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C.H. SPURGEON Cfo Csbue a Pibhiees DE GENESIS A APOCALIPSE VWOLuUkEe 4 Digitalizado por: Espero e creio que esses esbocos nao serio de muita utilidade a pessoas que deixam de pensar por si mesmas. De tais “faladores” nao tenho a minima compaixao, Meus esbogos pretendem ser auxilio & prepacdo, ¢ nada mais [...] Em todos esses esbocos, a verdade evangélica esté exposta tao claramente quanto sou capaz de expé-la. Isto prejudicard a minha obra na estima daqueles cuja admiragio nao cobigo; porém, nao me causard alarme, pois o peso de sua censura nao é grande, Sejam quais forem os tempos, nao haverd ditvida alguma quanto & posigao queo escritor destes esbocos assumird, na hota da controvérsia. Nada sei, sendo as doutrinas da graga, 0 ensino da Cruz, 0 Evangelho da Salvacao; e escrevo somente para que essas coisas sejam publicadas mais amplamente. Se aqueles que créem nessas verdades me honrarem, usando meus esbaos, tegozijar-me- 1 e confiarei que a béngao de Deus acompanha seus discursos. Nao € pequeno © prazer de ajudar os irmos na fé a semearcm a semente viva da Palavra de Deus, ao lado de todas as 4guas. Nunca foi o meu propésito ajudar homens a entregarem uma mensagern que nao seja prépria deles. E mau sinal, quando os proferas furtam suas profecias uns dos outros, pois entao ¢ provavel que eles ~ todos eles — se tornem falsos profetas. Mas assim como o jovem profeta tomou emprestado um machado de um amigo, ¢ nao foi censurado por isso, porquanto os golpes que ele dava com o machado eram seus prdprios golpes, do mesmo modo possamos refrear- nos de condenar aqueles que encontram um tema que lhes seja sugerido, uma linha de pensamento langada diante deles e, de todo coracao os utilizem para falar 20 povo, Isso nao se deveria constituir em um costume deles; cada homem deve possuir seu préptio machado, ¢ que nfo tenha ele necessidade de clamar: “Ail Meu senhor! Porque era emprestado”. Mas ha momentos de pressdo especial, de enfermidade fisica ou cansago mental, acasido em que o homem fica contente com aajuda fravecnal, e pode usd-la, sem nenhuma dtivida. Para tais ocasiées € que tentei prover. Que eu possa ajudar alguns de meus irmaos a pregarem de tal maneira que conquistem almas para Jesus! O calor humano, o testemunho pessoal sf0 muito tteis nese sentido, e, portanto, espero que, acrescentando seu proprio tescemunho sincero as verdades que aqui esbocei, muitos crentes possam falar, com éxito, 2 favor do Senhor. Confio meus humildes esforcos a Ele, a quem descjo servir por meio daqueles. Sem o Espirito Santo, nada ha sendo um vale de ossos secos; mas se © Espirito vier dos quatro ventos, cada linha se tornara vivida de energia Vosso irmao em Cristo Jesus, Westwood, margo de 1886 CH, Spurgeon 4 1 1. Apressando a Lé “Ao amanhecer, apertaram os anjos com L6” (Gn 19.15). Esses personagens eram anjos ou aparig6es divinas? Nao importa: exam mensageiros enyiados por Deus, para salvar. Em qualquer caso, eles nos ensinam como lidar com os homens, jé que desejamos desperté-los e abencod-los. Imaginem os dois anjos com as quatro maos ocupadas em conduzir para fora a Lé, sua esposa ¢ suas duas filhas. I. OJUSTO PRECISA SER APRESSADO 1, Em qué? Em questées de obediéncia a seu Senhor, Em sair do mundo (v.26). Em buscar o bern de sua familia (v.12). 2. Por qué? A carne é fraca. L6, sendo ja velho, estava caracterizado demais pelo mundanismo. Sodoma exercia uma lenta influéncia. 3. Por quais meios? Lembrando-os de suas obrigagées e oportunidades. Levando-os a considerar a rapida passagem do tempo ea brevidade da vida. Advertindo-os da ruina certa. II, OS PECADORES PRECISAM SER APRESSADOS 1, Os pecadores sao muito indolentes ¢ se inclinam a protelar. Eles se acomodam na Sodoma do pecado. . Nao créem em nossa adverténcia (v.14), A letargia € 0 grande invento de Satands para ruina deles. 2, Nossa tarefa € apressé-los. Devemos, nés mesmos, ser diligentes como aqueles o foram. Também devemos ser pacientes ¢ repetir nossos apelos, Devemos ser resolutos ¢ seguré-los pelas mios. 3. Temos muitos argumentos para apressi-los, com relagio a eles. O iminente perigo em que se encontram, enquanto prorelam. O pecado de tardarem, quando Deus ordena, A suprema necessidade de uma decisao imediata. Quando certo jovem fez piiblica profissao do evangelho, seu paix sobremancira ofendido, deu-lhe este conselho: “Tiago, primeiro vocé deveria firmar-se num bom ramo de comércio, para depois pensar nesse assunto de religiio”. “Papai”, disse o filho, “Jesus Cristo me aconselha de modo diferent: Ele diz: “Buscai primeiro o Reino de Deus”. “Irmao”, disse um moribundo, “por que voce nao foi m is insistent comigo, acerca de minha alma?”"Caro Tiago”, replicou o irmio, “falei com voce por diversas vezes". “Sim”, foi a resposta, “vocé nao tem culpa; mas vocé sempre foi tio calmo a esse respeitos gostaria que vocé se tivesse ajoelhado por mim, ou me tivesse agartado pelo pescogo e me sacudisse, pois tenho sido descuidado, ¢ quase descambei para o inferno”. 2. Lutar com Deus “Como principe lutaste com Deus” (Gn 32,28). Quando Jacé prevaleceu com Deus, ngo tinha mais motivo algum para temer a Esai. Bra o poder de um tinico individuo, revelado em momentos de profunda afligao: quao maior poder se encontraré onde dois ou trés concordarem em oragio! 1. O QUE ESSE PODER NAO PODE SER Nao pode ser magico. Alguns parecem imaginar que as orages $0 encantamentos, mas isso é indtil (Mr 6.7). Nao pode ser louvavel. Nao pode ser independente. Deve ser dado pelo Senhor Tl DONDE PROCEDE ESSE PODER 1. Provém da natureza do Senhor: Sua bondade e ternura sao excitadas pela visio de nossa tristeza e franqueza. Um soldado que estava prestes a matar uma crianga, pés de lado sua arma, quando 0 pequenino gritou: “Nao me mate; sou téo pequeno”. 2. Procede da promessa de Deus, Em sua alianga, no evangelho ¢ na Palavra, 0 Senhor se liga com grilhdes aqueles que sabem como pleitear sua verdade ¢ fidelidade. 3. Brota dos relacionamentos da graca. Um pai, certamenre, ouvird os prdprios filltos, 4. Surge de atos prévios do Senhor, A escolha que ele fix de seu povo, é um poder diance dele, visto que ele no muda seus propdsitos. IL. COMO PODE SER ELE EXERCIDO 1. Deve haver profundo senso de franqueza (2Co 12.10). 2. Deve haver fé simples na bondade do Senhor (6 14.12) A £8 pisa 0 mundo ¢ o inferno: Ela vence a morte ¢ 0 desespero: E, o gue éainda mais estranho dizer, Ela vence 0 céu pela oragio, 3. Deve haver obediéncia séria 4 sun vontade (Jé.9.31). 4. O coragao inteiro deve ser derramade (Os 12.4). IV. QUAL USO PODE SER DADO A ESSE PODER 1. Para nés mesmos. Para nosso préprio livramento de alguma provacio. Para nosso consolo futuro, forga e crescimento, quando, & semell itis de Jacé, formos sujeitos a provas sucessivas. 