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oblemas Especiais em Fundacies Profundas Didmetro da particula de solo, Dsg (mm) po23 5 1 23 5 10 2030 50 Wo T 50- | BETUME iil) | FLIOG | 100- | | fe TUME | | ||) Yeo! || A mcice “lll | | | re Aeol | CLAN | | nso horizontal efetiva (kPa) lll || II i | 2s0| ||| {fe aie"| E200 | 1 || | | cllllll_| “THI || ig. 18.22 Verificagao da penetracao de particulas através da camada deslizante (baseado em 10mm de penetragao apos 50 anos, a 20° C) ecomenda BBS Stores recomendam que a escotha do betume seja feita com o auxilio de un S Sctumes, tendo em vista satisfazer os requisitos apresentados. sspecialista E eportante que o re) 'vestimento betuminoso nao seja levado até a ponta da estaca. E ébvio BE © "echo inferior da estaca, que responders pela capacidade de carga, ndo poder ser = HPet0 8 espessura da camada desliza , uma espessura de Smm seria suficiente (embora 4, 1997, sugira uma espessura minima de $ mm e uma espessura ideal de 10 mm). outros detalhes, remetemos o leitor ao trabalho de Briaud (1997) #82 ESFORCOS DEVIDOS A SOBRECARGAS ASSIMETRICS ‘TSCHEBOTARIOFE “EFEITO 2.1 Introdugio ja aplicada diretamente sobre um solo de fundagdo induz tensdes ¢ 0s no interior da massa de solo, tanto na diregao vertical como na horizontal. No So de haver estacas nas proximidades da érea carregada (e a sobrecarga se situar de forma SSSmidtrica cm relagdo as estacas), estas se constituirdo num impedimento 4 deformagao do Be c, consequentemente, ficardo sujeitas aos esforgos provenientes desta restrigao. 306 Velloso ¢ Lopes Este fendmeno foi descrito em detalhe pela primeira vez por Tse passou a ser conhecido como "efeito Tschebotarioff". Na lit ebotarioft e, por ratura técnica encontra-se também referéncia a estacas sujeitas a este tipo de solicitago como estacas passivas sob esforcos horizontais, enquanto estacas que recebem forgas transversais no topo e que passam asolicitar 0 solo horizontalmente ~ tratadas no Capitulo 15 ~ sto chamadas es esforcos horizontais 1cas ativas sob Tschebotarioff (1962) extemou a opinido de que, para a avaliagdo dos esforgos de Ml estacas devidos 4 sobrecarga assimétrica, hd que se distinguir duas condigdes limites. No primeiro ravessam solos arenosos fofos, susceptiveis de deformagies até elevadas por aco de tensdes altas como, por exemplo, na base de muros de arrimo com fundag20 direta, Porém, no sofrem recal Nestas condigdes, as ten No segundo caso, as estacas 0, as estaca: considerdveis, por exemplo, pelo reaterto. ses de flexdo em estacas sto muito baixas, podendo ser desprezadas. o cravadas através de uma camada de arg vimida, mas apenas deslocada e amolgada pela cravaglo das estacas. Este depésito argiloso, ainda mais se amo i, pela ago de uma sobrecarga, primeiro um deslocamento horizontal (a volume constante) © depois adensamento, ambos causando solicitagao nas estacas la mole, que nio & \do, soft Diferentemente do exposto por Tschebotarioff (1962), uma pesquisa realizada pela firma Pieux Franki (196: {a no proximo item, revelou esforgos de flexao bastante elevados em estacas atravessando depésito arenoso de baixa compacidade, dependendo do valor da sobree: . desc Convém ressaltar que nas e cas proximas de areas carregadas deve ser considerado, dos esforgos horizontais, também o fendmeno do atrito negativo (item anterior), .emplos clssicos do chamado efeito Tschebotarioff sto (Fig, 18.23) ): (a) armazém estaqui «do apenas na periferia, onde o material armazenado transmite tensdes & camada compressivel, que se desloca lateralmente pressionando as estacas pe éricas (b) tangue de armazenament cima); de fluidos estaqueado apenas na periferia (semelhante ao caso (©) muros de arrimo sobre estacas (d) muros de encontro de pontes (semelhante ao caso acima): (e) aterro de acesso a pontes. Podem-se destaca (5 seguintes fatores que mais influenciam na solicitagao lateral de estacas: (1) valor da