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MINISTERIO DA DEFESA EXERCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL DIRETORIA DE SAUDE (Reparticio do Cirurgitio-Mor do Exéreito/1808) NOTA TECNICA N° 02/2018 — SASS/SDir Sau/D Sau, de 25 de julho de 2018 NORMATIZAGAO PARA EMISSAO DE GUIAS DE ENCAMINHAMENTO REFERENTES AS DESPESAS MEDICO-HOSPITALARES E ODONTOLOGICAS NO AMBITO DO SISTEMA DE SAUDE DO EXERCITO 1, FINALIDADE, Normatizar as atividades de emissio de guias de encaminhamento (GE) referentes as despesas médico-hospitalares e odontol6gicas, em consonincia com as diretrizes do Centro de Controle Interno do Exército. 2, REFERENCIAS a. Portaria n? 018 ~ Cmt Ex, de 17 de janeiro de 2013; , Portaria n° 222-EME, de 5 de junho de 2015; c. Portaria n° 018-SEF, de 20 de dezembro de 2013; d. Norma Técnica - Auditoria médica no ambito do Exército Brasileiro —D Sau, de janeiro de 2017; e. Nota Técnica n° 01/2017 - Normatizagio no SIRE para emissio de comprovantes de despesas médicas e guias de encaminhamento referentes as despesas médico-hospitalares e odontolégicas - Sdir Saw/D Sau, de 27 de setembro de 2017; ¢ £. Plano de Agdo do Departamento-Geral do Pessoal de 2018. 3. CONCEITOS BASICOS a, Auditoria: conjunto de técnicas que visa avaliar a gestio e aplicagio de recursos piiblicos com a finalidade de comprovar a legalidade e legitimidade dos atos ¢ fatos administrativos, assim como resultados alcangados, quanto aos aspectos de eficiéncia, eficdcia e economicidade da gestio. b. Auditor: é 0 profissional de nivel superior com conhecimentos técnicos na sua 4rea de formagio, que © habilita ao exercicio da atividade de auditoria, quando formalmente estiver designado para o desempenho da fungao. c. Relatério de auditoria: documento emitido pelo auditor que refletiré os resultados dos exames efetuados. . Governanga: é 0 conjunto de mecanismo e regras pelas quais se estabelecem formas de controle de gestiio, e no qual se incluem instrumentos para monitoramento e possibilidade de responsabilizagaio dos gestores pelas suas decisdes (ou atos de gestiio). €. Gestdio de Riseo: aplicagdo sistematica de politicas, procedimentos e priticas de gerenciamento s tarefas de andlise, avaliagdo, controle e monitoragao de risco. E 0 processo de planejar, orgayfizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organizagio, no sentido de minimigar os efeitos dos riscos sobre essa organizagao ao minimo possivel. £, Accountability: obrigagdo que tém as pessoas, fisicas ou juridicas, pablicas ou privadas as quais se tenham confiado recursos puiblicos, incluidos os érgdios, as entidades e organizagdes de qualquer natureza, de assumir as responsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programética que Ihes foram conferidas, e de informar a quem Ihes delegou essas responsabilidades, bem como a sociedade. E ainda, obrigagdo imposta, a uma pessoa ou entidade auditada de demonstrar que administrou ou controlou os recursos que Ihe foram confiados em conformidade com os termos segundo os quais foram entregues. g. Relatério de Gestdo: é 0 conjunto de documentos, informagdes e demonstrativos de natureza contébil, financeira, orgamentéria, operacional ou patrimonial, organizado de forma a possibilitar a visio sistémica da conformidade e do desempenho da gestio dos responsdveis por uma ou mais UJ. h, Relatério de Auditoria de Gestio: ¢ 0 documento, com formato ¢ contetido previamente definidos, emitido pelo controle interno, quando da elaboragiio da Prestag’o de Contas Anual (PCA), que materializa o acompanhamento ¢ a avaliagao da gestio dos responsiveis, realizados por meio das atividades de auditoria e de encerramento do exereicio financeiro. i, Auditoria Preliminar, Prévia ou Prospectiva: diz respeito as andlises ¢ autorizagdes prévias para exames ou procedimentos solicitados, em conformidade com os pardimetros de cobertura previstos nas legislagdes vigentes e com 0 disposto nos Termos de Credenciamento celebrados. Esta etapa é essencial para a liberagio de exames/procedimentos, especialmente os de custo elevado e de internagdes em caréter eletivo. j, Auditoria Concorrente ou Concomitante: diz respeito ao acompanhamento ¢ a0 desenvolvimento da hospitalizagao, envolvendo as autorizagdes oportunas pelo Médico, decorrentes da realizagio das visitas didrias aos pacientes intemados em OCS ¢ acompanhamento de procedimentos cirirgicos in loco, realizado pelo auditor, a fim de validar qualitativamente /quantitativamente as OPME necessirias utilizadas, k. Auditoria Retrospeetiva ou a Posteriori: diz respeito as informagdes que sero analisadas apés a apresentagiio das Faturas © que permitirdo o registro formal das néo conformidades ¢ os consequentes langamentos mensais da utilizago dos servigos nos sistemas desenvolvidos ou terceirizados para essa destinagaio pelo Exército, 4, ACOES A SEREM IMPLEMENTADAS PELAS UG/FUSEx a, ATRIBUICOES DO MEDICO AUDITOR NOS PROCESSOS DE AUDITORIA PREVIA O médico auditor, no ambito das suas atribuigdes dos processos de auditoria prévia, deverd observar os procedimentos para aprovagdo da GE citados na letra b deste Namero, antes da liberagdo da GE ao usuério, ¢ atentar para as seguintes providéncias: 1) analisar ¢ autorizar as realizagdes de exames ou procedimentos solicitados, em conformidade com os pardmetros de cobertura previstos nas legislagdes vigentes ¢ com o disposto nos Termos de Credenciamento celebrados, aps auditoria prévia; 2) autorizar as intemagdes eletivas ou outros procedimentos especiais apés auditoria prévia; 3) compatibilizar a necessidade de internag&o ou da realizagao de procedimento com 0 servigo adequado (necessidade da cirurgia/procedimento/exame especializado); (Nota Técnica n° 02/2018 ~ SASS/Sdir Saw/D Sau, de 25 JULHO 18... 