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INVERTEBRADOS Manual de Aulas Praticas 2 Série Manuaie Priticos em Biologia 3 Cibele S. Ribeiro-Costa & Rosana Moreira da Rocha (Coordenadoras) LG, Lib biG, GG bb 1 bey SOL LELEELULLULLLLLL YL! TL v's'b Editora Ribersio Pre mm SUMARIO ‘AGRADECIMENTOS .. - sone 10 APRESENTACAO {escent swe UL INTRODUGAO ae : sc oui 2 Walter A. P. Boeger PORIFERA . 6 Maria Angélica Haddad & Rosana Moreira da Rocha CNIDARIA : 4 Maria Angélica Haddad ~ PLATYHELMINTHES 51 Walter A. P. Boeger & Joaber Pereira Junior @ ROTIFERA 62 Walter A. P. Booger » ACANTOCEPHALA 66 Joaber Pereira Junior & Walter A. P. Boeger BNEMATODA 2 69 Jouber Percira Junior & Walter A. P. Booger EMOLLUSCA oa Cibele $. Ribeiro-Costa e Luciane Marinoni 2106 ANNELIDA Arno Blankensteyn Pf sevice LB, ARTHROPODA sia Massuiti de Almeida & Rodney Ramiro Cavichioli L CHELICERATA a Rodney Ramiro Cavichioli CRUSTACEA. 134 Liicia Massuiti de Aimeids “MYRIAPODA™ z las. Liicia Massutti de Almeida INSECTA 152 Liicin Massuiti de Almeids BRYOZOA sis 179 Rosana Moreira da Rocha & Maria Angélica Haddad CHABTOGNATHA 184 Rosana Moreira da Rocha ECHINODERMATA q OF Rosana Moreira da Rocha CHORDATA sss - ssieatinem - 208 Rosana Moreira ds Recha BIBLIOGRAFIA GERAL INDICE TAXONOMICO. INTRODUCAO Walter A. Boeger Depto de Zoologia, UFPR A cristéncia de uma espécie depende de sua eapacidade de perpetuar-se. Esta perpetuagao osorre por meio demecanismnos diversas de reproduso, Ao reproduzir se, um organismo faz com que sua informagao genética, seja iransmitida para geragdes subseqientes. Todsvia, a reprodugio. especialmente no-caso dos animais. &algo que exige © desenvolvimento de estruiuras corporais ~por exemple, as génadas~ que consomem tempo, energia ¢ materia. Exisie, portanto, uma série de fungdes que devem ser realizads pelo compo de um deterninadoorganissno, par que ele seia eapaz de repreduzir-se. Sendo arganismos heterétratos, os ania precisim incocporar direta ow indiretamente 4 materia organisa prodzida pelos organismos autétrofos. como as plants para a construgdo de seu compo & para saiisfazer processos metahalicos diversos. Apesar de existitem nuuites especies jerdbicns, w urande maioria dos on "4, € dependem do oxigénio para a producio de mokeulas ricus em enesgia (como ATP, NADP) (Figura 1) Exsa enengia deve estar disponivel para a realizagio das reagiles quimicas asseciadas, por exemplo, com asiniesed molécules orginieas ea realizagio de trabalho, Assim, para que as fungdes vitals sejamm aulecjuadamente realizadas, um ongunisma dove ser cape: de-absorver ¢ climinar matéria © enesgia por exemplo moléculas, fezes ¢ calor (Figura 1), Sais e agua devem ser reabsorvidos, seem caréncia, ou eliminados, seem excesso Subprodutoe desnecessirios ou tixtoos processus metabdlicos devem ser eliminados. Todos eompostos, solventes (agua) levados wententes dos para perto ou para Jonge das eélulas do organism era um taxa, no mini, igual a sus taxa A temperatura corporal deve ser re por gerag ) elminacae residuos almento} agua repreducéo] Figura 1, Umanimal interpretado como ure 12 de calor, quando quente. Alguns organisms sobrevivem simplestente “suportando" passivamente as variagies dos ppardmetres ambientais corporas,freqtlentemente realizado suns fungBes apenas quando fais parimetzos ambientais permitirem, Por exemplo, algumas enzimas sio funcionals apenas quando a temperatura ambiental (2. ‘conseqbentemenie, do organising) estiver dentro das limites adequados para seu funcionamento. ‘Onganismos vivos, portanto, poder ser vistos como uma grande integrayio de complementam para realizaras fungdes neces ida even lima instincia, 4 reprodugse, que vevrea @ desenvolvimento do organismo, o que entra deve sempre superar o que & eliminade ou perdido e as necessidades do organismo devem ser supridis no seu todo, independentemente da parte, ou partes, de seu corpo envolvidas no processo, Por exemplo, mesmo sendo ura espécie parasita, a alimentagio de usm nemacdide dlepende ‘quase que exelusivamente do funcionantenta de seu proprio sisiema digestivo. Praticamente tou a sua necessidade de alimenco (maiéria c energia) & suprids por essa parte do fnimal. Sua parede corporal & secoberta por um euticula altamemte impermeavel, que impede a absorgie direla de moléculas grandes que estariam disponiveis se esae nematoide fosse parasito incestinal de vertebrados. Por outro lado, apesar de trematédecs digensticos (Plaxyhelavinthes) Parasitos intestinais sesem capazes de ingen e processar slimentoatravés do eu trato digestivo, cambém sio capazes Ue absorver atraves da superticie corpural mutrientes a eridase presentes no tato digestivo de seus hospedeiros, se caso, duas partes do compo complementam-se na realizagdo de uma necessidade do organism, 14 oseesibides, - Platyhelminthes, varecem completamente de trate digestivo ¢ dependem exclusivamente da absorgio pela superficie do corpo de compostos nutrtives. 