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O CATECISMO MAIOR DE WESTMINSTER Comentado por Johannes Geerhardus Vos Editado por G. 1. Williamson Introdugdo de W. Robert Godfrey 2 Copyright © 2002 by G. I. Williamson Originally published in English under the title “The Westminster Larger Catechism: A Com- mentary” by Johannes Geerhardus Vos — Presbyterian and Reformed Publishing Company, P.O.Box 817, Philipsburg. New Jerseyy 08865-0817. All rights reserved, Used by permission though the arragement of Presbyterian and Reformed Publishing Company. Assérie de 191 ligdes de Johannes Geerhardus Vos sobre o Catecismo Major foram publicadas na revista Blue Banner Faith and Life (janeiro de 1946 a julho de 1949), A introdugio de W. Robert Godfrey foi publicada com o titulo de “The Westminster Larger Catechism”, no capitulo 6 de To Glorify and Enjoy God: A Commemoration of the 350th An- niversary of the Westminster Assembly, orgs. John L. Carson e David W. Hall (Edimburgo: Banner of Truth, 1949), 127-42. ‘Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em sistema de recuperagGo nem transmitida de nenhuma forma por nenhum meio — eletrénico, mecdnico, fotocdpia, gravagio ou qualquer outro — exceto em breve citagdes com 0 propésito de resenhas ou comentarios, sem a permissdo prévia do editor. Carecismo Maton bE Westminstrer CoMENTADO ~ Johannes Geerhardus Vos © 2007 — Projeto Os Puritanos/CLIRE — 1* Edigdo em Portugués — julho de 2007 ospuritanos@uol.com.br Traduzido do ingles: The Westminster Larger Catechism: A Commentary — Presbyterian and Reformed Publishing — Editor G, I. Williamson Editor Responsével: Manoel Sales Canto Tradugdo: Marcos Vasconcelos Revisdo: Métcio Santana Projeto Grdfico: Heraldo Almeida — heraldoa@gauail.com Editora Os Puritanos Rua Canguaretama, 181 ~ Vila Esperanga CEP 03651-050 — Sio Paulo- SP Fone/Fax: (11) 6957-1111 / (11) 6957-3148 / (81) 3223-3642 facioli@facioli.com.br; www.puritanos.com.br Iupressdo: Facioli Grafica e Editora Ltda SumArrIo Prefdicio do Editor wi. Introdugao ao Catecismo Maior de Westminster........ Esbogo do Catecismo Maior de Westminster..... Parte 1 — Acerca do Que o Homem Deve Crer 1 - Doutrinas Fundamentais 2 - Deus... 3 - Os Decretos de Deus. 4-A Criagéo... 5-A Providéncia de Deus... 6-0 Pacto de Vida ou de Obras 7 - O Pacto da Graga.... 8 - O Mediador do Pacto da Graga 9—A Obra do Mediador.... 10 - Os Beneficios da Obra do Mediador-...... Parte 2 — O Que Deus Requer do Homem 1] - Obediéncia a Vontade Revelada de Deus... 12-A Vontade de Deus com Referéncia Direta a Si Mesmo .. 13 — A Vontade de Deus Expressa em Nosso Dever para com o Préximo..395 14 - A Nossa Condigéo Perdida... 15 - O Arrependimento, a Fé e a Palavra de Deus. 16 - O Uso dos Sacramentos.... 17-0 Uso da Oragéo... vii PREFACIO DO EDITOR Ovvi certa feita 0 falecido Professor John Murray descrever a revista Blue Banner Faith and Life como 0 melhor periédico do seu tipo no mundo inteiro. Tornei-me um seu fiel leitor, e assim fazendo tomei ciéncia da alta qualidade do trabalho de seu editor, o Rev. Johannes Geerhardus Vos. Uma das melhores coisas que ele escreveu para aquela revista, na minha opiniao, foi a sua série de estudos no Catecismo Maior da Assembléia de Westminster, Exige-se dos oficiais das igrejas presbiterianas conservadoras, como eu mesmo, que “recebam e adotem” esse Catecismo como um dos trés documen- tos “que contém o sistema de doutrinas ensinadas nas Sagradas Escrituras”, No entanto, € amplamente sabido que o Catecismo Maior tem recebido bem menos atengdo que o Catecismo Menor ou a Confissio de Fé. Uma das razdes disso € a escassez