sobrecarga (altura e peso especifico do material de aterro ou do material armazenado) sticas da camada compressivel; (3) fator de sé 1ranga & ruptura global (det dos dois fatores acima); mT (4) distancia das estacas a sobrecarga: (5) rigidez das estacas: (6) geometria do estaqueamento; (7) tempo. Fig. 18.23- plos do “ete Jo 0 Ultimo dos fatore: pos a atuagao Consider ima, convém ressaltar que a situa da sobrecarga pode no ser a pior. Ao longo do tempo, embora haja um aeréscimo de resisténcia pelo adensamento, que € um fator favordvel, por outro lado as deformagdes també n, resullando num efeito desfavordvel. Nao & possivel se estabelecer a priori qual dessas influéneias iri comandar o comportamento do conjunto. E possivel, portanto, que 2 fundacdo seja capaz de resistir durante um certo tempo e que. apenas depois de alguns problema (De Beer, 1972)° jumen meses ou mesmo anos, lobal (0 fator de segi Um fator muito importante € a seguranga & ruptura gi ga de que estamos falando € aquele associado a superiicies que atinjam 0 estaqueamento € nao Em dois pontithdes da Refinaria Duque de Caxias, da Petrobris, as conseqiiéncias desse efeito foram constatadas cerca de 4 anos apds o término das obras. 398 oso Lopes simplesmente 0 fator minimo, que pode estar associado a uma superficie distante do estaqueamento). Quando o fator de seguranga é reduzido, o efeito nas estacas é muito intense, Assim, se no for possivel alterar a sobrecarga e sua distincia ao estaqueamento, convém pensar em remover ou estabilizar 0 solo mole com um pré-carregamento (eventualmente empregando drenos de areia) ‘As medidas que podem ser tomadas para evitar ou minimizar o fendmeno sdo (1) remogao da argila mole (solugdo vidvel se a camada nto for muito espessa): (2) methoria da argila mole por pré-carregamento com ou sem en para acelerar os recalques; rego de drenos verticais (3) execugdo de laje estaqueada para receber a sobrecarga; (@) no caso de aterros, diminuigao da sobrecarga pela utilizagdo de material com peso especifico reduzido (como argila expandida) ou pela utilizagao de aterro com vazios constituidos por bueiros (Aoki, 1970) ou isopor (5) utilizagao de estacas com adequada resisténcia a flexdo e orientadas com seu eixo de maior inércia normal & diregao do movimento, (6) encamisamento (com folgas) das estacas no trecho sujeito aos maiores movimentos, 18.2.2 Principais Pesquisas e Contri Neste item serio apresentadas ~ em ordem cronolégica ~ as pri as assimeétricas em estacas® ipais pesquisas e contribuigdes sobre o efeito de sobrecarg, (a) Pesquisas em Amsterdam por Heyman e Boersma Heyman e Boersma (1961) deserevem uma pesquisa realizada em Amsterdam sobre 0 efeito da execucdo de aterro tia proximidade de estacas. O subsolo local era constituido por uma delgada camada de areia seguida de cerca de 10 m de argila/turfa mole. As estacas foram instrumentadas com strain gauges e foram instalados inclinémetros no terreno, Depois de cravadas as estacas, um aterro hidraulico foi construido inicialmente a 30 m de distancia, sendo estendido progressivamente em estagios de 5 m para as proximidades das estacas, num total de 6 etapas, a cada duas semanas © momento fletor maximo nas estacas foi observado, aproximadamente, no nivel que separa as camadas de areia ¢ argila mole (cerca de 2,5 m de profundidade) e creseeu quase linearmente de cerca de 20 kNm quando o aterro estava a 30 ma 130 kNm quando o aterro chegou a 5 m de distancia. Os movimentos horizontais da superficie do solo atingiram cerca 7 Na Linha e isopor rodovia que liga Salvador a Aracaju pelo literal, foram adotados aterros com blocos «Neste item fez-se uso da pesquisa biblioarfica realzada por Bemadete R. Danziger para um seminério, apresentado em 1990, como parte dos requisites para qualificag2o para 0 doutoramento na COPPE-UFRI 5s Profundas 399 A conclusto da pesquisa, que visava a regido de Amsterdam, foi de que em todos os