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Visita POs-oPERATORIA DE ENFERMAGEM APLICACAO DE INSTRUMENTO E APRECIACAO DOS ENFERMEIROS R Mariana Bueno* achel Noronha** Izilda Esmenia Muglia Araujo*** BUENO, M. et al. Visita pos-operatéria de enfermagem: aplicagae de Instrumento @ apreciagao dos enfermeiros. Acta Paul, Enf., Sao Paulo, v. 15, .4, p. 45-54, 2002. RESUMO: O paciente submetido a intervengao cirdrgica vive 0 periodo perioperatério, composto por trés fases, dentre as quais esi o periodo pés-operatorio, que tem inicio quando o paciente deixa a sala cirurgica, Esta fase requer assistencia de enfermagem especifica, continua e qualificada e inclui a visita pos-operatdria de enfermagem (VposOE), que & de extrema imporiancia, para a recuperagao do paciente @ 0 atendimento de suas necessidades, e para o enfermeiro, uma vez que requer vistio ampia e dindmica da situagao, aplicagao de conceitos técnico-clentificos e de assisténcia sistematizada. O presente trabalho pretende estudar o entendimento e a relevancia que 0s enfermeiros altibuem 4 VPOsOE, testar o instrumento proposto por NORONHA: ARAUJO (1998) e oferecer propostas de implantacdo da VPOsOE e de assisténcia a0 aciente cirirgico. Foram entrevistados 14 enfermeiros e 64 pacientes no periodo pos- operatério, em um hospital universitatio do Estado de Sao Paulo. A VP6sOE foi considerada importante pelos enfermeiros, sendo freqlientemente relacionada & sistematizagao da assisténcia de enfermagem e a assisténcia melhor qualificada. Quanto aos pacientes, os resultados permite a elaboragao de prescrigaio de enfermagem individualizada, bem como concluir que o instrumento utilizado é simples, de facil aplicablidade ¢ completo. DESCRITORES: Culdados de enformagem. Periodo pés-operatério. Enfermagem, Comunicacéo. RODUCAO, O tratamento cirirgico impde ao paciente uma série de peculiaridades diferenciando-o, por exemplo, de pacientes clinicos. © ato cirtirgico é considerado uma agressio ao paciente, no apenas no que relaciona-se a seu corpo ¢ as lesdes teciduais provovadas pela incisio ou 4 extirpagiio de orpios ¢ parte deles, mas também é uma agressio referente porgdo psicolégica do mesmo. Elhart e cols, citados por ZAGO (1993), afirmam que, além das tensdes comuns & hospitalizagdo, como afastamento de Enfermera, Douta Sande - SP - 04302-000 familiares e da rotina didria, a permanéncia em ambiente desconhecido, o paciente cirirgico experimenta tensdes ligadas ao trauma fisioligico, & dor, a0 conhecimento do diagnéstico e do objetivo cirargico, 4 anestesia ¢ as conseqiiéncias da intervencio para seu estilo de vida, sua auto-imagem ¢ imagem corporal. © sucesso do tratamento ciriirgico depende. além do procedimento médico, de toda uma assisténcia de enfermagem a ser prestada de maneira Enfermo'ra assistencial da Sociedade Hospital Samarilano-SP, Especialista em Enfermagem Neonstal palo Hospital das Clinices da FM/USP. Professora do Curso de Enfermagem da Faculdade de fancias Médicas da UNICAMP, Rua Paracatu, 494 - Ap. 111- Enfermeira, Dautora, Profeseora do Curso de Enfermagem da FCM/UNICAMP. - Antigo recebido em 10/03/01 - Artigo aprovado em 25/09/01 45 BUENO, M. etal specifica, que deve ocorrer em trés momentos distintos: antes da cirurgia (periodo pré-operatério), durante a mesma (periodo trans-operatério) c aps 0 término do procedimento (periodo pos-operatério). Sao trés etapas diferentes, porém intimamente ligadas, que compdem o denominado periodo perioperatério, descrito por NORONHA; ARAUJO (1998) como fase critica da internagdo, fase esta que necesita de assisténcia de enfermagem qualificada e, preferencialmente sistematizada. A interagdo da assisténcia de enfermagem durante as trés fases propicia ao paciente uma melhor qualidade do cuidado ¢ uma recuperagao mais efieaz & ripida, com riscos de complicagdes ausentes ou significativamente diminuidos, A fase pos-operatoria, que fem inicio quando o paciente deixa a sala cirirgica e é encaminhado é sala de recuperacdo anestésica e, posteriormente, quando estiver com seus padrées fisiolégicos equilibrados, volta & enfermaria ou unidade de internagdo (BELLAND; PASSOS, 1979), determina uma ctapa do periodo cirirgico. Para este periodo, especificamente, a enfermeira deve ter como metas principais a prevengao ou detecgdo precoce de complicagies, o controle da dor ¢ o restabelecimento do equilibrio fisiolégico 0 mais breve possivel (SMELTZER; BARE, 1998). Segundo PADOVANT ¢ col. (1988), a assisténcia de enfermagem ao paciente cirdrgico deve ser prestada de maneira segura ¢ integral, cabendo ao enfermeiro o dominio de conhecimentos cientificos e priticos. E fungdo da enfermeira atender ao paciente de modo individualizado ¢ holistico, prestando-lhe uma assisténcia que seja pertinente a suas necessidades