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“Musicoterapia: a musica como diferencial terapéutico, A musica, 0 som e suas fungées numa pratica terapéutica Em busca da satide” liza Cristiane de Oliveira Camara’ Orientadora: Eulide Jazar Weibel Co-Orientador:Lidyio Roberto Silva Resumo: a presente comunicagao como objetivo investigar e refletir de maneira abrangente qual a natureza das varias modalidades terapéuticas, para a partirda Musicoterapia poder discutira linguagem musical como elemento diferencial desta terapia em relagdo as demais.Para tanto, a refiexdo sera felta com base em esiudos sobre outras técnicas terapéuticas, observando a possibilidade ou nao do uso da musica nos contexios terapéuticos e, finalmente focalizando a musica como objeto central da acao terapéutica no processoda Musicolerapia Palavras-Chaves: Musica Diferencial Terapéutica. Esse trabalho foi apresentado como um esbogo do nosso Trabalho de Conclusao de Curso, do curso de Musicoterapia, da Faculdade de Artes do Parana (Curitiba PR, Brasil) no presente ano, 2008. Esclarecemos que poderao acontecer mudangas de itens, focos, formas de falas ou escritas, quanto a finalizagao do mesmo. Nossa esséncia, porém permanecera a mesma intuimos nés, jd que trataremos da Musica como sendo esta, umdiferencial Musicoterapéutico. Nossa motivago pessoal: nossas miriades de idéias se fixam em quatroitens: + Divulgara profiss4o embasada na formagao do Musicolerapeuta graduado, ou especializado; Incluimos nesse momento o mau entendido que nossa sociedade carrega quanto ao uso terapéutico em pessoas ‘ditas'normais. Ainda neste século alguns pensam que o fato de “fazer terapia” é um fato diminutivo. ‘Terapias so pensadas e enfocadas ‘apenas' para pessoas com disturbios de personelidade. N&o se conhecem e nao percebem, ou néo querem perceber, os seus disturbios de cardter, afetivo, sensitivo e por que nao dizer disturbios de personalidade também. Entre alguns depoimentos de pessoas ‘ditas normais' demonstrarmos 0 efeito **positivo” que a Musicoterapia poderia ser qualquer outra das tantas formas de terapia que hoje existe, mais faremos a Pesquisa com pacientes especificos da Musicoterapia - iraz ao individuo através de ‘seus resultados, principalmente 0 auto-conhecimento. Sendo esse atendimento ainda guiado por um Musicoterapeuta graduado e ou especializado, o que faz a diferenga. *Focalizar os beneficios que uma terapia pode trazer é vida do ser humano; Jéesclarecido anteriormente. + Identificar 0 porque de outros terapeutas que também se utiliza da musica e esses néo serem classificatios como Musicoterapeutas; As vezes apés falarmos sobre nossa formagao e cuvirmos em seguida “que maravilha ", somos indagades quanto 4s éreas, as materias que estudamos, ou entéo ouvimos gracejos do tipo “ id vocés aprendem a aperter o play?" Nada se iguala 4 essa grosséria, logo iniciamos nossa explicagao através da Musicoterapia receptive, falando de sua seriedade e exigéncia para essa formacao, GIM. No querendo ainda néo regulamentada no Brasil, mais sendo esse curso hoje aprovado e reconhecido pelo MEC (Ministério da Educagao). + Explicitara Musicoterapia que fazemos, lemos ¢ sentimos na nossa pratica. As vezes apés falarmos sobre nossa formacio e ouvinnos em seguide “que maravilha ", somos indagados quanto as dreas, as matérias que estudamos, ou entéo ouvimos gracejos co tipo * [4 voces aprendem a apertar o play?" Nada se iguala 4 essa grosseria, logo iniclamos nossa explicacao através da Musicoterapia receptiva, falando de sua seriedade @ exigéncia para essa formacao, GIM. Nao querendo Justificar esse gracgjo estiipido, mais talvez ele se faga por falta de divulgago e ou divulgagao erranea da profissdo. Pessoas que se apropriam dos seus conhecimentos musicals juntam esse conhecimento 4 suas ultras areas de conhecimentos ¢ entao se auto-denominam "Musicoterapeutas’. Nao queremos nds, Musicoterapeutas, nos apoderarmos da musica, que € universalmente popular, ha de se respeitar, porém o critério de avaliagao se nao profissional, mais de ética, visto que ha uma formacso ainda nao regulamentada no Brasil, mais endo esse curso hoje aprovado e reconhecido pelo MEC (Ministério da Educagao). Tendo em vista 0 nosso estigio supervisionado ha quase trés anos, j4 pensamos de forma prética também, e nao sé teérica, Estaremos relacionando © que observamos e o que talvez