de bom material de estudo que o exponha. Uma reimpres- s%o da obra de Thomas Ridgeley, publicada originalmente em 1731, é 0 tinico outro estudo de que tenho conhecimento e que, por varias razGes, no é nem de longe tao util quanto este estudo do Dr. Vos. Estou, portanto, felicissimo porque a Sra. Marion Vos — vitiva do Dr. Vos — me animou a editar esta obra e porque o Conselho Editorial da Igreja Presbiteriana Reformada da América do Norte autorizou a sua publicagio, Que 0 nosso Soberano Senhor possa abengoar o presente estudo para que sirva de professor a muitos dos que nfio puderam vislumbré-lo nas paginas originais da Blue Banner faith and Life. IntTRopUcAO. Ao CaTEcisMO MAIor DE WESTMINSTER 'W. Robert Godfrey Em 1908 B. B. Warfield mostrou ser um mestre do discernimento ao comentar que “na histéria recente dos documentos de Westminster, o Catecismo Maior tem tido uma espécie de posi¢iio secundéria”.' Comparado 4 proeminéncia e influéncia do Breve Catecismo nos circulos presbiterianos, o Catecismo Maior est4 mesmo num distante segundo lugar. Nos Estados Unidos, pelo menos, 0 Catecismo Maior é raramente mencionado e muito menos estudado como par- te viva da heranga presbiteriana. Essa situagdo nao é nova. Desde 0 século 17 o Breve Catecismo tem recebido muito mais atengio que o Catecismo Maior. Francis Beattie comentou h4 mais de um século: “quando téo poucas obras tratam diretamente do Catecismo Maior, merece atengao a Coleténea Teolé- gica (Body of Divinity) de Ridgeley, como exposigiio individual desse catecis- mo”.? Os dois volumes da obra de Thomas Ridgeley impressos em 1731~1733 parecem ser de fato a Unica grande obra que trata do Catecismo Maior. Tamanha negligéncia para com o Catecismo Maior é justificdvel? Ha al- gum beneffcio em renovar o mérito de um Catecismo escrito h4 mais de 350 anos? Com toda a certeza, a resposta é sim. O Catecismo Maior é uma mina do mais puro ouro teoldgico, histérico e espiritual. O presente estudo se apro- fundard nessa mina ao considerar resumidamente a preparagao do Catecismo, 0 seu propésito final e o seu valor permanente para a igreja hoje. Catecismo Maior, Preparacio e Propésito Os ansEIos catequéticos da Assembléia de Westminster tinham por base A Liga e o Pacto Solenes assinados entre Irlanda e Inglaterra em 1643. O pri- meiro artigo dessa alianga declarava “que nos esforgaremos para trazer as igrejas de Deus dos trés reinos (Inglaterra, Escécia e Irlanda) 4 mais aproxi- 1B B. Warlield, The Westminster Assembly and its Work (Nova Iorque, Oxford University Press, 1931), 64. Francis R, Beattie, “Introduction”, Memorial Volume of the Westminster Assembly, 1647~1897, E (Richmond, Va.: Presbyterian Committee of Publication, 1897), xxxvi. xi InTRODUGAO Ao CaTEcisMo Malor DE WesTMINSTER mada conjungio e uniformidade na religiao, confissio de fé, forma de governo eclesidstico, diretério de culto e catequizacio; que nés, e a nossa posteridade Ppossamos, como irmaos, viver em paz e amor e que o Senhor compraza-se em habitar em nosso meio”? A preparagao do Catecismo era, claramente, um objetivo importante da alianga. A Assembléia levou muito a sério a responsabilidade de preparar um ca- tecismo, elegendo um comité para cumprir a tarefa.