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Terga-feira, 20 de Dezembro de 2008 1 SERIE — Numero 52 PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE 8.° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Reptiblica» deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indi- cages necessérias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicagdo no «Boletim da Repdblica» SUMARIO Conselho de Ministros: Deereto n* 54/2008: Redifine oambito de aetuag%o, 0 conjunto das compettneias eas rogras de nomeagio dos Secretérios Permanentes dos Ministérios. ‘ Aprova o Regulamento Relativo aos Mecanismas ¢ Procedimentos Contratacio de Cidadios de Nacionalidade Estrangera Decreto n> 56/2008: Define as modalidades de exerofcio da tutela adrhinistrativa dos Governadores Provinciais e dos Governos Provinciais nas Autarquias Locais, a0 abrigo do n.° 2 do attigo 8 da Len. 62007, CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.° 54/2008 de 30 de Dezembro Havendo necessidade de redefinir 0 ambito de actuagao, © conjunto das competéncias e as regras de nomeagio dos Seeretérios Permanentes dos Ministérios, de modo a responder 20s desafios da Reforma do Sector Piblico, em conformidade com aalinea ) don 2 do artigo 204 da Constituigdo, o Conselho de Ministros decreta: CAPITULO 1 Disposigdes gerais ‘Arrioo 1 (Exercicio da tungao) 1A fungio de Seoretrio Permanente ao nivel central exercida nos Ministérios. 2. O Secretério Permanente subordina-se ao respectivo Minisro e exerce as suas fungdes sob sua orientacio, ‘Antico (Golecgao para designagao) 1.0 Secretério Permanente é seleccionado através de concurso piblico promovido pela entidade que superintende a drea da fungdo publica. 2. O coneurso é circunscrito aos funcionérios do Estado de nomeagio definitiva,integrados nas carreras de especialista ou de téenico superior NI ou equivalente, de reconhecida competénciae idoncidade ética e deontol6gica, que por perfodo ‘fo inferior a cinco anos hajam exercido fungSes de direcsio ou chef. Awnico3 (4st 1. O concurso de selecgio do Secretério Permanente ‘6 conduzido por um jar 2. 0 jGri 6 constiuifdo pelo Ministr que superintende a érea 4a fungtio pablica, que o preside, pelos Ministros que superintenden as reas da planificago e desenvolvimento, das finangas, © Ministro do sector respectivo © por Ministro a ser designado pelo Primeiro-Ministro. Awnico4 (Nomeagéo) A nomeagao do Secretério Permanente apurado através do coneurso € da competéncia do Primeiro-Ministro, ouvido © Ministro respectivo. AgricoS (Regime) 1. O cargo de Secretirio Permanente & exercido em comissio de servigo.. 30 DE DEZEMBRO DE 2008 20-3) 4) Manter 0 Ministro ¢ 0 Vice-Mipistro regularmente informados sobre todas as questdes de administragao interna, no dominio da yestao dos recursos humsnos, materiais e financeiros, ©) Emitir ordens ¢ instrugdes de servigo no quadro das suas competéncias; «) Despachar com os Inspectores-Gerais, Directores-Gerais, Directores Nacionais e Chefes, dos Departamentos auténomos sobre assuntos de gestio corrente, no mbito das suas competEncias proprias ou delegadas pelo Ministo; ¢) Manter-se devidamente informado sobre questies da cexecugio das politicas sectoriais do respectivo Ministéro. ‘Awnio07 (Competéncias delegadas) © Ministro poders, expressamente, delegar no Secretétio Permanente: 4) Arepresentagao do Ministério em determinados actos ou actividades; 5) A coordenagio das actividades de cooperagio internacional do Ministério; 6) Outras fungdes ou actos. CAPITULO It Disposigées finais Anica 8 (Estatuto) © estatuto, direitos e regalias do Secretério Permanente de Ministério sio estabelecidos pelo Conselho de Ministros no quadro do sistema dé carreiras e