4a digendos pelos seus hospedeiros. Um outro exemplo serelhante a exte ultimo ¢ forecido pelos Pogonopiora, as quais. assim como es cestdides, carecem de trata digestivo, Por outro lado. sendo animats marmnhos nao parasitis. os pogondtoros nio podem encontrar campotos nutriives em quantidade sufictenteno ambiente para absorvé-los pels panede do compo, Desse forma, as substincias rurritives neessirias & sua sobrevivencia Sin ariundas de fuciérias simbiontes que habitam sou corpo (Figura 2) As especies dos diferentes grupos animats parecer ter encontrado, como no exemple acimss as mars diversss solucbes para realizagao de suas Tungdes Vlas. Mtentiieat nine Os animais s ssisténein de problemas comuns relacionados a sobrevivencis ¢ repnnlugdo, ¢acetlar que 4s colugdes podem ser tanto semelhantes eo 4 PREM e wT P FIP I 1 1p 1h > Tp Hm Pe aps = (, Phries > Fis ea as Me do a pat = pola r:riilos | out, lores —Midade Aor. que Aheras ica ens ete superficie como tS agesIvo Figura 2. Grifico indicando de que modo, em diferentes 1 determinada fungio vital, como a alimentagaa. adi de forma complemeniar por diversas partes do yninho para reconhecer que-a Zoologia de nomes de grupos c fos grupos, 6 io € apenis un grande conju Cuidado especial deve ser toma p “Zoologia a0 ler alguns dos textos disponivels sobre os inverebradis, Como visio acima, ao contrario do que terminologia difundida na literatura possi s realizagao das fungbes necessérias 2 manutengo da vida iio ¢ obrigatoriamente realizada apenas por um tnice Sistema, Orgdo, tecid ov parte do organssmo. Portanto, 2 txisténcia de um termo como "sistema digestivo” nio deve Jeviroleitor x axsumir que os processos associades aut de um determinada animal estejam relacionados teiclusivamente a esse sisterna. Terminologia nie apropniads ‘também bastante comum na literatura e pode prejudicar c tentendimento das tespostas individusis de espécies as diferentes necessidades vilais. Por exemplo, 0 sistema fexcretor de alguns inyertebrades (como Platyhelminthes} ¢ mais diretamente associado 4 esmorregulagao do que fexcregdo. propriamente dita, de compostos nitrogenados Nesse caso, a exoregio & 3 consequéncia da eliminagao de dgua: grande proporgie dos compost nitrogenados 6 exereiada diretamente pela superficte Corpor! fu da tata digestivo. ‘Como o funcionamenta de um organismo intimamente associado ao ambiente no qual cle vive, ume bos andliseda morfologia de um organismo permite “prever © contexto ambiental do organismo. Por exemplo, = Iminhocas, por realizarem as (ross gasosas necess respiragao pela epiderme corporal, tm sus distrbuigs Jimitads a ambientes aquiticas ou timides —iss0 porque 2 twocas gesosas $0 ocorresn através de membranss mids Se esses animais nao forem capazes de manter « superticie comporal timida. eies poder morrer asfixiauos, Esse tip de recioeinio pode ser estimulado sempre que uma bo anulise morfologiea tor realizas, idades «0 basicamente ax mesma Mus se as nese Por cue os animais realizam estas tunyies Ue ms Aistints entre si? A manera como uma determinads espéct realizn suas fungGes viiais depende do seu comteato atu butras. Mes nose pode esquecer que todos esses “contexte fatuais foram definidos ao Tongo da histéria des animais pelo processo de evolusdobinlogica. Todas as propriedades de wns specie, como # morfologia, afsiologia, o comportamento asinteragtes, foram definidas bistoricamente em um process rezulado peloambiente (no sentide amplo)emque elas viver “bp que se chama 0 processo evolutivo, Em geral, animals cvolutiva ou filogeneticamente peéximos apresentam Ccaractaristicas semelhantes €, consequentermente, realizam ‘suas fungdes vitais de manciras igualmente semelhanies, Por ‘exemplo, todos os platielmintes realizam trocas respiranérias| ireamente pela superficie comporal, enguanto que os insetos sspresentamuim sistema de canals denominados tracuéias, que permite que esta trocasejarealizada detamente nostecidos Internas. Espécies desses dots tixons, Platyhelminthes © Insecta, pertencem a Tinhugens evolutivas relativamente independentes entre si, com parte de sua histéria passa Uistina. Por isso, a realizago das fungbes vita tende a ser. também, distinta. Nesse ¢aso espectfico, parece rizoavel acreditar que os Platyhelminthes fenham mantido a maneira incesiral de realizar trocas gasoxas pela ¢piderme, como ent Varios outtos grupos basais de animais, enguanto que © ‘ivamentcimpernesvel aparecimento de urn exoesqueket re Shorea epidcimie dos Arthropods limitou a fungi respi esse tecido, especialmente nos grupos com exoxsqueletv tespesso, como os Insecta. O aparecimento cle esiraturas € rides. tds como as traqhtelas, pemmitit De fesse linagem evolutiva continuasse a exisir al hoe. E importante, partanto, ra analise morfologicw de ‘uma especie animal, Ievar em conta tanto o ambiente core seu felacionamento filogendtico. A ogenia fornece Jes de parentesco ent 0s grupos {sabres mudangas que carreramn no passado, Oumbiente presente © passage aos informa sobre as presses que Snentaram as tansformagdes desta especte, determinante Seu sucesso em sobreviver ¢ se perpetuar, A essas presses Ambientais