2. Para outros, As esposas e 05 filhos de Jacé foram preservados, ¢ 0 coragio de Esati foi abrandado. Em outros casos, Abraio, J6, Moisés, Samuel, Paulo, ete, latarant com Deus pelo bem de outros. Quio tertivel é nao poder lucar com Deus, mas combater contra ele com nossos frégeis bragos! Jacé, embora homem, um homem sd, viajante, cansado, sim, embora um verme facilmente esmagado e pisado sob os pés, ¢ nao homem (Is 41.14), entretanto, na oragio em particular, mostrou-se tio potente que venceu ao Deus oniporente; ele € tao poderoso que vence 0 Todo-poderoso (Thomas Brooks). Quantas vezes tenho visto uma crianca Tangar os bragos em torno do pescoco de seu pai, e conquistar por meio de beijos e importunasées e Ligrimas © que havia sido recusado, Quem jd nao se rendeu importunagao, mesnio quando um animal irracional olha para nossa face com olhos stiplices, pedindo alimento? E Deus menos compassivo que nés? (Dr. Guthrie). Esta é a chave que tem aberto, e depois fechado, o céu, Ela tem vencido exércicos poderosos, tem desvendado segredos tais que ultrapassam a habilidade do préprio diabo em descobrir, Ela tem sufocado planos desesperados no proprio ventre onde foram concebidos, ¢ tem feito recair sobre os préprios inventotes aqueles engenhos de crucldade, preparados contra os santos, de sorte que estes herdaram os patibulos que erigitam para nés outros. Ao golpe da oragao, as portas da prisio se tém aberto, as sepulcuras tém devolvido seus mortos, ¢ 0 leviati do mar, incapaz de digerir a sua presa, ceve de vomitd-la (W. Gurnall). 3. “Tenho Fartura” “Disse Esai: Eu tenho muitus bens”, (Disse Jacd:) fenho fartura” (Gn 33.9, 11). E tao raro quao agradiivel encotierarmo-nos cam um homem que tenbst farcura; a grande maioria estd Jucando por obrey mais. Aqui vemos d Is Esso 7 que estavam concentes, Dois irmaos de temperamento diferente, cada qual dizendo: “Tenho fartura”. Onde encontraremos dois irmaos como esses? 1. EIS UM IMPIO QUE TEM FARTURA Pelo fato de Esati ter outras falhas, ndo hd necessidade de que esteja desconrente ¢ avido: 0 contentamento ¢ uma exceléncia moral, tanto quanto uma graca espiritual. Ele tem, porém, o seu lado mau, Tende a desprezar as riquezas espirituais, Pode, pois, ser um sinal de alguém ter a sua porgao nesta vida, IL. EIS UM HOMEM PIEDOSO QUE TEM FARTURA 1. E uma pena que isso nao seja verdadeiro acerca de cada cristto, Alguns parecem ansiosos pelas coisas do mundo, embora professem estar separados dele. 2. E prazeroso ter farcura. © contentamento sobrepuija as riquezas. 3. Eagradével ter algo sobressalente para os pobres; e esse deveria ser 0 objetivo do nosso labor (EF 4.28). : 4. O melhor de tudo € ter todas as coisas, “Tudo € vosso” (1Co 3.22). Uma pobre crista que estava quebrando 0 jejum com um pedaco de pio © uma xfcara de égua, exclamou; “O qué! Tudo isto € Cristo também!” Um ‘pregadot puritano, pedindo a béngao para um arenque e algumas batatas disse: “Senhor, damos-te gracas, porque rebuscaste 0 mar ¢ a terra, a fim de achar alimento para teus filhos” (Mdximas para Meditagio). Nao fica a abelha tio satisfeita em nucrir-se do orvalho, ou sugando 0 néctar de uma flor, quanto 0 boi que pasta nas montanhas? [...] O descontentamento rouba a wn homem o poder de desfrutar 0 que possui, Uma gota ou duas de vinagte azedam todo um copo de vinho. 4. José Abre os Celeiros “José abriu todos os celeiros” (Gn 4.56). Observe a generosidade da providéncia em exaltar José para salvar a casa de Israel, sim, ¢0 mundo inteiro, de morrer de fome. A seguir, note a grandeza da graa soberana em exaltar a Jesus para salvar o seu povo, e para ser asalvacio de Deus até os confins da tera, José havia enchido de anemia as vastos celeiros, € nosso texto mostra como cle usou 0 que fora armazenado — “José abriu todos os celeiros”. Quanto inais foi Feit por Jesus: sermos participantes da sua graca! 1. JOSE ABRIU OS CELEIROS POR AUTORIDADE REAL. 1. S6 por meio de José é que se podia aproxinar do Rei (v.55). Assim Hiciur aonteee vane fests Qo 14.6), 2. O rei ordenou que se obedecesse a José (v.55) (Jo 5.23}. 3. Em toda a terra, ninguém podia abrir um celeiro, exceto J (Jo 3.35) {I. JOSE ERA A PESSOA CERTA PARA ABRIR OS CELEIROS 1. Ele plancjou os celeitos ¢ foi apontado com justica, para control los, Ver os versiculos 33-36 ¢ 38 (Hb 1.1-3). 2. Ele o fez numa escala nobre (v.49). 3, Teve sabedoria para distribuir bem. Traga-se facilmente aqui um patalelo, porquanto nosso Senhor é aquele Mordomo, um dentre mil, que proveu paraa fome de nossa alma (Cl 1.195 Jo 1.16). Ul. JOSE, REALMENTE, ABRIU OS CELEIROS 1. Com essa finalidade os enchera, A graca existe para ser desfrutada, 2. Ble os abriu no tempo certo (v.55-56). 3. Ele os manteve abertos, enquanto durowa fome. Nunca se fecharam, enquanto se aproximou um solicitance faminto. TV. JOSE ABRIU OS CELEIROS A TODOS QUANTOS VINHAM 1. Muicos vinham de longe, em busca de alimento (v.57). 2, Nao se sabe de ninguém que tenha sido despedido vazio. José, porém, apenas vendia, ao passo que Jesus dé de graga. Quer vira ele em busca de pao celestial? Willian Bridge disse: “Em Jesus Cristo hé o suficience para servit a todos nés. Se dois, seis ou vinte homens esto com sede e vio beber de uma garrafa, enquanto um esta bebendo, os demais sentem inveja, porque pensam que nio haverd o basrance para eles também; mas se uma centena estiver com sede, ¢ todos forem ao rio, enquanto um esté bebendo, os demais ndo sentem inveja, porque hé o suficiente para todos”. “Todas as béngios espirituais por meio das quais a Igreja é entiquecida, esto em Cristo ¢ sio concedidas por Cristo, O apéstolo cita algumas das mais escolhidas em Efésios 1.3, Nossa eleigao ¢ determinada por ele (v4). Nossa adogio & por ele (v.5). Nossa tedencao ¢ remissio de pecados sAo ambas, mediante ele. Tadas as transagées graciosas entre Deus ¢ 0 seu povo realizam- se através de Cristo, Deus nos ama por meio de Cristo; ele ouve as nossas oragées, mediante Cristo; ele nas perdoa todos os pecados, por meio de Cristo. “Mediante Cristo, ele nos justifica; mediante Cristo, ele nos mediante Cristo, ele nos sustém; mediante Cristo, ele nos aperteigo sto; tudo o que cemos vem de Crisis lea dobradiga de otirn suber peal suas relagGes conosco sio por meio de C cudo o que esperamos ter, depende dele, a nossa salvage” (Ralph Robinson) 5. Pequena para um Cordeiro “Cada um tomaré para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada familia. Mas, se a familia for pequena para um cordeiro, entéo, convidard ele o seu vizinho mais préximo, conforme 0 niimero das almas; conforme o que cada um puder comer, por ai calculareis quantos bastem para o cordeiro” (Ex 12.3-4). O cordeito devia ser comido inteiro, comido por todos, ¢ comido de uma s6 vez. © Senhor Jesus deve set recebido na alma, como seu alimento, ¢ cada um do seu povo deve fazé-lo com um Cristo total, e neste instante. 1. O TEXTO LEMBRA-NOS DE UM PRIVILEGIO. PRIMARIO 1. Que cada homem de Israel comew a pascoa pana si prdprie; “conforme © que cada um puder comer”. Do mesmo modo nos alimentamos de Jesus, cada qual conforme seu apetite, capacidade e forca para faze 2. Mas essa mesma deliciosa refeicio deve set desfrutada por toda a familia: “um cordeito para cada familia’, Que nao se desprezem esses dois privilégios. Que nenhum homem +esteja contente sem a salvaco pessoal, nem sem a salvacao de toda a sua casa. Ambos os privilégios nos sio prometidos naquele famoso texto de Atos 16.31. I. O TEXTO MENCIONA UMA POSSIBILIDADE E PROVE PARA ELA Pode haver falta de pessoas que se alimentem do Cordeiro, embora nao Possa haver falta de alimenco para elas se nutrirem. A tltima coisa que foi providenciada para a grande festa das bodas foram os convidados. Os bois ¢ os animais cevados foram morros, ¢ tudo jé estava pronto, bem antes que “a sala do banquete ficasse repleta de convivas:” 1, Uma sé familia cerramente ¢ recompense pequena detais para Jesus — pequena demais para o Cordeiro. 2. Uma s6 familia é pequena demais para render-lhe todo o louvor, adoracao, servico ¢ amor que Ele merece. 3. Uma s6 familia ¢ pequena demais para fazer toda a obra de anunciar © Cordeiro de Deus, mantera verdade, freqtiencara igreja, conquiisar © mundo, Portanto, convidemos o vizinho mais proximo de nossa casa. Se nosso vizinho nao vier quando convidado, a responsabilidade niio € nossa; mas se ele pereceu porque no 0 convicamos, a culpa pelo sangue recairia sobre nds. “Se nao falares (...] 