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nosso pais e aos profissionais da saide sejam bons exemplos de administragio publica a serem seguidos, Nos tltimos dois anos © meio assumimos 2 administragio do Crefito-3 com essa grande missio. Querlamos mostrar que, pais marcado pela corrupgio ¢ pelo desmando da administra > do bem piblico, seria possivel fazer a diferenga. Sabia ‘mos que a tarefa era gigante, uma vez que contamos apenas com a contribuigio anual de cada profissional e enconteamos uma entidade completamente abandonada, Foi com essa vontade de fazer a diferenga pelo trabalho ue idealizamos, desenvolvemos ¢ implantamos no Crefito-3 uma nova forma de gerenciamento do bem puiblico, bascada nna automatizacio, transparéncia e cficiéncia administrativa Os resultados d a administracio demonstram que ¢ possi vel trinsformar em realidade um sonho bem sonhado, que € possivel transformar esperanca em agdes concretas ¢ objeti- Para coroar esse trabalho compeamos mais tum Sio Paulo, Ha muito esperamos por esse presen anclares, mais dois niveis de garagem, cravados na regio mais ‘alorzada do pais ea apenas 100 metros do mets Brigade: ro. Sim, um prédio inteio para que possamos deseavoler € expandir as ages do Crefito-3, Também deveremos Aisponibilizar, até o final do ano, via internet, © sistema operacional WebGox, para que toclos os profissionais ¢ a po- pulacao possam participar ativamente da panhamento de nossas profissdes, A partir de 2) nove propriedades, compradas com recursos proprios, fun cionando de forma descentralizada e integrada, via WebGow. O resultado € a rapide e eficiéncia no oferecimento de nos- calizacio e acom: 07 teremos Na frea cientifica e tecnoligica continuamos a celebrar os resultados. Ajudamos a recriar a Associagio de Fisioterapeu. tas do Brasil (AFB), colocamos 0 Congresso Brasileito de Fi- sioterapia (Cobraf ¢ Intercobraf) e eventos da terapia Cepieebo da Wis « Denil ocupacional, organizado pela Associagio de Terapia Ocupacional do Fstado de Sio Paulo (Atoesp), na agenda cientifica nacional e internacional. Assistimos ao aumento da leitura dos conhecimentos técnico e cientifieo que disponibilizamos gratuitamente no site do Crefito-3."Também ppresenciamos uma enorme adesdo aos eventos, demonstran. do 0 compromisso de nossos profissionais em usar apenas pniticas com evidéncias cientificas para a promogio da vida Ainda celebramos prémios intemacionais e vemos 1n0ss0s pes quisadores, mais de 250 doutores, sendo aplaudidos na Amé rica Latina € no mundo. Nesse exemplar voc’ vetd que temos muitos motivos pata comemorar 0 nosso dia. Esperamos que cada umn de vocés ‘nos ajude a continuar fazendo do Crefito-3 uma historia de conquista.e Prof. Dr. Gil Litcio Almeida Presidente do Crefito-3 Dr. Mario Cesat Guimar Vice-presidente do Crefito-3 pope oreo LU oN ss Battisti ‘Seigewico rusico Fepemal esos: ko 13 DE OUTUBRO do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional - Receba a nossa homenagem! SEDE NOVA Crefito-3 adquire um prédio de 12 andares para melhor atender os profission: 20 ORTESES Agrande forca do terapeuta ocupacional 14 FISIOTERAPIA EM GRUPO Pratica é usada pela Unesp na recuperacao de hemiplégicos Rett re oe a) Oe) Fn Cees le Soe} eoee 11 Mteeaced oe Sneed Poneto TE! INTERCOBRAF secccseses 22 Gets cte io. ee See) Rootes ie eee a Moree ek eu ee 4) qRIDICO « ATE AONBE A CIENCIA POTE CHEGARA 1pés @ instalacio de um chip em eu cérebro, um homem teteaplégico de 25 anos conse: goin desempenhar algumas funcdes ‘motoras apenas com 0 pensamento. A cexperiéncia, que ainda precisari ser apr morada, relata bons resultados clinicos em um Gnico paciente que teve lesio da medula aos 21 anos de idade. A pesqui sa foi o destaque da edicio de julho da Nature, uma das melhores revistas cien- tifices do mundo. Esse chip, que foi chamado de BrainGate (Porto do Cérebro) esti sen. do considerado 0 implante cerebral mais sofisticado da arualidade. Ele é menor do que uma moeda de um centavo, com quatro milimetros de espes- sura ¢ cem mimisculos