que orientam o processo evolutivo, ci-se 0 nome c Selegdo natura ‘A capacidade de snalisar evolutivumente relacionaments entre © ambiente e ¢ modo pelo qual os animais realizam suas fangbes vilais fornou-se possivel gtagas a avanges nos métodox de de parentesco entre as espeel embasamento tedrico foram propes villi Henig, considerado i eped informagbes sobre ste ‘apenas recemtemente, por um pesquisador alemio, Tundador da escola de Sistemitica Filogenética, amber dexominads Cladismo por slguns pesquisadores, ssa escola evoluity mais recentemente com conteibuigdes de indimeros outros pesqisadares. Hoje, a enomie masoria das tentativas de compreender processos de cocvolugio. brogcografia e aevolugio da Tsielogiae do comportamente. sob uri ponto de vista hist6rico, utilize as ferramenias proposias por esta escola, A Sistemnatica Flogenética mostreu queos organismion io compostos por um niosaico de caracteristicas. algumai Cults mais recentes, Por exemiplo, una especie nlusco gastrépode & composta por caracterisiieas ‘octal cor-morfologiae carn di eoncha, merotozia Go pe. de cabosa e de seus apéndives.¢ assim por diane ‘comparagao dessas caructersticus entre especies disintas de semelhanats © diferengas, —B odes mostra divers Invertebrados. Manual de Aulas: grupo nao monofilético grupo monofilético grupo wmao deE+F sinapomorfia de AYB+C+D plesiomorfia de He simplesiomortia ce Al Figura 3. Cladograma hipotstico do relacionamento fi ancesirais hipoteltzades ¢ as letras ri sais detalhadas no texto, Hennig, todavia, propos que semelhanga, simpiesmente, 0, deveria ser utilizada como evidincis de proximidade flogenetica de grupos de organisms. Ele reconheceu que as semelhangas” podem ser de diferentes tipos, entre eles, por convergencis evolutiva. reversio ov paralelismo. Assim. primeiramente é necestirio entender gue caracieristicas hordlogas entre dass especies so aguelas evolutivamente associadas entre si, pois estavam presentes em sua especie ancestral comum mais recente. Por exemplo, asasas das ave © 0 membro anterior dos mami ‘caracteres homélogos, porque se scredita que essus duas ccaracterisicas tenham-se originads « pa estrutura presente no ancestral maisrecente desses dos grupos (gue € 6 ancestral de Annioia), Sitilaridade por earster bomélogo, entretanto.pxle oeorrer de das maneiras: ¢ 14 autapomorfia de | 1usculas, 0 primeiro aparecimento destes carac grupo irmao deM | J L MN ‘sinapomortia de SFLAMHNEO, genético de tixons (letras maitseulas). O ramos internos representarn es curate @ evolugao, Ver explicagoes pode estar presente nas espécies descerdentes porque surgiu hho ancestral comum destes especies (cardter derivado ‘compartithado) ou porque surgiu em um ancestral anterior. ‘ais antigo, compartiado também com outras especies (carter primitivo compartithado), Conforme os critérios dda Sistemtica Filogenética, apenas caracieres derivados compartthaos sao sonsidericos informativos e podem ser utilizados para agrupar cxons filogeneticamente. 0 companilluamento de carseteres desivados & utilizado pelos Pesquisidores desta escole como evidéncia de que os «ons presenta compertilham também um ancestral em ‘Comum, no qual estes caracteres sungiram peta primetra ve Diferentes caracteres agrupam os grupos 200l6gicos em diferentes niveis, resultando em um dadogeama, que representa graficamente o relacionamento filogenstieo dos YO WONG EAL aos) aS a * surgi > ivaite Ay terion, pécies “Enos wvados A set AL ne. 0 » pelos 9 oxons 4 nlem * gicos ta, que is Gitele §, ibeiro-Costa & Rosana Moreira da Roche (coon grupos estucados (Figura 3). Em um cladograma, espécies Ehou @ oul, na Figura 3) ou tixors (A+B+C+D ou J+L ou N. na Figura 3) so representadas por ramos apicais, anidos cptesentam ancestrais hipatéticos Tfelinidos com dase mos caracteres compartithados ‘cxclusives, Por meio do cladograma & passivel, portanto Uefinir a proximidade filogenética enire tixons, conforme ncestralidade Nos cladogramas, pegue slguma codificagio (Istras ou nimeros) (Figura 3) representam Onde determinadas caracteres hipoteticamente Surgizam pola primeira vez. Pars facilitar a commicagio cenire os estudiosos, uma terminologia especifica foi Ucssnvolvida. Esta terminologia ¢ utilizada neste livre ¢ anid, apresentada a segurr. Caracteres derivados sio Jos. apomorfias. Caracteres detivados ns sii denominados pa dlenomin, ‘conipartilhados, por vlrios acteres derivadlos encontrados em um fias, Na fig sinapomorfias, C tinieo x0 0 3, por exemp 2"éuma sinapomortiada tixon A+B4C+D e ocarster “d Evima autapomorfia do wxon 1. Uni carater primitive € \ichominade plesiomérfieo: simplesiomorfico ¢ aquele cardter primitivo compantithads por varios tixons. Ainda a" tomérfice do taxon H un carster pl ‘uma simplesiomorfia dos téxons EPG. Existe uma nomenciatura espeeflica, wmbéan, para deserever o relacicnamento entre icons. Lin grupo natural ‘i monofiletico aquels agrupamenio de tixons para o qual lum ancestral comum pode ser hipotetizado, com base em sinapomorfias, Na figura 3, 0 conjunto A+B+C+D