuigdo de correntes intemas em um condutor, percorrido por corrente alterada, ‘A densidade de corrente em um condutor percorrido por correntealternada nfo é mais uniforme, diferentemente do cas0 de condueo em corrente continu, como fizemos na hipétese adotada na expressio (1.3), obedecend a uma distribui= Capitulo 1 Itroducdo aos Pardmetras de Linhas 21 ‘glo que depende da permeabilidade e resistividade do material, assim como da fre- iiéncia de excitagdo Figura 17: Distribuigdo de correntes com o efit pelicula. Esse efeito, conhecido como pelicula, altera a indutincia interna do condutor e tem implicagdes na avaliaglo das perdas, quando empregamos correntealternada, pois ocorre uma concentragio de correntes do centro do condutor para sua perfera, a medida que a freqGéncia aumenta, o que causa uma elevagdo da resistencia, com uma redugio na érea efetiva de condugio. ‘Obviamente, o aumento da concentragio de correntes € gradual, do eento do condutor para a superficie externa, ndo ocorrendo as descontinuidades indicadas na figura 1.17, apenas ihistrativas do fendino.cletremagnético. [Nao seri 0 nosso propésito explorar detalhadamente 0 equacionamento do feito pelicular, neste texto introdutério. Com o objetivo de apresentar os passos do cequacionamento, mencionamos que na dedugo a seguir sto utilizadas formulagdes bisicas do eletromagnetismo, convenientemente elaboradas no campo complexo, ‘em valores fasorais. Da mesma forma como empregamos grandezss fasorials de tensies ¢ correntes, dada a linearidade das relagBes que utlizaremos, é equivalente obter resultados instantineos ou fasoriais em regime permanente. Por exemplo, como y=LI, sendo L linear, a associagdo de valores fasoriais aos fluxos, a partir dos fasores de corrente alternada, é imediata. Para isso, tomemos um condutor cilindrico de raio R ¢ comprimento unitirio ce chamemos a densidade fasorial das correntes J, , no sentido longitudinal do con- ddutor, a uma distincia radial r < R do seu centro. m2 002000008088 0FOO0O9SOHSHS8O88 22_Fundamentos de Sistemas Elétricos de Poténcia Figura 1.18: Contomos para splicago das equagdes de Maxwell 2) Cireuitagdo no contoo a, aplicando a Lei de Ampére, a0 longo do circulo de raio r que envolve a corrente conti no cilindro correspondente: Aidt = {Jas (1.8) [fat [508 Com a equacdo (1.8), trabalhando nesse contomoa, sabemos que a corrente intema do ciindro, com seglo circular de raio re area interna A, € fungao da densi- dade de corrente J, ay 7 ! Das formulas (1.8) (1.9) conelufmos que: (1.10) +) Cireuitagdo no retingulo de espessura dr, Lei de Lenz: aan jEat=—sc |, as Capitulo 1. Introducdo aos Pardmetros de Linhas 23 No primeiro membro da equagao (1.11), como o campo elétrico é longitudi- nal ¢ proporcional a densidade de corrente, E, = pJ,, calculamos a queda de ten- ‘fo ao longo do contomo retangular f, adotando o sentido horério. Com relaglo 20 segundo membro, obtemos 0 fluxo na superficie envolvida por esse contorno, PAS, =* jagH dr. Exprimindo de forma incremental a alteragio da densidade de corrente, JOH, dr O que implica a relagao entre J, € H,, 4, =e ae | ome a ‘com a qual podemos eliminar 17, da expressdo (1.10), esultando em uma equagdo diferencial de segunda ordem, da densidade de corrente em relaglo A distncia radial + a0 centro do condutor PI, 1d, jam wae pe (112) Tal equsgo diferencia apesenta solo em sii bem eonhecid, denon ve hs de Bese da ptaaia se eens Cana ail pie aia ae ee do candor,» esrevemos a expresso da densidae de arent intern on, dutor J,, em variéveis complexas, na qual os termos ber ¢ bei, relativos & parte real iain das tis, eo defeidos em exrestes mates, ls nyo das aqui. Jz __bex(mr) + jbeilmnr) Ta, ber(mR) + jbei(mR) AA figura a seguir exemplifica um possivel comportamento do médulo da var ridvel complexa J, em fungdo de r, para uma dada frequéncia de excitagdo em um condutor cilindrico, 24 Fundamentos de Sistemas Eléticos de Poténcia 7 R Figura I.19: Densidade de corrente em fungdo da distincia rao centro do condutor, em corrente alterada, Cabe comentar que a indutincia interna corresponde a uma pequena parcela da indutancia total de um condutor. O efeito pelicular visto anteriormente reduz ‘ainda mais essa parcela, ndo sendo por isso um aspecto preponderante no célculo de indutincias. © impacto mais significativo do efeito pelicular se manifesta na eleva- fo da resisténcia e conseqtientemente nas perdas Joule. 1.3.5 Indutdncia de um Condutor devida ao Fluxo Externo Neste item faremos o célculo da parcela de indutincia correspondente ao fli- Xo extemo ao condutor, o qual pode ser feito em valores instanténeos ou fasoriais, indiferentemente. Como o célculo anterior de indutincias internas foi feito em cor- rente continua, voltaremos a empregar essa hiptese em nossa formulagdo. ‘Vejamos como obter uma expressio que fornesa o fluxo confinado em duas superficies cilindricas determinadas pelas distinias Dy e D, ao centro do condutor. ‘que passam pelos pontos A; ¢ A, mostrados na figura 1.20. Para isso, calcularemos © fluxo na superficie 5, apoiada em um plano que passa pelo centro do condutor € Ccontém os pontos fe F,, sendo ortogonal a todas as linhas do vetor densidade de Aluxo: Jas = jas 74 Aplicando novamente a Lei de Ampére a um caminho fechado e circular com aio, 2 R, do vetor intensidade de campo H, , obtemos: $a Capitulo 1 Introdugdo aos Pariimetros de Linkas_25 elemento tubular Figura 1.20; Supericies concéntricas de um elemento tubular. Nessa linha circular, como 0 vetor Ff, & constante, podemos fazerG Hdl=t, que resulta em: 2arlt, =1, “Ho awie 1 ar” ‘Sendo o vetor densidade de fluxo dado por: HE 2ar ‘Observamos que 0 vetor H, intermamente ctesce de modo linear com a dis- tancia em relaglo a0 centro do condutor (r< R) e exteramente decresce com uma fungHohiperbélica, em funglo da distncia a centro(r> R). 26 _Fundamentos de Sistemas Eléricos de Poténcia 2k? eee) Figura 1.21: Curva Ax 1. (© fluxo inserido em um elemento tubular com raio re com espessura dr é dado por: aut a Oar 4ue,integrado, fomece 0 fluxo concatenado entre os pontos 1 ¢ 2, ou A e Py, ex- temnos ao condutor: : 2D, (113) Observamos que estamos impondo D3 >, e que 0 fluxo extern concatena acorrente uma vez, de tal modo que: d=dA (N=1) Sabendo que 42 4xx10°7, a expressio (1.13) também pode ser colo- cada na forma: . fer? nl up Capitulo 1. Inroducdo aos Pardmetros de Linhas _27 Esse fluxo, dividido pela corrente do condutor, fornece uma indutancia parcial, que chamaremos de 2, 1g =2x107 in Him, 1 dD ou ainda: Ly =2x104 in Km. : (15) > Novamente, lembrando 0 conceito de energia armazenada em um volume, aqui particularmente empregado na, coroa, ou na regio tubular extema so condu- tor, com comprimento unitério e compreendida entre os pontos R ¢ Fy, podemos ,; eg J na qual dvol =2nrdr € 0 incremento de volume do elemento tubular com raio r € espessura dr. 2 ug = PLE [2a uP Dr ly 2 Mate, Pre er AyD 2a D 10 Him. (Que resulta na mesma expressio anteriormente obtida em (I-14), 28 _Fundamentos de Sistemas Eltricos de Poténcia 13.6 Adi¢do dos Fluxos Interno e Externo ‘Vejamos como calcular 0 fluxo Ponto Penomo sone cif fa onestnado com um condor, at um ima distancia D do centro, Figura 122: Fluo co "Si 12 Plaxo contend om um condor desde ose cena um pont extero P Caleulemos o uxo total concatenado em duas etapas: 9-849, © fluxo