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_ Titulo do original Ot) VA L'EDUCATION? © Unesco, Paris, 1948 ¢ 1972 ISBN 85-03-0025i-5, Capa Eucexno Hiascu CIP-Brasil. Catalogagio-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Piaget, Jean, 1896-1980, Potip Para onde vai a educagdo? Tradugto de Ivete Braga. - 15. ed. = Rio de Janeiro: José Olympio, 2000. 00-0107 cpu -370.1 SUMARIO PARA ONDE VAI A EDUCACAO? PARAONDEVAIAEDUCACAO?......... permis) (ODIREITO AEDUCAGAONOMUNDO ATUAL cee ‘ADeclarasio Universal dosDiretos do Homem..... ” 1. "Toda pessoa tem ditito educagio™ peer ents 70) “A educagto deve sergeauit” ‘Os pas tém, por riordade, ‘proporconadasseuihos* to 3 excolha do género de edueasio a set 1V. ““A edacago deve visa a pleo desenvolvimento da personlidade humana 1 tefoo epcho pes cos do homer cl iberdade fd "Beas inelctial 2) S 8 Educagiomoral =. : ee LV. “A educagho deve froreceracompreensio, 3 toletnca¢aamizade entre 1- arms odncr ipso conn, anim omg dena ratvidades as Nagbes Unidas patsamanutengio daar. 72 II. PARTE PROSPECTIVA A. 0 ENSINO DAS CIENCIAS 1. SABENDO-SE que uma das questées que mais preocupam as autoridades escolares ¢ universitirias de diferentes paises ¢ 0 timer muito baixo de vocagées cientificas em re mero proporcionalmente bastante avultado de dantes que se-orientam para as carreiras literdrias, 6 que nisso reside um dos problemas c cago de amanha resolver. Ora, no é menos evidente que tal probleria nao se iré resolver por si, pelo simples jogo automé- tico das forcas econémicas do momento: as carecer de mais especialistas ou homens variados campos da do que atualmente nomistas poderio insistir constantemente, de pi gravidade de semelhantes lacunas, ¢ os interessad atuais alunos dos estabelecimentos secundérios e em vo poderio ser periodicamente informados das fracas per 5 que se oferecem a uma preparagio predominantemente ia, em comparacdo com as profissées consideradas garan- is desde que se adquira a necessiria formacio cientif res esto longe de possuir 0 peso necessério para influir na orientacdo escolar ¢ uni ia dos candidatos a diplomas, e © pais continuam, por exemplo, a pensar que 0 conhecimento do Latim constitui um “abre-te Sésamo” bem mais eficaz que 2 ‘qualquer outra iniciagio. Parece pois fora de divida que, para eajustar, nesse particular, as formagbes escolares as exigéncias dda sociedade, seré preciso proceder a uma revisto dos métodos ¢ do espirito de todo o ensino, muito mais do que contentar-se ‘em apelar para simples fatores de bom-senso. Percebe-se entio que essa forma envolve essencialmente néo apenas a didética especial de cada um dos ramos desse ensino cientifico (Matemét fmica, Biologia etc.), mas uma sétie de questoes mais. gerais, pré-escolar (4-6 anos), a do sig (de que todos falam'e que bem realmente de forma eficaz), a da psicolégicos adquiridos acerca do 1cos_educadores cacao dos conhecir jolvimento da ‘como nos niveis secundatios. B pois imprescindivel que abor- demos esses problemas, a comegar pela discussio da formacao sientifica dos alunos, embora tendo que voltar ao assunto mais adiante em mais ampla perspectiva, ‘Tomando como ponto de partida os dados psicolégicos de , pois esta em contradicao flagrante com o que se costuma geralmente admitir. Com efeito, considera-se via de regra como evidente a existéncia de diferencas individuais de aptidio entre 65 alunos, diferenca iportincia aumenta com a idade € de tal forma que se alguns deles se apresentam manifestamente mais dotados, seja para a Matematica, seja para a Fisica, etc., outros 56 poderdo apresentar