0 seu sangue eu Lani de "(Ex 33.8) adder. 4 Il. O TEMA TODO SUGERE IDEIAS SOBRE A COMUNHAO DOS VIZINHOS NO EVANGELHO 1, E bom que individuos ¢ familias se desenyolvam sem egoismo ¢ busquem o bem de todo um cfrculo amplo. 2. E uma béngao, quando o centro de nossa sociedade é 0 “cordeiro”. 3. Intimeras béngaos jé fluem para nds, advindas das amizades que surgiram de nossa uniao em Jesus. A camaradagem da Igreja tem sido um dos frutos nesse sentido. Um. menino perguntou a sua mae qual dos personagens de “O Peregrino”ela mais apreciava. Ela respondeu: “Cristao, ¢ claro; ele ¢ o herdi da histéria toda”. O menino disse: “Eu nao, mamée, eu gosto mais de Cristiana, pois quando Cristao saiu em sua peregrinacao, partiu sd, mas quando Cristiana saiu, levou consigo os filhos”. Um homem se dirigia ao trabalho certa manha, quando the disseram que o rio havia transbordado ¢ estaya inundando o vale, levando morte e destruigao por onde passava. Seu informante nao parecia muito preocupado com o problema, mas © corajoso operdrio desceu eni disparada para a parte mais baixa do vale gritando: “Se for assim, alguém tem de avisar as pessoas”. Porsua oporcuna adverténcia, salvou a vida de muitas pessoas. 6. Oracao Tempora “Por que clamas a mim?” (Bx 14.15). Pode chegar a ocasido quando esta pergunta tem de ser feita, mesmo a um homem como Moisés. Hé um periodo quando clamar deveria ceder 0 lugar & acio; quando a oragao é ouvida e 0 Mar Vermelho se abre, seria vergonhosa desobediéncia permanecer tremendo ¢ orando, I. AS VEZES, A RESPOSTA SERA MUITO INSATISEATORIA. 1. Porque fui educado para fazer assim. Alguns tém demonstrado toral hipoctisia pela repetigao de formulas de oragdo, aprendidas na infancia, 2. Faz parte de minha religido. Esses tais oram como um dervixe danga ow um faquir mantém o brago erguido para o alto; nada sabem, porém, da realidade espiritual da oragio (Mr 6.7). 3. Em minha mente, acho mais fécil fazer assim. Acha mesmo tide mais Facil? Nao se pode dar o caso de que stuts orgies foriuain escarnegam de Deus ¢, assim, aumenten seu pecadod (hy LL Los Py 20.31). II, AS VEZES, A RESPOSTA REVELARA IGNORANCIA 1, Quando ela impede o arrependimento imediato, Em vez de deixar 0 pecado ¢ lamenté-lo, algumas pessoas falam em orar. “Obedecer é melhor do que sacrificat”, e € melhor que as stiplicas. 2. Quando impede a fé em Jesus. O evangelho nao é “orar e ser salvo"; esim, “cré no Senhor Jesus Cristo ¢ serds salvo” (Mt 7.21; Jo 6.47) 3. Quando supomos que ela nos adapta a Jesus. Devemos ira ele como pecadores, ¢ nao apresentar nossas oragdes como ostentacao de justica (Le 18.11,12). III, AS VEZES, A RESPOSTA SERA PERFEITAMENTE CORRETA 1, Porque é meu dever. Estou em dificuldades e devo orar ou perecer. Suspiros ¢ clamores no sao feitos para ordenar, mas sao as explosées irresistiveis do coragao (SI 42.1; Rm 8.26). 2. Porque sei que serei ouvido, sinto, portanto, forte desejo de me disigir a Deus, em siplica, “Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto cu viver” (SI 116.2), 3. Porque nela me deleito; ela me traz descanso & mente ¢ esperanga 20 coragao. Ela € um meio suave de comunhdo com o meu Deus. “Quanto a mim, bom é estar junto a Deus” (SI 73.28), 4. Onde devem estar aqueles que dependem de suas préprias oragées? Quais so aqueles que vivem sem orar? Quais so aqueles que nao podem apresentar motivos para orar, mas repetem, supersticiosamente, palavras sem sentido? Uma ansiosa indagadora, a quem apresentei claramente a grande ordem do evangelho, “cré no Senhor Jesus”, constantemente frustrava minhas tentativas de afasté-la do seu ego ¢ levé-la a Cristo. Por fim, ela gritou: “Ore por mim! Ore por mim!” Parece que ela ficou grandemente chocada, quando afirmei: “Nao farei tal coisa. Jé orei por vocés mas, se vocé se recusa a crer na Palayra do Senhor, nao vejo nenhum motive para que eu ore. © Senhor pede que voce creia em seu filho e, se vocé nao cré, mas persiste em fazer de Deus mentiroso, voce petecerd, ¢ bem o merece”. Isso a fez cair em si. Ela togou-me de novo que the dissesse qual o caminho da salvacio, ¢ a recebeu calmamente, como tuma crianga. Seu corpo tremia, sus face brilhava, e ela bradou: “Senhor, posso cret; de fato, eu creio ¢ estou salva, Agradeco-lhe o recusar-se a consolar-me em minha deserenga”. Depois, ela disse mui suavemente: “Nao quer orar por mim agora?” Certamente 0 fiz, ¢ juntos nos regozijamos, porque ela podia apresentar a oracao da fé. No grande degelo de um dos rios norte-americanos, havia um homem sobre um dos blocos de gelo, que ainda nao se separara da massa intacta, Em 2? seu horror, contudo, nao percebeu isso, mas ajoelhou-se e comegou a orar emt vor alta, para que Deus o livrasse. Os espectadores que se encontravam 1 praia gritaram-lhe: “Homem, pare de orar ¢ corca para.a praia’. Isso € 0 que diria a alguns de voces: “No descansem na oragao, mas creiam em Jesus” (citado no Christian, 1874). Certa ocasido, quando Bunyan se esforcava por orar, 0 tentador sugeriu~ Ihe “que nem a misericérdia de Deus, nem ainda o sangue de Cristo, de modo algum interessados nele, poderiam ajudé-lo, devido ao seu pecado. Portanto, era imitil orar”. Entretanto, pensou ele consigo mesmo: “Vou orar”, “Mas”, disse o tentador, “seu pecado ¢ imperdodvel”, “Bem’, disse ele, “vou orar”. “De nada adianta”, disse 0 adversirio, E ele ainda respondeu: “Vou oar”. E comegou a orat assim: “Senhor, Satands me diz. que nem a tua miseticérdia e nem o sangue de Cristo sao suficientes para salvar a minha alma, Senhor, devo honrar mais a ti, crendo que queres ¢ podes, ou a ele, crendo que tu nem queres ¢ nem podes? Senhor, de bom grado te honraria, crendo que tu podes queres”, E enquanto assim falava, “como se alguém Ihe tivesse dado um tapinha nas costas”, veio-lhe & mente este texto das Escrituras: “Homem, grande éatua fe”, 7. Quem é do Senhor? “(Moisés) pos-se em pé a entrada do arraial e disse: Quem é do SENHOR venha até mim. Entao, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi’ (Fx 32.26). Decisio é aquilo que o Senhor procura em seus ministros, €, quando a encontra, ele a recompensa. ‘Todo homem vyerdadeiro deve ser decidido, pois no presente esta em andamento um horrotoso conflito, ¢ a maldigéo caird sobre os neutros. I. OS AMIGOS DO SENHOR E © QUE DEVEM FAZER Devem confessar sua lealdade abertamente. “Consagrai-vos a0 Senhor hoje”(v.29). Devem apresentar-se e tomar posi¢ao: “Quem ¢ do Senhor, venha aré mim”. Isso fazemos pela unido puiblica com a igreja, por censurar ousadamente 0 pecado, por testificar a favor da verdade, por nto tos conformarmos com o mundo, ¢ por nos conformarmos con Cristo, nosso Senhor (2Co 8.5). Devem estar dispostos a ser minorias uit tribe HLL One, necessiirio for. Ul. O EXERCITO DO SENHOR E SEUS ESTIMULOS Dever tonnar-se agtessivos. “Cada um cinja a espada sobre o lado” (v.27). A causa deles é a causa da justiga e da verdade. Uma boa causa € um alicerce firme, um poderoso estimulo de bravura. “Trés veres armado esta aquele cuja causa ¢ justa. Nao teme. Prossegue na luta..A verdade prevalecerd”. Cristo mesmo € 0 nosso capitdo. Quem pode hesitar, tendo tal comandante? “Principe e governador dos povos” (Is 55.4). E 6 lado da conscigncia, e também de um cora¢ao puro. E aquele lado da guerra que tetmina em céu » om vitéria, pelos séculos sem fim (Ap 19.14). III. PROPOSTAS PARA ALISTAMENTO