especificas e para esse fim, as agdes de enfermagem devem ser aplicadas de forma sistematizada, A implementagio de visitas pré © pés- operatérias, bem como a promogio de assisténcia trans-operatoria, contribuem na sistematizagao. Sio agdes especificas para pacientes cirirgicos, que objetivam uma recuperagao de melhor qualidade. Portanto, nota-se facilmente a relevancia da visita. Ao paciente, a visita pos-operatéria de enfermagem (Vp6sOB) promove a orientacio ¢ educagio acerca de sua recuperagao retomada de suas atividades rotineiras, permite a aproximagao do enfermeiro ¢ diminui a ansiedade gerada pela separagilo de familiares, da alteragao do ritmo de vida, além de diminuir a despersonalizacio sentida pelo paciente ca incidéncia de complicagdes posteriores cirurgia, Para a enfermeira, a visita é capaz de ampliar seu papel na execugao de atividade técnico-cienti permite a participago em trabalhos em equipe. aprimora a comunicagio entre 0 profissional e os diversos profissionais com os quais atua, permite a realizagio de diagnéstico de enfermagem e a elaboragao de plano de cuidados especifico (SANTOS; CABERLON, 1981), além de avaliar a assisténcia de enfermagem durante esse periodo ¢ promover maior interagio entre a enfermeira © 0 paciente (NORONHA; ARAUJO, 1998) Arelevancia da pesquisa ¢ marcante, nao somente quando se relata a importincia ¢ a necessidade da VP6sOE na assisténcia de enfermagem de qualidade, mas sobretudo em razdo da escassez de estudos © publicagdes referentes ao tema. ca, OBJETIVOS Verificar 0 entendimento e valor atribuido pelas enfermeiras de unidades cinirgicas de um Hospital Universitdrio do Estado de So Paulo a respeito da VP6sOE; testar o instrumento de comunicacio escrita de Enfermagem na VP6sOB, proposto por NORONHA; ARAUJO (1998); além de oferecer a possibilidade de implantacao da YVP6sOE, de acordo com os resultados obtidos. METODOLOGIA O presente trabalho, uma pesquisa de cardter exploratério/descritivo, foi desenvolvido junto aos pacientes e enfermeiros de um Hospital Universitario do Estado de Sao Paulo, entre os meses de setembro e dezembro de 1998, Quanto as enfermeiras, foram entrevistadas 14, que atuam em centro ciriirgico ou unidades de intemagio. A clas foi aplicado um questionério escrito (anexo 1), desenvolvido especificamente para a pesquisa, baseado no original de JORGETTO ¢ eal. (1996), objetivando verificar o entendimento ca relevancia que atribuem a VP6sOE, A identidade das enfermeiras foi sempre mantida em sigilo ea utilizago dos dados deu-se apenas mediante a assinatura de um termo de consentimento livre c esclarecido, 46 ‘Acta Paul Ent, 15, ne ouridez, 2002 Visita pés-operatoria de Enfermagem: aplicagao de instrumento e apreciagao dos entermeiros., Foram entrevistados 54 pacientes internados, sendo excluidos apenas aqueles com estado de consciéncia alterado ou com dificuldade de comunicagiio verbal, previamente submetidos a tratamento cirargico, de ambos os sexos e maiores de 18 anos. Apés a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e da anilise dos prontuérios, os pacientes foram submetidos a uma entrevista oral, baseada no instrumento (anexo II) proposto por NORONHA; ARAUIO (1998), a fim de avaliar a viabilidade do mesmo e da VPésOE. E relevante ressaltar que, precedende o inicio da pesquisa, 0 projeto da mesma foi devidamente analisado © aprovado pelo Comité de Etica em Pesquisa da referida instituigao, bem como por sua Diretoria de Enfermagem RESULTADOS E DISCUSSAO. Participaram da pesquisa 14 enfermeiras que atuam em unidades de internagao e no centro cirurgico do Hospital anteriormente mencionado, com idade variando entre 23 e 40 anos e tempo de formagio de dois a 15 anos, sendo cinco (35,7%) formadas entre dois ¢ trés anos. O tempo de trabalho no referido hospital variou de dois meses a I anos, sendoa maior incidéncia no periodo de dois anos Das 14 enfermeiras, cinco (35,7%) referem ‘ocupar cargos de chefia na unidade de internagiio € oito (57.1%) possuem titulo de especialista, Duas (14,2%) enfermeiras referem especializagio em centro cinirgico, duas (14,2%) em administragio hospitalar e enfermagem do trabalho, sendo as demais espceialistas em terapia intensiva, ostomias, nefrologia ¢ administragao. O entendimento predominante acerca da VP6sOE consistiu em uma visita realizada pelo enfermeiro na unidade de internagdo, conceito este presente por sete vezes (50%) nas respostas coletadas. Também muito freqiiente (42,8%) esta a observagdo do estado geral, bem como do estado psicolégico do paciente, Afirmaram ainda orientagdes para recuperagdo precoce, avaliagéo de cuidados pré e trans-operatérios, avaliagdio da evolugdo do paciente e da assisténcia de enfermagem, avaliagio do conhecimento prévio do paciente accrea da cirurgia, planejamento