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Ce eee eee De eee ‘ago restararso oe traram um ces ee ene Se eee Ce ees Ce eee er fo forma mas profunds caster cess eee eee Ce ers eee ocean Cn Se Core eres Cs econ ens ee heranea arutotnse utens tewl-se a ny Cee Ce er Se es eee Se ‘idl Francoise Choay rg © fin tS, 8201956 ‘ss ago Led 20, pena tnd ‘Ass Boje ‘on Fao re ‘Comrise ie Tal rang re tis mt rag die dune ry Reha ne reapactan Breit ee sane SUMARIO Tntroducdo MONUMENTO MONUMENTO HISTORICO u Capitola 1 5 HUMANISMOS E 0 MONUMENTO ANTIGO 31 ‘Arte grega clissca e humanidades anigas 32 Restos antigose umanitar medieval 35 A fase “antigaizante™ da Quattrocento 44 Capito 1 A BPOCA Dos aNTIQUARIOs — -MONUMENTOS REAIS E MONUMENTOS FiGURADOS 61 Antighidades nacionais 67 Gatco n ‘Advento da imagem 76 Iluminismo 4 Conservacio real e conservacio iconogréfica 90 Capita A REVOLUGAO FRANCESA 95, ‘Tombamento do patsimdnio 98 ‘Vandalism © conservagio:interpretagées € cleitos secundirios 105 Valores 16 ov ’ CONSAGRAGKO DO MONUMENTO HISTORICO 125 (1820-1960) © conceito de monumento histérico em si mesmo 128 Valor copii e valor artiico 128 Preparacio romantica: pitoresco,o abandono 0 ‘lo da arte 12 Revolugao Industria: «frontia do irvemediivel — 138, Owl cia 8 Capitulo VI © PATRIMONIO HISTORICO NA ERA DA INDUSTRIA CULTURAL ‘Monumento ¢ cidade histérics, patriménio arquitetGnico & urbano: estas nogbes esas sucesivas figuras esclarecem de for- 'ma privilegiada o modo como as sociedades ocidentaisassumiram sua relago com a temporalidade e construiram sua identidade: ‘No século xv, a emergencia do patrimOnio histérico, sob de nominagio de antighidades,ilustra desdobramento do projet humanist, Em face dos edlificiose dos abjetos que o usa cotidiano transfermou em meio ambiente, familar, presente desde sempre, as antgidades funcionam como um espelho, Espelho que cria ‘um efeito de distncia, de afastamento, propiciando um intervalo onde se haveri de instalar 0 tempo referencia da histéria. Espe- Tho que mostra também &sociedade humanista uma imagem des- conhecida, por definir de s mesma como alteridade. A descoberta das antigdades 6 também a descoberta da arte como atividade autSnoma, deslgada de sua tradicional vasslagem a religi crs {8, Experiéncia iredutvel, mas adquirda a um alto prego, como ‘conscincia de si, ela est na origem de uma arte que vai se cons tituirrefletindo-se e pensando-se ao mesmo tempo como devir€ ‘como histria, Sob o nome de antigidades, o monumentohisté- rico & um dos agentes que provocaram a grande ruptura da arte ocidental eo advento da arquitetura, teorizada e referenciada, ‘que Paul Frankl chamou pés-medieval para salientar sia diferenca sa wnidade Em seguida, a construcioicdnica e textual do corpus das anti dade, tanto clisicas como nacionais, permite is sociedades oci- ‘dents prosseguie seu dup trabalho orginal construgio do tempo Iistérico e de ua imagem de si mesma enrquecida de modo pro- sresivo por dados genealgicos. Como jf vimos,sobretudo, 05 e5- tudes dedicados Ae antgtidades esto inscritosna grande corrente {que desvlorizouo testemunho da palarae da esrita, em proveito do testemunho da vio e da representacioiconogrtica. Os eficios do pastado contibuiram para 0 estuda sistemstico das formas plis- ticas, de seu desenvolvimento e clasificacto. As pesquisas dos {ntiqurios acompanharam ax dos naturalists e patiiparam, com las, da cragio de uma ciilizaco da imagem: instrumento de and Hse do mando e suporte da memseia, ‘No século XIX, como também jd vimos, a consagractoinsti- tucional do monumento histrica dé a este um estatuto temporal diferente, Por um lado, ele adquireaintensidace de uma presenpa concreta. Por outro, € instalado num passado definitive e ire ‘vopivel, construido pelo trabalho conjunto da historigrafa eda (tomada de) consciéneia histori das rutagdes impostas pela Revolucio Industral habiidades dos sees humanos. Reiguias cde um mundo perdido, devorado pelo tempo e pela técnica, os cedificios da era préindustrial tamam-se, segundo otermo de Ric ‘objeto um cuto, Finalmente, sioinvestidos de um papel memo- rial imprecso,e para cles nova, semelhante, de modo discreto, 0 cdo monumento original. No solo desestabilizad de wma socieda- deem processo de industrilizaio, o monumentohistrico pare- ce lembrar aos membros dessa sociedade a gléria de um genio ameagado. De objeto de culto a indéstria (© terme lancado por Ries, carregado de sentido e de ambi- sidade, continua pertinent, mas o abjeto, as formas ea nature za do culto se transformaram: a principio como conseqiéncia de tuma expansio generalizada de sus éeas de disso, de seu corpus 6 ce de seu piblico; depois, recentemente, por sua ligago com @ indstra cultural. ‘Sendo em sua origem privado, oculto do monumento hist co nfo se torou regio ecuménica do patriménio eificado pela onversio indivial e progresiva de seus figs, Sua transforma foi preparada, como vimos na capitulo TV, com 0 advento de wna sedministagioassumida pelo Estado, cujo model jurdico, adminis- trativo e tecnico foi oferecido A Europa pela Franca, Mas a meta- ‘morfose quanttativasofida pelo culto a0 patriménio a partir da ‘eed de 1960 deriva mais dretamente de um conjunto de proces “Sos sliditos que, na Panga, reforcram a politica cultural do Ests- ddo.cem outros gare sempre apressaram o seu estabeleciment ‘A mandialicagao dos valores e das referéncias ocdentais con- teibuiu para a expansdo eciondnica das prticaspatrimoniais. Esse texpansio pode ser simbolzada pela Convengio relativa & prote- {ho do patriménio mundial cultural e natural, adotada ems 1972 pela Assembleia Geral da Unesco. Esse texto baseava 0 conceito de patriménio cultural wiversal no de monumento histérico — tmonumentos, conjuntos de edficio, stios arqueoligicos ou con: juntos que apresenter “um valor wniversal excepcional do ponto {dc vista da histria da arte ou da ciéncia”.Estava assim proclama- {daa universalidade do sistema ocidental de pensamento e de va- iO woo de Camenso do usta Mina pao In Canenin ‘vn de Une lati fa pron parinaine ele ‘Grete ar, 198,O tata de que tramae nome totes apeseta guns {Ufa on C9 co da dein do pin cata ‘So conden ‘tani ela Geromimoe obs argattnscn eae ot de lotr sauna ‘Sememos ov este de crt rgeslanc, nck cavers © DOE {1 Seemtos qu enn trainee nepal do po de ie ds Irn dare aude il. ‘Or eno grupo de consier las ot feud qu, em ao dem Stystetu, deo de oo de eat ta puget un Ye teaver pela de pnd ia da ar, da a ou da ci. ‘Orta coh dann a eta men ae, 0 sraste nce so agen gst ee eral exe ‘Erp de te ri ec, cso arp om) (flr acepcnal ws eta vagy, Sepa Al dit, abe pe [mar pr quent, basena