Tome partido ~ confessando a Cristo publicamente, no batismo. Submeta-se ao treinamento ~ esteja disposto a aprender ¢ aceite a disciplina. Vista a farda — use as vestes de santidade, o fardamento do amor, toda a armadura de Deus (EF6.13,18). Encre primeiro na guerta civil. Trave a guerra dentro de sua propria alma. Mate o pecado, conquiste 0 ego, ponha por terra as altas + pretensdes etc. Marche para o campo de batalha. Combataa falsidade, a supersticao, @ ctueldade, a opressio, a embriaguez ¢ o pecado de todo tipo, em qualquer lugar. Guizor, em sua Vida de S. Luis de Franca, diz que este tinha muitos vassalos que também eram vassalos do rei da Inglaterra, ¢ que surgiram muiras Auest5es sutis ¢ dificeis quanto a extensdo do servigo que eles deviam a esses reis. Afinal, 0 rei francés ordenou a todos os nobres que tinham terras em erritério inglés, que comparecessem & sua presenga, e entio thes declarou: “Como ¢impossivel a qualquer homem que vive em meu reino, € tem possesses na Inglaterra, servir corrétamente a dois senhores, deveis vincular-yos totalmente a mim, ou entio, inseparavelmence ao rei da Inglaterra”, Entao concedeu-lhes decerminado prazo, para fazerem a escolha, Um quetido amigo meu, chefe de familia com filhos ¢ filhas crescidos, Poni cbentinamente, No dia antetior & sua morte, todos os membros de familia estiveram com ele, inclusive o poder da graga salvador. A alegria do pai era grande, 4 medida em que punha a mao sobre um apés outro de seus filhos, dizendo com coragdo transbordante: “E este € do Senhor! e este € do Senhor!” Que aconteceria a nosso ouvinte, se devesse estar an lado do leito de morte de wm pai piedoso? Seri que esse pai se regozijaria com ele, por ser ele do Senhor? 8. Pondo a Mao sobre a Oferta “E pord a mao sobre a cabega da oferta pelo pecado” (Lv 4.29) problema de muitas almas é como se interessartem pot Cristo, a ponto de serem salvas por Ele, Jamais se poderia fazer uma pergunta mais ponderada. E claro que isso é absolutamente necessdrio, mas, infelizmente, tem sido temerosamente negligenciado por muitos. Cristo morreu em vao, se nao se crer nele. ’ O texto nos dé uma resposta figurativa & pergunta: Como pode o sacrificio de Cristo estar & minha disposigao? I. AINTENCAO DO SIMBOLO 1, Bra uma confisséo de pecado. Se nao houvesse pecado, nao haveria necessidade de oferta pelo pecado. A esta se acrescentava uma confissio do merecimento de castigo, ou por que deveria a vitima ser imolada. Havia, igualmente, 0 abandono de todos os demais métodos de remogio do pecado. As maos estavam vazias ¢ postas somente sobre a oferta pelo pecado. Faca isto junto & cruz, pois somente ali 9 pecado ¢ removido. 2. Fra um consentimento ao plano de substituigao. Alguns levantam ddvidas quanto a justiga ¢ a certeza desse método de salvagio; mas aquele que deve ser salvo nao faz assim, pois vé que 0 préprio Deus € 0 melhor juiz.da justica desse método e, se ele estd contente, por certo que também podemos estar satisfeitos. Nao h outro plano que satisfaca a questo, ou mesmo a considere com justiga. O sentido de culpa do homem nao se satisfaz com outras pessoas. 3. Era um estado de dependéncia — dependia da vitima Para 0 coragdo confiante, nao é muitissimo mais seguro estar em Jesus Cristo? Considere a natureza do softimento ¢ da morte, pelos quais se fez a expiagio, e descansar4 nela. Considere a dignidade ¢ 0 valor do sacrificio de quem enfrentou a morte. A gléria da pessoa de Cristo aumenta o valor de sua expiagio (Hb 10.5-10) Lembre-se de que nenhum dos santos que agora esto no céu, tee qualquer outro sactificio expiador. “Jesus somente” tem sido o lema de todos os justificados. “Jesus, porém, ofereceu para sempre, um tinico sacrificio pelos pecados” (Hb 10.12), Aqueles dentre nés que somos salvos, s6 descansam alis por que no 0 deveria voc’, e todo aquele que estiver com voce? IL. SIMPLICIDADE DO SIMBOLO 1, Nao havia ritos antecedentes. A vitima estava ali, e as maos eram postas sobre ela: nada mais do que isso, Nao acrescentamos a Cristo nem preficio nem apéndice; ele é 0 alfa 0 émega. 2. Ovoferrante vinha com todo 0 seu pecado. “Assim como estou”. Era para que seu pecado fosse removido que o ofertante trazia 0 sactificio; ndo porque ele mesmo jé tivesse removido. 3. Nada havia de mérito ou prego, em sua mio. 4, Nada havia em sua mio, Nenhum anel de ouro para indicarriquezas nenhum sinete de poder; nenhuma jéia a indicar categoria. O ofertante vinha como homem, nao como letrado, rico ou honordvel, Quando Christmas Evans estava prestes a morrer, diversos ministros estavam ao redor de seu leito. Ele hes disse: “Preguem Cristo 20 povo, irmnaos; olhem para mim; em mim mesmo nada sou, senéo rufna. Mas olhem pata mim em Cristo; sou céu ¢ salvacao”. Nio € a quantidade de sua f€ que o salvard. Uma gota de agua é tio verdadeira gua como oceano inteiro. Assim, una pequena fé ¢ fé verdadeira, tanto quanto a maior. Um menino de oito dias ¢ tao realmente homem como uum homem de sessenta anos; uma fagulha de fogo é fogo tao verdadeiro quanto uma grande chama; um homem enfermo esté tZo verdadeiramente vivo quanto um bomem saudével. De modo que nao ¢ a medida de sua fé que o salva~— £0 sangue de que se apossa que 0 salva. Da mesma forma que a frégil mao de uma ctianga, que leva a colher & boca, a alimentars, assim também o brago forte de um homems pois no é a mao que o alimenta ~ ainda que ela ponha a carne em sua boca, é a came levada a seu estOmago que nutre. Se puder apegar-se a Cristo, ainda que feacamente, ele no o deixard perecer [...] As mais fracas mos podem receber isto é a dddiva ea fé fraca uma dadiva, tanto quanto as mais fortes. Ora, Pode susté-lo tanto quanto a f vigorosa, ¢ Cristo é tao verdadeiramente seu quando tem débil fé, quanco ¢ seu, quando aleangou aquele jbilo triunfante pela forca da fé (Welsh). 26 9. Contra o Queixume © “Queixou-se 0 povo desua sorte aos ouvidos do SENHOR; ouvindo-ow SENHOR, acendeu-se-lhe a ira, e fogo do SENHOR ardeu entr consumiu extremidades do arraial’(Nm 11.1). Observe como 0, dano comecou nos arredores, entre a multidao mista, ¢ como 0 fogo do Senhor consuimiu as extremidades do arraial. O grande perigo da Igreja esté em seus viveiros ou parasitas; esses infectam o verdadeiro Israel. I. UM ESPIRITO DESCONTENTE CAUSA PESAR AO SENHOR 1. Poderfamos inferir isso de nossos proprios sentimentos, quando os dependentes, os filhos, os criados ou aqueles que recebemn esmolas esto sempre resmungando. Cansamo-nos deles € nos iramos contra eles. 2. No.caso dos homens para com Deus, a murmuragio é muito pior, visto como no merecem bem algum de suas mos, mas bem ao contrétio, “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus proprios pecados” (Lm 3.39; SI 103.10). IL UM ESPIRITO DESCONTENTE IMAGINA QUE ACHARIA PRAZER NAS COISAS QUE LHE FORAM NEGADAS Israel tinha 0 mand; porém suspirava por peixes, pepinos, melées, cebolas, ete. E prejudicial a nés mesmos, pois nos impede dé desfrutar o que jé temos. Leva os homens a difamarem o alimento dos anjos, chamando-o de “este pao vil”. Levou Ham a nfo pensar em sua prosperidade, porque um simples homem lhe negou reveréncia (Et 5.13). 2. Euma caliinia pata com Deus ¢ ingrato para com ele. 3, Leva A rebeldia, & falsidade, & inveja ca toda sorte de pecados. Il. UM ESP{RITO DESCONTENTE MOSTRA QUE A MENTE PRECISA SER TRANSFORMADA A graca poria nossos desejos em ordem e manteria nossos pensamentos ¢ afeigdes em seus devidos lugares; deste modo: 1, Contentamento com aquilo que remos (Hb 13.5). 