resultados m térias. Ora, ap6s haver estudado durante varios anos a forma- do das operacdes légico-mateméticas na crianga, dedicamos Posteriormente muitos outros—primeiro com B. Inhelder—ao estudo ‘da inducio de leis fisicas elementares, ¢ a seguir—em ‘nosso Centro Internacional de ia Genética (e com @ ajuda permanente de alguns fisicos eminentes)—A anélise do desenvolvimento da cau: , entre 4-5 anos € 12-15 is de 120 pesquisas de detalhe foram levadas a efeito los aspectos dessa questo sumamente com- plexa (problemas de transmissio do movimento, do calor, etc., 2B composicao das forcas ¢ dos vetores, mudancas de estados da ‘momento dinimico ¢ trabalho, linearidade e distributi- Vidade, etc.) Pois bem: excetuando-se algumas jovens que, embora néo sendo menos inteligentes, simplesmente no se in- teressavam por tais assuntos, no nos foi possivel levantar dados sisteméticos que demonstrassem a existéncia das aptidées em xdos os colegiais, das mais variadas i fio ou superior & média, revelaram a mesma 3S Ou precoces, e aqueles cuja fornecem naturalmente maus em questio. Nossa hipétese € portanto a de que as supostas aptides diferenciadas dos “bons alunos” em Matemét mente na sua capa‘ Ihes € fornecido; tanto sio bem suc mente aptos a domi do a0 tipo de ensino que essas matérias, que entre- far OS assuntos que parecem ndo compreen- s Ihes cheguem através de outros caminhos: idas que Ihes escapam & compreensio, € lo possivel—e nés o verificamos em diver- S08 casos—que 0 insucesso escolar em tal ou tal ponto decorra de uma passagem demasiado répida da estrutura qualitativa dos problemas (por simples raciocinios légicos, mas sem a introdu- Ho imediata das relagdes numéricas e das leis métricas) para @ esquematizacdo. quanti equacées jé elaboradas) usada habit estrutura de todo 0 er pensar que uma reforma de gr le profundidade ness ensino " hhaveria de multiplicar as vocagdes de que esté a carecer a so- Giedade atualmente. Isso, no entanto, quer nos parecer, dentro de determinadas con c de toda pedagogia da ia, mas que parece imperativas nos diversos ramos da métodos ativos, conferindo-se especial relovo & pesquisa espon- tinea da crianca ou do adolescente e exigindo-se que toda ver- dade a ser adquirida seja reinventada feconstrufda e no simplesmente trans es mal-entendidos reduzem bastante 0 valor das exper realizadas até agora nesse sentido. O thar ou brincar segundo melhor thes aprou ‘© educador continua indispensivel, a criar as situagdes © armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas titeis & crianga, e para organizar, em seguida, contra-exemplos que levem a reflexio ¢ obriguem a0 cont das solugdes demasiado apressadas: 0 que se deseja é professor deixe de ser apenas um conferencista e que estimule pesquisa ¢ 0 esforco, a0 invés de se contentar com a trans- i es i . Quando se pensa no nimero de evidente que imador, para para que se chegasse & Matemé- tica denominada “moderna” e & Fisica contemporiinea, mesmo ‘a macroscépica, seria absurdo imaginar que, sem uma orienta~ ‘¢fo voltada para a tomada de consciéncia das questées centrais, ppossa a crianga chegar apenas por si a elabor4-las com clareza, No senti ainda € preciso que 0 mestre- animadi a0 conhecimento da su esteja muito bem das_peci desenvolvimento psicolégico da inteligéncia da adolescente: a colaboracio do experimentador por conseguinte indispensével para a pritica efi dos ativos. Nos perfodos que se inauguram atualmente para a educaco, dever-se-4 por cons 5 dos instrumentos de uma Psicologia a que chamam de “apli- cada”, mas que, na realidade, estava reduzida a