etc” esa deem ‘Ete, poe mags eae a lores quanto a esse tema. Para os paises dispostos a reconhecer sua valdade, a Convengio criava um conjunto de abrigagbes rela tivas&“identificagao, proteclo, conservagio,valorizagio e trans- tnissi do patriménio cultural efturasgeragSes’. Mas estabeecia, ebretudo, uma pertenca comum, wma solidariedade planetéria we feabe a toda acoletividade internacional colaborar com a prote ‘ho do patriménio” — pela qual » comunidade encarrega-se de Socorter os desprovidos. A nogio mais restritiva de patriménio tunversal excepcional permite estabelecer, por uma combinacio de eritrios complexce, uma lista comum de bens considerados patriménio mundial, que dependem de um “sistema de coopera- {io ede asisténcia internacional’, nos campos “financeiro,artist- ,cientificoe técnica”. Sto conhecidos os notiveis salvamentos realizados dessa forma em Abu Simbel ou em Barabudur conhece- ‘se menos a operagi de salvamento da cidade de Mohenjo-Daro, no io Indo, ou da mesquita de Divrig na Anat Esse process, planetéra, de conversio 8 religio patrimonial rio se di, porém, sem dificuldades, as vezes de natureza oposta Lembro-me de umn amigo do Magreb que se indignava ao ver ari- buirse um valor artistic ehistérico a monumentos cuj signifi fo, a seu ver, devia er exchisivamenterligiosa, Da mesma form, { recuperagso da cidade de Fer, ewjaequipe de asisténciainterna- ‘ional ele integrava, nfo tinha para ele outro sentido aceitivel se io 0 de afirmar a permanéncia de uma identidade urbana e de ina vio do mundo, Esse tipo de eacio individual contra inge- réncia da comunidade internacional ainda € muito difunclido fora de Europa Inversamente, na esfra esata, 0 nimero de monu: ‘mentos inscritos na liste do patriménio mundial tende ase trans- formar nun indice de prestigio internacional a se tornar objeto de disputa, muitae vezes sem que os criterias de selecio dos bens patrimoniais sejam bem entendidos pelos paises interessados. ‘A Convencio adotada em 1972, e ratificada ou aceita trés anos ‘depois por 21 pastes dstibutdos pelos cinco continentes, contaya fem 1991 com 112 signatiros. 2 Or Bruder Uni fora o ries a ica. Em coral «Ge ‘Metin ser Comet om 984 208 ‘As descoberas da arqueologia ¢orefinamento do projeto me: smorial das eiéncias humanas determinaram a expansao do campo ‘ronolégico no qual se inscrevem os monumentos hist6rics. As frontetas de seu dominio ultrapassaram, especialmente ajusant, cos limites consideradas intransponivels da era industrial e se des- focaram para um passado cada vez mais préximo do presente ‘Assim, or produtos teenicos da indstria adquiriram os mesmos privilgiose direitos & conservacio que as obras de arte arquite onicas¢ as laboriosas realizagSes da produco artesanel. aralelamente, impae-se uma expansio riplégica do patri- nig histérieo: um mundo de eificios modestos, nem memoriis, rem prestigiosos,reconhecdos e valorizados por dscplinas novas ‘ome a etnologa rural e urbana, aistria das técnicas, a arqueolo~ ‘ga medieval, foram integrados ao corpus patsimonial. Contudo, 0 porte mais consiersvel de novos tipos se deve a transposicio do ‘muro da industriaizagio eA anexacio, pela priticaconservat6ris, Ade eifcios da segunda metade do século XIKe do século XX, que ‘Se péiam, no tod ou em pate, em téenicas de construgio novas: {méveis para habitat, grands ojos, bancos, obras de arte, e tam- ‘bem usinas,entreposts, hangares, refugos do progressotécnico ou ‘das mudangas estruturas da economia, grandes conchas vazias ue 4: maré industrial abandonou na perferia das cidades e mesmo em feu centro, Além disso, a preocupacio em conserva 0 patriménio sequitetdnico industrial do século XX (até mesmo as mas ads), quase sempre ameacado de demlicio em vista de seu mau estado, geou nos dias de hoje um complexo de Noe, que tende a Sbrigr na aca patzimonil 0 conjunto completo ds novos tipos de ‘constrgo que suriram esse pericdo. Doisexemplos franceses, 0 ‘do mereado de Relins e dos pavilhdes de Le Corbusier em Lege, podem ilustrar as dificuldades dessa postur?. 3. Cmca de ine Gages em 1925) mba por si esata pe Bas dete de cant, guess deve 0 eto des an ree ‘sel preci dain demos um esd dere 1958 ‘ccna avsuapn do fio ser nk neon, Eten © Imeraré pando er fos ame por san mas Gras ‘io wha prot: Hicanae, pss or arn ios See T tag ti conan de coco p reine: Nha as oder 200 Finalmente, o grande projet de democratizacdo do saber, ber- ‘dado das Luzes e reanimado pela vontade moderna de erradicat as dferencas eos privilégosnafruigao dos valores intelectuase artis tics, lado ao desenvolvimento da socedadede lazer e de sew corre: lato 0 turismo cultural dito de massa, est na origem da expansdo talves mais sguficatva, ado pblico dos monumentos hstéricos tos gruposde niciados, de especialistas ede erudits sucedeu um ‘grupo em escala mundial, sma audincia que se conta as milhdes. (© Estado francs seria 0 primeiro a explorar essa conjuntura para, a partir da, promover e controlar, com todos os recursos de ss autoridade e de seus poderes, os ritos de um culto oficial do patriménio histGrico que se tomcu parte integrante do culto da ccltura, Esse term, onvém lembra, ainda tinka, logo depois da Segunda Guerea, um uso discreto na lingua francesa, que antes preferiaintege-lo em sintagmas (cultura letrada cultura geal) a Utliatlo em seu sentido filosfic, defnidoe depois muito exple- rado para fins politicos pelo pensamento alemso" a esa expressio, ‘Valery sempre prefers otermo ‘civliaagio"S. A palavra“cultura® sedifunde a partir dos anos 1960. Sfmbolo de sua fortuna, cra- ‘ho de um ministério para assuntos cultura, que logo se tora da Culra", 6m modelo que no tarda ser adotado pela maioria dos paises eutopeuseaatravesar os mares. Malraux cra as Maisons dd la Culture (Casas da Cultura), a0 paso que a “cultura” se di- versifica: culturas minoritéras, cultura popular, cultura do pobre, cultura do cariqueir, Em determinad momento, os problemas suscitados pee dif soda “cultura” precipitam uma midanga semntica. Os museus “ii, abe pnt er preci crete n ve splat ‘jr abacne pores ora pore Cae em ae (ie) sm cal de 1920: to eae or alge desi, tt to 8 ‘esha desu craic ou petan ee de cose (re 8) 4. Nate que vl de Herder «Humbolde Speraer 5. Noconjet dese ests sores cise peel seo destin d Europe ‘npn, otra ctr ponco ad, em gel wad care ‘rapes A rps do Cato univer, medias, ae ee {acto enptn’ dfn, cme, 6 era da eng mederdnes {line s dean dot poe poco cn dita us mg, de pods ‘ogo, Regard monet Prs, Gallimard 1985, 317. consaram esa mudang, antes dos monuments. A clr pet ert caer de ela peso, formate empresa og Shins Sefose preciso ogous mas qucfirma adios