cletrodos. (O chip foi implantado numa par- tedo cérebro (cortex motor pri- mitio do homem) que esta dire tamente relacionada com 0 con. trole dos movimentos do corpo A operacio dusou tsés horas d ocotteu tzés anos depois do aci dente. Nao foram identificados problemas de cicatrizacao ou efei- tos colaterais no sistema neurolégico. Desenvolvido pela empresa Cyberkineties de Foxborough, no Esta- do norte-americano de Massachusetts, © BrainG ie tem elettodos que se ‘conectam a um neurbaio do paciente € ceaptam seus sinais cerebrais, Do chip os sinais percorrem um fio externo até a base da cabeca do paciente-e dali até um carrinho com um sistema de computa- dozes que processam sinais. Avangos importantes Um dos principais pontos do estudo € mostrar que o cérebro continua a emi- tir os sinais mesmo depoi dente. Tudo 0 que o chip faz & registrar ‘esses sinais € transformé-los em coman- de um aci dos para o controle de prsteses (bracos mecinicos) ou o controle do teclado de um computadar, Apés a instalagio do sensor cerebral, capaz de converter im- pulsos elétricos em sinais compu tadorizados, 0 paciente coaseguiu inter ferir sobre um cursor precente na tela de um computador. Ele abriu e-mails, desenhou formas circulates jogou uma sudinentar partida de videogame. Con: seguiu ainda abrir ¢ fechar uma mio robética ¢ até pegar ¢ mover determi nadas objetos com “Pisperamos que esses resultados aprofundem o controle sobre a comuni casio cerebral eo meio externo pata i- dividuos com patalisia. Algum dia deve- ni ser possivel combinar tudo isso com estimulos neuromusculates, para que 0 conitole sobre os membros possa vol tar”, explica Leigh Hochberg, principal autor do trabalho publieado e pesquise dordo Hospital Geral de Massachnserts, ‘em comunicado da ins Para o Dr. Fernando T. Guzzo, mé- ico especialista em neurocicurgia, esse tipo de pesquisa levanta pelo menos duas aquestdes. “\ pritneica delas diz respeito dirctamente a nds, profissionais da area de satide e pesquisadores sempre inte- ressados nos avangos tecnolégicos ¢ no impacto que esses avancos txario, prin- cipalmente para a vida de nossos pa- cientes, razio de ser de nossos esforcos € empenho. A segunda questio é ética e até moral”, Dr. Guzzo ressalta que aidéia em si nao € nova. Experimento seme- Ihante foi tema de um trabalho apresen- tado em um congresso sobre Neuroct surgia Minimamente Invasiva, Robotica c Teenologias Akadas, que aconteceu em Marburg, Alemanha, hi cerca de cinco anos. Colocada na midia, porém, torn. se de dominio piblico, Seri que pacien tes terdo condigies, sea por nio terem comhecimento de causa, seja por esta- rem emocionalmente cnvolvidos,de per ceberem que ainda nao existe cura teal para esao neurolégica alguma? “Na realidade sabemos que a promes- sa existe, mas ainda no se pode dizer que esteja a0 aleance da nos: 2 geracio, Com certeza estar 20 Jalcance da geragio dos nossos fi- Ihas. Nesse sentido, a questio ni Js axé que ponto a ciéncia pode che- zac « sim até que ponto temos o di- teito de chegar com cla”, afirma Dr Guo. ‘Com 0 desenvolvimento desse tipo de pesquisa profissionais da érea da f- sioterapia e da terapia ocupacional se- Fo os principais atuantes na. reabilita lo desses pacientes, que terio de re aprender a controlar os movimentos €2 realizar as Funcies da vida didria. Prof. De. Gil Liicio Almeida, PhD em controle motor, filosofx: “No futu s vivas controls 10 teremos as préie: das por sinais emitidos pelo proprio cé schto. Muito antes de tomarmos conhe- cimento de que itcmos realizar wma fun cho motora, 0 nosso cérebro jf comeca- ssia uabalhae. Esse fato mostea que pee- cisamos estudar muito como 0 eétebro controla os movimentos para que pos samos prover o melbor teinamento 20s nnossos pacientes/clientes”.