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PRESIDENTE DA REPUBLICA Ernesto Geisel MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA Shigeaki Ueki DIRETOR-GERAL DO ONPM Acyr Avila da Luz PROJETO RADAM. PRESIDENTE Acyr Avila da Luz SECRETARIO EXECUTIVO Antonio Luiz Sampaio de Almeida SUPERINTENDENTE TECNICO OPERACIONAL Otto Bittencourt Netto SUPERINTENDENTE ADMINISTRATIVO Jo%o Batista Ponte DIRETOR DO 5° DISTRITO — DNPM Antonio Monteiro de Jesus FOLHA NA/NB.22 — MACAPA je: Levantamento de Recursos Naturais, 6 Volumes Publicados V.1 — Parte das Folhas SC.23 Rio So Francisco e SC.24 Aracaju, 1973 V.2 — Folha SB.23 Teresina e parte da-Folha SB.24 Jaguaribe, 1973 V.3 — Folha SA.23 Sao Luts e parte da Folha SA.24 Fortaleza, 1973. \V.4 — Folha SB.22 Araguaia e parte da Fotha SC.22 Tocantins, 1974 V.5 — Folha SA.22 Belém, 1974 Outros Produtos Além dos mapas tematicos na escala 1:1.000,000 e relatérios relativos a este bloco, encontram-se & disposi¢ao do publico, os seguintes produtos fin 1. Mosaicos Semicontrolados de Radar.” a) Folha de 1°00’ x 1°30’ ~ na escala 1:250.000 — abrangendo cerca de 18.000 km?, podendo ser acompanhada por faixas de radar na mesma escala, permitindo visio estereoscbpica em aproximadamente 50% da rea, b) Folha de 4°00’ x 6°00" ~ na escala 1:1.000.000 — abrangendo cerca de 288.000 km?, compreendendo 16 fothas na escala 1:250.000. 2, Fotografias* a) Infravermelhas — na escala 1:130,000 — cobrem a dtea de aerolevantamento sua utilizacao limitada quando da presenca de nuvens ou nevoeiro. Quando n grande utilidade para mapeamento. Para sua escolha, dispe-se de foto indices na escala 1:500.000. sua totalidade, tendo a 5, RO entanto, so de b) Multiespectrais — na escala 1:70.000 — em quatro diferentes canais (azul, verde, vermelho e infravermelho) — cobrem somente parte da area ocupada pela foto infravermelha e apresentam as mes mas limitagdes. 3. Video Tape* Na escala 1:23.00 — para sua utilizagio se faz necesséria aparelhagem especial de TV. Apresenta as mesmas restrigées das fotografias. 4, Perfis Altimétricos ‘Ao longo de cada linha de véo (27 em 27 km), foram registrados perfis que fornecem a altitude relativa do terreno. A aproximacgo absoluta é da ordem de 30 a 50 m. Encontram-se sob 8 forma original de registros, gréficos na escala horizontal aproximada de 1:400.000, 5, Mapas Planimétricos Na escala 1:250,000 — em fothas de 1°00’ x 1°30". * Jb em disponibilidade pa toda a drea do Projeto. MINISTERIO DAS MINAS E ENERGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUCGAO MINERAL PROJETO RADAM FOLHA NA/NB.22 — MACAPA LEVANTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS VOLUME 6 GEOLOGIA GEOMORFOLOGIA SOLOS VEGETACAO USO POTENCIAL DA TERRA RIO DE JANEIRO 1974 Publicagdo do Projeto Radam Programa de Integragio Nacional ©Copyright 1974 — DNPM/Projeto Radam Av. Portugal, 54, ZC-82 — Urca Rio de Janeiro, GB Brasil. Departamento Nacional da Produao Mineral Projeto RADAM. Folha NA/NB.22-Macapé; geologia, geomorfologia, solos, vegetaco ¢ uso potencial da terra, Rio de Janeiro, 1974. 1v. _ilust., 6 mapas, 27,5 cm (Levantamento de recursos naturais, 6) Nota: Paginagdo irregular. 1. Regido Norte — Geologia. 2. Regido Norte ~Geomorfologia. 3. Regio Norte — Solos. 4. Regio Norte — Vegetagdo. 