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CMa ~ FONTES DE : Lita tated erred ¢ Beate acces) ONC ee uo Fontes Chaveadas ee tt ot) Fontes de Muito Alta Tensdo oa Fontes de Corrente aren Protegao de Fontes fel Tere lk N01 BO} nversores DC/DC Jultiplicadores de Tensao mponentes usados em fontes (caractg issipadores de Calor O autor, Newton C. Braga nestes quase 40 anos que atua no ramo eletronico, observou a dificuldade de alguns leitores com os circuitos de fontes de alimentagao. Como todo projeto precisa de uma fonte, o autor, acumulou diversos circuitos que foram publicados em livros e nas revistas Saber Eletrénica e Eletrénica Total, muitas oriundas de aplicativos das fabricas de semicondutores. Neste livro temos fontés lineares (ou analdgicas), que sao as mais comuns e as chaveadas, também denominadas SMPS - “switched mode power supplies O autor aborda principalmente fontes de corrente continua, analisa seu Principio de funcionamento e varios projetos praticos. A seguir o contetido desta edigao: © Transformader + Transformadores Toroidais » Retificagao Filtragem » Reguiagem ¢ Ajuste ~ Regulador Série » Regulador Paralelo (Shunt) Protec&o + Indicadores de Saida (Tensdo x Corrente) + Fontes de Corrente Constante Fontes de Alta Corrente Fonte Simples de 6/12 V » Fonte Simples com Regulagem a Zener (3 @ 12 V x 30 mA) = Fonte Simples sem Transformador (3a 12 V x 20 mA) Fonte Fixa com Transistor: 6/9/12 V x 500 mA/1 A ~ Fonte Ajustavel de 0a 12 V x i A com Transistor « Fonte Ajustével de @ x 12 V x 2 A com Darlington « Fonte Transistorizada Protegida: 0 a 12 V x 1 A * Fonte Fixa Transistorizada com Requlador Paralelo * Reastatos (Simples e Darlington) = Fonte Redutora Transistorizada de 12 para 9 ou 6 V para carro + Fontes Simétricas Simple Fonte Simétrica Transistorizeda « Protecdo para Fontes com Relé » ProtecBes Crowbar Fonte de 3 a 24 Vx 3A com Operacional » Fontes de 1 A com Reguladores 78 XX (5 a 15 V) « Fonte 6/12 Vx 5A Fonte Fixa de 12/12,6/13,2 V x 10 A com o 7812 » Eliminadores de Pilhas com os CIS 78XX + Fonte Simétrica 12412 V x 1 A= Fontes TTL Fonte de 3a 15 Vx 3A.com 0 741 Selecio de Fontes com 0 Regulador de Tensdo LM723 » Fonte de 1,2 - 2,4.V/1,5A com LM317 » Fonte Fixa de 12/13,2 V com 0 LM31? (1,5 A) + Fonte de 1,2 - 24 V x 3A com o LM350T * Fonte 0 - 12 Vx 3A + Fonte 4,5 - 25 x 108 - Carregador de Nicad « Fonte de Corrente Constante com: Transistor Bipolar, Darlington, o LM350, NPN, para LEDs = Fontes Lineares » Chaveadas ou Comutadas » Redutor de Tens8o CMOS « 2 Conversores DC/DC + Conversor 6 para 12 V x 800 mA « Fonte Chaveada de 100 W... © muito mais! il Apresentacao Onde sito usadas as fontes Tensio de entrada ¢ saida.... Corrente de saida.. Regulagem. Fontes Lineares 3.1 - 0 Transformador... BD ~ FAB Coren 3.2.2 - Transformadores toroidais.. 33 - Retificagio, 3.3.1 - Bspecificagdes dos diodos... 3.4 Fitragem... 3.5 Regulagem e Ajuste. 3.6 - Regulador Série 3,7 - Regulador Paraleto (Shunt), 3.8 - Proteyto. 3.9 - Indicadores de saida (Tensio x Corrente), 3.10 - Fontes de Corrente constunte 3.10.1 - Os-cirevitos 3.11 - Fontes de Alt Gireuitos Praticos 4.1 - Fonte simples de 6/12 V. 4.2 - Fonte simples com regulagem a zener (3.4 12 V x 30 mA). 4.3 - Fonte simples sem transformador (3. 12 Vx 20 mA). 4.4 Fonte fixa com transistor: 6/9/12 V x 500 mA/I A. 45 - Fonte Ajustivel de 0 u 12 V x LA.com transistor 4,6 - Fonte Ajustivel de 0 x 12 Vx 2A com Darlington 4.7-- Fonie transistorizada protegida 0 a 12 Vx 1A. 4.8 - Fonte fixa transistorizadia com regulador paralelo, 4.9 Reostatos (Simples e Darlington), Usando transistores Circuitos Darlington Transistores Darlington. 4.10 Fonte redutora transistorimda de 12 para 9 ou 6 V para o carro (1). 4.11 - Fontes simétricas simples. 4,12 - Fontes simétrica transistorizada, 4,13 - Protegiio para fontes com rele. 4.14 - Protegdes Crowbar. 4.14.1 - Circuito com transistor. 4,142 - Circuito com transistor SCR. Newton . Braga Indice Fontes de Alimentagito 4.14.3 - Cirouito com SCR ¢ rele... 4.14.4 - Crrevito para corrente allerada Projetos de Fontes Fontes lineares com reguladores integrados 4,15 - Fonte de 3 a 24 V x3 A com operacional.. 4.16- Fontes de 1/A com reguladores 78XX (5.4 15 V) 4.17 > Fonte 6/12 Vx $ Aveo 4,18 Fonte fixa de 12/12,6/13,2 Vx 10Acom 0 4.19 Eliminadores de pillias com os CIS T8XX. Projetos de Fontes Fontes Varitveis com Cireuttos Integrados 4.22 - Fonte de 3. a 1S Vx3 Acom 0 741... 4.23 - Sclegao de fontes com o regulador de tensiio 1.M723. 4,24 - Fonte de 1,2 - 2,4 V/1,5 Accom 0 LM317. 4.25 - Fonte fixade 12/ 13,2 V com @ LM317 (1, 4.26 - Fonte de 1,2-24.V x 3 A.com 0 LM350T.... 4.27 -Fonte0- 12 Vx3A.. 4.28 - Fonte 4,5 -25 Vx 104. A) Fontes de Corrente Constante 5.1 = Configuragies, $.2 -Carreyaor de Nicad.. 5 5.3 - Fonte de corrente constante com transistor ‘bipolar. 