Ferns tum grupo natural, bem como os eons F4L ott, ainda, 0 Conjunto J+L+M-+N+0, Grupo irmao€ um termo vtiizade ppara indicar grupos que so filogeneticamente procimnas. Na figura 5, G € prupo irmio do tixon EFF ¢ N é grupo inmiio de M, Um agrupamento ndo-natura, ou artificial, € aquele Sgrupamento niv-monofilético, para o qual niiy existe tevideneia (sinapomorfias) da eisténcia de um smeestral emt comum, Na figura 3, 0 uixon HE nao forma um grupe rnatural, Os termos pi ico « poifilético sao utilizacios para casos especiais de nto-menofitia Ao estuda os animais apresentados neste manta portanto.leve-se ferem mente umtaseric de questiananentos Felactonades com a origem e compartithamento das ccaracteristicasestu ago cause estruturae a fungi ‘queclarealiza,eo ambiente que o animal habita. Certamente Senterdimento da estrutura anisnal nes contextoy historiew ambiental permitini ao Leitoe uma compreensie mais holistica da Zoologia ‘As esponjay correspondem a um dos grupos de organisms multicelulares mais antigos, com cerea de 7.00 eyprcics conheeldas,que apresentam diferentes formas, comes te padides de estnutara corporal. A maioria das espécies vive {em ambinte mani, em guns rasas ou profundas, mas cee: de 160 espécies pdem ser encontradas em ambientes uleicolas, Sio anima filtradores que eriamuma circulagic de dg por dentro do préprio corpo, A Spua penetra através de imimeros paros na superficie comporal ~condigao que de tixon dao lai paras: poroe ferre,portador). Apes do grande mimero de eanais e fimaras internas preenchidis ‘com liquido, st consisténcia da esponja varia de muito mole f Irigil até espcies tho rigidas que poster ser confundsdas conn peda Espmonjas no apresentam tubo digestivo ou boca. ¢ ‘sua organizagio € essenevalmente celular A aparénct simples das esponjas pode, entretanto, masearar alguns proteisos complexos, comoo controle do Nuxo de digua que ‘ircula em seu interior ea constants renovagdy celular, que permite grande capacidswle Ue regenerajio e reproduyso. Os mem apresentars amportineia econdmics, ém sido enconirados poriferos Muitos produtos biologsearente at nesses unimais, amplamente utilizados pelas inddstrias (quimicase furmaceuticas Esponja: apresentam de desdiferenciurse ¢ de rediferenciar-se em um nove tipo eelular; assumindo nova furgie, Se uma ecponja for itissoctada em tragmentos, as células tornani-se amebwides mi uma nova esponja s capazes f sic capazes de reorganizar ce ompleis As jungbes celulares ~responsiiveis pela unio © comunicagic io poiuco comuns. Apenas lungdes septadns foram observadas las produteras de espéculas © eoan nue das funges realizadas pelas esponias ocorre ainda no nivel da erganizagso celular ‘O corpo das esponja esta organizado basicamente cmv trés eamadas: a pinacoderme, o mesoflo ea coanoderme Pinacoderme € a camada de céiulas scliatadas -os pinacdeitos (Figura 4B, €)— que reveste 0 animal, tanto externamente (exopinacdcites) como internament {endopinaedcitos), ao longo dos canais em que agua circ Av contrario do tecido de revestimento dos outros animats hos periferasa pinecoderme no apresenta membrana bass} Na maioria dis espainjas, os ofitivios da pinscodsmme stv ‘espages delimitados por dois ou mais pina oc Infermimente aus pinactisnios, situs o meso (Fars 4C), conslitulde por wieiws typos colulares imersos fe eélulas onalmente entre ewos. Assim grande fem uma miairi7 ue fibrilas cukigenas dispersas, Pode apreseniar também um exquelet» orvinice. lermads pos fibras de espongina (Figura 6E.P), vin up especial é 16 Inveriehrados, Manual de Alas Prtieas PORIFERA Maria Angélica Haddad & Rosana Moreira da Rocha Depto de Zoologia, UFPR ccoligeno encontrado apenas nos Porifera, ¢ um esquelete inorinicoformado por espculas eco asics Ess versis formas ¢ tamanhos, cxpfeulas apresentam rmeguseleras ¢ microscleras, c calla espécis aprescoita um conjunto csracterfatico de espiculas (Figuras AB. F. Ge TH). A distribuiglo eas espieulas no corpo do animal tarulsern varia, existindo algumas esponjas com esqueleros hosais hipercaleificados, conhecidas como esponjas ensalinas 0 esclerosponjas. Dentre os tipos celulares presentes no Imesoflo, destacarn-se os arquedeitoy (Figura 4C), wi tipe celular amebside mével ques atua na digesto, repredlugii € regencragiio. Arqucécitos sio eeiulas icipotentes, ot 5, sho eapazes de tansformar-se em outeas eéhulas ¢ axsumit suas fuagdes. Assim, todas asus podem ser substitu por eélulas novas e a corpo das esponjas pod ecessidides impastas pele erayio, ete as formas pelos reorganizado, de acorde com rescimento, compeligio, rege A coanoderme € a canada de ccoandeitos, ui tipo celular extremamente importante 208 poriferos, Os coundeitos tm um colarinho api Iicrovilosidades retrdieis, no centco do qual existe um Magelo tengo (Figura $C), Células de esteutura semelhante ss caanestes s80.conhecias também nus Chaamoflagelata, onsiderados. por alguns autores com 0 grapo-irmio dos Metaroa. Os metazosrins Forman » grupo que inclu todos is animals. Os coapoflagelades, per sua vez, cm