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O Preshitero Kegente Natureza, Deveres e Qualificacdes Samuel Hiller \ 4 & : ¥ a ; = i b ad i ! EDITORA | 4 f : ge # : Poy f eo - s # a 2 CS PURTANGS - O PresBiTERO REGENTE — NATUREZA, DEVERES E QUALIFICACOES Autor: Samuel Miller Primeira Edigao — Julho de 2001 Traduzido do original em inglés: The Ruling Elder Editado em Inglés por Presbyterian Heritage Publications BO. Box 180922 -— Dallas, Texas 75218 Editado em Portugués com autorizagao da Presbyterian Heritage Publications O texto desta edigdo tem por base o “Ensaio Sobre o Fundamento, a Natureza e os Deveres do Oficio de Presbitero Regente na Igreja Presbiteriana” (An Essay on the Warrant, Nature and Duties of the Office of the Ruling Elder, in the Presbyterian Church) — York: Jonathan Leavitt; Boston: Crocker and Brewster, 1831. O material selecionado para esta impress&o foi extraido do capitulo 9 (paginas 192~204, 208~215) e do capitulo 11 (paginas 244~259). Copyright © 1984 — Presbyterian Heritage Publications. Segunda edig&o, 1994. E proibida a reproduco total ou parcial desta publicagdo, sem autoriza- ao por escrito dos editores, exceto citagdes em resenhas. Autor: Samuel Miller (1769~1850) Tradutor: Marcos Vasconcelos sola.scriptura@mailbr.com.br Revisor: Alaide Bermeguy Editoragao Eletrénica e Capa: Heraldo Almeida Impressao e Distribuigdo: Facioli Grafica e Editora Ltda. Fone/Fax: 11 - 6957-5111 Projeto Os Puritanos — Orgao de Divulgagdo da Fé Reformada Recife: Rua da Pernambucanas, 30 - Sala 7 Gragas - Recife-PE Fone/Fax: 81- 3423-4175 E-mail; ospuritanos@uol.com.br So Paulo: Teletax: (11) 6957-8566 / (11) 6957-3148 E-mail: facioligrafica@aol.com Site: www puritanos.com.br SUMARIO PALAVRAS DO EDITOR NORTE-AMERICANO ......sseees 7 A NATUREZA E 0S DEVERESDO OFiclO DE PRESBITERO REGENTE .... wel As QUALIFICAGOES PARA O OF{CIO DE PRESBITERO .35 PALAVRAS DO EDITOR NORTE-AMERICANO amuel Miller foi o principal porta-voz do pres- S biterianismo do século dezenove. Suas preo- cupacoées refletiam os interesses da PCA (Igreja Presbiteriana da América). Tudo que escreveu demonstrava especial preocupagio com o governo eclesidstico. Apos ser ordenado em 1793, iniciou a sua carreira pastoral na igreja presbiteriana da cidade de Nova Iorque. No decorrer das duas décadas seguintes tornou-se uma proeminente personalidade no seio da igreja presbiteriana americana. Foi eleito como moderador da Assembléia Geral em 1806. Em 1809 pregou o sermao “A Instituigaio Divina, os Deveres e as Qualificagdes dos Presbiteros Regentes” (The Divine Appointment, the Duties, and the Qualifications of Ruling Elders), publicado em 1811 e que serviria de base para o seu livro sobre 0 presbitero regente. O Seminario de Princeton comegou suas aulas em 1812 tendo Archibald Alexander como seu primeiro catedratico. Um ano mais tarde, a As- sembléia Geral escolheu Samuel Miller o segundo docente de Princeton como professor de Historia da Igreja e Governo Eclesiastico, posicao que exerceu por trinta e cinco anos. Em 1816 a Assembléia Geral formou um comité, composto por Miller e outras duas pessoas, para revisar a Forma de Governo, vindo a aprovar esta emenda em 1821. Paravras Do Eprror NorTEe-AMERICANO Em 1831 Miller publicou uma ampliacao sobre o tema do presbiterato com o titulo “Um Ensaio sobre o Fundamento, a Natureza e os Deveres do Oficio do Presbitero Regente na Igreja Presbiteriana” (An Essay, on the Warrant, Nature and Duties of the Office of the Ruling Elder, in the Presbyterian Church). Quando o volume veio a lume, Miller contava com o respaldo de vinte anos de experiéncia pastoral, e de quase mais vinte anos de docéncia académica. O seu livro