aplicagio da- quilo que ainda no se conhecia, tal como a Medicina do século XVII) © a experimentacio pedag6gica met6dica. Com referéncia, por exemplo, ao ensino da “Matematica mo- derna”, que constitui progresso verdadeiramente extraordindrio em relagdo aos métodos tradicionais, a experiéncia com fre- giiéncia prejudicada pelo fato de que, embora seja ‘“moderno” © contetido ensinado, a maneira de o apresentar permanece 2s ta_psicol6gico, enquanto funda- mentada na si se tente adotar (¢ bastante precocemente, do ponto de vista da “inar dos alunos) uma forma axiomética. Daf as severas reservas de grandes mateméticos, como Jean Leray, na revista L’enseignement mathématique. Ora, semelhante si- tuagio € tanto mais surpreendente quanto, s¢ os professores de ssem a tomar conhecimento da formagéo "das operacbes légico-mateméticas, des- cobririam que existe uma convergéncia muito maior do que se poderia imaginar entre as principais operagies usadas esponta- neamente pela crianga e as nogdes que a ela se tenta inculcar pela abstrago. A partir dos 7-8 anos, por exemplo, as pessoas descobrem por si mesmas operagées de reuniéo ¢ de interseecao dos conjuntos, assim como produtos cartesianos, ¢ a partir dos 11-12 anos chegam a partigio dos conjuntos. Observa-se bas- tante precocemente a formago de diversos morfismos ou fungSes «e pode-se, nfo raro, falar em “Categorias”, na acepcio de McLane e Eilenberg sob formas elementares ou “tri nos significativas quanto a seu valor formative. Uma coisa po- rém € inventar na aco ¢ assim aplicar praticamente certas ope- rages; outra € tomar consciéncia das mesmas para delas extrait um conhecimento reflexivo e sobretudo te6rico, de tal forma que nem os alunos nem os professores cheguem a suspeitar de que 0 contedido do ensino ministrado se pudesse apoiar em qual- quer tipo de estruturas “‘naturais”. Muito se pode esperar por- tanto da colaborago entre psicélogos e mateméticos para a ela- boraco de um ensino “moderno” ¢ nfo tradicional da Mate- mética do mesmo nome, e que consistiria em falar a crianga na sua linguagem antes de Ihe impor uma outra j4 pronta ¢ por 6 © sobretudo » ao invés de se pasa tematicn para a Figen e para a5 ‘xperimentais, a situacdo sera completamente sutra, id amente utr, ff que 8 Ite fata das ection, at nes atinos aes fc Hive consist em haverneggeniado gous que tcmsoe a ago dos alunos ‘no tocante a experimentagdo, Nao = eS experiéncias fie © professor venha a fazer pe- Ou as qe fizerem eles mesos com suas aefaes Ios, segundo pork m esquema presstabeesidoe que thes € pesmente dado, que hes haven We toda experincia on lar as regras gerais como as variagées de um isas todas iguais, aliés”), ou fortuitas ¢ das variagdes regulares, linda que em cada um dos outros, os "rio conferir uma parte cada vez maior eri format al fendmeno clemens of 8 all pe eas implo sentido da palavra, é sperieeese re a pale pin pinot a aon denna ome Experi, traasformando-se em simples sheen on tuido de valor formador por falta da compreensio suficiente dos pormenores das etapas sucessivas, Em resume, 0 prindpio fundamental dos métadosatvos x6 Bete vnc rin das Citncian aati pode Expeeso:compreender é invent, econ as reinver € sera preciso curvar-se ante tais Aue se pretends, para o futuro, € mldar i Produit ov de star, c ao apenas ropes alivos se deverdo impor no vem divida 0 da aquisigao da: luma experiéncia que nao seja duos capazes de 7 ete fee 4 corn ar certos educa- oe ee areees eee ‘com base icologia. Para chegar—através jinacaio Ffssar por um certo nmero de fases earclrizndes por ia gue adlant rs eonsierar eradas, masque