casos de fundagdes em estacas a uma distancia inferi¢ m de um futuro aterro, era recomendada a ilizagdo de estacas com armagdo reforcada (©) Contribuigio de Tschebotarioff ebotarioff (1962) levantou varios casos de muros de arrimo sobre estacas que presentaram problemas de flexao © mesmo ruptura das estacas. Neste primeiro trabalho asimitiu que a magnitude e a distribuigdo de pressées laterais provenientes de uma sobrecarga, snilateral em estacas atravessando camadas de argila mole era dificil de ser determinada, uma ¥ez que ndo dispunha ainda de resultados de instrumentagdes. Assim, na falta de um critério sais rigoroso, recomendou, para uma estimativa grosseira do momento fletor nas estacas, que & presses laterais deveriam ser representadas por um carregamento triangular com uma eedenada maxima, no centro da camada compressivel, de (Fig. 18.24) Py =2BKyH (18.68) ede B= largura da estaca 1H = pressio correspondente a diferenga de altura de aterro K= coeficiente de empuxo, que para um depésito ndo amolgado vale ~ 0,4 As estacas da fileira mais proxima do aterro deveriam ser dimensionadas como vigas Simplesmente apoiadas com vio L, sendo L a espessura da camada argilosa, Tschebotarioff (1962) chamou a atengdo para a utilizagdo, nestes casos, de estacas com Sevada resisténcia flexi , principalmente, que causassem pequeno deslocamento quando # cravagio, como, por exemplo, perfis metilicos e estacas tubulares Pesquisa em Allamuchy, New Jersey, em 1970 na de consultoria King and Gavaris, para a qual trabalhava Tschebotarioff, foi contratada elo New Jersey State Highway Department para pesquisa sobre 0 empuxo em estacas. O Bchway Research Board havia definido o problema nos seguintes termos: "No momento ¢ estume se projetar encontros de pontes € muros de arrimo apoiados em estacas de forma a Beporiar os esforgos convencionais de empuxo atuando nos seus paramentos; 0 empuxo Basmitido por camadas moles a estacas abaixo da base destes muros so geralmente Berorados, embora haja raz3o para crer que esforcas de flexto consideriveis podem ser Beduzidos nas estacas, Valores arbitririos de empuxo so as vezes especificados, mas nBo hi SStos experimentais confidveis sobre as pressdes atuantes nestas estacas. Sem um amplo Joerama de pesquisas as hipdteses de projeto serdo pura especulagdo. As especificagdes Beandard Specifications for Highway Bridges da AASHO. aprese tratamento Sccessivamente simplificado de: engaste [aconseihavel bloco rétula (a) @) @ Se rotula Fig. 18.24 Proposta de Tschebotaroft (a) caso em que a estaca pode ser considerada engastada no bloco, (b) esquema de calculo para esse caso e (c) caso am que a estaca nao pode ser considerada engastada no bloco A pesquisa, que incluiu a instrumentagao de estacas em uma ponte em Allamuchy, foi descrita por Tschebotarioff (1967) ¢ King © Gavaris (1970), Tschebotariof? (1970, 1973), apds a andlise dos resultados da instrumentagio, manteve o diagrama de pressdes triangular que retanto, uma redugdo na sugerira anteriormente (Tschebotarioff, 1962), recomendando, en pres: 20 py para ses Pryiandas 0) by =KA0-B (18.69) onde Aa: ¢ 0 acréscimo de tensdo vertical devido ao peso do ater 0, junto a estaca, no centro da camada lose hhebotarioff (1973) destaca as seguintes conclu: jes da pesquisa: © empuxo atuante no encontro diminuiu com o tempo apés a colocagdo do aterro. O recalque superficial do aterro foi de cerca de 13 em, * (Os recalques nas bases dos encontros tiveram inicio quando a altura do aterro atingiu 6,7m, ou seja, quando seu peso se aproximou de 3 vezes a resisténeia ndo drenada 0 da camada argilosa, ral * Os movimentos laterais dos apoios do tabuleiro iniciaram-se nesta mestia ocasiio, aleangando o valor maximo de cerca de 4 em As medidas de deformagdes realizadas numa estaca 1 ‘ica instrumentada revelaram ores apreciaveis, especialmente proximo da base do muro, Medigdes efetuadas com inelinémetro também indicaram