You are on page 1of 65
Introducao.. Wer freunde Sprachen nicht kenit, weiss nichts, von. seiner eigenen. Apprendre une langue, c'est vivre de noveau. © interesse’por aprender latim pode aumentar corisideravelmente mesmo .com um conhecimento limitado de alguns detalhes tais como sistematizados nesta introdugio. Os parégrafos sobre a posigqo ‘da-lingua latina na hist6ria linguistica fomece-Ihe alguma perspeétiva fo apenas para (9 latim, mas também para o portugués. O breve resumo da titeratura latina introduz os autores de cujas obras provem as Sententiae Antiguae e os Loct Antiqui deste livro; e mesmo este resumo abreviado oferece uma perspectiva. literdria que o estudante pode nunca achar em outro lugar. © mesmo vale com relagio a0 alfabeto; e, claro, nénhuma introdugio pode ser completa sem estabelecer dos sons que as letras representam. A POSICAO DA LINGUA LATINA NA LINGUISTICA HISTORICA ‘Ao falar as:palavras “eu”, “me”, “6”, “mie”, “irmao”, “dez”, voce esta dizendo palayras que, de umia forma ou de outra; homens e mulheres da Europa.e da Asia tem utilizado ha milhares de anos.|Se suas escritas prontincias mudaram de.alguma maneira através do témpo ¢ do espaco, pouco importa; o que toca a imaginagao ¢ 0 fato de que os elementos basicos destes simbolos do pensamento humano tem tido vitalidade para atravessar tantos tempos ¢ lugares até este momento, neste continente novo. O ponto & demonstrado nesta tabela consideravelmente abreviada ¢ simplificada a seguir': Alguns elemeiitos foram omitidos’ desta tabela por no serem’ imediatamente necessfrios. As palavras na tabela sio apenas algumas de muitas outras que podem ter ciiadas. Portugués ‘en me 4: mie irmto__der i me is mother brother ten abam "ma asti mater-bhratar aga ego. me esti meter —phratér’ deka ego me est mater fidter_ — decerm ic mé is médor . brothor tien Irlandés mé is mathir—bréthir — deich Antigo” ‘Lituano® a mané esti moté —_broterélis_desimtis Russo’ ja menja jest” mat”—-_ brat.“ desjat” Tratando-se especificamente da origem de nossa lingua, ainda no século TI a.C. ocorreu a implantago do latim na Peninsula Ibérica, em razio do assentamento de tropas de Anibal Baréa e da revanche romana ‘na ‘Segunda Guerra Pinica. Depois da vitéria, os romanos ocuparam a regifio ¢ a dividiram em trés centros adininistratives: a Bética (ao sul), a Hispania. Tarraconense (no centro-norte) € a Lusiténia (a oeste). Pouco a pouco, 0. latim se sobrepés is linguas nativas, possivelmente vinculadas aos celtas (dat serem denominadas linguas celtiberas), das quais resia até nossos dias somente 0 basco (falado “no territério basco, na Espanha). No final do Império Romano, falava-se ali um latim evoluido, especialmente pelos suevos (habitantes a norte do Tejo) e pelos visigodos (que habitavam o resto da peninsula), o qual, pouco tempo depois, quando ocorreram-as invasdes rabes, diversificou-se na fala das populagses mogarabicas e se distanciou de suas origens. Com o avango dos cristéos do norte sobre os arabes, a0 sul da Peninsula, percebe-se uma nova fase linglistica, o chamado romango, € por fim a ftagmentago em linguas diferentes, muito.por conta da fragmentagao politica: os reinos d& Ledo’ e-Castela adotaram o castelhano; 0 condado de Barcelona, ao sul, o cataléo; a Galiza, mais ao norte, o galego; Portugal, na zona Atlantica, 0 portugués®, > A lingua dos escritos sagrados da india Antiga, parent das moderas Kngas indo-curopéias da india. > Embora cognata de outras palavras nesta coluna, 6 temo phrater significa, em 1090 clissico, membro de wine * Como um exemplo de lingua germinica; as outras so 0 goico, alemso,holandés, Como umm exemplo de lingua céltica; as outes sSo 0 galEs, bretZo, gaélico. O termo mé do ilandés anti, presente na tabela,esténo atal caso nominativo, equvalente “eu no significado eno uso, mas “mé™, na forma. © Como um exemplo do grupo de linguas bélticas; as outas si0 0 letonés e antigo prassiang. * Como um exemple’ do grupo de linguas eslvas; as oitras $40 0 polonés, o Ditgar, o tehes9, 0 eslovaco,o esloveno,o servé-croata. "CAMARA JUNIOR, J. Mattoso. Histériae esiratura'da lingua portuguesa, 1915, p.1720, mM Vocé: pode perceber’a partir da coluna de palavras acima que as linguas listadas esto relacionadas’. E que, 4 excégdo da iltima derivagao.do inglés a partir. do anglo-saxo, nenhuma destas linguas deriva de outra na lista. Ao contrario, elas se remetem, através de estégios intermedidrios, @ um ancestral comum, que est. agora: perdido mas que pode ser.provado nas evidéncias das linguas que sobreviveram. Tais linguas s4o chamadas pelos filélogos de “cognatas” (termo latino para “relacionadas”, ou, literalmente, “nascidas juntas”, i.