muitos ipresentados como “protnzosrios” uma eondig ho consideraedaullsapassadla, Os coanscitos revestem as nats coanocitarins responsiveis pela yerugo dacorrente de gua Que circula através do coepo clas esponias. Esta corrente & produzida pelo batimenta sincrortzado dos fagelos dos ‘oandcitos € eireula por eanais ¢ cimaras iaternas, saind ds esponya através de oiffeios maiones. ns sels. A direc Yo fluxo de dgua pode ser revertida para fins de desentupimenta dos canais. Como as esponja s0 fi. 40 subsuatu, acirculag3y de guano imericr do compe representa luma solugio adequada para a obtengdo de alimento, "das eélulas ¢eliminagio de exerotas © gametas G conjunto de edrmaras e canais incernos de ums snizacio pose ser deers tips. 3s esponas mals com amy camara interia Unica, denominada dteio, hamadas aseondides (Figura 41, aquelas cue apeesentiam lmente de distrinuiedo cadial "um stro comun, sa9.6siewndides (Figura Sie as leucondides (Figaras 6 ¢ 7) sio ds que existe om mimes (mais de 95% clas esnomas) € So as Mas ‘civ fungo dos numenasos cats « eenaras que ae por alyumas, ido i extensien c& fesermbracinde conn presentam, O grande tananiwo alean i ip. ibele 5. Ribeiro-Cosa & Rosana Moreira da Rocha (coors) complexidads de sistema aqufro, que garante oontato das A auséncia de drgdios nas esponjas € componsada cohasde eo ocerpo coma igus gue culsimtemamentc. pelo contat irto da maiera dese las com omeio guide, oe rcegao do tipo asconbide, fundamentada em coda llasuprindo suas proprins necexidades de oxigen cepicitde Leneotoleni (Figuras4A-B). geralmenieserve © clinogdo de gaecs ¢ excrets nitragenastos. Em getal. epee mtodierio 30 estido do Filo Perifera devido a nenhns clu ests & mats dé { tn de dstnes oer erie cidneenruura. Iopodeinduziraidéinerénea circulant, o que garane a eficiéncia ds mesa de se Exe up deesronjasejaomais comer. oumesmoo difusie. Cellas amehides que spresemon, inslusoes deve eSfetente. Av esponjas asconOides, no entanto, parecer também wr fungo exsren, fopresentam apenas cerca de 1% das especies ats ‘Nil existera células Sensoriais especiais, nem eélutas aaeyat scenéidesconsisom de bos deigales, nervosas conduzindo impulsos elétricos “ainda Wve cj dlametto varia geraimentc de 2 a 7 mm. Ox wos recetement tha sido descoberta ue hi Tans ds ao ace vamasiomosms, formando uma ree fxaao_ impulsseléticcsreativanents lentes parce yas espesies nal surgenr tubos esculares eretos, que Célulasconieis, os melts, presents no meso eraae tna no extrem pial a abetara denominads uma rede que cond ese ests (ROM 2000), seealo Figura 4A.B.D), 4 parede fina do corpo & constituida| Espionjas realizam reprodugio sexuada com a ‘eines a caida intermedia erre a pinaeoderme formagao de gamelas © pari “desditerenciagao ¢ Tel moe dere quereveste orto (FiguadB,C)-Os rediferenciaran de arqueseitesecoangetes Erm wm grant aa ea poros ev dale, que permeam aparede corpend! simero de esponjas, a fecundayio & extern. pore, a roe sh orcios mocrescopieos delitadbs por esponjas ivparas,o sperm é eliminado Gm a servants det Buterce Jcrominadas porécits. Os fagetos dos exalane e. quando penetra no compo de cura export § faves des captured por um coandcito, que otransporianté o dvale, A mice 08 {Chanextos serum arn comrente de diva que en man to BE sue poate atv espe culos (Fi Faeemdagte, portato, ccorre tnternarnens. Forma-se en Fi He ee ster no tanasno de vérss utara. quemiaas ves se desetve dene dasspent SAMihe BP esruteras colulares ocorteram durante a evotugdo do oe antes de ser liberada no ambiente. Quando sotida. 0 kara ioe ori Sar pouuandercs a denomimarem cas Saevommadspaengunhs qunloapesne se ei jnesmus esteuturas com names diferentes. Os ‘los"* ps ‘central, anfiblistula, Em relagio ao sexo, existe uma grand: Fe Dee Ci cencuura semelhanc 8 dos elles amade combate, desis espajasqu gest or i siaiineagesoparados até as que so seqienciamente healed, A povtan devern ge? eonsideradas homo N20 Hh Frome unizagto do woe Tages apenas pars os feprodugto esexuada farblm ¢ Sera fo Oat de re etnenem bactaras. Com at ieratera— brtancno Fsso, ragmentagie cde eimurstesiees > os seapca tera hays anda muito duno paras safe desecasta, dumass Brin. alias Fe Prone jon cbs ar nos ocortem em prqucn7E) ose apenas em algumaxespani de Sewauous® Tai sinew ov 2h uhzarsea 0 nome Magelo com ests faads por arqudetscnvolyideyen ome samadacsps ie um IB sentde a longo deste live. deespongina e microsclras namie ‘Oalinzpo dais esponpts éconstnui por organises (OFiloPorifera gralmente €dividisdoox tbs asses sae er rientes Hexactinellida com corpo formado por unt sincicie racterias, deteit0s cmiscli, wvicelaes. get, BP eolides na a. Os primeiros so eaux a0 longo Detmospongiae, com escuclety orginico de espongin, ees fp doves de oeulogin de agus ples arctan ven. sob Sh eopielis siovas. e Cale, Ch Ss ee ee mlgulosevginicas espcuas cali (Brusca & Brusca, 1990) posted qu = _ondigio ED ciwaras edu Telos dos| . saindo| A.legio| Hee ee acratscenure ax microvilesKlodesdo colarinho ss Calearea no formem umm grupo monoiletico, Berduist Peloscularinbes passa (1985) propas que Hexactinelli fesse traiado como um Hose ou filo ceparaco, mas exst apinio a3 tem sido secuid pot ds coandctis, O alamento capt vw interior Gos ceaBOcHlas PoE MYO pinccnose. onde © pareiumente digendo e repassado outros Z0slogos em fungdo das sinapomortias gue rede echcis me mesofl para diesao final. Nip hi uma asclasses, como o cktema interno de canars& caras <0) ae ruimeativectndsdigesiaoeintracelulyr Avesponios transporte do espermatozcide ak o 6vule por um coandsit) sadems iraeseadahora umvolume de aguacorrespondemc _(Nielsee. 