ifr dcabgen ds nds rnc an eds cio Estado, pode se am omar como potas de eferéncia sm Ercan dus ineuguacses- Primi, em 1987, om toda a is Tad da oss, ado Mosc d'Orsay, cj organograma tot gus su voce ¢ Jrevant a produ potas Inia desergn ede comunicain depos, em nero de 1988, tr penumbra do mercado de at, a do Primi Salsonteraco taldos Mass das Exposes Porn eros anuments co pte histrcos a rem dupla fonda on gue propia ber eprazt, posts 8 “posite de tos mas omben prods curls abrcados, Ctnpucatados edserbuldes ar stem consis Ametaror- fone de seule de soem olor econdmicoocore gas "en- ferharia cult, vate empreendimento pablco © pido, a ‘Srigo do qual taalham grande ndmero de anmadares cut ta, profsvonis da comunteagio, agentes de desenohimento esha metiodres cultura Soa area conse em explo- ‘ator monuments pot oda ox mei # fm de multpicarinde- Fridamentconieere de vstantes ‘7 Nes pal wn conser do mews ncn fa nln dst Suu Mini dla Cala am 985}. "O roa seal acre {insu cnblgnt oc eget, ei, peace — ere ‘Sumabje etic de consume dem Ego tm por ae on ‘Stun das nase arsenate nove ped mrad 7. "Naso pti deve er wee merida como memes MeN € ‘> mens cs fac ur ds pres de dees” Dscso {1 Mee rane ects em 9 de steno de 196 senda por um {gar clduenores “Pardo eto stig como preter oc to ‘cm pod | Tein qe fra em doce do Minti da Ct fa SE Toclp sed pela i Valorizagao, A palavra magica: valovizagdo [mise-en-valeur). Expressio- chave, da qual se espera que sintetie o status do patsiménio his- ‘rico eeificado, ela nao deve dissimslar que hoje, como onter, apesar das legislagSes de proteio, a destrugio continua pelo mun. do, a pretexto de moderizacio e também de restaurac fora de presses politica, quase sempre iresistves. A forca viva das associagdes de defesa des monumentos,cxjo modelo fo cri do pela Gri-Bretanha no fim do século Xvi, mobilza-se em to- dos os pases. Mas hoje, na Franca area wrbanizada das cidades anterior 3 Revolucio Francesa representa apenas 3,5% do tota. ssa expressio-chave, que deveria nos tranqilizar, éna rah dade inguietante por sua ambigiidade. Ela remete a valores do patriménio que é preciso fazer econhecer. Contém,igualmente, a nogio de maisvalia. E verdade que se trata de maievalia de interes, de encanto, de beleza, mas também de capacidade de trai, cujasconotagdes econdmicas nem é preciso slienta. ‘A ambivaléncia da expresso "valorizacio” sponta um fato inéalito na histria das préticas patrimoniais: o antagonism entre dis sistemas de valores e dois extilos de conservacio, ‘Uma tendéncia, que se coloca sob osigno do respeito, di con- tinuidede,utilizando-se dos noves recursos proporcionados pela ‘inca e pela técnica, 3 obra dos grandes inovadores dos séculos XI eX, apesar de essa obra nfo consituiruma referénciaexpli- cits ow mesmo conhecida: quem, na Franca, entre os que tabi- ham dizetamente na resturagioe na consersasSo urbana, conhece ‘os nomes de Boito e de Giovannoni? A outa tendénca, colocada sob o sgno da rentabilidade ede um vio prestigo, agore daminan- te, desenvolv, freqientemente com 0 apoio dos Estados e das associagGes pblicas, prticas condenadas jé no século X0%, que ‘depois seriam estigmatizadas pela Carta de Venez e inventa no- vas modalidades de valortzagdo, [Em outras palavras, o campo patrimonial na Franga e, sob 5 Dinos ln get de A Meliss gee de infra cos hse trina de Utanation dea nso oreo eae pr id, do gue nad diferentes Epos an. denominagies diversas, no mundo inteiro, & paleo hoje de um combate desigualeincerto, no ql, porém, 0 poder des individuos ppermanece grande e em que a ordem de um prefeto, de um ins- ppetar dos monumentos histéicos, de um arquiteto ou de um ad- ‘ministrador do patrim6nio ainda pode mudar o destino de ura sronumento ou de uma cidade antiga, ssa situaco confituosalevou-me a destacar 0 esprito eas préticar da tendéncia dominante, spolada pela indistiapatrimonial € pela evelugio da economia urbana. O paciente trabalho desen- volvido por todos agueles —restauredares, funciondrios, proprie trios simples cidadios — que tam pelo espeito ao monumento histérico s6 aparecerd no bojo daquele enfoque, como registro € referénciaa fim de que se tenha dia da ambigiidade que envel- ve hoje a nocio de patriménio Entre as miltiplas operacées destinadas a valorzar © mons _mento histérico e a trnsformi-lo eventualmente em produto eco- rémico, mencionarei, coma simples marcos coneretos de minha ‘exposicio, algumas das que incidem mais diretamente sobre os eif- clos e sobre a forma come o pblico as encaram. Da restauragio 8 reutilizagio, pasando pela mise en scbne eaniragio cultural ‘zago do patriménio hist6rico apresenta mitiplas formas, de con ‘toxnos impreciss, que quase sempre se confundem ou se associam. Conseroagioe restaurapto: so estes 0s fandamentos de toda valorizagio. Hi meio século, apestr da polugio atmosférica, a qu ‘mica, «Bioquimica ea biologi deram uma nova atualidade ds teses de Ruskin, permitindo atuar de forma ni traumstica sabre a “se de" des monumentos. Além disso, pode-se considera aceito no apenas 0 principio de conservagso dos acréscimos antigos que se fizeram aos monumentos e aes bairos histéricas, mas também a ‘técnica do diradamento™ de Giovannoni, ue atusimente encontea _um precioso auiliar nos estudos de morflogia urbana, Poesia considerardefinitva a condenacio das reconstituigdes. Pensava-se aque eram universalmente reconhecidas as regras de retauracio formuladas por Boito, em especial aquela que manda indicar de forma clara todas as intervengbes moderns, e de que se encon- ‘ram magistrais demonstragSes em todo o mundo, como por exer- plo no México, no sitio restaurado de Teotihuacén, onde o espec- tador é dominado pelo poderoso jogo dos volumes arquitetbnicos, sem ser enganado sobre o estado original da ruinas. Todos eses prinspio, regase preceits, devidamente argumentadose efina {dos nos iltimos cem ano, pareciam estar plenamenteestabeleci- dos, fora de qualquer questionamento, Mera iusto, ReconstituigSes “histricas” ou fantasioss, demligaes arbi- tras, restauragSes inqualificéveis tornaram-se formas de valori- zagio correntes. Nao me delongarei em exemplos. No Canads, 0 centro da velha Quebec, que figura nalista do patriménio mundial, foi submetido a um vasto projeto com finalidade nacionalsta ¢ ‘usta, inicado em 1960, que levou A destrugio de um conjunto de iméveis antigos, para reconstr-los sem base cient, mim estilo de arquitetura francesa do século Xvitl. Na Alemanhs, a priticalgtima da reconstrucio fel das cidades destrudas durante ‘guerra aliada 20 gosto tradicional pelasreconstituigSes histricas, levou a demoligio, por contigo, de determinados centros