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oar} ee BCL Coutinho de Abreu | YW oN Capitulo 1 NOCAO DE SOCIEDADE E FIGURAS AFINS 1. Sociedade enquanto acto juridico ¢ enquanto centidade (0 voeebulo “sociedade” éutilizado na linguagem juridiea para designar actos juridicos eentidades. Assim, por exem- pl, o art. 980." do CCiv. = primeiro artigo de um capitulo fplarafad “Sociedade” ~ ofereee-nos uma nopio de contrato {e eocedsde; no CSC aparece @ sociedade priméria e domi hantemente como entidade (ente, aujeito, ralidade sub- jectiva) Também na doutring se assinala a polissemia, falandose (em modos de maior ou menor contraposigto) da tociedade como contrato ¢ como coletividade(),contrato e ‘ntidade ), negdcio juridico © pessoa juries (),nogécio & fete, eontratoe instituigio ©) 18 Conn Gorgas, Comercio ap aide comer prt sl Bm ln ena On a oe ing XG. lon Xe, Sad camara its a le de st Comet do donor et pom Comb, 181. pall Baro Const iro omer ol, AAFDI ish, 150, (© ¥-¥. Beowocoma nV. Boonocon acre Ay, Manual dito simmering, 206 inp ar, Tove 169% p08 al tee pe Fraga entrap a ose somata en , Como defi da epigrafe deste.’ 1, preferimos falar de secledade-actojuridica (em vez de contrato ou nego), por, tuanto existem actos constituivos de sociedades tem arte ean contratual (,g.,nogseios unilaterais constituintes ag Seeiedades unipesionis) © sem naturera.negucal eg decretolei constitute de cocidade andnima de capt iblicos) (©, preferimos dizer sociedade-entidade foot Ae colectividade, pessoa juriien ou instituigto), dada u en {Gneia de sociedades unipessoaise de sciedades sem pong ‘a desenvolver mais tarde), de socedade-act juridic «de socie- de, Impiem-se, porém, algumas precisdes, Enive ‘acto juridico constituinte entidade aocietaria ha wma nat tna liga: o acto faz nascer a entidade, esta ascenta genet camente nele ¢ por ele ¢ em boa medida disciplinada, Mex Por outro lad, ha um consideravel desprendimento da sede dede-entidade relativamente 0 acto constitutive: aloes facto de a orsanizagto e funcionamenta internos de sede, ede serem em larga medida independentes do acto de cone, titmigio (aendo directamente regidos pela leislagan societ via), ela € novo sujeito (istinto dfs) sécnt)) que por oh actu. se relaciona com outros sujeitos (nao sendo, no eoson ‘lal tno actuagao w relagoes da ertatura dinsiplinads pelo ‘co erador..). De todo @ modo, estudaremos ax sucledaes io ils ea ect nate aman Reece at ae tet ‘Si Pt dere fu glad propery smart TOC” HE PE Ut See as ite fos Spat ea Ds emprenerlitade~ he empresas no deo, ned eee git al oa te, an oe comerciais principalmente na. perspectiva da sociedade- atidade (Perspectiva que « também, ficou ié dite, cso) 0 C80, diploma regular bsio das scedadescomer- cis (od sede iin de ipo ou forma comer de geno? do are 1" que “ho sodadee comers age ue tenbam por object a prin de actos de comer © ‘Nontem tpn desoieddo om nome cleo, de emiedade for sts, de sociedade anima, de spiedade em eoman. Eta sles ou do soiedade em eomanda or expe Di “tos, portant, o Cign quando comercial nna sociedad to 'os dia que & uma sacedode,pressopie portant 6 snore scidade, de que a scidade comercial € epee, Presrupte ume nso genria de sociede Esta nopio deve comeyar por buserne no at. 980° do Coie into prvndo comune eeidaro~ wart. 2 do €80)(), Mas ndo podem flor por at. Peincpamente ror sere hoje mii Gneisive no CSC) ened ue 3 sentam em contratos om negsoe rics plu esi 20s elementos ou notas essenciais da noch enériea de sociedade © art. 980." do Civ. define 0 “eontrato de sociedade” como “aguelo em que duas ou mais pessoas se obrigan a ‘ontribuir com bens ou servis para o exercicio em comm ‘eeertaacividade eeondmica, que no seja