parece ser necess- fas para 0 encaminkamento as soluges fins corres. Assim € que, para explicar a si prépria a transmissio do movime através de uma sucesso de bolas de bilhar, iméveis ai i fazé-las das bolas intermedisrias por diferentes processos (1 Teer pela presabo do. dedo, ele.) continua a acres emt um 0, etc. Intimeros outros exemplos poderiam ser cita- Soe bso meno pent, Sereno o eum de do tet park desenganar os pequ ividuos, ou devera o espirito do mé- tedo ativo eonduzit ao respelto pela sucesso de ais aproxime- ‘gGes, com seus defeitos e seu valor formador? A. decisio caber as experiéncias pedagdgicas metédicas do futuro; de nossa parte, porém, acreditamos que s6 poder haver vantagens em respeitar as etapas (com a condicio, € claro, de conhecé-las o bastante para avaliar da sua utilidade). Cabe aqui ressaltar que um exce- Iente professor de um compéndio de Microf idéntico ponto de vi , F. Halbwachs, que acaba de escrever ra uso de principiantes, adotou itério (© ao qual justi- rabalhos de nosso Centro igo a0 uso corrente, jas contemporineas, com vistas a facilitar uma progressiva de nogdes que, nio fosse essa progres- o risco de permanecer parcialmente incompreen- Em seu aspecto mais amplo, o problema aqui em pauta re- 8 indagacdo sobre se existe ou nfo vantagem em acelerar tgios do desenvolvimento. E claro que toda de uma forma ou de outra, em semelhante questo esti em estabelecer até onde é cla no é sem motivo que a infincia se prolonga mais ‘mo homem que nas espécies animais infetiores; Imuito provavel pois que se imponha para cada tipo de desen. folvimento uma velocidade ideal, sendo o excesso de rapide Quanto uma acentuada lentidio. Desconhecemos orem essas leis , também nesse particular, cabera as pesquisas do futuro esclarecer a educaciio, Continuando a titulo de exemplo esta anélis futuras provéveis do ensino cient Jimportancia crescente que sem di assumir a educagio pré- scolar. Do ponto de vista psicol6gico, o perfodo de 4 a°6 aos Ke a fortiori o de 2 a 4 anos, a cujo respeito entretanto ainda filo temos um conhecimento bem sistematizado) pode ser quali_ ficado de “pré-operatério” no sentido de que 0 individeo se evela inapto ainda para o manejo das operagées reversiveis (omas © subtracdes, reciprocidades, etc.) , por conseguinte, a descoberta das conservagdes clementares de quantidades, matéria, de peso, etc., quando das modificagées de formas dias colegdes de elementos descontinuos (conservagéo dos con. Juntos) ou dos objetos continuos. Em compensagio, a erianca hessas idades j4 alcanga aquilo a que se pode chamar, no sentido Proprio, de semildgica: variagBes funcionais de Gini idades qualitativas (mas ‘no quantitativas sob sua forma Teversivel +0= “nada foi retirado nem acrescentado”), etc. Ora, apesar dessas limitagSes, mas com apoio nos aspectos positivos esses comecos de correlacionamento, parece possivel prever, & partir desse nivel, uma espécie de propedéutica para o ensing Gientifico que por sua vez teré que ser amplamente desenvolvida no nivel primério. Tal propedéutica consistir exercitar @ observacio; mas ai est4 uma atividade cuja impor- Mancia no pode ser negligenciada, pois as pesquisas revelaram ue, nesse nivel pré-escolar, as proprias conclusdes eram nao apenas grosseiras © incompletas—o que é evidente—mas ainda, fm vérios casos, sistematicamente deformadas pelas idéias pre. ” concebidas do individuo. Assim é que no caso de uma funda formada por uma simples bola, presa a um barbante, que a crianga faz girar na extremidade do braco, soltando tudo a seguir de forma que a bola v4 ter a uma