¢., do mesmo ancestral). O norne mais comum dado a este ancestral atualmente perdido de todas estas linguas “relacionadas” ov cognatas € indo-europeu, porque suas descendentes so encontradas tanto.na india quanto perto dela (sanscrito, iraniano) e mesmo na Europa (grego, lati e as linguas eslavas, germanicas, célticas ¢ balticas)'°. As mais antigas destas linguas, com base em documentos nelas escritos, so o.s4nscrito, 0 irdniano, o grego € 0 latim, ¢ estes documentos remontam a centenas de anos antes de Cristo. A ‘diferenga entre Iinguas derivadas (de rafzes que significam “fluir pela corrente’ de uma fonte”) € linguas cognatas pode ser mais claramente demonstrada peta relagdo das linguas romanicas com o latim ¢ entre si. A -partir aqui estamos nos dominios de uma histéria registrada e se pode pereeber que; com-a conquista politica romana de territérios como Gélia (Franca), Espanha ¢ Dacia (Roménia), ocorreu também uma conquista lingiistica romana. Distante deste antigo latim vitorioso, como era falado pelo povo (tulgus), € por isso chamado de Jatim vulgar, nasceram as linguas romanicas, como 0 portugués, o espanhol, o francés, 0 romeno ¢, naturalmente, o ‘italiano. Consequentemente, podemos dizer que 0 italiano, 0 francés € 0 espanhol de fato sio derivades do latim e cognatas entre si. matriz linguas romAnicas cognatas/derivadas Jatim italiano espanhol___ francés portugues amicus amico amigo ami ‘amigo liber libro libro livre liveo tempus tempo tiempo temps tempo manus mano mano iain: mo bucca + bocca boca bouche boca"! caballus’ cavallo caballo cheval cavalo”? filius figlio hijo fils filho ille il sed (ley? ele ° Esta. grande familia de linguas mostra relacio também no que diz. respeito as inflexses, mas ndo se pretende demonstrar isto neste momento. Uma lingua flexionada & aquela erp que substantivos, pronomes, adjetivos e verbos possuem terminagées varidveis pelas quais pode ser indicada a relagéo entre uma palavra e outra ha oragio. Em particular, perceba que-o anglo-saxso. como o latin, era uma lingua flexionada, mas que 0 inglés, seu descendent, perdeu moitas de suas flexdes. "© Note que muitas linguas (eg. as linguas semiticas, o esipcio, © basco, o chines, as linguas naivas da Aca e das Américas) esti exctuidas da fomiliaindo-européia. "YO termo no latim eléssico para a palavra boca & 6s, ars. " O terino no latim cléssico para a palavra cavalo é equus, i. Vv illa ta la la ela fgiateee nt hati cuatro quatre quatro bonus buono bueno bon: bom “bene bene bien bien bem facere fare hacer faire fazer dicere dire decir dire dizer legere leggere leer lite fer De fato, aqui voeé pode perceber uma das raz6es para’enriquecer 0 seu vocabulario, e quanto mais vocé estudar a lingua latina mais certamente pereeberd corno'nossa lingua é limitada sem 0 conhecimento daquela. Apesar da brevidade deste resumo, voc8 pode compreendet a posigao geral do latim na histéria linglistica européia e algo sobre sua importancia ininterrupta que tem para nés, no século XX]. E uma lingua cognata'* de miuitas e matriz de outras. Pode até ser chamada de nosso pai adotivo, UM BREVE RESUMO DA LITERATURA LATINA Como neste livro inteiro “Vocé leré sentengas ¢ longas’ passagens extraidas da literatura latina, segue abaixo um breve resumo para mostrar tanto a natureza quanio a extensio desta grande literatura. Vocé encontraré a seguir divisdes grandes ¢ féceis de se ter mente, embora o cuidado comum conta 0 dogmatismo no que conceme aos nomes ¢ datas dos periodos certamente pode ser percebido: . I. Periodo Arcaico (até ca. 80 a.C.) U. —_ Brade Ouro (80 a.C. ~14d.C,) A. Periodo Ciceroniano (80-43 a.C.) B. Periodo Augustano (43 a.C.~144.C.) TM, — Brade Prata (14 d.C, ~138 4.C.) WV. _ Periodo Patristico (final séc. Il a séc. V d.C.) V. "Periodo Medieval (séc. VI a XIV d.€.) VI.