de cuidados, identificagdo de complicagées ¢ realizagio de anammese ¢ exame fisico. E possivel observar grande variedade de afirmagdes presentes nos relatos, embora todas el participem do conceito c das finalidades da VP6sOE, que para SANTOS; CABERLON (1981) consiste em um procedimento técnico-cientifico plangjado e realizado pela enfermeira do centro cirirgico ¢ seus objetivos, segundo NORONHA; ARAUJO (1998), incluem a continuidade da assisténcia dentro de padrdes cientificos avaliagao dessa assisténcia durante todo o periodo perioperatorio, a garantia de comunicagao entre os diversos setores dos quais o paciente recebe cuidados e a simplificagio do entrosamento entre enfermeiro ¢ paciente e enfermeiro ¢ demais profissionais. Também foram feitas referéncias a respeito da avaliagdo de cuidados pré ¢ trans-operatérios ¢ 0 conhecimento prévio do paciente em relagio ao procedimento, bem como a avaliagao da assisténcia prestada ¢ do planejamento e implementagdo das des de enfermagem, Tais mengdes também relacionam a VP6sOE A sistematizagio da assisténcia, descrita por Mahomet, citado por CASTELLANOS (1978), como maneira ordenada ¢ sistemitica de determinar o problema do cliente (isto é, avaliando e alingindo um diagndstico) fazendo planos para resolvé-los , executi-lo, ¢ avaliar a efetividade do plano na resolugao dos problemas identificados. Com respeito a importincia da VP6sOE para © paciente, 13 (92,8%) das enfermeiras entrevistadas consideraram a VP6sOE relevante e uma delas (7,1%) a considera importante apenas para a enfermeira ¢ para a avaliagao da aplicagao do processo de enfermagem. Em sua maioria (42,8%), as respostas contém a afirmagio de que esta proporciona o acompanhamento © monito- rizagao da evolugao do paciente, Aparece ainda a possibilidade do esclarceimento de duvidas (21,4%). Avaliagao ¢ prevengao de complicagdes c/ou infecgdes, avaliagdo © especificagao de cuidados, controle de sinais vitais, apoio psicolégico ¢ conhecimento dos tipos de curativos também foram citados. Duas enfermeiras (14,2%) fizeram.referéncias a sistematizagao da assisténcia, uma delas (7,1%) considerando a VposOE como a Acta Paul, Br, ¥. 15, m4, out dez., 2002 47 BUENO, M. eta. conclusio destaporque fecha a assisténcia prestada © paciente - e consegue avaliar esse trabatho, dando a oportunidade dele dizer como se sente durante todo o processo ¢ outra (7,1%) referindo a possibilidade de melhora da qualidade da atuagao no intra-operatério. Diversos autores enumeram ¢ salientam as vantagens da aplicagio da VPésOE c da sistematizagao da assisténcia para o paciente, a exemplo de CASTELLANOS (1978), que afirma que esta & uma oportunidade a mais na interagio com 0 mesmo a fim de verificar se suas expectativas foram atingidas e buscar sugestdes para melhora no cuidado prestado no centro cirirgico; PADOVANI e cols. (1988) referindo-se & seguranga ¢ tratamento das necessidades afetadas do paciente cirdrgico, bem como 4 continuidade da assisténcia; e SANTOS; CABERLON (1981) atribuindo 4 VPOsOE a diminuigdo da despersonalizagao de pacientes, a promogio de rapida reouperagio ¢ diminuigo do tempo de hospitalizagdo e a diminuigao da ansiedade gerada pela internagio ¢ pela separagao de familiares. Em relag’o 4 importancia da VP4sOF. para o enfermeiro, todas as 14 (100%) enfermeiras julgaram 0 procedimento como essencial para a profissio. As afirmagdes mais freqientes relacionam a visita ao planejamento da assisténcia de enfermagem e a melhora na qualidade da evolugio e prescrigdo de enfermagem. Relata-se ainda a promogao de cuidados pertinentes a cada paciente, bem como avaliagio da assisténcia, detecgdo de falhas, proposigao de soluges, complementagio entre os periodos pré, trans e pés- operatérios, estreitamento da relagdo enfermeiro- paciente ¢ o atendimento de suas necessidades. De acordo com PADOVANI ¢ col. (1988), através da assisténcia no periodo pds-operatério & possivel “proporeionar um dominio crescente do conhecimento cientifico e da pratica especifica”, o que inelui o melhor planejamento e desenvol-vimento da assisténcia e das prescrigdes ¢ evolugdes de enfermagem, citados pelas enfermeiras entrevistadas. A VP6sOE permite ainda o aprimoramento da comunicagaio entre as diversas equipes que relacionam-se com um mesmo paciente, a participagiio no trabalho em equipe eamplia o papel do enfermeiro na execugiio de uma atividade t cientifica, permite a realizagio do diagnéstico de a ele - enfermagem e a elaboragdo de um plano de cuidados objetivo ao paciente (SANTOS; CABERLON, 1981). No que se refere a importineia da VP6sOE na assisténcia, afirmagdes como melhorar a assisténcia € seu planejamento estiveram presentes em nove (64,2%) relatos, Ha uma grande diversidade nas res- postas, dentre as quais pode-se citar conhecimento