remuneragdo em vigor na AdministragSo Piblica, ‘Arico (Secretérios Permanentes em exercicio) (Os Secretirios Permanentes actualmenteem exerefcio mantém- se em actividade sem quaisquer formalidades. Axrioo 10 (Revogagéo) Bievogado o Decreto n° 46/2000, de 28 de Novembro. Awrico LL (Entrada em vigor) © presente Decreto entra em vigor noventa dias apds a data 4a sua publicagio, Aprovado pelo Consetho de Ministros, abs 2 de Dezembro «602008. Publique-se. APrimeira-Ministra, Luisa Dias Diogo. Decreto n.” 55/2008 de 30 de Dezembro No quadro das alteragdes introduzidas pela Lei n.” 23/2007, de I de Agosto, Lei do Trabalho, toma-se necessério definit novos mecanismos € procedimentos para a contratagio de cidadios de nacionalidade estrangeira para responder as novas ‘exigencias do desenvolvimento econdmico e social do pais. estes termos ¢ a0 abrigo do disposto no artigo 269, conjugado com on.°3 do artigo 33,ambos da Lei n.*23/2007,de | de Agosto, © Conselho de Ministros decreta: ‘Artigo 1. aprovado o Regulamento Relativo aos Mecanismos € Procedimentos para a Contratagio de Cidadios de Nacionatidade Estrangeira, o qual € parte integrante do presente Decreto, Art. 2.So revogados o Deereto n*57/2003, de24 de Dezembro, 0 Decreto n.° 26199, de 24 de Maio, e toda a legislagao que contrarie 0 presente diploma. Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Dezembro de 2008. Publique-se, ‘APrimeira-Ministra, Liisa Dias Diogo. Regulamento Relativo aos Mecanismos e Procedimentos para Contratagao de Cidadaos de Nacionalidade Estrangeira CAPITULO 1 Objecto e Ambito de aplicagéo ‘Amico 1 (Objecto) © presente Regulamento estabelece os mecanismos e procedimentos para contratagio de cidadiios de nacionatidade cstrangeira em territério nacional Arrigo? (Ambito de aplicagao) 1. A contratagao de cidadaos estrangeiros’ por entidades empregadoras nacionais eestrangeiras fiea sujeita & autorizagio do Ministro que superintende a drea do trabalho ou da entidade tem quem este delegar, excepto nos casos previstos no artigo 5 do presente Regulamento, 2. 0 disposto no nimero anterior € extensivo as embaixadas fem relagZo aos trabalhadores contratados fora do fimbito das relagdes diplométicas e consulares e, ainda, aos administradores directores, gerentes, mandatirios e entidades representantes de empresas estrangeiras em relacao aos trabalhadores ou delegados das suas representacoes, 3. As agéncias privadas de emprego s6 podem contratar cidadios estrangeiros obedecendo ao regime de quotas ou de autorizagao de trabalho. 4. A contratagao de gerentes, mandatarios e representantes das entidades empregadoras aplica-se o regime de quotas e, subsidiariamente, o regime da autorizagdo de trabalho, CAPITULO II Condigées gerais para a contratagao de cidadéos estrangelros Arnoo3 (Condigdes gerais) 1 As ntidades empregadoras devem empreender os melhores esforgos na criaglo de condigdes para a integrasio de 2018) trabalhadores mogambicanos nns postos de trabalho de maior complexidade técnica e em Iugares de gestao e administragio da empresa 2. As disposigoes do presente Regulamento nio prejudicam as normas gerais relativas 8 concessao de autorizagio de entrada © permanéncia de cidadaos.estrangeiros capiruLo mt Contratagao no ambito do regime de quotas Arnicod (Condigses para comunicagdo de aamisséo) 1. Oempregador pode ter ao seu servigo cidadios estrangeiros, bastando comunicar ao Ministro que superintende a dea do trabalho ou as entidades a quem este delegar, no prazo de quinze dias, apés a admissio, de acordo com o regime de quotas. 