caixa, observa-se que desde os 4-5 anos a agio é muito bem sucedida apés algumas tentativas, ‘mas que sua desctigio € sistematicamente deformada. Por sua ‘conseguindo soltar a bola de lado (0, uma vez. solta a bol Iago a circunferéncia descrita pela rotagao iturinhas pretendem haver sol caixa, no ponto de circunferéncia snte, como se essa bola houvesse percor- passando porém primeito pelo diimetro do circulo descrito pelo brago. A razio de tudo em que, no seu entender, a ago total se decompde subagdes: fazer girar © irar (e no apenas e que, para atirar uma bol caixa, segue-se via de regra uma_ perpen . 0 espantoso & que somente entre 9 ¢ 11 anos se costuma obter uma boa descrigo dessa ago, executada no entanto com éxito por volta dos anos, havendo sido percebidas sem diivida as coisas observ no tocante ao objeto © & prépria acio em si, mas “repelidas” de certa maneira em virtude da contradigo com as idéias pre- concebidas, E esse é apenas um exemplo entre inimeros outros da mesma natureza. Verifica-se assim que os exercicios de obser- ‘vacio poderiam ser de grande utilidade, feita a escolha dos obser- vaveis a descrever nos mais cotidianos’e clementares terrenos da causalidade, e solicitando-se descrigies de dis uma reprodugdo mimica da aca ‘guagem, por desenhos com a americano que se especializou no ensino da Fisica (Karpl Universidade da Califérnia) considera mesmo esses exercicios de observacio tio titeis a partir do nivel pré-escolar que chegou a imaginar situagdes com dois observadores a fim de educar bem precocemente a compreensio da relatividade das coisas obser- vadas, Enfim, para encerrar estas reflexdes acerca do futuro do en- sino das cigncias, preciso ainda insistir em um ponto central, mas que se restringe essencialmente aos niveis secundérios universitirios: 0 aspecto cada vez ios. Ora, adores continuam sendo lat, devido a ensinamentos ‘com efeito, na fragmen- aprofundamento espe- 0 encontro de mil ea e specializacio ¢ resu Maio, por no se compre Gializado teva, pelo contriri ‘mas parece Mepender cada v evidencia de nao pou. © desmembramento das di pelos preconceit ‘apenas contam os erenesdiscpina pare ‘ou inenos definidas © mesm Telacionam com a diversidad egoras de bse a diversidade das categori estio relacion: soon ina de dedugdes estratora taco. A causalidade consiste ‘mados em “oper € mais o fendmeno ou o observive Teconstituida por deducio e que 05 dados observados. Mas, as frontciras entre as disc uns (tal como entre a Fisk Acreditava irredut i (como sem divi 8 Fisico-Oui ece uma expli Por isso mes: a a desaparecer as OU so co- das cigncias fico © pre- teragdes \s que representam as interagdes objetos, estruturalismo biol6gico, com os proble- ibragio 0 es, mesmo que nao est ra on aan etre 68 modelos eibernetios € mas de © - ‘muito claras as conexdes entre os ; anes aturas matemétcas formalizives, etc Counc sqcsendo as estruturas da ineignciaestudadas pela Psicologia i fom todas as prece . een re aceade: vst. pedagoyico, estamos pois diante de uma situagdo muito complexa, que comporta um bi o futuro, mas que atvalmente ainda dixa Git, s¢ todo mundo se pe a falar das exigoias interisp ven, a ineeia das situapées adquiridas—ito é pascadas mas Ainde nao ultrapassadas—tende a realizagao de uma simples m tiscitinriad ats 9» ida essa ves forma porém , mem aorta en ae um epitopes Sater ut seja, sabendo cada qual gener : tits qu, emprepac reditrbutl nos stemes de eonjunto aque englobam as outras di Tras, em oes plas, $F’ csttem imbuidos os propros metres de um esprito epise- tholdgio bastante amplo 2 fin de qu, sem prs fo eh