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PEEIPER, L. 1. A infu do ambiente familiar no comportament lidie de riangas cm panaisia cerebral em situgGo de vunerabildade sak. (Projeto de Pesquisa). FMRP USP, Ribeitig Preto, 2007b. SANT'ANNA, M..M. M. Trad ¢ adgorarao tranveultral dos protenios de avtagto do ‘modelo tidieo para erianyas om paraisa cocbral. (Dissertagio de Mestrade), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Sic Paulo, 2006. STAGNITTI, K. Manuel of the ciliated preted play actesomont (ChiPP-}: Occupational Science and Therapy School of Health Social Development. Deakin University, 2009, ‘TAKATA, N. Play as a presctiption. In: REILLY, M. (Ed). Play at expleratry karning Beverly Hills: Sage Publications, 1974. p. 209-246. WHALEN, S. Effectiveness of occupational therapy in the school environment. Con hidé Contre for Chilbood Disabitty Research, 2003. Disponivel em: . Acesso em: 06 jan. 2007, Phone sie “THUS EN EDUCAGAO ESPECIAL | i i / i DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM OU DIFICULDADES DE ESCOLARIZACAO'? UM DEBATE A PARTIR DO REFERENCIAL DA ‘PSICOLOGIA HISTORICO-CULTURAL Graziela Lucchesi Rosa da Silva? Marilda Goncalves Dias Facci® ‘Nadia Mara Eide! Silvana Calvo Tuleski* Sonia Mari Shima Barroco* ‘Agora vamos contar [A historia de uma viggemn Feita por dois explortdos e por um exploridor ‘Vejam bem o procedimento desta gente: Bseranhivel, conquanto do parega estanho Dif de explicar,embors tio comam Dif de entender, embor sea area Axé 0 minimo gest, simples na apaténcia, Olhem deseonfiados! Perguntern Se é nccesssio a comecar do mais comum! IE, por favor, oo achem natu O que acontece tom a acoatecet 1Nio se deve achar que nada € narra! ‘Numa poca de confusio esangue, Desordem oxdenada, abitsio de propésit, Humanidade desomanizads ara que imutivel nfo ve consiere ‘Nada, (BRECHT, 199, p. 132), Inteodugio ‘Comecar um texto com Bertold Brechr (1898-1956), um autor que se deperou com situagdcs sociopoliticas muito difieis na Alemanba,¢ que apostou nas possiilidades de intervengdes e de madangas, inspira-nos a pensar quanto a Arte € importance para os homens se humanizarem, e,no seu caso particular, como o teatro pode assumic um papel ‘edveatvo,esclarecedor, de busca da superasio da alienago, Por outzo lado, isso também znos instiga » desconfiar daquilo que esti posto como aparentemente definitivo & inguestiondvel. Breche desconfiava de todo processo qu parecesse de allenagio em mass; esconfiava inclusive da pr6pria escola alemi. , pois sob a inspizagio desseespsitoinvestigadorcinguieto que abordamos, neste texto, uma temitica que nos é muito cars nio-aprendizagem do aluno, a producio do fracasso escola, on ainda, 0 equivoco na anilise das difculdades de aptendizagem. Sob tal inspitagio, no que se refeze a metodologia, este texto decorze de pesquisas concetuais ou tedricas ¢ de intervengées pritieasrealizadas no pesiodo de 1996 a 2005 em escolas da rede pablica de ensino, no imbito da Psicologia Escolar, desenvolvidas “TEMAS PA EDUCAGKO ESPECIAL PAcovnets sob a perspectiva histérico-culeural. Objetivamos apresentar consideragdes te6ricas e “pitas” para uma pritica psicoldgica educacional diferenciada em relagio & compreensio as difculdades de aprendizagem no processo de escolarizagio, a qual, na maiorin das ‘vezes, em se pautado, conforme Patto (1987) e Boch (2000), em uma psicologia guiada ‘pot pressupostos iberais, que impedem a compreensio dos fendmenos socisis a partir da perspectiva histétics. VisGes biologizantes e pacticularizadas do homem tim permeado essa ciéncla, contribuindo para que a malidade sual se reduza a uma realidade individual cstéil © patologizada. [A Psicologia histérico-cultural: uma visio prospectiva do desenvolvimento pricoligico seas visdes naturalizantes ¢ biologizantes mencionadas anteriormente setiram dos homens, teabam eles ou so deficgneias ou necessidades educacionais especais, posibilidades de se verem como seres necesstiamente criadotes € criativs, capazes de aprender ou de ensinar ante detezminados problemas, reiram-lhes ¢ chance de se verem com potencialidades ¢ capazes de estabelecer vias colaterais de desenvolvimento. (VYGOTSKY’, 1997) Seguindo o consclho de Brecht, é preciso desconfiar dessestipos de visdes “cienicas”. Segundo a perspectva vigotskans,nlo & comum ou natural que as pessoas no aprendam e, consequeatemente, ako tenharn o desenvolvimento movimentado, Nio comum e natural que se vejam como incapazes: a0 contréti, 0 comum e 0 natural é {qie els se vrjam como neceetrinmenterrindorase ciatvas, Seria de se esperar que o& ‘homens pdessem se ver como sujeitos eapazes de seproduir advidades da vida cotiiana ‘gue lhes permitssem ser identficados como homens do seu tempo, mas, também, que ‘les pucessem crar sobre aquilo gue a humanidade ji iaventou, que pudesser lidar com desenvoltura com as diferentes elaboragdes humanas. (BARROCO & TULESKI, 2007}. Sera de se esperar que, n0 caso de alguma dificuldade de cunko fsico-neurclgico ou mental, pudessem encontrar formas de compensi-l ede superar 08 obsticulos. Se esse & 0 curso