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Quinta-feira, 29 de Julbo de 2010 1Série — N. 142 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste nimero — Kz: 220,00 “oda « corespondtncia, gps fil quer ‘ASSINATURAS © prego de cada inks paint nos Ddres reaiva 8 andacio€ anaes do «Ditrio da Ano | da Replica 2, sree Ede Ka: 7500 paras se imprenaa | 8s Ka: 4027500 | 34 série Ke: 95.00, scescido do repecivo edie pi cate sot GSES DA Uiak Ka 236 250,0)| imposto do slo, ependendo s puesto de Nasional — E.Pem Laan, Caina Postal 1306 | 2+ sre Kz, 125 30000 | 3st dept pvo efesuarna Tesora = Bnd. Teles lnpreasy _ [assent a Kz: 95700,00 | dagen Nacional — E.P SUMARIO LEI DA ORGANIZAGAO E DO_EUNCIONAMENTO DOS ORGAOS DE-ADMINISTRACAO~ — Assembleia Nacional LOCAL DO ESTADO Leta 1710, Da organizagoe do funcionamento dos Orgies de Adminissqto do Estido, — Revogn 0 Deereto-Lei n° 207, de 3 de Tet ——________________——— ASSEMBLEIA NACIONAL Lei. 17/10 {de 29 de Jano a : ‘A entrada ehn-vigor da Constittigo dRepublica de ‘Angola trouxe um conjunto de alteragées relevant quanto ‘a organizagdo e a0 funcionamento da Administragio Publica em geral, ‘A aprovagdo da Constituigiio da Repiiblica de Angola implica, necessariamente, a revisto de alguns preceitos legals ue regem a organizagio e a actividade administrativas do Estado a nivel local (O Decreto-Lein: 2/07, de 3 de Janeiro, esté desajustado, face & actual realidade constitucional, na rea da Adminis- trago Local do Estado. Urge a necessidade de se adequar 0 quadro organizativo funcional dos érg80s da Administragio Local do Estado a0 novo figurino constitucional ‘A.Assembieia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alfnea b) do artigo 161° da Constituigdo da Rept- blica de Angola, a seguinte: ——~ TITULO I Organizagho e Funcionamento CAPITULO 1 Disposigdes Gerais ARTIGO 1° (Objecto} ‘A presente lei estabelece os princ{pios ¢ as normas de orgonizagdo e de funcibnamento dos érgios da Adminis- tuago Local do Estado. ARTIGO 2° Aambita) A presente lei aplica-se a todos os érgiios da Adminis: tragio Local do Estado. ARTIGO 3° (@rinepios) 1. A organizagio e 0 funcionamento da Administragio Local do Estado regem-se pelos princfpios da desconcen: trago administrativa, da constitucionalidade e legalidade, da diferenciagao, da transforéncia de recursos, da transitorie- dade, da participaglo, da colegialidade, da probidade adminis trativa, da simplificagio administrativa e da aproximagto dos servigos &s populagbes. 2.As relagdes entre os érgtios centrais ¢ 0$ brgios loc da Administragio do Estado desenvolvem-se com a obser- ‘vincia dos prinefpios da unidade, da hierarquia e da coor- denagao institucional 1572 i ‘Para efeitos da presente lei entende-se por: 4) Desconcentragdo administrativa — 0 processo _sdministrativo através do qual um 6rgio da adminis- trago Central do Estado transfere poderes a ‘outro érgio da Administragao Local do Estado; 5) Constitucionalidade e legalidade — a obriga- toriedade dos érgios da Administragdo Local do Estado conformarem as suas actividades & Cons- tituigloe lei; ©) Diferenciagdo — a organizagao ¢ 0 funcionamento dos 6rglos da-Administrago Local do-Estado podem estar sujeitos a modelos diferenciados de \ corde com 8 especificidade do desenvolvimento —palttico, econémico, social, cultural ¢ demogré- ~ fico das circunscripses territoriais, sem prejuizo a unidade da cane e da boa admi- nistragio; 4) Transferencia de recursos 0 “Frau sereecteagto seja acompanhada da ‘orrespondente transferéncia dos meios huma- 106, recursos financeiros ede patriménio adequa- do 20 desempenho da fungto desconcentrada; 6 Transtoriedade — a fase que implica que, medida que forem eradas as autarquias locas, segundo 0 Principio do gradualismo, estas passam aexercer, entre outras, 25 atribuigses © competéncias correspondentes, definidas pela presente lei, para 0s 6rgios da Administragto Local; 2 Partcipagao — 0 envolvimento dos cidadios, de forma individual ou organizada, na formas deeisbes que Ihesdigam respeito; 4) Colesialidade — as decisées administrativas so tomadas em comum pelos ttulates do érgio colegial; _ 4) Probidade — a observincia dos valores de boa administrago e honestidade no desempenbo da sua fungfo; 1 Simplificagao administrariva — implica que 0 funcionamento dos érgios da Administragio Local do Estado, deve tornar fécil a vida dos cidadaos ¢ das empresas na sua regio adminis- trativa contribuir para o aumento da efcigncia itera dos servigos pabicos; D Aproximagae dos servigos as populapbes — que a oxpanizapio eestruturagio dos servigos adminis- trativos desconcentrados obedece a eitrios que 4s populagdes que a ‘Administra Publica visa servit. 'DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO II ‘Fung6es dos Orgs da Administragio Local do Estado ‘akmigo 5° (Representagio) 4 Os orgios da Adininistcagio Local do Estado tém a compettncia de representar a:Administragdo Central do Estado a nivel local, de exercer‘a direcgao ¢ a coordenaco soe seme series qu compiem a Admins: tragio Locale de cOmnibvir para a unidade nacional. ARTIGO 6" (Garants) Os 6rgios da Administragdo Local do Estado asseguram, no respectivo territbrio, a realizagio de tarefas ¢ programas econémicos, sociaise culturais de interesse locale nacional, com a observincia da Constituigio, das deliberagées da Assembleia Nacional e das decisdes do titular do Poder Executivo CAPITULO IIL Administragio Local do Estado — agn60-7* (Objectivos) ‘A Administragio Local do Estado ¢ exercida por 6rgios desconcentrados da Administragdo central e visa, a nivel local, assegurar a realizagio das atribuig6es e dos interesses especificos da Administragio do Estado, paticiper, promo- ‘er, orientar 0 desenvolvimento econémicoe sociale garantic a prestagio de servizos-piblicos spss ‘circunserigéo admipistrativa, sem prejuizo o poder local ARTIGO 8° (Divisto adminstrativa) Para efeitos de Administrago Local do Estado o teritério da Repiiblica de Angola organiza-se,territorialmente, em provincias e estas em municipios, podendo, ainda, estruturar- se em comunas em entes terrtoriais equivalentes, nos termos da Constituigio e da lei ARTIGO 9° (Categoria dos gos da Administrasho Local do Estado) 1. Os 6rgios da Administrago Local do Estado classifi ‘cam-se em Grgios colegiais e Gres singulares. 2. Silo 6rgfios colegiais: 4) 0 Governo Provincial; b) a Administragiio Municipal; ©) a Administragio Comunal. I SERIE_—N? 142— DE 29 DE JULHO DE 2010 3. Slo 6tgfos singulares: 4) 0 Governador Provincial; 5) 0 Administrador Municipal; / ©) 0 Administrador Comunal, TITULO 0 Governo Provincial CAPITULO L . -~ Natureza, Atribuigies, Coppi ¢ Composigio ARTIGO 10, (Natureza) 1. 0 Governo Provincial 6 0 érgio desconcentrado da Administragdo Central que visa assegurar‘a realizagdo das fungées do Poder Executivo na Provincia 2. Na execugio das suas competéniias, o Governador Provincial fesponde perante o Presidente da Reptblica, cabendo ao 6rgio da Administragéo Central que superintende a.Administragio Local do Estado coordenar os esforgos dos —mentade-testria. departementos ministeriais afins, por forma & eseitfular © avaliar a execuglo da politica do Poder Execttivo relativa aos referidos domfnios, deyendo“6 Governo Provincial enviar, para o efeito,relatrios periédicas sobre o desenvol- -vimento politico, administrativo, econdmico, social e cultural da Provincia. 3. Compete 20 Governo Provincial executar as politcas definidas sectorialmente, nos planos e programas provinciais po ARTIGO. 1 ~ es N Cabe ao Governo Provincial promover ¢ orieniar 0 desenvolvimento sécio-econémico, com base nos prinefpios ‘eas opgGes estratégicos definidos pelo Titular do Poder Executvo e no Plano Nacional, bem como assegurat & prestagdo dos servgos piblicos da respectiva frea geogritica ‘ARTIGO 12° (Competénca) Compete ao Governo Provincial: 1, No dominio do planeamento e do orgamento: 4) elaborar a proposta de orgamento do Governo Provincial, nos termos da lei »)elaborar planos e programas econémicos,n0s tipos < nos termos previstos na leis 6) scompanhar a execugio dos planos dos programas de investimento piblico, bem como do Orga- 1573 mento Provincial e elaborar 0s r'spectivos rela- 16rios, nos termos e para os efeitos previstos na leis 4) superintender na arrecadaglo de recursos finan- ceitos provenientes dos impostos © de optras receitas devidas a0 Estado, que sto afectatios & Provincia, nos termos da legislagao em vigor, ¢) eleborar estudos necessérios’ para um melhor conhecimento da realidade s6cio-econmica da ~ Provincia; ) constituir bases de dados estafsticos sobre a realidade s6cio-econémica da Provincia; )elaborar os programas de desenvolvimento provin- cial, nos termos di lei; A slabrar a carteira provincial de projectos a incluir na carteira nacional e no Programa de Investi- mento Péblico (PIP) e as demais tarefas a si atribufdas no Ambito do processo de programa- 60 ¢ gestio do investiment6 Publica, 2. No dominio do desenvolvimento urbano e do ordena- 4a) eleborar e aprovar a proposta G&Planemmento, territorial, nos termos da leis 2) labora aprovar projects urbaniticos ¢orespee- tivo foteamento para as éreas definidas para a construgo, ns termos da leis ) promover, apoiare acompanhar o desenvolvimento de programas de auto-construgdo dirigida e de habitago social; d) autorizar a transmissao ou a constituigao de direitos fundidrios sobre terrenos rurais, agrérios ou florestais, nos termos da leis «) autorizar a consttuigto ¢ « transmissto de direitos fundidrios sobre terrenOs Urbanos, nos termos da legislaglo fundidria e do ordenamento do. terit6ri ‘f) submeter & Administragao Central propostas de transferéncia de terrenos do dominio pblico para 0 dominio privado do Estado; 'g) submeter & Administrag%o Central propostas de concessto de forais aos centros urbanos que preencham os requisitoslegais; ny observare fiscalizar 0 cumprimento do disposto na Lei de Terras, na Lei do Ordenamento do Ter t6rioe nos seus regulamentos. 