“ Renascenga (ca. Sée. XV) A atualidade. PERIODO ARCAICO (ATE ca. 80 .C.) © apogen da civilizagio grega, inctuindo o grande desenvalvimento de sua magnifica literatura e arte, foi aleangado nos séculos Ve IV a.C. Em comparagdo, Roma teve pouco a oferecer durante este periodo. Nossa evidéncia fragmentar mostra, apenas um rude metro acentual nativo chamado saturnino, algumas cenas cdmicas, ¢ uma:rude prosa pritica para registros e, discursos. Derivado de ille; mas no Gognato atual de i! eel Perceba com atengio que o latim é simplesmente cognato do grego, nfo derivado, v _ No século Tif d.C.; no entanto, a expanstio do poder romano levou-os a entrar em contato com a civilizagdo grega. De alguma forma, os romanos, fissurados em termos politicos € legais, ficaram fascinados por aquilo que encontraram, e Os escritores que existiam entre eles foram a escola aprender literatura grega...A partir deste momeinto, os géneros literdrios gregos, os metros, ‘as téciticas retdricas, assuntos’e idéias tiveram uma tremenda ¢ continua influéncia sobre. a literatura romana, mesmo desenvolvendo caréter proprio e originalidade de diversas maneiras: De fato, os proprios romanos ndo hesitam em admitir isso. Embora os romanos agora compusessem poemas épicos, tragédias, sdtiras e discursos, ‘os maiores extratos’ de obras desté periodo de aprendizagem dos modelos gregos sto as comédias de Plauto (ca. 254-184 a.C.) e Teréncio (185-159, a.C.). Estas comédias eram baseadas no modelo grego da comédia nova, comédia de costumes, de que se fazem excelentes Jeituras atualimente. De fato, um grande nimero destas obras influenciou escritores modernos; os Menaechini de Plauto, por exeniplo, inspiraram A Comédia dos erros, de Shakespeare. ERA DE OURO (80 a.C.—14 dC) Durante 0 séoulo I a.C. os eseritores romanos atingiram 6 auge da qualidade e fizeram a literatura latina uma das melhores do mundo, particularmente famosa por sua beleza, forma disciplinada, a que denominamos .cldssica, bem como por’ sua real substancia. Se Luere reclamava da pobreza do vocabulario latino, Cicero moldou tanto o vocabulério e o uso geral do latim, que se tornou o suprassumo linguistico por mais de tree séculos. O PERIODO CICERONIANO (80-43 a.C.). As obras literarias do Periodo Ciceroniano foram realizadas durante os iiltimos anos da Repiblica romana, Este foi um periodo de guerras civis ¢ de ditadores, da forga militar ‘contra 0 direito constitucional, de.interesses proprios, de brilhante pornpa € _poder, de devassidao moral e religiosa. Os autores mais representativos para este livro que vocé tem em maos sio: Lucretius (Titus Licrétius Carus, ca. 98-55 a.C.): autor do Dé Rérum Natiiré, un importante pocma didatico sobre’a felicidade adquirida por meic da filosofia epicurista.” Esta filosofia era baseada no prazer'® e foi solidificada por uma teoria atémica que fez do. Universo um seino de lei natural, nfo divina, € que, portanto, eliminou 0 medo dos deuses e da tirania darreligido, que Lucrécio acteditava ter escurecido a felicidade humana, Catullus (Gaius Valerius Catullus, ca. 84-54 a.C.)- poeta lirico do Norte da Itélia, jovem provincial intenso ¢ impressionante, qué caiu totalmente ‘sob 0 Feitigo da sofisticada aristocrata Lésbia (um pseudénimo '5 Veja abaixo Periodo Medieval e Renascenga "© No enfanto, o que significa somente “comer, beber © ser feliz” & uma Interpretagio incorreta. VI para seu real nome; Clodia), mas que finalmente escapou amargamente desiludido; mais de 100 poemas'seiis sobreviveram. Cicero (Marcus Tullius Cice’6, 106-43 a.C.): 0 maior orador romano, cuja clogtiéncia evitou a conspiracio do corrompido aristocrata Catilina’’; em 63 aC., €, 20 anos depois, custou-lhe a prépria vida: na sua oposigio patriética as politicas ‘autoritdrias de Ant6nio;-admirado também como autoridade da retérica romana, como-intérpréte da filosofia grega para os romanos, como ensaista sobre a amizade (Dé amicitia) e sobre a velhice (DE senectiite),, e, num estilo menos formal, como escritor de cartas confidenciais. A vasta contribuiggo de Cieero para a propria lingua latina jé foi mencionada.. Caesar (Gaitis Wlius Caesar, 102 ou 101-44 a.C.): orador, polltico, general, estadista, dictator, escritor; conhecido por suas memérias militares, Bellum Gallicum ¢ Bellum ciuile. Museo Archeologico Nazionale, Népoles, Italia. ” Ver as notas introdutorias @ “Ci econfissio”, cp. 30, 270 denuncta Catilina”, no cap. 11, ¢ “Evidéncia Vil . Nepos (Comélius Nepis, 99-24 a.C.): amigo de Catulo e César, & escritor de biografias notéveis mais por seu estilo relativamente’ facil e popula® do que pela geandeza como documentos histéricos. Publilius Syrus (fl. 43 a.C.): uri eseravo que foi levado para Roma'e se tormou famoso por seus mimos, que hoje. so representados apenas por uma colegao de ditados epigraméticos PERIODO AUGUSTANO (43 a.C. — 14 d.C.). O primeiro imperador romano deu seu nome a este periodo. Augusto quis corrigir os males do tempo, estabelecer-a ‘paz civil por um governo estével e obter 0 apoio romano para seu novo regime. Com isto, em’ mente, ele € seu primeiro- ministro nao oficial, Mecenas, buscaram estabelecer uma literatura'a servico do Estado. Sob seu’ patronato, Virgilio e Hordcio. tornaram-se 9 que chamamos poetas laureados. Alguns criticos modemnos sentem que este fato viciou os nobres sentimentos desses poetas; outros veem em Horécio um espftito de independéncia e dé preocupacdo moral geituina, e afirmam que Virgilio, por meio de seu herdi épico Enéias, no apenas esté glorificando Augosto, mas est sugerindo ao imperador o que se espera dele como chefe de Estado" Virgilio (Publ 9, 70-19 a.C.): de origem humilde, do Norte da itélia, amante da, natureza, simpitico estudante profundamente dedicado ao génerohumano, epicurista “é mistico, dutccritico severo & perfeccionista, arquiteto lingiiistico ¢ literdrio, “senor da linguagem”; famoso como escrifor de versos pastorais (as Eclogas) e um belo poema diditico sobre & vida campestre (as Gedrgicas); mais conhecido como autor fle um-dos maiores poemas épicos da humanidade””, a Eneida, 0 épico nacional com propésites ulteriores, para ser mais preciso, mas também com amplo apelo universal e hymano para fazé-lo poderoso durante vinte’e um, séculos de leitura Hordcio (Quiiitus Horatius Flaccus, 65-8 a.C.): filho de um liberto que, agradecido 2 visio do pai e as suas préprias qualidades, atingiu o maximo de um poeta laureado; autorde satiras geniais ¢ autorreveladoras, de tuma lirica soberba, tanto leve quanto séria, compositor meticuloso famoso por efeitos de’ sua elaboracio lingilistica (ciridsa felicitas, curiosa icidade), sintetizador do ditado epicurista carpe diem (colhe o dia) ¢ da uirtus (virtude); pregador e praticante da aurea mediocritas (urea medida). Tito Livio (Titus Liuius,-59 a.C. ~"17 d.C.): amigo de Augusto, mas admirador da repiblica e das antigas virtudes, autor de uma Histéria de Roma monumental e quase épica, retratou o melhor que julgou'de cardter romano. ** Ver, por exemplo, E. K: Rand, The builders of Bternal Rome (Harvard Univ. Press, 1943). . é "A Eneida € senipre associada a Miada-e i Odisséia, de Homero, a qual deve ‘muita coisa, e'com a Divina Comédia, de Dante, 0 Paraiso Perdido, de Milton, e 2 mais importante epopéia.cristi, Os Lusiadas, de Carn6es, que devem muito a ela. 3 vur Propércio (Sextus Propertius, ca. 50 a.C.°— ca. 2 aC): autor de quatro livros de elegias romanticas, muito admiradas por Ovidio. Ovidio (Pablius Ovidius Nas6, 43 a.C. ~ 17 d.C); autor de muitos poemas amorosos' que no estavam totalmente adaptadas aos planos de Augusto; tviais. conhecido atualmente por um longo e inteligente poema sobre mitologia, em hexémetros, as Metamorphoses, que proveu os poetas subseqiientes de'um tesouro. ‘Era de Prata (14 d.C.— 138 a. ) Na‘Bra de Prata, existe uma-escrita excelente, mas ha também, freqiientementé, artificialidades e conceitualismos, uma fascinagio por efeitos © uma paixdo ‘por epigramas, caracteristicas que frequentemente. indicam um senso literario menos preciso ¢ poderoso, desde a tradicional, frequentemente’ exagerada, distingéo entre a Era de Ouro ¢ de Prata. Os temperamentos de no poucos imperadores também exerciam uma limitagao ou-efeito negativo na literatura do periodo. Seneca (Licius Annaeus Seneca, 4 a.C. ~ 65°d.C.): filésofo estéico espanhol, tutor de Nero,,autor dos nobres ensaios morais do espirito estéico, de tragédias (as quais, afetadas por muita retérica-e tmuitos conceitos, tem considerdvel importincia no drama barroco europen) e da Apokolocimésis (A abobreose”), brilhantemente sagaz, aS vezes crucl, sétira menipégia da morte € deificaco do imperador Claudio. Petrénio (exata identidade e datas incertas, mas provavelmente Titus PetrOnius Arbiter ¢.65 d.C.), consular neroniano € cortesao; autor do Satyricon, uma novela satirica, menipéia, de acontecimentos, famosa por sua descrigio do novorrico liberto Trimalquido, e seus extravagantes banquetés. Quintiliano (Marcus Fabius Quintilidnus, ca, 35 — 95 d.C.): professor e autor da Institatid Oratoria, uma famosa obra pedagégica que discute a educago completa de uma pessoa para se tomar um orador; um grande admirador do estilo de Cicero ¢ um critico dos excessos retéricos de sua propria época. a Martial (Marcus Valerius Martidlis, 45 ~ 104 d.C.): famoso por seus mais de 1.500 epigramas sagazes e pela mistura satirica dada frequentemente a eles. Como ele mesmo diz, sua obra pode nfo ser grandiosa, mas as pessoas gostam. Plinio (Gaius Plinius Caecitius Secundus, ca. 62-113 4.C): urna figura piblica consciente, atualmente mais conhecido por suas Epistulae, cartas qué revelam o lado’brilhante e obscuro da vida rornana imperial. Tacito (Publius Cornélius Tacitus, 55 — 117 d.C.): 0 mais famoso ¢ irdnico historiador préssenatorial do perfodo compreendido entre si morte de Augusto € Domiciano. , Juvenal.