esperado, conforme a perspetia vigosskiana, porque ele nfo tem sido adotado? Em tempos de ideologia ncoliberal, de aio-trabalho para tantos, & comprecasivel, mas no justieive, que as pessoas ce vejam em situagio de esvaziamento desea capacidade criadara e cratva que thes seria inerente. Na stualidade, veri existéncia de uma pritca de explicat a go alamo fam, ox 0 de que ele € privado que o leva 0 2 fracasto escolar os disiebios de aprendi2ngem, os problemas comportamentis ¢/ou transtornos emocionais, Assumir a existéncia © a impetiosidade de tais ccomprometimentos tem sido algo que no provoca exrarhanennr, como Brecht dizia. Os compeometimentos slo asturalgadr, descolando esses alunos da Sociedade da qual fazer parte, Assim, diante da elevada taxa de fracasso escolas, que se mantém, de fato, ppraticamente inalverada hi décadas, embora dados estatistcos pés-2001, como os do Servigo de Avaliagio da Educagio Basic ateelado a0 Ministério da Educagio ~ MEC/ SAEB indiquem modangas nese quadzo, ainda cabe disci se ess insucesso, verifcdvel, ‘ma cotiianidade das escolas, nfo seria produzido nels ou por elas mesmas. Podemos 4qoestionar se a problemitica estaria mesmo ao aluno ou num conjuato de agdes antipedagégicas do imbito histrico-social e se estamos lidando com djfenlades de phoma ‘TEMAS EN EDUCAGHO ESPECIAL { i | eprondicagem ov. corn difealdades de esslareasi. ‘Se Brecht sugere que deseanfiemos do trivial e do habitual, Lénin (1870- 1924) jd apontava que o objeto da elgncia nfo sho as casas em 1, mas 2 relagio entre cas Fazer citncia neste ambito implica, sim, em desconfiamos daquilo que aparenta ser trivial ‘e habitual: 2 queixa-constatagio de que grande parcela de alunos nfo aprende pot seus _proptios deméritos. Fazer cigncia extca neste Ambiro requista que coloquermos as coisas ‘ou fenémenos em relacio entee si. Essa descontianga daquilo que se mestre como natural esse propésito de por os fatos em relagio entre si e com as condigées objetivas da tealidade nos impulsionai a zefletir sobre 2s difculdades de aprendizagem a partir das relagdes da realidade concreta © a buscar proposigdes, em sentido prospectivo. Nossa proposta, neste capitulo, & portanto, avancar na compreensio dessa tematica, enfocando ‘quanto 0 nio-aprendizado dos alunos esti atrelado is condigées histérico-sociais que produzem o fmaeasso escolat. ‘Mudando 0 foco do insucesso escolar: das dificuldades de aprendizagem para 0 processo de escolarizagio © insucesso escolar & uma zealidade cada vex mais presente no cotidiano da ‘escola (em diferentes niveis de ensino), e como decorréncia disso hi wma massa poptlacional excluida do processo de escolasizagio; ou talvez seja possivel pensarmos {gue hi umn contingente de alunos que jé foram incluidos desde o inicio de sua escolatizasio, devido is profecias suto-redlizadoras seferentes a uin contingente: o daqueles que no iro mesmo aprender, devido a sua caréncia cultural, afetiva, is suas familias desestrucuradas, etc [Esse insucesso pode ser constatado em outros dados de pesquisa divulgsda pelo Ministtio da Edueagio: o Brasil possui mais de 16 milhdes de analfabetos, ¢ «ste ‘montante salta para 30 milhées quando se consideram os anafabeosfunconas, conceito gue “inchira todas as pessoas com menos de quatro séries de estudos concluidas”. (INEP/ -MEC, 2003, p. 6). Esses so individuos que, de alguma forma, tiversm acesso & ‘escolarizagio, mas nfo se tornattm alfabetizados e nio se apropriaramn acequadamente de conceitos cientificos, Basses dados nos impdem refletir a respeito das razdes da precatiedade da formasio escolar e da apropriaeao, também preciria, dos conhecimentos ‘pelos alunos, que os mantém distantes do mundo das ciénetas, letras ¢ artes. Contrapondo-nos & anise das dificuldades de aprendizagem e do inswcesso escolar que recorre, geralmente, is concepedes simplistas, subjetivistas ou mecanicista, ao postular que a erianga “aio aprende” em funedo de comprometimentos onginicos ou ‘emocionais, somos levadas a voltar o foco de seflexio para entender o que & escola objetivamente tem feito para o sluno aprender. (MEIRA, 2043), Nao desconsideramos, ‘como salientamm Collazes & Moysés (1996), que existam alunos com necessidades educacionais especiais que demandam atencko profissional especializada, sea em tetmos de educagio, seja cm termos de snide; contudo, é preciso analisar, ainda, o8 motives que ‘ansformam muitos alunos sadios em doentes,inviabilizando a atengio adequada iqueles ‘que realmente necessitam de um atendimento especial. Para tanto, precisamos it além. Ir além significa par o homem ¢ o mundo em constante relagio, considerando que as rlagies sociais nio faxzem apenas feo, mas so figuras determinantes para a formacio do homer "TEMAS EM EDUCAGKO ESPECIAL Phominas contemporineo. Se pensarmos em um trabalho que se antecipe a esta situaglo criticada, podemos werficar que essa temitica impae uma atenglo primordial & educacio c, se isso) fosse observado, evitaria muitos encaminhamentos 203 programas e servigos da Educagio. Especial que objetiva o atendimenso edicacional iqueles alunos com deficiéncia ou ‘comm