do estado geral do paciente, a realizagao de orien- tages necessdrias 4 internagio, a individua-lizagdo e avaliagio da assisténcia, bem comoa siste-matizagao da mesma, além da melhora de situagGes inerentes internagio, como a minimizagao da dor, o restabe- Jecimento das fungdes orgdnicas com maior rapidez e seguranga e diminuigao do periodo de internagao. ‘A importancia da VP6sOE para a assisténcia, segundo SANTOS; CABERLON (1981), esta na prestagao de cuidados de forma continua e, de acordo com CASTELLANOS (1978), os objetivos dos cuidados de enfermagem podem ser estabelecidos, uma vez que os problemas foram identificados ¢ as necessidades de cuidados avaliados: os objetivos dos cuidados determinaréio as ages de enfermagem que serdo implementadas. Percebe-se que as afirmagdes feitas pelas enfer- meiras entrevistadas ¢ pelos autores citados s40 muito semelhantes aquelas relacionadas & importincia da VPOsOE para o paciente ¢ para o enfermeiro. O questionario utilizado tornou-se repetitive © até mesmo redundante, uma vez que respondendo-se as questdes anteriores (referentes ao paciente e a0 enfer- meiro), a assisténcia seria, certamente, mencionada, Finalmente perguntou-se as enfermeiras a respeito da atribuicio da VpésOE, dentre as. respostas obtidas, oito (57,1%) atribuiram a visita aos profissionais que atuam nas unidades cirirgicas de internagao, trés (21,4%) ao enfermeiro do centro cinirgico e as demais estiveram assim distribuidas: um (7,1%) dos questionarios teve as opgdes enfermeiro do centro cirirgico ¢ enfermeiro da unidade cirdrgica assinaladas simultaneamente, em outro (7,1%) a enfermeira refere que todos os profissionais que estejam envolvidos devem proceder a visita e uma (7,1%) enfermeira deixou de responder a questo. Por ser um procedimento recente e nao aplicado nas instituigdes nacionais, a VP6sOE nio tem claramente definido o responsavel por sua realizacio. Para 48 Acta Pas Raf, v. 18,4 ole, 2002 SANTOS; CABERLON (1981) a VP6sOE é responsabilidade do enfermeiro do centro cirtrgico e sua nfo realizagdo no Brasil ocorre em virlude do escasso miimero de profissionais qualificados para tal tipo de atividade, da sobrecarga de atividades administrativas e gerenciais que mascaram a real fungao do enfermeiro, além do nao conhecimento da importancia, da metodologia ¢ dos resultados da visita, O que se tem claro é que as visitas pré e pos- operatérias devem ser realizadas pelo mesmo profissional e que um periodo de seu plantio deve ser destinado exclusivamente a realizagio destes procedimentos, Preferencialmente o enfermeiro do centro cirtirgico deve proceder as vistas, ja que ¢ este 0 profissional que pode acompanbar mais estreita ¢ facilmente os trés periodos do tratamento cirirgico. A seguir so apresentados os dados coletados referentes as informagdes obtidas sobre os 54 pacientes entrevistados, com base no instrumento proposto por NORONHA; ARAUJO (1998). O instrumento consta de quatro etapas, destinadas a informagSes gerais coletadas acerca do paciente (itens 1 a13, obtidos do prontuario), condigdes do paciente (itens 14 © 15), opiniae do paciente sobre a assisténcia no periodo perioperatério (item 18) c, por fim, as percepgdes do enfermeiro (itens 19 ¢ 20) Ao todo, 54 pacientes foram submetidos a entrevista oral, além de terem seus prontuarios analisados, sendo 31 (57,4%) do sexo masculino e 23 (42,5%) do sexo feminino, com idades variando entre 19 € 89 anos, com predominio da faixa etaria entre 60 e 69 anos. O conhecimento da idade & importante especialmente quando o ato cirtirgico envolve pacientes idosos, ja que os riscos em relagio a cirurgia © & anestesia sio mais elevados nestes pacientes, em fungo de alteragdes cardiovasculares, dificuldade na regulagio da volemia ¢ redugdo da rede capilar periférica, dificultando a termorregulagao corpérea ¢ reduzindo as trocas gasosas. Os niveis diminutos de agua no organismo diminuem a velocidade do metabolismo de drogas - especialmente anestésicos - pela redugiio do volume do figado e da excregdo de produtos residuais pelas células renais. também fundamental 0 cuidado na manipulago ¢ posicionamento do paciente idoso em fungao de sua fragilidade ossea (SMELTZER; BARE, 1998), ria de Enfermagem: aplicacéo de instrumento e apreciagao dos enfermeiros. Quanto ao estado civil, a grande maioria dos pacientes entrevistados (57,4%) era de casados. Sao predominantemente procedentes do Estado de Sio Paulo (94,4%), sendo ainda dois (3,7%) procedentes de Minas Gerais © um paciente (1,8%) do Parana Em relagio 4 ocupagio, 21 (38,8%) deles desenvolvem algum tipo de atividade remunerada 14 (25,9%) so aposentados - nimero razoavelmente baixo se comparado com a idade avangada da maior parte dos pacientes entrevistados. Foram visitados pacientes de diferentes