contém uma longa apresentacio biblica e historica sobre o presbitero regente. Ele defende a base biblica do governo presbiteriano, alicercando o seu enfoque especialmente no oficio do presbitero. Analisando passagens do Velho e do Novo Testamento, Miller discute a estrutura governamental da sinagoga judaica e de como certos elementos foram trazidos para o governo da Igreja Neotestamentaria. A partir dai apresenta um tratamento histérico do oficio presbiteral — reconstituindo-o desde os pais apostélicos, passando pela Reforma até a pratica de seus dias. No curso desta apresentag4o o leitor en- contrara uma secdo de material tremendamente pratico quanto aos deveres e qualificagdes dos presbiteros. Num certo trecho Miller observa: Nao ha vantagem nenhuma em se eleger homens inadequados para esse oficio apenas com o prop6sito de se aumentar o numero de individuos do conselho da igreja. E muito melhor se acom- panhar de trés ou quatro presbiteros piedosos, sAbios e prudentes, do que acrescentar as suas alas duas ou trés duzias de homens de perfil Kevin Reed contrario que, pela sua falta de piedade e sabedoria, podem ser fontes de aborrecimento e nao de consolagéo — de maldicdo e nao de béncdo. Entao, seria melhor que os pastores e as suas igrejas ao invés de se precipitarem em abarrotar as fileiras de seus conselheiros congregacionais com homens no aptos a fun¢4o, esperassem pacientemente até que o Cabeca da igreja lhes provesse candidatos, de algum modo, segundo o Seu prdéprio cora¢ao.' Antes do livro de Miller nao havia no pres- biterianismo americano qualquer obra que tratasse sistematicamente do assunto. Depois de publicado, tornou-se o livro de referéncia para todas as discuss6es posteriores sobre presbiterato. Muitos presbiterianos tém conhecimento das intmeras discussGes sobre 0 oficio presbiteral que ocorreram ao longo do século dezenove. Em meados de 1800, R. J. Breckinridge e James Henley Thornwell debateram contra Thomas Smyth e Charles Hodge; no final do século foi a vez de Thornwell e R. L. Dabney contenderem contra Smyth e Hodge. Nunca se leva em conta que todos esses tedlogos foram, de um modo ou de outro, forgados a concordar com a obra de Miller sobre o presbiterato, O livro dele proporcionou aos autores americanos o ponto de partida para todas as discuss6es subseqiientes sobre o assunto. E como declarou um contemporaneo de Miller: “Por meio de seus escritos e ensinamentos, ele [Miller] tornou- se para a igreja presbiteriana, talvez mais que | An Essay on The Warrant, Nature and Duties of the Office of the Ruling Elder (New York, 1831), pp. 272~273. PALAavRAS DO Eprror NorTE-AMERICANO qualquer um, a autoridade maxima para toda questéo concernente a sua ordem e forma de governo”.? Muito da controvérsia sobre o presbiterato alcancou seu apice depois da morte de Miller (1850). No entanto, contendores de ambos os lados continuaram a citar o que ele escrevera na tentativa de favorecerem seus proprios argumentos. A tendéncia de Thornwell e Dabney era a de tirar vantagem de alguns dos elementos praticos dos escritos de Miller. Por isso, o leitor niéo poderia compreender totalmente as discussées desses ultimos debates a menos que tivesse um prévio entendimento dos escritos de Miller sobre 0 presbiterato. No curso das discussdes Thornwell fez um astucioso comentario a respeito de Charles Hodge, seu oponente: Nos assuntos afeitos ao seu talento intelectual ninguém Ihe é superior. Mas ha temas aos quais ele nao se ajusta. Tenha ou néo o Dr. Hodge sido um pastor, conhe¢ga ou nao o real funcionamento do nosso sistema, ou seja a sua mente de tal ordem que se recuse a lidar com o pratico e o concreto, ocorre que ele nunca tratou das questées relativas . a natureza e organizagao da igreja sem que tenha sido singularmente infeliz? A despeito daquilo que se pode pensar de Hodge, ou da opiniao de Thornwell sobre ele, ? Dr. Leroy J. Halsey, citado em The Life of Samuel Miller, D.D., LL.D. (por Samuel Miller [Junior]; Filadélfia: Claxton, Remsen and Haffelfinger, 1896), vol.2, p.507. 