necessidades educacionais especiais. Também nortearia, de modo diferenciado, a atuagio dos profissionais junto a educasio, ja que estes poderiam planejar suas Intervencdes antes de os problemas assinalados ocorrerem. Essa discussio de muita pertingncia« relevincia para a educacio que se pretende estat is voltas com 0 sucesso ‘colt: Sob essa lgicg anteriormente criticada, € comum desconsiderar aspectos de realidade objetiva que influenciam © processo de escolarizagio, ais comer metodologias de ensino inadequadas; poitcas piblicas educacionais que nao resultam em valotizacio do magistério e da escola piblica em todos os aivels; propostas pedagégicas que no incidem na valorizagio de contetidos curriculares; formagio do corpo docente por insttuigdes de ensino superior que deixar a desejr;relacio professor-aluno sem vineulos genuinos que motivem 2 mediagées significativas; praticas avaliativas que nio sio consistentes para uma intervencio prospectiva ¢ junto 4 zona de desenvolvimento préxima. Postul-se que ¢ preciso romper com a pobre concepgio de homem como um ser edurido » um organs individual cujofantionamentoeinsucessos podem ser explicados a partir de sos propria carareritias, dvorciando sa histra de vida pessoal dh histéria do sea povo e ds humanidade, Ao conti, a erianca que ain aprente cece ser considerada como um pessoa histrice uj exstencne desenvolvimento ce eliza nab eagdes soci: Cure superarmon o hindi impoténcia/onipoténca es propostas fragmentidas dzecionadas rnicamente 4 eines frases F impeetcindivelsalientar que Vigotski (1997), em 1950, a0 analisr @ sociedad de sua époce, jé apontava a8 contradigdes existentes entre as grandes possbiidades de desenvolvimento des potencildades humanas dadas pelo capitalism € 05 obstiulos postos para o desenvolvimento das mesmas em funcio das zelagoes soins de produ, que se esabelcem enbre a base da exploragio execida por uma clase sobre a outza. Em decorcénca disso temse, segundo ee, uma grande diversidade de tipos humanos em virude do acesso aos bens materas ¢ cultumis,o° quais se fiagmentar nas diversas classes soca, e também a armas «dirs da pentnaktade Jnana cme frre de wen desvolvimentoinadequado ¢ undatta. ‘Vigotski (1997) aeredta que o desenvolvimento pleno das potencialdades humanas sobrepde-se aos desejos¢ caraceites indivi, rendo rela dieia com as condighes objetivas de vids, Assim, o conteddo e a forma da educagio tém carter ceminentement sociale, poriaso mesmo, histricoj ma vz que o proceso de humanizagio sda pari da insergto do individvo em sex meio cultural atavés de apropriago das objeivasies prods hstrieament, dependendo mais destas do que propriamente de sua heranga genética ow capacdades biolégieas para desenvolver st. A superacio de uma anise que tunsfere problemas sociis a0 imbito individual s6 ocorre por meio de ma perpectvsteica-metodolépicn que entenda 2s selages humanas como histrcas, sto 6, com prodto da forma de os homens produairem Phoinatis “TEMAS EN EDUCACKO ESPECIAL i } E i : 1 vida, e que considere o psiquismo humano individual como produto de relagdes socials, amis amplas. Nessa diregio, a Paiolagia Histéro-Cutera! pode nos auxiliar, uma vez que vé 0 desenvolvimento das potencialidades do aluno como decorrente das condigdes ccalturais em que ele € educado, considerando apropriagI0 dos bens cultura ja pproduaidos pela humanidade. Mais do que isso, ela pressupde que os homens, do panto de vista ontolgica, sio suficientemente criativos pata encontrar meios de satisfazer suzs necessidades ou pata ctiar outras, movimentando assim o processo de desenvolvimento ‘on de humanizacio. Psicologia Histérico-Cultural e © processo de escolarizagio Na abordagem histérico-cltral, 0 insucesso escolar condus, ——————LC ———— es ee De acordo com Mt 200, p50), 20 amar ue o wedi eis do desenvolvimento vido social para oni, «oem sentido conto, Vigo (0937) define sv txe fundamental de ue “sa orgens das formas supetioge de computamento concen devecam er enconraas nas cages cis que oiavdvo teres com o mn exten” Os sj a fungi de fs pensuent, abst, io de nsumenos, eng volume lg, formagio de onerion¢ Glvenvotvimente de vontade apices dow vests, em Got plaos dino et in rrC——C——C—=—— Pano subjaiva, Matinee proceso de itenalzagn, ocor a Gannformago gue gots 0997) denomina de inerpeicolgin para inupsicoge, maa ta LL ———— # ingoesSopesoney,fandaentaeate cl Teonuy (1978) contra qu forego ds fcuadespstucsproprias Go homer socal se prod pla propio dos bens elas ¢ mates poor cr nel logenio; ee es popu di onge a formas especie ood la oe —SSEe fomane © proceso de esol, pot won ve, protons 4 forgo de noms estrus meatais eaia no avango qultatvo do desenaviment media que pessble ao sno a aquisigo © sstematzaio de concloncenicon, As, # Inediago do educador proporiona xo inno se apiopdiat de conteidos cee, aise efodfcose, onuegieteent ux em soa homeivagio. Como dence Face 204) no tocane fun da excla do pofeion, <0 spropigao desses conkecmentoscenics que provers 0 deseavlvmento das fangs pion dow Lr———S—————— implica que as meine don lion oon x ciange 40 dominio gadrtivado see. Comportamento, da