5. Regiéo Norte ~ Uso Potencial da Terra. |. Série. Il. Titulo. COD 568.1 SUMARIO GERAL APRESENTACAO PREFACIO LOCALIZAGAO DA AREA 1 — GEOLOGIA 1 — GEOMORFOLOGIA i — SOLOS Iv — VEGETACAO Vv. — USO POTENCIAL DA TERRA 6 MAPAS ( em envelope anexado) APRESENTACGAO ‘A publicagao deste 6? Volume, a exemplo dos anteriores, procura preencher uma lacuna existente na literatura sobre levantamentos de recursos naturais no Brasil, maxime porque fornece, paralelamente, mapas teméticos espectticos, com preciosas informacdes de onde e como devem ser orientados, por mais, diversificados que sejam, 0s projetos que venham a ser implantados. Este volume, @ os demais, é 0 resultado dos ingentes esforgos da operosa e brilhante equipe do Projeto RADAM, que tem, como coneeito primacial, a norma de que ndo se pode conhecer um universo, seja ordenado ou néo, se ndo dispusermos de uma quantidade consideravel de dados sobre as coisas que 0 formam, e sobre as forgas que © modetam. E esses dados ¢ essas forgas, os técnicos do RADAM vém e continuam colhendo e dimensionando, através da exceléncia de sua metodologia, com base no sensoriamento remoto e nos proficuos e, muita vezes, penosos trabalhos de campo na vastidao amaz6nica. Destarte, vai sendo cada vez mais conhecido o setentrido do nosso Pafs, no tocante aos aspectos da Geocartografia, Geomorfologia, Geologia, Pedologia, Fitoecologia e do Uso Potencial da Terra Ngo podemos deixar de consignar, aqui, nosso reconhecimento, ao Governo do Territério Federal do ‘Amapé e 8 ICOMI, pelo apoio recebido durante a fase das atividades realizadas naquele Territorio, bem como aos demais drgdos ou pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram na consecugio de nossas tarefas, alguns jé citados, com muita justiga, nas edigdes anteriores desta colegdo. Ay 1 poh ACYR AVILA DA LUZ Diretor-Geral do Departamento "Nacional da Produco Miner PREFACIO O que é a Amazénia? € realmente uma extensa plan Ou se desdobra em vérios tipos de relevo? Ea floresta homogénea? Heterogénea? E suas madeiras tem mercado consumidor? Onde? Em que proporgdo? So os solos de fertilidade alta? Baixa? & promissora quanto a existéncia de minérios? Quais? Onde? Que drea ou dreas devem ser desenvolvidas e que atividades devem ser implantadas? Por qué? A cata das respostas a estas e outras perguntas tem orientado todos os trabalhos do RADAM que procuram, no mais curto espaco de tempo e a baixo custo, fornecer uma visdo real(stica das potencialidades dessa imensa regiao. Neste volume, & semelhanca dos 5 (cinco) primeiros publicados, s3o discutidos os assuntos referentes a Geologia, Geomorfologia, Solos, Vegetacao e Uso Potencial da Terra. A &rea corresponde & folha NA.22 e.parte da NB.22. As coordenadas sdo 0°00’ e 4°30’ N e 4800’ e 54° 00" W Gr.Abrange quase a totalidade do Territério Federal do Amapé e parte do Estado do Pard. Sua superficie 6 de 136.450 km, ‘A metodologia aplicada, descrita separadamente em cada uma das segdes, permanece a mesma dos trabalhos anteriores, em que se procurou utilizar a0 maximo as informagées provenientes de consultas bibliogréficas, interpretar cuidadosa e sistematicamente os dados fornecidos pelas imagens de radar e outros sensores, discutir e avaliar os parémetros obtidos pelos outros setores e coletar no campo as informagées e amostras necessérias 8 confec¢éo das diversas cartas dentro da preciso requerida. Cabe aqui @ registro do entusiasmo e denodo com que os técnicos e homens de apoio se h3o no meio da selva, sob as condicSes mais adversas a fim de examinar o terreno, coletar um pequeno pedaco de rocha, observar um perfil de solo, reconhecer as espécies vegetais e calcular seus volumes, entre outras atribuigdes, de cujos estudos posteriores depende em grande parte o sucesso dos resultados finais, E dada énfase, principalmente, a verificaco nos interfluvios, onde pela primeira vez 0 homem alcanca aquelas regides. S80 equipes que paciente e€ metodicamente desenvolvem durante todo o ano, enfrentando as dificuldades inerentes a esse tipo de servico, os trabalhos de coleta de tao