antigos (Weiden na Baviers, Line sobre-o-Reno), tendo em vista recons- tituigdes “idesis™ que Viollet-le-Duc nio teria imaginado, Na Franca, da mesma forma, «restauragio inventiva tomou urn novo Iimpalso. Em Provins, erase acréscimos is muralhas machiclis, que nunca existram, e recompuseram o venerével impano de Seint-Ayoul, afim de tornd-lo mais deicado. Em Lyon, os mes- tres pedreiros nove-iorquinos de Saint John-the-Divine esculpers asergulas gticas da Catedral Ssint-Jean, dando-Ihe uma nova apa- réncia: tal procedimento nio deve ser confundido com a técnica, desenvolvida hs décadas, que consiste em retirar e guardar as es- culturas muito danificadas de certos monumentos,substtuindo- as, sobretudo nos casos em que, como em Reims, a escultura & parte inteprante da arquitturs, por repre fie, TG. Dike cio pres de reso de Raid send osteo ‘tcl XVI eto pr M Bhmer, purer sl doe dence st § ean nos conform ol oa’ Sel sere exten 2c Tndan asenasio pr BESS, st Panga d Uren 198) 12. Aten de mole progredin pera ber ps pres ds ec folds. Acetada eset de teal Ren const es 2 ‘Mise-en-scéne: Viollet-le-Duc e Sitte concordavarn em ver nisso o fundamento da arte urbana. No presente cas, trata-se de apresentar 0 monumento como um espeticulo, de mostré-lo sob ‘o ingulo mais favardvel. A década de 1930 inventou ailuminagio ntura gue posterorment no dara dese apereigot Rom pendo aespessura da noite, 0 monumento, assemelhando-se 3 apa Tigdo de uma divindade gloross, parece iradiar a eternidade. A Juz artificial tira um grande partido da sombr, fazendo que dela surjam figure impolutas, formas jamais vistas, topografas desco- hecidas. Esse arifico, cujo defeito no desprezivel € suprimir 0 peso da obra arquitetGnica,revela outa cimensio do monumento, poética ou transcendent, E realmente a uma revelacio — que se ‘toena monstona, com o passa do tempo — que se assemelha atual- ‘mente, no mundo todo, aluminacio ritual, com hori, das ou datas fixas, do Partenon, de Sio Pedro, em Roma, do eastelo de Praga, de Santa Sofia, do Tsj Mahal ou de tantos outros edificis, famosos ou desconhecidos. Em contrapartida a intervencio da fada cletricidade no interior dos monumentos nfo & necessara- mente benéfica.E verdade que ela permite conterplar a qual- {querhora, como nunca antes afrescoe ou quadros aos qa histia daarteatibuiu una existéncia eum valor préprias,independentes do cedificio que eles deviam dignificar. Mas o que dizer, por exem- plo, do equipamento elétrico que foi instalado na catedral de Bourges? Expondo esse monumento de forma diretae impudica, tal camo cle nunca devia ter sido visto, a operacioeliming o plano cea disposigfo que o ancoravarn na duracio. ‘Uma mise-en-sne também incl o som, institucionalmente sstociada hz nos (de maneira to apropriada) chamados "Espeti- clos de som e Tuz". Mas som, misica e dscurso atuam sobre 0 espectadbor, no sobre o monumente. Eo priblico que deve ser 0 alvo de sa influtacia e quem ele pretende distraire di-vertt [do monumenta). Que misica, que comentéria? Os melhores & os pores. Eles praticamente ndo importam, uma ver.que nels se ‘em fendmenos secundiros, mecanismos de ambiente, anlogos em, abc em Atenas one ns exans do Paenon era clad omen da Aol 108 que sho montados pelas grandes estruturas comercais. Alu, por si, pode dar aos edificios uma opacidadeinsuspeita, O som fende a reduzi-los & pequenes do insignificant. “Animago cultural: onde e quando ela comeca? Geralmente do interior do edifico que ela se propéetirar de sua propria inércia pra tomé-lo mais consumel, considerando insuficiente a apro- priagio pessoal Seu método é mediacio: falta o acess is obras por intermedlrios, himanos undo. Uma herarqua complexa con- ‘Guzda mediagio com efeitos especias aos comentérios audiovisusis, passando pela reconstituiga de cens histricas imaginiria,recor- Fendo-se a atores, manequins, merionetes ow imagens dita. ‘Assim, tornise cada ver mais dificil para o visitante evtar ‘esas interferénciase poder dalogar, ser intérpretes, com os mont rmentos, © comentirio e a ihistragso anedéticos ou, mais ex tamente, a tagarelice sobre as obras, alimentam a passividade do piblic,dsswadindo-o de ohar ou de decfrar com os préprios lho, ‘dexando escaparo sentido no filtro de palavras ocas. Essa sio for ‘mas demagégias,paternalistas econdescenentes de comunicaso. ‘Contd a transmisso de um saber histérco deriva principalmen- teda valorizagéo do patriménio, No século XI, Bota! formulou as regras de uma apresentaciocientific silenciosa das monumentos ‘gue, cobranda tum esforgo de atensio do pblico, levia-o a um conhecimento pessoa, deta e ativo das obras. Técnicas novas per- miter atwalmente formas de apresentacdo geifica(informagses, cesqueras, mapas) clarase atraentes, cujo uso se generaliza;& de se Jamentar, porém, que sejam no mais das vezes neutralizadas pelo “raido” da animacéo. Levada a extremos, a animagio cultural toma-se exatamente co inverso da mise-en-scine da monuimento, que ela transforma em teatro ou em cena, O edifcio entra em concorréneia com um expetéculo ou um “evento” que lhe €imposto, em sua autonomia ‘Asvociamse expasigdes, concertos, éperas, representagSes dra TE. Do meno cote, opt pe “Os snares, 0 eg de ao ‘trl er os trey ads ez mas rns qi eve de en reso promi entre oben pls M4. creap pT miticas desfles de moda ao patrimSnio istico, que os vaoria; ‘ate, por sua vez, pode, em decorséncia dessa estranha relacdo ntaggnica, ser engrandecido, depreciado ow recuzido a nada. Modernizagao: procedimento nove, que despreza de forma mais sberta 0 respeito que se deve ao patriménio histério, pSe tin jogo 0 mesmo desvio de atengio e a mesma transferéncia de “alores pela insergdo do presente no passado, mas soba forma de lim objeto construido, eno de um espeticulo, Modernizar nao é, tease cio, dat @impressia de novo, mas colocar no corpo dos ‘ethos edificios um implante regeneradar. Dessa simbiose impos- th, espera que o interesse suscitado pela obra do presente se fellta na obra antiga, dando orger, assim, a uma dialética, Corre- fe também aqui o grande risco de cometer um erro, Um caso Simplese tipizo ¢o dos pains de vidro que, nos grandes mont entosFranceses, muitas vezes substituem as antigs portas mac {as desconscerando sua funcio arqutetGnica, © aval tratamento SrGuitetOnico dos museus" oferce uma ilustraglo de modo exemn- plat essa forma de valorizagdo e seus pergos. A atengSo dos visi {antes vota-se em primeiro lugar para o recepticulo", como no ‘Guo do mastabs hollywoodiano, que impede que se olhe ese veia JS Nowa o mse, tnnformda em empl da arte, asp primera Nes pecs entldia cps = do tempo to (et Mose, SETS SSE