de mera fuigso, ‘fm de repartiem os luero vesultantes desta acividade” iram-se desta dfinigdo os soguintes elementos da nogio Ct. n° 4 do rotmbule DL 25260, 2 de Stee, gue se ea _, | Camo de Dina Comer —_ (civilsta) de soeiedade enquanto entidade: a) a associ ou ‘grupamento de pessoas; b) o fundo patrimonial ) 0 objecto (exercicio em comum de carta actividade econdmiea que nio sein de mera fruigio: @) 0 fim (obtengio de luerus para serem repartidos pelos associados)(*), Emprestemos entao algum desenvolvimento a estes ele- rmentos e vejamos em que medida eles subsistem ou nao 1a nogdo de sociedade abrangente tanto das socedades iis como das sociedades comerciais, 2.1, Sujeito ou agrupamento de sujeltos (xécios) ‘A sociedade comeca por ser tma entidade composta, em regra, por dois ou mais sujeitos (normalmente pessoas, sin sulares ou colectivaa ®). Tal rogra ests prevista no apenas tno CCiv. art, 980.) mas também no CSC (ar. 72 Hi, todavia, excepgies;indiferente as razios da lexico- raf, 0 direto vom admitindo (por of e em outros pais) io 86 sociedades supervenientemente unipessoais (eotie- dades reduzidas a um Uaieo sco, embora hajam sido cons- tituidas por dots ou mais) ~ fenémeno ja antigo ~ mas tam: boém sociedades originariamente unipessoais (eociedades fonstituidas por um eo sujelto) ~ fendmeno bem mais reeente ‘A unipeasoalidade superveniente (mn regra transitéria) & admitida quer pelo CCiv. (art, 1007, d)) quer pelo CSC (arts. 142. 1, a), 270°-A, 2, 464°, 8). A unipessoalidade or sindria ndo esté prevista no Civ, mas preven 0 CSC pars soeiedades por quotas e andnimas ~ 0 art. 270" \introduzido pelo DL. 257/96, de St de Dezembro), permite ‘quo uma pessoa singular ou coleetiva constitua uma "sacle (Velaro m2 edneap Nosiodenodedase a ade eipton por quota", 0a. 488, 1, permite que uma ad Poor quotas, anda ove comand por aces (Ge 81) tuna ceded aii een ia vin Estado tom tab a possbiidade do, eet det on decrto cir eoidadesunipasnas de 2s pbc (Grrogando, poranto, 0 rege elaele Sgn cli «no CSC = arovados por deretos Te. 2.2, Substrato patrimonial tqur scedede exge um patsinsnio propo. Base patsnin &inciomente consist so menor plo dr {Gnererpondenes a obigayoe de strata” tala oi 6 Sorento tenor com bone pra cea (of Cry tre 8,069, 1, CSC ar. 207, 2), Vremos mai tarde (Gro. do cap. V qe ov entradas om nada comer tai entree em dibs, em outron bens saseptvels de Denor, xsi ot servis) ao td er elzadas to motor incal ds socedade (Anda quando a4 0. facto denrada Die ajam raladas ou eunpe oment, existe prin svi, 3 existe 0 tcrespondente Sar orgages and ssedage tiga co entradas coevmente fectndan, petite ‘cal écmpot eusv ov primer) por eses ben Gx dznda de oven anes, plo dreoe relative a ese bens. Depo, bse que val sorendo vide da Sleade, 0. ptiménio ttl valve lerande com 8 ‘etradn aud do oxtoe dros os ten oe shigayes Dereisiateteavaliees (28,0 mame dg cm opto rcndad ci sme nda ‘we ag fo era gra apace Soda cern (5 Sabroso ia cap. VE ~~ | « Cuz de Dil Comarca 2.2, Objecto da sociedade O sujeitosécio ou o agrupamento de sujeitos-sécioe utili. 42am, total ou parcialmente, a baae ot substrata patrimonial para o exercicio de certa aetividade eeonémica, Nisto con Sisto objecto da sociedade. Dizendo om maive precisto, 2 objecto social & a actividede condmiea que o sécio ou os ‘cis se propdem exereer mediante a sociedade (ow propdem ‘que a sociedade exerga). “Aetvidade cconémicn”. Nio 6 fil dir © que a Tanto na sonoma como no dro aprsce « eeands ented de vie modes See fale do eondmic, terse de falar do nbo-eons tic, Pods na vrdade sting na vide sda dm toda economia «odoinn nto-econtinios da culturs, Ga pti da elit ete Dives ent que domino os campo da economia