2. Em relagdo a outras coisas, moderados no desejo. “Nao me dés nem a pobreza nem a riqueza” (Py 30.8) 3. Em relagio as coisas tetrenas que podem estar faltando, plenamente resignados. “Nao seja como en quero e, sim, como tu queres” (Me 26.39). 4, Primeio, ¢ mais ansiosamente, desejar a Deus. “Minha alma tem sede de Deus”, etc. ($1 42.2). Em seguida, buscar ardentemente os melhores dons (1Co 12.31). 6. Seguir sempre em amor 0 caminho mais excelente (1Co 12.31). Lia respeito de César que preparou uma grande festa para seus nobres ¢ amigos. Aconteceu que o dia designado foi de tamanha m4 sorte que nada se poderia fazer para a honra de sua reunio, Em conseqiténcia disso, despostoso & entaivecido, ordenou a todos quantos tivessem arcos, que atirassem suas setas contra Jupiter, © principal deus deles, como que em desafio contta ele, por aquele tempo chuvoso; feito isso, suas setas ndo chegaram ao céu e calram sobre suas préprias cabesas, de modo que muitos deles ficaram gravemente feridos. Assim, nossos queixumes ¢ murmuragdes, que sia outras tancas setas atiradas contra 0 préprio Deus, retornario sobre nossas cabegas ot nossos coragées; no o alcangaréo, mas nos atingito; nao lhe causaréo dano, mas nos ferirfo; portanto ¢ preférivel ser mudo a ser musmurador; é perigoso contender com aquele que ¢ fogo consumidor (Hb 12.19) (Thomas Brooks). No mesmo texto (Nm 17.10), os israelitas séo chamados de “murmaradores” ¢ “rebeldes”; ¢ nao é a rebeligo como o pecado da feitigaria? (Sm 15.23). Vocé que ¢ murmurados, para Deus é como um bruxo, um feiticeiro, como aquele que lida com o diabo. Este é um pecado de primeira grandeza. A murmuragéo, muitas vezes, termina em maldigao; a mae de Mica deitou maldigées, quando os talentos de prata foram tirados (Jz 17.2), Assim faz. 0 murmurador, quando uma parte de sua propriedade lhe ¢ tirada, Nossa urmuragio € a miisica do diabo; trata-se do pecado que Deus nao pode suportar (T. Watson). Nao ouso lamuriat-me assim, como no ouso amaldigoar ou jurar (Joso Wesley). Uma crianga estava chorando de raiva, quando ouvi sua mae dizer-the: “Se vocé est chorando sem motivo, logo vai chorar com razao”. Edo som de uma tapa recolhi o-ensino moral de que os que choram por nada, esto fazendo ‘wuts war pura stxts préprias costas ¢, provavelmente, sero castigados por ela. 10. O Desespero do Homem é a Oportunidade de Deus “Porque o SENHOR fard justiga ao seu povo e se compadeceré dos seus servos, quando vir que o seu poder se foi, ¢ j4 nao hé nem escravo nem livre” (Dt 32.36). Para os impios, o tempo de sua queda ¢ fatal; nao se levantam novamente. Sobem cada vez mais alto na escada da riqueza; mas, por fim, ndo podem subir mais; seus pés escorregam, e tudo esté acabado. Nao € assim, porém, com os trés personagens dos quais agora passamos a falar; eles so julgados neste mundo, para que nfo sejam condenados depois (1Co 11.32). I. A PROPRIA IGREJA DO SENHOR Tl. 1. Uma igreja pode ser amargamente provada—“o poder se foi, nfo ha escravo net livre”, Por falta de um ministério fiel, pode nao haver aumento; € aqueles que permanecerem, podem tornar-se fracos e desanimados. Pelo declinio geral de ouvintes, membros etc., uma igreja pode ficat amargamente angustiada. Varias circunstancias podem espalhar povo, tais como dissensdo interna, heresia perniciosa ¢ falta de vida espiritual. Onde nao ha alimento espiritual, as almas famintas nao acham lar (J6 15.23) 2. A provacao é permitida: Para revelar os servos do Senhor ¢ expulsar os hipécrias (Is 33.14). Para provar a fé dos crentes sinceros ¢ fortalecé-la. Para manifestar a prépria graca de Deus, sustentando-os em tempos de provagio, e visitando-os com béngaos fucuras. Para assegurar a si mesmo a gléria, quando forem concedidos dias mais felizes. O CRENTE PROVADO. . Seu poder pode ter-se ido. Pessoalmente, ele se torna initil. A sadide corporal falha, a prudéncia fica desnorteada, a habilidade é tirada, a coragem naufraga, as prdprias forcas espirituais se afastam (Lm 3.17,18). . Sua ajuda terrena pode falhac. homem sem amigos move a compaixio de Deus, Pode ser assaltado por dhividas ¢ remores, ¢ dificilmente sabe o ut fazet consigo mesmo (Jé 3.23-26). Em cudo i ripe pelo seu pecado. Eo contexto o descreve desist onanicita x jao hd nem escravo nem livre”. Um so, pode haver Ill. 0 PECADOR CONVICTO Este é putificado de tudo quanto se orgulhava. 1. Sua justica propria cessou (J6 9.30,31). 2. Sua capacidade de executar obras aceicaveis cessou (EF 2.1). 3, Seus orgulhosos sonhos roménticos passaram (Is 29.8). 4, Seus deleites mundanos, sua ousada provocagao, sua descrenga, sua fanfarronice, sua falta de cuidado, sua va confianga, tudo se foi. 5. Nada ficou, sendo a compaixao de Deus (S] 103.13). Depois que a maré baixou a0 maximo, volta. O filho prédigo gastou tudo, antes de voltar, O fim dos recursos humanos é a opottunidade de Deus. Os desesperos sio garantia para a importunacao. Um homem que chegou ao fim de sua sabedoria, nao chegou ao fim de sua fé (Matthew Henry). © Dr. Brown fala em sua obra, Horae Subsecivae, da maravilhosa resposta que a velha crente escocesa deu a0 desafio de seu pastor, com referencia & base de sua f, “Janet”, disse o ministro, “que diria vocé se, depois de tudo o que fez por vocé, Deus permirisse que vocé fosse langada ao inferno?” “Como ele quiser”, respondeu Janet; “se ele fizer isso, perder mais do que eu” ~ querendo dizer com isso que ele perderia sua honta pela verdade e pela bondade, Portanto, © Senhor nao pode abandonar seu povo na hora de sua necessidade. Uma pessoa que no sabia nadar, caiu na égua. O homem que sabia nadar saltou para salv-la, No entanto, em vez de agarrar imediaramente o homem que se debatia na 4gua, manteve-se a alguma distancia, até que aquele cessasse de lutar; entao ele o segurou e 0 puxou para fora da égua, Quando as pessoas Por perto lhe perguntaram por que nao agarrara imediatamente o homem que estava afogando-se, ele respondeu: “Eu nao podia tentar salvar 0 homem, enquanto ele pudesse tentar salvar-se”. O Senhor age desse modo para com os pecadores; eles devem parar de se esforgar e, entao, 0 Senhor manifestataé 0 poder de sua graga sobre eles, Enquanto um pecador tiver seu préprio pio mofado, nao se nutriré do mand celestial. Dizem que meio pao é melhor que nada, mas isso nao é verdade, pois tendo meio pio, os homens sio levados a uma existéncia de peniria; mas, quando no tém pao algum, correm para Jesus, em busca do alimento que desce do céu. Enquanto uma alma tiver tum ceatavo com o qual possa beneficiar- se, loucamente recusaré o perdao gratuito de suas dividas: mas a pentiria absolura leva-a As verdadeiras riquezas. 30 11. Incapacidade Moral “Entao Josué disse ao povo: Nao podereis servir ao Senhor" (Js'24.19). Em resposta ao desafio de Josué, 0 povo tinha dito: “Nés também serviremos ao Senhor, pois ele € nosso Deus”. Mas Josué os conhecia bem demais para confiar neles, ¢ lembrou-lhes que eles estavam empreendendo que nao poderiam executar, Nao creram nele, mas clamaram: “Nio, antes serviremos ao Senhor”, A historia posterior, porém, provou a veracidade da adverténeia de Josué. A Palavra de Deus nos conhece melhor do que nos conhecemos a nds mesmos. A onisciéncia de Deus vé cada parte de nosso ser como um anatomista vé as varias pores do corpo, portanto ele conhece a nossa natureza moral ¢ espiritual muitissimo bem. Um fabricante de relégios & © melhor especialista de um reldgio ¢ aquele que fez o homem, tem 0 melhor conhecimento de sua condigio ¢ capacidade. Ressaltemos a importincia de seu veredicto quanto a capacidade humana, I, CERTEZA DA VERDADE DE QUE O HOMEM NAO REGENERADO NAO PODE SERVIR A DEUS Nao se trata de uma incapacidade fisica, porém moral, ¢ nao esta em sua constituigio fisica, mas em sua natureza decatda; nao 6 de Deus, mas do pecado. 