Sane Ae Pinaiek de Bern, Cpt cde Mon BeeMTtoputan Monn de Now fore, et) ev neo € eordnads oe poner ster sage de exper. A parr du dada de 1560,» Fae rns en area ghlgertipop recoredates formas Faia us fai pal ¢ nace’ ade de conte gi tt else res gana Ea aru sto-eforencal TEN SFr com o Gene FompionSe teen mals, ‘Sein dvde pinen no gee, ome Grape de Nos ora cat SESE enn cope esta portada camotan corp esanho bes ‘Buin Arie: Quan douse pea adotad por L. Wet 0 aor tee quel dsl ep des pa em ake dey ‘ested een is pe lay ase ep e desrs ib Fee Sts sa nnn cotemplaco pate ovstnte at oe SSoSepercro, asada muna mac qu capa gens i obs Sas usaf gue as em al genton 16.0 eyed rnc torus so sgt” pr excel dens oz Beintna ose como mamsmetoe © ex um bets ee fase Bl da Mat dela Ca, op. am 4 colego dos impressionists fancess antes exposta no muscu do Jeu de Prume Felmente, exstem anda macus novos, cs ‘onstrutoresguaramse o-somente pelo respete is obras reumi- da, Assim, come sempre, existem monuments nalterads elas ‘operagbes miditicas. Convém repeti: descrevo uma tendénca Pocemos multiplier os exeroplos negatives de moderna so do ptriménio, qu, para no imiar apenas & range, ao do ‘Rcongruente(teforina do interior do Paco da usta em Pots) te devastadr,passndo pelo ideal (ileteria do Castelo de Chambord). No se poupam nem ot eifcos que ttm apenas a funglo de museu, de monumentos histcios, assim “des histo tilados"™ ‘Conie’sto em dintr: denominador comum de todas as rodalidades devoid, ea vat da lear dos monuments fu utlagso como auporte publica, soclndo-oe& vend de produtos de consume em gra. Tedo monumento tem agra amo complemento uma butique, herdeia dos blcdes de vrs e de cartes posts do séulo XIX, que vende swvenires dversos, tous, objetosdomsésticos ou produto slmenticos™ Atstrproporcioal ao ndmero dos vstante, 3 rend dos in- esos edo consumo complement 2 renal do pati- Tops, cada ver mal, pel faclitaptodoacessa,O monumento eves seed mio ma ero pido crv ‘qucno mals dar vezes desfgurar os stios,o mals pero poste dos alo inddoas ou enetvs que requremeracinstet seus complements da snecesridade de empreendimentosimo- biliviosconsideréves atualmente to mal dsiplinads tanto no melo urbane como no melo ral. 18. Ene sata obs, peemae unas nota forma om edo ta ‘Bote Soi Michel “pono dems eda slen dean et, de ‘eit mei ede an cntempertne™ i oe) 19, Asserts cube dio moses eum engenosdade man que nf tome ®t: Pars shotgun de Bape vende oreo © 1 Ge iii Nic ppel pease 28 : ; Integracio na vida contemporinea ‘A reutilzagdo, que consste em reintegrar um edifcio dese tivado a um uso normal, subtra-lo a um destino de muse, € ce {amentea forma mais paradoxal, audactosse dificil da valorzaso {opatriménio. Como mestraram repetids wees, sucsivmen- £6 Riel ¢ Glovannoni, 0 monumento€ asin poupado 20s ssos {de desuso para ser exposto ao desgastee usurpagbes do uso: dar the uma nova destinagao é uma operacio dificil e complexa, que pao deve se basear apenas em uma horsologia com sua destinacio brginal, Ela deve antes de mais nada, levar em conta o estado ‘terial do edifieio, que requer uma avaliagio do xo dos usué- ios poteaciais "putrimdnio industrial: a expansio do campo eronol6gico de ica levanta um problems inédito, 0 do patri- nossa heranga histor tonto industrial que, de resto, apesar do nome, geralmente ee ta 20 dominio da indstria cultural. Se consdero, em primelro Taga, as condigSes de sua reutlizaio, € para mostrar que, apesar ‘deoua denominagio comum, ext patriménio nfo pode nem deve Ser confundidlo, como habitualmente se faz, com opatriménio da tra pre-industrial, que est ligado a outros valores e desafio. "A heranga industrial fra de uso levanta dois tipos de que denaturezaeescala diferentes. Por um lado, os eificiosisolados, fe geral de construgio sida, ssbria e de manutencio fii, so fhellmente adaptivels x normas de utiizacio ati se prestam a multiples uss, pblices eprivados. Na Europa e nos Estados Uni- Tos, oso incontiveis as isinas ateiés, entrepostos, transforma dow erm imaéveisresidencsis, em escoas, teatros ou mesmo em tmuseus. O grande pavlho dos matadouros da Mouche®, com sua ‘raga estratura metic, constuida em Lyon em 1918 por Tony ‘Garter, tomau-se um centro de intercimbios ede espeticulos vivo ‘catraent, como. poderia ter sido o mercado de Baltard, em Paris. Tas reconversio de edifice, alguns dos quais pertencentes A bistria da técnica, lge-se, a0 mesmo tempo, a uma conservacio [Br Trspund ce 191, oad 1975 dep de cpr de arr oes wroue Marad de Baad no tia ea uma sd economia loge. Em cotrapari str mates anarnleas, ques os terrence bello, pogo das Ines desativadas ea rexpectis reas em que depos Os mine, a exc dr alts fonc, a dois eos exalts Sandonads ttm, antes de tid, um valor afetvo de memria paraaqueles que, por muita eres, ham nels seu tert horizon e gus se esforam pas que no les sam subtatdos. Fara ov atts, lr tum wlor de docrnento sobre a fas dictator, documento em excl eonal ues me tla otogrfis aveh de conserve, mas oj preserva re parece er ac tornado srs por us prpras ener, na €poce de rbanizagh ede reoranzagha dos tertroe E verdide que reslitagi dos conuntos de cau dor pert sos dat mina em Hein-emmont, m Lin ecm nto ge res, conserva lembranga da mina, nas tate de um hibit, © Bo de um lugr de prog, Coma ets pedero permanccey, & io ser como marcos simblicos, sb forma de seus? Para i isons ura img gc nl or til por mera nosalga, "No obstante, um ato problems, od pstiméal ura nfo representa por edifice, logo sug numa parte da Escopa, princpamente na Franc, pls de tea ral ao campo ea Smimensoeslbo monument: que farer quand, da mest fo ‘a quo jowem patrimnio industrial fomado ebsleto, a cles eer ode em vrs doe tera deltas? Que now tna se pode dar una plegem aie fol maar mail dese pty da qual resisted spe- nas lis reconqustadas or poplagSs urbana ecercadas por Clegants casas de camp? Nio pornos de precedenes que nos Sjodema resolver emer nor de destvag de esage terra Edficio rtindustrae: cm compensa, ete una ta dict da reutlzaglo do pattionio pind, © mesmo de alguns monuments anges Ess pitas nem por no sio me no compexas. ‘Optio de D’Annunso toma emblemstic 0 cas do anf- teatro de Veron, abrind-o8 drat moderna, Hoje, os ta tose anBitetotanigor male bem contends expernentam uma nova vids serio doespeticl. Prt, zag regular Fn i foes € posse! pla const, reste ciclo ru ves eet Por eM Seagate Nas casos exepconis eet rns difunde suger quando stata de dar uma dest aos velhos efor elipooy, de elfo a8 con ao res yc plctes arcs, hospi, c= se ance ec, que fram obraxprimas dares ee al ArfongGcdtas cats, bots, ae caae univer, fndayes) sem 3 concOr saa tain de