seja ilusdrio dentro da Musicoterapia, ressaltando mais uma vez, dentro danossa pratica Nossa justificativa, “Acreditando que existe o efeito da Musica no homem, embasamos nossa pratica Musicolerdpica; buscando assim, diferengas que justifiquem a Misica comodiferencial terapéutico” 0 objetivo geral se completa e ao mesmo tempo se repele, pois precisamos delimitarao maximo nosso tema, deixando-o circular ¢ uniforme. Aos que ja passaram por essa formagéo saben, ¢ aos que ainda virdo, “Iza Camara: Pianista e professora Magistrada em piano. Alunado IV anode Musicoterapia da Faculdade de Artes do Parand, ano 2005. Estagiéria Supervisionada de Musicoterapia nas dreas de Doencas Infecto-contagiosas, Deficiéncia mental eDoenca Mental. e-mail: ilza_cristiane@yahoo.com.br 29 fiquem atentos! “Buscar respostas funcionais, na nossa pratica, que evidenciem a musica como um diferencial terapSutico”. Objetivos especificos sao trés: + Conhecer a Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Massoterapia, Hidroterapia entre outras; Algumas pessoas nos procuram para perguntar se falaremos mesmo sobre outras formas de terapia, ¢ nés respondemos que sim. Pensamos que para achar um diferencial se faz necessario conhecer e reconhecer 0 outro. Nao estamos falando nesse momento dos que falam fazer Musicoterapia, ou nao. O Momento € outro, humildemente, pesquisarermos em livros, novamente traremos depoimentos, sendo dessa vez pessoas profissionais das areas escolhidas, nos falando um pouco de suas praticas, objetivos e técnicas brevemente. Perguntando se fazem uso da musica por que o fazem, com que objetivos, que elementos ela a musica - possui como diferencial antes do uso da musica e depois do uso. Fazendo uma troca, transdisciplinar, j4 que sabemos que o objetivo comum de todas as terapias é proporcionar ao cliente o bem estar, aliviando & dores fisicas, mentais, espirituais e/ou sociais. + Refletir sobre os conceitos de Masica e seus aspecios quanto a Misica em Musicoterapia; Tendo em vista a profissdo que escolhemos, sabemos a principio que nosso diferencial é a musica. De que forma nds a vemos e os nossos colegas, pacientes, outros profissionais e mesmo a populaco em geral? De que formaa utilizo em mous atendimentos Musicoterapicos? (musica). + Refletir quanto a Musica sendo esta, um diferencial terapéutico. E necessério que o Musicoterapeuta seja miisico, influi na relagao e na formagao? Para ter ingresso na FAP (Faculdade de Artes do Parana) precisa-se fazer provas musicais, com um instrumento especifico (melédico, harménico ou percutivo); em que isso mudara ou ndo na pratica Musicoterapéutica? Refletiremos sobre esse assunto também nessa monogratia. Encontramos em BRUSCIA um Unico embasamento tedrico que nos trangiiliza quanto 4 nossa busca, “Ja é hora de reconhecermos que nao podemos ser especialistas da disciplina por inteiro (Musicoterapia).. Somos especialistas de um campo vasto e diversificado.. A Musicoterapia nao pode mais ser definida em termos do que eu fago, ou em termos do que vocé faz ela é 0 que todos fazemos, e esté crescendo constantemente." (BRUSCIA, P. 270). Procuraremos entao estar pontuando 0 que 0 Musicoterapeuta pode fazer estando munido de seu material de trabalho em maos, reconhecendo seus limites humildemente, e ndo pontuando o que os outros terapeutas profissionais néo podem fazer em relagao 4 musica, mesmo por que hoje e sempre soubemos que ninguém é possuidor da verdade absoluta. E mais uma vez ressaltamos que a musica nao é propriedade deninguém. 4 Musicoterapia que nés aqui graduandos da FAP fazemos e entendemos em 2005, pode ser muito diferente do que alunos anteriores, ou mesmo os que se formarao em 2006 entenderao. Quem sabe ela difere muito mais ainda dos Musicoterapeutas de outros paises. Como terapeutas que tem atracao pela viséo holistica reconhecemos o ser humano que depende de fatores Bio/Psico/Sécio/Culturo/Espiritual em sua formagao pessoal e profissional; 0 que individuo carrega consigo ¢ que 0 torna diferente, havendo assim 0 surgimento de reas, interesses e necessidades diversificadas nos trabalhos, Nosso Estagio 2005: Est sendo realizado em unidades de atendimento com pacientes que possuem transtomos mentaiscrbnicos, agugos sfou dependentes quimicos em estégfo IV supervisionado ne Hospital Coldnia Adauto Botetho (Pinhais), & de Id que traremos nossa base de experiéncia, por