{Decimus Winius Iwuendlis, ca. 55 ~ pos 127 dC. incansdvel, intensivamente retérico, .sitiro dos: males de seu tempo, que conclui que a tinica coisa pela qual se deve rogar € mens sana in corpore ‘sand (Mente s@ em corpo so). 1X 0 PERIODO ARCAIZANTE. 0 final do século Ik pode ser designado como um periodo arcaizante, no “qual se desenvolveram 0 gosto pelo vocabulitio ©. pelo estilo do latim arcdico. ¢ a incorporagto da dicgao do latim vulgar; autores caraéteristicos do perfodo foram 0 orador Frontio e 0 antiquarista Aulo Gélio, conhecido por sua miscelinea de ensaios, Noctés Auticae (“Noites na Atica”). . PERIODO PATRISTICO (final séc. Ha séc. V dC.) © nome do Periodo Patristico provem do fato de que a parte vital da literatura eram as obras dos lideres cristios, ou pais (patres), entre os quais estava Tertuliano, Cipriano, Lactincio, Jerdnimo, Ambrésio ¢ Augustinho. Estes homens possuiram uma educagfo refinada; tinham familiaridade (e na maioria das vezes tiveram como base) com os autores classicos; muitos deles erarh professores ¢ advogados antes de entrarem para o serviyo da Igreja. Em alguns momentos utilizeram deliberadamente “6 estilo cléssico para impressionar os pagdos, mas cada vez mais o interesse era alcangar 0 povo comum (aulgus) com a ménsagem cristé. Consequentemente, nao é surpreendente ver © latim vulgar” ressurgindo como uma influéncia importante na literatura do periodo. S. Jerdnimo, em suas cartas, essencialmente ciceroniano, mas em sua versio latina da Biblia, a Vulgata (383-405 d.C.), ele’ utiliza ‘a linguagem do povo. De maneira semelhante, Santo Agostinho, embora formalmente professor e ‘grande amante dos classicos romanos, queria usar um idioma que’alcangasse o povo (ad tsum uulgi) ¢ disse que nfo importava se os bérbaros conquistaram Roma uma vez que eram eristios. PERIODO MEDIEVAL (sée. VI a XIV 4.C) Durante os primeiros trés séculos. da Idade Média, o latim vulgar submeteu-se a répidas mudangas”' ¢, alcangando um estégio em que nao poderia mais ser chamado de latim, tornou-se diversas variantes do-romance de acordo com a localidade. - Por outro lado, o latim literério, mais ou mens modificado pela Vulgata e por outras influéncias, coritinuou a existir através da Idade Média como a lingua viva’ da: Igreja ‘e no mundo intelectual. Embora variando consideravelmente em cardter € qualidade, era a lingua internacional, e a literatura latina medieval é algumas vezes chamada “evropéia” em contraste com © recente: “romano nacional”. Neste latim medieval foi-escrita uma. 2 © Jatim velgar ja tinha sido mencionado como o linguajar comum. Suas raizes remontaim 2 periodo atcaico. De fato, a linguagem de Plauto tem muito em eomum com este latim vulgar tardio, e n6s sabemos que o latim vulgar sobreviveu durante as Eras de ‘Ouro e de Prata como linguagem’corrente do povo, mas que manteve. distingio és Tinguegem literitia nos textos e na variante faladi culta destes periodos, 2" Eg., a perda de grande parte das desinéncias de declinaglo e 0 uso crescente de preposiges; extenso uso de verbos auniliares; anarquia dos usos .dos modos verbais subjuntivo e indicativo. literatura vibrante e variada (obras religiosas, histérias, anedotas, romances, dramas, poesia sacra e secular), exemplos da qual esto incluidas abaixo, no excerto do escritor do século VII Isidoro de Sevilha (no cap. 29) € selegdes de outros autores na segao Loci Anfigui. A longa vida do latim é atestada no século XIV pelo fato de que Dante compés 0 tratado politico Dé Monarchia, que ele escreveu em latim seu Dé Vulgar Eloguentia para justificar seu uso do italiano vernacular para a literatura, € que nos versos latinos pastorais ele rejeitou'a exortagio de desistir do vemacular, no qual estava escrevendo @ Divina Comédia, ¢ compor algo em latim™ RENASCENCA (ca. Séc. XV) A ATUALIDADE, Por causa da recém deScoberta admiragio que Petrarca tinha por Cicero, os eruditos renascentistas desprezaram o latim medieval e retornatam a Cicero em particular como o canone de perfeicao. Embora seu retomo para o idioma elegante de Cicero foi alertado pela grande afeigo ¢ produziu efeitos brilhantes, foi um movimento artificial que fez o latim um tanto imitativo e estdtico, comparado a linguagem’ espontanea e viva que tina sido durante a Jdade Média. De qualquer maneira, o latim continuou a ser efetivamente beri empregado até a Era Moderna”, e a tensao eclesiastica estava ainda bastante viva (a despeito de sew desuso progressivo, a partir de 1960) como lingua. da Igreja Catélica e dos. seminarios. Além disso,. 