especialidades cirargicas, sendo as mais freqiientes a gastrocnterologia cirirgica (27,7%), seguida da ortopedia (18,5%) © urologia (14,8%). Foram visitados também pacientes sob tratamento com as especialidades de: cabega e pescogo, cirurgia plastica, cirurgia toriciea, cirurgia vascular, neurocirurgia ¢ proctologia, Estavam no primeiro dia apés a cirurgia (1". pés-operatério) 41 (75,9%) dos pacientes, no 2”, dia 08 (14,8%) e apenas 05 (9,2%) no 3°, dia, o que pode ser indicativo da alta rotatividade de pacientes - em virtude do numero elevado de internagdes ¢ cirurgias didrias - ou ainda de recuperagio acelerada ou mesmo alta precoce. As intercorréncias anestésicas acometeram 11 (20,3%) pacientes, sendo a bradicardia © as extra- sistoles supra-ventriculares as mais freqiientes, tendo ocorrido em trés pacientes (sendo que um deles apresentow as duas alteragdes durante a cirurgia). Nao foram encontrados relatos de intercorréncias no ato cirargico. O conhecimento de intercorréncias anestésicas ou cirdrgicas é fundamental para o direcionamento da assisténcia no pés-operatorio, orientando cuidados de enfermagem ¢ auxiliando na prevengio ou detecco precoce de novas alteracies. Quanto as condigdes gerais do paciente, os itens de maior incidéncia foram os de pungao venosa, com 58 ocorréncias, seguido de drenos, com 30 marcacdes As pungdes excedem o numero de pacientes, uma vez que alguns deles mantinham mais de um acesso venoso, sendo considerada a (otalidade de acessos observados. As pungdes mais freqiientes foram as periféricas, utilizando-se cateter sobre agulha. Quinze (27,7%) pacientes apresentavam acesso venoso central, utilizando-se agulha sobre cateter- sendo trés cateteres simples e 12 cateteres de dupla-via, O acesso venoso & Acta Paul Enf, v.18, no ut/doe, 2002 49 BUENO, M. etal de extrema importincia em pacientes cirirgicos, possibilitando reposigo volémica ¢ eletrolitica necessdrias, além de permitira administragio mais eficaz € rpida de medicamentos. Além disso, a pungo venosa central faz-se necessaria para o controle preciso de volemia, especialmente para cirurgias de grande porte. IE fungao da enfermeira, a manutenedo do acesso venoso adequado, a prevengao de complicagdes relacionadas & pungao, como infeccao, flebite © tromboficbite, infiltragdo, hematoma, obstrugao do catéter ea observagaio cuidadosa durante a infusio de liquidos, especialmente drogas irritantes e vasoativas. Quanto as drenagens (35,5%), os mais freqitentes foram dreno por vacuo (13 drenos), seguido dopenrose (11 drenos). Foram observados também trés drenos tipo foley, dois toracicos ¢ um tubular, No pés-operatério, os drenos utilizados tm como fungao a liberagao de fluidos (sangue, linfa, seeregdes pancredticas ou intestinais, bile, pus ¢ até mesmo tecido neerético) que podem acumular-se em cavidades organicas e, por manterem a ferida cirargica aberta, podem ser considerados vias de entrada de microorganismos patogénicos, responsaveis por infecgdes (SMETZER; BARE, 1998). Para o enfermeiro é necessirio conhecer 0s tipos de drenos implantados no paciente ¢ sua finalidade, bem como as caracteristicas da secregao (cor, consisténcia, volume, cheiro) e a permeabilidade eficiéncia da drenagem (BEYERS; DUDAS, 1977). tipo de curativo ea integridade cutdnea local, também devem ser observados, coma finalidade de se detectar sinais de infeegdo ou sangramento, lesdes cuténes provocadas pela propria secregao (especialmente as secregies infectadas). Foram assinalados ainda edema e formigamento de membros inferiores, comprometimento de perfusiio periffrica, sondas naso-gastricas e vesicais, embora em proporgdes bastante diminutas. Cada um dos itens apresentados no quadro requer intervengdes cspecificas. Através da realizagio da VPésOE, 0 levantamento de problemas e necessidades do paciente acontecem precocemente ¢ solugdes podem ser propostas de modo mais eficaz e individualizado. Do total de pacientes entrevistados, quarenta (74%) apresentavam curativos oclusivos no local da intervengdo. Outros 12 (22,2%) apresentavama ineisao isenta de qualquer tipo de oclusio e dois (3,7%) nao apresentavam incisdes, desnecessarias nas cirurgias 4s quais foram submetidos (ressecg%o trans-uretral de prostata e fistulectomia anal). A enfermeira, cabe observar regularmente a ferida c detectar quaisquer alteracdes, como infecgaio por exemplo, atendo-se ao aspecto da incisdo, coloragao da pele, hipertermia local, dor ¢ drenagem de secregdes, por drenos ou pela propria incisio (BEYERS; DUDAS, 1977). Cabe ainda avaliar anecessidade de manter-se ou nao um curative oclusivo. A retirada do curativo, se a incisdo apresenta-se limpa c seca, isenta de sinais de infeceao, fistulas ou deiscéncia pode ser feita entre as primeiras 24 c 48 horas do pos- operatorio (LEWIS e