estaremos realizando medida em que estaremos esorevendo. Relato de um caso: O tempo jé estava, da nossa apresentacao, adiantadissimo, por isso resolvemos cortar o que haviamos separado. Tomamos entao a liberdade de advertir os alunos de primeiro e segundo anos, que nos esculavamn em sua maioria, a necessidade de tere em seus repertérios hinos, independentes de suas A rongaD. Pois esse estilo musical é muito importante, as vezes fundamentais de acordo com a érea le atuagao. Expectativas: Ampliar a “Musicolerapia encontrada em livros” e direciona-la 4 pratica, a minha pratica, 0 que “eu, aluna da FAP vejo e faco” em meio aos contexios de atuagao. Em certos momentos do curso nos deparamos com questées que as vezes parecem nao “bater” com o qué nos diz a teoria estudada em livros com 0 que vemos e fazemos na nossa pratica, apés reflexdes e questionamentos com Supervisores, Orientadores e colegas chegamos a certas conclusées, e sao a partir das minhas praticas que estarei escrevendo e falandoem meu Trabalho de conclusio de Curso, Referéncias Bibliograficas: AMORIM, Antonio; Fonoaudiologia Geral. Ed. Enelivros LTDA, Ediga0 3. Riode Janeiro RJ, 1982. ANAIS do | Forum Paranaense de Musicoterapia 14 ¢ 15 de Maio de 1999. 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Palavras-Chave: Poder Musical Qualidade Musical do Terapeuta Paciente em Episédio Depressivo. Sempre acreditei no “poder da musica’ desde que comecei a me envolver com ela, principalmente coma Masica Popular Brasileira, sentia forga que ela linha sobre o ser humano, e por isso busquel a Musicoterapia, para entender esse movimento, estudar mais a fundo, e dessa forma ajudaro outro. Acredito e me dedico mais a Musica Popular, porque como seu proprio nome diz; 6 a Muisica do povo, Masica onde a maioria da populacao se identifica e tém acesso, pelas radios, canals de televisao e outros meios de comunicagao, além de ser uma linguagem, forma de expresséo mais proxima, sendo letra e ritmo principaimente. Cada regido do nosso pais tem forte caracteristica em algum ritmo, como Baldo no Nordeste, 0 Xote, Fandango no Sul, a Bossa Nova e 0 Samba no Sudeste e etc. E felizmente, esses ritmos foram se misturando, e hoje 0 Brasil inteiro tem acessos a todos estilos musicais brasileiros, e estrangeiros que chegaram até aqui e foram aproveitados. Nao quero entrar em discusséio com a Musica Erudita, mas 0 que percebo é que esta s6 6 compreendida e admirada, por uma classe menor de pessoas. Também tenho um pouco desta formacao, mas ela nunca foi utilizada nas experiéncias de estagios de Musicoterapia que tive até agora, o que me deixou mais focada ainda na Cancao Popular, ¢ nessa incluo nao sé os ritmos a cilados, mas também as cangées de ninar, as de roda, principalmente por essas geralmente terem sido apreendidas por seus antecedentes, o que significa muito para o ser e conseqiientemente pode ser muito bem aproveitado em umatendimento musicoterapéutico. $6 que para tudo isso ser compreendido e aproveitado pelo profissional musicoterapeuta, a sua qualidade e intimidade musical devem ser grandes e ainda, aumentar a cada dia. Pois, conhecimento e habilidade musical s&o infinitos, e extremamente necessario para um bom desenvolvimento Musicoterapéutico, por mais que nosso paciente nao seja musico, devemos respeita-lo e dar o nosso melhor musicalmente, jé que esse é 0 nosso maio terapautico. E ainda, acredito que so um born musicista pode ser um bom Musicoterapeuta, pois s esse saberd bem utilizar esse meio terapéutico, principalmente pra saber improviser a cangao que opaciente pede e quer executar nomesmo momento, para isso énecessario pelo menos dominar um instrumento harménico para acompanhar a voz cantada do paciente, assim desenvolvendo o vinculo musicoterapéutico com o Ser. Caso contrario qualquer outro terapeuta que utilize aparelho de som, ou tenha instrumentos de percussao para ficar balucando podera chamar seu trabalho de “Mariana Lacerda Arruda. Musicista. Especialtzada em Mitsica e em Produgdo Musical. Cursando 0 40 ano de Musicoterapia na Faculdade de Artes do Parand, e especializagéo em Neuropsicalogia na Famec (Sao José dos Pinhais). Leciona Miisica, produz eventos musicais, ¢ faz estégio no Hospital Colénta Adauto Botelho (Pinhais) com a Musicoterapia. Curitiba-Pr. E-mail: marianalarruda@gmail.com 31

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