© ours CMG & POR tem recebido de- ‘ntincias de que instituigdes pri- vadas e piblicas (hospitais, cli nicas, casas de repouso, entre outras) estariam oferecendo “estigios volun- tarios” para fisioterapeutas ¢/ou terapeutas ocupacionais como forma de burlar a legislacao sobre os direitos trabathistas. F'ssasinstituigOes estariam se aproveitando da grande oferta de mao-de-obra no mercado e da disi- nico do poder aquisitivo da popals- co para deixar de remunerar esses pro- fissionais. Pior, em alguns casos, elas estariam cobrando dos profissionais para oferecer os “estigios voluntarios”. Algumas chegam a inovar, afirmando {que 0 “estigio voluntario” faz parte de tum curso de pés-graduagio. De acardo com o Cédigo de Erica da Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Resolugio Coffito n° 10/78, artigo 28), 0s profissionais somente poderio dei- xar de pleitear remuneragao em alguns casos ‘Art, 29, O fitoenspeuta ¢ 0 terapeuta ocupacional podem deixar de pleitear bonord- as por asiténca prestada = T -ascendente, descendent, colatera,afion pessoa gue vie sob sua dependncia econ & CPEMMNB / 10-0206 T1-clega ou prs que ina sob a depen lnc evomimica deste reseanado a rcebimento ty valor material porventura depend na prestaso de asisténia: TI -pessaa reonbecdamente caren dere IV inttnista de inate lanripcs, rconbecida como de wikdade pba qu, a ‘nitro do Conselbo Regional de Fstatrapia € Terapia Ocupacional, nao tena cond de ‘remunei-loadegnadantenee css dirgetes ao perebane remuneragia ou aura vant gem, a qualquer tla Claro esté que os estigios volunti- Flos deseritos acima nao se enquadram fem nenlzuma forma de trabalho gra- tuto \lém de no remunerar os profi sionais, essas instituigdes estariam co- brando os atendimentos do proprio paciente, de convénios (seguradoras de savide) ou do Sistema Unico de Saiide Para dar aparéncia de legalidade a este exquema, essa instituigdes chegam acelebrar um ‘‘contrato de estigio vo- Juntasio”, geralmente de seis horas por dia com dusagao de seis meses. Ao t6 mino do qual a instituicio pode reno- var 0 contzato por mais seis meses. Ter minado 0 contrato, a instituigao afir- ma nao ter vaga de emprego naquele momento, dispensando o profissional Em alguns casos, emite um certificaco de “estigio voluntitio”. O ciclo conti- nua com uma proxima vit ° alerta que esse tipo de contato de estigio voluntirio nao po sui valor legal. Trata-se na verdade d ‘uma forma de ludibsiar os profissio- ‘ais ¢ afrontar a legislacio trabalhisia, ‘Ao se submeter a esse esquema, 0 profissional afronta 0 seu Codigo de Exica (Resolugao Coffito n° 10/78) que nos arts. 30 e 8° determina: ‘Art, 30. proihido a fsoterspenta of ou terapeuts ocypacional prestar asiténca rofissional gratuita on a reg time, ressal- ado 0 depos no art. 29, ¢ encaminbar a servo gratuito de insttegio asistencia! ospaala, shente pouidor de rcersos para remuncraro tratamento, quando disso fenba conbecimenta,” ESTAGIO VOLUNTARIO PRATICADO ‘Art 81 E probe an fotenpenta aa terapentacoqpaional, nas repectvas eas de atuayio: XIU - trabaihar ena entidade, ow ‘um ola olaborar onde na the sa ase da cntenamia poisons, gi dese ‘adasp due garantam adequadsaxvitinaia a conte | {protein a ta intiiade;” ios ston, 1 inexistane condpes Ao tomar conhecimento da partici- | pacio nesses estigios voluntitios, 0 abre um processo tra 0 profissional ou profissionais en- volvidos, Conforme estabelecido na Lei 18° 6316/75, 0s profissionais podem ter suas licengas de trabalho suspensas ou mesmo eassadas. Lembrando que os profissionais que accitarem “supers sionar” esses estigios voluntitios tam: bém afrontam o Cédigo de Ftica € podem sofzer as mesmas sancoes. Ao comprovar a existéncia desses estigios, 0 também instaura uum inguérito administrative, em que sho ouvidas as partes envolvidas. Esse inguérito € encaminhado 20 Ministerio Piblico Federal e ao Ministério Paibli- co do Trabatho para que sejam toma- das as medidas cabiveis contea as insti tuigdes que estio explorando a mio- de-obra dos profissionais. De acordo com a CLT, fica ea sacterizada a relagio de emprego quan: do presentes pelo menos dois dos se- ‘guintes requisitos: a) onerosidades b) prestagio de servicos de forma cont: ‘mua; c) pessoalidade; d) subordinacio. Assim, o profissional que foi vitima des ses estigios voluntirios pode