3. No domfnio do desenvolvimento econémico local: ‘4) promover ¢ incentivar iniciativas locais de desen- volvimento empresarial; a ) superintender a gestio de empresas publicas e tmistas ¢ de onganizagdes de utilidade piblica de Jmbito local, fiscalizando a situagio tributéria ou fiscal, bem como a condigfo social e econémica dos trabalhadores;, ©) estimular © aumento da produglo e da produ- tividade nas empresas de produgo de bens e de prestagdo de servigos essenciais, de &mbito local; 4) promover @ instalagto ¢ a reactivagdo da inddstria para a produgo de materiais de construglo, de indistrias agro-pecudtias alimentares e de outras 1para 0 desenvolvimento da-Provincia, 4.No dom{nio do desenvolvimento social e cultirats— a) garantirassisténcia social, educacional'e sanitéria, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da populags 7 ») goraniras condigdes organizaivase materas pa 1 EducagGo Para Todos (EPT). > gen piso ue ©) garantir a8 COndIG6es organizativas, materiais ¢ financeiras para a promogio da cigncia e da ‘tecnologia, incentivando a estreita colaborago com © mundo laboral; 4 promover a qualificagio e o desenvolvimento dos recursos humanos, ‘© promover a educagao informal em linguas nacionais através de miltiplas modalidades posstveis; J crix condigses para o desenvolvimento da cultura e das artes, promovendo a recélha, o estudo e @ nivel local; DIARIO DA REPUBLICA {) apoiar e promover a criagio de infra-estruturas de “recreagio € de desporto ¢ incentivar a pratica desportiva; ) promover campanhas de educagto cfica da popu- lagto. No. eyo dda seguranga pifblica e da polfcia: ay esque epeotee ho dos cidiatios nacionais © estrangeitos e a protiedadepibliae privac +) tomar medidas para o combate & delinquénci especulagio, ao agambarcamento, a0 contra- bando, & sabotagem econdmica EW: bbem como contra todas as manifestagdes con- Itirias ao desenvolvimento administrativo, eco- némico, social ¢ cultural daProvincia; €) desenvolver acgées de protecgiio civil e epide- miol6gica; 4) fazer cumprir as tabelas de pregos e margens de Iuctos fixados pelo Executivo, as normas rela tivas a0 comércio, bem como as relativas as traisgressBes administrativas fiagem, 6.No dominio do ambiente: 4) promover medidas tendentes & defesa ¢ & preser-- vvago do ambiente; ) promover acgSes, campanhas e programas de cria- ‘lo de espagos verdes; ° Prapover sana a mi So protecgio dos recursos hfdricosy srvagio do solo e da “gua e dos atractivos natuais para fins tursticos, investigagao, a divulgagto e.a valorizago das” — distintas manifestagbes, nas suas miplas for- mas, incluindo as Iinguas nacionais; £8) contribu para o conhecimento, a preservagio ¢ a Valorizagio do” patriménio -tist6rico-cultural existente a nfvel provincial, municipal e comu- nal, promovendo levantamentos ¢ estudos de todo o tipo de estruturas e realizagées,classifi- cadas ou a classificar; +) promover a criagao de infra-estruturas para museus, bibliotecas e casas de cultura a nfvel da Provin- is, dos Muniefpios e das Comunas, bem como ‘erantiro seu apetrechamento ¢ franqueamen- to pelas populagoes, através de programas cultu- rais ¢ educativos, previamente concebidos ¢ de forma consequente; ' garantir as condigdes organizativas @ mateiais para © desenvolvimento do desporto e da ocupagzo dos tempos livres da juventude e da populagdo em geral; ‘mas, tendo em conta 0 desenvolvimento sustentével do turismo; 4) promover o saneamento e o ambiente, bem como a construgdo de equipamento rural ¢ urbano; ¢) promover campanhas de educagiio ambiental. 7.No dominio da coordenagao institucional: 4) executat as decisées do titular do Poder Executivo, ‘em matéria de incid2neia local; ) assegurar @ orientago, 0 acompanhamento e 4 monitoria das administragSes municipais ¢ comunais ¢ superintender nos insttutos puiblicos empresas publicas de Ambito provincial e muni- cipal; ©) acompanhar ¢ cooperar com os institutos piblicos ‘© empresas piblicas nacionais, com represen- tagio local, nos respectivos programas e planos de desenvolvimento de actividades, com vista & -armonizagao das respectivas intervengbes; 1 SERIE_—N/-142 — DE 29 DE JULHO DE 2010 0) assegurar a implementagio das deliberagdes poli- ticas ou estratfgicas de relevo especttico para a defesa nacional; ©) colaborar com 0s érgios de defesa, seguranga € ordem interna, na defesa da integridade de todo © espago territorial da Provincia, nos termos da lei; ‘f assegurar, em coordenasio com 0s Grgiios compe- tentes do procésso cleitoral, a realizagtio do registo eleitoral e das demais actividades legais inerentes as eleigses gerais ¢ autérquicas, no Ambito do teritério da Provincia; {#) promover, nos termos da lei, iniciativas para a con- lusto de acordos ou protocolos de geminagao € ‘cooperagio de cidades; >) assegurar, em coordenagio com os érgios compe- tentes, a eplicagdo das matérias relativas & pres- tagdo © 2 garantia dos servigos de justiga as populagses. ARTIGO 13° (Forma dos actos) No exercicio das suas fungdes 0 Governo Provincial cemite resolugSes e posturas que so publicadas na Il série do Didrio da Repiblica. ARTIGO 142 (Andiencia previa) (© Govemo Provincial deve ser previamente ouvido pelo Poder Executivo sempre que este pretenda adoptar medidas de politica com incidéncia local ARTIGO 15° (Composigo ereunito) 1, © Governo Provincial é presidido pelo respective Goveradore integra os Vice-Governadores, os Delegados € 0s Directores Provinciais 2.0 Govemo Provincial retine-se de dois em dois meses, em sesso ordinéria e, extraordinariamente, sempre que ‘convocado pelo Governador. 3. Os Administradores Municipais e Comunais podem purticipar, a convite do Governador, das sessdes do Governo Provincial. 