5.4 Fonte de corrente constante com transistor Darling 5.5 - Fonte de carrente constante com © LM350.....0: 5.6 Fontes de corrente constante com transistores NPN.. 5.7 - Fonte de corrente constante para LEDs Outras Fontes Lineares 5.1 - Fonte de 6 ¢ 12V x1 Amoltiplt 6.4.3 - Fontes de MAT.. 6.5 - Inyersores... Fontes Chaveadas 7.4 - Fontes lineares. ‘ 159 7.2 - Chaveadas ou comutadas, 160 4 Newton C, Braga, 169 170 173 175 7.3 Redutor de Tenso CMOS. 74 -2 Conversores DC/DC. s 7.5 - Conversor 6 para 12 V x 800 mA. 7.6 - Fonte chaveada de 100 W. Caracteristicas dos Componentes em Fontes 8.1 - Diodos da série 1N4000. - 8.1.1 - Os diodos 1N4000 ou IN400X.. 8.2 - Diodos 1N540 8.3 - Diodos da série 8.3.1 - Os Diodos SK.. 84 -SKB2 - Pontes retificadoras de onda completa... 8.5 - Os transistores da série TIP... 8.6 - Transistores da série BD. 8.7 - O transistor 2N30SS... 179 180 8.10 - Dissipador de calor Fontes Industriais ‘Tipos de Fontes... Confiabilidade ¢ degradacao.. Férmulas Uteis para Projeto de Fontes 10.1 - Diodo semicondutor. 10.2 - Retificador de meia onda Retificador de onda completa. Coeficiente de filtro LC. Coeficiente de filtro RC. Fator de Rippl Indutancia de filtro. ‘Capacitancia de filtro. Dobrador de tensio convencional. Dobradar de tensdo em cascata. so = Dobradar de tensdio em ponte. 221 ‘Triplicador de onda completa. 2 ‘Tnplicador de tenstio em cascata.. . 22 ‘Quadruplicador de onda completa. e 222 Zener . 7 223 Divisor de tensio capacitivo. PE 224 Regulador de tensio em série (Um Transistor). Regulador de tensio paralelo. Transfomadas de Fourier. Newton C. Braga Apresentacao Todos 6s citcuitos eletrOnicos precisam de energia elétrica para funcionar. Porém, nem sempre essa energia esta disponivel numa tomada da rede de energia ou mesmo numa bateria, na forma coms o circuito eletrdnico requer. ‘Assim, considerando que a maloria dos cirouitos elstrénicos opera com baixas tensdes continuas que na rede de energia temos altas tensdes alternadas, ¢ preciso haver um melo de fazer @ conver- so para a sua utilizagao. Da mesma forma, existem circultos que trabalham com fensdes cantinuas mais elevadas do que aquela que @ fonte de energia disponivel pode fornecer. Nessa conversdo da energia disponivel para a forma adequada, sdo usadas configuragbes espe- cificas que recebem o nome de “fontes de alimentagao’. Uma fonte de alimentacao consiste, portanto em um circuito que a partir da tensdio elétrica dispo- ‘nivel (altemnada ou continua) fornece a tenséo continua (ou mesmo alternada) na forma requerida pelo circuito alimentado. © tipo mais comum de fonte de alimentagao & a que converte a tensao alternada da rede de energia de 110/220 V em baixas tensoes continuas, na faixa de 3 a 60 V. No entanto, também hd fontes especials que convertem a tense continua mais baixa de uma tbateria em uma tensao continua mais alta para alimentar um circuito. Tais fontes recebem normal- mente a denominac&o de conversores DG/DC (tensdes continuas para tenses continuas), enquanto que existem ainda os conversores DC/AG ou inversores que convertem tenses continuas em alter- nadas. ‘As fontes podem operar, basicamente, segundo duas tecnologias. Podem ser lineares (ou ana- ogicas) que s4o a mais comuns ou podem ser chaveadas, denominadas também “switched mode power supplies’ ou SMPS. Neste livro abordaremos principalmente as fontes de corrente continua, ou seja, aquelas que for- necem tensées continuas em stias saidas, quer seja a partir de tensdes allemadas da rede de energia ‘ou de baterias de menor (ou maior) tensdo. Analisaremos seu principio de funcionamento e daremos uma boa quantidade de projetos pratticos. ‘tecnologia explicada seré principalmenta a linear ou analégica, por um simples motivo; so as fontes. que podemos montar com facilidade e as que s8o mais empregadas nas aplicagdes praticas. As fontes chaveadas, é claro, no sero esquecidas. Analisaremos seu principio de funciona- mento, sua utilizacdo e como podem ser montadas. Até daremos alguns projetos, mas lembramos que essas fontes se destinam muito mais a aplicagdes industriais onde 0 rendimento e 0 espaco ocupado so fatores importantes. Para essas existem componentes especificos prontos e elas exigem 0 uso de componentes especials, como o transformador de ferrite, que nd estdo ao alcance do montador comum na maioria dos casos. s projetos das fontes lineares abortladas neste livro utilizam componentes comuns, o que ¢ muito importante para quem deseja ter uma fonte viavel. De nada adianta darmos um projeto de uma fonte sofisticada que nao sO seja cara demais para a aplicagdo que o leitor tenha em mente, como ainda empregue componentes e tecnologia que ndo estejam ao seu alcance. ‘Afinalidade deste livro é ser pratico: fontes que possam ser montadas, que atendam as necessi- dades do leitor & sobretudo, que tenham um principio de funcionamento que o leitor entenda. Obser- ‘vamos que diversas dessas fontes