peoschide pela pean ou toes primavn, ecundai teri) de bere mater ¢ imate Fis ou ergo qu erg ou implica» wo ea troc de er. ¢ demncn oe eames nto scnimicos nn to ~ ltl mente contderedn~ preencidos da most mani, no ebstane, tambem eres campoe aprecntam pet, fimenses econsmion qunndo a Prostate do, ees ‘oa ergs scale une trca de bens (atari 0 Inatrao)) Erecorenle na doutina a dein de que as actividades ultras deoportivas, reretvay, pitts release tor nto perteneerem aoc dw actividades coors Io ‘podom ser hj dat wiciedaes,pfendo sel das gh, SOT DE Ate, Danse de emp pn (05 Apocnetne wma er mai. ntendinenle de M. Gooee ana ata oom Magee Pa Hk Nagi de sododade 2 octet Mas snd agora vino qu no sel do associ ote podem verifiar especton econdnios. Por ansrtr Sonser cas elvis mer raja) ts coataio gota en ane gas (uate late os re er cto eed) Se dns sine vctla ne ee 2 eta um ere panna Je Nee a ecetdadajovo as ecndader pore Eee Pa tucrs Nan enc apr, ur toda -hrr,rr————"L Se eprees aefoped pect a epee [| -—- ~—m sae wasn caer erage ple rh” 7 dade uni ppt ust uo do sso an tut ar ado COW) et he LULL” reptiles weodie scsonls os rap de inten son prs algo dein tno 0 ee “Pensa Tage er et at, Sl OSE aan? rn tt Be SSab Re ehSsrem a, "pam a ses tr ht ond sofia’ ae ae Bremer cxf sa i GMa 2c Pet 4:18 8 ete Ne tah co soa xa gre | w Como de init Comet “soriedades" ocasionais nfo colocam os problemas que o dirito socitério considers e regula: ov relativos & eriagdo ¢ fadministragho de um fondo comum, os relativos a organiza ‘lo juridica do entesacet dei (1).(), Segundo 0 art, 980." do CCiv, a actividade econdmica object das soriedades nio pode ser de “mera fruicio’. Quer dizer, ns sociedades nao podem ter por objecto actividades de simples destrute, de mera percepeao dos frutas naturals oa civis de bens (1). Analisemos algunas hipdteses dlarifica. ddoras ereveladoras da importnela do ponto. 8) A morre eB e C, seus filhos, herdam uma quints & lama padatia (que a0s mesmosfieam a pertencer em compro Driedade). sa) Be C acordam em arvendar a quinta «loca & padaria, Nestes casos propéem-se B e C exereer acividade dle mera fruigo, de aproveitamento dos frutos evis das em rests comuns; no constituem, portanto, qualquer soee. ade. sb) B eC scordam em explorar eles proprios cada uma das empresas. Signifia isto que constituem duas socieda des, uma civil (agricola), outra comercial ~ ada um deles se obriga contribuir com as respectivas quotas nas eomur ies pars o eeoriei om comm de dotcrminadae activide ‘em a acto, verano,» Pievo FADO, o cpp Lose “Aa deg eGo nem no see pr fede ‘ured sted woman” cnt gual aes past ‘Fcompometom ag em cnjsta semanas atl toe Sei gases a cede at as ne a 8.008 pa i ‘ie nde oop Sed cae a ope eee i ee soca ‘iors gral de fos rt Nose deseedade 1 oo ne ae 2s Sacre Se on 2 met P compram um restauranta a. be) Be F com ee as aoe ee Se oe ae ee ang contested nervinls fara «a _, Comercial? Deve afirmarse & existincia de wciedade prams mutandis, valem aqui aa consideragses fetes ¢ Droposito da hipétese a, rasitingie entre compropredade © sociedade importa eysidravets diferongas de regime. Por exemplo: ens nen Sie. comProprietério tem ditito de exgir «dives, SSSR, gomum art. 1412° do COiv), nto competons gee cis dirito semelhante; em regra, qualquer eomprowsins Cena ° disito de serve da eoisa comum are Tapes, see’ © aus, também em regra, se nio vein nae seat dades; a coisa em compropriedade née @ um patting autonome, vidas dos mesmas), ao contrétio do que ae venice ne, Seistades, inclusive nas seciedades civ ingles tae $97 999. © 1000." do CCiv.)