preciosos dados. © mapa e relat6rio de geologia apresentam uma nova visdo estratigréfica da regio, onde se caracterizam geogréfica e temporalmente as 5 unidades bésicas: Complexo Guianense, Cinturéo Orogénico Tumucumaque—Vila Nova, as- rochas Alcalinas do Maicuru—Mapari, a Provincia Toleftica do Oiapoque—Araguari e a Cobertura Cenozdica. Ao discutirem os trabalhos anteriores, associam as novas evidéncias e sugerem modificagdes em muitos dos aspectos estratigréticos e estruturais, Cada uma das unidades acima citadas é descrita pormenorizadamenté em seus aspectos principais, ressaltando-se as possibilidades de mineralizagdes em cada uma delas. ‘Sao recomendadas prospecgGes em diversas dreas, para cobre, chumbo, zinco, ouro, diamante, cassiterita, tantalita, xenotima, cromo, niquel, alum{nio e elementos raros. Os diferentes processos de formago dos diversos tipos de relevo so analisados na sepo referente a geomorfologia, que divide a érea nas seguintes unidades morfoestruturais: Planaltos Residuais do Amapa; Planalto Rebaixado da Amazénia; Colinas do Amapa; Depressio Periférica do Norte do Pard ea Planicie Fluviomarinha Macapé—Oiapoque. Esta compartimentago 6 de importancia fundamental para os estudos de aproveitamento dos recursos naturais. Por condicionantes geomorfolégicos, s0 sugeridas dreas para implantago de rodovias e construgo de barragens. A correta defini¢ao, posicionamento e extensio dos solos desta imensa regio esto sendo pela primeira vez revelados. So caracterizadas as classes de solos encontradas, bem como suas capacidades para utilizago agropecuéria, tanto em relago ao sistema de manejo primitivo como ao desenvolvido. So bastante valiosas as recomendagGes sugeridas nesta se¢do. ‘Apés fazer uma descrigdo @ andlise dos diferentes tipos de vegetacdo (Floresta, Cerrado, etc.), suas principais espécies caracter(sticas e, no caso das florestas, determinar seus volumes por unidade de drea e espécies, o Setor de Vegetacdo recomenda uma série de atividades que devem ser adotadas quanto & exploragdo das potencialidades dos recursos naturais. Problemas ecoldgicos so discutidos. Aspectos de pluviosidade e temperatura, e suas variagdes, so analisados por se constitufrem fatores indispenséveis 20 manejo florestal e utilizagSes da terra. As informagdes obtidas pelos outros Setores, a par de um levantamento bibliogréfico que inclui aspectos econémicos e 0 emprego de um célculo matemético de natureza combinatéria-probabil (stica, permite a0 grupo que compée o Setor de Uso Potencial da Terra, a elaborag3o de mapas e relatérios que avaliam a capacidade natural do uso da terra. Apés discutir as diversas possibilidades econémicas da regio, conclui que a atividade de Explorar de Madeira 6 a que melhores perspectivas oferece, alertando para as implicagSes que possam dela advir. Para a lavoura, as éreas de varzeas so as que apresentam melhores condigSes, muito embora as condicdes de drenagem constituam impedimento a considerar, enquanto a pecudria tem grandes possibilidades nos campos do Baixo Araguari. Faz comentérios sobre aspectos ecoldgicos de uma grande érea de Planicie Fluviomarinha do norte do Amapé e sugere uma integracdo interministerial com 0 objetivo do aproveitamento em paralelo de toda uma imensa gama de recursos, visando a fixago e elevago do nivel da populagao local. S30 propostas diversas dreas de Proteg3o ao Ecossistema, para Preservacdo da Flora e Fauna, para a implantaco de uma Floresta Nacional e de um Parque Nacional, além de indicar as 4reas de Preservagdo Permanente regulamentadas por lei. teh OTTO BITTENCOURT NETTO ‘Superintendente Técnico Operacional LOCALIZACAO DA AREA 6 os o se es ea se LI