rio, dali plo conhecmeno,adquido tanto de forma ttssnden note soil gr spate pla apeedaga serene conten El ara Vigotski (2000), a boa aprendizagem & aquela que sealants a0 ‘TEMAS ENCEDUCAGAO ESPECIAL Phos esenvolvimento; sprendizado é considerado condigio fundamental pata que as fungBes picolégieas superiores se maifestem. Assim, os profesores devem ajudas os alunos a Gesenvolver 0 que por si mesmos estes alo podem faze, intervindo em seas zonas de pesquea inl Duala daca mann tars d damped dosent: ds guar sie dni lone diulgaa pelo Mista da Eases, demosza que, rm lingua pomogecsn. pens ca ‘most poser ser considera letorescompetentes por poset habs de tra recone com asi cussada edosinam alguns recut nsicos; eam mates, apenas 7% coneepoa ‘esaler problems cle forma cosens (INEP/MEC, 2003). ‘imponsnte gui que nose enend ete ten como uma alco mca Parson sobroas divers fermineogite wider por caver Tlesk 27). Referéncias bibliogrificas BARROCO; SM, S. & TULESKI, S. C. Vigorsk: © homem cultural ¢ seus procestos criativos, Ia: 29* Reamido Anual da ANPED, 2005, Caxambu, 2005. Disponivel em: , Acesso em: 25 jua, — 2007 BOCK, A. M. B. As influéncias do Bario de Munchhausen na Psicologia da Educagio, In: TANAMACHI, E., ROCHA, M. & PROENCA, M. (Orgs. Puislegia ¢ Educapie: desafios teético-priticos. 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Acesso em julho-2006 “TAS EM EDUCAGKO ESPECIAL PAcmaeat INICIAGAO CTENTIFICA E EDUCAQAO ESPECIAL: MECANISMOS PARA FORMAR CIENTISTAS Rodrigo de Castro Cabrero! Maria da Piedade Resende da Costa? ‘Andreza Marques da Castro Leto? Maria Cristina Pi. Hayashi* Sérgio Missiaggia® Introdugio Atualmente, 0 dominio do conhecimento cientifico © tecnolégico é fundamental para o progresso de paises e empresus. Na dren gov’ or meio dos investimentos em ciéncia e teenologia, atender as cescentes demandas da sociedade, relacionadas com area de educagio, satide, novas tecnologias de comunicacio, devido & sociedade da informagio que se desenvolve em diferentes estigios pelo mundo, ainda, com 0 pamental, busca-s, slimentagio, seguranca, cdades, entre outras.O setor piblico preocups fomento ¢ fornecimenio da infrz-estrutura necessiria paca a realizacio de pesquisas em wniversidades,insttutos centzos de pesquises Por parte das empresas, existe um contexto internacional de Tata por mercados. Esta concortéacia esti marcada pelos esforgos permanentes na geracko de novas tecnologias, que alteram o sistema de producto, Porcanto, ‘analizam-se recursos part uma utlzacio mais racional dos fatores de producto. Longo (1998) argumenta que [ul] estima se que os conlecimentos cieniicos e tecnoligicos tm duplicada a cada 1D #15 anos e que mais de 80% deles foram gerados aps a segunda goer mundial. A continuat tal dinimica, deato de 10 anos, 50% dos objets que estaremos usando, ainda ofo foram inventades atualmente.(p. 2), Nessa légica, fea evidente a cresceate importincia do conbecimento ¢ do dominio da tecnologia. ‘Torna-se necessirio uma mudanga de postura de governos, ‘empresas e sociedade visando tornar realidade 0 coahecido discusso sobre a priotidade a fren de C&T. Vale recordar que no Brasil, durante longo tempo, os investimentos nacionais canalizados para C&T learam préximos a0,7% do PIB, Katsetanto, dados ofciais indica ue 08 dispendios nacionais na irea cientifia e tecnolégica superaram 1% do PIB, mas inferior ao observado nos paises centeais. Nessa reflesio, entra em debate o papel dos recursos humanos de alto nivel, estenciais para a geracio do conhecimento e da tecnologia nacionais, geralmente preparados em cursos de pés-eraduagio, Destaca-se que sio vitios anos de investimento paca formar um professor pesquisador, que atuando no ensino ¢ 9a stividede de pesquisa estari preparande novos cientistas € professores, fundamentas pata oxigenar a pesquisa brasileira ‘Agdes relacionadas com a formagio de massa cxitica para pesquisa ¢ ensino sido preocupacio das Agéncias de Fomento. © estimulo 4 preparagio de novos nhcanae TEMAS BM EDUCAGAO ESPECEAL professores pesquisadores inicie-se, no Pals, com as balsas de Iniciagio Cientifiea (C)s ha seqiincia, existe as bolsas de mestrado e, depois, as bolsas de doutotado, No ambito «do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cieatifico e Tecnolégico- CNPq, a concessio de bolsas de IC pode ocorrer: 1) com 2 aprovagio de pedidos apresentadas via Projeto Incegrado de Pesquisa, também conhecido como baleio, que s40 analisados pelo Comité Assessor do CNP, «slo lberadas para o pesquisador que se responsabiliza pela selegio dos bolsistas € 2) pela anvagio do Programa Insttucional de Bolsas de Iniciagdo Cientifica ~ PIBIC/CNPg, Neste caso, as bolsas sio repassadas As universidades ¢ insttutos de pesquisa e participam do processo de selecio de pesquisidores do CNPq. (Os Programas de IC presentes nas diferentes regides do pals colocam-se come estratégicos, uma vez que olham para o fucuro da ciéneia brasileiea. Estes centralzam a atuacio no jovem pesquisador. Nas universidades brasleiras, encontram-se atuando professores pesquisadores, em muitos casos, egressos da