cols, 1996). No local da ineisio foi observado também a presenga de sccregao, tanto na propria ferida, quanto nos drenos alocados nas regides operadas. Apresentaram algum tipo de secregao 21 (38,8%) pacientes, sendo as mais freqiientes secregio serosanguinolenta (38%) e secrecdo sanguinolenta (33,3%). Observou-se também secrecao serosa (19%), purulenta (4,7%) ¢ biliosa (4,7%). A presenga de secregaes na ferida cirdrgica ou nos drenos a ela anexados ¢ esperada e até mesmo caracteristica a cada tipo de intervengao (LEWIS ¢ cols, 1996); 0 enfermeiro deve estar atento as caracteristicas de secregdes eliminadas por drenagem, além de observar a presenga de secregdcs na propria incisio - a fim de detectar infecgo, sangramento, fistulas. Quanto a0 aspecto da ferida, este foi observado apenas nos pacientes cuja incisio nao estava coberta com curativo, todos os doze (100%) sugeriam processo cicatricial © apenas uma apresentava hiperemia (8,3%). Do total de pacientes entrevistados, 36 (66,6%) queixaram-se de dor no local da cirurgia, sendo que destes, trés mantinham catéter peridural. A dor é um evento comum no pos-operatorio, especialmente se © paciente nao obteve preparo suficiente durante 0 pré-operatorio. Para SMETZER; BARE (1998), 0 grau e a gravidade da dor dopendem de fatores como Oo perfil psicoldgico ¢ fisiologico da pessoa, o nivel de tolerancia da dor, o local e 0 tipo de intervengio, bem como sua extensio, tipo de agente anestésico e sua forma de administragao e a dor intensa estinnula resposta ag estresse, afetando principalmente os sistemas cardiaco e imunitério. A administragio de medicamentos, muitas vezes, & imprescindivel, mas deve ser precedida de medidas que podem ser bastante eficientes no controle 50 Acta Paul. Bn, v.18, a4 euuidee, 2002 Visita pés-operatéria de Enfermagem: aplicacao de instrumento e apreciagao dos enfermeiros. © diminuigao da dor, como promover conforto no leito (mudanga periddica de decuibito, utilizagao de coxins e travessciros), estimulara movimentagao ea deambulagdo precoce (BEYERS; DUDAS, 1977; SMELTZER; BARE, 1998), Asalteragdes de grandes sistemas acometeram 22 (40,7%) pacientes, dentre as quais alteragdes cardiorrespiratérias foram as mais freqiientes e acometeram 16 (29,6%) dos pacientes entrevistados, estando presente em 11(20,3%) pacientes a diminuigao da expansibilidade da caixa tordcica em fungdo da dor. Observou-se ainda dispnéia, tosse produtiva ¢ dor em vias aéreas superiores. Tais alterages sao bastante diversas ¢ incluem hipoxemia, atelectasia, bronquite, pneumonia, sendo mais freqtientes cm cirurgias abdominais, especialmente aquelas proximas ao diafragma (SMELTZER; BARE, 1998). A manutengio das vias aéreas pérveas é fundamental para a recuperagio do paciente e medidas como a mudanga de deciibito, que promove a tosse e a expectoracdo, ea deambulagao precoce so bastante pertinentes & manutengao de uma boa funcao respiratéria € & prevengiio de trombose venosa ¢ embolia, Alteragées cardiovasculares ndo foram observadas entre os pacientes. Das alteragdes gastrintestinais, a dnica observacdo feita foi a constipagao intestinal, em Urés (13,6%) pacientes. Em virtude de traumas ou irritagdo resultantes da cirurgia, a peristalse pode permanecer inibida por alguns dias, devendo relomar posteriormente pelo efeito da deambulago precoce, dicta € laxativos, se necessirio (SMELTZER; BARE, 1998). No sistema geniturinario, observou-se incontinéncia (4,5%), retengao urindria (4,5%) e hematiria (4,5%). A incontinéneia provavelmente caracteriza oescape de retengdo, a perda freqiiente de pequenas quantidades de urina, embora a bexiga permanega superdistendida (BEYERS; DUDAS, 1977, SMELTZER; BARE, 1998). A retengao urinaria, para BEYERS; DUDAS (1997), pode ser resultante do efeito de drogas anestésicas, dor, tensio e medo, cabendo a enfermeira a identificagao da retengao através da palpacdo da bexiga. Posicionar o paciente de maneira semelhante 4 utilizada por ele normalmente, abrir torneiras a fim de proporcionar sons de égua cortente, colocar compressas mornas no perineo do paciente ou ainda estimular ingesta de liquidos para favorecera micgio (LEWIS ecols., 1996). A hematiiria pode ocorrer em fungao de traumatismos de cateterizagao vesical, coagulopatias e até mesmo de tumores (SMELTZER; BARE, 1998), sendo importante quantificar o sanguc presente na urina eo tempo pelo qual este sinal permanece para que se identifique a causa etrate-a da maneira correta, Os 54 (100%) pacientes referiram nao terem sido informados acerca da cirurgia por qualquer profissional da enfermagem. Também percebeu-se dificuldades na distingao entre enfermeiros, téenicos e auxiliares de enfermagem por parte do paciente, tanto pela diversidade de profissionais atuantes quanto pela falta de conhecimeato