1. A natureza de Deus presta servigo perfeito, impossivel ao homem depravado (ver contexto, v.19). 2. O melhor servico que os homens poderiam prestar, como homens ndo-regenerados, careceria de coragio e intengéo, sendo, portanto, inaceitavel (Is 1.15). 3. Alei de Deus ¢ perfeitas quem pode ter esperangas de cumpri-la? Se um simples olhar pode comerer adultério, quem observard a lei, em todos os seus pontos? (Mc 5.28). 4, A mente carnal é inclinada para a vontade propria, para a busca de seus proprios intetesses, ou seja, 0 egofsmo, a luxtiria, a inimizade, 0 orgulho e todos os demais males (Rm 8.7). I. O DESANIMO QUE BROTA DESSA VERDADE, Argumenta-se que isso levard os homens ao desespero, mas nossa resposta é que esse tipo de desespero a que a verdade leva os homens, é muitissimo desejavel e salutar, 1. Ela tira.a coragem dos homens para realizarem uma tarefa impossivel. Eles podiam muito bem alimentar a esperanga de inventar um mot- perpétuo com relacZo.a uma obediéncia presente ¢ perfeita, que fosse deles mesmos, tendo jé cometido pecado. Se 0 homem tentasse segurar uma escada com as préprias mos, a0 mesmo tempo que fosse subindo até o topo da escada, teria menor dificuldade nisso do que em fazer que a sua natureza ma atingisse a santidade. a desencoraja a seguir um curso prejudicial. O farisaismo € uma atitude moral; é uma orgulhosa rejeicdo da misericérdia oferecida, € uma rebelido contra a graca. A autoconfianga de qualquer tipo ¢ inimiga do salvador. 3. Desestimula a confianga nas ceriménias ou em qualquer outra religiosidade exterior, assegurando. aos homens que tais coisas so mais do que insuficientes. 4. E-um desencorajamento a qualquer outro meio de auto-salvacao e, desse modo, tira dos homens a fé no Senhor Jesus. Nada melhor poderia suceder-thes (GI 2.22,23) IIL. NECESSIDADES DAS QUAIS ESSA VERDADE NOS LEMBRA Homens néo-tegenerados, antes que possam servir a Deus, tém necessidade do seguinte: Uma nova natureza, que sé 0 Espirito Santo pode ctiar em voces, 2. Reconciliago. Como pode um inimigo servir a seu rei? Aceitagio. Até que sejam aceitos, seu servigo nao pode agradar a Deus. Ajuda continua. Devem ter essa ajuda para se manterem no caminho, uma ver. que jd esto nele (15m 2.9; Jd 24,25), Nenhuma vespa pode fabricar mel; antes de fazé-lo, € necessdrio que se transforme em abelha. Uma porea no se assentard para lavar a cara, como um gato o fax diante do fogo; nem a pessoa debachada se deleitard na sancidade. Nenhum diabo pode louvar 0 Senhor como os anjos 6 fazem, e nenhum homem nao-regenerado pode prestar culto aceitavel como os anjos (George Bush, em Notas sobre Josué). A existéncia do pecado em nés amarra-nos a certas conseqtiéncias, das quais nao temos condigées de fugir, assim como um idiota nao tem capacidade dle alrerar seu aspecto de idiotia; ou como.a mao patalisada nao tem poder de libertar-se de sua paralisia (B. W. Newton), “O homem nio pode ser salvo por obediéncia perfeita, pois nao pode realiz4-la; no pode ser salvo por obediéncia imperfeira, pois Deus no a aceitard” (um evangelista ingles). 32 “Corre, corre ¢ trabalha, a lei ordena, Mas no me dé nem pés nem mios; Contudo, sons mais suayes traz 0 evangelho, Ele me pede para voar e me dé asas’. 12, A Oliveira Fiel “Porém a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu. o meu dleo, que Deuse os homens em mim prezam, ¢ iria pairar sobre as arvores?” (Id 9.9). As atvores estavam sob o governo de Deus, ¢ nao queriam rei; mas nesta fabula, elas “se foram”, ¢ desse modo renunciaram a seu verdadciro lugas. Entao procuraram ser iguais aos homens, esquecidas de que Deus nao as fizera. a fim de se conformarem a uma raga decaida. Revoltando-se, elas se esforgaram por aliciar as melhores, que haviam permanecido fis. I. AS PROMOGOES APARENTES NAO DEVEM ATRAIR-NOS A pergunta a ser feita é Deixaria eu? ‘A énfase deve recair sobre 0 pronome ew, Deixaria cu? Se Deus me deu dons peculiares ou graca especial, é para que ew passe a brincar com. esses dons? Deveria eu abrir mao deles, a fim de obter honra para mim mesmo? (Ne 6.11). Uma posigéo mais elevada pode parecer desejavel, mas seria certo obté-la a tal custo? (Jr 45.5). Posso esperar a béncao de Deus sobre trabalho tao estranho? Formule a pergunta no caso de tiqueza, honra, poder, que sao postos diante de nds. Deverfamos agarrar-nos a eles, com risco de viver menos em paz, de sermos menos santos, menos dados & oragdo, menos tteis? I NAO SE DEVE BRINCAR COM AS VANTAGENS REAIS A maior vantagem da vida é ser titil, tanto para Deus como para os homens. “Por mim elas honram a Deus ¢ 20 homem”. Devemos prezar esse alto privilégio de todo 0 coracio. ‘Também podemos opor-nosas tentagGes, refletindo que a perspectiva ésurpreendente. “Deixaria eu 0 meu dleo?” Para uma oliveira fazer isso seria desnatural: para um crente deixar a vida santa seria pior (16 6.68). O retrospecto seria tertivel - “deixar 0 meu dleo”. O que deve significar deixar a graca, a verdade, a santidade de Cristo? Lembre~ se de Judas. Tudo terminaria em desapontamento, pois nada poderia compensar a perda do Senhor. Tudo o mais é morte (Jr 17.13) “4 II, DEVE-SE TLRAR PROVEITO DA TENTACAO Aprofundemos mais a raiz. A mera sugestéo para deixar nosso dleo deveria fazet que nos agarrdssemos mais depressa a cle. Sintamo-nos mais contentes, ¢ falemos mais carinhosamente de nosso estado de graga, para que ninguém ouse seduzir-nos, Quando Sarands nos ve firmados de modo feliz, tem menos esperanca de derrotar-nos, Muitos, com o fito de obter salério mais elevado, rém deixado o companheirismo santo e oportunidades sagradas de ouvir a Palavta crescer em graca. Tais pessoas séo tao tolas como os pobtes indios, que deram ouro aos espanhéis, em troca de migangas. As riquezas obtidas com o empobrecimento da.alma sempre constituem maldi¢ao, Aumentar os negécios de sorte que nfo possam comparecer aos cultos é tornar-se realmente mais pobres; abrir mao do prazet celestial e, em troca, receber cuidados terreais é uma lamentdvel variedade de comércio (George Herbert), 13. Rute Decide-se por Deus “Disse, porém, Rute: Nao me instes para que te deixe e me obrigue a nao seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei cue, onde quer que pousares, ali pousarei cu; 0 teu povo é 0 meu povo, o teu Deus 0 meu Deus” (Rt 1.16). Esta € uma herdica e franca confissio de fé e foi feita por uma mulher jovem, pobre, vitiva ¢ estrangeira. I. AAFEICAO PELO PIEDOSO DEVE INSPIRAR-NOS A PIEDADE ‘Muiras forgas se combinam para efetivar isso: 1. Hé a influéncia do companheirismo: devemos ser afetados por + pessoas piedosas, mais do que por pessoas mas, desde que nos submetemos a sua influéncia. 2. Ha a influéncia da admiracio. Imitagéo é 0 mais sincero louvor; seguimos aquilo que nos favorece. Portanto, imitemos os santos. 3. Hi a influéncia do temor de separagio. Seria horrivel estarmos etetnamente separados dos entes queridos que buscam nossa salvagao; € doloroso, inclusive, ter de deixé-los participando da mesa do Senhor, ¢ ads, nio. I. AS RESOLUGOES PIEDOSAS SAO PROVADAS |. Vor implicar pagar 0 prego. Vocés mesmos rerio de separarse de seuy amigos, como o fez Rute. Terao de partilhar a sorte do povo de Hens, como Rute partilhou com Noemi (Hb 11.24,26). 