0 redescobrimento da verdade, o espirito humanistido da antiga literatura grega € romana a ¢ atengdo recente a disciplina e 4 forma literaria como era encontrada nos classicos provou-se muito benéfica a literatura nativa da nova era, © /propésito deste. resumo era prover algum sentido do desefiwolvimento completo da literatura latina desde o século MII aC. até nossos tempos. A par de apreciar sua historia longa ¢ venerdvel, a literatura latina ainda inspirou, ensinou ¢ enriqueceu as literaturas ocidentais'a um grau pouco simples de se aprender. Somarse a isso a larga influéncia da propria lingua latina, conforme apresentada acima, e vocé dificilmente pode escapar das conclusées de que 0 latim esté’morto somente num sentido téenico da palavra, e que, mesmo"um tonhecimento restrito do latim € um grande recurso para alguém que trabalhe ou esteja interessado no portugués € nas linguas ¢ Titeraturas romanicas. ® Ao mesmo tempo, pelo simbolo do sucesso ds Dante e pelo de outros no iso das Vinguas vernaculares, deve-se admitir que o ltim comegou a travar ume batalha perdida. Por exémplo, perceba 0 uso por Eraimo ¢ Sit Thomas More no século XVI, por Milton, Bacon Newton no século XVI, ¢ por botinicos, estudiosos do classissismo ¢ potas dos séculos psteriores, XI ALFABETO E PRONUNCIA As formas das letras que vocé vé impressas nesta pigina possuem centenas de anos. Elas remontam desde os primeiros livros italianos™, impressos-no século XV, os elegantes manuscritos dos séculos XI ¢ XII, até 4 firme ¢ limpida Renascenga Carolingia pelos monges de Sao Martim, em. Tours, Franga. Estes monges desenvolveram as letras mindsculas a partir das belas claras semi-uncigis, que por sua vez nos levam as unciais e letras maitisculas quadradas do Império. Romano. Temos atualmente o habito de distinguir 0 alfabeto: romano do. grego, mas na verdade os romanos aprenderam a escrever com 0s etruscos, 0s quais, por seu turno, aprenderam a escrever com os colonizadores gregos qiie se estabeleceram nas proximidades de Napoles durante. o. século VII a.C. Atualmente, porém, reconhece-se que 0 alfabeto romand & uma forma simplificada do grego. Mas os prOprios’gregos foram devedores quanto a isto, porque, numa época remota e indeterminada, eles receberaim seu alfabeto dé uma fonte semitica, 6s fenfcios®, E, finalmente, os primeiros semitas parecem ter se inspirado nos hier6glifos egipcios. Esta breve historia das formas das letras que voce vé atualmente nos livros fornece, mais um exeimplo-de nossa divida com a Antigtidade. © alfabeto romano € como’o nosso, exceto que the faltarn as letras je y, Além disso, a letra v originalmente servia tanto para o som da vogal u quanto para o som da consoante v. Até.o século II da nossa era, ainda nao havia surgido a forma u arredondada, mas por conveniéncia tanto u quanto v jo empregados | nos textos latinos em grande parte das edigées contemporéneas. A letra k era usada raramente, e somente antes de a, em'um niimero pequeno de palavras. As letras y”* ¢ z foram introduzidas no final da Repiblica, para serem utilizadas em palaveas de origem grega. ‘As tabelas seguintes indicam, aproximadamente, os’sons.do latim como as letras eram usadas pelos romanos para representar estes sons. > ‘So chiamadas “incunabula” porque foram feitas nos “tempos de bergo” da imprensa. A fonte € chemada “romana” para distingli-se da “letra escura” que era uilizada no Norte da Europa (ep. a fonte nerminica). Os tipSgrafos italianos bascaram sua fonte omana nos escritos mais elegantes do periodo, estes escritos para 0s ricos, artisticos © precisos mecenas renascentistas. Os escribas desses manuscritos, procurando um tipo de eserita mais araente como qual agradar seus patrocinadores, encontraram-na em 'manuscritos provindes dos melhores manuscritos carolingios. * As 22 letras do alfabeto fenfeio representam apenas sons consonantais. Os eregos ‘mostraram sua originalidade erh usar algumas destas letras paca designar sons vocilicos. 