« nas wociedades remarry, ‘antes de cumprida a forma legal (ar, 36°, 2, do C90) 5; ©) H pretende comprar um prédio para arrenter, Para Gnauadrar tals operagoos, propie-se constituir ume wea {ade unipessoal por quotas (ef, art, 270:-A do CSC) Peace ‘oatlo? Nao, pos a actividad projectada ¢ de mera frieae Hé sosiedade ou comunhio sucessiria? Apesar de ny emo ser leitimo falarse de exercicio de actividade eeonburen ue do & do mera fruigio limputdvel a varioe eujeton, ferto 6 que 08 herdeiros nao acardaram, nao eontrataram Pras suns quotas hereditarias ao servige daquole svereice (2) te Lomo Xue oh le, 9.7, on A Patrmenal dst ine I Notiodesoidade 8 pois uma comunhdoherditria nt reguléel pelo meio Slaemos for su, dvamoe que no poe hver ssn uns eicn do dds ecdarea font Mesh us tse alr do Soe ee im gre on im nan pr So igen ina Sede, com lg to ere ai, 6 spe ina to a 64 ye CN Sede at Mie a mune tmisagn eto oe ea ‘ano con frervaoupom gto ub emgen h tin parma babi dv bus ai eae Sinn tniano ae bens propraens ahs ‘mn sla qe cnn expe ste chad Sts proves rsatwn aes bos ca es athlon, ns mia ds now ade ton ee Se Fon ‘etiam 0 mee pry asd He ee Pov Ort vq aunas desta cidade poem ter coms tc aces safes te mons Pepe secede ote yr Tes eae eas ‘oi i doses inindwremneree eee =the moe sso de singles vantage nce Ms becca costae pees eke dines habe ot are nee ee aes ats euomlos nan guaieacs con in Sosa a) OC mus aes Sea se, eam o hptizade que ee alicra © ant. 4° dp Siesta tes nen he Trt a Senda erase ees “ee ‘spt unm Ba 0 aoe ON, enlan, 247,82" de Cig de impo Co te 301196 ert era > fiesveis como comerciais (no tam por abjecto a prtica de actos de comérco). Porém, ato “nociedades": assim as quali. fica lopislacao nacional. Quer isto dizer que a construgio de "um concito geral de sociedade tem de contar om elas Adianie-se ainda quo as sociedades de simples adminis tragio de bens que nao tenham por objecto a praticn de actos dde coméreio (como as dos exemplos ha pouco dados) podem ‘adoptartiposcomerciai (art. 1° 4, do CSC 12), Por im, para evitar equivocos: nto so de “mera frig, nem de “simples” administragio de bens variadas sociedades comerciais dedicadas a *administeagao” on “gestio", et. de bons. £ ver, por exemplo, o art. 11, 6, do CSC, o DL. 495/88, {de 30 de Dezembro (SGPS},o DL 13591, de 4 de Abril (SGI), 0 DL 168/94, de 4 de Junho (sociedades gestoras de patrimé nios), 0 DL’ 72185, de 15 de Abril (sociedades de loeagio financera), 0 DL 60/2002, de 20 de Margo (Fundos de invee- ‘timento imobiliario e respectivassociedades gestoras).) A actividade econémica (ohjecto social) deve ser “certs” ou determinada ~ & 0 que dis o art 980. do CC. resulta do art. 11, 2, do CSC. Contude, esta (eub-mnota nto ¢ ‘tontial para o conecite de eeciedade. Da falta de cope cieagio do objcto social no cto constituinte ou no estate derivam por certo consequéneias, mas nao passam pela mio ‘qualificagso como sociedade da entidade Dis também 0 art. 980." do Civ, que a actividade econ mico-ocietria hé-de ser exercida "em comm” pelos sécns Claro que nio ¢ assim nas soiedades unipessoais. (2) Com demvolvinenos 1. Posto Purana, Canons ao Citgo st Snr Coa args 9) Aa Co 8, 9. (2 Wino, 2 2 ap. ee ‘eam pra. a5 sociedades pliripessaie, a expresso no vrais ndequada, Het ber, pode dize-te que os wie sora in auraves da sociedad ~ exereem em com uma [tlande.Seré, no entanto, mais correcto dizer ser a pré- sca un ented tena 081 pre Dr ede rica, a eocedade &enidade ou suetodistnto fos sicios . ‘Anda anim, aerescontarernos que. o “exerecio em rin ne significa que os aicos (exeeptundos os de nds inn ividade social. Gli bios intervr directamente na actividad Simice arenas que os xin pderdo partsipar na cond ae diect, ou indiecta ~ nomeadamente través da Etignapdo dos titulares do drgto de adminstracéo) on, 20 tmeno, no controlo