1995). Por ou lao, prticularadade ds lasst Mer teces seu propo Tamanho, umadasrazies elas quais Hexactinellids ¢ reconhecida mas classifica avalos sarbreetnemaquan¢s.Alemdogrande volume consideram dois subfilos: Symplasma, com a classe fiiado pif demenswada soncopscidadede etirarat 100% Hexactnelida, © Cellular, com as cesses Calera © jae (Nielsen, 1995), Ainda nao existe uma slacionamento filogenétice para vs Pocit mionados pesquisidores jac 05 Porifera evaluiram duranie 0 Pré-carabriane. fies fOsseis de todas as trés classes sic encontrades ssde 0 Cambetano (Brusca & Brusca, 1990 Hexactinellida so espécies marinas tas huctérias presentes na sua inalada, 0 que representa hinatese chundanes, Esme comoum todo que sejaaceita pela possivel papel ns manutengio da qualidade da gua especialnente onli espomas SiO se que. em alguns recites de coral, acomunidade de porte hire Mie dim ce profundidase seja capaz de filtar tes colons d'agua em 24h, Recentemente foram descobertas nirauas em) esponjas desprovidas de sistema aguifero, te Nae eee ncanivers (Wacelet & Boury-Esnault. grandes pretundidades, conhecidas como exponas de viden 14951 Alamas esponias gue vivem em oe cor rsttos desta classe te espontas para 0 tora do Joes FN sorescaam umn uj unico Jo simbvose con cinobacteras Brasil, Varas expec no se Txem 90 sme Te peer ff ue Ienecem itd suplemenasa de mutricntes a suse _fermam wry tufo de expiclas mod aesiss com ‘qual se Tank espanjs, portant, io foloWficas € enraizamy" no fundo atenose. © esquelete & compe de Nospesde Jicosas triaxdnicas ising, espiculas Ue trés eins far a uray Parnicrpam da pri icv primar 17 uo se eruzam ao cestro, em angulos de 90°. formarido seis vrros thexactinais) Si0 mega emicroselerasindividuslizadas vu fasionadas, que podem formar uma estratura esquetétiea Hfgida tubular, ovoidal, massiva ou de eutras formas. O treterial celular sincicial forma uma rece trabecular, ond= Te iaserem as cdmaras flageladas ovais, que se abrem em fliregao A eavidade central. Tais cdmaras nio sie Henominadas counoeitisias porque nao hi 0s semelhantes aos das outras esponjas, mas sim colarinho tom flagelo na membrane protoplasmatica sincicial "As e&elerosponjas constituern Um grupo polifitéico que atualmente esti incluido na Classe Demospongize. Apresentam um esqueleto basal caicirio sobre 0 qual interpenetram porydes vivas com expiculas siicosas efibras ide espongios (Hooper, 1997), CALCAREA Calearea esid constitulda ds sponta, todas marinhas Jepositad A. Classe aproximadamente 500 especies ide aguas rasa, que se fixann em a hho fundo ou ers outros ofpanism0 te egpiculas calesrws, que podem ter dhmensses vartadas ‘esquelewe compost fmas-nio se diferenciam em mega ¢ fmcrescleras (Figura 4F-G), Sao esponjus de pequeno pone, emi médicorn | cm Ge altura, de forma geralmente tubular au de “vase. O Sistem ijdffera pode ser de consiruyso asconcide, sicondide bu leucondide. Calestea & a unica classe de esponjas que Anclui especies ascondies, Clathrina sp. (Figura 4) ‘As espicien de Claivina so as esponjas ascondides nag comune no litoral brasilein> fixasem rochas do iafralitoral rs, sombreadax de inclmaéonegativa comoem tetas de pequenas utes, Slo communis crn cores branca on atnarela brilbante podem ser encontrades lmenieem superficies Mater spconservades: ce ileal 70% Biobgicos especies de Clathrin Material de Laboratério:estercomictoscopi. Spiieo, placa de petri, Lrmina, lamitula, pi Haming de barbesr. bipoclorito de sddio (dua sanitsria) € salugio de acide cloridrico 5% roses a, bisturt Ou ‘Morfologia Eaterna (Figura 4D) “As-especies o& Cleahiring $29 constiuidas por tub: ramificaose anistemosades, que formam um retical espesso: frewieo ou compact, fixo ao Substrate, denonuinade earmues. A soloragac € branch cu amarela e a parede corporal € fin ieansparente, O diimetro tubular vana de 2.27 mins aulturad ‘corns. de 515 nin, Diferentemente deLeweosolenia (Figura 4A), pode aver apenas unt cummesmoenum tuo esc Morfologia Interna (Figura 4G) ‘Apeser da st gani2ayae morfologia imerna desta especie difere daquela de Leucosctenia (Figurs 4B,C), poino rin € Jelineada por uma coanoderme continu 18 nig aparece um sistema aqiffere bem definido. Para bservar a espessura da parede do compo e a organizagio {ubular ascondide, pode-se fazer um corte transversl delgado comm auxin de um bistur ‘As espicules que se formam no mesoilo sio diactinais. com um eixo ¢ duss pontas (Figura 4E), triaetinais. com