2. Pelos deveres implicitos da religiao. Rute deveria erabalhar nos campos. Algumas pessoas orgulhosas nao se sujeitaram 3s normas da casa de Cristo, nem aos tegulamentos da vida didria dos crences. 3, Pela aparente frieza dos crentes. Noemi nao a persuadiu a ficar com ela, mas ao conirério. Ela era mulher prudente ¢ nao queria que Rute viesse com ela por persuasio, mas por convicgao. II. TAL PIEDADE DEVE ESTAR PRESENTE, PRINCIPALMENTE NA ESCOLHA DE DEUS 1, Essa é a possesséo distintiva do crente. “Teu Deus é 0 meu Deus”. 2. Seu grande artigo de fé. “Creio em Deus”. 3, Sua confianga e constincia (ver Rr 2,12). “Este ¢ Deus, 0 nosso Deus para todo o sempre: ele serd nosso guia até A morte” (1Sm 48.14), IV. MAS A PIEDADE DEVE IMPLICAR A ESCOLHA DE SEU POVO Um parente préximo estd entre eles. O verdadeiro Boaz esté disposto a levar-nos para si préprio, ¢ redimir a nossa heranga. Facamos uma escolha deliberada, humilde, firme, alegre, imediava a favor de Deus ¢ de seus santos, aceitando a hospedagem deles neste mundo ¢ indo aonde quer que eles vo. O ex-escravo convertide manifestou expressio feliz & sua decidida adesio a Cristo, quando disse: “Ja passei o ponto donde nao se pode voltar mais. Vou direto para o meu lar no céu. E se vocé nao me encontrar no primeira dos doze portées l4 em cima, dé uma olhada no seguinte, pois cut acnho de estar li”. Ah! Quem nos dera ter milhares assim, em nosis conpreyayues: pois por falea de fé, eles nunca poderdo chegar ao ponte de «nd: nay se volta mais O poder do carater cristo, que se irradia na Lace, no-aypecto © nas palavtas de um crente, est ilustrado de modo belfsine na seguinte incidencé: Um afegio, em certa ocasiéo, passon uma hort car companhia do De, William Marsh, da Inglaterra. Quando ouviu que o Dr, Marsh falecera, disse: “Sua religita agora send a minha religiao sew Deus ser o meu Deus; pois devo ir para onde ele foi, e wer sle wove asta face”. sito melhores do que as risadas do tolo Sei que sews panws dessien © ei (Ruthertoul) Seo povo de Deus. nao se envergonhar de nds, nao precisaremos cnyerpunhar nox deles. Eu ngo gostaria de it a uma reuniio puiblica, disfargado dc laclraos prefiro minhas préprias roupas, € ndo posso entender como ha crentes que podem conduzit-se com vestimentas mundanas. a 14. Do Senhor é a Guerra 4 toda esta multidao que o SENHOR salva, nao com espada, nem com langa; porque do SENHOR é a guerra, ¢ ele vos entregara nas nossas maos” (1Sm 17.47), Sempre ha dois modos de considerar a mesma doutrina, A verdade contida no texto pode ser usada como narcético ou como estimulante, Alguns sio cio perversos, a ponto de dizer que sc’a guerra ¢ do Senhor, estamos escusados de combater; como se, vendo que a seara é do Senhor, pudéssemos, com justica, recusar-nos a semear ou ceifar. Vemos como Davi usou essa verdade; ela Ihe inflamou a alma ¢ lhe encorajou os bragos. Todos estamos guerreando de um ou de outro lado, ¢ 0 pior de tudo ¢ que hé quem se vanglorie de sua neutralidade. Pata 0 cristio, essas palavras sio tio verdadeiras que ele pode ostenti-las em sua bandeira, escrevendo-as como titulo do “livto das guerras do Senhor”. J. O GRANDE FATO: “DO SENHOR EA GUERRA”. 36 t. » 1. Desde que ela seja a favor da verdade, do direito, da santidade, do amor, € de todas as cosias que o Senhor ama, a batalha é do Senhor (SI 45.4). 2, Seu nome ¢ glétia sao o objetivo da guerra. honra para Ele ver sua justiga estabelecida na terra. O evangelho glorifica a Deus de modo extraordindrio; os homens se chocam com a honra divina, quando se opéem ala, eo Senhor defenderé seu prdprio nome: desse modo, nosso conflito se torna a guerra de Deus (Is 40.5). 3. Combatemos somente por seu poder. O Espirito Santo ¢ a nossa forca; nada podemos fazer sem o Senhor; por isso, a guetra é dele, no mais elevado grau (2Co 13,12; 20.12). 4, Ele nos pediu que lutemos. Por ordem de nosso rei, entramos nessa guerra. Nio somos franco-atiradores, agindo por conta prépria, mas guerreiros sob 0 seu comando (1Ti 6.12). SUA INFLUENCIA SOBRE AS NOSSAS MENTES 1. Fazemos pouco caso da oposi¢ao. Quem pode resistir ao Senhor? 2. Nio ficamos intimidados por nossa fraqueza, “Quando estou fraco, entao estou forte”. O Senhor nos fortalecerd em sua pripria huts, 3. Atiramo-nos 4 obra de todo 0 coragao. Devemos tanto av Sener que precisamios combacer por Ele (1Co 16.13). 4, Escolhemos as melhores armas, Nao ousamas detnar canhors le Senhor, usando pélvora do diabo. Amor, verdade, velo, araginy « paciéncia deveriam estar em suas melhores condigivs, na guerra de Deus (2Go 10.4), 5. Confiamos na vitoria. Pode 0 Senhor ser derrotado? Ele venecu a Farad ¢ fard 0 mesmo com Satands, no cempo devido (1Co 15.25). IL, LIGACOES EM CONEXAO COM ELA Faga delaa causa de Deus. Nunca deixe que ela se afunde no egoismo. Por seu motivo. Vise & stia gléria somente. Elimine todos os designios sinisttos. Por seu método. Lute a favor da fé, conforme Jesus teria lurado, ¢ nao de um modo que o Senhor desaprove. Por sua fé. Pode confiar que Deus luca suas préprias batalhas? Ost, Oncken disse-me que foi intimado a comparecer perante o prefeito de Hamburgo, 0 qual the ordenou que deixasse de realizar reunides religiosas. “Ve este dedinho?” gritou ele. “Enquanto eu puder mover este dedo, arrasarei os batistas”. “Sim”, disse Oncken, “vejo sett dedinho, ¢ também vejo um grande brago que o senbor nao pode ver, Enquanto o grande brago de Deus estiver erguido a nosso favor, seu dedinho nao nos causard tettor” (David Gracey em The Sword and the Trowell. Nao da vontade de Deus que sew povo seja um povo timido (Matthew Henry). Diz-se dos quakers perseguidos, que, olhando firmemente para a forya de seu lider Todo-poderoso, eles “Nao diziam: Quem sou? mas, ao contttrio, De quem sou, pata que nao tenha metlu2” (Arnis clos Prinitivns Amigos) A forga de Lurero consistia na forma come cle langou a carga da Reforma sobre o Senhor. Em oragito, cle rogav.t continimaniente: “Senhor, esta causa é . Portanto, faze tiie propria abras porque se este evangelho nite pre i Lantens sivinhu que sairé perdendo, mas 0 teu proprio none seta lesen" Avail abel pecan a yunt megociance que fosse ao exterior, a serviga clei. es epinnls cle meneionow que o seu proprio negécio ficaria arruinado, clitephcon: “Cuica dos meus negécios, que eu cuidarei dos teus”. Se a batalha lop apets de Senhor, podemos estar certos de que ele nos dard a vitéria. wv 15. O Despojo de Davi “Bste é 0 despojo de Davi” (1Sm 30.20), Vemos em Davi um tipo do Senhor Jesus, em seus conflitos e vitérias, e, como em milbares de coisas, assim também no despojo. A ele, como guerreiro contra o mal, pertencem os despojos de guerra. 1, TODO O BEM QUE USUFRUIMOS VEM POR MEIO DE JESUS Tudo 0 que tinhamos sob a lei, o despojador tomou. Por nosso grande chefe nos fez participar dos despojos. 1. Foi por causa de Davi que Deus concedeu éxito as hostes de Israel, 2. Foi sob a lideranga de Davi que ganharam a batalha, Assim se dé também com Jesus, o capitao de nossa salvacdo (Hb 1.10). Dentro de nés, ele operou grande livramento, Venceu o valente, tomou dele a sua armadura, e dividiu seus despojos (Le 11.22). Ele pode dizer juntamente com Jé: “Dos seus dentes Ihe fazia eu cait a vitirna” (Jé 29.17). Nossa heranga eterna se perdera; ele a redimiu (Ef 1.14). + A presa foi tomada ao poderoso. “Davi recuperou tudo”, TL AQUILO QUE ESTA ALEM DO QUE PERDEMOS, DEVIDO AO PECADO, NOS VEM MEDIANTE JESUS (V.20) Tal como Jesus nos fez mais seguros do que éramos, antes da queda, assim ele nos tornou mais ticos também, . A posicao exaltada do homem que tem um relacionamento vital com Deus. Isso nfo nos pertencia, a principio, mas o Senhor Jesus aadquiriu para nés. Eleigao, filiagao, heranga, vida espiritual, uniao com Cristo, fidelidadea Jesus, comunhao com Deus ea gloria fucura da festa das bodas ~ tudo isso sao despojos de escolha. - O fato de que somos criaturas remidas, pelas quais o criador sofreu, éuma honra que a ninguém pertence sendo aos homens, e somente mediante Jesus Cristo (Hb 2.16). 