e deve recorrer i justica para que a instituicao seja condenada a ressarcir todos os seus direitos trabalhistas. O pode dar todas as otientagies gratuitas os profissionais vitimas desse esquema que desejam garantie os seus direitos. (O respeito a dignidade da Fisiotera- pia e da Terapia Ocupacional depende principalmente do pleno exercicio da cidadania de nossos profissionais. Faga a sua parte Presidente da Crefito-3 ‘Ouvidoria do Crefito-3 Defis realiza na fiscalizagao Depois de notificar mais de 700 consultérios sem registro no Crefito, departamento iniciou o envio de notificagdes as clinicas e empresas ais de 700 fisioterapeutas ¢ terapentas ocupacionais do stado de Sao Paulo que atuam em consultérios sem o registro no Crefito-3 esti sendo notifc desde julho pelo Departamento de Fis calizagio do Weis). Os pro- dos fissionais que nao regularizam a sua s- ‘mac4o ou nao apresentam defesa em 30 dias apés 0 recebimento da notifi- cagao podem ser multados. Entretan to, a grande maioria dos profissionais tem se empenhado para regularizar a situagao o mais rapido possivel, sem a necessidade de qualquer tipo de pu- higio. Mais de 30% dos jurisdicionados iniciaram 0 processo de repularizacao até 24 horas apés a notificacio. De acordo com o vice-presidente do ‘or do Defis, Dr. Mario Cesar Guimaries Battisti, 0 re tomo positivo as notificagées mostra ‘que 0 profissional eré na autoridade de fiscalizagio do “Sign ‘um desejo do profissional de estar em conformidade com a ordem priblica” ‘Segundo o vice-presidente, o pro- fissional que atua em situacio ieregular desrespeita e desprestigia o compro: misso assumido com a sociedade que Ihe outorgou o titulo de terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta. O coordenador do Defis, Dr. Neilson Spigolon, ressalta a importincia do re- gistzo profissional, explicande que é um documento que comprova paca a po: pulagao que 0 fisioterapeuta ou 0 terapeuta oeupacional é habilitado para exercer a profissio. “O registro deve ria ser exigido nao s6 pela Hiscalizacio, € sim por todos os usuitios desta area, por toda a popu: lagio”. Além das noti- Ficagdes a03 cor sultérios, o Defis em agosto notif cages as. clinica empresas pres- tadoras de servi gos e fabricantes ou revendedoras de equipamentos. A proxima etapa do trabalho seri a Biscalizagio invest gativa de equipamentos e instalag ‘que sera fundamentada por laudos ela- borados com respaldo téenieo de ins tituigdes especializadas, como Adolio Lute Inmetro. Outra novidade prevista € a automacio do Defis, que visa a sua integragio com os outros departamen- tos do pelo sistema informatizado de perenciamento. I bém os profissionais ¢ a sociedade se~ rio convocados a participar ativamen- te do proceso de fiscalizagio do exer- cicio dos fisioterapeutas e terapeutas ‘ocupacionais, usando para isso varias ferramentas que sesao disponibilizadas te da autarqui. © mtimero de fiscais que atuam no Estado de Sio Paulo vem crescendo. desde 2004, quando passou de trés para nove, Em 2005, este mimero saltou para 20. Irregularidades de diversos tipos, como jomada de trabalho superior & petmitida pela lei, exercicio ilegal da Profissio, fraudes e mA qualidade de assisténcia sio detectadas pelos fiscais, ‘que notificam os responsiveis para que corrijam as infragées Para acompanhar as novas etapas implementadas na fiscalizacto e assegurar a qualidade do trabalho, 0 Defis promove periodicamente reu- nides de educa fiscais de todo o estado, Nesses encon- tos, eles apontam as falhas ¢ os acer tos do trabalho realizado, apresentam. daividas e sugestoes ¢ diseutem as pro- ximas etapas de fiscalizagio, “O apren- der a fazer exige constante renovacio. Conforme © tempo passa, é preciso ver 0 que esti dando certo ¢ 9 que ni 8”, diz 0 coordenador do Defis, Dr 16 continuada com os pigolon, De acordo com a fiscal Dea Liselorti Guerrini Kato as reunides si0 enriquecedoras pois proporcionan uma troca de experiencia entze os diferentes regides do esta- complicado para o fiscal agir se ee no estiver completamente