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ees yj Perea eles Analise do Discurso: i i Clearer) a . ] Analise do Discurso: | Er Maiteleougre||(el-1el oom e(6(0) Colegio Othares Obliquos Revita Tenn Marea M. Gama Khalid, Maria de Fitna Cevnel Diagrmagto (China Stene Pere de Olena Proto Grifcoe Habeas de Capa Des Dez Malinios Impress eacsbamerto Grafica Suprema sa Sesh de Tatamat Gnformagto da bles inst Carne atoms oe pa CSS ‘A532. Anilise do dscurio: a materalidades do setido/ Maia o Rosie Gregoine Robero Baron (orgniadore) ‘Slo Carlos, § Cll, 2001 230p. ISBN 85-88638.01.0 1. Linguistica 2. Andis do diseuro, 1. Gregoli, Maia do Rosi, arg I. Baronas, Robern, ore iors Chal Rua Rafe de A Sampaio Vidal, 1217 (CEP 13560390 “Centr Sg Carls = SP Fone (16)274 8332 ‘Sumario Apresentagéo: ‘Otiares Obiquce sobre 0 sentito no socueo 02 ‘Discurso, esse objto de mitipas faces Edna Femanes Nascimento 2 Produ do text: mameria 6 pines oe Siro Possent ‘Alnda sobre @ 00730 de efoto do oon ene 8 tari do Rosario Valence Gratin. fe Sons, soto © memira: como que sone nessa vl autora? sn BY idea Regina Gaspar os aria Regine Baracuny Lote onto Panna 28 vores do sodupto 108 soko Carlos Catelan Moms? 125 Franoaso Paulo de Siva ‘contro ron uma pitas do verano?” 16 28. Vozes &olhares na eitura Cater amr un eet tro mete? sett Marinas Gaal ‘Nore dae rode 6 eee ‘2 pane do Bure de Cosme Varo, 1 ria de tina Gravina (caso da malt. 100 ° nario versus Menace lature come SCO M8 EINE nn 218 A do Discus: Aa Matas do Sonido (© DISCURSO SOB 0 OLHAR DE BAKHTIN Beth Bratt* (Quando nos othamos, dois ‘mundo difenesserefleert oss paps. iat Babin Em peimeio lugar preciso salientarapertingncia de disutira etspoetivabakhsiniana num Seminéro de Andlise do Discurso que tem ‘como tema ofhares obliques, ou seja, agueles que se do de través, de ‘ova ineinad,ndireta. Vou assumiress iia brant de othr obliavo, xplictando,enrtant, que strata de um ola dssimulado, aris ‘om snos0, mas de uma maneira muito peculiar de desenhar enfoques cos eestticos que dizer espeito a eacionamento do homer como ‘nundo, com outros homens ¢,principalmente, convnae por meio da ‘inguagem, E exatamente oque entre diseutir ao longo dessa nossa ‘conversa, tomando como elemento central, tanto do ponto de vista da rouge bakhtiniana quanto das formas de recepgdo de sua obra, & aflemaggo de Holguist,capturada de Baki, de que “O que vemos 6 _goverado pelo modo como vemos eest 6 determinado pelo lugar de ‘onde vemos" (Holguist, 1990, . 164). Descns DLARLFUC:SP-LingininApcaln eats Linge Pin ‘vera Cantino Pao Ae ema igus God Utes ‘Bras hs perpen reo! de eugene abl, atlas elo CNP ‘andes de rat 20 Andie do Dscu: Aa Mates do Sando [A maneira como Bakhtin vai sendo visto, percebido,recebido e, ocessi, uma vez que possamos lhar paras demas formas assumes | pela inguagem num dado momento, numa dds comunidad. ! ‘Assim, antes de chegarpropriamente& questio dos géneros| | liscursivos, attr va definiraemuncago comoum produto dainteragio), 20 ‘Andie do Dice: As atoraidades do Seno ‘social, quer se trate de um ato de fala determinado pela situa imodiata ‘oupelo contexto mais amplo que consti oconjunto das condigbes de Vida de uma determinada comunidad ingstica, Essa distng0 6 rita importante, na medida em que. concsto de interagobakhiiniano nia coincide inteiramente com outras concepgses interacionistas que circunserevem a situago como a instincia central