foram publicadas nas revistas Saber Eletronica e EletrOnica Total, ‘@ que muitas delas foram desenvolvides a pattir de projetos das fabricas dos semicondutores basicos usados, Newton C. Braga Onde s&o usadas as Fontes Onde houver necessidade de uma alteragao na forma da energia elétrica que deve ser utilizada Por um circuito eletrénico, precisaremos de um bloco especial que faga essa modificagao, Esse bloco € a fonte de alimentagao, que pode ter os mais diversos graus de complexidade dependendo dos seguintes fatores: a) Atensao de entrada b) Atensao de saida ¢)Acorrente d) O ntimero de saidas, Normaimente, na obtengao de tensoes continuas a partir de tens6es alternadas, que é 0 tipo mais comum de fonte, so usadas diversas tecnologias. Essas tecnologias vao desde a mais simples, que consiste na retificagaio e filtragem até as mais complexas que envolvem circuitos reguladores analogicos ou ainda a conversao chaveada, que vere- mos em capitulos especials deste livro. As fontes de alimentagao podem ser utilizadas embutidas em um equipamento (fomecendo a energia para os circuitos na forma que eles precisam), ou podem ser equipamentos isolados para uso em bancadas de reparo, desenvolvimento e testes. A tecnologia a ser aplicada vai depender jus- tamente desse uso. Assim, nos equipamentos em que a fonte é embutida existe a preocupagéo de que ela ocupe o ‘menor espago possivel, tenha 0 maximo rendimento e seja a mais barata possivel, Para esses equipamentos ha duas possibilidades: Se 0 equipamento nao exigir uma tensdo estabilizada, e no for critico, uma fonte simples do tipo analdgico servira perfeitamente, Todavia, se o equipamento for sofisticado © exigit uma fonte critica como para a alimentagaio de mictoprocessadores, DSPs e outros circultos desse tipo, a fonte deverd ser chaveada. No primeiro caso temos os equipamentos de baixo custo ligados a rede, tais como brinquedos, ‘ratios eletrénicos muito simples, minuterias, etc. No segundo caso temos os equipamentos de som tipo pilha/luz, telefones celulares, etc. Nestas fontes podem ser encontrados circuitos denominados conversores, que alteram as ten- Ses tanto de uma entrada externa quanto da prépria pilha para a tens&o que 0s circultos necessitam ara funcionar. Também utilizam fontes chaveadas, os equipamentos de consumo como televisores e monitores de video que sao ligados diretamente a rede de energia. Esses equipamentos precisam de diversas tensdes continuas, algumas de valores elevados, as quais podem ser obtidas diretamente a partir da rede de energia sem a necessidade de um transformador. Coma esses equipamentos nao possuem partes expostas, & possivel obler a tenséo que eles Fequerem a partir de fontes que nao facam uso de transformadores. Assim, 6 comum que nesses equipamentos sejam empregadas fontes chaveadas sem transformadores, que geram as tensoes altas para algumas etapas e baixas para outras, conforme mostra a figura 1. Fontes de Alimentagio © transformador é um componente caro @ pesado e sua eliminagéo pode ser um fator de economia muito impor- tante para um fabricante de equipamen- los eletrOnicos. Porém, ele 6 importante em muitas aplicagdes pois isola 0 equi- pamento da rede de energia, agregando assim seguranca. Pode-se tocar nos diver- a fe ev EAM, TG ce eee eg ae hey gt ee Eee Fonte |————o+ 30 cChaveada [os aaa ae Figura - 4 's0s pontos do circuito alimentado sem que isso signifique perigo de choques, conforme ilustra a figura 2 ‘Também so usadas fontes analégicas sem transformadores (FAST) em circuitos muito econdmi- cos de baixa tenséo. Nesses equipamentos, que nao possuem partes expostas, uma fonte simples © sem a necassidade de uma corrente elovada serve perfeitamente. Tienstormador ((s0la o circuito ge rede de eneigia) Figura -2 A) TENSOES DE ENTRADA E SAIDA Alta tensdo de entrada -baixa tensao de saida: Opgies - alta poténcia: fonte analégica com transformador - fonte chaveada com transformador Alta tensao de entrada -baixa tensao de saida: Opsées - baixa poténcia fonte sem transformador fonte analégica com transformador Alta tensdo de entrada - alta tensdo de saida: - fonte chaveada sem transformador -fonte analagica com (ou sem) trans- formador B) CORRENTE DE SAIDA Baixa corrente de saida: - fonte sem transformador + fonte analégica com transformador 10 Eero Elapos allmentadas ae)! Nas fontes de bancada, como a exi- bida na figura 3, 0 tipo mais comum & © analégico, ‘© que acontece 6 que em um cit cuito analégico é mais facil alterar a tensao e fazer a implementacdio de recursos mais flexiveis como protegées, diversas tensdes de saida, etc. Agrande maioria das fontes utiizadas em banca- das 6 desse tipo. Em vista do que vimos, a escolha de uma fonte para uma aplicagao envolve 8 seguintes fatores: As | | if Figura «3 Newion C. Br Alta corrente de saida: fonte analégica com transformador fonte chaveada C) REGULAGEM Pequena