4,0 Govemnador Provincial pode, quando julgue neces- sério, convidar pessoas singulares ou colectivas, a participar das sessies do Governo Provincial 1875 Neste dominio aplicam-se, supletivamente, os prin- cfpios gerais do Direito Administrativo. CAPITULO IT Governador e Vice-Governadores Provinciais SEOGAO 1 Gorernedor Provincial ARTIGO 16° efingao} 1. © Governador Provincial é 0 representante da Adminis- tragdo Central na respectiva Provincia, a quem incumbe, em geral, conduzir a governagfo da Provincia e assegurar 0 normal funcionamento dos érgos da Administragdo Local do Estado, respondendo pela sua actividade perante 0 Presidente da Republica. 2. 0 Govemador Provincial é coadjuvado, no exereicio ddas suas fungSes, por trés Vice-Governadores, que respon- dem pelos seguintes sectores: 4) econémico; 5) politico e social; 6) Servigos técnicos ¢ infra-estruturas. 3. © Governador Provincial atende directamente as seguintes éreas: 42) a coordenagao institucional; +) o orgamento e a finangas; 6) a justiga, a seguranga e a ordem polices; d) a administragéo pablica; ©) oregistoeleitoral eo ay ‘f) © recenseamento militar. ‘40s processos eleitorais; 3. 0 Governador Provincial pode delegar poderes nos ‘Vice-Governadores, para acompanhar, tratar e decidir assuntos relativos & actividade e ao funcionamento de outras, reas. ARTIGO 17° (Provimento e equiparagio) 1. 0 Govemnador Provincial ¢ nomeado pelo Presidente a Republica. 2.0 Govemnador Provincial é equiparado a Ministro, para efeitos protocolares, remuneratérios e de imunidades. ARTIGO 18° (Posse e cessago de fungtes) 1, 0 Governador ¢ 0s Vice-Governadores Provinciais iniciam as suas fungdes com a tomada de posse perante 0 Presidente da Republica. 1516 2..0s restantes membros do Governo Provincial iniciam as suas fungSes com a tomada de posse perante o Govemador Provincial 3. As fungées dos membros do Govemo Provincial ccessam em caso de morte ou de exonerago. ARTIGO 19° (Competéncis) Compete ao Governador Provincial: 4) garantir 0 cumprimento da Consttuigo e demais diplomas legais; +) digi 0 Goveno Provincial; ©) dirgir a preparagdo, a execusio ¢ o controlo dos programas de Investimentos Paiblicos e do orgamento da provincia, bem como supervisionar 0s programas ¢ 0s orgamentos dos-escaldes inferiores da Administragao Local do Esta 4) nomear, exonerar © conferir posse aos Direciores Provinciais, owvido o Ministro da especialidade; €) nomear, exonerar ¢ conferir posse aos titulares de cargos de chefia e aos funcionérios do quadro do Governo Provincial; ‘A womear ¢ exonerar os Administradores Municipais, ‘Administradores Municipais-Adjuntos, Adminis- tradores Comunais e Administradores Comunais- Adjuntos; 8) conferir posse aos Administradores Municipais; ‘Administradores Municipais-Adjuntos, Adminis- tradores Comunais e Administradores Comun: -Adjuntos; ‘A conferir posse aos funciondrios que exercem catgos de chefia e aos demais funciondrios do Governo Provincial; ') pronunciar-se sobre a nomeagio e exoneragio dos responséveis dos institutos piblicos e das empresas piblicas representados na Provincia; J convocar e presidir as reuni8es do Governo Provi- neial e do Conselho Provincial de Auscultagio ¢ Coneertagio Social ¢ propor as respectivas agendas de trabalhos; ‘ realizar, regularmente, visitas de acompanhamento « controlo aos Muniefpios e &s Comunas; 1D auiorizar a realizaglo de despesas piiblicas, nos termos da lei; ‘m) avaliare aprovar, ouvido o Governo Provincial, 0s projectos de investimento piblico, nos termos da lei; 1) goranti apoio para a realizago das visitas de traba- Iho dos Deputados junto dos respectivos cfreulos leitoras ¢instituigdes da Provincia; ©) nomear e exonerar os responséveis dos institutos piblicos e das empresas piblicas de dmbito local; DIARIO DA REPUBLICA _P) promover mecanismos que garantam 0 didlogo, a colaboragio, acompanhamento e autonomia das instituig6es do poder tradicional; 4) promover medidas tendentes 2 defesa ¢ & preser- vagdo do ambiente; 8 1) assegurar 0 cumprimento das aogOes de‘defesa, de seguranga e de ordem intemna; 58) convocar e presidir is eunides com os Srgios locais co regionais de defesa, de seguranga ede orem interna; ‘) promover mecanismos que garantam a inter-relagdo, a interdependencia e a coordenagg0o institucional centre a Administrago Central e a Administragio Local, bem como no seio desta: 1) controlar a actividade dos Delegados Provinciais, ros termos da lei; »¥) promover iniciativas para a conclusio de acordos (0 protocolos de geminacio ¢ cooperagao entre cidades sob sua jurisdiga0, ouvido 0 Srgdo de ‘Addministragio Central que superintende a Admi- nistragdo do Territ6rio, de acordo com a legis- Jaga em vigor: ) exercer as demais fungées que the sejam superi- ormente determinadas, ARTIGO 20? (Forma dos actos do Governedor Provincial) Os actos administrativos do Governador Provincial, quando execut6rios, tomam a forma de despachos, que sio publicados na I sétie do Dirio da Republica e quando sejam instrugdes genéricas tomam a forma de ordens de servigo SECCAO TL ‘Vice-Governadores ARTIGO 21 (Provimentoe equiperagio) . 1. 0 Vice-Governador € nomeado pelo Presidente da Repablica, sob proposta do Governador Provincial, cuvido o titular do Grgao da Administrago Central que superintende «4 Administragao do Territéro. 