TO) PUBLICACOES. ANTERIORES ‘- VOLUME 1 B- VOLUME 2 (C= VOLUME 3) D- VOLUME 4: E> VOLUME 5 a NO MAPA ACTA. 0S NOMPS ALAGOAS § EERGIPE FSTAO POSICIOWADOS IMVEESAMENTE. FOLHAS NA ESCALA 1:250,006 5H 00 _ Se 30 5H 00" 49° 30" 48° 00 S00 fo SS CABO ORANGE NG. 22 YB 4°00 pm wo ae wee #00 rogue NA. 22 VBA 300" —- mee RIO. TANGARARE LOURENCO AMADA NA. 22-V-6 = NA. 22-V40 NA, 22-1-C Po SS 2°00" SAG TURUCUMAQUE RIO ARAGUART CABO NORTE WA, 22 VA NAL 22-V¥-15 NAL 22-24 Poo | —---- -—--- == - = = ete ee eee fe -- f RIO JARI MACAPA THA CAVIANA / ILA WIEXIANA NAL 22-¥-6 NA, 22 Y) NA. 22 7-C/D oro S oo se ee or 00" 58° 00" 52 30 5 00 4g*30" age O0" GEOLOGIA Levantamento de Recursos Naturais, V-6 FOLHA NA/NB.22 — MACAPA |— GEOLOGIA AUTORES: — Mario Ivan Cardoso de Lima Raimundo Montenegro Garcia de Montalvo Roberto Silva Issler Abelardo da Silva Oliveira Miguel Angelo Stipp Basei Jaime Franklin Vidal Aradjo Guilherme Galego da Silva PARTICIPANTES: Wilson Scarpelli Fernando Pereira de Carvalho Clécio de Souza Rodrigues Marconi Cavalcante Albuquerque Roberto Dall’Agnol Abel Salles Abreu Gerobal Guimaraes Paulo Sucasas Costa Jr. DNPM/Projeto Radam — Av. Portugal, 54 — ZC.82 — Urea — Rio de Jane! SUMARIO RESUMO 1/9 ABSTRACT 1/10 1, INTRODUCAO 1/11 1.1. Localizago 1/11 1.2, Objetivo do Trabalho 1/11 1.3. Método do Trabalho 1/13 2. ESTRATIGRAFIA = 1/14 2.1, Provincias Geoldgicas 1/16 2.1.1. Craton Guianés 1/16 2.1.1.1. Embasamento Guriense 1/18 2.1.1.2, Faixa Orogénica Tumucumaque — Vila Nova 1/19 2.1.1.3. Provincia Alcalina Maicuru-Mapari 1/20 2.1.1.4. Provincia Toleitica Oiapoque-Araguari 1/21 2.1.1.5, Cobertura Cenozdica da Plataforma do Amapé = 1/22 2.2. Descrigéo das Unidades 1/23 2.2.1. Complexo Guianense 1/23 2.2.1.1. Generalidades 1/23 2.2.1.2. Posicao Estratigrafica 1/29 2.2.1.3. Distribuigio na Area 1/29 2.2.1.4. Geocronologia 1/29 2.2.1.5. Petrografia 1/29 2.2.1.6. Gnaisse Tumucumaque — 1/35 2.2.1.6.1. Petrografia 1/35 2.2.2. Grupo VilaNova 1/38 2.2.2.1. Generalidades 1/38 2.2.2.2. Posi¢do Estratigréfica 1/43 2.2.2.3. Distribuig&o na Area 1/43 2.2.2.4. Geocronologia 1/43 2.2.2.5, Petrografia 1/44 2.2.3. Granodiorito Falsino 1/49 2.2.3.1. Generalidades 1/49 2.2.3.2. Posigdo Estratigrafica 1/49 V3 3.1 2.24. 2.2.5. 2.26. 2.2.7. 228. 2.2.9, 2.2.3.3. Distribuigio na Area 1/53 2.2.3.4. Geocronologia 1/53 2.2.3.5. Petrografia 1/53 Granito Mapuera 1/53 22.4.1. Generalidades 1/53 2.2.4.2. Posig&o Estratigréfica 1/54 2.2.4.3. Distribuigéo na Area 1/54 2.2.4.4. Geocronologia 1/54 2.2.4.5. Petrografia 1/54 Rochas Intermedidrias, Bésicas e Ultrabésicas 1/55 2.2.5.1 Generalidades 1/55 2.2.6.2. Litologias 1/55 Alcalinas Mapari 1/56 22.6.1. Generalidades 1/56 2.2.6.2. Posigo Estratigratica 1/56 2.26.3 Distribuiggo na Area 1/56 2.26.4. Geocronologia 1/56 2.2.6.5. Petrografia 1/56 Diabésio Cassiporé 1/58 2.2.7.1. Generalidades 1/58 2.2.7.2. Posigdo Estratigréfica 1/58 2.2.7.3 Distribuiggo na Area 1/58 22.7.4. Geocronologia 1/58 2275 Petrografia 1/58 Formacio Barreiras 1/60 2.2.8.1 Generalidades 1/60 2.28.2 Posic&o Estratigrafica 1/61 2283. DistribuigSo na Area 1/61 2.2.84. Litologias 1/61 Aluvides 1/61 2.291. Generalidades 1/61 229.2. Posigdo Estratigréfica 1/62 2.29.3. Distribuigdo na Area 1/63 2.2.10. Laterito 1/63 ESTRUTURAS — 1/67 Estruturas Regionais 1/67 3.2. Estruturas Locais 1/72 V4 41 5.1 6.2. 