regulagem: fonte analdgica simples fonte sem transformador Boa regulagem: fonte analégica + fonte chaveada A partir dessas.consideragies, podemos iniciar 0 estudo da teoria de funcionamento das fontes & circuitos praticos, 1 Newton C. Braga Fontes Lineares As fontes lineares ou analégicas 40 as mais comuns e mais tradicionais na maioria das aplica- es eletronicas. Aestrutura bésica de uma fonte desse tipo ¢ apresentada na figura 3.1 O primeiro bloco utiliza normalmente um transformador, e sua finalidade é alterar a tensdo alter- nada de entrada para um valor que possa ser melhor usado pelas etapas seguintes, O segundo bloco é o de retificagao, empregando diodos semicondutores, valvulas ou outros dis- positivos que apresentem a propriedade de conduzir a corrente num nico sentido. O bloco de filtragem consta basicamente de capacitores, mas podemos encontrar elementos adi- cionais como indutores e resistores,,,_ — dependendo da configuragio e aplica- 80 do circuit. vaio Fa pL | Temos finalmente um bloco regu- | | yi = lador de tenséo, que tem por finali- =a} >| aa —— dade fornecer a tensdo desejada na saida, sem variagbes, independente- Trarwiormador Retifcador Fito mente da carga alimentada, Vos Nas fontes lineares ou analégicas, solda esse bloco funciona como um resistor le! variavel, cuja resisténcia muda com a ov corrente na carga de modo a formar Somer um divisor em que a tenséo na carga teres se mantém constante, independente- Figura -3.1 mente da corrente que ela drene. isso 6 exibido na figura 3.2 Quando a corrente aumenta na carga, a resisténcia do dispositive regulador diminui de modo a ‘compensar essa variagéo, mantendo constante a tenséo no dispositivo alimentado. Veja que esse comportamento ¢ diferente das fontes chaveadas, onde a tensdo na carga é man- tida pelo tempo de condugéio de um dispositivo que funciona como um interrupter, ligando e desli- gando a corrente. Enquanto que em um caso temos uma operagao no dominio das resisténcias, no outro temos uma ‘operagao no dominio dos tempos. Elemientos adicionais podem ser agre~ gados a estes blocos a exemplo de um bloco de medida da tens&o de saida para | as fontes variéveis; blocos de protegao — I que desativam a fonte quando ocorre curto na salda ou quando a corrente ultrapassa yest eae vy, | determinado valor, etc. Hs eorieen Carge Podemos a partir de agora fazer uma Vi = Constante v analise mais detalhada de cada um desses blocos. | Figura - 3.2 6v at ov a Wor 25 9) abatkadores b) elevador de de fereoo tensdo ie i Figura - 3.3 220Voa Figura - 3.4 nados circuitos de placa, e um secundario de das valvulas. 3.4 - O TRANSFORMADOR Na maioria das fontes lineares, 0 pri- meiro bloco que encontramos tem por componente basico um transformador. Sua finalidade ¢ alterar a tensao alter- nada de entrada, passando-a para um valor que possa ser melhor usado pelos circuitos seguintes, conforme mostra a figura 3.3. Na maloria dos casos 6 utilizado um transformador simples abaixador de tensfio, No entanto, dependendo da fonte poderemos ter diversos outros tipos de transformadotes os quais sao destaca- dos na figura 3.4. Assim, em (a) temos um transfor- mador com dois secundarios, de modo a se obter duas tens6es diferentes para setores diferentes de um mesmo equi- pamento. Nos equipamentos valvulados anti- gos (ou mesmo nas verses moderas), comum 0 uso de um transformador que tenha um secundario duplo de alta tensao para a alimentagao dos denomi- ‘a tenso (normalmente 6,3 V) para os filamentos {As valvulas operam com altas tens6es, sendo usuais os valores de 80 V a 450 V nesses transfor- madores. Os transformadores desse tipo so componentes pesados e caros, conforme jlustra a figura 3.5 Em (b) temos um autotransformador no qual existe um enrolamento tinico, cujas derivagoes fun- cionam como primario e secundério. E importante notar que a transferéncia da energia de um enrolamento para outro num transfor- mador comum se faz exclusivamente pelo campo magnético. Dessa forma, o enrolamento primario é isolado do secundario, o que torna o transformador em um componente fundamental para dotar os circuitos de seguranga No caso dos autotransformadores, esse isolamento n&o existe, havenda 0 perigo de ‘choques para quem tocar suas partes expos- tas, quando se tratar de equipamento ligado a rede de energia. Os transformadores usados nas fontes de alimentagao comuns terdo dimens6es e espe- cificagdes de acordo com a corrente e a tenséio que devem forecer. Na figura 3.6 temos os simbolos desses transformadores. Observamos que a tens&o do secundario de um transformador colocade numa fonte de 14 nov. ne Figura -3.6 (centertop ) aes cre tornada ceria Vea | Figura apne 80 de onda completa com dois diodos. ‘© que acontece é que, se tomarmas como referéncia a tomada central, ligando-a ao terra do cir- cuito, as tensées encontradas nas extremidades dos outros dois enrolamentos estardo em oposigao de fase, vela a figura 3.8, 10/220, : Yoo + Emo oo ge fose Figura - 3.8 Newton C. Braga @ regulagem alteram essa tensao. ‘88806 circuitos operem, fornecendo tensdo desejada em sua saida. 