* Embora nao seja possf- vel reconstruir a maior parte dos trabalhos do comité, temos conhecimento de alguns dos assuntos que foram debatidos. O comité propés uma linha de catequizagao’ e avaliou diversas maneiras de fazer um catecismo. Herbert Palmer elaborou o rascunho de um catecismo, mas mesmo sendo reconhecido como o melhor catequista da Inglaterra o seu esbogo niio foi aceito pela to- talidade do comité. O comité também discutiu se deveria ou no incluir uma exposig&o do Credo Apostélico, que era historicamente uma das principais caracteristicas dos catecismos;* mas, nao sendo o Credo Escritura inspirada 0 comité decidiu-se definitivamente por nao incluir a sua exposigao. Uma mudanga chave para que o trabalho do comité progredisse veio em janeiro de 1647 com a decisao de se escrever dois catecismo e nao apenas um.” Ao que parece, essa decis&o iluminov e simplificou a tarefa do comité; depois disso os trabalhos progrediram rapidamente. Em 14 de janeiro de 1647 a As- sembléia aprovou uma mogiio para que “o Comité do catecismo prepare 0 es- bogo de dois catecismos: um maior e um mais resumido, que tenham em vista a Confissiio de Fé e o material do catecismo ja comegado”.* George Gillespie ressaltou que o Catecismo Maior deveria visar “aqueles com entendimento” € outros delegados escoceses referiram-se a ele como um catecismo “mais itado da Confissio de Fé (Glasgow: Free Presbyterian, 1966), 359. “Para os membros do comité ¢ os detalhes de como 0 comité funcionava ¢ mudava, veja Alexander F. Mitchell, The Westminster Assembly: its History and Standards (Filadélia: Presbyterian Board of Publica- tions, 1884), 409ss.; Warfield, The Westminster Assembly, 62ss,; ¢ Givens Strickler, “The Narure, Value, and Special Utility of Catechisms”, Memorial Volume, 121ss. ‘SRobert Baillie, The Letters and Journals of Robert Baillie, ed, David Laing (Edinburgh: Robert Ogle, 1841), 2:148. “Quanto ao nosso Diretério, a questo da pregago que submetemos, foi ratificada no Comi- (8. A parte do Sr. Marshall, sobre a Pregacdo, ¢ a do St. Palmer sobre a Catequizagio, embora este seja 0 melhor pregador e aquele o melhor catequista na Inglaterra, mesmo assim no as apreciamos de mancira nnenhuma: seus papéis, portanto, foram passados as nossas mos para moldé-los segundo a nossa mente”. ® Mitchell, The Westminster Assembly, 416. 70 Catecismo Maior comegou a set discntido em meados de abril, e en meados de outubro a obra foi con- clufda (exceto pelas provas da Escritura). Para a reconstrugao do esforgo original para se produzir um tinico ccatecismo, veja Wayne R. Spear, “The Unfinished Westminster Catechism”, apendice A em To Glorify and Enjoy God: A Commemoration of the 350th Anniversary of the Westminster Assembly, ed. John L.. Carson and David W, Hall (Edinburgh: Banner of Truth, 1994), 259~266. * Citado em John Murray, “The Catechism of the Westminster Assembly”, Presbyterian Guardian, 25/12/1943, 362, xii CatecisMo Malo, PREPARAGAG & PRopdsiTo exato e compreensfvel”. A Assembléia admitiu que estava sendo uma tarefa “muito dificil (...) servir leite e carne num tnico prato”.? O Catecismo Maior era claramente voltado para os mais amadurecidos na fé, Como deveria ser usado 0 Catecismo Maior? Ele deveria seguramente ajudar no estudo e no crescimento dos crentes em Cristo que jé estavam pron- tos, no Ambito da ¢é, para se alimentarem de carne. Ao aprovar o Catecismo Maior em 1648, a Assembléia Geral da Igreja da Escécia chamou-o de “uma diretriz para catequizar aqueles que tém progredido no conhecimento dos fun- damentos da religido”.'