2.0 Vice-Governader 6 equiparado a Vice-Ministro, para efeitos protocolares, remunerat6rios e de imunidades. ARTIGO 22" (Competencia) 1. Ao Vice-Governador para © Sector Econdmico com- pete coadjuvar 0 Governador Provincial na coordenagio e execugfio das tarefas ligadas as seguintes éreas: 4) planeamento organizacional do govern provincial; ») emprego e segurance social; 1 SERIE —N? 142— DE 29 DE JULHO DE 2010 «) empresas e insttutos pibicos de Ambito local; 4) Sgun e energia; ) recursos naturais; ‘ agricultura, pescas,indistri, comércio, hotelaria © turismo; 8) transportes e comunicagdes. 2. Ao Viee-Governador para o Sector Politico e Social compete coadjuvar 0 Governador Provincial na coordenagio © execupto das tarefas ligadas as seguintes éreas 4) sate, reinsergio social, antigos combatentes vveteranos da Patria ) educagio, alfabetizacto, cultura e desportos, citncia e tecnologia; ©) habitagdo; 4) famia, promogio da mulher, inffncia, deficientes c terceira idade; ©) sociedade civil; ‘) defesa do consumidor. 4, Ao Vice-Governador para os Servigos Técnicos eInfra- -Estruturas compete coadjuvar 0 Governador Provincial na coordenaglo ¢ execugdo das tarefas ligadas as seguintes fas 4@) urbanismo, ordenamento do territério, saneamento, planeamento ¢ gestio urbana ¢ ordenamento rural; ) infra-estruturas ¢ obras publicas; c) ambiente. 4, Por designagio expressa um dos Vice-Governadores substitui 0 Governador Provincial, nas suas auséncias © impedimentos. 5. Os actos administratives dos Vice-Governadores, sendo delegados, séo execut6rios ¢ definitivos ¢ tomam @ forma de despachos. 6. Os actos administrativos a que se refere o mimero anterior tomam a forma de ordens de servigo, quando se twatem de instrugbes genéricas. CAPITULO II Organizagio em Geral ARTIGO 23° (Gstraturaorgainica) A estrutura orginica da Provincia, para efeitos de Administragio Local do Estado compreende os seguintes rps e servigos: 1STT 1. Orgio executivo: 6) Governo Provincial 2. Orgios de apoio consultivo: 3 4) Conselho Provincial de Auscultagio e Concertagio Social. 3. Servigos de apoio técnico: 4a) Secretaria do Governo Provincial; b) Gabinete Juridico; 6) Gabinete de Inspecso; 4) Gabinete de Estudos e Planeamento. 4. Servigos de apoio instrumental: «@) Gabinete do Governador, +) Gabinetes dos Vice-Governadores; ¢) Centro de Documentagio Informagao, 5. Servigos desconcentrados do Governo Provincial: 4) Direegdes Provinciais 6. Servigos desconcentrados da Administragio Central: 4) Delegagies Provinciais. 7. Superintendéncia: 4) Instiutos Publicos de ambito provincial; +) Empresas Pablicas de ambito provincial. caPfTULO IV Organizagio em Especial SBOCAO T ‘Grgiio de Apoio Consultive ARTIGO 24 (Conssho Provincial de Auscultasio ¢ Concertagio Social) 1,0 Consetho Provincial de Auscultagto e Concertagio Social tem por objectivo apoiar 0 Governo Provincial na apreciagiio © na tomada de medidas de politica econémicae social no territério da respectiva Provincia. 2. Para efeitos de aplicagio don 1 deste artigo o Conse- Iho Provincial de Auscultagdo e Concertagdo Social deve ser ‘ouvido antes da aprovagao do plano de desenvolvimento provincial do plano de actividades e do relatsrio de execugéo dos referidos instrumentos. 1578 3.0 Conselho Provincial de Auscultagio e Concertago Social 6 presidido pelo Governador Provincial e integra os seguintes membros: 4) Vice-Governadores; b) Delegados e Directores Provinciais; ©)Administradores Municipais; 4) representantes provincial dos Partidos Politicos e de Coligagses de Partidos Politicos com assento na Assembleia Nacional; ¢) representantes das Autoridades Tradicionais; ‘A representantes das Associagdes Sindicais; '8) representantes do Sector Empresarial Publico € Privado; ‘i representantes das Associagdes de Camponeses; #) representantes das Igrejas reconhecidas por le; ‘) representantes de organizagées nfo governamen- tals; ‘representantes das Associagées Profissionais; D representante do Conselho Provincial da Juventude. 4, Sempre que se julgue necessério o Governador Provin- cial pode convidar outras entidades nfo contempladas no nn 3 do presente artigo. 5. Os representantes previstos nas alfneas e) a) don. 3 do presente artigo participam até ao limite de trés membros ppor cada entidade representada. 6.As competéncias, a organizagio e 0 funcionamento do Conseiho Provincial de Auscultagio ¢ Concertago Social sfio definidas por regulamento interno aprovado por resolu- 40 do Governo Provincial. 3 7.0 Conselho Provincial de Auscultagio e Concertagio Social rene de quatro em quatro meses em sesso ordinéria c,extraordinariamente, sempre que o Governador Provincial o convogue, SECGAO I Serviges de Apolo Técnico ARTIGO 25° (Secretaria do Governo Provincial A Secretaria do Governo Provincial é 0 servigo que se cocupa da ‘generalidade das questdes administrativas, da ‘gestio do pessoal, do patriménio, do orgamento, das relagGes paiblicas e dos transportes. ARTIGO 26" (Gabinete Juriaico) (0 Gabinete Juridico € 0 servigo de apoio técnico ao qual ccabe realizar a actividade de assessoria jurfdico-legal de estudos técnico-jurfdicos. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 27" (Gabinete de Inspecgio) (0 Gabinete de Inspecgiio 6 0 servigo de apoio técnico 20 qual cabe realizar actividades de inspecgfio aos servigos da ‘Administragio Local do Estado. 