3.2.1. Estruturas do Ipitinga 1/72 3.2.2. Estruturas do VilaNova 1/72 3.2.3. Anticlinal do Iratapuru 1/72 3.2.4. Graben do Iratapuru 1/73 3.2.5. Falhado Inipaco 1/73 3.26. Falhado Cupixi 1/73 3.2.7, Falhado Tumucumaque 1/73 3.2.8. Corpos Circulares dos Rios Falsino, Cupixi, Paru, Mururé, Ipitingae Jari 1/73 3.2.9. Corpos Intrusivos Basicos 1/75 3.2.10. Corpos Tabulares 1/76 HISTORIA GEOLOGICA v7 Generalidades 1/77 Geocronologia 1/79 GEOLOGIA ECONOMICA 1/86 Generalidades 1/86 Ocorréncias Minerais 1/86 5.2.1. Bauxito 1/86 6.2.2. Cromita 1/88 5.2.3. Calcopiritae Bornita 1/88 5.2.4. Cassiterite 1/89 6.2.5. Hematita 1/89 5.2.6.1. Distrito do VilaNova 1/89 5.2.5.2. Distrito do Ipitinga 1/91 5.2.6.3. Distrito do Travessdo 1/92 5.2.5.4. Ocorréncia do Trame 1/92 5.2.6. Limonita 1/92 5.2.7. Criptomelana, Piroluzita, etc. 1/93 5.2.7.1. Distrito da Serrado Navio 1/93 5.2.7.2. Igarapé da Vacaria 1/96 5.2.7.3. Picada Cunani — Vila Velha 1/96 5.2.8. Columbita, Tantalitae Cassiterita 1/96 5.2.9. Ouro 1/100 5.2.9.1. Regio rio Oiapoque —*1/100 V5 6.3. 5.4. §.2.9.1.1. Rio Uacd 1/101 5.2.9.1.2. Rio Oiapoque —*1/101 5.2.9.2. Regido Calcoene-Cassiporé ‘1/101 5.2.9.3 Regio Araguari-Amapari 1/101 5.2.93 1. Rio Amapari até o rio Felicio 1/101 5.2.9.3.2. Rio Cupixi 1/102 5.2.9.3.3. Igarapé Jacaré 1/102 5.2.9.4. Regio VilaNova 1/102 5.2.9.4.1. Igarapé Ledio 1/102 5.2.94.2. Igarapé Bernardes 1/102 5.2.9.4.3 Sondagem Gaivota 1/102 5.29.4.4. Sondagem Lec 1/103 5.2.94.5 Rio Flexal 1/104 5.2.9.5. Regido Jari-Paru 1/104 52.10 limenitae Rutilo 1/105 5.2.11 Zirco eMonazita 1/105 6.212 Diamante 1/105 5.2 13. Pedras Semipreciosas 1/106 6.2.14. Caulim {/106 5.2.15 Corindon 1/106 5.2.16. Pirita 1/106 5.2.17. Taico 1/106 Possibilidades Metalogenéticas da Area 1/106 Situac¢fo Legal dos Trabalhos de Lavra e Pesquisa Mineral na Area 1/109 5.41. Decretode Lavra 1/109 5.4.2. Alvard de Pesquisa 1/109 5.4.3. Pedidos de Pesquisa 1/110 CONCLUSOES 1/112 RECOMENDACOES 1/113 BIBLIOGRAFIA = 1/114 V6 TABUA DE ILUSTRACOES MAPA Geoldgico (em envelope anexo) FIGURAS 1. Folha NA/NB.22 Macapé, localizago 1/12 2. Diagrama EppH, segundo Garrels e Christ (1965) 1/65 3. Diagrama E};pH, segundo Pourbaix (1966) 1/65 4. Folha NA/NB.22 Macapé, distribuicao dos lateritos 1/66 5. Diagrama das feigées estruturais da Folha NA/NB.22 Macapé 1/68 6. Esquema das direcdes de foliagdes, fraturas e falhas de rejeitos horizontais, segundo a concep¢ao de Moody e Hill (1956). Complexo Guianense. 1/69 7. Esquema de dobramentos, foliagdes, fraturas e falhas com rejeitos horizontais, segundo a concep¢3o de Moody e Hill (1956). Gnaisse Tumucumaque. 1/70 8 Esquema de dobramentos e falhas de rejeitos horizontais, segundo @ concep¢do de Moody e Hill (1956). Grupo Vila Nova. 1/71 9. Esquema da Falha do Cupixi (falha de rejeito horizontal) e fraturas, segundo a concepeao de Moody e Hill (1956). Falha condicionada pelo Lineamento Tumucu: maque. 1/74 10. Is6crona de referéncia Rb-Sr, em rocha total, da Serra do Navio, construida utilizando-se dados apresentados por Hurley et alii (46) (1968). 1/82 11, Is6crona de referéncia Rb-Sr, em rocha total, Granodiorito Falsino Amapé. 1/82 12. Localizag3o das amostras do Territério Federal do Amapd, com determinacdes Rb/Sre K-Ar. 1/87 ESTAMPAS 1. Contato efitre os xistos do Grupo Vila Nova e polimorfitos do Complexo Guianense. 2. Corpo macigo (Granito Mapuera, rio Jari). 3. Diques e sills (? ) de diabasios (Diabasios Cassiporé) 4. Contato entre Complexo Guianense e Formagao Barreiras (Tercidrio) 5. _ Estruturas dobradas do Ipitinga FOTOS 1. Migmatito, (Complexo Guianense) 2. Migmatito, estrutura oftalmitica (Complexo Guianense) 3. Cataclasito (Complexo Guianense) 4. Gnaisse (Complexo Guianense) 5. Granulito basico (Complexo Guianense) v7 Granulito dcido (Complexo Guianense) Hornblenda-piroxénio-granulito (Complexo Guianense) Hornblenda-piroxénio-granulito (Complexo Guianense) Hornblenda-piroxénio-granulito (Complexo Guianense) Silimanita-cordierita-plagioclasio gnaisse ou kingisito (Complexo Guianense) Hornblenda-gnaisse (Gnaisse Tumucumaque) Anfibolito (Grupo Vila Nova) Anfibolito (Grupo Vila Nova) Ortoanfibolito (Grupo Vila Nova) Ortoanfibolito (Grupo Vila Nova) Silimanita-quartzito (Grupo Vila Nova) Magnetita-quartzito (Grupo Vila Nova) Albita-muscovita-quartzo-xisto (Grupo Vila Nova) Sericita-muscovita-quartzo-xisto (Grupo Vila Nova) Andaluzita-xisto (Grupo Vila Nova) Talco-antofilita-xisto (Grupo Vila Nova} Alcalina Mapari Alcalina Mapari Alcalina Mapari Hornfels (Complexo Guianense intrudido por Granodiorito Falsino) Granéfiro bésico (Diabésio Cassiporé) Oiapoque, Aluvides e Grupo Vila Nova Lourengo, Gnaisse Turnucumaque “Island mountains” gnaissicos em 4rea do Complexo Guianense Serras de metassedimentos do Grupo Vila Nova 8 RESUMO Os resultados do reconhecimento geolégico, usando principalmente interpretago de imagens de radar, complementada por controle de campo, sfo aqui apresentados e abrangem trabalhos em uma érea com cerca de 136.450 km? no norte do Brasil (Territério do Amapé e Estado do Pard). O relat6rio objetiva explicar os fatos geoldgicos significantes da 4rea, sintetizar os dados de acordo com o desenvolvimento estrutural e a evolucdo geoldgica e, finalmente, fazer consideracdes de ordem econémica sobre os depésitos e ocorréncias minerais. Descreve também nos diversos capitulos o contetido, objetivo, as dificuldades de coletar e avaliar as informages da literatura, e as dificuldades de interpretacdo da correlaco de fendmenos das dreas craténicas das Guianas. Com base nas evidéncias faz a apresentagio sistematica da localizagao e caracteristicas do Complexo Guianense, Faixa Orogénica Tumucumaque — Vila Nova, Alcalinas Maicuru-Mapari, Provincia Toleftica Oiapoque — Araguari e das coberturas sedimentares cenozbicas da Plataforma do Amapé. S80 apresentadas as relagdes petrograficas e geocronoldgicas de todas as unidades mapeadas. Essa primeira parte prové a base geolégica para a apresentacSo do estudo sobre as possibilidades metalogenéticas. A partir desse ponto so apresentados e discutidos os distritos de manganés e ferro, de estanho, nidbio, téntalo e ouro, Também sdo inclufdas as ocorréncias de bauxito, diamante, ilmenita, monazita e outros. vo ABSTRACT The results from the gealogic reconnaissance, based chiefly on the interpretation of radar imagery complemented with field checking, are presented as covering an area of about 136.450 square kilometers at northern Brazil (Amapa Territory and State of Para). The report has a threefold purpose: to explain the significant geologic facts in the area, to sum up the dala according to the structural development and the geological evolution, and to offer some considerations of economic nature on the minerals occurrences and deposits. Scope, subject matter and the difficulties to collect and evaluate information from the literature are described, as well as the difficulties for interpreting the correlation of phenomena of the Guianas cratonic areas. Based on the evidences shown, an attempt is made to present a logical account of the location and characteristics of the Guianense Complex, the Tumucumaque--Vila Nova orogenic belt, the Maicuru—Mapari alealine rocks, the Oiapoque—Araguari toleitic province, and the Cenozoic sedimentary covers of the Amapé platform. Petrographic and geochronological relationship among all the mapped units are also presented. The study provides the geological background for the investigation on the area's metalloyenieiic possibilities. The manganese, iron, tin, niobium, tantalum and gold districts are shown and discussed, as well as the occurrences of bauxite, diamonds, ilmenite, monazite and other minerals. 