3.2.1 - FASE ‘Ao se projetar uma fonte de al As alimentagdo ndo € obrigatoriamente a mesma que a fonte deve fornecer. Os circuits de retificacdo, filtragem A tenséo do transformador deve ter um valor que seja apropriado para que mentagéio ¢ preciso ter em mente que tipo de retificagao seré usada para escolher o transformador apropriado, . 6 comum que sejam empregados transformadores com enrolamentos res dotados de um enrolamento cor ples e transformado- m tomada central ou center tape (CT) con- forme exibe a figura 3.7. O transformador simples ¢ utilizado quando a retificagaio 6 de meia onda, ou ainda uma ponte retificadora, o que sera visto no item seguinte. © transformador com tomada cen- tral € aplicado quando se faz a relifica- Logo, quando o semiciclo positive estiver presente no enrolamento superior, no inferior teremos 0 semiciclo negalivo, e vice-versa, Essa oposi¢ao de fase 6 fun- damental para 0 proceso de retificagao. 3.2.2 - TRANSFORMADORES TOROIDAIS Os transformadores comuns coloca- dos em fontes de alimentacao utilizar m ferro doce laminado como nticleo, em for- matos semelhantes aos apresentados na figura 3.9. Utilizando ferro laminado, com as laminas isoladas umas das outras, s40 evitadas as correntes de turbilhao (Eddie) que causam perdas na transferéncia da energia de um enrolamento para outro. Essas perdas, além disso, provocam 0 aquecimento do componente, pois a energia das correntes no niicleo se transforma em calor, observe a figura 3.10. Is Fontes de Alimentacio © formato’das laminas ¢ tal que elas fecham o campo magnético produzido pelo feet =r] Lamina, enrolamento primario, envolvendo total Ou mente 0 enrolamento secundério. isso (LIL) garante uma boa transferéncia da energia Tiolomento | de um enrotamento para outro. Figura - 3.9 Esses transformadores sao relativa- mente eficientes e baratos quando traba- thamos com correntes de baixa freqliéncia, como a energia da rede local de corrente altetnada ou mesmo sinais de audio, ; Veja que a quantidade de energia que sera transferida de um enrolamentoa outro std diretamente ligada ao fluxo do campo magnético criado no nucleo. Assim, quanto ‘S Corenies | maior for a poténcia de um transformador, = de utoino | maior deverd ser 0 nticleo e, portanto, Figura - 3.10 maior devera ser o componente. Entretanto, as fugas do campo mag- nético desses transformadores (além das Transtornaser | perdas) tem um outro inconveniente que é.a possibilidade de interferir em outros circuitos Poratuso | do mesmo aparelho. de fheagao € comum 0 uso de blindagens para os transformadores feitas com materiais dia magnéticos (como 0 aluminio e 0 cobre) Figura - 3.11 ¢ ainda o aterramento da propria carcaga do transformador, conforme mostra a figura 3.11. Nas fontes chaveadas, como veremos, a utilizagao de correntes de altas frequéncias faz com que © uso desse tipo de transformador seja invidvel. No entanto, usando transformadores de ferrite, eles podem ser muito menores e mais eficientes. Uma tecnologia que j4 esta sendo muito aplicada na fabricagao de transformadores ¢ a que ‘emprega niicleos toroidais. Conforme o nome sugere, 0 nticleo consiste num anel ou tordide em torno do qual sao feitos os enrolamentos, veja a figura 3.12. Bobina Nacleo Ateramento de caicaga Esses transformadores so muito mais eficientes, mas apresentam uma dificuldade técnica para sua construgéo:Como fazer o enrolamento através de maqui- nas? Por essa dificuldade técnica, esses transformadores ainda 40 caros e pouco usados. 3.3 - RETIFICACAO ‘A tenséo obtida no secundério de um transformador 6 alternada e, como vimos, a finalidade de uma fonte, na maioria dos casos, é fornecer uma tensao continua para Figura - 3.12 a alimentagao de um circuito eletrdnico, 16 Para se obter uma tens&o continua a partir de uma tensao alternada, faze- mos uso de circuitos retificadores. Os mais comuns se baseiam nas proprieda- des elétricas dos diodos semicondutores nos equipamentos antigos das valvulas- diodos, representados na figura 3.13. Esses componentes possuem curvas caracteristicas de acordo com a figura 3.14, conduzindo a corrente num Unico sentido. Desse modo, a maneira mais simples de se obter uma corrente continua a partir da tensdo alternada do secundario de um transformador consiste em se ligar um diodo, veja a figura 3.15. Acarga (R) sera percorrida apenas pelos semici- clos positivos, ou seja, por uma corrente pulsante que circula apenas em um sentido. Observe que, neste Circuito, os semiciclos negativos sao perdidos, isto é, temos um sistema de retificagao de meia onda. Para obter a retificagdo aproveitando Diodo semicondutor Newton C, Braga Diodo aon ‘dupio Veo ies. Figura - 3.13 