sien i rua especialidade, : Giarem o campo ja as conexdes com 0 conjunto do sistema das A ome ct homens sa aaente 30s. B. QUESTOES DE ORDEM GERAL cign- Ses em torno do futuro do ensino das Essas poucas reflexdes em 0, ticular cias exatas € naturais se referem a uma situagao que, pa 2 ‘mente importante para o desenvolvimento de nossas sociedades, ada tem de exclusivamente representativa, pois idénticos pro. bblemas se apresentam, dessa ou daquela forma, com referéncia a todos os outros ramos do saber. Mas nio ¢ s6. A primeira das ligdes a extrair das tendéncias interdisciplinares atuais € a necessidade de wma atenta revisdo Ino tocante as relacoes futuras entre as ciéncias chamadas huma- has e as ciéncias chamadas naturais e, por conseguinte, a necessi- dade de se procurar um remédio para as consequéncias catastré- ficas que advicram da distribuicio do ensino universitario em es", ambas separadas por ie6rico, a Psicologia, con- permanentemente ligada ia animal ‘ou Etologia (zoolégica), en- femiética, situada juntamente com as Cigncias um dos produtos mais diretos do espirito iformacio, nascida das ciéncias do homem, ica quanto esta & a Informética e & Lin isa ocorre com referéncia a teoria dos jogos, hascida da Economia, etc. Do ponto de vista pedagégico, € evidente que a educagio se Weveré orientar para uma reducdo geral das barreiras abertura de miltiplas portas laterais a fim de pos aos alunos (tanto de nivel secundério quanto de nivel universitirio) @ livre transferéncia de uma secao para outra, com possibilidade de escolha para miiltiplas combinacoes. Mas também seré. ne~ \eessirio, nese caso, que sc tore cada vez menos bitolado o ‘spirito dos mestres, sendo as vezes mais dificil obter do mestre ‘essa descentralizacao que do cérebro dos estudar Dito isso, convém lembrar que, entre as disci das como literéi Aivis6es estanques. Do ponto de ada como sempre Se prestou a todas as sinteses {€ que muitos espiritos—infelizmente porém entre os menos infor- ‘mados—ainda consideram como o érgio ou a sede qualificada de antemao para centralizar as relagées interdisciplinares: da Filosofia, da qual se pde a desconfiar um nimero cada vez a-se Imaior de cientistas, pelas razGes que iremos apontar, mas A qual Io so poucos os bidlogos que ainda recorrem freqiientemente, Mada a insuficiéncia de um certo mecanismo arcaico que ainda 2 recentemente prejudicou a sua ciéncia. Ora, a frdgil posigéo da Filosofia decorre do fato de que, apés ter visto separar-se dela 1a Légica, a Psicologia ¢ a Sociologia, ela assiste hoje em dia & elaboracio de epistemologias mateméticas, fisicas e psicogené- ticas (etc.), cuja reunifo, isso € facil de prever, haverd de constituir a Epistemologia de amanh3. A questo reside pois em i ro ira manter por tradigao ‘concursos outros que sobreviveram a maio sgios abusivos da Filosofia, ou se os ensina- ral irdo enveredar, enfim, pelo caminho do sgrau de agrega Pois bem, esta evolugio futura das ramificagoes “humanas” da Ciéncia quanto se beneficia o Estruturalismo de grandes tradigdes na Lingiifs- fica ¢ medra atualmente na Antropologia Cultural e em certas escolas psicoldgicas, sem falar nos ibernéti @ outros que buscam a si mesmos nessas ciéncias © se mi cam no campo econdmico. Disso resulta, para 0 futuro do Correlacionado, uma parte a ser reservada, ¢ de forma progressiva, para os novos pontos de vista, interdisciplinares por sua propria hatureza, como estes que desenvolvem hoje em dia a Psicolingtifs- ica, a Praxcologia (forma qualitativa geral da Economia), jogia ¢ a Sociologia econdmicas, etc. Tal coisa alids no ‘absolutamente que seja preciso, nos anos vindouros, ‘multiplicar as horas de ensino na escola secundéria, acrescentan- inas Aquelas j4 existentes; prever uma reformulagdo do ensino atual no se Pliacdo ‘sistemética dos pontos de vista, nada impedindo que os fessores de linguas adquiram uma cultura lingiistica sufi- fe para conferir um espirito mais arejado ao estudo da gra- mitica, € 0s professores de Histéria tomem conhecimento dos fatores gerais ‘da evolugio das civilizagdes para se referirem a outra coisa que nio seja a sucessio de batalhas € ‘Mas os problemas que persistem no caso das disciplinas pro- priamente literérias consistem na previsio de como conceder um lugar satisfatrio, na formacZo atual ¢ futura dos alunos, a estes dois componentes fundamentais da educagio cientifica: uma ™ Natividade” auténtica dos aluno: fart reinventar as verdades qu uma prética individual todos que o mesmo comporta, Def chamados a reconstruir ¢ em reciso assimilar, e sobretu- fo experimental ¢ dos mé- mporta. De fato nao se reinvents o Latin, ¢ ninguém se iria aventurar em experién. fe Pata Yer, orianto heuristicas, ou de controle das hips Hees cx sobre a civilizacdo grega.. Por outro lado, Soci Gomevamos a conhecer as fases de formasdo das opera: ico-matemiticas ou de causalidade na inteligéncis’ dos em aberto, comportem ele ae 065 compariveis Aqusas abordadas mais acima, "=? SO 0 6, a necessidade de i to quanto os futuros ci com a parte de atividade duas_sio_as_solugées. poss "que. pressupse tal formaga Menhuma delas exclusiva, aig que nos parece part visio: de programas alls 6 ets em uso), durante a5 q iiegar-se a experiéncias por sua minadas em seus pormenores. A segunda rece dever ser actescentaa i cua) cole hhoras de Psicologia (n Epistemotogia Geral) ‘04 Paicolingiistica, __Restam-nos dois problemas de ordem geral a mencionar. Brineir se relaciona com prepargio dos professre, 0 aaa ons relments a questo primordial de todas as reformas PedapSpics em perspectva, ois, enguanto no for a mesa re folida de forma saisftria, sera totalmente init. organiar telos programas ou consruir belts teoras a respeito do que deveria ser realizado, Ora, esse assunto apresenta das aapectos Em primsiro lugar exste'o problema social da valorizardo ou revalorizacdo do corpo docente primério e secundario, s edjos font, © no deter lucio (que nos pa- ada a outra) volta a dedicar algunas 10 quadro da “Filosofia” ou da futura 2 experiéncias de Psicologia Experimental 2 setvigos nio € atribuido 0 de donde o desinteresse ¢ a pen fissOes © que constituem um dos maiores perigos para o pro. @ sobrevivéncia de nossas civilizagées lectual e moral do corpo dificil, pois quanto melhores. séo os métodos preconizados para o en Penoso se torna o oficio de professor, que pressupde nao s6 o nivel de uma do ponto de vista dos conhecimentos do aluno e Jovens sio os levado a sério) ete. A preparacio uni ara a formacao psi ra os futuros mestres tanto do nivel i Finalmente, no que diz respeito a3 estruturas futuras da Unic versidade, da qual ird pois depender a preparagio dos mestres, assim como de quaisquer outros especialistas, é evidente que se se quiser atenuar a influéncia desastrosa das (or exemplo: Biologia x ou Matematica x Fisica x Epistemolo- inagbes permanecerdo inoperantes en- iplicados até as iltimas conseqiiénci no apenas por um nico professor, mas por representantes de specialidades complementares, trabalhando em constante coope- ¢ Légica, etc., apesar da dificul- sponivel, de tais apro- ide ficou evidenciada em nossas expe-

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