IC. Assim sendo, torn-se interessante analisar os resultados do PIBIC/CNPq na pés-graduagio da Universidade Fedetal de So Carlos (UFSCas). No ensejo, verificam-se as influéncits da IC © a contribuisio do Programa de Pés-Graduagio em Educagio Especial (PPGEES) na prepatacio de novos professores pesquisadores nesta temitic, Objetivo das bolsas do PIBIC/CNPq (© grande objetivo da eriacio do PIBIC foi justamente formar um professor vesquisador mais jovem e de forma mais acelerada, Para Silva & Cabrero (1998), esq i r © Programa Instucional de Bolss de Tniciacio Cieniica ~ PIBIC do CNPs, sua como incemtivo a0: jovens pesquisadores e contribu com as etapas de fosmacto dos fturoscentstas Ademais aracesza-se como uma ago estat « planejada do CNPq, com impacto imetlazos no fortalecimento da politica de clentifiae da cultura da avalagio institucional. A médio prazo, pode-se ‘mencionaro descavolvimento da pesquisa, estimlo a formagio de massa ctica ‘ocrescimento das publiagSes em revista com corpo editorial «longo prio, destaca-se a formacio dos funuros dourores,(p. 197. processo de formagio do pesquisador, com 0 estimulo de bolsa, pode -m torno de7 a 9 anos, considerando que um bolsista que fica de 2.a3 anos com TC, 2 no mestrado, 3.2 4 anos no doutorado e ingressou na pés-graduacio, logo apds 0 término da geaduagio. Caso o bolsistaingresse no dovtorado dizeto, isto é sem cursat 0 riestrado, forma estimulada pelas agéncias de fomento, como a Pundacio de Amparo & Pesquisa do Estado de Sio Paulo (FAPESP), 0 periode de investimento na formagio do cientista no Brasil pode ser reduzido. Sardenberg (BRASIL, 2001), comentando sobre conquistes brasleiras aponta que: “[.] a aceleragio da produgio de attigos indexados e © ripido crescimento nos niimeros selativos & formacio de doutores /ano indicam, de forma inequivoca, que estemos no caminho certo e vamos al eras” (pi) Dai se dizer q novos professores pesquisadares € uma questio urgente € desafiadora “Os professores representam cerca de 40% do total de profissionais de nivel superior em ocupagdes cientifias, wfenicas ¢ artisticas”, (BRASIL, 2001, p. 66). Aléin demot "HAAS EM EDUCAGAO ESPECIAL Phonan Sends rans pr Ves, Veo & Pand (199 sobre nj ds as eee aan P61), Encretanto, os javestimentos em IC tém permitide formar professores Fesguandres com secxnaiamente 28 anos News fe (1999) sedi gue a1 Se oan pop 2000, teminaram o dowtorado com 29,5 anos. : ates do CNPq, Sua araclo tem 6 PIBIC ¢ wm dos programas mus inpor roti mediayu coves uta ies np as eid eta pier de eco has fe de orientagio, uma ver que aa bole sioalocadas a dootores com plena “apc een pnga, Alem div anced de um omit ene de avaliagio, recomendada pelo CNPa, possbilita 0 amadurecimento de um Su pemanet de emptor flame ro psp snp da ids eo ore gm eee O Progam PBIC ann, ena apa modo no st chsino de gradungio, peo fto de que oueinamento dos estadantesaperfion trem ented como nor apn si se noe al dos euros alas formas (.). © apoio ao rerutamento de jens cents € tuna das tree fundamentals do CNPq, (2) “ 5, a1 comunidad, 6 Maruti (1996, most qu “oi, consens, 8 com PIBIC ¢ «novidae mals importante o GND wa dead de 50" 3, ln do man sbieo rogama, ale embrar go flint o primo ase camino prs aperfeer o Progans poseseseaiona a cxgecs da nents parce de raps pega oe vt poets ea a ngs taints peoapio com tcs pegn cane pod Senden dos uimos re anos, ete outa medidas, mula tendo uo de psa tndlses sobre o Progam (© PIBIC na UFSCar A Universidade Federal de Sto Carlos (UFSCis)ingressou no Progratna ef Phones nisin oneness ‘reas RA EDUCACKO EOE | © © aprovacio da proposta encaminhada pela universidade 0 CNPq, jf sfo mais de 16 anos de envolvimento, histéra e experiéncia uo Programa Observe-se que “a universidade € um ator central em qualquer sistema de inevae sebrerudo no Brasil por abrigar os principaiscentos de pesquisa eformacio de peo GBRASIL, 2001, p. 36). ‘A Tabela 1 revela que inicialmente, ou sej, para 0 periodo 1992/93, foram repassadas 40 bolsas, no bignio seguinte, a UFSCar passou para ume quota de 67 bolsec ‘Ae longo dos anos de 1990, a instituisio vivenciou um crescimento das bolsas do PIBIC fupetior @ 340%, No entanto, a quota nfo foi alerada de 1995/96 e aleancando a8 Biénio 1998/99, Marcuschi (1996) relata a sigoificava evolugao dos nimeros do PIBIC 1 teanscorrer dos anos de 1990, Ao analisc a evolugto das bolsas PIBIC/UPSCar no pesiodo de 2000/01 (184 bolsas) até 2006/07 (200 bolsas), verfica-se que a expansio fo inferior a 9%, Néles (2001) afitma que as concessdes de bolsas de IC estdo“‘woleadas pasa s fo do estudantewniversittrio © para o estilo & catrira cinta” (p. 22) Caguin & Siva (1957) falam que a falta de experiéncia em pesquisa antes da realizagio dos cursos de Imestrado pode afetar os resultados na pés-graduscio, Neste sentido, importante ampliar & oportunidades de preparasio de novos talentos quando hi capacidade de otientedo, ‘Nerifca-se que mais da metade (54%) dos bolsists nunca haviam participade de atividades sistematicas de pesquisa antes de sezem admitidos como bolsistes do PIBIC™ (ARAGON & VELLOSO, 1999, p. 19), A