° Philip Schaff sugere que a Assembléia tinha em mente um outro propé- sito para o Catecismo Maior. Ele escreveu que a Assembléia preparara “um [catecismo] maior para a exposigio ptiblica, no pillpito, segundo o costume das igrejas reformadas do continente”."' & curiosa a sugestfio de Schaff, mas ndo se sustenta em suas prprias notas de rodapé nem em nenhuma outra evi- déncia, Como a intengao da Assembléia era conformar as igrejas britanicas & pratica reformada do continente, é provavel que Schaff tenha raciocinado que a Assembléia também iria promoyer 0 mesmo tipo de pregacéio do catecis- mo que havia nas igrejas reformadas de Genebra, Alemanha e Holanda. Sem nenhuma evidéncia clara que © sustente, esse raciocinio vai notoriamente na contra-mio de outras decis6es da Assembléia. Por exemplo, a deliberagao de nao ministrar a exposi¢#o do Credo Apostélico no Catecismo, por nfo ser inspirado por Deus, torna improvavel que a Assembléia esperasse que um catecismo ndo-inspirado fosse pregado nas igrejas. Além disso, no Diretdrio Para o Culto Piiblico a Deus a declarag&o sobre a pregagiio opée-se paten- temente a Schaff: “O tema do seu sermio deve ser, ordinariamente, algum texto da Escritura que trate de princfpio ou aspecto principal da religiao, ou seja apropriado a alguma ocasiao urgente especial, ou que discorra sobre al- gum capitulo, salmo ou livro da Sagrada Escritura, que ache apropriado”.'? Ao escrever que “o Catecismo Maior foi planejado principalmente como um roteiro do ministro para o ensino da fé reformada de domingo a domingo”," T. F, Torrance expressa, provavelmente melhor do que Schaff, a finalidade do Catecismo para os pregadores, * Citagges de Mitchell, The Westminster Assembly, 418, "Citado da Confissdo de Fé, 128. ip Schaff, Creeds of Christendom, 3 vols. (Grand Rapids: baker, 197), 1:784. ™ Citado da Conjissiio de Fé, 379. ™ Thomas F. Torrance, The School of Faith (Nova Torque: Harper, 1959), 183. Frederick W. Loester fez abservaciio semelhante: “[O Catecismo Maior foi] planejado principalmente como uma adaptagdo da Con- fissdo de Fé para as fungies didéticas do pregador ¢ do pastor”. “The Westminster Formularies: A Brief Description”, in The Westminster Assembly (Department of History, Office of the General Assembly of The Presbyterian Church in the U.S.A., 1943), 17. xiii IntRoDUugAO Ao CaTEcisMo Maton DE WESTMINSTER O Valor do Catecismo Maior Se o prorésiro do Catecismo Maior era catequizar aqueles que j4 tinham sido apresentados & verdade crista, € importante saber como 0 catecismo pode cumprir ainda esse propésito. Que valor permanente tem ainda para a igreja hoje? Primeiro, o valor do catecismo pode ser constatado por alguns dos noté- veis resumos de doutrina nele encontrados. Por exemplo, as perguntas 70~77 apresentam uma excelente declaragiio das doutrinas reformadas da justifica- go e santificagio. A pergunta 77 mostra a relagio que hé entre essas duas verdades de maneira muito sucinta e poderosa: Em que diferem a justificagao e a santificagéo? R. Embora a santificagdo esteja inseparavelmente unida a justifica- ¢Go, elas sao, contudo, diferentes nisto: Deus, na justificagao, impu- ta a justiga de Cristo; na santificagao o Seu esptrito infunde a graga e dd o poder de exercité-la. Na primeira o pecado é perdoado; na outra é subjugado. Uma liberta igualmente todos os crentes da ira vingadora de Deus — e isso nesta vida, para que jamais sejam con- denados; a outra ndo é igual em todos nem é perfeita em ninguém nesta vida, mas progride para a perfeigao. Segundo, alguns expositores do catecismo afirmam que o Catecismo Maior tem, em alguns pontos, formulagdes superiores 4s da Confissao de Fé de Westminster. John Murray, por exemplo, defende que a declaragio acerca do Pacto da Graga no Catecismo Maior, perguntas 30~32, é superior ao capi- tulo VI, segdo IIT da Confissio, Afirma também que a respeito da imputagaio do pecado de Adio 0 Catecismo Maior, pergunta 22, vincula a imputagiio a0 Pacto de Obras com maior clareza que a Confissao de Fé, capitulo VI, segiio uu! ‘Terceiro, o Catecismo Maior apresenta