8 ARTIGO 28° (Gabinete de Estudos ¢ Plancaments) 1. 0 Gabinete de Estudos e Planeamento 0 servigo de assessoria multidisciplinar, com fungdes de elaboragio de estudos ¢ andlise de matérias compreendidas nas atrbuigdes do Governo Provincial, bem como elaborar a consolidagio «do Orgamento da Provincia, aincluir no Orgamento Geral do Estado, orientar, coordenar e controlar as actividades de planeamento da respectiva érea territorial, acompanher e con- trolar a execuglo dos planos provinciais e zelar pela consecuglo das respectivas metas. 2. 0 Gabinete de Estudos e Planeamento, no desenvol- vimento da sua actividade, deve ser apoiado técnica € metodologicamente pelo 6rglo central responsével na érea do planeamento. ARTIGO 28° (egulamento« equiparagio) 1. As competéncias dos servigos de apoio técnico sio definidas por regulamento interno aprovado por despacho do Governador Provincial. 2. Secretaria do Govemno Provincial € digida por um Secretério do Governo Provincial equiparado a Director Provincial. 3. Os Gabinetes Juridico, de Inspecgio e de Estudos ¢ Planeamento sio dirigidos por Directores de Gabinetes,equi- parados a Director Provincial SEOGAO Servigos de Apoto Instrumental ARTIGO 30: (Gabinetes do Governador e Viee-Governadores) ‘A composigo ¢ o regime juridico do pessoal dos Gabi- netes do Governador e dos Vice-Governadores sio estabele- cidos por diploma préprio. ARTICO 31: (Centro de DocumentaioeInformasto) 1.0 Centro de Documentagio ¢ Informagio ¢ 0 servigo que assegura apoio nos dominios da documentago em ‘gral e, em especial, da selecgao, da elaboragao ¢ da difusio de informagées. I SERIE _— N° 142 — DE 29 DE JULHO DE 2010 2. As competéncias do Centro de Documentagio ¢ Informagao sio definidas por regulamento interno aprovado por despacho do Governador Provincial. 3. © Centro de Documentagio ¢ Informagio ¢ dirigido por um chefe, com a categoria de Chefe de Departamento Provincial. SECCAO IV Servigos Desconcentraos do Governo Provincial ARTIGO 32° (Direcgdo Provincal) A Direceto Provincial € o servigo desconcentrado do Governo Provincial, incumbido de assegurar a execugio das suas competéncias especificas. ARTIGO 33+ (Direego provimento) 1. A Direogio Provincial € dirigida por um Director Provincial, nomeado por despacho do Governador Provin- ial, ouvido 0 Ministro da especialidade. 2. O parecer do Ministro da especialidade € emitido no prazo de 15 dias contados da data da notificagdo pelo Governador Provincial. ARTIGO 34 Dependéncia) 1A Diteceo Provincial depende orginica, administrativa © funcionalmente do Governo Provincial. 2. As teas de especialidade da Administragao Central prestam apoio metodol6gico e técnico ds Direcgdes Provin- ciais, através do respectivo Governador Provincial. ARTIGO 35° (Regulamento) ‘A Diteogio Provincial rege-se por regulamento interno aprovado por despacho do Govemador Provincial, ARTIGO 36°" (Estratura) As Direogdes Provinciais estruturam-se em: a) Departamentos; +) Secgbes, quando necessérias. ARTIGO 37.° (Critrios de estrutaragto) 1.A organizasio e a segmentago interna dos érgios da ‘Administragio Local do Estado podem estar sujeitas a 1579 modelos diferenciados, endo em conta aespecifcidade local, a estratégia ou os planos de desenvolvimet to local, grau ‘ou dreas de desenvolvimento prioritério, tecnologia ou recursos a utiliza, desenvolvimento demogrético, racio- nalidade orgtnico-funcional de recursos organizasionais, 2. As fungdes administrativas de. natureza idéntica ou logicamente relacionadas devem ser agregadas numa mesma unidade organizacional, evitando-se 2 excessiva segmen- tagdo vertical e horizontal de estruturas, 3. Sem prejufzo do previsto nos nimeros anteriores as relagdes com os organismos estataisrespeitam o principio da cceleridade e desburocratizagao. 4. Os estatutos dos Governos Provinciais sto aprovados pelo titular do poder Executivo no Ambito do seu poder regulamentar, SECGAO V Servigos Desconcentrados de Admialstragio Central ARTIGO 38° (Detegagio Provincial) 1. A Delegagto Provincial é 0 servigo desconcentrado do. sector de especialidade da Administragio Central que, na Provincia, executa as suas competéncias 2, A nivel local as tarefas executivas dos Ministérios do Interior, das Finangas ¢ da Justiga sfo representadas por Delegagées Provinciais, que ndo integram a orginica dos servigos dos Govemnos Provinciais, ARTIGO Wireesio) 1, A Delegaglo Provincial ¢ dirigida por um Delegado Provincial. 2.0 Delegado Provincial ¢ nomeado por despacho do Ministro de especialidade, ouvido 0 Governador Provincial, ARTIGO 40 (Subordinasio) 1. A Delegagio Provincial esté sujeita a dupla subor- dinagio e depende orginica, administrativa e metodologica- ‘mente do 6rgio central de especialidade e funcionalmente do Governo Provin: 2. A estruturagdio das Delegagées Provinciais é estabe- lecida em diploma proprio, aprovado pelo érgio central de 1580 ARTIGO 41 (Regulamento) ‘A Delegacto Provincial rege-se por regulamento interno aprovado por despacho do Ministro da especialidade, SECGAO VI Instituto ¢ Empresas Pablcas de Ambito Provincial, ARTIGO 42¢ (Superintendéncia) sobre os (© Govemo Provincial exerce a superintendé: insttutos e empresas puiblicas de &mbito provincial TiTULO mM Administragao Municipal CAPITULO 1 