10 1. INTRODUGAO 1, LOCALIZACAO Os resultados do reconhecimento geolégico, efetuado pelo Projeto RADAM, na porcao do territério brasileiro ao norte do equador, entre os meridianos de 48°00’ e 54°00’ WGr, sdo apresentados em Mapa (anexado) e neste Relaté- rio; pelo corte cartografico ocupa a quase totalidade da Folha NA.22 e uma porgio mi- nima da Folha NB.22 (ponta do Mosquito e cabo Orange, entre 0 r10 Oiapoque e 0 oceano Allantico), ficando no todo compreendida na Folha NA/NB.22 Macapd. Abrange cerca de 136.450 km? de terras, sendo a maior parte pertencente ao Territério Federal do Amapd e pequena parcela ao Estado do Pard (a oeste do rio Jari e algumas ilhas do estuério do rio Amazonas). A ocupago urbana mantém as primitivas carac- teristicas do pais, com os ndcleos mais expres- sivos na faixa litoranea, Asexcegdes esto ligadas as atividades mineiras ou, em certos casos, fixagdo nas terras firmes mais afastadas da planicie com influéncia da maré. Trés macicos, serra de Tumucumaque, serra do Iratapuru e serra Lombarda, cujas cotas maximas na rea tém entornos de 700, 600 e 500 m, respectivamente, edificam os principais divisores de dgua, O rio Araguari drenando uma bacia central; 0 rio Oiapoque e seus tributérios da margem direita, em linearidade divergente; os rios Uagé, Cassiporé, Cunani, Calgoene e Amapa Grande, indo diretamente ao mar; 0 Vila Nova, 0 Jari e © Paru, que ultrapassam a borda sul da Folha em fluéncia ao Amazonas; constituem, todos estes, os rios mais importantes. E mar- cante, nos dominios das litologias e estruturas do Grupo Vila Nova e do Gnaisse Tumucuma- que, a orientac3o da drenagem obedecendo a um padrao NNW-SSE. Afora as terras da orla atlintica e das ilhas do arquipélago marajoara, entre o Canal Norte do wi Amazonas e 0 oceano — baixas, alagdveis por maré e na estac&o chuvosa, de manguezais e la- goas — 0 relevo continental varia dessas plan‘cies as zonas fortemente dissecadas, gran‘ticas-andis- sicas com “‘island mountains” e as dreas de ali- nhamento sérreos NW-SE, mais pronunciados, com metassedimentos (serras do Navio, de Tu- mucumaque, |ratapurue Ipitinga), ou NNW-SSE, dos diques toleiticos (entre Oiapoque—Amapari, serra Lombarda as aluvides costeiras). O clima 6 equatorial imido, sendo marcante a influéncia das oscilagdes da frente intertropical Pluviosidade muito alta e praticamente sem estaco seca na drea florestada, A cobertura vegetal predominante nas areas pré-cambrianas & a floresta densa, de porte elevado na faixa formada pela bacia do rio Araguari, serras de Tumucumaque e Uassipéia. Na zona sedimentar costeira esto os campos, alguns inundaveis e as, reas de cerrado. Em geral predominam os latossolos mas os solos hidromérficos dominam a faixa costeira, 1.2. OBJETIVO DE TRABALHO Conseguir a prazo curto 0 mapa geoldgico, em escala de reconhecimento regional, das areas re- cobertas por imagens de radar e de outros senso- res obtidos num mesmo véo para o RADAM, esté entre os objetivos principais deste proje- to de levantamento de recursos naturais. Nes- te caso a meta atingida representa as prin- cipais feicSes litoestratigraficas e tectdnicas, juntamente com a identificag3o de 4reas minera- lizadas. Pela integraci0 dos dados geoldgicos pretendemos, de forma sintética, individualizar efou agrupar os fatos da histéria geolégica ocorridos na drea aqui apresentada e através destes chamar aten¢do do potencial econdmico de faixas orogénicas, provincias de corpos intru sivos e coberturas detriticas, diagnosticado por jazimentos trabalhados ou por ocorréncias com- provadas 48°00) 5°00 0°00 54°00 7 = 5°00" (Cobo Cossivore GUIANA FRANCESA eS eam > Zz A ° ‘S) |. oo? i "po nero — P00" 54°00) 48°00" Fig. 1 — Fotha