flexdo das estacas na regiao da camada argilosa, * Uma pausa de 6 meses na construgdo (no periodo de inverno) permitiu algum adensamento ¢ correspondente aumento da resisténcia ao cisalhamento da camada de angila, de tal forma que o alt em movimentas adicion amento final do aterto, na época da primavera, nao resultou ignificativos, Quanto as condigdes de apoio, no caso da estaca estar engastada no bloco € 0 solo superficial ser resistente, Tschebotarioff (1973) recomenda considerar a estaca rotulada no terreno Ssistente absixo da argila e engastada no bloco, como indicado na Figura 18.24a. As mulas para © momento fletor junto ao bloco e nxéximo nesse caso so (Fig. 18.24b): (18.70a) Mm, (18.70) (18.70¢) Be caso de haver diivida quanto ao perfeito engastamento da parte Belicitagao maxima pode ser avaliada supond iperior da estaca, a se a estaca bi-rotulada (Fig.18,24c), Pschebotarioff (1973) recomenda q em todos 0s casos onde o peso do aterro superar 3 Bs autores calculam Ac: pela Teoria da Elasticidade wi (18.69) onde Aa; ¢ o acréscimo de tenstio vertical devido ao peso do aterro, junto a estaca, no centro Tschebotarioff (1973) destaca as seguintes conclusdes da pesquisa: © © empuxo atuante no encontro diminuiu com 0 tempo apés a colocagio do aterro. O recalque superficial do aterro foi de cerca de 13 em, # [Os recalques nas bases dos encontros tive wm inicio quando a 6,7m, ou Seja, quando seu peso se aproximou d da camada argilosa, 3 vezes a resisténcia nao dre * 0s movimentos laterais dos apoios do tabuleiro iniciaram-se nesta mesma ocasido, aleangando 0 valor maximo de cerca de-4 cm. * As medidas de deformagoes realizadas numa estaca metilica instrumentada revelaram momentos fletores apreciiveis, especialmente préximo da base do muro. Medigdes efetuadas com inclindmetro também indicaram flexdo das estacas na regio da camada argilosa, = Uma pausa de 6 m P sna construgdo (no periodo de inverno) permitiu algum adensamento © correspondente aumento da resisténcia ao cisalhamento da camada de argila, de tal forma que o alteamento final do aterro, na époe: em movimentos adicionais significativos, Quanto as condigdes de apoio, no caso da estaca estar engastada no bloco € o solo superficial ser resistente, Tschebotarioff (1973) recomenda considerar a estaca rotulada no terren fesistente abaixo da argila e engastada no bloco, como indicado na Figura 18.24a. As emulas para o momento fletor junto ao bloco e maximo nesse caso sto (Fig, 18.24b) (18. (18.70b) (18.70¢) Me caso de haver divida quanto ao perfeito engastamento da parte superior da er avaliada supondo-se a estaca bi-rotulada (Fig.18,24c), citagio maxima pode Tschebotarioff (1973) recomenda que em todos os casos onde o peso do aterro superar 3 Bs autores calculam Ae: pela Teoria da Elasti Velloso ¢ Lope veves a resisténcia nfo drenada da camada argilosa, atengdo especial deve ser dada aos esforgos de flexdo nas estacas (Fig. 18.25) pikN Imi) HO)=— KN im) N/m? Fig. 18.25 ~ Relacéo entre tenséo aplicada (dlvidida por um peso especifico de aterro de = 18kNIn") © nseqtiéncias, em fungdo da resisténcia da argila (Tschebotarioff, 1973) (©) Contribuigao de Wenz Wenz (1963), citado por Sinniger e Viret (1975), baseou seu estudo em modelos reduzidos propds um método em que a estaca é considerada como simplesmente apoiada nos niveis superior ¢ inferior da camada mole, sendo submetida ao diagrama de pressbes limite que se desenvolverd quando da ruptura do solo de fundagao do aterro (Fig. 18.26). O método permite considerar 0 efeito de grupo (Schenck, 1966): para um grupo de estacas, a press4o aumenta em fungao da ido B a largura ou didmetro da estaca e a 0 espagamento entre Para uma estaca isolada, o diagrama retangular de presses que atua no trecho de seu ‘comprimento embutido na camada argilosa, por ocasido da ruptura do solo de fundagio, tem order ada py da forma

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