interno, como vimos, aL aH, ar dado por: __ Observamos que colocando 0 incia D, =r do centro, Centro, 0 fluxo extemo, e Ponto I na superficie do condut a ‘ondutor, a uma dis- © Ponto 2 coincidente com P, a uma distancia Dy = Dd, mpregando a expresso (1.13), € dado por ee Somando as duas parcelas, interna e externa: Hl ool at Usando o artifci io de escrever: ficamos com a expressdo: Capitulo 1. Introdugdo aos Pardmetros de Linhas 29. oe Chamando r’=re~"* de raio corrigido, escrevemos a expressio modificada para o fluxo concatenade: g=2x1077in, (1.16) correspondent o flux concatenado desde osu centro até um ponto exter P Podemos calcula a indutncla, includ todo 0 xo do condo, do seu centro até un ponto P exemo, eonespondente& enetgia magnéicaarmazenada nessa regifo do espaco. Tomando a expresso anterior, escrevemos Ane, ay L=2x107 ne Him — Fa 13.7 Indutdncia de uma Linha a Dois Fios com Condutores Cilindricos Figura 1.23: Linha monofisica a dois fos. 2020080000088 8SOO8O9HHOSHS O88 SE FSFTFSEHSHSHSHSSEHSHHHH4HHOOHO8HOOCOCOGE 30_Fundamentos de Sistemas Eléricos de Poténcia Consideremos os dois fios a ¢ b da figura 1.23 compostos por condutores ei- lindricos, com raios externas 7) e 5, respectivamente. Observamos que no plano transversal que corta 0 citcuito, se convencionar- ‘mos como positivas as correntes que entram no plano, teremos I, =/¢ 1, =~, Portanto com uma soma de correntes nula penetrando no plano transversal ‘Vejamos como calcular fluxo total eoneatenado com o circuito formado pe- los dois condutores espagados por uma distincia D. A area, associada a um com- primento unitirio dos fios, & dada por Dx Igth=0 Figura 1.24: Fluxo concatenado com dois condutores ‘A contribuigao do fluxo, dada pelo condutor a, utilizando a expressio (1.17) é D % =2%10°7/, In com induténcia parcial Z, a ‘A.contribuigao do condutor 6 é dada por: 2 ee = 2107, in. Observamos que g, tem sentido horério e ¢ sentido anti-horério, de modo 4que podemos somé-los na superficie apoiada entre as das espiras, assim como a indutincia, obtendo a induténcia total do circuito: : ° Capitulo 1. Introdugdo aos Parémetros de Linhas_31 2 Lah, +l =2x107 In, ne Lembremos que essa expresso é vida para corrente continua e condutor lindrico com seqio circular de raior, exercendo +’ papel de um raio equivalente, peepee ee ee oe Fars sd : ‘eno caso particular de condutores iguais, quando r’=7/=r3, a 4xi in? Him Observamos que o niimero quatro aparece apenas nas expressbes de linhas a dois fios, quando somamos as indutincias individuais de cada fio. 1.3.8 Fluxo Concatenado com um Condutor por um Grupo de Condutores Desenvolveremos, a seguir, um conceito fundamental no céleulo de indutan- cias, quando estio presentes virios condutores, retiineos ¢ paralelos, percorridos por diferentes correntes. Precisamos entlo tratar 0 fluxo concatenedo com um condutor devido a um grupo de condutores convencionando como positives as correntes que penetram no corte transversal do circuito e supondo que a soma das ccorrentes nos condutores seja nula, o que de certa forma nos conduz novamente idéia de cireuito elétrico, ou seja, que deve haver um retoro de corrente por parte de alguns condutores. Sejam n condutores separados espacialmente por distincias D, , percortidos por correntes 1,117, de tal modo que: phe ‘Assumindo um ponto P distante do grupo de condutores, caleulemos inicial- mente a parcela de fluxo concatenado com 0 condutor 1 utilizando a férmula geral do fluxo concatenado entre os pontos 1 ¢ 2 genéricos no‘espaco. Faremos 0 ponto P coincidir com 0 ponto 2 € o ponto 1 estard situado na su- perficie do condutor 1. Incluindo 0 fluxo interno ¢ utilizando 0 conceito