UFSCar reliza anoalmente 0 processo seletiva, Muitas vezes, os pecidos sprovatlos no sio contemplados com bolens, em Fauyiu do volume de propostas favoriveis ¢ quota disponivel. Acrescenta-se que grande parte dos professores, eon boles ck produtividede em pesquisa do CNP, no esti orientando. Cabrero (2007) neentua sive “em relagdo 2 IC, as onientaydes de mestrado e doutorado, geralmeate, gesin maior ‘olume de produsio clntfiea © ocupam menor tempo”. (p. 104). De outta forma, & Possivel que os bolsistas de produtidade estjain envolvidos no processo de or de IC no imbito dos grupos de lideram. ‘Tabela {Evo do mimeso de tbls presetados 20 CIC/UBSCar a pew nic ona wiser — aise ia te — [tenor a Som ear ie amo erase ihe 3 | soa Eee — Fonte: PROPG/UISCare PIBIC/GNPy ‘Temas EALEDUCAGHO TSPECIAL Paonsans aseeeteee ies: (Os dads da Tabela 1 também permitem visualizer « elevacio do nimero de trabalhos apresentados nos Congressos de IC, que a partir do ingresso da UFSCar no PIBIC, forum iniciados e realizados enualmente. Em 1993, foram divulgados 350 tabalhos no Congresto de IC, O ano de vulgacio foi 2007, com 1,079 resumos, o que representa uma expansio da ordem ’. Ao longo do tempo, tem havido uma variagio no mero de trabalhos apresentados, Bntze os Congressos de 1993 a 2000, a expansio foi de 44%, mas as bolsas, conforme demonstrado, passarim por una clevacio que superou 340%. Por outro lado, centre 2000/01 e 2006/07 as pesquisas expostas tm um crescimento de 135% eas bolsas do PIBIC vivenciam uma elevagio de 9%, Portanto, existe o interesse dos académicos de dlivulgar trabalhos cientificos nos CIC's da UFSCar. A qualidade da produgio cientfica € fundamental no processo de formacio de jovens pesquisadores. Ao verifiear os resumas da érea de Humanas, divulgados em Congressos de IC de diferentes instituigdes, houve @ seguinte conelus’o: “49% apresentaram-se como resultados de pesquisa, 27.9% apeesentaram algummas exractersicas clo pesquisa ¢ 23,1% no foram considerados como pesquisa”. (ARAGON & VELLOSO, 1999, p. 23). Porém, Marcusehi (1996) diz que com o PIBIC se “demonstrou que é possfvel realizar com seriedade a pesquisa no contexco da graduagio”. (p. 11). Aragén & Velloso (1999) constataram que, no biénio 1996/97, 30% das bolsistas do PIBIC obtiveram renovacio das bolsas. Este quadeo pode visbiizar 0 desenvolvimento de pesquisas com maior profundidade Em 2003, foi instituido 0 Programa Unificado de Iniciagio Cientifica da [UPSCar, que envolve 0 PIBIC/CNPg e estadaates que reaizam atividades de IC mesmo sem o recebimento de bolsa. Vale dizer que os melhores resultados no imbito do Programa do CNPq tém ocortido com os estudantes que anteriormente foram voluntitios em pesquisa, que na UPSCar atingom 35% da quota A relacio do PIBIC com a pés-graduacto na UFSCar, que se encontra dentro o objetivo desea pesquisa, tem permitido conseatar 0 nivel dos egressos. Os estudantes gue d mestrado «e doutorado em menor espaco de tempo, entretanto, maniém a qualidade, ‘A Tabela 2 apresenta os dados, preliminares relativos aos egressos do PIBIC/ UFSCar que se ditgiram para mestrado/doutorado na Universidade. (Os dados da Tabela 2 foram obtidos pot meio de um levantamento realizado pela UPSCar junto aos orientadotes dos estudantes envolvides com o PIBIC/UPSCar Verifica-se que 37% dos egtessos do ano de 1996/97 aleangatam pelo menos o nivel de mestiado na UFSCat. Os percentusis vio decrescendo 20 longo do tempo, o que pode tinidade na academia, Enteetanto, € wolveram atividedes de pesquisa na graduacio realizam os cursos representar uma diminuicio do interesse pela co importante acentuar que ha, em geral, um petiodo de transicio entre 0 término da _graduacio c inicio do mestrado. Uma vez que 0 levantamento foi finalizado envre final de 200% e principio de 2002, estima-se que muitos egressos podesiam realizar a ransicion Pesquisas de Aragéin & Velloso (1999) e Velloso, Velho & Pranl (1997) revelaram gue fs discentes despendem algum tempo para transitar entre a graduagao © 0 mestrado. oe TEMAS EM EDUCAGKO ESPECIAL “Tabela2~Bgyesss do PIBIC/UFSCar ce diam pa Pos-G Egress em cursos de Pés-Graduseao da URSCar Vigtneis da quote PIBIC/UFSCar 1936/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 Fonte: PROPG/UFSCar vestigagfo reaizada por Cabrero (2007) mostra que o percentual de tirulades em cursos de mestzido ¢/0u doutorado, tanto na UFSCar como em overs insti ensino superior, es Ses de i ti, 0 momento, um pouco abaixo dos dados apresentados na Tabela 2. Cabrero (2007) diz que 43% dos egressos do PIBIC/UFSCar, que fiaaizaram a bolsa entre 1993 e 2000, defenderam a dissertagio de mestrado e/ou tese de doutorado, Hi cevidéncias de que © nimero seré ampliado, pois foram localizados egressos do PIBIC que esto em eussos de mestrado ou doutorado, Para Bridi (2004), 60% dos estudantes cavolvidos com 1C na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMD) pretendem t= dgem pt omevuade (ARAGON & VEL creo a UPSCar Renae qu im titulados, ‘ los eyressos do PIBIC sobre a UFSCar seferem-se aos Educaglo Especial na UFSCar A idsia da pés-graduagio em Educagio