presi ini sees soi ot) see (eset, moran comer) cs wulrie pale csr lo mercado pido Em ads ee ass a ho de inf enttreexiger ma compete Tees eapeci tem um custo exes profit, Epo sto que SSRET ERS que reuters rental ogucem eras cer tn ju da fncoaiade Nese case rsa = ee Sat de ea conti por” cartape proce eee elauand setae peservar amore de unarmalha a mest name quando se reume 20 scl SPEEY Eitan ed ambiente nemo de um cic. A pros Se tan na Fang ecomesoes rats dextrtvas que 2 sere eas minigeave ou a xctrios Da mesa fo cet forma, ember prinnt,lourveleneresante vo Nat de bltardesantarcm jamenta deus soi, TEEN gomon cies frances a verdaios massacres (eine ethers), exectados por orguismos desprovidos Geet tenes nee. Alga avr de reutzagbes ni oe ciulracaparemtement cress no scam que ope came cine En preciso tnfornar rg Rote Sal em Fess por onde desta centers de ares de vis ane riage de dus restr? Nama escala mais fh don stntes ssa es justices qu [7 earcara ce ftp ene tas ee pl cet de Ferree te mafic eur dar Sims Ge doo. Ver C800, Sim ruc ty Case dermocuents sorge, 1985, to conserva da casa de Hors, transforma em mass. Eo ‘Sinpenaros ua der resdénis ris novaorarcontuas porcae mrstoatateto oot! Vn Betis, ft exemplacmen- IPicstoundo perm uma grande empresa ely que atl coms sede scl ‘A prica de reutliago deveria ser objeto de uns pds Ue eas os ton ee ace cea ‘canbe ins ma long vida da rads wrbanase dos er ive Progressvamente, a letra eo espiito museal da lei de Wa? foram abrandados. Mas, na falta de bases te6ricas, sua dt 1962 Jourbaniatca esfurnot-se. A ogi de valrizag, implicita a nignasao da instrument juridico que & 0 “plano de protegto ae Moruagdo” vali com a da protegSo e a pe a servigo de se ence que serve para tudo — 0 de desenvolvimento "A parts de 1975, colocse na cea internacional a questo «da intepragto {las conjuntoshistricos) & vida coletiva de nossa paca! Ein 1976, ern Nabi a Unesco adota uma Recomenda alti proto des conuntorhstrco ¢tradiclonas «20 papel ma vida cotemperdnea, que continua sendos exposigto aeeartjon ea argumentagao mais complexa em favor de wm tar derete mio museal das malhas urbanas contempordineas, Esse Tetemento constitu também o texto mais hicido sobre os pes {osinerentes ess paltca,O valor social do patriménio menes « 0s gmalhas histéreas,jéreconhecido por Giovannoni, éavaliado & Pere nteresses imobildriose turisticos, cujo extraordindrio de- ee pimento ele mal podia imaginar. Além disso, pela primeira aaa onservage viva cos conjuntosantgos€apresentada como eerie de lutar nfo apenas pela protegio de particulrismos “Beige locais, mas também contra o processo planetério de Danalzagio e estandardiracio das sociedades e de seu meio Dee entzo, oreapropriagio ea valorizagioda cidade antiga tomaramse a ladainha do concerto patrimonial das nagies, Mas carr onsenso engloba uma mltiplicidade de casos ¢tipes de in- Cerrcngdo sobre a cidade hist ric, Sio casos no comparives 0s ac grandes epequenascdades, das economicamente Présperas€ ssa edades em crise, de todos os intermeditrios entre aquelas ajo atrmdnio no passa de um elemento de prestigio ¢outras cree ele consti seu principal recurso, Séo itervengses de ay patureza divers, is vezesconflituosas. Ora cidade histric, asim ‘como © montimento individual, é transformada em produto de consumo cultural —reuilizagio ambigue, no melhor dos casos iia, e que disimla sua natirera muse —, ora pode ser desti- nada a fins econdmicos que se beneficiam simbolicamente de seu status histrico e patrimonial, mas que a ela née se subordinam, ‘Opprimeiro caso vé, pos, a cidade patrimonial posta em cena « convertda em cena: de um lado, ikuminada, maquiada, pars ‘mentada para fins de embelezamento e midisticos; de out, paleo de Festivais,festas, comemoragSes, congressos, verdaderose fl sos happenings que maltiplicam o niimero dos visitantes em fun- ‘lo da engenbosidade dos animadores culturas. O objetivo destes ‘ltimos € preparar os vsitantes para a criagdo de uma atmosfera convivial, descrita por uma associacio de protege de uma grande cidade francesa como "a de uma verdadeia aldeia™ A live e har- ‘moniosa continuidade das figuras espaciais que ligam os edificios urbanos entre sie a seus arredores, 0 ambiente dos italianos 36 interessam a uns earosarquitetose amantes da arte ‘A indiistria patrimonial desenvolvew os recursos de embala- {gem que também permitem oferecer os centros eos bairras ant- {06 como produtos para © consumo cultural, Estados e municipios a eles recorrem, de forma reservada e discreta ou abertamente, «em razio de suas opgies sociasepoliticas, mas sobretudo de acor- do coma natureza (dimensées,cariter, recursos) do produto a ser langado e segundo a importancia rlatva da enda que se espera ‘obter. Um arsenal de dspositivos consagrados pela pritica permi- te attire fazer que permanegam os amantes da art, organizar 0 uso do seu tempo, de desambients-os mantendo-se a familiarida- de e o confort: sistemas geficos de sinalizacio e de orientacio, estereétipas do pitoresco urbana: alameda, pracinhas,ruas, gal rias para pedestres, pavimentacio os laeadas & antiga, guarmeci- dos de mobilirio industralizado standard (candelabros, bancos, cestinhos deli, telfonespblicos) de estilo antiga ou no, leads, de acordo com o espaco dispanivel, com esculturas contempors- eas, chafarzes, vasos rsticas de flores earbustosinternacionsis esterestipos do lazer urbuno — cafés ao ar live com mabilirio addequadbo, barracas de artesios,galerias de ate, ljas de objetos m4 usados e ainda, sempre, po toda pat, sob todas asus formas (regional ext, indusal),oretaorate ‘Quanto mederiaso da alka urban ani cla tua pren- chen ou vain cnentes ou cits par aso. Os lings nos Srinaam vl semitico do contrast. O sentido constr Saconigtiade, com bas a diferengs, mas desde que stop Tofo do dynos se converta em articulagdo. Os elementos argu {ektnicos moriernos (ou pés-mdermes), que se supsevaloriarem "eae ni, caro fem, ded oe espe ea Srsculagdoe suas ears rorfoligcas¢ que nfo sjam implant dow, como em geralaconece, a mala urbana histrica deforma tutbnoma, come objets independentes e auto-suficientes. No tnelhor dos casos, eles servem 8 imagem midtica da cidade, de ue se tomam © emblems o sinbolo: Montpelier ou Nimes Srattucm, na Pana, exemple que apkdamentefizram esc- lnvem Amiens em outros ngres No por das pes, hud dispelo gant, clesinduem desl ea desereacio dla maths atiga, Ai construgtes da Unio Europtia completa a dlcompesiio dos belos bros d sal XI em Brac. ‘Nemeroses, orem, sos cidades qu, assim como Maelha, tampes e Valencennes, na Fraga, abandonam sia maa urbana antige Outrasneglgenclm setore intros