para a produgo © ‘compreensfo de sentidos. Ao apontar para “um contexto mais amplo”, ‘Bakhtin acena coma participapo do interdiscurso, ou sje, daistria, © da meméria, nem sempre explicitas na situagzo, mas sem divida artcjpantesativas da produgo de sentdos? Paraescolherexemplos, podemos pensar que este evento, minha exposigdo,éno sentido bakbtiniano um ato de fala dterminado pela situa imediatac pelo contexto mais amplo, assim como‘ troca de cortespondéncia por e-mail é um ato de fala determinado, se visto nas condigdes técnica cultursis que caraerizam esse Fim de seulo, pelo contexto mais amplo que constitu oconjunto das condigdes de vida de ‘umsetrminadacomunidadelingistica, Amos ’mumaespecifcidade, _enquanto evento nico, ue no pode dspensar nem sito imediata ‘em que sio produzidos, nem os elementos interdiscursivos que os atrayssam enquanto emia enquanto bistra, Portanto, voltando a obra Marxism e filasfia a linguagem, ‘Eas agora dn te ono dng ans ina oe Sole so ends uns oecnnnean detei em ‘Siranocenineneen ta cnt tec en ir co sane a pop tte Sepa ein emit. ena ee ion do Ooo: Ae Matos do Sento 29 Insaluniasérie de elementos que contebuem parna concepio de ger \Iscwsivo, coma 60 caso do captulo “Fema sigificago na lingua” |UakatiayVolochinoy, 192911997, p.128-36),onde aparece a indicasi0 \lequeexistem formas lingisticns que entram numa composicdoe que wn avticuadasa elementosndo verbs da ituagso, consid oatributo \Uuctneiago completa, Jénesta obra também et presente o problema ls compreensao ativa, da entoaedo expressva, tanto do posto de vista slvoralidade quanto daescrita, ‘Assim send, afdéia de que qualquer enunciado ftalmente faz Inte de um gnero est af contida, com a observacio de que essa ptipagio io sed de uma forma purse simplesmentedeterminists ‘secessariamente ao en ‘voumeexpressrnum determina gine, nas mewenuneiado, meu discurso, meu exo ser sempre uma resposta wnqueviramantessusitandorespostasfuturas. Assim, quando Homer ‘wicia no Ocidente uma trai ‘ecuperando géneras ors de uma tradigo que 0 antecede. Mas &cle io genérica com sua Odisséia, ele esté ‘yveik.o tom, uma nova dimenséo, send por isso responsivel nosentido ‘ukliniano, Aomesmo tempo eles instaurando, motivando respostas we consttuiri, naesteira de sua obra, outta epopéis 6 s6 a partir desses antecedentes que podemos tentar ‘ompreender gners discursivos, seu papel narelaoatvidadeshumanas! vides delinguageme, conseqlentemente en ensinoe pesquisade lingua itera pocexemplo, No podemes falar de geners sem pensar nyesferadeatividades especificas em queeles se consitueme atuam, af linpicadas a condigdes de produo, de cireulago ede wecepso.C3s0 30 ‘Anse do Discus: Aa Marais do Senso ‘sedeixem de lad esses ingreientes ou mesmo um dels, poderemoseai ‘numa idéla mecanicista de género discursive, eseamoteando um fate fundamental da teosiabakhtinana que 6, precisament, specificidades ds atividaes humanas es especificidades dos géneres teosio dada liscursivos que as constituem e que com elas entretém uma relagio, imeiramentedalética,profundamente viva. Poderiamos, para continua a perseguiresseconceito fundante de géneromnatoriabakhiniana,descrever ivro Problemas da poética de Dosoiévsti (Bakhtin, 1929/1997), momento.em que o autor reba um g2neroespoction que 6 género “romance polifnico” com todoum detalhament lingiistico-discursivo sobre a formas de presenga do out ‘no discurs Essas formas vo sendo