os dois semiciclos da corrente alternada temos duas possibilidades. A primeira delas, consiste no uso de um transforma- dor com tomada central, conforme exibe @ figura 3.16, e dois diodos retificadores. diodo D4 conduz apenas os semi- ciclos positivos, enquanto que o diodo Dp conduz os semiciclos negatives. Os dois semiciclos $20 unidos e circulam no mesmo sentido pelo circuito de carga. Este ag As a ec) Figura - 3.15 sistema de retificagdo ¢ denominado de retificagao de onda completa. E evidente que o aproveitamento da energia de um transformador com esse sistema & maior ‘do que no caso da meia onda. Existem ‘oulras vantagens que ficarao claras mais, adiante. Uma outra maneira de se obter a refi ficagéio de onda completa, mas colocando um transformador comum, @ fazendo uso de uma ponte retificadora ou Ponte de Graetz como também chamada. Essa ponte 6 ligada no secundario do trans- formador e na carga, conforme mostra a figura 3.17. Um ponto importante que deve ser observado aa usarmos dois diodos e um transformador com tomada central, se comparado ao uso da ponte, ¢ 0 refe- rente 4 queda de tensao nos diodos. — a — Fontes de Alimentagao Diodos retificadores de silicio apre- sentam uma queda de tensao no sentido direto da ordem de 0,6 V, quando condu- zem. No circuito com tomada central, cada semiciclo conduzido passa apenas por um diodo, portanto a queda de tans’io 6 de apenas 0,6 V. Todavia, no circuito em ponte, cada semiciclo passa por um diodo @ depois por outro em série, o que 9} Carrente nos semnicicios postives significa uma queda de tensao de 1,2 V. Em fontes de tensdes relativamente altas essa queda nao é importante, mas num cireuito de baixa tensao essa queda deve ser considerada. Lembramos que existem fontes espe- ciais, principalmente aplicadas em eq) pamentos criticos, que usam diodos Tetificadores do tipo Schottky. Esses diodos se caracterizam por apresentarem uma quada de tensao no sentido direto extremamente baixa, menos de 0,1 V no interferindo portanto no funcionamento do Circuito. 'b] Conente nos serriciolos negatives Figura -3.17 3.3.1 - ESPECIFICACOES DOS DIODOS (Os diodos s40 encontrados em diferentes tamanhos e tipos de acordo com a aplicagao. Na figura 3.18 tomos 0 simbolo adotado para representar o diodo e alguns dos tipos mais comuns. (Os diodos 80 componentes polarizados, 0 que significa que sua posica0 num circuito deve ser observada. Assim, é comum utilizar algum tipo de indicacao para o catodo ou |ado do material N como, por exemplo, uma faixa. ESPECIFICACOES a) Tensdo inversa - Dado que um diodo representa um circulto aberto quando polarizado no sentido inverso, aparece nas suas extremidades toda a tensao do circuito. Para poder usar um diodo precisamos saber se ele suporta esta tensdo, a qual ¢ especificada como tensao inversa maxima ou Verm ou Vr. b) Corrente direta - E a maxima corrente que 0 diodo pode conduzir quando polarizado no sen- tido direto. Indicada como nes manuais. ¢) Tipo - Muitos fabricantes simplesmente indicam os seus dicdos por um cédigo de fabrica, Dessa forma, para os tipos ameri- canos & comum que todos os diodos come- cem por 1N. Assim tamos 1N4002, 1N4148, etc. Para 0s tipos europeus ¢ comum usar as letras A para diodos de uso geral, 8 para sili- Newton C. Braga clo e Y para retificadores. Exemplos: BA315, A115, BY 127, etc. Outros fabricantes utilizam cédigos: proprios como SK02/1, MR751, P600D, V18, etc. 3.4 - FILTRAGEM A tensao obtida depois do sistema retificador, se aplicada a uma carga resistiva, resulta em uma corrente continua pulsante e nao numa corrente continua pura. Para as aplicacées praticas, entretanto, precisamos aplicar a uma carga uma tensao que seja a mais estavel quanto possivel, livre de qualsquer variagSes. Ou seja, precisamos fazer circular na carga uma corrente continua pura, veja a figura 3.19. Precisamos, entao, usar um filtro para que a corrente continua formada por pulsos aplicados a carga se transforme numa cor- Tente constante que nao sofra variagoes iclo a ciclo, 1 ; ‘A filtragem nas fontes de alimentacao - i eo seat ftom see fontea de elmantGte | " que exige trithas largas, compativeis com corrente, ou mesmo 0 uso de fiagao exlema com fios grossos de acordo com ‘as correntes que devem ser fomecidas. A seguir, vamos oferecer algumas solugdes interessantes para a utilizagao 1Nnao02 de circuitos integrados comuns excitando Figura -3.52 etapas de alta corrente de modo a permitir a realizagao de fontes de até 50 amperes com tens6es de até 30 V, aproximada- mente, ETAPAS DE ALTA CORRENTE Existem diversos circuitos integrados reguladores de tenso de trés terminais (fxos ou ajustaveis) ue podem ser usados como base para projetos de fontes de alta corrente, Em especial, tomaremos dois tipos comuns: 0 7812 para 12 V x 1 A (de tensdo fixa) e o LM350T de 3 A (para tensoes de 1,25 a 30 V) para exemplificar sou uso em etapas