8 Este € realmente ogrego u, upsilon (y), uma vogal cujo som-é intermedirio centre w ¢ i, como, no francés, u Ditongos Consoantes xi Vogais em tatim possuiam apenas duas pronincias, longa e breve. Vogais longas eram geralmente retidas cerca de dois tempos a mais do que as breves (cf. meia nota em relagiio a um quarto de nota, em miisica) e esto. ‘marcadas neste livro, como na maioria de textos para iniciantes (mas riZo em verdadeiros textos cléssicos), com um “macron” ou “acento longo” (e.g. 8); vogais sem macron so curtas. Os estudantes devem decorar os macrons como integrantes da duragdo de uma palavra, uma vez que as diferengas de pronincia por eles indicadas so mujtas vezes cruciais para o significado (e.g, liber & o-substantivo fivro, enquanto, liber é.0 adjetivo livre). Como nao € possivel determinar exatamente a duragdo de uma vogal em latim, apresenta-se abaixo um quadro de derivagio das vogais roménicas, incluindo as do portugués: Jongas Curtas __ aa aa ee t>e T>i > e (coms plicare> chegar) o>o . 6>0 o>u 11> 0 (como liipu > lobo) ‘y, como n6 francés tu ou no alenido iiber, no chegou ao portugués Jatim possui’os seis seguintes ditongos, combinagSes de sons de ‘vogais que compdern uma sé silaba: ae como ai em facai: eirae, saepe ‘au como au em calhau: aut, lando ei como ei em reino: deinds ‘eu como eu em seu: seu 0€ como of em oifo: coepit, proelium ui como ui em muito: ocorre apenas em huius, cuius, huie, cui, hui. Além disso, as duas vogais ‘so pronunciadas separadamente em palavras como fu-it, fructus As consoantes do.latim possuem, essencialmente, os mesmos sons do portugués, com algumas excegies: bs e bt eram pronunciadas ps € pt (¢.g. urbs, obtined); por outro lado, o b no latim tinha 0 mesmo som do portugues b (.g., bibebant).. ¢ tinha pronéincia sempre dura como em casa, nunca suave, como em cesto: cum, clus, facilis. g tinha proniincia sempre dura como em-gato, inunca suave, como em gente: gloria, gero. h tinha prontincia aspirada, como r em refo: hie, haec Xxill i (sempre representaddo como vogal) usualmente funcionioy como semiconsoante com 0 som de y, como no inglés yes, quando usado antes de yogal no inicio de palavra (ifistus = yustus); entre duas yogais denteo da palavra, possuia duas capacidades: servir como a vogal i, formando ditongo com a vogal precedente, e como a semiconsoante y (reiectus = rei-yectus, maior = mai-yor, cuius = cui-yus); por outro lado, era usual mente vogal. O i consonantal aparece regularmente em derivedos para o portugués como j (uma letra somada a0 alfabeto na Idade Média); por isso, Tulius — Jilio. era vibrante, a que.os romanos chamavam littera canina, porque seu som sugeria 6 ladvar de ces: Roma, erie. era sempre mudo como em sitio, nunca vozcado domo-em casa: sed, posuissés, misistis. { tinha sempre 0 som de £ como tudo, nunca ich como’ tia: taciturnitas, nationém, mentionem. ¥ tinha o som do nosso #: uiud, uinum, x inhi o-som de ks como em saido: mixtum, exerced. ch representava 0 grego chi ¢ tinha o som de ckh como no inglés block head, nfo como ch em choro: chorus, Archilochus. phrepresentava 0 grego phi ¢ tinha o.som de ph como no inglés up hill, nfo como: philosophia. - th representava 0 grego theta ¢ tinha o som de th como no inglés hot house: theatrum. : “Os romanos pronunciavam completamente consoantes duplas como duas consoarites separadas; nds, em nosso costume, as pronunciamos como uina tinica consoante. Por exemplo, os rr na palavra.latina currant soavam como dois erres, como em carrefa; ¢ os tt na palavra admittent soavam como dois f, como no inglés admit ten. Separagiio de silabas: quando dividir uma palavra em silabas: vogais contighas-ou vogal e ditongo-sio. separadas: dea, de-a; deae, de-ae. uma consoante entre duas vogais segue a segunda vogal: amfeus, a-mi-cus. 3. quando duas ou mais consoantes estio entre duas vogais, geralmente apenas a Ultima consoante segue a segunda vogal: mitto, mit-t0; seruare, ser-ua-re; consimptus, cOn-siimp-tus. Porém, uma oclusiva (p,'b, t, dy 6 g) + consoante liquida (I, ¥) contam’como consoante nica € seguem a proxima vogal: patrem, pa-trem;.castra, cas tra, Consideradas uma s6 consoante so qu ¢ as aspiradas ch, phy th, que minca devem ser separadas: architectus, ar-chi-tee-tus; loquacem, lo-qua-cem. Quantidade silébica: Uma silaba é longa por natureza se contiver uma vogal Tonga ou ditongo; uma silaba € longa por posigdo se contiver uma vogal Acentos - XIV curta seguida de duas ou mais consoantes”” ou por x, que € uma consoante dupla (=ks). Caso