dessa actividad (direitos de informagto, ‘eimpugnoyie de deliboragies soci de nyo de respons: ‘iidage corira adminisradore, ete) 2.4. Fim da sociedade De acnto com oar. 980d Civ, 0 fm ou esenpe da sasedne& ong. strvn dy exrccio dn activi “ecto eal, de fers ea tua repartgoo pon sin. O {im ail ato oo basta, asc, coms pereciyto de Toco, txign sind a intengo Geo dviir plo sonar ti tar expres habitaais poe autores alanos, n80_ 6 ficlente Tuc shjectivo™, 6 também neceadio © Ir) bec ‘peta eo signa “aero” sr plisémico no dei, © Ae havermor de confar no dive saetaro com diversas Vin 21.0 ap PV Aeao kane oct 8. > 16 cre de it Comer rmodalidades ou espéeies de Tuero(®), poderemos acordar tendo em vista aquela norma do CC.) nesta, gendries rogao do mesmo: é um ganho tradustvel num ineremento do patviménio da sociedad. Tal ganho, por serum valor ptr ‘monial distribuvel, hi-de formarse no patriménio social (dai seré depois tronsferide para patrimnio dos sécios ‘Contrapte-se por conseguinte 0 Iuero as vantagens scondmi eas produsieeis dircctamente no patriménio dos sujeitos ‘agrupedos em entidades associativas to sensu) e bs coon ‘mins (liminagao ou redugao de despesss) que o8 assoiados visam obter partiipando em actividades daquele gener, sto fim lucrativo vale também para as sociedades comerciais (basieamente) disciplinadas pelo CSC? Sim, Nada no Cédigo aponta em sentido diferent, Pelo contra, norma varias confortam aquela resposts. Ever, por exomplo,além do art. 2°, o8 arte 6°, 1, 26 8 (capacidade Juridica da ociedade delimitada pelo fim Iueativo), 10.5, 42) (da denominaeio das tociedades ndo podem fazer parte ‘expresses quo possam induzir em erro quanto & caracte ‘zagio juridica da sociedade, designadamente expresses correntomente usadas na designagio de pessoas eolectivas sem Tnalidade Inerativa), 21°, 1, a) (todo @ seio tom delta { quinhoar nos Iucrs), 2.” (partiipagio nos lueros), 31." (deliberagio de distribuigao de Iueros),217.° © 294. (dielto fos Iueros de exereeio nas sociedades por “quotas ¢ anénl- ‘as, respectivamente), ia ew pa se ae a ae eg desninnde 2 ‘aa sosiedades comercinis (@ civie de tipo comercial) opoumese bter lueos: estes Ineros sto Iuros “das socie- rere’ fomarn-se nelas, s20 incremento dos seus patrim6. Fopartidos pelos sécios 9). ‘Sendo o escopo ou intuito Iueativo fentendide nos ter- mos exports) 0 fin das sociedades(reguladas basicamente te Civ. ou no CSC)(%), distinguom- rnio 6 algo que “pressuponha pluralidade de sécios" (ete art 270°-G), (08) ia de sce 0. Sart, Dromonto dello apo Turan mle ‘ead epee tins 898 PL 1886 Nava Usha,» dnarag de A. ROS, 8.6 E wales © {itis dominante de mode hho choogutrTacres ae ic a i So Ra Sey aa ue _Noai devote 2 ven a complesh a sung epeitante a tad- se fenoninadesnactdade de coptais pos lonateTenico adcio-entidade publica ou com varios a6cios- tsp) wendy de coi mat da og eon Pv’ Enqumatcmes ee ine te eromia ta. a) De precpasso athe, sort, sta meds, qr por cone ee mre) nos tern do CC oto CSC, qr por ‘tm nina) coor pivadoe~ qs risa expal ce hod tr fim rai a) De pertpe- Fy pubis saints in princi, extar entade, Statue natura sti beta exec de stces pedo (qu, enum tay no pat ¢ mo ‘Stoo fim fai (nto eqivlente Basing do Tow to poder ser aula pele interne pices tre tn prado oe omnes on pablo E ver ‘te qu aluman desta scodades dem fr de eset ()¥,Cocroo ue Asa, Da empretratdade cp. 154159 ‘caste aro cy 9 re 3 do HSH gine 6 Sete ‘apres ata 11, 508, dei de Bese) ead saa pie eaomnm srncos 9 Eocene ene {Siren ios oh i cava dies pbc ada lider iin estaduain detenharn 1 msiria das, prtlgagoes Seat soloed cmp pig ow oes ‘STL de adem hs vlan empresas pain Teguladas pol girs ‘Grom DL ire de Abi or stews sndn