NA.22/NB.22 Macap, Localizacao 2 1.3. METODO DE TRABALHO Concordante com a metodologia estabelecida para os trabalhos do Projeto RADAM e, em particular, com a adotada para esses estudos nas reas amazénicas, as tarefas, até chegar a este Relatério e Mapa Geoldgico da Folha Macapé, tiveram desenvolvimento que aqui deve ser mencionado. A érea {oi inicialmente abordada — interpretagao de imagens SLAR — quando ainda estavam sendo feitas pela Equipe as primeiras tentativas em mosaicos de regides nao sedimentares, com relevo movimentado e cobertas por floresta. A Tesposta que estas imagens proporcionam ao bandeamento dos metassedimentos, a homoge- neidade de sua auséncia nas litologias mais duras, € 0 realce as feigdes estruturais, ensejou, aquela altura, uma interpretac3o mais expedita, “Mapa de Estilos Tecténicos", no qual as unidades “pandeada-ndo bandeada-intrusivas”, foram td- nica na legenda. & certo que apesar da experién- cia profissional de alguns dos ge6logos, com anos de reconhecidos trabalhos em PréCambriano e no Amapé, as imagens em mosaicos, em algumas reas, foram entdo mais “mapa-base”, onde eram plotadas informacies prévias, do que propria mente material onde os pardmetros obtidos nessas dreas conhecidas, pudessem, em grau de confiabilidade maior, ser extrapolados por inter- pretaco, como seria mais conveniente ao elabo- rar o mapa preliminar para controle de campo na etapa seguinte. Superada esta tase de “Estilos”, tanto no Amapd como nas demais dreas, foi possfvel, através de rigoroso controle de pontos e segdes amostradas — quer pelo RADAM, quer por outros (obtidas nas mais diversas fontes da literatura geolégica sobre a Folha) — chegar a identificar as unida- des litoestratigréficas que 0 método e a escala permitiram. Isto se fez através da manipulacao de maior numero de dados de campo, dados WZ petrogréficos e, por ultimo, confirmagao por de- terminagdes geocronolégicas; as unidades “mor- foestruturais fotogeol6gicas”, assim controladas, puderam ser individualizadas até litoestratigré- ficas ou, outras vezes, marcadamente englobadas, nestas ultimas durante a reinterpretaco final. Por outro lado, 0 avango do reconhecimento nas reas do Craton Guianés, até Roraima, permiti- ram viséo de conjunto necesséria a uma integra- go que envolveu, como nesta rea ndo poderia deixar de ser, os dados de territérios além de nossas fronteiras nacionais. Os mosaicos semicontrolados de imagens de radar, na escala 1:250.000 so a base principal do trabalho, quer nas fases de interpretacdo, quer no controle de campo. Este ultimo foi feito utilizando-se as estradas da regio, os acessos fluviais e na metade oeste da drea a abordagem aérea por helicéptero, sendo entretanto prece- dido por sobrevéos a baixa altura com tomada de fotos oblfquas (para registro de detalhes geolégicos e apoio logfstico as missdes de campo). Cabe registrar a colaboracdo recebida da Indus- tria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), assim como nossa homenagem a Fritz Louis Ackermann, a cujo pioneirismo e técnica fica o crédito de considerével parcela do conhecimento geoldgico regional e dos recursos minerais do Territério Federal do Amap4. Na equipe de autores, nossas principais atividades foram assim distribu(das: Lima, na interpretag3o e elaboragao final do Mapa Geoldégico; Montal- vio e Issler, na redago da maior parte do Rela- t6rio; Oliveira, como responsdvel pelas atividades de campo; Basei, pela interpretac3o dos dados geocronolégicos e executor das determinacSes em amostras RADAM; Araijjo, pelo estudo pe- trogrdfico e Silva pela coordenacao e orientagdo geral de todas as fases.

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