2/4) 4) compatibilizar a autorizago com 0 quadro clinico do paciente, e inserir a codificag correspondente & tabela acordada em contrato; 5) verificar se o procedimento solicitado & pertinente, tanto do ponto de vista qualitative coo quantitativo; 6) conferir a compatibilidade da especialidade do profissional requisitante com 0 exame solicitado; 7) pesquisar possiveis impropriedades na solicitagiio dos exames referentes ao Servigo de Apoio 20 Diagnéstico Tratamento (SADT); 8) verificar associagio de duas ou mais cirurgias no mesmo ato, ou cirurgias bilaterais; 9) verificar cirurgias/procedimentos que possam ser caracterizados como estéticos; 10) analisar os orgamentos de Dispositivos Médicos Implantiveis (DMI) ou de Ortese, Protese ¢ Materiais Especiais (OPME) remetidos pelas OCS, ¢ solicitar informagdes complementares, caso necessirio; 11) autorizar a utilizagio dos DMV/OPME a serem utilizados nos procedimentos, apés auditoria prévia; e 12) averiguar se 0 procedimento demandado necessita de parecer da Comissio de Etica Médica da Onganizagio Militar de Saude. b, PROCEDIMENTOS PARA EMISSAO DE GUIAS DE ENCAMINHAMENTO, Para a aprovagio das GE, as UG/FUSEx deverdo ser realizados os seguintes procedimentos: 1) identificar o beneficiério, por meio do cartao do beneficiario € do documento de identidade com foto, ou declaragdo proviséria emitida por érgao competente; 2) identificar 0 beneficiério, por meio da declaragao proviséria emitida por érgo competente do documento de identidade com foto; 3) verificar a conformidade do valor constante na GE com o valor acordado em contrato; 4) conferir a faixa etaria do usuario; 5) conferir a compatibilidade dos cédigos langados na GE de intemagdo com a especialidade médica requisitada; 6) conferir no campo “observagaio” da GE 0 documento que autorizou a sua emissio, no caso de GE com valores superiores a R$ 5,000,00 (cinco mil reais); 7) verificar se valor do DMI/OPME esté dentro dos pardmetros acordados entre as partes; 8) conferir a compatibilidade entre o grupo gerado na GE e ao grupo correspondente ao usuario; 9) conferir a compatibilidade entre o Plano Intemo gerado na GE em relagdo ao grupo correspondente ao grupo selecionado; 10) conferir nas GE, geradas no Fator de Custo por acidente em servigo, a existéncia do langamento no campo “observagiio” do Documento Sanitério de Origem; 11) conferir 0 CPF valido com o némero do documento apresentado, para a emissio de GE, pelo Fator de Custos; 12) conferir se consta na GE, emitida por Fator de Custos, a informagao do “Universo de Isento”; 13) conferir a emisstio da GE em duas vias; (Nota Técnica n’ 02/2018 ~ SASS/Sdir Sau/D Sau, de 25 JULHO 18 .... 3/8) 14) conferir a GE para identificar descrigao de procedimento diverso ao solicitado, em especial, para evitar emitir GE com incoeréncia entre procedimento ambulatorial ¢ procedimento de internagio; 15) conferir na GE de internago se constam os campos: ano ¢ 0 niimero do controle interno da mesma; 16) conferir se 0 nome do médico responsivel constante na GE é exatamente 0 nome do profissional que realizou a auditoria prévia; e 17) verificar se 0 nome do médico solicitante na GE confere com o nome do médico solicitante do pedido de procedimento. Caso 0 solicitante seja médico de OCS, a guia deverd constar 0 nome do profissional que realizou a auditoria prévia. 5. PRESCRICOES DIVERSAS a. a Guia de Encaminhamento, obrigatoriamente, deverd estar assinada pelo Chefe do FUSEx e pelo Médico que realizou a auditoria prévia; b. os Chefes, Comandantes e Diretores de Unidades de Atendimento devertio envidar esforgos na fiscalizagao junto aos Chefes de Segio responsdvel pela emisstio de Guias de Encaminhamentos, com a finalidade de fazer cumprir as diretrizes dessa Nota Técnica; ¢. 08 Inspetores de Saiide devem realizar auditoria, por amostragem, nas Guias de Encaminhamento geradas pelas Unidades de Atendimento de sua competéncia, para verificar 0 cumprimento das orientagSes constantes nesta Nota Técnica, Quartel General em Brasilia, DF, de 25 de julho de 2018. Gen Div ALEXANDRI BA Diretor tle Satide “SIGAM-ME OS QUE FOREM BRASILEIROS: 150 ANOS DA BATALHA DE ITORORO” sndl4) (Nota Técnica n° 02/2018 ~SASS/Sdir Sau/D Sau, de 25 JULHO 18

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