Especial na UPSCar surpiu em 1977, ofertado um curso de especializagio dentso dessa temitica. Vi momento em quando f Goyerno do estado de Sio Paulo institucionalizava a Fducagio Especial Porém, nio existiam docentes preparados pata a formagio de professores do ensino do individuo especial Entfo, foi esiado 0 Programa de Mestrado em Educagio Especial - PMEE, com enfoque para deficiéacia mental, com inicio das atividedes em 1978, Pottanto, sic 30 anos de aruagio na formacio de professores pesquisadores em Educagio Especial Aolongo de soa trajetria, o Programa passou por tes sgnificativasalteragScs, isto é, nos anos de 1986, 1990 ¢ 1997. Em 1990, foi akerado também para Programa de Pés-Graduagio em Educagio Especial (PPGEEs), com énfase para Edueagio do Individoo Especial. Em 1997, surgiram ajustes com o intuito de implastar o doutorado, aurorizado pela Coordenagio de Aperfeigoamento de Pessoal de Nivel Superior CAPES em 1999, Na atualidade, o PPGEES é 0 tinico divigidlo especificamente para a Kducagi samente para a Educasio Especial, € os docentes tm ampliado a produgio cientifice. Mas existem outtos cursos ‘TENS Hac EDUCACNO ESPECIAL Phewwatar de pés-graduagio que possuem linhas de pesquisas voltadas para Educaglo Especial, ‘Tubela 3 ~ Mesees(PPGGEs/UPSCate2 paricpasio emIC-na Graduagio [H[Bci ie Dares [Fommbsanws =I [Ponsa ae [Nie prcanideT© [Senge “amp [27 aH a co u or o Zoot | ana) Gy cy or @ fos | iT pia) @ s & ‘ag [24 ram) o @ & @ aor [ee or o @ a “Foul | Toa oI 2 e » " ‘Notas: "Foram boliistas de IC do CNP (PIBIC 08 quot a0 pesuisdos), FAPESP on financiados pola Insti de easing. **H = Homens *O ~ Mulheres Fonte: PPGEEs/ URSCare CNP (Cures aie) Acreditase que os discentes¢ titulados do PPGEEs patiipasam, dante a graduagio, de atvidades de pesquisa, ou sea, sio egressos de programas de IC, Para ssegurarse sobre esta posicéo, abtveram-se as lstas dos ttulados no Mestrado, bem como os que finalizaram 0 Doutorado do PPGEEs/UFSCar em 9/6/2008, dispontvel na pagina eletténica do Programa, Posteiormente, com 0 nome dos ttulados no nivel de Mestzado ¢ Doutorado, passou-se a eruzar com a base de dados do CNP, mais especificamente 0 Currculo Lates. Por conseguinte, foram elaboradas 28 Tabelas 3 4 Constata-se na, Tabela 3, que de 2003 2 2007 houve 104 defesas de dlissertagdes no PPGEEs /UPSCat Entre os tulados, 23 (22,19) receberam botsa de IC tna gradvagio, do CNPqou da FAPESP, ou das universidades as quas estavam vinculados, 48 (461%) pantciparam de projetos de pesquisa durante o curso superior e/ou publicaram tusbalhos em Congreso; 19 (18,3%) egreston no desenvolveram atividades de IC e em 14 (13,5%) casos no haviainformagies disponfveis, Desta forma, quase 707» dos mesires, do periodo em estado, tiveram envolvimento em atividades de pesquisa durante a sprnduacio. Descartando as situagdex em que no foram localizados os dados, chega-se prio de 80%, ow sea, 8 em cada des tiveram vivéncia em IC. “E apontada a tendéncia os bolsstas de IC a ingressarem na PG”. (MARCUSCHI, 1997, p. 15) e comprovada a influéncia para atrir os académicos para o mestzada. Velloso, Velho & Prand (1997) cexpressam que “o envolvimento dos estudantes de graduacio em atvidede de pesquisa tem sido considerado como ima das princpais formas de estimulo para que prossigam zumo 20 mestrado e 20 doutorado”,(. 33). ‘Aragon & Veloso (1999) estimaram que, no Pais, apenas os ex-PIBIC sepreseatavam 22,9% dos calouros no mestrado na tarma de 1998. Por isso, esperavase que a proporgio de egressos de diferentes Programas de IC no mestrado do PPGGEs/ ‘UFSCar sera maior do que o encontrado (22,1%). Mas Néder (2001, p43) percebeu, 20 analsar a distsbuigio das bolsas do PIBIC, entre 1989 e 2000, entre as tts grances eas 4 conhecimento, que as Cincias da Vid fcam em larga diantera em rlagao is Cifncias Exatas e da Terra e das Ciacias Humanas ¢ Socinis O fato pode explicar em pacte 0 percenual de mestres pelo PPGEEs que reeeberam bolsa de IC na graduagio. Além isso, em alguns cursiculas as informagies sobre o recebimento de bolsa de IC possivelmente aio foram inseidas, Phan sce [TEMAS EM EDUCACAO ESPECIAL ERC Ee EE EPO Etre 0 104 tulados no Mestrado do PPGEEs/UPSCar, 4 terminaram 0 curso supetior na UFSCat (42,3%), 15 na UNESP (14.4%), em 15 cas0s no foi loalzada a informasio (14,4), 6na USP (58%), 6na UEL (5.8%), 3 na PUC-CAMPINAS (2.9%) © os demais sio de treze universidades distinas (14,494). Quando se consideram a8 informagies disponiveis a UFSCar alanga pratcamente 50%, Segundo Velloso, Velho & Prandi (1997), no Brasil, 43,1% dos estudantes reslizam o mesteado na mesina Insiuigio da geaduasio. Cabe destacar que, em média, 0 ndimeso de meses necessrios para tiulacio 10 PPGEBs/UFSCar esté diminuindo. Em 1996, foram necesscios 44 meses para se ‘ular no mescrado. Em 2002, foram utlizados 33 e em 2007, 25 meses. (BRASIL, 2008), Em relagfo 20 gnero, os homens representam 11,5% do grupo. Veloso, ‘Velho & Prandi (1997) constataam que, fzendo 0 mestrado, no Pas fea de Cifncias ‘Humanas, 446% eram homens. Levantamentos no Dietésio dos grupos de Pesquisa/ 2004 permite dizer que “no caso brasileiro, quando se analisa o conjunto de Citncias ‘Homanas” as mulheres representa mas de 60% dos peaqustdores. (HAYASHI etal, 2007, p. 179. “Tabela4~Doutores (PPGGEs/UPSCas ea paricpasio em IC ma Grado ‘sco [pscenietts _|Fountoino 160 [Paicunnccie [Nib picguandcie. [semitone wo [_olaemy aw - aor | ean oy o ‘oa | cagne neon e m 2m | eaems : we o aot |_ aH wey om 5 G a ams | e609 om © ace [roan —oay 2 o a o 207 | 9a 2 @ o Toa] sera @ 7 6 ‘Notas*Foram bosstas de IC do CNPa (PIBIC ou quota a0 pesados), PAPESP 0 fnancndos pela Instiuglo de ensnn, +H Homem(as).""