assinaladss enquant citagbes de iferentesnatuezase,oque parece fundamental partum acompanibamento ‘do pensamentobakitiniano, por meio da definio de “outro”, exemplae ‘e metonimicamentetabalhada no conto"“O sési, una das pogas do conjunto da abra de Dostoiévski analisadas pelo te6rico sso. Entretanto, se é verdade que lendo Problemas da poétiea de Dostoiévsk descobrimos, enquanto lings, que a teria dos generos ‘esta esmivgadae sugeriéa como possibilidade paraobservacio de outros eros em outa atvidades huranas,hioutosaspectes que me parecer ‘esenciais para a diseusio proposta neste semindrointulado Othares obliquos: 0 diseursona anise do discurso. O primero €arelagio, mais geraleabrangente, que existe entre Aconcepgiode géneros eas consideraes sobre a lingistca do sistema (cojetivsmoabsrato}e os estudosesistics(sbjetivismoindividalsa, ico do issue: Ae Matai do Seno at peestoexplctadsem Masons ¢flosfadalingagem, masque no podemdetxrdemeree seo cena doe, ma vez «iv funsona como una espe de usenet plémic para a concep de nguagm que carttz 0 conjns do penaento hao. Basegunda qi ame veo esnumeno de Bak suscumaatide de dalingugemgvconse Soran 3 pestle anc imobiliad peas ps o | alist, mas numa atitudedalégica que permite que os concetos scjam | ‘xtatidos do corpus, a pati de um constant dislogo ene posture \otrco metododgiea candice das aividades, dalinguageme daca pooeria pores estabeecia, ‘No que dz respeito& primera isi, quando nos defontamos coma iscsi que Bakhtn/Volochinov raya como estuuraism ¢ ssi especiicamente com Saussure, oque se dpreendeé que, alm de ‘econhecer auilidad dotrabao saussureano de nfo desta oude odestrt-o,oautor russ reconhece “as coergbes dosistemaaque o {slant estésueito", e isso pode ser percebido no desenvolvimento Jo ‘esto quando cle vai dstnguir "tema" de“sgnifieaglo"naprodugio dos -eatidos,considerando onivel doreitervel eonvel dono reiterve ou seis, constitutive confronto entre as estabilidades eas instabilidades resentes em cadaenuneiad enguanto event tice, portato, em todas os emunciagBes, em todas as interagdes. Mesmo tendo uma outra ‘concep de lingua, profundamente diferente da de Saussure, se fosse a mesma adiseuso no exisiria, oator val essalvara dia de coerg0 {do sistema, o.com entade abstrata, mas enquanto componente vivo asatividades de inguagem. Tamm ao discs as posi daestlistic, ‘sem desmontaresss longa radio dos estudos dalinguagem, ele nfo ‘gnora ou deseartau questio do estilo individual, mas vai como no caso do sistema atcmar que a apreensio dessa dimensto no pode consti ‘secomo objeto suficiente para estudo dalnguagem emus. (© que.eu gostara aqui decolocar em diseusso, sem forgar una ‘oeréncia no pensamentobakhtiniano apenhado em seuconjunto,é que somente agora, nesta esquina entre os séeulos XX e XXI, é possivel ‘observar que, 20 ofereceranogio de géneros discursivos,o pensamento ‘khinianovairedimensionaraspectaque jéestavarn nas duastendéncias| por ele diseuti 8. O género discursive dia respeito as coergdes ‘stabelecidas entre as diferentes atividades humanase os usosda lingua nessastividades, oe, as pris discurivasimplicam necesaiamente coergdes, O que sé logo n0 inicio do enstio“O problema des géneros iscursives” 6 As diversas esferat da atvidade human, pe mais vv ue ‘jam. est tds relconadascom ou lig. Presa in lara sue crsereas forms dese sos i mlifrmes quan a exert

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