3 The Collected Writings of James Henley Thornwell (1975; Reimp. Edinburgo: Banner of Truth, 1974), Vol. 4, pp. 243~244. 10 Kevin Reed Thornwell tocou num tema importante. Ha uma gritante necessidade de que os elementos cons- tituintes do sistema presbiteriano de governo eclesidstico sejam tratados de modo pratico. Entretanto, ao contrario de Hodge, os autores contemporaneos, em sua maioria, nado tém sequer sido infelizes quando se aventuram a tratar de tais questdes. Antes, pelo contrario, eles as tem esquecido totalmente, nem raramente tocam nos assuntos ligados a natureza e organiza¢ao da igreja. E necessdrio que a énfase nos aspectos praticos do presbiterato nas igrejas presbiterianas seja resgatada: “Que se deve esperar de nossos pres- biteros? Que deveres devem cumprir? Que carac- teristicas precisam ter os homens habilitados para o oficio de presbitero?”. A presente selegao dos escritos de Miller podera ajudar a promover o pensamento sobre o oficio presbiteral. E preciso que se acrescente uma breve palavra quanto as mudangas estilisticas nessa nova edi¢do [em Inglés] dos escritos de Miller. Suas publicagées originais eram carregadas de erros de pontuacao e de sentencas canhestras. O que pode ser atribuido a dois fatores: (1) a lingua inglesa sofreu muitas modificagdes no curso da vida de Miller; e (2) a maior parte do seu material foi produzida a principio para ser ministrada verbalmente, como palestras de aula e sermées. Em decorréncia disso seu estilo é rebarbativo. O editor, depois de uma série de revisdes gramaticais, procurou tornar mais legivel o estilo de Miller excluindo muitas virgulas supérfluas, eliminando o uso excessivo do subjuntivo, incluindo pontos-e-virgulas para subdividir as sentencas longas, i Pacavras Do Epiror NorTE-AMERICANO e acrescentando parénteses e travess6es para isolar as muitas clausulas parentéticas. Mesmo com essas modificacdes o estilo de Miller ainda permanece rebuscado. Caso 0 leitor ainda tenha dificuldade no entendimento de certos pontos, recomenda-se que lela o material em voz alta, como se ele fosse ministrado numa apresentacao oral. Vale 4 pena o esforco extra para se poder compreender a énfase do texto. O desejo do editor é que esse livreto possa desafiar os membros de igreja a serem criteriosos na selec&o de seus oficiais. Além do mais, espera-se que os presbiteros da igreja possam enxergar a impor- tancia dos deveres sagrados do oficio que abragaram. Que todos possamos trabalhar juntamente na reconstrugaéo dos muros de Sido, para a gloria de Cristo. Kevin Reed 12 A NATUREZA E OS DEVERES DO OFicIO DE PRESBITERO REGENTE carater essencial do oficial de que falamos é 0 de governante eclesidstico. A expresso “o que preside,” com diligéncia” (Rm.12:8) sintetiza apropriadamente as suas fungdes conforme lavradas na Escritura. O presbitero docente é na verdade também um regente. Além disso, entretanto, ele é chamado a pregar o evangelho e a administrar os sacramentos. Mas a esfera de agao especifica assinalada ao presbitero regente é a de cooperar com © pastor no exame e governo espirituais. As Escrituras, como sabemos, falam nao apenas de “pastores e mestres’, mas também de “governos”, de “presbiteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (Ef.4:11; 1Co.12:28; 1Tm.5:17). Ha uma nitida analogia entre 0 oficio de gover- nante na