trei- nado”. Ela diz que 0 teeinamento contribuiu para torné-los mais seguros. “Notei muita diferenga. Ha mais sep tanga no modo de falar, no modo de explicar as coisas”. Conta que os fis- «ais esto motivados com 0s novos avancos no trabalho, “O departamen- toesti caminhando, agort os resulta- dos estio aparecendo mais rapido. ‘Vamos melhorar a! nossa profissio’ Assessora de Imprensa do Cretito-3 outubro 2006 / Gretna | Bt Jena 0 Incluir! Constituigéo Federal — Art. 5° - Todos sdo iguais perante a lei, sem distingaéo de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrang ‘os residentes no Pais a inviolabilidade do direito 4 vida, 4 liberdade, a igualdade, 4 seguranga e a propriedade (...) pdlos so iguais perante a lei, mas seri que alguns no slo mais guais do que os outros? Se a igualdade existe, além do que esti con- tido no papel da Constituigio Federal, por que ha necessidade de se lutar tan- to para que deficientes tenham seus di- reitos garantidos? Alias, direitos que sio ‘0s mesmos de qualquer cidadlio: segu- +anca, trabalho, educacio, transporte e, principalmente, dignidade. Os prineipios da Constituigio dei- xam clara a preocupacio com a igual- dade entre todos os cidadios, 0 que inclui os portadores de deficiéncia, tém dificuldades para se Pee etd Alm disso, leis como ain? 10.048/2000 n° 10.098/2000, demonstram igual- sa preocupacio, no que diz respeito as regras de promogio a aces- ibilidade. Mais recentemente,em 2004, o presidente da Repiiblica san- cionou 0 Decreto n° 5.296, Ask ‘que regulamenta as leis acima citadas, dando prioridade de atendimento as pessoas por- tadoras de deficiéncia © esta- belecendo normas ¢ critérios para a promogio da acessibi- lidade, No papel, a8 leis e de- «retos sio maravilhosos. Infelizmente, nna pritiea, fan- cionam poueo. Em primeito lugar, o termo “dleficiéncia® & abrangente significa uma restrigio Fisica, mental ou sen- sorial, de nara reva permanen- teou transitoria, que limita a ca- pacidade de mais atividade: cessencias A vida beneficiam os portadores de deficiéncia funcionam pouco na pratica diria, causada ou ageivada pelo am biente econémico ¢ social. Assim, en- tendle-se que a eapacidade do deficien- te é limitada devido 20 meio em que ele vive. Na verdade, deveria sero con- tririo. O meio deveria se adaptat ao tipo de deficia cia de qualquer cidadio. Ja que, levando 0 termo ao “pé da letra”, um idoso, por cexemplo, pode ser conside- mado um deficiente, se tem algum tipo de restricko para fazer alguma atividade do din-a-dia, Sio diversas as condighes que levam pessoas a serem consideradas “aquelas quee devem se adequar ao mun do”: aca, religito, proveniéncia repio- nal, comportamento sexual ¢ até mes- mo a prépria aparéncia — como 05 feos € obesos. Essas pessoas sio colocadas & mar gem da sociedade, como se 0 local onde vive nio fosse feito para clas. Encontram barreiras culturais, que ge- ram 0 preconceito, barreiras no mer cado de trabalho, que é uma cons agiiencia de barreiras enfrentadas na e cola, que se ageavam com as bat cenfrentadas nas ruas O portador de deficiéncia sente es: ses problemas todos 0s dias pong Por que nao?! nic hi escolas adequadas a ele (somente 10% das escolas do Estado de Sio Paw- lo sio adaptadas para deficientes); dessa forma, ele néo se prepara de forma eficaz para o mercado de trabalho, 0 que Ihe gera dificuldades para arrumar um emprego; além de tudo, 0 trans- Porte piiblico e as ruas das cidades nao. foram construidos para ele. A socie dade se organiza de uma forma que exclui as pessoas com deficiénc A. CNBB (Conféréncia Nacional dos Bispos do Brasil) lancou este ano a Campanha da Fraternidade com o tema “Levanta-te, vem para 0 meio!”, que tem como objetivo analisar a situacio dos portadores de deficiéncia, julgar e discutiras politicas piblicas que podem ser implementadas ara simacio. agit para melho- Para avaliar e fiscalizar os propési tos da campanha e dar continuidade aos pro- jetos assumidos por ela, existe 0 Férum Paulista de Acompa: nhamento das Campa anhas da Fratemnidade