2. Acomunicagio da admissdo, cujo modelo consta em anexo, deve indicaro grau de realizagao da quota, 3. No céileulo do nimero de cidadaos estrangeiros a admitir no Ambito da quota nao sao permitidos artedondamentos, 4A pequenas empresas podem ter ao seu servigo um cidadao estrangeiro, mesmo que onimero total de trabalhadores nacionais seja inferior adez. Agnico5 (Regime de quotas) 1. Oempregador, consoante o tipo de classificagao da empresa, pode ter ao seu servigo cidadios estrangeiros, de acordo com as seguintes quotas: 1a) Cinco por cento da totalidade dos trabalhadores, nas ‘grandes empresas; ‘Oto por cento da totalidade dos trabalhadores,nas médias ‘empresas; ©) Dez por cento da totalidade dos trabalhadores, sas pequenas empresas. 2. Para efeitos do disposto no niimero anterior, considera-se: a) Grande empresa: a que emprega mais de cem trabalhadores; 6) Média empresa a que emprega mais de dez até ao méximo de-cem trabalhadores; ) Pequena empresa: a que emprega até dez trabalhadores, 3. Omiimero de trabalhadores a considerar coresponde & média dos existentes no ano civil antecedente. 4. No primeiro ano de actividade, o nimero de trabalhadores a {er em conta 6 0 do dia do inicio da actividade. Agniao6 (Formatidades) ‘A comunicago deve dar entrada na entidade que superintende «Grea do trabalho na Provincia onde o cidadio estrangeiro se cencontra a prestar a sua actividade, instruida com a junglo dos seguintes documentos: 4) Dois exemplares da carta, cujo modelo consta em anexo, comunicando a admissio do cidadao estrangeiro © 0 ‘rau de realizagio da quota; b) Tras exemplares do contrato de trabalho; ©) Certidio de quitagio passada pelo Instituto Nacional de Seguranga Social; ) Certidao de quitagto passada pela entidade que superintende a rea das finangas; SERIE — NUMERO 52 @) Relagio nominal de trabalhadores relaiva a0 ano civil anterior, na primeira comunicagio que fizer, 2 COpia autenticada do Passaporte ou Documento de entificacdo de Residéncia do Estrangeiro; 18) Taldo de depésito comprovativo do pagamento da taxa no valor correspondente a trés salérios minimos vigentes no sector de actividade em que a empresa se insere. ‘Annico7 (Resposta) A conformidade da comunicagio deve ser verificada no momentoem que esta é apresentada, emitindo-se, de imediato, 0 respectivo atestado, a ser entregue ao portador da comunicacao. CAPITULO IV Contratacao em projectos de investimento aprovados pelo Governo Agnico8 (Consigdes de contratago) 1. Em projectos de investimento aprovados pelo Governo, nos quais se preveja a contratacao de cidadios estrangeiros em percentagem superior ou inferior & prevista no regime de quotas, no éexigivel a autorizacio de trabalho, bastando a comunicaga0 dentro dos quinze dias subsequentes & data da entrada do cidadao estrangeiro no pai 2. O disposto no niémero anterior ndo prejudica o regime especial aplicével As zonas francas industriais. Arrico9 (Formalidades) ‘A comunicagio da contratacdo de cidadios estrangeiros, no Ambito dos projectos de investimento aprovados pelo Governo, faz-se nos termos do artigo 6 do presente Regulamento. AwTi¢o 10 (Gnus de prova) Oempregador deve juntar, i carta de comunicagao, acépia do projecto de investimento aprovado pelo Governo que mencione © niimero autorizado de estrangeiros a contratar, Arrigo 11 (Resparta) A conformidade da comunicagio ser verificada nos termos do artigo 7 do presente Regulamento. CAPITULO V Trabalho de cuita durago Arico 12 (Regime e tormalidades) 1. Considera-se trabalho de curta durago 0 que nio excede trinta dias, seguidos ou interpotados, quando prestado por ccidadios estrangeiros ainda que estejam vinculados por contrato com a empresa sede ou suas representadas sedeadas num outro Pais, 2. O trabalho de curta duragao nos termos do néimero anterior rio carece de autorizagao de trabalho,

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