Natureza, Atribuigdes e Competéncia da Administragiio Municipal ARTIGO 43° (Natureza) 1. AAdministragio Municipal € 0 érgio desconcentrado «da Administragdo do Estado na Provincia, que visa assegurar realizado de fungées executivas do Estado no Municipio, 2, Na execugio das suas competéncias a Administragio Manicipal responde perante 0 Governo Provincial ARTIGO 44° (Ateibulgbes) {A Adminisvago Municipal cabe promovere oientar 0 desenvolvimento econémicoe social e assegurar a presto de sorvigospblicos da respectva érea geogréfica de jors- disco. ARTIGO 45 (Competéncia) ‘Compete & Administragio Municipal: 1. No dominio do planeamento e do orgamento: 4@) elaborar a proposta de Orgamento Municipal na plataforma informética do Sistema Integrado de Gestdo Financeira do Estado, nos termos da lei; ») elaborar a proposta de Programa de Desenvol- vimento Municipat ¢ remeté-lo to Governo Provincial, para aprovagdo e integrago no plano de desenvolvimento Provincial; ‘)supervisionare coordenar a arecadagio de recursos ‘inanceiros provenientes dos impostos, das taxas © de outras receitas devidas a0 Estado, nos termos da le; DIARIO DA REPUBLICA 4) garantir a execugdo do Programa de Desenvol- ‘viento Municipal e dos Planos anusis de activi- ddades da Administrago Municipal e submeter os respectivos relatérios de execugéo ao Governo * Provincial, para efeitos de monitorizagio ¢ ava- liagéo; 6) elaborara proposta de Orgamento da Administragio “Municipal, nos termos da legislago competente remeté-Ia ao Governo Provincial com vista a sua integrago no Orgamento Geral do Estado; ‘A administrar e conservar 0 patriménio da Adminis- tragio Municipal; 8) promover e apoiar as empresas e as actividades econémicas que fomentem 0 desenvolvimento econémico e social do Municipio. 2. No domfnio do desenvolvimento urbano e do ordena- mento do territ6rio: 4) elaborar 0 projecto de Plano Municipal de ordena- mento do territério © submeté-lo a0 Governo Provincial, para aprovaco; +) organizar os transportes urbanos ¢ suburbanos, inter-municipais inter-comunais de passageiros e cargas; ©) promover o ordenamento ea sinalizago do trénsito € estacionamento de vefculos automéveis nos aglomerados populacionais; ) promover a iluminago, a sinalizacio rodoviéria, a toponimia e os cadastros; 6) apreciar, analisar e decidir sobre os projectos de re outros de pequena construgio unifami dimensio; A) licenciar terras para diversos fins, nos termos da lei, bem como dinamizar, acompanhar e apoiar a auto-construgao dirigida; 48) autorizar a concessao de terrenos até mil metros quadrados, bem como observar e fiscalizar 0 ccumprimento do disposto na Lei de Terras e seus regulamentos. 3. No dominio do apoio ao desenvolvimento econémico social: 4) estimular 0 aumento da produgao e da produti- vidade nas empresas de produgio de bens e de restagao de servigos no Municfpio; ) promover e organizar feiras municipais; ©) desenvolver programas de integrago comunitéria de combate & pobreza; 4) licenciar, regulamentar ¢ fiscalizar a actividade comercial retalhista ¢ de vendedores ambulantes; 1 SERIE_—N? 142 — DE 29 DE JULHO DE 2010 ¢) assegurar a assistériciae a reinsergo social, educa- cional e sanitéria, contribuindo para a melhoria «das condigbes de vida da populagao; J preservar os edificios, monumentose sitios clasifi- cados como patriménio histérico nacional e os locais hist6ricos situados no terrt6rio do muni- eipio; £8) assegurar 0 desenvolvimento da cultura, do despor- to e das ares, inéentivando 0 movimento artis- tico-cultural a todos os nfveis, contribuindo para © surgimento de novos agentes de promogiio de espectéculos ¢ divertimentos pablicos; +) promover a criagdo de casas de cultura e de biblio- tecas municipais e comunais, bem como garantir © seu apetrechamnento em material bibliogréfico; ‘) assegurar a manutengio, a distribuigdo ea gestdo da ‘gua. da electricidade na sua érea de jurisdigdo, podendo criar-se, para 0 efeito, empresas locis; J garantir as condigées organizativas, materiais ¢ financeiras para a promoglio do ensino primério obrigatério e gratuito; ‘® promover & construgdo ¢ a manutergio de escolas rimérias, bem como garantir 0 seu pessoal docente € administrativo, apetrechamento em mobiliétio, material didéctico e manuais esco- lares, nos termos da le 4, No dominio de agricultura e do desenvolvimento rural 4) superintender as estagbes. de desenvolvimento agririo; 5) fomentar a produgdo agricola e pecuria; ©) assegurar @ aquisigdo ¢ a distribuiglo de insumos agricolas ¢ assisténcia aos agricultores ¢ cria- dores; )promover'e licenciar unidades agro-pecusrias e artesanal ou industrial, designadamente avitrios, Pocilgas, granjas, carpintarias, marcenarias, ser- ralharias, oficinas de reparagées, de canaliza- es ¢ de electricidade, 5..No domfnio da ordem interna e da policia: 4) assegurar a protecgio dos cidaddos nacionais ¢ ~ _ estrangeiros, bem como a propriedade publica e privada; a ) tomar medidas de protecsiio ao consumidor, bem como de combate & especulagiio e ao agambar- camento; ©) aplicar as disposigdes contidas na legislagao sobre as transgressbes administrativas, 1581 6. No domfnio do saneamento e do equipamento rural ¢ urbano: 4) garam a recotha eo tmtament do io, em como o embelezamento dos nicleos poplaconais; ) assegurara gosto, a limpeza e a manutengio de praia ¢zonas balneares ) assegurar o estabelecimento’e a gestio dos sistemas de drenagem pluvial; 4) promoveraconstrugo, a eparagdo ea manutenio € gestto de mercados, de feta ede outos ser vigos municipas; © fomentar a criago, conservago, ampliago, mani- tengd e cultura de pares jardins, zona verdes, de reereioe a defesa do patriménio argutecs. nico; ‘D essegurar 0 estabelecimento, a manutensio ea ges- tio de cemitrios municipais. 