com 9 SEL ie fri to’ Secor Eoprctal Lia 1 580000 te 9 ‘Dette nprosee manapay narnia mepana ‘pest, aly euates prema ogre aurea ‘spi pes a de econ mas atte pblice lal aie Roigitrcage de municpin ou area metropolitans de Listoa va 0 Eo soos stecinse snes eo ous ead pleas Spa Svar ded pice deeds aco SEESEDSGS rulosoaty av nade pcblens lows acocamrae a SEES BMS Godt Sanceniy San en Sen _ actividades deficitérias (v. RSBE, arts. 19°, s8, RSEL, farts, 20°, 3, 28°, 21. Porém, em casos tas, a “indemnt zagdes compensatorias” ow outras comparticipagoes pi ‘as no dovem ropor ou prever simplesmente © equ brio custos-receitas, hi que retvibuir 0 capital privade investido, ') Sociedades de enpitais publica. ba) Constituidas noe termos do CSC ou do Ci. Por norms, dado terem de mex peitar as notas nocionais de sociedade presentes naqueles diplomas, estes sociedades tém escopo lucrative. Contudo, ‘quando tenham de exerecr actividades defiitrias, os inte ross publicos podem determinar uma sitemtiea actuogao sem finalidades lucrative. bb) Constituidas por let ou outro ‘meio juridico-publico permitido logalmente. Km taishipéte- ses, pode o acto constituinte, derrogando genética nogio legal de sociedade, estabelocer logo de modo explicito 08 Iimplicito a exclusdo de intuito Iueraivo. Z, mals ow menos contestavelmente, 0 legislador tem feito uto desta possibil- dade), Para casos destes ¢ apropriado falar-se da "net ‘talldade” da “Torma” sociedade (a sociedade como instr ‘mento para fins Iuerativos eno lucrative). 2.5. Sujelgio a perdas Em vex de lucrarem, o sécio ou os aécios podem perder; podem no recuperar (total ow pareialmente), quando ssi da sociedade on esta a0 extings, 0 valor das entradas ¢ de sae ee a no eh See rn ike eee ee Sree pc’ eno aes Rts “Nogtodemniade Ps tras prosagbes fetes A mesma, Nenhum séio pode ser ete so.) Jrenad io @ perdas so consta do at. 9807 do CC nae Rosto genven de sociedad deve integrar Nao ei, que extrifaciimente tanto do art. 98" do ee era art 22", 9, do CSC (prabito do acto Teanino) @) 8) 2,6. Sintese |A nopio gonérica de sociedade (abrangente das diversas spies socetirias) pode agora ser apresentada: sociedade & ‘enfdade cue, composta por um ou mats sujetoe (cits), fem um pa'riménio autdnomo pare 0 exericio de octivi dade econdniea, a fim de (om regra) obter lucroe ¢ atr bute aot! seis) ~ fcando estes), todavia, suits) @ perdas. 3. Sociedade e empresa Deparanes frequentamantn enm formulngies idéntions ou semelhantes a estar: a aoeledade 6 forma fou forma jut fica) de empresa; a socledade 6 forma (ow téeniea)juridiea do orgenizapao da empresa; a socicdade ¢ organizagio jurt eam wsawanw (Sama on. snr rhe pe ia ite ee tiene LSS Soars Cee aah _ a Cuno de Dito Comeren) ica da empresa; a sacedade & uma empresa; empresa « sociadade relacionamse como matérine forma () ‘Tals formulagtes tém algo de verdadeiroe possvem una carga sugestia positiva, Refletem, com eleto, a esteita ligagio entre sociedade e empresa (>): uma sociedade 6 em, ogra constituida para a exploragio de uma empresa; estry ‘tras orgdnieas de direegaoe controlo daquela s40-n0 tam bbém desta; vicissitudes varias afectam simultaneamente uma ¢ outra. Mas aio formulagtes ineuicientes e néo inte ramente corretas, Porquanto: 8) HE sociedades 0 que ndo correspondem empresas (em sentido objective). 0 ease, por exemplo, de muitas sore. adios (unipestoais ou pluripesoals) de profissionatslberais fe de artesdion (, ©), ate wat, 3G, Pto COR, Lie de toc ~ofvguts mera tn gra obigonen meta om cope te ‘oer omer, Puacelo 1 C1 Marne St, abn, 148, (ion Rav nats dlberae sect ¢ deers cme ‘Ashnta, Coir Wt pp 282m 1b) abe iano Seed meio p 38, A Po Alsi Suet ‘Beit, asl anne Feige Waentatn Fi, _TPeuprise on sce, PUR. Pasi 1905, 29) U. Bay Binet snd Vl ie Reem, FS aie Rae Mane, Tab, 187% 39.0, W Soni, Rechfrm und Untrsimen Bie Pea ‘i Venn ton Gnd Cnr 3 Korat Undue Poon #8 Goer Besa de Grater, Be non Yo Para liar male ponsrmente "gunn danse ©. 