de maior corrente, Entretanto, os mesmos principios validos nos projetos com estes circuitos também 0 sao para ‘outros do mesmo tipo. Os circuits integrados 7812 LM3S0T sto empregados em configuragdes bastante simples, ‘como revela a figura 3.51. Fara se obter maior corrente destes circultos integrados, hd a oppo das etapas de poténcia com transistores bipolares. Ha diversas manolras de se fazer isso e que s8o dadas a seguir ‘A primeira @ valida para os circuitos integrados da série 78XX, como o 7812, e faz uso de um transistor PNP de alta corrente como booster. Esta configuragao é apresentada na figura 3,52. Ovalor de Ry 6 caleulado de acordo com a corrente maxima do regulador de tensao, utlizando-se seguinte formula: Ry = 09ireg] Ry também depende do Beta do transistor, conforme a formula: Ry = (Bata x Vbo)(Ireg(max) x (Beta+1) - lo(mano) 30 Newton C. Braga A corrente no regulador nao deve ser maior que 1 Ae seu valor também depende do ganho do transistor Q;. Dentre os tipos de transistores que podem ser colocados nesta configuragao, destaca- mos 0s seguintes: Transistor | Corrente TIRSG/ABIC | 25 TIPS4/A/B/C | 10A Tip2955 | 5A Na figura 3.53 mostramos como agregar um transistor a este circuito de modo a fornecer prote- ‘¢80.contra curto-circuito na saida, O resistor Rs de protegéio € caloutado pela formula: [Rs = 0,8/ls, onde Is € a corrente de curto-circulto A a ce Bl eae Este tipo de configuracao é valida até aproximadamente 5 amperes, visto que devemos conside- rar que mesmo que as correntes méximas dos transistores indicados sejam maiores, @ preciso fazé- los operar dentro dos limites de sua dissipacao. Para o LM350 também podemos ter uma configuragao equivalente que nos permita obter alé aproximadamente 5 amperes de cor- frente com um transistor PNP de alta poténcia como 0 MJ4502. Esta configu- | VE! ragao é exemplificada na figura 3.54. resistor Re @ quem determina a corrente de saida e a corrente no requ- lador de tensdo de modo que ela fique deniro do limite suportado pelo Cl. Lembramos que, neste caso, tanto ocircuito integrado como o transistor de jpoléncia devem ser montados em exce- | oy lentes radiadores de calor. Outra possibilidade interessante para os projetistas de fontes de alta cor- rente consiste no uso dos transistores 2N305S. Esses transistores, que s40 0s ‘faz tudo” de alta poténcia e que, por isso, podem ser encontrados facilmente com ttisto reduzido, so a solucdo ideal para atas correntes quando for possivel sua ullizagao. No entanto, 0s 2N3055 sao do © ipo NPN, 0 que nos leva a necessidade | de uma configuracdo um pouco diferente para sua associago a reguladores de Figura -3.54 Figura - 3.53 Fontes de Alimentagd0 tensdo posiliva de trés terminais. Uma primeira forma € usando-se 0 mesmo Circuito “invertido", ou seja, com 0 regu- lador negativo de tense 7912, e com isso colocando a etapa de controle na linha negativa de alimentacao, observe a figura 3.55 ‘A segunda maneira consiste em se adotar o circuito ilustrado na figura 3.56, que também pode ser bem util para cor- rentes de até 5A. Para correntes maiores, em todos os casos, existe a possibilidade de se ligar em paralelo diversos transistores 2N3055, mas ai temos de considerar dois problemas a serem resolvidos. (O primeiro deles & a necessidade de um circuito de excitacao que fomega a base de cada transistor a corrente necessaria. Um unico regulador de 1 A, por exemplo, ndo pode excitar suficientemente bem qualro ou cinco 2N3055, lembrando que cada um deles pode fornecer uma corrente de § A. Isso pode ser consaguido facilmente com um transistor intermadiario (do mesmo tipo). {© segundo probiema 6 a necessidade de se dividir a corrente por igual entre os transistores. Esses componentes sfo encontrados numa ampla faixa de ganhos, mesmo os de tipo igual, o que significa que quando polarizados a partir de uma mesma fonte, eles conduzem de forma diferente Ligados em paralelo, esses transistores tendem a ser percorridos por correntes diferentes, con- forme mostra a figura 3.57. Em um circuito de correntes elevadas isso causaria a sobrecarga daquele que esta sendo percor- rido pela maior corrente e que, por isso, tenderia @ queima. Bara termos uma distribuigdo por igual da corrente, o artficio que se faz ¢ aumentar a tensao de base de cada transistor através da ligagao de resistores de emissor em cada um: Estes resistores (de pequeno valor) fazem com que os transistores fiquem mais préximos uns dos outros em termos de corrente conduzida, havendo portanto uma distribuigdo que néo os sobre~ carrega. Atente pard as configuragdes dadas na figura 3.58. Um outro problema que surge com este tipo de configuracao é que a tensao de saida no é exa- tamente de 12 V, mas sim um pouco menos, ‘© que acontece 6 que existe uma queda de tenso entre a base © emissor dos transistores da omdem e 0.7 V, a ser considerada, Assim, quando 0 regulador