de raio corrigido, obtemos, utilizando a equagao (1.16): 32_Fundamentos de Sistemas Elérricos de Poténcia 10 Figura 1.25: Fluxo concatenado com um condutor por um grupo de condutores, Empregando a equacio (1.13), a parcela de flux. Serene cere Um fluxo concatenado com o condu- 2 =2x107 in 22. Da ‘Supomos ainda que 0 te ida que o fluxo entre os pontos | ¢ P, devido 20 condutor 2, nto altera inhas de fluxo ja existentes do condutor I. Estendendo esse resultado aos demais Condutores, fazemos a superposigio dos fluxos, eserevendo genericamente: seek dled aane?(imMean 2s sie) ‘que pode ser desmembrada na seguinte expressio: ieee Ans + 1, in—. 7 ay canton] tg tangata ae [yh Djp + La laDay +--+ bln Dyy Utilizando a restrig imposta de soma de correntes nula, escrevemos: Capitulo 1. Introduedo aos Pardmetros de Linkas 33 (tly tet tt)s _gue, substituida na equagdo anterior, fornece: 1 i 1 int lala etn ln 5+ Diy alm Dap + cot lp lR pany “(Uta lt Day ) =2x107 ou ainda: pings hint + flo p=2x107 Ain 2+ Fyn. mo Deslocando o ponto Pa uma distincia muito grande do condutor 1, tendendo 20 infinito, os quocientes Dip/Dyp tendem ao valor unitério © conseqlentemente 03 limites: lim (Djy/ Dap)» ~* silo nulos, resultando em uma expresso mais simplificada do fluxo concatenado ‘com o condutor 1 (tg) a=zno"( 'A expresso (1.19) apresenta Ui résuftdo interessante, que serd a base, de nossasavaliagdes de fluxos coneatenados com condutores, na presenga de outros, percoridos por correntes submetidas&restrigo de apresentarem uma soma nul ‘Voltemos ao caso simplificado da linha a dois fis, com o intito de aaliar essa expressio,aplicando agora o conceito de fluxo concatenado com um condutor por um grupo de condutores. Para a fase a, escrevemos: 1 'D, g.n2ai0"(Ininbe iin ‘como [; =I, convencionando como positiva a corrente 1, que penetra no plano transversal aos condutores. 34_Fundamentos de Sistemas Elétrios de Poténcia ts 107 resultando em: $,=2x10771, m2 nt Desse modo, associamos uma indutincia ao condutor a, dada por: x07 ne, 7 Ly ¢ analogamente para o condutor b, x10) H=2107 Ine Ly a € desse modo obtemos a indutincia total da linha a dois fos: 14,2 Ly + hy =4x107 nD (1.20) its ‘Verificamos assim a equivaléncia dos procedimentos, a0 compararmos as e= ‘quagées (1.18) e (1.20), No célculo de indutancias de linhas de transmissio, com varios condutores dispostos espacialmente, usaremos 0 conceito de fluxo concate- nado com um condutor, por um grupo de condutores, que facilita 0 céleulo. 1.3.9 Linha Bifésica com Condutores Compostos ou em Feixe Veremos a seguir como tratar 0 caso de uma linha bifisica, na qual cada fase € composta por um conjunto de subcondutores, © que introduz algumas vantagens ha transmiss4o de energia elétrica. Uma primeira vantagem é aumentar a capacidade de corrente de cada fase da linha de transmissdo, pois cada condutor tem um limite maximo de corrente admissivel. Uma segunda vantagem, igualmente importante, é diminuir a induténcia equivalente de cada fase, conforme veremos a seguir. Esse Conjunto de subcondutores & chamado de feixe, também conhecido como bundle, na sua denominagao original em inglés, Capitulo 1. Inrodueao aos Pardmetros de Linhas _35 3) © : o Figura 1.26: Disposiglo espacial dos subcondutbres. ‘© Cleuto da indutancia da fase a, L, ‘Tomemos o caso com n subcdlidutores na fase a em subcondutores na fase b, conforme a figura a seguir. Le | be = 7 —— Epes Figura 1.27: Linha bifisica com m subcondutores a fase a €m subcondutoresna fase 6 (0 céleulo sera desenvotvido em quatro etapas: 1 etapa: Céleulo do fluxo concatenado 44 com o subeondutor I da fase a 2 etapa: Calculo da indutincia desse subcondutor, pereorrido