Segundo Tuca Munhoz, presidente do Instituto MID para a Patticipacio Social das Pessoas com De ficiéncia, o Brasil é re conhecido interna nalmente como 0 pais que tem a melhor legislagio no que se refere a politicas para portadores de deficiéncia. O grande problema é a pritica, “Na verdade nio queremos pollticas especiais, que temos sio os mesmos de qualquer porque os direitos outro cidadio, Queremos ter o que todo mundo tem”, ressalta Munhoz salienta ainda que o profis: sional que trabalha com portadores de deficiéncia, mais es pecificamente o fi sioterapeuta © 0 te- sapeuta ocupacional, deve estimular e for talecer seus pacientes a se sentirem sujeitos de dircito abando- nar o paradigma do assistencialismo. “O portador de deficiéncia deve deixar de ser passivo ¢ vitima de uma fatalidade Assim ele se coloca como um proble ma e acredita que o mundo nao foi feito para ele. Trabalhar para o fortale- cimento da auto-estima, além dos tra tamentos adequados, é essencial para que ele seja u n sujeito ativo”. Assessora de Imprensa do Crefi rogas opiiceas, usadas para 0 livio de dores cronicas, es- tho envolvidas em mais mor- tes por overdose, nos Estados Unidos, do que a cocaina ou a heroina. A con- clusio € de estudo feito por integran tes dos Centros de Controle e Preven gio de Doencas De acordo com os pesquisadores, liderados pelo Dr, Leonard Paulozzi, a anilise da tendéncia de mortes por envenenamento pelo uso de medica- mentos demonstra uma epidemia no pais. Ela teria comecado na década de 1990. Drogas opiceas, ou simplesmente opiiceos, si0 substancias derivadas do pio que diminuem a dor e aumentam ‘© sono, Por isso, também sto conheci das como natcsticos. Os opiiceos po- dem ser naturais, semi-sintéticos ou sin- téticos. Segundo os pesquisadores norte ameficanos, nos tiltimos 15 anos, as vendas de analgésicos opidides aumen- taram no pais. A lista tem nomes como oxidona, hidrocodona, metadona fentanila. Simultaneamente, cereseeram 0 niimero de mor tes pelo uso das drogas. Em 21X12, mais de 16 mil pessoas morreram nos Esta- dos Unidos como resultado de overdoses. Os opidides ul- trapassaram a cocaina e a he- rofna no niimero de mortes entre 1999 © 2002, A pesquisa foi publicada pela revista Pharmavmepidemiolagy and Drug, Safe De acordo com os autores do estue do, a situagao tem piorado considera- velmente. Entre 1979 1990, o niime: 0 de mortes atribuidas a0 envenena- mento nao intencional por drogas au- mentou em média 5,3% ao ano, Entre 1990 e 2002, o aumento anual pulow Ouso continuo de remédios pode mascarar problemas mais graves para 181%. Houve destacados aumentos no to tal de mortes por overdose de cocaina ede heroina, respectivamente 12,4% € 22.8% entre 1999 e 2002. Mas o papel dos opidides no total cresceut ainda mais no pe riodo: 92,2%. Os pesquisadores des tacam que 0 censrio tem recreacional dos opiceos ‘endo a utilizagio no tra tamento de dores. Um cxemplo do aumento des se uso esta na elevada quantidade de analgésicos opidides roubada de far icias no pais. © artigo “Increasing deaths from opioid analgesics in the United States”, de Leonard J. Paulozzi, Daniel S. Budnitz e Yongli Xi, pode ser lido por assinantes no enderego: hom Na Europa ¢ América do Norte existem milhares de pessoas usando abusivamente as dro- gas opiceas. No Brasil 0 seu uso é menor. Em levantamen- to feito em residéncias das 24 maiores cidades do Fstado de Sio Paulo pelo Cebrid (Cen- tro Brasileiro de Informagoes sobre Drogas Psicotrépicas), que fun ciona no Departamento de Paicobiologia da Unifesp (Uni de Federal de Sao Paulo), nfo houve nnenhum relato de uso dessas substin cias ¢ raramente os hospitals ¢ clinicas brasileira tratam de pessoas que estio dependences de opiaceos. As poucas {que estio nestas condicoes, via de re gra, voltaram da Europa ou Estados Unidos ao Remédio Mesino nio sendo constante 01 de drogas opidceas no Brasil, existe no pais 0 eulto ao remédio, seja, a maioria das casas tem a f CC ae Prec tari “farmacinha”, analgésicos, antitérmics antiieidos, antiespasmédicos, ent ‘outros. S80 os remédios de venda i vre, isentos de prescri¢io, mas col efeitos colaterais dos mais variados, Por exemplo: é muito comum, aparecer dores musculares, 0 us indiscriminado de antiinflamatériog que muitas vezes no tratam a cag do problema € 0 mascaram suptimi do temporariamente 0 sintom: Freqiientemente, se a causa continua, patologia também ¢, com 0 uso conti ‘nuo do remédio, aparece problemaf de estémago. A partir dai nossa lst ‘de medicamentos comeca a aumentaf Contra este uso desenfreado d medicagdes para problemas musculo esqueléticos, a indicacio é clar FISIOTERAPIAI® Ds. José Luis Pimentel do Rosirio Conselheito Suplente do Crefito-3 Francine Altheman Assessora de Imprensa do Crefito-3 Fontes Agencia Fapesp / Revista Sade é Vital Quantos profissionais ha na sua cidade? Secretai geral do Crefito-; 3 faz levantamento do numero de fi ioterapeutas e terapeutas ocupacionais que atuam em cada regido do Estado secretatia geral do Crefito-3 ~z um levantamento nas oito regides abrangidas pelo Con. selho no Estado de 10 Panlo (capital, Santos, Campinas, Séo José dos Cam pos, Marla, Sao José do Rio Preto, Presidente Prudente ¢ Ribeirio Preto) para avaliar 0 miimero de profissionais que atuam em cada cidade, © resulta- do mostra que ainda existem cidades que nao possuuer nenhum profissional da dre principalmente no interior. Também se notou grande desigualda. de na quantidade de profissionais que atuam na Grande Sio Paulo ¢ no inte: rior do Estado, Segundo dados da secretaria, na re ito da sede, em Sao Paulo, que abran: ge 33 cidades, ha 50% dos fisiotera- peutas que atuam em todo o Estado ¢ 37% de terapeutas ocupacionais. Mes- mo tendo praticamente metade dos profissionais nessa regiio, ainda ha ci dades que nio possuem nenhum terapeuta ocupacional, como Cajamar, Embu-Guacu, Francisco Morato, Jandira, Juquitiba, Rio Grande da Ser. a, Santa Isabel e Sio Lourenco da Ser- ra, © poucos fisioterapeutas, cerca de tés por cidade. A regito de Campinas, com cerca de 140 cidades em sua abrangét ‘una populagao de mais de tés miles de pessoas, esté em segundo higar em inimero de profissionais. Tem 1 fisioterpeutas do Estado ¢ ndos 0% de terapeutas ocupacionais. O grande nie mero de TOs nessa regiio se deve principalmente atuagio destes nas ¢4 dades de Campinas © Soracaba, Logo abaixo esti a regiao de Ribei Ho Preto, cerca de 100 cidades, com 9% de fisioterapeutas © 10% de terapentas ocupacionais. S¥o José dos Campos cidades), com 6% de fi sioterapeutas © 6% de terapeutas ocupacionais. Sio José do Rio Preto (cerea de 100 cidades), com 6% de f- sioterapeutas ¢ 4% de terapeutas ocu: pacionais. Marilia (79 cidades), com 5% de fisioterapeu- tas © 7% de terapeutas ocupacionais, As regides porcenta gem de pro: fissionais sa0 Santos (27 cidades) ¢ Presidente Prudente (cerea de 100 dades) com 4% de fisioterapeutas e 3% de terapeutas ocupacionais cada uma, Exsses mimeros demonstram que a concentracio maior de profissionais esti mesmo na Grande Sao Paulo ¢ regibes proximas. Mas a populacao ddestas cidades sto maiores também. Na proporsao tem-se uma média constan- te em todas as regides ~ cerca de oito fisioterapeutas para cada 10 mil pessoas € cerca de seis terapeutas ocupacionais para cada 100 mil pes Qs dados completos desse levanta mento estario disponiveis no site do Crofito-3 em breve.e outubro 2006/ Creag @ A danga na erapia Danga e musica oferecem diversos recursos que podem ser explorados pelos profissionais 65 calejados, lesdes, dor, muita de- dicacio, tudo isso para atingir 0 ideal de perfeiso que os expecta dores esperam encontrar nos palcos a0 ver uma bailatina clissiea em cena. A ‘grande beleza da danca pode ser revela da através de coreografias complexas € bem elaboradas, de movimentos harmo- niosos, resultado de exaustivos ensaios. ‘Mas a beleza também pode estar no pra zee da criaco ¢ na descoberta dos mo. vimentos, na percepeio do préprio cor po, ao bem-estar e nos sentimentos que ch proporciona, A danea como possibilidade de cria- lo e feflexdo € trabalhada ha mais