2 Coenen de Empresriaiede sp. 2 ae i. oe iliaats “empresa” no mesmo sents No tonfonto nodes ‘Sr ytustmpri ender prneplent htwpee de empress GRP ec el esp deepen en ot es LS docap Mt do vol tdeste Care _Rogiode oie 2s eres ni on Sl come opm ea Sed mie Sm el rat ying neers ee eee ecrrenrenral i cele, sons ond ce atte amr Se sa ke romans re = con eee des or, ie pi, ta Sees aecen ras eeprom oe bens dp activo social € normal que 0 patriménio da ‘ C8, Ha Goscilachaftarecht - Bin Lehrbuch des Unter- ras cass came BO ws snubs eae pry ep Scuaprigilige sacha tale doe ote nope “e » Poa {cur de Dirt Comari - sociedade compreenda bens e valores nfo afectados. 3 empresa (que nlo sho elementos desta). 1A sociedade, como outros empresérios, pode efectise rnegicios tendo por objecto a respectiva empresa (vendenda 2, locendova,ete.)~ relagio sujit-objeto separdceis, A sociedad pode sobreviver & sua empresa (ou empre- sas) ~ 0g, em caso de dissolugto, a sociedade mantém fate ao final da liguidagao, podendo verficar-se antes desse termo a extineio da empresa. Tal como pode extinguirae ‘antes dela ~ ., um procesto de liquidagio da sociedade ¢ 2 empresa alienada, continuando a” titularidade do adguirente. (©) 4. Sociedade e figuras (mais ou menos) afins 4.1. Cooperativas (© movimento cooperative europen teve as primeiras ‘exporigncins (falhadas) na Escicia da segunda metade do 6e-XVIITe afirmou-se em meados do sé. XIX na Inglatrea (obretudo com cvoperativas de consumo ®), em Fran fave, 1901, p10, 6h saa Conta, Lies eel Sonera oli ‘otsieh. so M Hixson Macrae ASEAN A Samia en a dooe ot aa, Bs soe ‘Shenango "Etude ete prndo Ale, bon 198, (0) Para mai, tread par anne re 8 “te PPT) Pope fndumetal ave a “Rochdale Sedeny of Baul Nota deceiinde 2 yc acy a cpt pets de roc (onde ot aaa (com a8 coperativas de enédito). Nesta pre Co a ads faemenine aa ee raat ni ee ee Cattel ee etce save oa SE ne oar ele fer e ccte ect ee ayes ces aes ec ee SS eee cee sreen mrt oer eer oe Smet ogee ae eee aig ee ee eae ee ee ee cay de areas ccae enema es nar cece ease anlar aera ‘stn jl ft de or rnd a eat vi regae ‘eins einpram or anno rnp opera, (©) owe da erin de mnrnenia seoperativ, vs et, JM Serna nein omit opr porate as dens alee nn BU 9a (390) pp. sre Re DasoptinLe ent ‘oper ne poet della Cnsnd Buryps RDC, 968, pt. Gv. sen Comes oct pp 40, ee be eae de egscte eopertin gm Pataa ,H TDR ss eget ed Saas Nos termios do n° 1 do art. 2° do CCoop., “as coopera, ‘vas aio postoas colectivas auténomas, de livre constitu, de eapital e comporigho varidveis, que, através da. cone ragio e entrenjida dos seus membros, com abediéneis aon prinepios eooperativos, vam, sem fins hucrativos, a satis. ‘io das necessdades © aspiragies econémicas, socais oy 0s “prineipiosconperativos”estio formulados no art, 3° tal como os formulou a Alianea Cooperativa Internacional, por tltimo, no congresso de Manchester comemorativo do en. tendrio desta onganizagso (1996). So eles: adeséo volun Pia lave (); gestdo democrdtca plas membros (ressaltando ‘ogra “um membro, um voto" nas cooperatives de princi frau); participa econémica dos membros (sendo de desta ‘ca a eventual e limitada remineragio dos titulo de capital fa distribuigio dos excedentes pelos cooperadores na propor fo das suas traneacgtes com a cooperative); autonomia Independencia (as evoperativas hgorde ser contvoladas pelos ‘seus membros, mio por entidades externas); educa, forma: ‘oe informagdo (dos membros