*M—Mulheres) Him epteseo que as informagoeslcalzadas {oram obre a belsa IC einstigfo de redizagio do mestrida. Fonte: PRGEEs /UPSCare CNP (Cusco Late), [Na Tabela 4, verifica-se que, entre os ttulados no Doutorado do PPGEEs/ UFSCar, estio 6 (146%) homens e 35 mulheres (85,4%%). Conforme dados do Diretétio dos Grupos de Pesquisa, as mulheres sio maioria entre os estudantes de doutorado desde ‘0 Censo de 2002 (BRASIL, 2008b). No PPGEEs, hi uma pequena vantagem ac doutorado fem relagio a0 mestrado no que se refere it partieipagio dos homens A idade média de conelusio do doutorado & de aproximadamente 35 anos € 6 meses. Considerendo apenas os que foram bolsistas on participarim de IC durante a staduacio, a idade, em média, para defesa da tese, & de 33 anos, ¢ examinando a situasio “TEUUS EAC EDUCAGAO ESPECIAL, PAGINA i... ¥ daqueles que nfo participaram de IC na graduacio, a idede fica em 41 anos e 10 meses, Desta maneita, os discentes que tiveram vivincia em IC caminham mais répido para sleangaro tielo de doutor. (SILVA & CABRERO, 1998). Cabe esclarecer que para cileulo da idade de defesa da tese foi levado em consideracio apenas o ano de nascimento € 6 ano de conelusio do dontorado, ou sea, 08 meses no entearam na contagem, E-starsticas da CAPES sobre a pés-graduagio no Brasil demonstram que em, 2002 foram necessirioe 61 meses para o téemino do doutorado no PPGEES; 43 em 2004; 48 meses nos anos de 2005 e 2006; e 49 meses no ano de 2007, (BRASIL, 2008), “O tempo médio de ttulagio do dourorado ja chegou a ultcapassar 60 meses em 2002, O. importante & que nos iikimos anos esse tempo foi redazida, A idade média dos alunos & inferior a 40 anos ¢ a maiotia € formada por mulheres”. (ALMBIDA e HAYASHT, 2007, p88), me a Revista da Pés-Graduagio ~ UPSCar (UFSCas, 2003), [LJ 08 mestres © doutoces titslados pelo PPG-REs hoje stam ts principis universdades da pats, para ateatar a qualidade na formagio de profisionas, 0 Progeama foi avaliada pela CAPES com o conceit § e se encanta entre os 10 melhotes cursos de pos graduagio da irea de Edueagio do Brasil (p37). Entre os ttulados no doutorado, 29 trabalham como docentes, sendo: 16 em faculdades pariiculares; 9 em universidades piblicas estaduais; ¢ 4 em federais ‘Além disso, 27 fizeram 0 mestrado no PPGEEs; 10 em outros Pro cem 4 casos no foram localizados dados sobre a ttlagio de mestrado, “De um modo geal, a maioria dos alunos do doutorado silo egressos do mestrado do PPGEEs. Esse fato merece atengio em relagio 4 endogenia; no entanto, este € 0 ‘inico programa de Educagio Especial no Pals”. (ALMEIDA e HAYASHI, 2007, p. 87). O primeiro curso dle graduasio finalizado pelos 36 egressos, em que haviainformacées, ficou assim: 12 na fea de Psicologia (33,3%); 7 em Pedagogia (19.4%); 6 em Fonoaudiologia (16,7%); 5 em Terapia Ocupacionale 6 em autras areas (16,7%). Eneee estes, 11 30,6") terminaram (© curso superior na UFSCar. (Os resultados do PPGEEs slo conquistados pela atuacio de mais de 20 docentes, que desenvolvem pesquisa, orientam estudantes de TC, mestrado ¢ doutorado, ‘ou soja, eselo compromeridas com a5 fururas geragies de professores pesquisadores ec Educagio Bspecial Conctusio AIC wm colaborado para o fortalecimento da pesquisa nas universidades © insttutos de pesquisa, envolvendo orientadores ¢ bolsistas na atividade de investigaca0 cientifica. O esforco, entre outros aspectos, tem permitido acelerar o processo de formagio de professores pesquisadores, Muitasinstituigles jf absorveram o seu quadeo jovens que passaram por Programas de IC, . Acesso em: 13/07/2008: BRASIL, Ministésio da Ciéncia e Tecnologia ~ MCT, Conselho Nacional de Desenvolvimento Cieatifico e Tecaologico ~ CNPq, Direiri das Grapes de Pesguisa no Brasil. Disponivel em: . Acesso em: 14/07/2008. BRIDI, J.C. A. A inicio cinta na Farmogaa do Universi, (Dissertagio de Mesteado em Educagio). Faculdade de Edueagio, Campinas. 2004. CABRERO, R. de C, Firman db perguitadees na UFSCar ¢ na dea de Eadvoagio Especial Jmpactos do Programa de Iniciagio Cientfica do CNPq, (Tese de Doutoramento). Centro de Educacio e Ciéncias Humanas, Sic Carlos, 2007. CAGNIN, M. A. H. & SILVA, D. H. da 8. A Aa de Fomento na Histria do CNPg, Beas CNPq/MCT, 1987, HAYASHI, M. CP. et al. Indicadores da participacio feminina em Ciéncia e Tecnologia Translaformasio, Campinas, v. 19, n. 2, p. 169-187, maio/ago. ~ 2007. LONGO, W.P. Budapo Tenaga no Mundo Globalicads Texto apostilado, Belo Horizont 1998, (mimeog) MARCUSCHI, Luiz A. 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