de 20 anos pela terapeuta ocupacional Dra. Flivia Liberman, autora do livro Danpas em Terapia Ocepacional, ed. Summus. Ela questiona a pritica da danga como ape- ‘nas uma seqiiéncia de passos, onde as pessoas que nio se encaixam em um de- terminado padsio de corpo ou no se adaptam as técnicas ensinadas, sio ex- chuidas. Elembra que essa concepeio nao s6 caracteristica do balé clissico, ¢ sim, de varios outros tipos de danca Flivia eafatiza em seu trabalho a im- provisagio, a livre expressio © a integragio dos corpos, que busca apro- ximar as pessoas de uma forma diferen- te daguela marcada pela convengio so- cial. A danga, segundo ela, proporciona ‘uma maior proximidade do sujeito con- sigo mesmo. “As atividades do coridiano costumam ser feitas de forma muito au- Vey : tomitica_€ um grande distanciamento desi”. Explica que 0 con- tato com 0 corpo ea realizacio dos mo- vvimentos com mais consciéncia abre es ‘paca para que as pessoas reflitam sobre 4s suas vidas e percebam 0 que elas po- dem mudas. “Considero que sensibilizar © sujeito para o trabalho com 0 corpo ¢ A (ee)descoberta de suas linguagens po- deri abrir espago para a ampliacio de sua consciéncia, de seu estar-no-mundo, rompendo czistalizagoes ¢ dando lugar a rnovas dimensdes em sua existéncia”, diz fem seu livro. Flivia relata também a sua experién- Ga com um grupo de mulheres da Zona Leste de Sio Paulo, Nos seus primeiros contatos com o grupo, ea percebeu que as mulheres tinham pouca consciéneia das potencialidades do corpo como meio de expressio, comunicacao, prazer ¢ autoconhecimento. Ao longo do traba- Tho, os exercicios de respiracao, relaxa- mento, pesquisas de sons e de movimen- tos comecaram a ter repercussio fora do espaco da sala de aula. O maior co- hecimento de seu corpo, inclusive 3 percepcio dos limites e da dor, propor cionou as mulheres entrarem em conta to com suas emogées ¢ refletirem $0- bre watios aspectos de sua vida [Na fisioterapia, a danca também pode pode ser utllzada como uma forma de complementar o tratamento, aleancan- do resultados que 0 métado tradicional itas vezes niio atinge. A fisioterapeuta Dra. Helena Izzo, que realiza hi 22 anos um trabalho de fisio~ terapia com 0 Grupo de Atendimento Maltdisciplinar do Idoso Ambuktorial (Garmia) do Hospital das Clinicas, per cebeu logo no segundo ano do grupo que ‘a miisiea poderia ser uma poderosa alia isioterapia e na cupacional da para o tratamenta, Ataalmente H sna traballa a danga sénior com 0 po, que se fevine uma vez por semana é auxilado por estudantes de especial zagio e apsimoramento em fisiote cm gerintria e gerontologia. “A miisica permite que os idoso realizem movimentos mais amplos eco mais levera, evitando que usem um foisa muscular maior do que a necess tia, E isso influencia no dia-a-dis”, di Helena. A danca ajuda 0 idoso a conhe cer melhor 0 seu corpo, a perceber quay do esti desiquilibizdo ov quando nto} consegue executar 0 movimento no rit] smo da misica. Também melhora a fle xibilidade, 0 equilrio, a forga muscu lez, a coordenacio ¢ a nogio de orienta <0 espacial ede ritmo, ecombinada com a imisica, é um forte atrativo para aque- les que aio gostam de fazer os exerct Apesar dos beneficios que a danga pode trazer para 0 tabalho do terapeuta ‘ocupacional, edo fisioterapeuta ela ain 4a é muito pouco usilizada pelos profs sionais. De acordo com Helena, muitos Ssioterapeutas ulizam a rmisica somente ‘como plano de fundo, sem explocar os recursos que cla pode oferecer. “Fume ppitica que deveria ser mais usada € timulada entre todos os profissionais” firma Assessors de Imprensa do Crefito-3 O QUE O FAZER PELOS FI mitica caracterizada por dor ‘miisculoesquelética difasa e cxd- nica, € sitios dolorosos especificos palpacio (render points). Estes eritérios foram propostos em um estudo ‘ulticéntrico do Colégio Americano de Reumatologia em 1990 e estabelecem que a fibromialgia é diagnosticada pela presenca de dor generalizada: no lado diccito © no esquerdo, acima e abaixo da

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