mas nio 36); inereooperagdo {das cnoperativas entre sl; inerese pela comunidad "E permitide ae cooperatives aassciarem oo com utes pessoas eolectivas de natureza cooperativa ou nio coopers fiva, desde que dat nao resulte perda da sua autonomi Mas “nao podem adoptar a forma cooporativa as pessots calectivas resultantes da associngso de cooperativas oom pessoas coectivas de fins luerativas (art. 8°, 1€2) cps sero mais qe opliara 2 n= Odo press De Sew Spat Donon tates HCO SET wetter Z srs peop Cats Bs Be pra Nogiedesodndade = supreme. Grafos © para of cooperadores), a direcgio (que sa nr oe ee a eee ce ee Pe ora pee rters dpe sacar drome es ee a ee ee ae ee oe eee ee oe ea ee eae ce ee ere ae a ee ens Sree Por msis de um século foram as eooperativas Tegalmente uaificades de soiedadon omborn nape) (©). Daiwa de fer assim com © CCoop. de 1980 ¢ 0 de 1996 (e legis ‘omplementar). Nao diz expressamente 0 Cédigo que as eo Berativas ndo sio sociedades. Mas aponta claramente para SLE como nao-sociedades devern na verdade cet consi deradas igh DOH ertabelocda no acim transerton.°1 do art 2° 2 a propisito © sufciente, As cooperativas sto “pessoas se se Nae $e sgt mn etn a deat Aum sp eeacreniars, meni ade a >» » ame de Dito Comerat coleetivas autonomas” (nto diz serem sociedades 04 asc ses, ote}. De “capital e composigho variaveis", aavim gc permitindo a ici e rapide entrada e eaida de cooperadores fas correspondents mutagoes do capital (bem diverse ¢ regime aocietério quanto & entrada e saida de sicon na seneralidade das socidades e quanto as alteracdes do ea. tal) 0 fim das eooperativas tanto pode sera satisfagdo des necessidades econémicas como das necessidades “soins” oa ceulturais (ou de todas em eonjunto) dos cooperadores — ¢ “som fins Iucrativos"(%) (fundamentalmente diferente & 4 realldade soeletra). A orgunizagio « 0 funcionamento das ‘ooperativas obedecem aos "principios cooperativos, que se fasta em muitos pontos da disciplina das sociedadey Uma outra norma (entre outras) sintométiea da naturens nto seletaria das cooperativas © que vale a pena recordar ‘aqui 6a do ar. 80°, aime transerto (iieitude da transfor ‘mapio de caoperativas em sociedades). ()(™) (Cy Ta cam err eenaimete gust de ‘Seoul very = sore ‘ne exednte, quand Satbutdos ba "etornads ‘os irs etn} en ann no tu prostado polo eooperadoresenpomtiras de produ au ui Semen dex antagens odie cedar aude di fae St ‘perotte Or ements yr om operates x cprstiva coe ‘Surface ject anprgue i ets ele oP ‘Ener sin ogee eve ar de sos Tao fo Ba We jes "© ) Beandnde tame goe me soperatva ni sto socal Either Stason, one lor” emia qu od ancora PEUC 100,99. ‘meni spnts manetaraae "J cept do Cp. 88, of Fomo. th cng sus, 8 ste Cy Di 2. ACES ¢ AEIE oo wpslaorportugute dvenbon a Sgra dos agrupe 0 stlementayes de empresas (ACE = 4/7, de 4 ni 400! T,te 8 de Agel) tend & vista @ ae ts do groupemente inte Senamigue (Ord et de 2 de Setembro S160. su aefmus singlares ov cectiva ¢ a socedaes one Rroparce, som pret basin personalidad ar ‘Seen conercinn, maa o A. manifesta sivids em Ds reeponea ee ean rs ce {2 enn Bw Cotas cba pp 10 eee eee moue rem: Sse te ‘Stralmenl sp ognseadas como indus and proven soit ies oto marae See cope ese a Ppciae ier ata ere ‘Sil eer record, or 130 eabolce como Oa pons da eat tats ees " Jnarr, Dra samme, Serre {Dtsinnei amp, abatand asd scans vanespondees ‘ee totic ceo meri vs cede Se Ue asc 0 (8. A Kiri, Crh 1 Aull User ‘isu! pian). Hota tis na Ses snp ‘eff na Gen de 189 dete ae cn Graluchafr, Costa ‘Sets ce usta anata jada a oe ae cin mica” pees HL Avan, hiUusnh) 2. | Sirloin nce iors oa een Sy en eed tena cae oe SSS Se aeons aes

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