acer: as diferentes fungdes. Em virtude da nao realiza operatéria de enfermagem na institui¢ao onde desenvolveu-se « pesquisa, a questio referente a dis nuigo do stress em fungo da visita nio foi aplicada, Jd que perderia seu objetivo. Quanto & assisténcia pre tada no periodo perioperatério, os pacientes referiram bons cuidados durante as trés fases da internacao. CONSIDERACOES FINAIS E SUGESTOES A parlir dos dados obtidos e de sua anilise, percebe-se que as enfermeiras entrevistadas detém bom entendimento acerca da VP6sOE c de sua impor- tincia para o paciente, para a profissional ¢ para a assisténcia por esta prestada, Todas fizeram afirma- des pertinentes acerca da visita, que relacionam-s diretamente a conceitos emitidos pelos diversos autores citados ao longo do trabalho, Portanto, para as enfermeiras entrevistadas, embora nfo empreguem © procedimento, a VP6sOE consiste numa forma de melhorar tanto a assisténcia quanto o trabalho do profissional, além de trazer iniimeros beneficios ao paciente, dentre os quais destacam-se 0 restabele- cimento precoce, a diminuicao da ansiedade ¢ a redugio do periodo de internagio Em relacao ao instrumento, este pode ser considcrado completo ede ficil aplicabilidade. Os dados apresentam-se distribuidos de maneira ordenada, facilitando.o preenchimento pela enfermeira¢orientando- 4 quanto aos pontos importantes que devem ser considerados. Ainda é possivel, através do instrumento, realizar-se breve avaliagio a respeito da assisténcia de ‘Acta Paul. Ent, v.15, n4, onder, 2002 51 BUENO, Metal enfermagem ¢ de sua sistematizagio, especialmente quando o paciente opina em relagdo aos cuidados a ele dispensados durante os trés periodos. No entanto, algumas sugestes podem ser consideradas, como especificadasa seguir, Acredita-se que seria importante reservar na ficha ‘um espago para o registro dos dados vitais do paci- ente, possibilitando o acompanhamento ea detecgaio de variagdcs excessivas durante o periodo de interagio. No item 15, referente a Condigdes Gerais do Paciente sugere-se eliminar a colunando, o que facilitaria © preenchimento do quadro, ja que esta coluna nao parece necessiria, Deverdo ser assinalados apenas as alteragdes presentes, mantendo-sc a localizagio (cabega, tronco ¢ membros) ¢ especificando-se cada deles quando necessério, Ainda no item 15, mostra-se necessaria a inclusdo de uma linha para opeio deoutros, uma vez.que alguns dos itens observados nos pacientes no apareciam no instrumento, como a presenga de ccatéter peridural, BUENO, M. et al. [Nursing postoperative visit: an instrument aplication and nurse's appreciation]. Acta Paul. Enf., So Paulo, v. 15, np. 45:64, 2002. ABSTRACT: After surgical intervention the patient goes through three phases of the perioperative period. One of these phases Is the postoperative period which begins when the patient leaves the operating room. This period requires specific, qualified continuous nursing care as well as nursing postoperative visits (NPV), which are extremely important for the patient's recovery as they cater to his specific needs. The nursing postoperative visit. provides the nurse with a wide dynamic vision of the situation and the ability to apply scientific and technical concepts as well as systematized care. This study has the following objectives: to find out the relevance and meaning that the NPV has for nurses; test the instrument proposed by NORONHA; ARAUJO (1988); submit proposals for implanting NPV. An interview was held concerning PNV with fourteen nurses and fifty four patients in the postoperative stage, at a university hospital in the State of S40 Paulo. The nurses felt it was important as it systematized and improved the quality of nursing care. Regarding the patients, the results helped to elaborate individualized nursing care which catered to the patient's specific problems. Another great advantage of this instrument is its simpli 'y, completeness and easy applicability DESCRIPTORS: Nursing care. Postoperative period. Nursing. Comunication. BUENO, M. et al. [Visita postoperatoria de enfermeria: aplicacién de un instrumento y apreciacién de los enfermeros]. Acta Paul. Enf., Sao Paulo, v. 15, n.4, p. 45-54, 2002 RESUMEN: EI paciente que pasa por una intervencién quirurgica vive el periodo perioperatério, compuesto por tras fases entre as cuais esta el periodo postoperatorio, que tiene inicio cuando el paciente deja la sala de operaciones. Esta fase solicita asistencia de enfermeria especifica, continua e cualficada y inclul el VPésOE, que es de extrema importancia para la recuperacién del paciente y atencién de suyas necesidades, y para la enfermera, una vez que requer vision amplia y dinamica de ia situaci6n, aplicacion de conceptos técnico-cintetificos y de asistencia sistematizada. El