contratio, uma silaba é curta; novamente, a diferenca & como meia nota em relagdo a.um quarto de nota, em misica: 1. silabas fongas por natureza (aqui sublinhada Ro-ma, 24 ser-uat, sa- 3. ekemplos com todas as sflabas lorigas, por natureza ou por posig#o (aqui sublinhadas): Jau-da-té, ‘mo-ne-8, sae-pe, con-ser-ua-tis, pu-el- Este assunto é importante em latin por duas razSes: primeiro, porque a quantidade sildbica é a maior determinante do ritmo da poesia latina, como ‘vocé aprenderd mais tarde em seu estudo da lingua; segundo, por uma raziio mais imediata, a quantidade sildbica determina a posicio do acento tnico ‘emi uma palavra, conforme explicado abi Palavrds em Tatim sto pronunciadas com énfase maior ei uma sitaba (ou mais de uma); 0 local deste “acento ténico”, no latim (ao contrério, do portugués, segue estas regras simples e rigidas: 1. em uma palavra de duas primeira: sér-uo, saé-pe, ni- 2, em uma palavra de trés silabas ow mais (a) 0 acento recai préximo & tiltima silaba (j.e., a pentiltima) se esta silaba é longa (er-ua-re, cOn-sér-uat, for-ti-na); (b) caso contrério, o acento recai na silaba anterior a esta (ie, & antepeniltima: mé-ne-o, pa-tri-a, pe-cii-ni-a, u6-lu-eris) bas, 0 acento sempre recai na Pelo fato'de, estas regras Ue acentuagao serem regulares, 0 acento (como oposigéo aos macrons) no é obrigatoriamente incluso.quando se escreve latin; neste texto, entretanto, os aventos so providos em ambos os “paradigmas” (declinagées e conjugagdes) € a seco vacabulario, um meio de ajindar na proniineia. ‘ Embora a habilidade de comunicagao e conversagao oral-aural receba algumas vezes ~ infelizmente — pouca énfase, nao obstante, @ prontincia correta ou, no minimo, consistente, é essencial para o dominio de qualquer Iingua. A habilidade de pronunciar ofagdes e palavras em voz alta em latim de acordo com as regras dadas nesta introduga0 permitira “pronunciar” de forma correta, em sua thente , quando vocé pensar em uma palavra, soletré- la corretamente. ‘Ao iniciar seu estudo do iatim, lembre-se de que isto néo se trata apenas da leitura silenciosa de textos escritos (de fato, os romanos quase 77 Mas lembre-se que uma oclusiva + uma liquide, bem como qu-e as aspiradas ph, ‘che th regularmente conta como uma's6 consoante: €., pa-trem; quo-que. xv sempre liam-em voz alta!), pois o latim foi uma lingua falada por séculos ~ uma lingua de fato aprendida ¢ falada pelas criangas romanas, exatamente como voc8 aprendeu sua lingua nativa na sua infncia, € no apenas por famosos oradores, poetas ¢ politicos: Vocé deve usar as quatro habilidades no seu estudo diariamente, ouvindo e° falando tanto quanto lendo © escrevendo, sempre pronunciando paradigmas e itens de vocabulério em voz alta, e mais especialmente, ler em voz alta qualquer oragdo ou passagem latina que vocé encontrar; e sempré ler para compreensdo, antes de comegar ‘a traduzir para o portugués. Verbos; primeira e segunda conjugacoes; ; infinitivo presente ativo; presente do_ indicativo e imperativo ativo; traducao. VERBOS 7 Pode-se certamente corisiderar o verbo (do latim uerbuni, palavra) = que. descreve a ago de um sujeito oui-estado do ser - a palavra mais importante de uma orago e, portanto, podemos iniciar melhor nosso cestudo' do latim prestando atengao: nesta classe gramatical (as outras classes sas mesmas do portugués: substantivos, pronomes, adjetivos, advérbios, preposigdes, conjungées, interjeig6es). Tanto em latim como em portugués, os verbos apresentami as seguintes caracteristicas: PESSOA (lat. perséna): trata-se do sujeito, i.e. aquele que comete (ou, na voz passiva, recebe), uma ago, a.partir do ponto de vista do falante: 1°. pessoa = 0(s) falante(s), eu, nds; 2*, pessoa = a(s) pessoa(s) a quem'se fala, tu, vds; 3°. pessoa = a(s).pessoa(s) de quem se fala, ele, ela, eles, elas. NUMERO (lat. nymerus): trata-se do mimero do sujeito; se for singular, um tinico sujeito, portanto 0 verbo também estaré no singular; se for plural, havera mais de um sujeito, -portanto o verbo também estaré no plural. 5 7 TEMPO (lat. empus): tempo da ago. O latim possui seis tempos, presente, futuro, imperfeito, perfeito, mais-que‘perfeito, futuro perfeito, MODO (lat. mods): © modo de o verbo indicar 2 ago‘ow o estado; éomo © portugues, o latim possui o indicative (que “indica” fatos), 0 subjuintivo (que descreve, em particular, ages hipotéticas ou potenciais, cf. cap. 28) € 0 imperativo (que ordena ages, introduzido neste capitulo).

You might also like