trés pontas (Figura 4G), © 28 mais bundantes s20 3s tetractinals, com quatro pontes (Figura ‘SE Aseapecics de Clathrina tém variaga0 espicular. podem ‘presentar os ts pos, OW SoMente triactinais, ou ainda ‘Combinar wiactinats cor diactinais ou com tetractinzs, Para observar as espiculas, deve-se cortar umn pequenc fragmento de | mm aproximadament, de partes diferentes da esponja (hase. regiao mediana dscule, por exemplo), colocs Tosobre una imine escavadacom algumas gotas de hipeclonts ide sédio e detvar alguns minutos em repous. Quando se Uissolver a pare ofginica, cobrir com lanl ¢ observa 30 tnterossdpio, Para testara compasigio guirnica das espiculas, ponitase una gota de Acide cloridricona berda da lamina ‘O tarboraa de cleio das espiculasealedrias reagecom a deb rovocardo um borbullamento owelervesséneia,caasido pelo Alesprendimenta le gas carbonic, Questives sin ca veganizagdio ds parede corporal de uri esponkt 2. Quais sw as peineipais diferengias entee Clarina © 9 senero Leucovoveitia, uilizado como modelo teérivo do tipo ascendide? Syeon sp, igure 8) Esnas poyuenas espobias exemplificam a orpanizacao Jcandide Sav esbranquigadas, @m forma tubular € podem cx encunisadas sobre alas, conchas ¢ outros Substatos tmarinhos. Dilerentemente Ue Clatkrina sp., sio solitdrias bu fortpan grupos de indisiduos que brotam da base do Individuo peimiondial. Cada broro pode destacar-se e viver rradanente, estabelecendo nova: col6nias Material Bioligico: espéeimes de Syeon sp. conservados ‘em ileool 70s, espeeimes descaleiticados (sem espiculas), conics transvsssais preparados manuslmente ou kiminas, permanentes de cores histoldgicus trans versa. Material de Laboratorio: estereomicrosedpio, microsedpio Sptico, plasade pete, pinga, pince, Kiminas e arninulas. Morfologia Externa (Figura §A,C) Atoms dessa esponja é tubular ou ov6ide. € sui Unncastes esto entze [3.e 8 mm de sltume Te 3 mm de Guimetra, Tafos de espiculas uiuctinais e triactinais tusavessam a pinacaderme © projetam-xe extermamente, NOS expecimes desealeicadas ¢ possivel observar qucasupericie Corporal arresenta papilas distribuidas alternoxbamente, em Sertes longitudinals 2 transversiis. Cada taf de espfeulas “sere-se eit ums papils, seguindo. portanto. & mesma Uistnibuigao alter, «\ base pale esireitar-se ou 0 et tun pediineuio. ce onde brotan novos individuas, No tpi, + oseul, contamads por longas espiculas disetinais eno pes lonto Bo se 9 cul Fy nul =m, icido, | > pelo 2 sizagao 2p podem = sates D yinérias pase 00 Db ervados viculas), aminas = ronc6pio inalas. ‘mun de lactinais) [my ste, Nos} =, superficie neni, ex ‘Cibele S. Ribciro-Costa & Rosana Moreira da Rocha (COOrsS) PORIFERA - CALCAREA ésculo tubos osculares: psculo espiculas estolao’ mesoiio coandeitos Ls é rei fluxo de agua ow B i ZN US D F G Figura 4, Leucosoleniasp. (medica de Wallace & Tayler. 1997). A. Morfologia externa. B, Cone longitainal, Deli Coruna pases cron Clatira sp D-Apirécia extern E. Espa daconal. Espicua emacs. G.Espcla sac ura SBD) constitul de numerosas CAmaras coanecitérias, também ‘Genominadas tubes radiais ou cana’s lagelares, Bssas cdmaras so alongadas e distribuem-se radialmente, Cada papila 19 Morfologia Interna Nos ccrtes transversais, vertica-se que. difewentemenie das espenjas asconcides, a parede do compo ¢ espessa. pois se cespiculas camaras ‘coanocitarias espiculas ‘extorionzades canais inalartes prosdpilas (porécitos) coanocitaria la. B. Corte transversal espesso. C. Apuséacia externa wal (C, D modificado de varios autores} Figura §. Sycon sp. A, Aparéncio extema de umaespécie pedu de uma espécie apedunculads. D. Detalhe esquematico ds pare observatis na rupericte extoms comesponde a extremidade de ‘ura camara coanocitiria. Em comparsea0 com a orzanizacao asconbide, 2s formas sicendides apresentam dobras na pared: do compo, formendo as camaras coanocttirss, que maniém c sevestimento de coanscitos intern ‘A pinacoderme reveste a superficie externa, 0 striae os estreitos eanais inalantes, Eises canis recebem a agua 20 sim com as camaras través do akerturas minvseulas ¢ sipllas, Oscozndcicos remover Jimentares oa gue Filtrade passa sia a stri¢ abraves de outrss aberturas, as apépillas, sendo entdo eliminada através do dsculo. As | ‘Moreira da Roche (coonds) CGitele§. Ribeiro. Costa & Rost apipiles sdo reletivamente grandes © podem ser facilmente jaservadns nos Cortes manuals esPess0s Espiculas tetra ¢ triactinais formam seqi dias nas poredesdas camaras coanocitarias. Essas cimaras também pedei confer estruturas aredondadas no mesoiln, {que sio embrides em desenvolvimento, Questies } Compare © comente sobre as diferengas na organizagio ‘esinatural de esponjas ascondives e sicondides. DEMOSPONGIAE Aproaimadamente 95% das exponjas existentes S30 detnosponjas, Nessi classe, est30 as majores esponjas (que padem atingit 1 m de alr redondada, incrustante massiv > sarin Elas tém form fubalie, ramificada, 2 VEAL z) delgada, mas sho melhor descritas come altame idles epldsbeas. A forma fleqdenementealtere-s a conforme