presente trabajo pretende estudiar el entendimiento y la importancia que los enfermeros airibuen a VP6sOE, comprobar al instrumento propuesto por NORONHA; ARAUJO (1998) y offecer propuestas de implanta én da VPOsOE y de asistencia el paciente quirdrgico. Fueron entrevistados 14 enformeras y 54 pacientes en le periodo postoperaterio, en un hospital universitario el estado de S40 Paulo. A VP6sOE fue considerada importante por las enfermeras, siendo frecuentemente relacionada a sistematizacién de asistencia de enfermeria y a asistencia mejor cualificada. Cuanto a los pacientes, los resultados permiten la elaboracién de prescripcién de enfermeria individvalizada y apuntada suyos problomas especificos, bien como concluir que el instrumento es simple, de facil aplicacion y completo, DESCRIPTORES: Atencién de enfermeria. Periode postoperatorio. Enfermeria. ‘Comunicacién. 52 ‘Acta Paul, Ent, «15,04, out, 2002 Visita pés-operatéria de Enfermagem: aplicacao de instrumento e apraciagao dos enfermeiros. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BELAND, | aspectos fisio-patologi EDUSP, 1979.v3 PASSOS, J.Y. Enfermagem clinica: e psicossociais. Sao Paulo: EPU/ BEYERS, M.; DUDAS, S, al practice of medical- surgical nursing. Boston: Little, Brown, p.97-105, 1977. CASTELLANOS, B.E.P. Aplicagdo do processo de cenfermagem ao cuidado do paciente na unidade de centro cittirgico. Rev. Ese. Enf. USP, v.12, n.3, p.170-186, 1978, JORGETTO, G.V.; NORONHA, R.; ARAUIO, LEM, Visita pré-operatéria de enfermagem: avaliagao dos enfermeiras © aplicagdo de um instrumento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM, 48., Sao Paulo, 1996, Livro Resuma. Sao Paulo, 1996, p.384, NORONHA, R.; ARAUJO, LEM. Visita pés-operatéria de enfermagem: proposta de um instrumento, Acta Paul Enf, WAL, 1.3, p.70-78, setidez, 1998, PADOVANI, P. et al. Ficha de recuperagio unestésica (avatiagio dos dados oferccides para o planejamento da assisténcia de enfermagem no pés-operatorio imediato). Enfoque, v.16, 0.2, p.45-48, 1988. SANTOS, E.S.; CABERLONLI. C. Visita pré ¢ pos operatéria aos pacientes. Enfoque, v.9, 0.6, p.4l-45, 1981 SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth tratado de enfermagem médico cirdrgica, Sed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. v.2, p.312; p.340-369, ZAGO, M.M.F. Consideragdex sobre 0 ensino do paciente ciriigico. Rey. Ese. Enf. USP, v.27, n,1, 67-71, 1993, ANEXOI APRECIACAO DO ENFERMEIRO ACERCA DA VISITA POS-OPERATORIA DE ENFERMAGEM Sobre o(a) entrevistado(a) Idade: Tempo de Formagio: Ocupa Cargo de Chefi Fez ou faz curso de especializa Csi, 0? ( NAO Sexo: (.)M Tempo de trabalho ee a Unidade: ( ) NAO (SIM Qual? ... O que vooé entende por Visita Pos-Operatoria de Enfermagem? Vocé acha important ( ) Por qué? Vocé acha importante a visita p6s-operatoria para a assisténcia de enfermagem ( ) SIM; ( ) Por que? Qual enfermeiro(a) deve proceder a VP6sOE’ () Enfermeiro do Centro Cirirgico (_) Enfermeiro da Unidade Cirargica () Outro, Qual? Especificar: .... | 53 Acta Paul. Ruf. 15, n4, out/Jee, 2002 BUENO, M. etal ANEXO IL VISITA POS-OPERATORIA DE ENFERMAGEM [7 Nome: 2. Idade: 3.Sexo; 4, Registro: 5. Estado Ovi ©, Procedéndia: 7, Especiaidade: 8, Unid. Internagao 9. Ccupagao’ 70. Data da Cirurgia: 11, Cirurgia Realizada a 12PO) 13. ntercorréncia no ato anestésico/cirargico, Ndo L] Sim L) - Especifique: a 14. Nivel de consciéneia: Inconsciente [] Consciente[]_Comunicativo[] Outro (J Especificar: 15. CONDIGOES GERAIS. ‘CABEGA | TRONCO | MEMBROS | ESPECIFICAR (LOCAL, TIPO, TAMANHO ETC.) DO PACIENTE NAO] sim | NAO] sim [NAO] SIM FEdema [. Hematomalequimnose : t [ Lesoes de pele : [+ Secregées. [-Higione [Dor [- Queimadura [- Infecgao 1 |- Parestesias/paralisia 7 | Perfusio [ Alteragao de movimentos | Pungo venosa | Sondas [-Drenos 6. Inciso Girargica 7 Curative: Aberto L]. Fechade [] _ Secregio: Nao L] Sm L]- Especificar. = Dor: Nao] Sim) + Caracteristicas: Cicatrizacao CL) Hiperemia (L) = Deiscencia [-] 7. Aleracées 7 rane + Cardiorrespratora Nao] Sim [)- Especicar: + Gastrintestinal: ‘Nao [Sim F)- Especificar: + Genilurinatio: Nao LE] _ Sim LJ Espectficar: [18. Opinido do paciente: __ A visita Pré-Operatbroria de Enfermagem - VPraOE fomeceu « Infomagbes! Sim L] Nao] - Especificar: | *A Vpré0€ contrbuiu para diminuiro estress: No [] Sim [] _Néo sei] ~A assisténcia pré-operatéria foi: * Boa] Regular [] Ma[] - Especificar se necessério: ‘A Asssténcia trans-operatévia fol» Boa L] Regular [] Ma] - Especticar se necessaro “A assistincia pos-operatoria fo: » Boa] Regular (] Ma] - Especiicar se nocessaro: Ouvas: Especifcar: _— 1 Percapgies do enorme 20. Odsorvagées do enformeiro: Data: Assinatura: COREN: 54 A a Paul Ent, ¥, 15,14, ute, 2002

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