por uma corrente /, 3* etapa: Céleulo da induténcia média dos subcondutores de uma mesma fase, es- tendendo o resultado aos demais subcondutores. pobth tenth ” 36 "Fundamentos de Sistemas Eléricos de Poténcia 4 etapa: Célculo da indutincia equivalente dos m subcondutores em paralelo. L Calculamos inicialmente o fluxo concatenado com o subcondutor 1, devido & Contribuigao do conjunto correspondente fase a Faremos ainda uma hipétese adicional, admitindo também que os subcondu- tores sfo aproximadamente iguais e que as correntes se distribuem igualmente por todos os subcondutores. Desse modo: L h "Nesse caso, caleulemos o fluxo concatenado com o condutor 1, devido ao conjunto 4, lembrando que nessa parcela contribuem apenas os subcondutores dessa fase: pen (eateetist 1 anno? a MR Dy Em seguida, obtemos o fluxo concatenado com 0 condutor 1 da fase a, devido ao conjunto b,considerando a parcela do fluxo correspondente aos condutores da outra fase, assumindo as mesmas hipéteses de subdivisio de correntes entre condutores da fase 6. seeanto Lino +. sng), a De De es resultando no fluxo concatenado total com o condutor 1, colocado na forma compact =the ty =2x10-7 stn WUD Dine TiDa--Dry ‘No numerador, encontramos 4 média geométrica das distincias do subconduio 1, dda fase a, a todos os subcondutores da fase 6. No denominador enéoritramos a mé. dia geométrica do raio corrigido do subcondutor a com as disténcias a todos os sub- ‘ondutores da prépria fase a. Para o condutor 2, escrevemos analogamente. ) =2x1077 in Pap Dax Daw . YDsii-Dog 21 Capitulo 1. Itrodugdo aos Pardmetros de Linhas 37 Estendendo esse resultado aos demais subcondutores, obtemos as indutincias individuais de cada um, fazendo a divisto do fluxo pela parcela de corrente I» 2x107 nln a Daina Calculando a indutancia média Z dos subcondutores da fase a (conjunto a), fazendo a soma das expressdes logaritmicas: Lythatuby Como os 1 subcondutores estdo ligados em paralelo, a indutincia do conjunto a & dada por [Dy Dh Pi Dae Daz Dane) (Dye DuPont) ei : Bee eee [FD ia Diy) (Days --Dan)(Dmi--ta) que pode ser recalculada da seguint@ firma,» le Dis Des DurPaz Doe) (DixDaz~Pr) yy A]leiDia---Din)(Dayrs--- Dox (Dnt -7) Introduzimos entio 0 conceit de distincia média geométrica mitua, ent os con- juntos de subcondutores das fases a e &. Observe que 0s conjuntos a ¢ b ndo tém ena em fase, sendo que nesse caso particular, na realidade, as correntes esto em oposigto de fase. DMG = mf(D Diy Di (Dar Dax Dan) (Dat Du Dat) 1, =2x107 In (1.23) Da mesma forma, apresentamos 0 conceito de raio equivalente do conjunto de subcondutores a ou distineia média geométrica propria do conjunto a, Lembra- ©6666 6 6666600868806 6661 TEST TCSCHSOCS 38_Fundamentos de Sistemas Elétrios de Poténcia ‘mos que todos os subcondutores do conjunto @ apresentam a mesma parcela de corrente em médulo e sinal J/m, subdividida igualmente por todos os subconduto- res. Em corrente alternada admitimos uma hipétese semelhante, supondo as corren- tes com 0 mesmo médulo e fase em todos os subcondutores. Para evitar confusfio de nomenclatura, passaremos a chamar a distincia mé- dia geométrica propria de raio equivalente do conjunto de subcondutores (ou bun- dle) de uma fase. A letra z tem a finalidade de especificar o célculo voltado para impedincias ou reatincias indutivas da linha de transmissio que, como veremos, serd um poueo diferente do célculo de capacitincias. Definimos o raio equivalente da fase a: nDy2 Din )(Dayrs Day (Ber Fa) * (1.24) Finalmente, escrevemos a expresso da indutincia da fase @ na sua forma ‘compacta: ‘© Caleulo da indutneia da fase e total Analogamente, obtemos a indutincia do