de tenséo aplica 12 V na base do transistor, no seu emissor aparece apenas 11,3 V de tensao. Uma soluggo interessante para resolver este problema consiste em se ere ae aumentar a tensdo do regulador, utii- ae zando-se para isso uma referéncia de tensdo que compense a queda nos tran- sistores. Isso pode ser feito com a con- figuracdo apresentada nesse figura ‘Cada diodo colocado em série com o terminal de referénois do circulto inte- Figura -3.57 grado aumenta em 0,7 V a tonsdo de Sali Ent Sh the hele 32 Newton C. Braga saida. Este recurso 6 em especial inte- ressante quando a fonte visa substituir baterias de carro que, como se sabe, tém uma tensdo de salda da ordem de 13,2 V ou mais. Com dois diodos em série compen- samos a queda de 0,7 V e ainda acres- centamos algo em tomo de 1,4 V para obter na saida uma tens4o um pouco maior do que os 13 V, mais préxima da exigida pelos equipamentos alimen- tados por baterias de carro. Newton C, Braga Circultos Praticos A partir de agora veremos projetos praticos de fontes analdgicas que o leitor pode montar com faciidade para as mais diversas aplicacdes. Muitos desses projatos ja foram montados por centenas de leitores das revistas Saber Eletronica e Eletrénica Total, pois foram publicados nas mesmas nos titimos anos, Lembramos que 0 leitor deve ter experiéncia na montagem desse tipo de circuito, principalmente no caso das fontes de altas correntes que exigem cuidados especiais no desacoplamento e na esco- tha dos componentes, além da dissipago apropriada de calor. 4.4 - FONTE SIMPLES DE 6/12 V A maioria dos projetos eletrénicos que envolvem 0 uso de transistores e circuitos integrados pre. cisa de tens6es de 6 e 12 V. Uma fonte simples que forneca estas tensdes é, entéo, algo que todo montador, projetista ou reparador de circuitos deve ter em sua bancada. ‘A fonte simples que apresentamos agora ndo é regulada e pode ser usada em muitos projetos no criticos, projetos esses que possam funcionar com tenses nao reguladas, em torno de 6 ou 12 V com boa faixa de tolerancia. Esta fonte ndo é regulada, o que significa que na saida de 6 V, na verdade, a tensao poderé estar entre 6 Ve pouico mais de 8 V e da mesma forma, na saida de 12 V poderd ter entre 12 Ve 15 V ou pouco mais, dependendo do consumo do aparelho alimentado, Se os aparelhos a serem alimentados nao forem criticos, aceitando estas variagdes, a fonte podera ser utilizada'sem problemas. A filtragem é boa, dada por um capacitor eletrolitico de 1 000 11F, e a monitoria do funcionamento € feita através de um LED comum. Eletrélise, projetos mecatrOnicos que envolvam pequenos motores, aquecedores, solendides € ‘outros dispositivos ndio criticos podem ser alimentados por esta fonte. Acorrente maxima disponivel na saida é de 500 mA ea tensdo de entrada depende apenas do transformador usado, Na figura 4.1 temos o diagrama completo desta fonte. Os poucos componentes usados ate podem ser soldados numa ponte de termi- +6/12¥ | nais conforme mostra a figura 4.2. ° Os diodos admitem equivalentes © 0 transformador tern enrolamefito secundario de 6 V+ 6 V (com tomada central), com 500 mA ou mais de corrente. <1 © enrolamento primario deve ser de 711020 xF | acordo com a rede de energia, ou seja, ae 110 V ou 220 V. ee ov Para experimentar a fonte, 6 sé liga-la 5 e medir a tensfio de saida alimentando Figura - 4.4 uma lampada de acordo com essa mesma 35 Fontes de Alimentagao —_ ae co jst a y oO $2 ep Dy De Ry A +8 i2v > cd 03 Da ie, ov Figura - 4.2 Serd interessante identificar as saidas com fios ou bomes de cores diferentes, por exem- plo, 0 vermelho para 0 positivo e o preto para 0 negativo. Se a tenséo cair muito ao se alimentar algum aparelho, o que pode ser notado por queda acentuada do brilho do LED, @ porque este aparelho tem maior consumo do que a fonte pode suportar. Desligue-o e nao use o com esta fonte. 4.2 - FONTE SIMPLES COM REGULAGEM A ZENER (3 A 12 VX 30 mA) Descreveremos uma fonte de alimen- taco simples, ideal para alimentar apare- thos de baixo consumo que normalmente empregam pilhas. Podemos dizer que se trata de um eliminadot de pilhas econd- mico. © uso do transformador garante seguranga ao circuito, isolando-o da rede de energia. 36 F uma, Lista de Material Semicondutores: Dj a Dg - 1N4002 - diodos de silicio LED - LED vermelho comum Diversos: S} - Interruptor Simples S9 - Chave de I pélo x 2 posi- ges Cj - 1000 uF x 25 V- capacitor eletrolitico Ty - Transtormador - ver texto Ry - 1 kQx 1/8 W- resistor - matrom, preto, vermelho Ponte de terminais, cabo de forga, caixa para montagem, garras ou bores para a saida, fos, solda, ete. tensdo de saida. Um multimetro comum pode ser empregado para se fazer a medida da tensdo fornecida. Para usar, observe sempre a tensdo de saida e a polaridade. Noy 2200 500mA iNaoo2 woo RS (*) Ver tabela Figura - 4.4

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