uma exposigao dos Dez Manda- mentos particularmente completa e rica. A escritura dessa seco do Catecismo esté especialmente associada ao nome de Antony Tuckney, notdvel tedlogo moral Puritano. Muitos consideram essa parte do catecismo como uma consi- derdvel introdugdo ao pensamento ético dos Puritanos. Nem todos os eruditos, porém, consideram essa sego como uma expres- sio proveitosa do pensamento reformado a respeito da lei. Philip Schaff co- * Murray, “The catechism of the Westminster Assembly”, 363, Essa parte do artigo de Murray foi reimpressa 1a Presbyterian Reformed Magazine 8 (Spring 1993): 14, xiv © Vator po Carecismo Maton mentou: “também serve em parte como valioso comentdrio ou suplemento & Confissio, especialmente quanto ao aspecto ético da nossa religido, mas € extremamente detalhista ao especificar 0 que Deus ordenou e proibiu nos Dez Mandamentos, perdendo-se numa floresta de mincias”.'’ T. F, Torrance é ainda mais critico e sugere que o catecismo genebrino de Calvino é “mais evangélico” acerca da lei, ao passo que o Catecismo Maior é “altamente mo- ralista”.'6 Apesar dessas criticas, outros comentadores fazem uma avaliag3o mais positiva. Frederick Loetscher, por exemplo, escreveu: “A exposigao da lei é particularmente admirdvel. Sem dtivida hé aqui a tendéncia para uma elabora- flo exagerada ao se especificar 0 que os mandamentos ordenam ou proibem, mas nenhuma outra obra desse tipo oferece tratamento mais sugestivo e util sobre os ensinamentos éticos e sociais do Novo Testamento”.'” As criticas a essa seco do Catecismo se justificam? Uma resposta possivel € que o Catecismo Maior dedica uma porcentagem significativamente menor As perguntas sobre a lei do que o Breve Catecismo (veja a Tabela 1 no final dessa introdugio)."* Se a acusagao de moralismo fosse minimamente verda- deira, seria mais aplic4vel ao Breve Catecismo do que ao Catecismo Maior.'? Mais digno de nota é que, apesar de ser detalhada e arguta, a exposigao dos Dez Mandamentos no Catecismo Maior nao se precipita em questdes su- perficiais ou obscuras, tampouco adota um tom moralista. A exposigiio segue a pratica de Calvino ao enxergar nos Dez Mandamentos o resumo de todas as responsabilidades morais do homem. Muitas respostas dessa segao do Cate- cismo so longas, mas todos os mandamentos, exceto dois deles, sfio tratados em apenas trés ou quatro perguntas. Nao surpreende que o quarto manda- mento tenha uma exposigiio mais extensa — sete perguntas — a vista da sua importancia para os Puritanos e da natureza controvertida do sabatarianismo no século 17. Talvez surpreenda que 11 perguntas sejam dedicadas ao quinto mandamento. Um tratamento tio dilatado reflete as circunstancias sociais e politicas da Inglaterra nos dias da Assembléia e da necessidade de tratar-se amplamente da quest&o da obediéncia aos superiores. A exposigao da lei no 'S Schatf, Creeds of Christendom, “Torrance, The School of Faith, xvi " Loetscher, “The Westminster Formularies”, 17. Vejaa Tabela 1. Embora se encontre uma porcentagem mais alta de perguntas sobre a lei no Breve Cate- ccismo, 0 total do espago dado & exposig&o da lel ¢ cerca de 33% no Breve ¢ de 35% no Maior, Torrance acusa mesmo 0 Breve Catecismo de ser moralista (The Schoo! of Faith, xvi). Ele, contudo, no especifica as bases pata tal acusagto senio a observagdo de que uma proporgdo substancial de ambos os catecismos é dada para a exposigao da lei. O moralismo é normalmente definido nos termos da maneira que a lei se relaciona com a justificagao, nao em termos do total de atengio dispensada a ela, 86. xv

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