conjunto by =2x107 n——, os as resultando para a indutdncia total da linha bifésica: DMG? LL, +ly=2x107 ti Colocando essa expresso na forma usual, obtemos: DMG L=4x107 In (1.25) Vrs Se as fases possuirem caracteristicas idénticas, teremos 1, do em uma expressio andloga & obtida anteriormente para a Tegay = Togs» Fesultan- inha bifasica a dois fio. Capitulo |. Introdudo aos Parémetros de Linhas 39. linha biflsica com feixe de subcondutores Figura 1.28: Caeulo da indutineia, LLinha com a fase constituida por condutor ci 1,-20107n2, al Linha com um feixe de subcondutores em cada fase: DMG et Ly =2x107 In ‘na qual rag, € 0 Faio equivalente da fase a Em vez de continuarmos usando o raio corrigido do condutor sélido +’, vali- do para corrente continua, passaremos a utilizar 0 raio médio geométrico, rmg, vali- do para cabos encordoados e corrente alternada, que leva em conta a média geomé- trica das distincias entre os fios que compdem um cabo encordoado, de forma se- melhante 20 conceito anterior de média geoméica pyépria dos subcondutores de uma fase, além de levar em conta a disposigio dos condutores em toro do suporte ‘mecdnico no caso de cabos CAA (ACSR). Em geral, nfo fazemos 0 célculo do raio médio geométrico, sendo 0 mesmo obtido de tabelas de condutores, assim como as demais caracterstcas elétricas ou mecinicas do cabo, fornecidas pelos fabricantes. Como exemplo, a linha com a fase constituida por um cabo encordoado apre- sentariaa indutincia £,=2%1077 In 2 rms, + Resumo da nomenclatura para distincias médias geomeétricas proprias Faremos aqui um breve resumo da nomenclatura adotada para os subconduto- res de uma fase. 4) Condutor sli € 0 seu raio corrigido r’, que é um conceito mais teérico, com a finalidade de incluir 0 fluxo interno do condutor em corrente continua Figura 1.29: Condutorcilindrco, ') Cabo encordoado, para o qual usaremos uma extensio do conceito de distancia ‘média geométrica propria, expressa pelo raio médio geométrico rmg. No eso prti- 60 de feixes de cabos encordoados e corrente alterada, trocamos r’ pelo raio mé- dio geométrico rmg e as expressdes se mantém. 2 img Figura 1.30; Cabo condutor encordoado, ©) Feixe de subcondutores cilindricos ¢ o seu raio equivalente: fg = Mi Davifs) Figura 1.31: Feixe de condutorescilindricos tule 1 Inroducto aos Pardmetros de Linha 4) Cabos encordoados em feixe. A expressio a seguir é utiizada em casos priticos em corrente alternada. re, Pra-~Pin) Darn Pay) -( Dyt--Da-Ving,) Figura | 32: Feive com m eabos encordoados. Na reatidade, os programas exstentes de eéleulo de parimetros nao utlzam 2 conesito do raio médio geométrica, tratando os cabos encordoados como conduto- res tubulares utlizando formulas relativamente complexas para corregdes de con centragdes de correntes em fungdo da frequénca. Nessa etapa do nosso curso, introdutéria ao céleulo de parimetros, continus- emos uilizando o coneeto de raio médio geométrico, que & suficientemente preci- 50 para os nosso propésitos. Assim, substituimos o bundle percorrido pla corrente 1 por um condutor equvalente, dado pela distancia média geométrca propria do bundle, ou rao equivalent, o que faiita muito os céleulos (s casos priticos de cabos em feixe apresentam sempre subcondutores iguais espavados uniformemente, circunsriteg em um ciculo. A simetria desss configu: ragdes permite um célculo’ mais simples, S6mi0'veremos a seguir, nos casos mais comuns de 2,3 e4 subcondutores em um mesmo fixe 28) Caso de dois subcondutors: Figura 1.33: Disposigo espacial de dois subcondutoresem fexe. ¢: espagamento entre subcondutores. a. 2020000000000 0000080S8989988880E88

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