em provit de zona {Te podaares ou consideradas mais strates, osinda em favor {de una zona proteideib Efeitas perversos © puis histo argutetnicoseeniguece, nto, con- tinuamente, com novos teste qi nl par dese vals explora. Aindsra pation enaeta em pres c tocar pedagelaedemocrkica nfo rata filangada nial- tment undo pedo, perspec ena iptese do desenvok mento edo trsmo. Ela representa hoje, de forma deta ou inet, una parte crescent do orgament eda renda da mi Ges, Pre mos estas, eles, munis, ela sigiica a ns Drevivnca ¢o futuro econdmico,E é exatamente por isso que @ ‘ilorizagio do patriménio hstrica representa um empreendimen- toconsideréve ‘Como deve ter ficado claro, © empreendimento tra, no en- tanto, efeitos secundérios, em geral perversos. A “embalagem” {que se dé ao patriméniohistrico urbano tendo em vista seu con- Sumo cultura, assim como o fato de ser alvo de investimentos do ‘mercado imabilérie de presto, tendeaexclur dele as pepulagées Teas ot no privilegidase, com elas, suas atividades tracicionais ce modestamente cotidianas, Criou-se um mercado internacional ‘dos centros e baittosantigos. Para tomar um exemplo respeitivel, ‘como poderi a Republica Checa resstr demanda do fluxo de turistas que invadem Praga? Como podersevitar vender uma ps te de sua capital aos pafses € empresas que, atualmente, s80 05 Ginicos em candies de The permit restaurar esse patrimSnio com ‘nffo-estruturas degradadas, de tirarproveito dele, com todos os riscos de deterioragio paralela e de frustracio dos habitantes de Praga que a operagio implica? O mesmo problema se colocap: ‘muita cidade antgas dos paises do Leste europeu, da Rissa, de Potsdam” a Sto Petereburgo, Mas as cidades da Europa ocidental também no escapam a sto, Entre as pequenas, ocaso de Bruges, {que hi vinte anos estava em decadénci, & instrutivo: se atu mente 0 artestnata de rendas esté mort, as butiques de rendas importadas de Hone Kong invadiram o andar térreo das velhas habitagbes, que rvalzam com as cervejaras e com as galeras de arte, enquanto dias cadeas hoteleias internacionas dilaceraram ‘maha urbana antiga, implantando nela enormes hots, ‘Alm diss, em vez de contribuir pra preservar as diferen «as locas © conter a banalizagéo primsria do meio onde se vive, Como esperavam or redatores da Recomendacdo de Naibi, ava lorizagio das centros antigos tende paradoxalmente a torar-s ins- [Eee cna suo XV, sted oa sep enters ban, da ‘ac sn loners sade orm ene, temos ie ‘dtp canon o potas de cosera ela e destin fa ‘Soa pedo tree tacos do nantes da inact © ‘eset peas pars cot prt de Beri. G- De 26 trumento de uma banalizagio secundéria, Algumascidades, assim como alguns baitrs, resistem a iio, ajudados por sua dimensio, sua morfologia, suas atvidades, pela forga de suas tradiges, pela simples riqueza que possuem ow pela sabedoria de suas autorida- des, Outeas comegam a se assemelhar tanto entre si que os turi- tase empresas multinacionals nlas se sentem em cas [Esser efeitos somatt-se os que comecam a preocupar os pro- fissionais do patrimSnio. Culto ou indstria, as priticas patrime- is estdo ameagadas de autadestrucio peo favor e pelo sucesso de que gozam: mais precisamente, pelo fluxo transbordante © frresstivel dos visitantes do pasado. Por um lado ese fuxo ara ‘nha, corti e desagrega os sols, as paredes, os frgeis ornaments das ruas, pragas, jardins,residéncias, que no foram concebidas para tantes passos spressados nem para serem apalpados por tan- tas mios, Desde sempre, quando ainda estavam em uso, nossos ‘monumentos eram mantidos e nossas cidades repavimentadas, ‘cansolidadase pintadas,reerguidas num combate sem téguas con- ‘rao tempo, Mas o ritmo das reconstrugées nio pode aumentar © ccontinsne aumentando Sem comprometer a duracio ea autentici dade da heranga arquitetinica. A praga Sto Marcos, devastada ‘num piscar de lho, recuperou sew aspecto familiar —mas aque prea? A obra desagregadora do tempo, das estagbes e dos usos, dos cataclismos natura, das guerase da poluigio quimica, acres ‘centa-se agora a desteuiéo cultural, enquanto, exces de alguns grandes monumentos feligisos concebidos para a eternidade © dlestinadas a acolher os povos, eexcetuando-se também os “rag- ‘mentos”isolados, esquecidos ou desprezados pelos tur operator ‘sautenticidade, no sentido em que a entencia Ruskin, vai se afas tando cada vez mais dos edifcis que constituem nosso patrim- nio histrico. Por outro lado, ofuncionamento do parque patrimonil en ccontri-se ameagado de paralisa pela satuacio fisica do sistema, Relativamente a visitantes/segundo e centimetros quacrados/vi- sitantes, og equipamentosTocais quase em sua maioiaj6 ating ‘FEE Le Linen, “Ditiotone au our operon”, Rene de Acne der iene mrs otis, Pt, 187 a am seus limites. Além iss, as infra-estruturas de transporte € {de alojamento dos vistantes tendem a se restrngir por falta de fespao ua degradar lugares e paisagens “A exploragdo do patriméno histricearquitetOnico est, pois, fadadia ao esgotamento,amenos que se recuzam os custos de man tengio e se regule 0 fluxo de seus consumidores, Mas, antes de ‘consderaras medidas que permitiriam controlar deforma efetiva A situagdo, & preciso se perguntar se a empresa patrimonial tam- bbém no tem efeitos secundérios ou perversos sobre arelacéo do grande piiblico com a heranca arguitetOnia, Essa incéstria res pponde adequadamente a demanda de distragio da sociedade de Itzer e confere,além disso, o status sociale adistingo™ associa- cdos ao consumo dos bens patrimoniais. Mas onde fica 0 acess0 20s Valores intelectuais e estéticas que hé no patriménio histéico, {ua genese e desenvelvimento tivemos a ocaso de descrever? ‘Aparentemente, ¢ a acreditar nos dscursos institucional € rmiditicos, 08 valores artsticos€ relacionados ao conhecimento fo softeram mudangas. Para os especaistas,historiadores,ar- {quedlogos,historiadores da arte arqitetos esse patrim6nio con- tina sendo, efetivamente, um vasto campo de pesquisas © de escobertas, cojavalorizago representa, quando muito, um incé- ‘modo e um aborrecimento, O verdadero problema € colocado por agueles que me recuso a chamar de massa, pelo vasto piblico {los individuos para os quaisa vista aos monumentos nio é un fim em si mesmo, para aqueles que, individualmente esperam do patrimGni histérica mais que urna dstracio —esperam dele wma Friciagdo 2 alegria do conhecimento histrico © aos prazeres da arte. Esse prblico & em geralenganado em massa pela indistria pitrimonial, que — temas de admitir —, na esteira da evolugéo Gas sociedades industriis avancadas, tende a vender-Ihe iasSes & suisa dos valores prometidos Valor historic: adjetvo histérco € adequad para qualifi- caro residuo de visdes ede espeticuls frgmentads eeftmeros, ‘co lugar na continuidade do tempo e dos acontecimentos ne- rnhum quadro cronoldgico existente € capaz de apontar? Os ho- TEP Bowan, La Diino, Pr, de Minit, 1988. 