as condigdes externas de correntes. turbides, a , ives i) YeFMeElOS € TOXOS inlenses, Prevayelmente 3 S upeoteyse. As ecponyas de azua doce Felicionadas com ‘vale 160 especies descritas, famben xiv dernsponje As elo silicosas, com mepaseleras sreralment ras ¢ micruseleras tke diversos tipos (FA mineral ¢ inlememtado Ou subst fxpongina, que pode servir de clement cimentante para ¢ tesqueleto mineral ou formar ibras. Alguns ‘ommponentes esqueléticos especializados Esponjas de esqueleto formado exclasivamente pe fibeas de espongina, dos géneros Sponeure Hyppospongia tem sido usadas como esponjas-de-banho pelos povos da costa da Mediterrineo desde a sntigiidade. Devido a esse fato, a popuulagdes dessas esponas forain quase totalmente izamadas. Atualmente so cultivadas-em aly ssa finalidade comercial ‘As espieies de Demexpongiae wm organizag. acondide (Figura 6A. B), Nesse ipo de esponia.om Svolumneso e percorride por um 8 lem que a coanoderme se subdividiy em numerosas € waras cvanocitirias. Em | mn 7,000 dessas cimaras fouls monaxonicas ou tetrain ur TH). O esqueleia. do pelo esqueleto oF a\3 2) by sntisculas ef er mais de ombeandlo até 1200 vezes seu proprio volume di A gua entra pelos pars Ou tstios ¢ percomre eanaisinalantes fnissimos que se abrem aus cimaras coanccitariasalrayes prosipilas, As cimaras siv deenadas através da app amber finissimes. que coalesc ando nos dseules. A “opinacederme feveste 1 supetl us inalantes da esponia © a Diversidade de Demospongiae (Figuras 667) (Oestudrdasespectesde Dem eT sema sua forma, coloragioe principalmente no tipe e arranjo do esqueleto. Esponjas inerustantes ocorrem desde a zona entremarés, enquanio que as formas eretws so freqdentes hho infralitoral de aguas rasas ¢ calmmas. Esponjas de sigua Joce formam inerustagoes delgadas ou artedondadas 40 rey 1s aqusticas ou outros substeatos de cavlese raizes de pla Material Bioligica: expécimes de demosponjas marinkias fe de dgua doce, conservadus em dleoot 70% © Kaminas permanentos de cortes ¢ de espiculas. Material de Laboratério: estereomicros:6pio, microxcspia Sptico, placade petri, mina, laminula, pings, pincel, bstur, (04 kimina de barbear, hipoclorito de s6dio (uua sanitinia) © solugao de dcide ctoridrico a 5% Morfologia Externa (Figuras 6C, 7A-D,F) As diverse espécies disponiveis deven ser Ccomparadas cuanto forma, se silo tubulares, ramuificadas, incrustantes, srredondadas ow iregutares, quanto a Consistent, se maclase perosasou rigidas eeonideeas, quanto S textura da superficie, aeperas, com rnaitas esplculas proeminenics ou lisis, quanto ao numero eA tocalizagao dis alos, ¢ a outras caracteristicas. E possivel obser a car i espécires vivos, rocént-coletah das especies soment Morfologia Interna (Figuray 6A.B.D-F, 76,11) Estuda-se a morfologia do esquelete en Kimnanas 9 Himinas temporirias, © arnt smanentes ou prepa tipo de esiqueleto das demosponjas pode dilerenciat-s topograficartente, Assim, as laminas devent ser prepa com iragmentas finissimos de diferentes partes da esp internas, do contomo do dseulo, ete. A propiragao das Fimieas de espiculas segue a mesina unica deserita para Chiaihrina sp., cobeindo-se o corte com algumas potas de Inipoclorivo de Sédie. ‘Exponjes macias. como as esponjase-banho, tern nas esqueleto de fibray de espongina (Figura 6!) ‘orzanizadona formade rede, Fmesponjas nctustantes macivs om 6s rede de espongina do corpo combina corm diminuts espiculas nos tebos useulaves fFigura perpendicular & superticie. de n F-comum esponjas eres cilindricas eu camila ‘apresentaretn uma arguitelura Comporal Licunosa, mesoil> ado e esque Ue espongina cowbinadas com teoprculis. As fibras de espongina podem ser finasecbstriuit- Se esparsamentc, ou formar uma rede de fibras espera, reforgada com espiculas monaxdnicas (Figura 6!) “Esponjasaeredonadas ¢ fines povem ter somente exquelet picul,dilerencielo em megatselerase microseleras. kn mas especies, as espiculay da camada superficial nenteque fomam um vertex corigced, ddissinto da parte tateria mais froxsa (Figura TRG) om megasclecas ats taternats, carvan e7 rrapan-se ti dens sronjas de ita iactinas Uispersus ous p nlunas que se salientarn a2 superticie do corpo, cimenauk 2 por cukigen, sin rede de esportgins, Essas expen. im clementosde dormnénels_ as gernulas (Figura Questes Comenie as ervaalas nes ospécimes estudados sracicristivas distintivas do Filo Poritona PORIFERA - DEMOSPONGIAE pordeito \\\ ‘exalante espicula camara LF. \ coaricitaria < 3 - inalante exopincocito B endopinacocito fibriias de espago/ —mesoilo coldgeno subdermal BAP STP eR SF Eo mesgito scun dacuiog mesgi ‘ lacunas c espicula diactinal (monoaxénica) F Figura6, Demosponiite. A. Conéesquertition deesponja eucendide- B. Detlbe esquemnati do sstemaaquite.C: Deaiospania incrustanie com tubos esculares. D, Cone uansversal espesse. indicando fe espongiaa com espieulas,E, Detathe do esqueleto de rede de espongina com espiculas (40x e 100%). F Re spongaina sem espiculas (100%). 22

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