3, Nossa ressurreicao, jéia que nao se acha na coroa dos serafins, vem por nosso Senhor ressurreto (2Co 4.14). 4, Nossa manifestagao da plena gléria do Senhor. Nossa experiéncia declarard a todos os seres inteligentes o que ha de mais selecionado em sabedoria, amor, poder ¢ fidelidade de Deus (Ef 3.10). M1. AQUILO QUE DE BOA VONTADE DAMOS A JESUS, PODE SER CHAMADO DE SEUS DESPOJOS 1. Nossos coragées pertencem 36 ele, para sempre. Daf, tudo 0 que N temos e somos, pertence a ele. “Este é 0 despojo de Davi"- 0 amr ¢ a gratidao de nossas vidas (1Jo 4.19). . Nossas dddivas especiais. Nossos dizimos ¢ coisas consagradas sio para ele. Demos abundantemente (MI 3.10). Abraao deu a Melquisedeque o dizimo dos despojos (Gn 14.20). . Entregue-se a Jesus agora, ¢ encontrard aele a sua seguranga, 0 seu céut. Que diz vocé? E 0 despojo de Davi? Em caso contritio, Satands e 0 pecado o despojam todos os dias. (1) O pecado nao assume a culpa que a graga nao possa remover. (2) O pecado nao deforma a beleza que a graca nao possa renovar. (3) O pecado nao perde bem-aventuranga que a graga nao possa restaurar (Esbogo de sermdo sobre Rm 5.20 de Charles Vince). Todos nos lembramos do poema “O Homem de Ross”. Tudo de bom que havia no lugar, veio dele. Pergunte-se quem fez isto ou aquilo, “Foi o homem de Ross, responde cada bebé que balbucia”. Assim também, & medida em que examinamos cada béngao de nosso feliz estado, e perguntamos de onde ela veio, a unica resposta & “FE 0 despojo de Jesus. A mo crucificada conquistou-a para nés”. nv we 16. Oracao Estimulada “Pois tu, é SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, fizeste ao ten servo esta revelacao, dizendo: Edificar-te-ei casa. Por isso, o teu servo se animou para fazer-te esta oragao” (28m 7.27). Quantas veres Deus faz para seus servos 0 que cles desejam fazer para ele! Davi queria edificar casa para 0 Senhor, ¢ 0 Senhor edificou-lhe casa. I. COMO ELE CONSEGUIU SUA ORACAO? ELE “SE ANIMOU PARA FAZER ESTA ORAGAO”. Ele se animou pata orar, 0 que é sinal de que buscava a oragio. ‘Aqueles que oram ao acaso mtunca sero aceitos; devemos buscar cuidadosamente as nossas oracies (Jé 13.4). Ele sentiu o animo em seu coracao— nado em um livro, nem em sua meméria, nem em sua cabeca, nem em sua imaginago, nem mesmo em sua lingua (Sl 84.2). Isso pprova que ele tinha coragio, sabia onde 0 mesmo se achava, podia olhar para ele, ¢ muitas vezes 0 buscou (SI 77.6). Deve ter sido um corago vivo, pois, do contrério, nao haveria nele uma oragao viva. 9 Deve ter sido um coracao crente, pois, do contrario, nao se teria ani- mado a “fazer esta oracao”, Deve ter sido um coracao sério, e nao frivolo, esquecidico, frio, indiference, pois, do contrdrio, teria achado ali mil vaidades, € nao se animaria a orar. Pergunta: Sera que seu coraco se animaria a orar nestes nossos dias? (Os 7.11). IL COMO ESTA ORAGAO VEIO A ESTAR EM SEU CORAGAO? 1. O préptio Espirito do Senhor instruiu-o a orat, Dando-lhe um senso de necessidade. As grandes béngaos nos mostram nossa necessidade, como no caso de Davi. 2. O Senhor inclinou-o a orar. ‘Tem-se dito que uma promessa absoluta tornaria a oracdo desnecesséria; ao passo que a primeira influéncia de tal promessa é sugerir a oragao. O Senhor inclinou 0 coragao de Davi: Aquecendo-lhe 0 coragao. A ora¢ao nao prospera num pogo de gelo, II.COMO PODE ENCONTRAR ORAGAO EM SEU CORAGAO? Olhe para seu corasao, ¢ faca busca diligente. Pense em sua prdpria necessidade, ¢ isso sugeriré as petigdes. + Pense em seus deméritos, ¢ clamaré humildemente ao Senhor. Pense nas promessas, nos preceitos ¢ nas doutrinas da verdade, € cada uma dessas coisas o obrigaré a se ajoelhar. Tenha Cristo em seu coragao, ¢ a oracdo se seguird (Ar 9.11). Viva perto de Deus, ¢ falard com ele com freqiiéncia. Encontra oragoes € outras coisas santas em seu coragio? Ou esté ele cheio de vaidade, mundanismo, ambigao e impiedade? Lembre-se de que € aquilo que for seu coracao (Pv 23.7). “Passo grande parte de meu tempo”, disse M’Cheyne, “afinando meu cora¢ao para a oracao.” Nio € 0 papel vistoso ¢ a boa redagao de uma petigio que prevalecem diante de um monarca, mas sim, 9 seu motivo. E para aquele rei que discerne © coracio, © motive do coragio é 0 motivo de tudo, ¢ € 56 isso que ele leva em conta; ele escuta 0 que 0 coragio fala, ¢ considera tudo como nada, onde aquele se faz silencioso, Qualquer outra exceléncia na oragdo & apenas sua forma e aspecto exterior; mas esta é a sua vida (Leighton). Perguncei a uma jovem amiga minha: “Vocé orava antes de converter- se2"Ela respondeu que orava de conformidade com um modelo. Entao indaguei “Qual é a difetenga entre as suas oragdes atuais ¢ aquelas que fazia antes de conhecer ao Senhor?” E sua resposta foi: “Naquele tempo eu repetia as oragies «ue outros me tinham ensinado, mas agora eu me animo a fazé-las eu mesma”. fui Hé um 6timo motivo para se bradar “Eureca!”, quando nos animamos a orar, isto é, quando encontramos a orago em nosso coracao. O Sr. Bradford jamais cessaria de orar e de louvar, enquanto nao sentisse seu coragdo totalmente engajado nesse exercicio santo. Se em meu coragao nio est o impulso de orar, devo orar até que esteja. Mas, que alegria em pleitear com Deus, quando o coragio faz jorrar poderosos jatos de stiplica, a semelhanga de um géiser em plena ago! Quao poderosa é a stiplica, quando a alma inteira é tomada por um tinico desejo — vivo, faminto, expectante! Sob hipétese nenhuma nos devemos esquecer de que Deus nao respeita a ariumética das nossas oragées, isto é, quao numerosas sio elas; nem respeita a ret6rica das nossas oragGes, ou seja, quao prolongadas sao elas; nem respeita a miisica das nossas oragées, isto ¢, quao melddicas sao elas; entretanto, Deus sempre respeita a divindade das nossas oragdes, 0 que é eqiiivalente a dizer, 0 quanro provém elas do coragao. A verdade é que, na oragao, nao as dddivas, mas as gracas, é que prevalecem (Trapp). 17. Apegado ao Altar “Fugiu ele para o tabernaculo do SENHOR e pegou nas pontas do altar. Foi Benaia ao tabernaculo do SENHOR e disse a Joabe: Assim diz o rei: Sai dai, Ele respondeu: Nao, morrerei aqui” (1 Rs 2.28,30). Joabe tinha muito pouco de religiao; entretanto, fugiu para o altar, a0 ser perseguido pela espada. Muitos recorrem ao uso da religido exterior, quando a morte os ameaga. Endo vao mais longe do que as Escrituras prescrevem; ndo somente vio a0 taberndculo do Senhor, mas tém necessidade de apegar-se ao altar. 1. RECORRER EXTERNAMENTE A ORDENANGAS NAO LEVA A SALVAGAO Se um homem depender de ritos externos, morrerd ali. Os sacramentos, na satide ou na enfermidade, nao seryem de meio de salvagdo. Destinam-se apenas aos que jd estio salvos, ¢ serio ptejudiciais aos demais (1Co 11.29). Ministros. Esses s4o encarados por alguns moribundos com toda reveréncia. Na hora da morte recorrem as suas oragies leito. Attibui-se importancia aos sermées ¢ cerinnias fiinehtes, Que superstigao! Sentimentos. Pavor, -deleire, devancio, desespero; cada iin dele you abein de por stra ver, fem merovida, confine cont b

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