igreja e o de governante na comunidade civil. Neste ultimo caso 0 magistrado civil tem uma ampla e importante gama de deveres. Além das funcgdes que desempenha quando convocado 4a corte de justiga 4 qual preside, ele pode ser — e fre- “NT. A palavra grega utilizada [proisthmi /proistemi/] denota além de “presidir”, “governar”, “superintender”, “encabegar”, “reger”, “‘liderar”, “dirigir”, etc. Cf. Arndt & Gingrich (The University of Chicago Press, 3a. Ed. - 1957) e o Dicionario Internacional de Teologia do NT, pags. 224, 228. (Eds. Coenen, L e Brown, C - Edigdes Vida Nova, 27 Ed. 2000). A Verso Autorizada da Biblia inglesa (1769) traduziu: “He that ruleth”, lit. “aquele que governa”; Almeida RC, RAI e 2 (SBB) ea tradugdo do Pe. Figueiredo (1842) adotaram todas, “o que preside”; A NVI em portugués, “exercer lideranca”, e em inglés: “leadership”. A Naturzza E os DEvEREs DO OFicio DE PressiTrERO REGENTE qiientemente o é, embora menos notoriamente — chamado a corrigir abusos, fazer cumprir a justi¢a, coibir, prender e punir criminosos e, de modo geral, fazer executar as leis que foram criadas para promover a tranqiiilidade e a ordem publicas, as quais jurou defender fielmente. Os deveres do governante eclesiastico sio extremamente semelhantes a isso. Na verdade ele nao possui o poder de empregar o brago secular para coibir ou castigar os que transgridem as leis de Cristo. O reino sob o qual atua e a autoridade que exerce nao sao deste mundo. E claro que ele ndo tem o direito de aplicar multas, aprisionar, ou maltratar externamente os mais dissolutos transgressores da pureza ou da paz da igreja — a menos que estes sejam culpados do que tecnicamente se denomina de “perturbacdo da ordem”, isto é, da violagao dos direitos civis, tornando-se assim sujeitos 4s pena- lidades do Direito Civil. E mesmo que isso ocorra, 0 governante eclesidstico nao tem o direito de [por si mesmo] processar 0 infrator. Ele nao possui senao autoridade moral, mas deve recorrer as correcdes do magistrado civil. Ainda assim existe uma dobvia analogia entre o seu oficio e o do magistrado civil. Ambos s&o igualmente estabelecidos por Deus, ambos sao necessarios 4 ordem e conforto sociais, e sao ambos dirigidos por principios que os reco- mendam ao bom senso e 4 consciéncia dos que anseiam pelo bem-estar e felicidade sociais. . Deve-se considerar que o presbitero regente, nao menos que o presbitero docente (i.e., pastor), age sob a autoridade de Cristo em tudo que Jegr- timamente faz. Se o oficio de que tratamos foi instituido na igreja apostdélica por infinita sabedoria 14 Samuel Miller — se é uma ordenanga de Jesus Cristo tanto quanto éa do ministro do evangelho — ambos sao, portanto, igualmente oficiais de Cristo. Tendo, o presbitero regente, direito a falar e agir em Seu nome. Conquanto eleito pelos membros da igreja (e representando-os no exercicio do governo ecle- sidstico), nao é dos que o elegeram mestre e guia que deriva a autoridade de governa-los; tanto quanto aquele que “se afadiga na palavra e no ensino” nao deriva deles a autoridade para pregar e ministrar as ordenangas. Ha motivos para se crer que algumas pessoas, mesmo na igreja presbiteriana, adotam uma visa4o diferente sobre este assunto. Elas consideram o presbitero docente como um oficial de Cristo, e atendem as suas instrucdes oficiais como as de um homem enviado por Ele [Cristo], e vindo em Seu nome. Mas, quanto ao presbitero regente, acostumaram-se a considera-lo como o detentor de um oficio instituido meramente pela prudéncia humana e que, portanto, para o cumprimento de seus deveres oficiais, possui um fundamento bem diferente do oficio que é exercido pelo “embaixador de Cristo” (2Co.5:20). Esta é, sem duvida alguma, uma perspectiva errada sobre 0 assunto e uma percep¢ao que, prevalecendo, presta-se a exercer a mais danosa influéncia. A verdade é€ que, se 0 oficio do qual tratamos é de autoridade apostolica, estamos obrigados a sustentar, honrar e obedecer aos individuos que 0 ocupam e cumprem os seus deveres conforme as Escrituras, tanto quanto a qualquer outro oficial ou ordenanga instituida por nosso Divino Redentor. 