7.No dominio da coordenagio institucional: @) assegurar a orientagio, 0 acompanhamento ¢ a ‘monitoria das Administragdes Comunais e supe- rintender nos institutos piblicos ' empresas piblicas de Ambito local, com sede no municipio; ) assegurar, em coordenagio com os érgtios compe- tentes, a realizagao do registo eleitoral e demeis ‘operagdes legais inerentes As eleigdies gerais e autérquicas; ©) realizar, em coordenagio com os érgios compe- tentes,o recenseamento militar dos cidadios com 18 anos de idade, residentes na sua érea de juris- digto; 4 realizar, em coordenasio com os érgios compe- lentes, 0 registo dos reservistas moradores na sua rea de jurisdigao; @) realizar o registo da técnica auto de transporte e da técnica especial adstrita as empresas localizadas na sua frea de jurisdiggo, de acordo com 0 que, ara o efcito, seja legislado; J acompanhar a realizago do registo civil dos cida- dios da respectiva érea de jurisdigto sob super- Visio dos servigos competentes do Ministério da Justiga, enquanto nao houver conservatérias ou postos de registo, ARTIGO 46+ (Forma dos actos da Administraso Municipal) No exercicio das suas fungdes, « Administragto Muni cipal emite resolugdes e posturas que sio Publicadas na Il série do Didrio da Republica. 1582 antic 47° (Auaiénciaprévia) ‘A Administrago Municipal deve ser ouvida, previa- mente, pelo Governo Provincial, sempre que este pretenda adoptar medidas de politica, com incidéncia local. ARTIGO 48° ‘(Composiio ereuntio) 1. AAdministragio Municipal é presidida pelo Adminis- trador Municipa) e integra 0 Administrador Municipal- -Adjunto ¢ os chefes de Repastigio. 2.AAdministrago Municipal retine-se, mensalmente,em. sesso ordinfriae, extraordinariamente, sempre que convo- cada pelo Administrador Municipal. 3. Os Administradores Comunais podem participar nas sessGes da Administrago Municipal, a convite do Adminis- ‘rador Municipal. 4, © Administrador Municipal pode, quando julgue necessério, convidar pessoas singulares ou colectivas, & participar das sessbes da Administracio Municipal. CAPITULO II ‘Administrador Municipal e Administrador Municipal- -Adjunto SBCGAO Administrador Municipal ARTIGO 49° (Desig) 1, © Administrador Municipal é 0 representante do Governo Provincial no Muniejpio, a quem incumbe dirigir a Administrago Municipal, assegurar o normal funcionarpento dos érgios da Administragao Local, respondeiido pela sua actividede perante o Govemador Provincial. 2. 0 Administrador Municipal € coadjuvado, por um Administrador Municipal-Adjunto. 3.0 Administrador Municipal pode delegar poderes 20 ‘Administrador Municipal-Adjunto, para acompanher, tatar¢ decidir assuntos relativos 8 actividade € a0 funcionamento das éreas que ie sejam incumbidas. 4, Sempre que, por razSes de interesse piblico, das Administragdes Municipais o justfiquem, 0 Administrador Municipal pode ser coadjuvado por até dois Administradores “Municipais-Adjuntos. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 50° (rovimento) 1.0 Administrador Municipal 6 nomeado por despacho do Governador Provincial, ap6s consulta prévie 40 titular do Gigio da Administrago Central que responde pele Adminis- tragio do Territrio. 2, Diploma préprio regula o régime de provimento do cargo de Administrador Municipal 3, Os Administradores Municipais a serem nomeados devem possuir formagio superior ou outra espeetfice adqui- ride no Instituto de Formago da Administragio Local ou instituigdo simile. ARTIGO SL" Posse e cessasio de fungies) 1.0 Administrador Municipal e 0 Administrador Muni- cipal-Adjunto iniciam as suas fungdes com a tomada de posse perante 0 Governador Provincial, nos termos da lei, 2. Os restantes membros da Administragio Municipal iniciam as suas fungdes com a tomada de posse perante 0 ‘Administrador Municipal. 3. As fungSes dos membros da Administrago Municipal cessam com a morte ou exoneragto. ARTIGO $2" (Competéncia) ‘Ao Administrador Municipal compete: 4a) garantir cumprimento da Constituigao e demais diplomas legais; ») ditigir, oientar e controlar a actividade dos chefes de Repartigio e de Seceio Municipais ¢ dos Administradores Comunais; 6) informar, regularmente, ao Governador Provincial sobre a realizagio de tarefas' e modo de funcio- namento da Administragao Municipal; d) decidir sobre questdes de recursos humanos da ‘Administrago Municipal, nomear, empossar © exonerar os titulares de cargos de chefia dos diferentes servigos sob sua dependéncis; ) convocar as reunides da Administrago Municipal ‘edo Conselho Municipal de Auscultago ¢ Con- certagio Social e propor a respectiva ordem de trabalhos; ‘f) suscultar ¢ coordenar, com as autoridades tradi- cionais, a realizago das acgdes administrativas junto das populagies;

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