28 mens das sociedades industriais avancadas jé no aprendem de or a5 datas, nem 0$ textos, nem, ais, a tabuada. Em todos os ominios priticos ou tericos, sua meméria se apbia, se alterna & E substituds, a cada dis, por préteses cada vez mais potentes, ‘capazes de armazenare de apresentar de imediato, quando pedi da, uma informagdo enciclopédica quaseilimitads, relativa a pas ‘ado ou ao presente, sob a forma de palavras, de nimeros e de imagens. O maravilhamento de Perrault diante da forca de liber taco do livro impresso nos faz srre, ea carga que seus contem- porineos ainda impunham & sua meméria nos parece excessive. E 2 Escola nfo se preocupa em trazer uma compensagio, que seria também ume garantia para oespirito, essa mecanizagio das ope- ‘ages de memériatradicionsis, Aa contri, ela responde 3s re- ‘nincias da sociedade com sas r6priasrenGncias, especialmente fos ensinamentose balizamentos da histéria. AC os administrado- Fes do parimdnio tem um posto a assumie e uma tarefa a cumprin. ‘Qual pode ser, com efeito, valor histrico de um edifcio ou de ‘um conjunto de edifcis ge nfo tiverem a bela linearidade tem- poral tao pacientemente edificada pela histéria, tio pacientemen- {Ce apreendida e conservada pela mem6ria orgincae pouco a pouco ‘elu a uma abstrag pelas memérias artifciais? Como se pode, Sem esse suporte, canstruiro quadro de referéncia que dé o signi ficado histGrica a um monumente, a um conjunto urbano ov 2 soma aldeia antigos? Valor artitico; hoje ele parece ser reconhecido universlmen- te. Os obstdculos ou tabus que reservavam a fruigio das obras de arte aos iniciados, cites, privilegiados ou herdeiros, qualquer {que seja o nome ou o status que se Thes queiraatribui, poderiam Ser superados. Vérios process, incorparados e explorados pela tmidia,contribuem para isso: constitucie do museu imagindrio aberto a todos, a posibilidade sempre crescente de acess is obras reais; evolugo das artes pisticas contempordnease, em part cular, da arquitetura; 0 desenvolvimento do mercado da arte. "André Malraux celebrouo milagre da reproducio fotogéf ca: gragas eo espago que The € préprio e propicio& difusio, el pide reunir e confrontar a totalidade das obras malores e meno. Tes, gigentescas e mindsculs,glorosas © anGnimas, de todos o zn tempos ede toda 8 civlizagées, para mostrar sua transcendente Unidad. Ao mesmo tempo, pele fato de nfo serem ras protsi- ds pela distinciae peo sgredo de seu iolamento, de serem tenposta erevladst 8 luz do dia, ab obras tornamseacessves a todos e parte do universo familiar de qualquer um: a repreduio fotogrficaconvida ao conbecimentodietoe 8 visita efetiva aos ‘onumentos. Hoje, no apenas pela imagem, como era o deseo die Malraux, mas m sua realdade que as obras aptas da human dade se torn acesives am ndmero muito maior de pessoas. Mas de que acesibiidade se tata? ‘Toda desmistificagi pode levee a uma ota mistifiagSo™ A riqueaa das revelagaes etétics que ese tes0uto,descaberto em sua incurpetivel proximidade, pode oferece foi proclamada ‘emaltoc hom som, logo apresentac,eroneament, como ine- rented caréncia da obra de are- Nessa circunstinclas, ver esaber perto des a densa prevenca dos testemunhos da arte do pussido ede hoje, abe apenas um acess lus. Essa “el presenga”? dle nada serve se no se renem as condigSes de sua recep, ‘megar pelo reclhimento no tempo eo sci: ultrepasido tum certo limi, tanto no museu quanto dante e dentro dos mo -numsentos, a flixo dor vstantes rei ou mata 0 prazer da art. ‘Alem disso, a experincia estetica,cabe reper, €0 resultado de tom percueainicitico. A do patriméniohistérco arguitetSnico ‘io foge a esa regraecomportadifculades prépras. rverdade que existe ediicis que, valendo-e do sublime, se impem de forma imediata. Mas esa stugio rar. A argui- {ecura 6a nica, entre as ates mares ujo uso faz parte de sa esaéncin © mantém uma relago complexa com suas fnalidades, estén esimbia, mas diel de aprender no caso das edificis 3 Maa mld comet side po. ome te Paadene ‘nel cers, Tn, LEchorp, 198 eo defo muse, as ‘Sie Hn due peo beets rumen ea 27 Thala gil tdi ftmente bl iro dG. Stsnr Raa Pre, Lanes aber snd Feber, 1989, aap ances de NCR de Po, Pu Gala, 199-4 re revenge Ste de rscendénc eget toh bra de arp: le nt, ory wnimpordct dps eet ‘se frome Gay site sonpee mare ps teres | histéricos que se tornaram érfios da destinaglo pritica que Ihe sess origem. “56 posto the falar de forma aproximada de uma coise tic randiosa",diis Eupalino a Fedo, para sugeri a dimensio inco- ‘unicével da cracio arquitetOnica ede sua recepeo, Por um lado, 8 arguitetura é Gnica arte cujas obras exigem ser percorridas fisicamente, 86 ela exige deslocamentos, percursos, devios que iimplicam o envolvimenta de tado o corpo e que nfo podem ser substituides pela percepeio visual isolada: lembremo-nos de que Dédalo foi o patron dos arquitetos, Mas, por outro lado, come negar © papel do conceito na prtica da arquitetura? Fiedler re ‘cusava qualquer explicagdo da obra arquitetnia. Essa negacic na verdade visava fazer reconhecer a ieredutibilidade da experi cia estética. Sob sma forma mais desafiadora, a mensagem € 3 mesma que a de Eupslino e, portanto,nio deve ser entendida lite ralmente. A palavra prepara para recepcio da obraarquitetSnica desde que he sea dado o justo lugar que, com cinco séculs de dlistincia, Alberti e Valery definiram de forma idéntica:didlogo™ ‘em presenca da obra, entre prticas e os nlo-prticos, que supse ‘uma linguagem comum e as mesmas referencias. “Tal dlislog ¢ atualmente negado a um pablico que, em geral no adiru por si mesmo ess inguagem e essas referencias, que iniclado por animadorese “engenheiros culturss’, muita vezes no especialstas, deixando-se enganar pela promessa de uma semantiaago fc?” EV log de Scrat Feo coi vor em que nc ‘de Expl © Fedo Pat Alert dilog ccs do restart eso rs forgets dase) é pe ated nde rq 29, gitar al ques tana eter sped rite qin ‘elo VI, no tam ma epg pr eve og. En erpenn el pel nm ga um dct cee enue vee os Cpe the aracrniamerte pus ope guts 30.Or edie mgs esto rps, ns ds de hj, por una no ‘ec, aimee pl teed ingest do Sento, a» exe de ‘ear rocigiesbamana, onas coe fry, tendo doce i Cm ‘leas dtm manors seats ne it: Moses, Succ gn conjures arts as Pobre dest de ae “Sidi to, de oma maou mens ey sents po ses lbs (ates def Auger de Cate, Calflans) No cfr de m

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