15 A Nartureza E os Deveres Do OFicio DE PressiTgRo REGENTE Portanto, nao ha como considerar os pres- biteros regentes como meros acessdrios eclesidsticos, ou como uma equipe de conselheiros escolhidos tao- somente pela sabedoria humana, e que por causa disso devem ser honrados e obedecidos até onde o capricho humano considerar ser — tanto mais, ou tanto menos — apropriado. Mas como portadores de um oficio divinamente instituido — como 0 “ministro de Deus para teu bem” (Rm.13:4) — e cujos atos legitimos e fiéis devem comandar nossa obediéncia conscienciosa. Os presbiteros regentes de cada igreja so convocados para atuarem tanto num ambito publico e forma/, quanto numa esfera mais particular de deveres. Quanto ao primeiro dos deveres PUBLICOs e€ FORMAIS de seu Oficio, eles constituem, na igreja @ qual pertencem, um /u/zado ou corte judicial, denominada entre nds de Conselho da igreja, e em algumas outras denominagées presbiterianas de consistorio. ambas as expressdes portam o sentido de uma assembléia de eclesidsticos, que representam a, e atuam em, beneficio da igreja. Esse grupo de presbiteros, encabecado e presidido pelo pastor em suas reunides, forma uma assembléia judicial pela qual todos os interesses espirituais da congrega¢ao devem ser supervisionados, regulamentados e estabelecidos autoritativamente. Conforme se encontra declarado no nono capitulo da nossa Forma de Governo [i.e., na PCA]: O Conselho da igreja tem a seu cargo a manutengao do governo espiritual da congregag4o; por isso eles tém autoridade para examinar 0 discernimento ea 16 Samuel Miller conduta crista dos membros da igreja; convocar a sua presenga transgressores e testemunhas, membros da propria congregac4o, e apresentar testemunhas quando necessarias ao termo do processo, pondo-se eles mesmos a disposicao para testemunhar quando requeridos; acolher membros na comunhéo da igreja; admoestar, repreender, suspender, ou excluir dos sacramentos os que forem achados merecedores de censura; fomentar, de comum acordo, as melhores medidas para a promog4o dos interesses espirituais da con- gregacdo; e designar delegados aos concilios superiores da igreja. [Forma de Governo, 1821 revisdo, 9:6]. Notar-se-A que esta declaracdo geral da autoridade e dever do Conselho da igreja tem um grande alcance. Melhor dizendo, envolve a totalidade daquela autoridade e dever com que o grande Cabeca da igreja se tem deleitado em dotar as autoridades governantes de cada congregacao em particular, para a instrucio, edificacfo e consolagao de todo o corpo. Cabe ao Conselho da igreja ligar e desligar; admitir com todos os privilégios 4 comunhio da igreja; tomar ciéncia de todo desvio da pureza de fé ou pratica; julgar, censurar, absolver, ou excomungar os que sao acusados de escandalos; decidir e determinar tudo que se refere ao tempo, lugar, e circunstancias de culto, e sobre outros cuidados espirituais; adotar as medidas necessarias 4 catequizagado de criancas, jejuns congregacionais ou dias de acdo de gragas, e outras observancias instituidas ou ocasionais; corrigir, o quanto antes, tudo que possa levar a desordem ou que seja contrario 4 edificacao; organizar sistematicamente e pér em execuc4io 17

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